Aconteceu que estas antigas heresias voltaram à pauta de discussões, agora entre luteranos e reformadores. Enquanto Luteranos defendiam a tese de que as Natureza Divina e humana estavam unidas em uma só pessoa, o Deus Homem, Jesus Cristo. Os reformadores insistiam em afirmar que havia a natureza humana e Divina, mas em duas pessoas diferentes. Eles pensavam em Cristo e suas naturezas de forma racional, maneira pela qual é impossível compreender.
A diferença entre os luteranos e reformadores começou com o debate de Zwinglio e Lutero. Os luteranos dizem que as antigas heresias nestorianas foram reavivadas na Cristologia reformada. Contra este perigo, a confissão luterana e os pais ortodoxos luteranos, e mais recentemente teólogos luteranos como C.F.W. Walter e Francis Pieper, não cessaram de lutar.
Mas hoje esta controvérsia acerca das naturezas de Cristo tem sido obscurecida por sua historicidade. O estudioso Gottfried Lessing (1729-1781) com seus escritos sobre a historicidade de Cristo tornou a história de Jesus irrecuperável. E pra piorar muitos de sua época foram influenciados por ele especialmente estudantes. Um deles foi David Friedrich Strauss (1808- 1874) que publicou quatro edições de seu trabalho, vida de Jesus, de 1835 á 1840 que apontavam os evangelhos como mitos inventados pela comunidade cristã.
Ainda a respeito desse assunto o estudioso Albert Schweitzer escreveu o livro “A questão a respeito do Jesus histórico”, que se tornou um ponto de referência a respeito do assunto. Onde ele diz que “Jesus vem a nós como um desconhecido”, ou seja, é preciso acreditar no Jesus histórico assim como encontramos nos relatos dos Evangelhos.
O apóstolo Paulo nos diz em 1Co 15.12-19,”que sem a ressurreição não há cristianismo. E isso só podemos crer, não conseguimos entender racionalmente.
A existência da igreja, ou seja, do cristianismo se dá pelo fato de que Deus se encarnou na pessoa de Cristo Jesus e por isso é chamado de Religião da Encarnação. O que nós cristãos temos para relatar sobre a historicidade de Cristo está nos livros do Novo Testamento, os quais foram escritos por nove ou dez pessoas diferentes, em lugares diferentes e num espaço de tempo de pelo menos 50 anos, mas não só isso, existem outros. E a igreja reconhece que ao invés de derrubar a historicidade de Cristo esta variedade de documentos do NT servem para apoiar a mesma. Até mesmo o judaísmo contemporâneo reconhece que aquele Jesus de Nazaré era uma figura proeminente na história de Israel.
Conclusão
Assim como a Igreja nos primeiros séculos lutou para defender sua teologia a respeito das duas naturezas de Cristo a humana e a Divina. Hoje uma das maiores lutas da Igreja diz respeito à historicidade de Cristo, e em cima desse assunto muito se tem debatido. Mas muitas vezes esses questionamentos levam-nos a afastar de Cristo dificultando nosso reconhecimento que Ele veio para ser o Nosso Salvador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário