ESTIVE ENFERMO E ME VISITASTES

Estive enfêrmo e me visitastes
William A. Lauterbach
Ministering to the Sick
Tradução: Mário L. Rehfeldt
 
PREFÁCIO
ESTIVE ENFÊRMO E ME VISITASTES é o resultado da experiência de um quarto de século no ministério paroquial, incluindo sete anos de serviço institucional em regime parcial, discussões em conferências pastorais e de obreiros institucionais bem como de respingos de diversos escritos relacionados com a cura d'almas.
Uma das principais influências surgiu na década dos trinta com uma extensa série de discussões sobre a maneira mais prática de proceder no cuidado pastoral dos enfermos, em conferências mensais dos pastores do Circuito Cinco do Distrito de Wisconsin Norte. Sob a direção do Conselheiro, Rev. R. A. Karpinsky, foram estudadas as situações mais incomuns e difíceis que aquele que mistura a enfermos tem de enfrentar, e foram preparadas e discutidas devoções adequadas a cada caso. O esquema da Segunda parte deste volume foi motivado por este estudo.
Não é minha intenção oferecer devoções prontas para cada situação, mas antes amostras que podem ser de utilidades na ministração personalizada aos enfermos.
Os textos adicionais oferecem amplitude no tratamento e variedade de ponto de partida dentro de suas categorias e deveriam fornecer os núcleos para várias devoções originais.
Reconheço com gratidão toda a ajuda e as sugestões de coirmãos no ministério, especialmente o Rev. O. G Renner.
É minha fervorosa oração que meus humildes esforços possam trazer proveito a alguns pastores e beneficiar muitos filhos de Deus atingidos pela dor.
WM. A. LAUTERBACH
 
 
ÍNDICE 
 
I PARTE  Pág.
A Visita do Doente 9
 
II PARTE
Recursos Auxiliares para um Ministério Personalizado
Casos Gerais 40
Em Enfermidade Súbita 48
Em Enfermidade Prolongada (Impaciência) 50
Antes de uma Operação 53
Depois da Operação 55
Para Alguém Ferido num Acidente 58
Alguém Ferido em Rixa 62
Ferimento Autoprovocado 65
Após o Restabelecimento 67
Para um Incurável 69
Para um Moribundo 72
Após Parto Normal 76
Para a Mãe de um Natimorto 78
Por uma criança 80
Para uma Criança Pequena 82
Para um Jovem Confirmado 85
Para Pessoas Idosas 87
Para uma Pessoa Indiferente 92
Para um Pródigo Penitente 94
Para um Irreconciliado 97
Para uma Pessoa Excomungada 100
Para um Convertido na Hora Undécima 102
Para Alguém não Filiado a uma Igreja 105
Para um Adepto da Feitiçaria 107 - 4 -
Quando Solitário 109
Para um Cristão Desalentado 112
Para Alguém Preocupado com os Entes Queridos que Ficarão para Trás 114
Antes da Santa Ceia 117
Para o Natal 119
Durante a Quaresma 122
Na Páscoa 124
 
I PARTE
A VISITA AO DOENTE
Jesus Ministrava aos Enfermos
Os doentes e enfermos constituíam objeto de preocupação e solicitude especiais de nosso Senhor e Salvador durante os dias de sua jornada sobre a terra. Onde quer que ele fosse, encontrava enfermos e aleijados e lhes prestava atenção e ajuda. Realmente, os relatos Evangelhos nos dão a nítida impressão de que uma parte substancial de seu ministério estava voltada para os doentes e aflitos. E isso não se devia ao mero acaso de que estes infelizes eram colocados em seu caminho, onde difícil evitá-los, mas fazia parte da própria essência do amor de Jesus, que ele se compadecia dos necessitados e aflitos. Além disso, era um traço marcante de sua atividade messiânica que ele ministrava aos desolados e enfermos. Aos inquiridores discípulos de João Batista foi dito: "Ide, e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho", Mt 11.4, 5.
Esta assistência de Jesus aos aflitos era sem igual neste aspecto, que geralmente incluía a libertação miraculosa da enfermidade. Contudo, o alívio físico não era o único objetivo da ministração do Mestre. A alma imortal, sempre mais afligida que o corpo em que habitava, era sempre sua principal preocupação. Sua avaliação divina colocava o valor da alma humana – cada alma humana – muito acima de todos os tesouros que a terra pode oferecer. Em conseqüência disso a concessão de alívio era cousa secundária para o Senhor Jesus e era acompanhada, e, às vezes, precedida pela atenção às necessidades da alma. O paralítico, que foi descido pelo telhado por seus amigos, foi saudado com as palavras: "Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados", Mt 9.2. Somente quando suas necessidades espirituais haviam sido satisfeitas é que Jesus dirigiu sua atenção à enfermidade física, a paralisia, e curou seu corpo. E, a Bartimeu, o cego, foi dito: "Vai, a tua fé te salvou", Mc 10.52. Jesus estava preocupado em primeiro lugar com a fé deste homem, e ele a alimentou e fortaleceu com sua ministração.
 
Sua Igreja Deve Ministrar aos Enfermos
As palavras de Jesus: "Estive enfermo e me visitastes", Mt 25.36, que ele associou com o Juízo Final, para todo o sempre permanecem como poderosa advertência de que o Senhor espera que sua igreja, e, em especial, que seus pastores, tomem um interesse especial pelos enfermos e aflitos, e que ministrem a eles.
Além disso, o exemplo do Mestre está sempre diante de nós para nos estimular. "Basta ao discípulo ser como o seu mestre", Mt 10.25. Assim como Jesus era movido por compaixão ativa quando chegava à presença de enfermos ou aflitos, assim também nós, seus seguidores, e mais especificamente, os servos de sua igreja, devemos Ter compaixão sincera pelos enfermos e estar sempre prontos para servi-los nas necessidades espirituais. E, quando o amor real pelos afligidos enche nossos corações, não precisaremos de qualquer impulso ou estímulo externo para dedicar generosamente nosso tempo e energia a esta fase importantíssima de nossa atividade ministerial. Então iremos, com alegria e disposição, usar cada oportunidade oferecida por Deus para trazer conforto e cura espiritual aos doentes e enfermos. Após sua atividade de pregação e ensino, a cura de almas é o dever mais importante do pastor, e a experiência ensina que boa proporção desta é feita em aposentos de enfermos.
 
Um Chamado Direto
Ainda mais, o chamado da congregação confere o ofício pastoral ao servo de Cristo. O termo "pastor", que é o mais empregado para designar o ocupante do ofício ministerial em nossos círculos, é a palavra latina para pastor de ovelhas. O pastor é o guia do rebanho de Cristo. Seu chamado torna dever seu dar atenção a todo o rebanho. Assim como um pastor de ovelhas consciencioso dispensa especial atenção aos mais necessitados em seu rebanho, do mesmo modo o pastor, o cura e almas, deve dispensar atenção especial aos enfermos e aflitos em sua paróquia, mesmo quando seu chamado não especifica "em particular visitar os enfermos".
 
Necessidade Constante
Os enfermos estão sempre conosco. Muito rara mesmo é a época em que o pastor não tem ninguém de sua paróquia na lista dos enfermos, e quando isto acontece, ele bem sabe que não irá durar muito. Os corpos humanos corrompidos pelo pecado estão sujeitos a inúmeras doenças e fraquezas, e não há idade que escape à doença completamente, nem há camada social que esteja inteiramente livre das enfermidades. E quando o corpo está doente, o paciente requer tanta atenção espiritual como tratamento médico, pois os males do corpo encontram reflexos no espírito do homem. É mais do que mera figura de linguagem o que o salmista expressa: "Minha carne e meu coração desfalecem", Sl 73.26.
Esse fato é bem conhecido do inimigo, Satanás, e ele o aproveita ao máximo. Ele não se deixa guiar por regras de conduta esportiva que proíbem atingir alguém que está caído. Com exultação satânica ele pressiona sua vantagem com maior intensidade. Quando vê sua vítima titubear e tropeçar ele avança para desferir o golpe fatal à alma, se tal for possível. Ação enérgica por parte do médico de almas é de capital importância.
 
Trabalho Abençoado
Quanto maior a necessidade, tanto maior o benefício e tanto mais abençoada será esta parte da atividade do pastor. Em última análise significa dispensar trevas espirituais com a luz divina da santa Palavra de Deus. Compete ao que ministra a enfermos e aflitos trazer conforto e consolo ao povo de Deus; reavivar sua esperança e fortalecer sua fé. Como verdadeira cura de almas é seu dever revigorar e nutrir os membros debilitados do rebanho do Bom Pasto, Jesus Cristo, e de conduzi-los aos caminho do aprisco. Este trabalho de visitar os enfermos não apresenta o colorido do trabalho nos diversos departamentos, e carece dos lances dramáticos de um complexo programa de construção, e pode, às vezes, parecer não tão importante aos olhos dos homens; mas é o trabalho do Senhor no pleno sentido da palavra, e Aquele que considerou uma alma humana mais valiosa que todos os tesouros da terra, jamais irá subestimar o valor ou importância dos cuidados prestados às almas dos enfermos. Não há trabalho mais abençoado, com que um mortal se possa ocupar, que o de cuidar de almas. O fruto de tal labor fará as mansões celestiais ressoarem de alegria.
 
Oportunidade Preciosa
A necessidade de cuidado espiritual por parte do paciente é também a oportunidade do pastor. Raramente poderá ele aproximar-se tanto de sua gente, ou vê-los despidos de toda e qualquer pretensão ou camuflagem, como quando estão acamados. Raramente irá encontrá-los tão prontos a receber correção e instrução. Encarar a eternidade face a face, ficar consciente que há apenas um passo entre eles e a morte faz a maioria das pessoas voltar à sobriedade. Muitos, que pouco ou nenhum tempo ou interesse tiveram para as questões referentes ao reino de Deus, enquanto estavam bem, e com saúde, ficam ansiosos e prontos para ouvir a mesma mensagem quando estão doentes. Desligadas de sua ocupações e preocupações e tendo tempo para pensar sobre algo mais sério que trabalho, esporte e política, as pessoas freqüentemente adquirem nova perspectiva. O ouropel, o falso brilho do mundo, perde muito de sua atração anterior, e elas recebem com avidez um verdadeiro pastor que as guie à fonte da vida.
O pastor também está em posição favorável, pois que, ao olhos da maioria dos pacientes, seu ofício o reveste de certa autoridade e sua palavra é geralmente aceita. Para eles o pastor é o porta-voz de Deus, e quando ele proclama a lei, é comumente reconhecido como representante do legislador. Igualmente quando oferece o Evangelho, a maioria dos pacientes o respeitará como "homem de Deus". É verdade ainda, que "não há profeta sem honra", Mt 13.57.
O que autores europeus escrevem sobre as condições nas igrejas estatais levam a crer que na Europa as condições são bem menos favoráveis a este respeito. Parece que a grande maioria das pessoas, especialmente em grandes paróquias urbanas, que contam com 50.000 almas ou mais, são apenas membros nominais da paróquia e que têm pouco ou nenhum contato com o pastor da igreja, e uma atitude indiferente, ou mesmo hostil se faz presente muitas vezes.
 
Responsabilidade Alarmante
Ser guarda de almas imortais, responsável por estas almas perante Deus, é sempre uma responsabilidade tremenda. Quando almas confiadas a seu cuidado, assediadas por dúvidas e receios, acossadas pelas hostes das trevas, estão se aproximando visivelmente da morte, e o Juízo avulta no horizonte, isto pode encher o guarda de medo e trepidação. Ele não precisa perguntar pois sabe que é o guardador de seu irmão. Seu único consolo então é que ele não se fez frivolamente guarda destas almas, mas elas foram confiadas a seu cuidado pelo Senhor, que o chamou para seu serviço. O que o tranqüiliza é que juntamente com o chamado para o dever, o Senhor também concede a força e a aptidão para uma tarefa de tamanha responsabilidade.
 
Merece o Melhor
Nenhuma meia medida ou tentativa irresoluta bastará quando se trata da cura de almas. Ser descuido ou indiferente quando almas imortais estão em jogo seria digno da maior repreensão. Muito mais que migalhas de nossa mesa aos enfermos são necessárias para merecermos um "Muito Bem!" do Grande Pastor das almas. Nada menor que nosso esforço máximo é suficiente para tão importante tarefa.
 
Equipamento Pessoal
Para se realizar bem determinada tarefa necessita-se de equipamento adequado.
Este fato é bem tão verdade em se tratando da cura de almas como na direção de uma empresa. Ao falarmos em equipamento para visitas a enfermos não estamos pensando em termos de vestes clericais ou outros acessórios externos. Antes, temos em mente dotes espirituais, perícia e temperamento necessários a um serviço eficiente.
No equipamento pessoal em primeiro plano se situa a fé. O médico de almas deve, é evidente, ter fé em Jesus como seu Salvador pessoal do pecado. Mas também deve ter fé em seu remédio, no poder que a Palavra tem para confortar e curar.
Ao lado da fé deve estar o amor, ou caridade, moldado segundo o amor compadecido de Jesus, que movia seu coração a ir, misericordioso, em busca dos afligidos.
Um serviço profícuo requer conhecimentos práticos da natureza humana e sabedoria para aplicar a Palavra de Deus às necessidades específicas do indivíduo.
Por último, aquele que ministra as enfermos e agonizantes deve ser dotado de rica medida abnegação. Se, porventura, o Senhor para um serviço exige homens dedicados, o faz para a cura dos enfermos e aflitos. A consciência da grande responsabilidade que o Senhor colocou sobre seus ombros deverá compeli-los a preferir inclinações pessoais ou conveniências em favor da obediência ao dever.
 
"Nossa Suficiência Vem de Deus"
Não é de se admirar que um cura de almas consciencioso às vezes se sinta esmagado por um sentimento de insuficiência. Quando não se impede que este se transforme numa obsessão mórbida, ele pode, realmente, tornar-se extremamente prejudicial à sua utilidade no serviço do Senhor. Mas também, por outro lado, o sentimento de insuficiência é um sinal bem salutar e bastante necessário para conservá-lo humilde perante seu Deus.
O mais fiel e zeloso servo do Senhor, o apóstolo Paulo, o qual tanto realizou, que nossos melhores esforços parecem vergonhosamente pequenos comparados com os dele, nunca cessou de pasmar diante da maravilhosa graça de Deus por tê-lo escolhido como seu instrumento, e era constantemente assaltado por um sentimento de incompetência. Aos ele se reconheceu devedor à humanidade, Rm 1.14, e aos coríntios escreveu: "Não que por nós mesmos sejamos capazes de pensar alguma cousa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus", 2 Co 3.5.
Mas, ao mesmo tempo que S. Paulo reconhecia suas próprias limitações, também conhecia a fonte de toda força e suficiência. Seu sucesso maravilhoso se deve a ter ele buscado forças nessa fonte divina. O pastor de almas deve beber profundamente da mesma fonte à qual ele conduz os necessitados e aflitos.
 
Preparo Cuidadoso
Depois de termos reconhecido a importância do equipamento pessoal, bem como a fonte divina de nossa suficiência, temos de nos lembrar que um preparo cuidadoso para a visita ao enfermo não pode ser subestimado. Tanto preparo geral como especial são indispensáveis. Preparo geral, para a visita a enfermos, compreende o estudo privado da fonte de todo conforto e consolo, a Palavra de Deus, bem como os escritos dos que tiveram experiência nessa arte. Inclui também o aproveitamento de quaisquer oportunidades que se apresentem em forma de seminários, conferências ou outros meios à disposição. Preparo especial serefer ao caso específico em questão.
Emergências ocorrerão quando o preparo especial terá de ser apressado. Mas o preparo nunca deveria ser considerado cousa secundária. Quando nos lembramos que almas imortais estão em jogo, quando somos chamados a confortar os aflitos em sua angústia, ou a fortalecer o peregrino cansado no conflito exaustivo com os poderes das trevas, então fica manifesto que temos de nos preparar para a tarefa tão bem como tempo e circunstâncias o permitirem.
 
A oração é o Primeiro Passo
O passo inicial para um preparo eficiente é dirigir-se ao trono de Deus a fim de implorar a ajuda, a bênção e a sabedoria divina para a tarefa. O trabalho será feito melhor e mais facilmente se for começado com oração. Nenhuma situação é tão urgente que se ouse omitir esta parte. Nenhuma emergência é tão grande que sirva de justificativa para nos privar da oportunidade de buscarmos força, conselho e orientação na ilimitada fonte divina.
Evidencia-se isto quando observamos que muitas vezes as orações que melhor preenchem o requisito essencial de vir do coração são os suspiros e gemidos que procedem do espírito que foi movido profundamente. Nosso Senhor e Salvador gastou muito tempo em oração, e com sua oração sumo sacerdotal nos deu um exemplo de oração ímpar pela beleza de pensamento e expressão. Mas quem ousaria dizer que seus gemidos no Getsêmani, ou o pedido simples feito na cruz, o de perdão para seus inimigos, foram orações menos eficazes?
Pouco importa que a pessoa seja grande, podemos sempre enviar uma oração silenciosa ao trono do Altíssimo. Podemos suspirar dentro de nós mesmos: "Ó Senhor, dá-me a sabedoria necessária para dizer a palavra certa, e abre seu coração para tua Palavra para o bem de sua alma", ou alguma outra petição singela.
 
Uma Oração Modelo
Quando há tempo e oportunidade, a oração do guia de almas pode assumir contornos mais amplos e forma mais elaborada. Pode seguir o esquema apresentado por um veterano na vinha do Senhor, o falecido Rev. R. A. Karpinsky:
"Meu caro Pai Celestial!" Tu me chamaste ao santo ministério, e é teu desejo que eu apascente todo o rebanho sobre o qual me colocaste com tua Palavra. Estou para visitar uma ovelha enferma deste rebanho. É tua vontade que eu leve instrução, admoestação, encorajamento e conforto de tua Palavra a este teu filho. Tu sabes quão fraco e insuficiente para faze-lo sou, se depender de mim mesmo. Ó tu Pai de toda graça e Deus de todo conforto, dá-me sabedoria e força do alto. Põe tua Palavra em minha boca, para que eu possa curar o coração quebrantado e reanimar o espírito abatido.
"Tu, ó Senhor poderoso, cujo poder se aperfeiçoa na fraqueza, fortifica teu filho enfermo; concede-lhe verdadeiro conhecimento de tua vontade, sincero arrependimento de seus pecados, fé verdadeira em teu amado Filho como seu único Salvador, paciência cristã no sofrimento e confiança filial em tua bondade paterna e em tua misericórdia infinda. Conserva-o constante na fé em Jesus, seu Salvador, que tomou sobre si as suas enfermidades e sua dor levou sobre si, que foi ferido por suas transgressões e moído por suas iniqüidade. Mesmo agora, que se encontra acamado, faze-o encontrar paz e descanso para sua alma nas feridas de Jesus e santifica-o com o sangue de Cristo.
"E quanto a mim, ó Pai fiel, cobre-me com a sombra das tuas casas, e protege-me de todo perigo e mal; guarda meu corpo e alma, minha entrada e minha saída, desde agora e para sempre. Ouve minha humilde súplica por causa de Jesus, meu Salvador. Amém".
 
 
"Et labora"
Tão pouco como esperamos que nossa oração pelo pão de cada dia coloque a comida sobre a mesa automaticamente, tão pouco podemos esperar que nossa oração por ajuda divina antes da visita a um enfermo nos isente de todo esforço de nossa parte no preparo para uma assistência eficiente ao paciente. Nem ainda temos o direito de nos justificar aplicando a promessa que Jesus deu aos doze quando os enviou: "Não cuides em como, ou o que haveis de falar, porque naquela hora vos será concedido o que haveis de dizer", Mt 10.19. Essa promessa se referia à defesa deles em tempo de perigo pessoal e não era um convite à preguiça na execução de sua missão. Bem disse Colton: "Devíamos orar com tanto fervor como aqueles que esperam tudo de Deus; e agir com tanta energia como aqueles que esperam tudo de si próprios."
 
Pessoas são Indivíduos
A grande paixão desta moderna era da máquina é a pela uniformidade. Isto não se dá só nos estados totalitários, mas o mesmo espírito permeia também as democracias. Cada peça que é manufaturada nas grandes fábricas é feita de acordo com padrões e moldes definidos, e a precisão empregada para atingir esses padrões é freqüentemente o alvo da orgulhosa jactância do fabricante.
Em contraste flagrante com essa mania pela uniformidade por parte do homem encontram-se as criaturas que Deus fez. Toda a criação, desde os cintilantes flocos de neve, com suas miríades de intrincados e delicados padrões de cristais, dos quais já foi dito que nunca foram encontrados dois iguais, aos rios, montanhas, oceanos, e mesmo planetas, tem a marca da individualidade estampada sobre ela. Mesmo quando há uniformidade exterior, como por exemplo, nas sementes de orquídeas, que são tão pequenas que são necessárias mais de dez mil delas para se conseguir o volume de um grão de cevada, a individualidade é preservada, pois cada uma dessas pequenas sementes tem a potencialidade de se desenvolver em uma planta com características individuais e flores distintas.
A espécie humana, igualmente, porta a divinamente impressa marca da individualidade. Nunca dois mortais são exatamente iguais, corporal ou espiritualmente. Posto que todos nós tenhamos muito em comem, também é verdade que há certos traços de caráter, temperamento, percepção, etc., que não temos em comum com ninguém. É de vital importância lembrarmos isso em nossa tarefa de curas de almas. Nunca seremos chamados de novo para junto do leito de um paciente exatamente como o anterior, com exatamente os mesmos problemas e as mesmas necessidades. Ainda mais impressionante é o fato de que cada pessoa individualmente está passando por mudança contínua, e que o mesmo se dá com suas circunstâncias e seu ambiente. Disto resulta que para ela novos problemas surgem constantemente. Há novas dúvidas que precisam ser dissipadas, novas batalhas a ser travadas e novas alturas para se galgar.
A especialização no campo da cura espiritual é apenas possível em trabalho institucional. Em reformatório, asilo para pessoas idosas, ou hospital para doentes mentais, circunstâncias e ambientes similares provocarão o surgimento de problemas semelhantes mais ou menos freqüentemente, mas mesmo aí nunca dois pacientes serão exatamente iguais, nem tampouco seus problemas serão exatamente os mesmos.
 
Diagnose
Somente um charlatão ou um vendedor de produtos farmacêuticos ambulante seria capaz de prescrever um remédio sem o diagnóstico do paciente, ou recomendar a mesma poção para todas as doenças. Um remédio competente irá fazer uma diagnose cuidadosa do paciente para poder tratar a doença de modo efetivo.
O pastor consciencioso sabe que não pode aplicar o mesmo tratamento a todos os que estão espiritualmente enfermos sob seu cuidado. Apesar de que, na realidade, todos os homens tem a mesma necessidade suprema, isto é, que seus pecados sejam perdoados que lhes seja restaurada a paz com Deus, entretanto, a maneira como esse resultado é conseguido varia de acordo com as circunstâncias. O exemplo mais óbvio é a diferença exigida no trato com penitentes e impenitentes; todavia, há inúmeras outras circunstâncias que devem ser consideradas em cura de almas realmente efetiva. Por isso é extremamente importante que a cura de almas considere cuidadosamente as necessidades individuais dos pacientes que são confiados a seu cuidado. Se são membros do seu rebanho, com os quais teve convivência íntima e prolongada, não terá dificuldade em decidir que rumo seguir. É caso bem diferente quando a pessoa é mais ou menos um estranho para ele. Então poderá ser necessário sondar o paciente para poder conhecer a condição interior ou outras circunstâncias que possam ajudá-lo em sua assistência espiritual.
Quando empregamos o termo "sondar", não o usamos no sentido de submeter o paciente a um interrogatório cerrado. Isto nunca deverá ser feito. Ele certamente considerava tal interrogatório uma intrusão ilegítima em suas questões pessoais, e o faria com toda a justiça. O resultado seria uma barreira erigida entre o examinador e o paciente, que, na melhor das hipóteses, seria dificílima de remover. Relação muito mais satisfatória será estabelecida quando se propicia ao paciente a oportunidade para se expressar voluntariamente e falar com liberdade. Alguns comentários ou perguntas podem ser necessários para dar direção a livre expressão do paciente e ajudarão à sondagem se são usadas com habilidade e especialmente com muito tato. Escutando-se com atenção e cuidado em geral se verifica se o paciente está contando o que de fato é rela, ou se está tentando encobrir algo ou colorir o quadro. Em ambos os casos o pastor tem algo com que pode iniciar o trabalho.
Naturalmente, ninguém pode adquirir informação adequada sobre o caráter de uma pessoa e suas circunstâncias em poucos minutos, e longas sondagens não tem lugar num quarto de enfermo. Consequentemente, revisão e ajustamento na avaliação terão de ser feitos de tempos em tempos.
Quando o paciente está doente ou fraco demais para dar a informação desejada, ou apenas não inclinado a falar, será necessário se apoiar em outras fontes até que a situação mude.
O sentimento de que está julgando o paciente, o pastor não precisa sentir quando faz o diagnóstico de sua condição espiritual. A finalidade de sua sondagem é olhar através do que aparece na superfície e conseguir um quadro tão claro como possível das necessidades reais do paciente, para que possa determinar o meio mais eficiente de servi-lo.
 
O Remédio
O único remédio que conseguirá produzir arrependimento e fé, trazer bálsamo para o coração ferido e dar crescimento espiritual para a alma é Palavra de Deus. Um alegre "Bom dia!" pode dar um impulso bem-vindo a um espírito deprimido. Uma conversa amigável pode aliviar o tédio e ajudar a fazer o tempo passar mais agradavelmente. A própria presença de um amigo bondoso e compreensivo demonstra um interesse pelo paciente que, sem dúvida, será apreciado. Mas a alma atribulada não está interessada em primeiro lugar em ser entretida agradavelmente. Ela não se satisfaz com piedosas tonalidades e frases bem formuladas que, no entanto, são ocas e desprovidas de conforto, nem pode achar descanso e consolo em conversa fiada e trivialidades. Ela anseia por ouvir alguém que pode falar com autoridade, que tem um remédio real e eficaz para oferecer.
A onipotente Palavra de Deus é o remédio que traz cura e consolo. Ela "é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça", 2 Tm 3.16. Para produzir algum efeito na alma, ela deve ir de encontro ao coração e agir sobre ele. Mesmo sendo a Palavra o poder de Deus deve-se lembrar que ela é o poder para a salvação somente para os que crêem. Ela não é um amuleto mágico para ser empregado por feiticeiros para efeitos sobrenaturais, nem ainda deveria ser usada no quarto de enfermos de modo mecânico ou empregada como mera fórmula, sem levar em consideração se ela é apreendida pelo paciente e compreendida. Um ministério fiel requer muito mais que um borrifar a Palavra de Deus aqui e ali na pia esperança de que talvez possa criar raízes e produzir frutos.
 
Não "Falar ao Ar"
Apenas a mensagem que o paciente compreende lhe poderá trazer algum benefício. O que ministra aos enfermos fará bem em notar o que o apóstolo Paulo tem a dizer: "Assim vós, se, com a língua, não disserdes palavras compreensível, como se entenderá o que dizeis? Por que estareis como se falássemos ao ar", 1 Co 14.9.
Enunciação clara e distinta e volume suficiente com toda a certeza são importantes para falar ao coração em vez de "ao ar", porém muito mais se requer para um compreensão adequada. Uma linguagem que vai por cima da cabeça do paciente nunca atingirá o coração. O quarto de enfermo não é lugar para se demonstrar vasta erudição. O mais impressionante padrão se simplicidade de linguagem se encontra nos Evangelhos, nos ensinamentos de Jesus. O Mestre sabia como colocar as verdades mais sublimes em linguagem tão simples que uma criança as podia entender. Também nesse particular nos devemos esforçar para segui-lo. Enquanto linguagem culta requer cultura para ser entendida, linguagem simples será entendida por cultos e incultos igualmente.
A habilidade de falar mais de uma língua será de grande valia junto ao leito de um doente. Não raras vezes o coração do paciente se abrirá muito mais e mais rapidamente se nos podemos dirigir a ele em sua língua materna, a língua das primeiras orações e histórias bíblicas apreendidas sobre o colo de sua mãe. Mesmo quando a influência necessária para o uso público da língua falta, o pastor não precisa hesitar em usá-la na intimidade do quarto de enfermo. O paciente em geral ficará tão contente por nos ouvir usar sua língua materna que de bom grado tolerará as expressões desajeitadas ou construções gramaticais falhas. De fato, a apreciação, por vezes, parece crescer na proporção do esforço requerido.
 
Conforme a Necessidade
Depois que o diagnóstico expôs a natureza da enfermidade e o remédio foi determinado, pode-se decidir sobre o método de tratamento. Seria desastroso amputar uma perna que pode voltar a ser útil por meio de tratamento médico apropriado, e bem tão perigoso permitir um foco canceroso crescer quando poderia ser removido. O penitente humilde necessita a doce consolação do Evangelho, enquanto que á pessoa não reconciliada deve-se mostrar que o rancor, que carrega em seu coração, é uma barreira entre ela e o céu e que tem de ser derrubada para que possa encontrar perdão a aceitação da parte de Deus.
A aplicação da Palavra divina deve se adequada às necessidades espirituais e físicas do paciente para que lhe possa fazer o máximo de benefício. Fica bem evidente que meditação e planejamento são necessários quando nos lembramos da importância da visita ao enfermo e consideramos nossa própria insuficiência. Jesus conhecia perfeitamente o que havia dentro dos homens e não precisava de ninguém que lhe dissesse. Nós não dispomos desta percepção e compreensão e, por isso, temos de pesar e analisar para ver o que mais convém fazer.
O médico de almas pode fazer quatro métodos de tratamento completamente diferentes. Apesar de ser bem mais fácil para ele tratar os pacientes do mesmo modo, isto não pode ser uma questão de sua convivência, mas o bem-estar espiritual do paciente tem de ser sempre o fator decisivo. Às vezes é bem possível adaptar a mesma mensagem para vários pacientes.
 
Uma Palavra de Cautela
O que ministra assistência espiritual a enfermos deve estar preparado para ver seu plano de ação subitamente transtornado. Experiência prévia com o paciente junto com a informação que possui, influenciaram-no a preparar ou selecionar certa mensagem para ele, mas quando entra no quarto do enfermo, pode verificar subitamente que as circunstâncias se modificaram consideravelmente. Um paciente que estava convalescendo satisfatoriamente pode sofrer séria recaída, ou o paciente pode revelar uma carga especial que pesa opressivamente sobre seu coração. Prosseguir então com o plano de ação inflexível, determinado antes de se conhecer o novo rumo dos acontecimentos, pode não servir bem ao paciente. A nova situação pode ser enfrentada, embora com um suspiro do espírito para que o Senhor abençoe a mensagem apesar da necessidade de improvisação.
Algumas experiências dessas em sucessão rápida podem facilmente levar alguém a pôr em dúvida a praticabilidade ou o valor do planejamento das visitas aos enfermos. Não é difícil chegarmos à resposta quando nos lembramos quanto está em jogo.
 
Sob Medida ou Roupa Pronta?
Especialmente o novato enfrenta o problema: que material usar? Pode usar devoções que outros prepararam, ou suas mensagens devem necessariamente ser originais?
A fonte da mensagem é de importância secundária. O que realmente importa é que satisfaça as necessidades do paciente. Um terno pronto poderá ser mais barato, mas um que é feito sob medida irá servir melhor. No entanto, quando se precisa um terno novo em menos tempo do que se pode conseguir que um alfaiate o faça sob medida, pode-se conseguir resultados satisfatórios mandando fazer pequenas alterações num terno comprado pronto.
Geralmente a mensagem "sob medida" irá ajustar-se às necessidades da pessoa melhor que uma "pronta". A pressão exercida pelo tempo, em particular, poderá compelir o pastor a empregar material preparado por outros. Ele, contudo, verificará que, geralmente algumas alterações ajudarão para servir melhor. Por esse motivo o material emprestado deveria ser lido antes de ser usado. Depender de improvisação enquanto a mensagem está sendo apresentada será, na melhor das hipóteses, imprudência.
 
E o Sermão?
Pode dizer-se que, em geral, o sermão é inadequado para a visita a enfermos por várias razões. Ele foi preparado para toda a congregação e é muito pouco provável que virá ao encontro das necessidades particulares do membro que foi separado do rebanho e ficou retido no seu aposento e sujeito a novos problemas e experiências. Ainda, a repetição verbal do sermão seria certamente longa e cansativa demais para o paciente gravemente enfermo. Tanto mais o seria se ainda outras partes do culto fossem acrescentadas. Com o advento de gravadores eletrônicos surgiu grande entusiasmo para gravar o sermão inicial, e mesmo o culto todo, e levá-lo aos enfermos e aos retidos em casa. Não há dúvidas que tais gravações são bastante apreciadas por muitos que estão retidos em casa e que também podem suprir as necessidades dos que se estão recuperando de uma enfermidade, mas deveriam ficar fora do aposento de pacientes seriamente enfermos. A atenção especializada do médico de almas ali se faz necessária.
 
A Forma da Apresentação
Não apenas o paciente, também o pastor é um indivíduo, e os talentos especiais que ele possui determinarão em grande parte a forma da apresentação da mensagem ao paciente. É evidente que uma pessoa pode apresentar a mensagem mais eficiente de uma maneira, enquanto outra obterá resultados melhores de modo diferente. Igualmente, um conselheiro inteligente e sábio irá variar a forma da apresentação para enfrentar as diferentes circunstâncias. A questão primordial quanto à forma da apresentação para o pastor de enfermos é, se ele deve ler a mensagem ou devoção a seus paciente, ou, se deve apresentar sua mensagem de modo livre.
Muitos pastores tem o costume de ler junto ao leito de seus pacientes, e casos há, em que os paciente se queixam de que seu pastor não lhes dê durante sua visita, mesmo que lhes ministre fielmente. Evidentemente eles esperavam uma apresentação da mensagem deste modo por experiência ou observação anterior. Entretanto o autor está firmemente convicto que a leitura da mensagem ao enfermo deve ser antes a exceção do que a regra. A mensagem é muito mais pessoal quando é apresentada livremente e não lida, e, cremos que é em geral mais eficiente. Por motivos óbvios a retórica e a oratória devem ficar fora do quarto de enfermos. Em vez disso, uma maneira de falar calma, cálida e amigável deve ser empregada. Aquilo que pretende ir ao coração deve vir do coração.
Por outro, a leitura tem seu lugar durante a visita ao doente. É sempre conveniente ler a lição da Escritura ou o texto sobre o qual a mensagem está baseada. Isto deveria acontecer mesmo quando se poderia facilmente citar a passagem de memória. O paciente tem mais confiança na exatidão da apresentação da Palavra quando a vê ser lida. Igualmente, se um hino ou uma poesia são usados como ilustração, podem se lidos sem qualquer hesitação. Em caso de enfermidade prolongada, que exige repetidas visitas ao paciente, pode tornar-se bem desejável, para efeitos de variação, ler uma mensagem devocional que se pensa ser adequada. Pode introduzi-la mais ou menos assim: "Hoje irei ler uma mensagem que foi escrita por X. Acredito que ela te irá agradar e te trará benefícios".
A leitura ou a apresentação livre dependerá finalmente da decisão do pastor junto ao leito do enfermo, e sua escolha será guiada pelo desejo de servir o mais eficiente possível a fim de trazer paz e cura para a alma atribulada.
 
Breve – Porém não Demais
Há o grande perigo que a visita ao doente seja longa demais, especialmente quando o paciente está seriamente enfermo. Quando a força física está abalada, a capacidade de ouvir com atenção está igualmente enfraquecida. Continuar quando a visita já produziu fadiga claramente visível não é prestar realmente um serviço ao paciente, mesmo quando ele assim o pede. Melhor é uma visita breve, que deixa o paciente espiritualmente reanimado e desejando a visita seguinte, do que uma, que de tão longa o cansa demais. 
Por outro lado, a visita ao enfermo não deve ser tão breve que a não alcance seu objetivo. O pastor não deve deixar o quarto do enfermo sem Ter dado a conhecer o caminho da salvação por meio de arrependimento e fé. É claro que isto não quer dizer que ele não deva tornar-se bem desejável, para efeitos de variação, ler uma mensagem médica ao paciente. (Tais solicitações, entretanto, são raras). Ele quase certamente terá a oportunidade de completar sua assistência espiritual antes de deixar o hospital ou a casa. A brevidade excessiva do pastor pode levar o paciente a pensar que o pastor não se importa com ele. Igualmente, não é conveniente deixar o paciente sentir que se está com pressa, mesmo que este seja o caso. Quando o pastor está junto ao leito de um doente, não há negócio mais importante no momento que a assistência espiritual ao paciente. Sinais ou expressões de pressão darão ao paciente a impressão de que há outras coisas mais importantes, e não é raro surgir ressentimento no coração de alguns por causa disso. Nunca se pode esquecer que a condição de fraqueza do paciente o torna mais sensível a desatentações ou negligências, reais ou imaginárias, do que ele normalmente seria. Conservar a visita ao enfermo convenientemente breve e ainda assim evitar a impressão de se estar desinteressado no bem-estar do paciente é algo que exige muito tato.
Naturalmente é impossível dizer qual a duração exata que a visita deve ter. Isso varia com as circunstâncias. Depende de quão enfermo está o paciente, ou quão facilmente as necessidades espirituais podem ser satisfeitas, e até certo ponto da habilidade do médico de almas. Ele precisa ter rica medida de bom senso. Isto logo lhe mostra que o doente crônico e o convalescente podem suportar visitas mais longas que o gravemente enfermo, e, em geral, precisar delas, porque as visitas que eles recebem serão menos freqüente.
 
Freqüência das Visitas
Muito divergem as opiniões com respeito à freqüência da visita aos enfermos. Alguns recomendam visitar até duas e mais vezes por dia em casos bem graves. Outros acham que não estão negligenciando o bem-estar espiritual dos que estão sob seus cuidados com visitas bem menos freqüentes.
Em uma paróquia compacta, onde os doentes são poucos em número e relativamente próximos, será fisicamente possível fazer mais visitas do que onde os pacientes moram distantes uns dos outros, ou estão espalhados em diversos hospitais distantes. Em muitas paróquias modernas, em que as pessoas exercem seus direitos de escolher seu próprio médico e hospital, está fora de questão visitar os doentes mais que uma vez por dia, ou mesmo diariamente, a não ser em raríssimos casos.
Além da limitação imposta pela distância, há outros fatores que entram em questão quando se trata da freqüência das visitas. Uma destas é a seriedade da condição do paciente. Alguém que está sofrendo dores físicas extremas, ou cuja morte é iminente, deve receber atenção especial por parte do pastor. Igualmente alguém que está muito perturbado espiritualmente deve ser visitado com maior freqüência. A receptividade por parte do paciente serve como encorajamento ao pastor para fazer visitas freqüentes e ajudará a tornar seu trabalho mais agradável. Contudo a falta de receptividade não é desculpa válida para menor freqüência das visitas ao enfermo. A falta de receptividade pode ser devida a várias razões. Pode ser causada por timidez natural. Pode ser devida ao grau da enfermidade. Pode ser o resultado de preocupações ou de alguma carga pessoal que pesa sobremaneira sobre o paciente. A necessidade real do paciente não receptivo pode ser até maior do que a do paciente receptivo.
Enquanto é impossível decretar regras absolutas, porque as circunstâncias variam tanto, pode-se dizer que se o pastor visita os gravemente enfermos, que moram, ou estão hospitalizados, a uma distância maior de sua residência, uma ou duas vezes por semana, dependendo da distância, e mais freqüentemente os pacientes que estão relativamente perto, ele não pode ser acusado de ser negligente com seus pacientes. Os pacientes cuja enfermidade não é tão séria ou que estão convalescendo não precisam ser visitados com tanta freqüência, mas devem ser visitados com razoável regularidade. As visitas do pastor podem ser reduzidas em freqüência ou mesmo suspensas completamente quando o paciente dá ingresso num hospital que é servido por um capelão institucional. Isto se dá especialmente quando o hospital fica muito distante.
 
Estendendo os Benefícios
O benefício que o paciente recebe da visita do pastor pode ser ampliado pelo uso de material seleto que é deixado pelo pastor para meditação e estudo. Acontece freqüentemente que o paciente, de repente, tem mais tempo para reflexão sobre assuntos espirituais do que jamais tivera antes, e auxílio para tais reflexões é geralmente bem-vindo. Folhetos cuidadosamente selecionados, pequenos livretos devocionais, livretos de orações, quadros religiosos, etc., encontram pronta aceitação entre os doentes e são usados com grande benefício.
A não ser para os enfermos crônicos e os convalescentes, todo material de leitura deve ser breve. Para os seriamente enfermos uma passagem da Escritura ou a estrofe de um hino é muitas vezes o limite da capacidade de leitura e reflexão do paciente para uma ocasião. Mas esse versículo pode ser de inestimável valor para a alma do paciente se é ponderoso cuidadosamente e recebido com um coração crente.
Especialmente apreciado pelos seriamente enfermos e aqueles cujos olhos já enfraqueceram é o material devocional impresso em letras grandes de fácil leitura. Quando a avó do auto estava em seu leito de morte, seus olhos se tinham tornado tão fracos, que não podia ler nem mesmo tipo bem graúdo. Seu pastor lhe trouxe muita alegria e conforto imprimindo versículos em cartazes com letras tão grandes, que ela pudesse ler e os colocando diante dela onde os pudesse ler e refletir sobre eles.
 
Acerca de Datas Marcadas
Não há acordo perfeito sobre a convivência de marcar datas para as visitas. Os que defendem a fixação de datas dizem que isso faz o paciente ficar na expectativa de algo se conhece o dia e hora quando pode esperar a visita do pastor. Reconhecem, entretanto, que a decepção d paciente será igualmente forte se o pastor se atrasa ou o compromisso não pode ser cumprido.
É aconselhável marcar data definida para a comunhão de enfermos. Os cristãos geralmente desejam preparar-se para participar do sacramento, e são encorajados a fazê-lo. 
Do mesmo modo, se o pastor foi chamado para visitar um enfermo, e não pode ir imediatamente, deve de qualquer maneira desculpar sua demora e determinar a data e hora quando virá. Se há emergência real e ele não pode visitar o paciente prontamente, deve providenciar que algum outro o faça, se isso é possível. Não é o suficiente prometer ir tão logo como possível e deixar o paciente em expectativa.
Tratando-se de visitas regulares, não há razão que exija que se marque a data, e cada pastor terá de julgar por isso se num dado caso é praticável e aconselhável. Se ele prefere marcar a data a data, então tem de cumprir o compromisso de qualquer maneira, ou, em caso de não poder fazê-lo deve notificar seu paciente em tempo.
 
A Quem Visitar
O dever e a obrigação primordiais do pastor dizem respeito aos membros de seu próprio rebanho. A responsabilidade por suas almas lhe foi confiada, e ele terá de prestar contas sobre elas no Juízo Final.
Essa terrível responsabilidade fará com que ele se preocupe especialmente com os membros indiferentes, para que não possa ser acusado de negligência se eles se perdem afinal. Pode ser verdade que eles estão desprezando os meios da graça e que se ausentaram voluntariamente da comunhão dos santos e do uso do abençoado sacramento do Senhor. Pode ser verdade que eles recusaram a admoestação e que foram até rudes e insultantes. Contudo isso não escusa o pastor de almas, que é um seguidor do Bom Pastor, para negligenciar a ovelha perdida e não ir em busca dela para traze-la de volta ao rebanho de Cristo. O Senhor misericordioso pode estar usando a enfermidade para chamar um pecador ao arrependimento. Que bênção a ministração do servo fiel do Senhor pode ser em tal oportunidade!
Há apenas pouco tempo novamente experimentamos tal exemplo da maravilhosa direção divina. Um homem ao qual aparentemente em sucesso tínhamos exortado e admoestado a fazer sua paz com o Senhor da Igreja e retornar para a comunhão de seu povo de súbito sofreu um ataque de coração. Deu seu leito de enfermo pediu minha presença, e quando cheguei disse: "Pastor, o bom Deus precisa muitas vezes primeiro ferir com a vara."
Os membros de outra paróquia podem ser visitados apenas a pedido de seu próprio pastor, como quando ele está de férias, ou quando seus membros estão morando com parentes em outra paróquia ou estão hospitalizados longe de sua própria congregação. Em caso de emergência, assistência espiritual aos doentes ou moribundos não pode ser recusada a membros de outra paróquia, mas o pastor do paciente deve receber um relatório do que foi feito e das circunstâncias tão logo que possível.
O pastor que é bem conhecido em sua localidade pode freqüentemente ver-se convidado a visitar pacientes que não são membros de sua paróquia quando faz suas visitas regulares no hospital. Requer tato mostrar cortesia a amigos e conhecidos sem entretanto "intrometer-se em assuntos que não lhe dizem respeito".
É algo bem diferente quando se trata de pessoas que não pertencem a igreja alguma. Elas não só oferecem oportunidade para assistência espiritual, mas uma obrigação ao mesmo tempo. Enquanto a ordem de fazer discípulos de nosso Senhor vigora, e ela vigora até o fim dos tempos, os que não pertencem a igreja alguma são um desafio ao ministro de Deus. Freqüentemente o leito de enfermo tende a fazer o descrente mais receptivo à Palavra de Deus, e quando o paciente pode Ter recusado ouvir a instrução da Palavra quando tinha saúde, pode prestar atenção pronta quando enfermo.
 
Antes que Chamem
Se o pastor tem membros da paróquia que o notificam prontamente quando há doença séria na família, e quando tem a felicidade de trabalhar numa localidade onde o hospital o mantém informado da admissão de membros de sua paróquia, um sério problema fica em grande parte resolvido para ele, o problema de quão cedo ele deve visitar o doente.
Contudo pensamos que dificilmente haverá um lugar onde não há possibilidade de progresso neste respeito. Apesar das advertências de que o pastor não tem intuição especial para saber quem está doente, há pessoas que deixam de informá-lo e depois ficam contrariadas quando ele não faz a visita.
Também há pessoas que esperam demais antes de chamar o pastor prejudicando com isso a assistência espiritual ao enfermo. Outros consideram a vinda do pastor como sinal da proximidade do "ceifeiro implacável". Assim, adiam a visita do pastor o quanto podem. Mas que fazer com os que deixam de avisar o pastor quando há doença na família? Deve ele simplesmente esquecer esses pacientes, ou deve visitá-los apesar disso quando descobre que estão acamados?
Alguns pastores declaram resolutamente: "Se eles não me avisam diretamente que estão doentes, eu não os visito." Muitas vezes uma posição tão inflexível é decorrência de experiências decepcionantes. Alguém avisou que o Sr. Silva está muito doente. Talvez ele mesmo tinha acrescentado: "Seu pastor, eu acho que o senhor deve ir ver o Germano ." Preocupando-se com o bem-estar de seu rebanho o pastor deixou de realizar uma tarefa importante e enfrentou o vento e talvez mesmo a tempestade para ir ministrar a ele. Chegando a casa dele a Sra. Silva como que a desculpar-se explica que o Germano de fato estivera indisposto na noite anterior mas que está trabalhando de novo. Várias experiências dessas em rápida sucessão podem levar o pastor a afirmar: "Nunca mais – a não ser que eu seja chamado".
No entanto, não podemos deixar tais experiências desalentadoras exasperar-nos. Antes devem ensinar-nos a sermos cuidadosos com nossa fonte de informação. Muitas vezes o caso pode ser solucionado rapidamente por telefone ou de outra maneira.
E se informação sólida e fidedigna nos vem de que algum membro do rebanho está seriamente doente, compete-nos ir, mesmo se ainda não fomos chamados diretamente.
Isto assume importância capital quando se trata de alguém mais ou menos à margem da comunidade ou de uma pessoa que não pertence a igreja alguma e que o Senhor colocou em nosso caminho. A doença freqüentemente nos dá a oportunidade de trazer a mensagem da salvação a eles de uma maneira tal, como não é possível fazê-lo em outras circunstâncias. A realidade simples é que a maioria deste jamais nos iria chamar por si próprios, mesmo que muitas vezes aceitam com prazer nossa ministração quando é oferecida, e são receptivos à nossa mensagem. Jesus nos ensina a deixar os noventa e nove e buscar o que está perdido, e a ovelha perdida pode com freqüência ser encontrada acamada. O chamado para visitar um doente vem muitas vezes em tempo inconveniente. Planos carinhosamente acalentados tem de ser modificados ou mesmo cancelados. Não diz bem do pastor de almas ficar então zangado ou irritar-se quando isso acontece. Que ele se lembre das palavras do Senhor: "Estive enfermo e me visitastes," e "sempre que o fizeste a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes". Mt 25.36, 40.
 
Evitar Favoritismo
É importante, em todas as atividades do pastor, que ele seja tão imparcial em seu trabalho como humanamente possível. A visita aos enfermos não é exceção. O grau da enfermidade, a necessidade espiritual, etc., tornam necessário que ele visite alguns pacientes mais vezes que outros. Isso é necessário e bom. Mas que não haja motivo para a queixa de que os abastados são mais favorecidos que os pobres, ou os influentes mais que os fracos e insignificantes. Deus não se deixa levar pela posição social das pessoas, e seu ministro não pode conceder importância especial à posição ou às posses das pessoas às quais é chamado para servir.
Não há necessidade de favoritismo na doença. O leito de enfermo é um igualador deveras eficaz. Riqueza e posição social tendem a perder sua importância no quarto de um doente. Isso é bom, pois elas não autorizam às pessoas abastadas atenções especiais por parte do pastor.
Pessoas que exigem atenção especial para si próprios são egoístas e imaturos, não importa sua idade. Como tais devem ser tratados, contudo, com paciência e amor por suas almas.
A diferença de receptividade à ministração do pastor pode resultar também em se favorecer um paciente mais que outro. É apenas humano que o pastor procure, e aprecie receptividade por parte do paciente e não é de se admirar se ele reage em favor daquele que é mais receptivo. Apesar de encontrarmos mais alegria em servir o paciente que nos aprecia e o demonstra, sabemos que a necessidade do outro é bem tão grande, e que nosso dever de suprir suas necessidades não é nada menor. Por outro, a falta de apreciação é muitas vezes mais aparente que real. É da natureza de algumas pessoas ser mais reservadas e tímidas que outras, mas sua apreciação interior pode ser bem tão grande como a da pessoa efusiva. Falta de receptividade pode também ser apatia mental e espiritual causadas por drogas. Ainda, conquistar a confiança do paciente é algo que pode levar tempo.
 
Ninguém por Demais Repulsivo
O chamado do dever levará por vezes o médico de almas a um quarto de enfermo que lhe causa náusea. A causa da condição pode ser alguma doença horripilante do paciente, ou pode resultar da falta de controle da eliminação, ou pode ser simplesmente negligência ou sujeira. O fato que sua sensibilidade se rebela contra uma circunstância repugnante, não se pode refletir em seu comportamento ou expressão facial. Nem é isso desculpa para negligenciar o paciente. Não importa quão repulsivo o paciente nos possa parecer, não podemos perder de vista as necessidades de sua alma imortal resgatada com sangue. Que a assistência espiritual seja prestada alegremente como para Cristo! Se houver qualquer inclinação para exigir alguma recompensa pelo nosso "sacrifício" por realizarmos tarefa tão desagradável, então devemos parar e refletir sobre nosso pecado, e quão repugnantes e abomináveis ele nos torna em presença do santo e justo Deus.
 
Perigo de Contágio
Doenças contagiosas ou epidemias não eximem o médico de almas de prestar assistência aos doentes. A necessidade do paciente e a responsabilidade do pastor não são menores, mas freqüentemente maiores do que em outros tipos de doenças. Com precauções adequadas, o perigo de ser infetado pelo paciente não é maior para o pastor que para os médicos e enfermeiras, e eles raramente contraem doenças de seus pacientes. A consciência de que ele está realizando trabalho exigido por seu chamado divino, deve dar ao servo de Deus a confiança que seu Senhor e Mestre o protegerá da "peste que se propaga nas trevas", Sl 91.6. Por outro, o Senhor lhe concedeu a inteligência para se conservar em boas condições físicas a fim de que sua resistência à infecção seja grande, evitando contato desnecessário com o paciente, usando desinfetantes, inclusive luz solar e ar fresco. Hospitais modernos estão prontos para ajudar, providenciando vestimentas esterilizadas e conselhos de precaução, quando é necessário entrar em enfermarias isoladas.
 
Os Inconscientes
Pode acontecer que o pastor é chamado para junto de um enfermo, apenas para encontrar o paciente inconsciente ou em coma. Isso será, é claro, uma decepção para ambos, o pastor e os amigos ou parentes que o chamaram. Contudo, ele não deve considerar a situação como desesperadora e retirar-se sem fazer mais que avisar que o chamem de novo quando o paciente recobrar a consciência.
Há duas cousas que ainda se podem fazer. Pode-se dirigir a palavra ao paciente em voz forte e clara, para ver se há qualquer sinal de reconhecimento como, leve expressão facial ou um aperto de mão. Às vezes o paciente responde à voz do pastor quando não tem dado nenhuma indicação de reconhecer a família ou a enfermeira. Mesmo se não há sinal de reconhecimento o pastor deve recitar alguns versículos da Escritura e proferir uma oração. Há casos fidedignamente atestados de paciente que, depois da volta ao estado normal, testificaram que ouviram e entenderam o que o pastor disse, apesar de não terem dado evidência disso na ocasião. Outra cousa que pode ser feita em favor do paciente inconsciente é fazer intercessão por ele. Isso pode ser feito pelo pastor sozinho, ou ele pode pedir aos presentes que o acompanhem na intercessão. Não nos esqueçamos da promessa do Senhor que "muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo", Tg 5.16.
 
Crianças
Outra ocasião quando orações de intercessão devem ser empregadas é junto ao leito de crianças. Elas devem ser recomendadas ao cuidado amoroso do Pai rico em misericórdia que está no céu, sem qualquer tentativa de dobrar ou forçar a vontade de Deus para adaptar-se à vontade dos pais ou outros parentes.
Quando crianças estão seriamente enfermas, os pais ou outros familiares próximos muitas vezes estão abatidos e alterados, e eles mesmos necessitam a assistência espiritual do pastor. Uma expressão de simpatia não basta numa ocasião destas. O que eles precisam é conforto e consolação. Não é o suficiente admoestá-los a continuarem a ter coragem. Eles já estão tentando faze-lo desesperadamente. Eles tem de receber a mensagem que lhes possa dar coragem, que fortifique sua fé e que sustenha sua esperança. Seus olhos tem de ser dirigidos para o alto; eles tem de ser encorajados a depositar sua confiança e esperança na ajuda do Senhor. Tem de ser lembrados de que nenhuma pessoa é pequena ou insignificante demais para que o Senhor cuide dela, e que Jesus ama os pequeninos de modo todo especial. Sua atenção deve ser dirigida para o cuidado atencioso dos anjos de Deus e do concerto que Deus faz com seus filhos pelo batismo. (Caso a criança ainda não tenha sido batizada, a necessidade e a bênção do batismo devem ser expostas claramente, e os pais devem ser advertidos sobre uma mais prolongada negligência do Sacramento.) Eles devem ser lembrados que o Deus onipotente sabe o que é melhor para o bem-estar eterno de seus filhos e que por isso não devem fazer exigências a ele, mas sim, confiadamente, submeter-se a si próprios e a seu filho à vontade divina.
 
Os Incuráveis
Se é verdade sempre que não há mais que um passo entre nós e a morte, e cada doença, leve ou grave, é um lembrete de que os homens são mortais, ainda assim, a consciência de que ele tem uma doença incurável, tem um efeito profundo sobre o paciente. Quando o inevitável se torna iminente, desloca-se o ponto focal, a escola de valores se altera. Se o paciente é um filho leal de Deus, que confia na redenção em Cristo, pode encontrar-se um intenso interesse na mansão celeste e seus ocupantes, o Deus Trino, suas hostes celestiais, e a grande multidão de vestes alvas. Então a perene Palavra de Deus toma, muitas vezes, precedência sobre os tesouros transitórios da terra, e interesses anteriores recuam para um segundo plano. Por outro, os que não fizeram sua paz com Deus, ou cuja fé é ainda fraca e vacilante, se enchem de medo e apreensão pela, segundo seu ponto de vista, terrível calamidade que os atingiu.
O cura de almas deve diagnosticar a condição espiritual e prescrever de acordo com as necessidades espirituais. O caminho do arrependimento e fé deve ser exposto diante de seu paciente tão claramente, que ele não possa deixar de vê-lo e entende-lo. O método para se fazer isso varia de acordo com o indivíduo.
Muitas vezes se faz um esforço decidido para esconder a natureza ou gravidade da moléstia do paciente considerado incurável. O médico ou algum membro da família revela o "segredo" ao pastor, porém o instrui para que não deixe o paciente saber. Tais desejos devem ser respeitados a não ser que ele fique convicto de que o eterno bem-estar de seu paciente exige que ele fale tão claramente, que ele não deixe de ver que seu tempo de graça é bem limitado. Um caso desses pode ser aquele em que há impenitência manifesta e persistente, ou onde a teimosia se ergue como barreira à reconciliação, ou onde a indiferença é tão pronunciada, que medidas drásticas tem de ser tomadas. Um pastor sábio e que tem taro raramente necessitará de fazer uso de fraqueza tão abrupta. Ele jamais dará a seus pacientes falsas esperanças que os levem a uma falsa segurança, porém lhes lembrará que nunca sabemos o dia e a hora da vinda do Senhor ou quando nos chamará desta vida. Ele os aconselhará a manterem vigilância e preparo constantes e a encarar cada dia como possivelmente o dia da libertação das tribulações terrenas para a glória celestial. O fato que médico às vezes erram, e que não podemos saber com certeza se um paciente é realmente incurável, não tem valor prático para nossa consideração. É muito melhor que um paciente que se tinha preparado para morrer se recupere, que um, que não se tinha preparado, morra.
 
O Paciente Vem em Primeiro Lugar
Em geral o pastor não entra em contato apenas com o paciente quando lhe faz uma visita. Bem freqüentemente irá encontrar membros da família, visitantes, bem como outros pacientes. Às vezes encontrará o quarto do enfermo repleto de outras pessoas. É quase desnecessário dizer que o objetivo da visita deve continuar a ser assistência ao paciente, e não uma tentativa de impressionar os circunstantes.
O paciente deve ir em primeiro lugar. A própria sentença já diz que a visita a um enfermo pode oferecer a oportunidade, e algumas vezes até a obrigação, de se ministrar a outros também.
Quando um membro da família está seriamente enfermo, a família toda é atingida até certo ponto. O equilíbrio do lar é perturbado, e ajustamentos de vários tipos tem de ser feitos. Muitas vezes a carga financeira imposta por caro tratamento especializado, ou a incapacidade do chefe da família é cousa de graves preocupações. Em algumas circunstâncias, pode ser quase tão importante para o pastor dar conselhos, encorajamento e conforto à família como para o paciente.
Além disso, o que presta assistência a enfermos, que tem espírito missionário, está sempre alerta às possibilidades missionárias das visitas. Estas podem ser encontradas na família, entre parentes ou amigos do paciente, bem como entre outros pacientes, tratando-se de hospital. Alguns companheiros de quarto do paciente irão revelar se interesse bem livremente. Outros indicarão seu interesse em conversa com o paciente que foi visitado. Certa vez encontramos nossa paciente na varanda envidraçada do hospital. Depois que nos retiramos, outra paciente se aproximou dela e expressou seu intenso interesse na mensagem que ouvira por acaso, a do concerto batismal como fonte de conforto. O resultado final foi que outra alma foi ganha para o reino de Cristo.
 
A Sós com o Paciente
A oportunidade para se ficar a sós com o paciente não pode ser pressuposta. Quando a visita é feita em casa, é bem comum para o pastor encontrar um ou mais membros da família no aposento do doente. Pode também verificar que o paciente tem outros visitantes. Se faz suas visitas ao hospital durante as horas de visitas regulares, é bem provável que encontrará outros visitantes com o paciente. Suas chances dever o paciente sozinho são muito melhores em outra hora, mas o risco de ser obrigado a esperar enquanto o paciente recebe cuidados ou tratamento é relativamente maior.
Alguns parentes ou amigos se retiram discretamente depois das saudações costumeiras, para que o pastor possa ficar a sós com o paciente. Outros irão inquirir polidamente se o pastor deseja ficar a sós com paciente. Mas há também os que deixarão o que porventura estiverem fazendo para se aproximar assim que o pastor chega. Isto nem sempre se deve à curiosidade, ou porque não saibam melhor. Às vezes há o desejo sincero de partilhar da mensagem e do conforto que esperam que o homem de Deus esteja trazendo. Podem estar procurando uma bênção para si próprios.
Nem sempre é necessário para o pastor ficar a sós com o paciente – pode-se ir além e dizer que geralmente não é necessário que o pastor fique a sós com ele – e existem ocasiões quando ele pode muito bem trazer conforto e instrução a outros, enquanto está servindo o paciente.
Entra em pauta a questão: "Quando deve o pastor ficar a sós com o paciente?"
1. Quando o paciente o deseja ou requer. Ele pode ter uma confissão afazer que não faria a presença de outros.
2. Quando o pastor deseja sondar o paciente para poder diagnosticar seu caso. Isto se refere especialmente a casos quando o pastor tem pouco ou nenhum conhecimento mais íntimo com o paciente. Quando o paciente é membro da paróquia e o pastor já teve prolongadas relações de amizade com ele, não precisará sondá-lo para diagnosticar seu caso e servi-lo de acordo com suas necessidades individuais.
3. Quando o pastor precisa repreender o paciente para trazê-lo ao arrependimento. Desnudar seus pecados e vaidades na presença de outros é uma violação de sua modéstia natural e uma humilhação que não poderá ser bem recebida.
Alguns pacientes não desejam ficar a sós com o pastor e expressamente desejam que um parente, esposo ou esposa, ou filho, esteja presente durante a visita. Sua presença tornará o caso mais difícil para o pastor consciencioso, quando a fidelidade ao dever requer dele que torne manifesto o pecado do paciente para trazê-lo ao arrependimento e à fé. Em casos dessa natureza, sagacidade e tato são necessários em dupla medida e devem ser implorados do alto.
Situação semelhante se encontra na enfermaria do hospital, onde isolamento completo é impossível.
 
Etiqueta de Quarto de Enfermo
A conduta do médico de almas é determinada por sua posição e pelo objetivo de sua visita. Ele vem como embaixador de Cristo para trazer a mensagem divina se arrependimento, fé e consolo. Sua própria entrada deve ser feita com dignidade, humildade e alegria não afetada. Há geralmente depressão suficiente no lar ou aposento de um doente e o pastor deveria ser a última pessoa a trazer mais ainda. Pelo contrário é seu dever aliviar a depressão. Contudo ele não deve ser barulhento ou frívolo. Deve-se lembrar que o que um pode fazer com jeito, pode causar ofensa quando feito por alguém outro, e o que pode ser a cousa própria para se fazer em certa ocasião pode ser bem impróprio em outra.
Sentimentos e emoções devem ser mantidos sob firme controle. Não é sábio nem bom mostrar qualquer alarme, horror, ou contristamento na expressão facial ou na voz quando se vê o paciente, não importa que suas feições estejam muito mudadas ou ele esteja desfigurado por acidente ou doença.
Muitos pacientes se sentem pouco à vontade na presença do pastor. Alguns comentários gerais sobre assuntos que interessam ao paciente podem ajudá-lo a ficar mais à vontade. Conversações extensas sobre assuntos do dia, problemas sociais ou outros tópicos mundanos, não estão no campo da cura de almas, e não devem ser encorajados para não prejudicar sua missão. O pastor deve proceder à assistência espiritual tão rapidamente quanto a cortesia o permitir.
Qualquer conversa que se inicie deve ser dirigida por rumos alegres. Isso pode ajudar o paciente a esquecer a dor e o desconforto por alguns momentos. A discussão de problemas, horror e sofrimento tende a excitar e deprimir o paciente e deve ser evitada.
Deve-se mostrar interesse no paciente e em seus problemas, mesmo em cousas pequenas e triviais. Ele pode querer mostrar o apêndice, as pedras da vesícula ou dos rins, que tem guardado numa garrafa com álcool. Provavelmente o pastor já viu muitas pedras de vesícula, mas não viu as pedras da vesícula deste paciente, e se pode dar o luxo de se mostrar interessado, para conseguir a atenção do paciente à mensagem que traz. Um objetivo importante da visita é o de mostrar ao paciente que alguém se importa com ele. O interesse do pastor pelo progresso e pelos problemas do paciente o farão ficar mais receptivo à mensagem que Deus também se importa com ele.
Deve-se mover silenciosa e gentilmente no aposento do enfermo. Movimentos bruscos podem perturbar o paciente.
Não se deve falar mais alto que o necessário. Se o paciente ouve com dificuldade pode-se aumentar o volume. Em geral não se precisa gritar quando se aproxima a boca do ouvido do paciente que sofre de surdez. Em geral se deve evitar voz muito alta. Deve-se evitar sempre risadas altas e barulhentas.
Deve-se ficar onde o paciente nos pode ver sem qualquer esforço especial. Por este motivo, via de regra, é preferível ficar de pé do que sentar. Deve-se evitar uma posição que obrigue o paciente a olhar contra uma luz forte para manter uma conversação.
Sentar-se sobre a cama do paciente não é apenas falta de boas maneiras; o sacudir da cama pode causar dor e desconforto ao paciente.
Não se deve ficar irritado ou amuado com o paciente. Se é impossível evitá-lo, pelo menos não se deve mostrá-lo. Nem todos os pacientes são companhia agradável. Alguns se podem tornar exasperadores com suas queixas e seus desejos de serem servidos até o último, e sentem prazer em obrigar os outros a satisfazer seus caprichos. Enquanto algumas pessoas suportam dor e sofrimento com fortidão estóica, outros gemem e se queixam e tornam a vida insuportável para si mesmos e para os outros com suas lamúrias. Tomam a atitude de que sua miséria exige que sejam consolados. A caridade nos impele a cobrir uma multidão de pecados e de interpretar tudo da melhor maneira. A irritabilidade do paciente pode estar além do seu controle. Um corpo doente, nervos enfraquecidos e dor corrosiva podem ser responsáveis pela conduta desagradável.
Não se deve culpar o paciente de falta de atenção ou cortesia se seus olhos se fecham quando se está falando ou lendo. A sonolência pode ser causada por drogas ou por simples fraqueza. O pastor que tem tato não causará a sonolência do paciente com a monotonia ou o tédio provocado pela visita. Muitas vezes o paciente acordará de repente e a visita pode ser concluída. Se ele de fato adormeceu, o pastor o irá confiar aos cuidados de Deus e se retirará em silêncio.
Deve-se permanecer dentro da esfera de médico de almas, e nunca interferir com o médico que cuida do corpo do paciente, nem tampouco passar julgamento sobre o que ele faz. Mesmo quando se é competente para criticar seu tratamento do paciente, seria a maior imprudência fazê-lo. A tentativa de minar a influência do médico bem provavelmente traria consigo sua própria vingança, e o pastor descobriria estar solapada sua própria influência sobre o cliente. Quando o paciente exige uma opinião sobre o tratamento médico que ele está recebendo, o pastor ajuizado dirá que não tem qualquer competência para julgar prática médica. É outra cousa quando o paciente está descontente com o tratamento recebido e pede conselhos ao pastor como amigo e conselheiro em quem confia. Neste caso ele não precisa hesitar em dizer ao paciente que ele tem o direito de pedir por outro médico como consultante, ou mesmo de mudar de médico se assim o deseja.
Não se mostra magnanimidade quando se é sensível à má acolhida por parte de um paciente ou quando se vê os melhores esforços mal compreendidos ou desprezados. A medida do valor do pastor se revela por sua reação à ingratidão e ao antagonismo. Verdadeiros discípulos do Senhor não apenas amam os que os amam, mas também pagam o mal com o bem.
O encorajamento é um tônico eficaz para os doentes e os auxilia a recobrar a saúde e a força. Se bem que isso não é o objetivo real da visita do pastor, algum encorajamento irá ajudar o paciente em sua recuperação e também o aproximará mais do pastor.
Não se deve discutir no quarto do doente. Não se ganha nada com isso, e se pode causar grandes danos físicos ao paciente. Sempre se deve falar com brandura. Os pescadores de homens deviam atirar os anzóis farpados para fora de suas caixas de pesca. Almas humanas não são capturadas com eles. Apresenta-se a mensagem em forma simples e direta e se deixa a controvérsia para um segundo plano. Se o paciente objeta a afirmações de somenos importância, pode-se simplesmente ignorá-las. Se ele põe em dúvida alguma verdade fundamental, reformula-se a mesma de maneira clara e simples, com firmeza, calma e imperturbável, e deixa-se a questão ficar neste pé, seja qual for sua reação. Isto será melhor do que discutir. Depois que se partiu, a reflexão pode levar o paciente a reconhecer a validez do que se afirmou. Evitam-se tópicos controversos. Se o paciente os inicia, procura-se dirigi-los para outros canais.
Não se sussurra num quarto de enfermo a outros membros da família do paciente ou aos que cuidam dele, nem se fala com eles fora do aposento, de onde sons ininteligíveis da conversa cheguem até ele. Pode ser que a conversa não se refira ao paciente, pode ser que ela seja inofensiva caso ele a ouvir, mas para ele ela está envolta em mistério, e não é de se admirar se ele suspeita que se fala dele e o que se diz é alarmante demais para que ele o possa ouvir. Tal indiscrição causará preocupações ao paciente, o que absolutamente não lhe convém.
 
Pacientes Crônicos
Os pacientes crônicos e os retidos em casa estão numa categoria à parte, e exigem tratamento espiritual diferente do que se ministra aos atingidos recentemente pela doença e os gravemente enfermos. Eles já se acostumaram à sua situação de pacientes e até certo ponto se adaptaram à nova maneira de viver. Seu espírito em geral não está tão absorto com a doença.
A medida que as visitas a tais pacientes crônicos se repetem, fica-se conhecendo mais a fundo o paciente e seus problemas, e sua confiança no pastor cresce, e essa relação espiritual mais íntima se reflete na assistência espiritual.
Por terem tempo em abundância para ler e meditar, tais pacientes podem, muitas vezes, ser guiados a uma experiência espiritual mais rica e uma vida devocional mais profunda que aqueles que necessariamente estão mais ocupados com os problemas da vida diária. Existe bom material devocional que pode ser usado pelos doentes crônicos com proveito, mas eles também devem ser encorajados e guiados a estudar a Bíblia por conta própria. Assistência no estudo bíblico pode bem ser dada pelo pastor por ocasião de suas visitas aos enfermos crônicos. Ele pode selecionar porções mais longas da Bíblia e fazer breves comentários, à medida que lê.
Um resumo do sermão dominical junto com a leitura de um hino adequado, talvez um dos cantados no culto, é bastante apreciado pelos retidos em casa. (Cf. "E o Sermão?") As devoções também podem se basear em uma série de trechos bíblico. Isto é especialmente eficaz durante a quaresma e os ciclos festivos da igreja.
 
Doentes Mentais
Muitos dos enfermos e aflitos que o cura de almas tem de assistir espiritualmente sofrem de doença mental em vez de, ou além de, enfermidade física. Nossa época se caracteriza por uma onda sempre crescente de doenças mentais. Ansiedades, temores e frustrações de um mundo perplexo e perturbado junto com as tensões de uma sociedade que se caracteriza pelas concorrências, conflitos e rivalidades, contribuem com as cousas normais para um aumento considerável das doenças mentais. Nos Estados Unidos a Associação Nacional para Saúde Mental informa que apenas naquele país há mais de nove milhões de doentes mentais. Tais dados incluem desde casos de instabilidade emocional até as formas mais extremas de demência, mas ainda assim são impressionantes. Igualmente impressionante é sua afirmação que metade dos leitos de todos os hospitais daquele país são ocupados por doentes mentais. Todas as instituições que tratam dos doentes mentais são hoje denominadas hospitais e por isso estão incluídos em tais dados. Isto, contudo, indica mais que uma simples troca de nome das instituições. Demonstra uma mudança de atitude diante de todo o problema, e isto é significativo. Dá-se hoje mais ênfase à cura que ao isolamento.
Quando a pessoa afligida mentalmente se torna paciente de uma instituição mental, geralmente passa da assistência espiritual regular do pastor para os cuidados de um capelão que possui talentos e treinamento especiais para esse tipo de trabalho. Contudo, o pastor tem de lidar freqüentemente com estas pessoas antes de serem admitidas ao hospital e depois de retornarem. Ele também precisa prestar seus serviços a pessoas que não são tratadas em hospitais mentais mas que não gozam boa saúde mental.
Seja qual for a aflição ou doença, o propósito e objetivo da visita pastoral não mudam. Ele entra no aposento do enfermo como servo de Deus para trazer conforto e consolação ao povo de Deus e para guiá-lo pelas provas e tentações, por entre os abismos do desânimo e desespero, no caminho para seu celeste lar. Deve alimentar e nutrir as almas famintas e dirigi-las à fonte revigorante da santa Palavra de Deus. Ele tem de usar a Palavra para repreensão, correção e educação na justiça de acordo com as necessidades do paciente e procurar fortalecer a sua fé em seu Senhor e Salvador Jesus Cristo. Isto é bem tão verdadeiro para a doença mental como para a física.
Poucos porão em dúvida o fato que a assistência espiritual se torna mais difícil em caso de doença mental, e medida especial de abnegação e sabedoria que vem do alto são necessárias. O poder inerente à Palavra se mostrará eficaz apesar de todos os obstáculos, e o pastor é encorajado em sua tarefa árdua por saber que seu trabalho no Senhor não é vão.
A medida da eficácia depende em grande parte, além da bênção divina e do próprio equipamento, da causa subjacente da aflição mental. Perturbações mentais são muitas vezes devidas a causas físicas. Doença grave ou febre alta podem afetar a mente de um paciente por algum tempo ou mesmo de modo permanente. O mesmo se pode dar com algum dano causado por um acidente. As transformações físicas que acompanhadas a puberdade, gravidez ou menopausa podem ser acompanhadas por aberrações mentais. A deterioração que vem com o processo de envelhecimento freqüentemente afeta a mente, em particular quando o endurecimento das artérias retarda o fluxo sangüíneo que vai ao cérebro. Vinte e sete por cento de todas as admissões a instituições mentais pertencem a pessoas de idade.
É lógico que, onde a causa subjacente da doença mental é física, o paciente deve ser tratado para remover ou aliviar a causa. Pode ser que o pastor precise, como amigo e confidente do afligido, aconselhar consulta médica para o paciente. Naturalmente ele deixará de fazer o diagnóstico ou recomendar tratamento, porque isso está fora de seu campo de ação.
O conselho para procurar cuidados médicos competentes é, entretanto, apenas acidental, levando-se em conta que a assistência real do pastor é a cura de almas. Há casos quando tratamento médico adequado remove completamente a doença mental. Em outros casos, resultados benéficos estão presentes e há ajuda nítida para recuperar a saúde mental do paciente. Há, contudo, casos que parecem ficar completamente insensíveis ao tratamento médico.
O trabalho do pastor pode ser particularmente eficaz quando a causa subjacente da doença mental está na esfera da ética ou da religião, ou é causada por aflições ou preocupações. Sua posição como autoridade reconhecida, quando se trata de saber o que está certo e o que está errado, é um predicado valioso para lidar com temores excessivos, idéias confusas e complexos de culpa. Em vez de negar a culpa e a responsabilidade perante Deus por causa da transgressão da lei divina, o cura de almas mostra o caminho para uma boa consciência, por meio de contrição e fé. Ele mostra que o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos purifica de todo pecado, 1 Jo 1.7.
Com o rápido progresso feito no campo da terapia mental, mais e mais pacientes estão sendo devolvidos dos hospitais a suas casa para continuar suas vidas na localidade e igreja de onde vieram. Isto cria um problema muito mais difícil do que quando um paciente volta para casa depois de uma operação, um desarranjo cardíaco ou mesmo de uma prolongada estadia num sanatório de tuberculosos. Se alguma vez um paciente necessita um bom conselheiro espiritual e alguém que lhe demonstre simpatia e a compreensão, é quando ele passa pelo processo de ajustamento à vida normal depois de um período de doença mental. Apesar da atitude bastante mudada, felizmente para melhor, em geral, ainda assim muitos fixam um estigma em pacientes que retornam de um hospital mental. Mesmo quando esse não é o caso, sentem-se muitas vezes fortes dúvidas quanto à estabilidade da cura, e um certo grau de suspeita é lançado sobre as ações ou o comportamento do paciente que retornou. Ações e conduta que em outros passariam completamente desapercebidas, são encaradas com grande alarme. E infelizmente há publicidade sensacional suficiente de casos de recaída de ex-pacientes mentais para manter vivos tais temores e suspeitas.
Hospitais mentais modernos tentam preparar o paciente para a espécie de recepção que irá receber quando retornar para a vida desprotegida da qual ele uma vez fez parte, mas ainda assim é uma experiência muito difícil e penosa, e um pastor compreensivo e prudente pode em tal ocasião prestar auxílio de valor incalculável, ajudando o paciente a ter uma atitude sadia para com Deus, e o caminho que Deus colocou diante dele, e aconselhando a família e amigos do paciente, que retornou, quanto ao amor e à solicitude cristãos.
Nem todos os doentes mentais precisam ser privados da bênção da Santa Ceia. Tratando-se dos que estão qualificados nos outros pontos a participar do sacramento, há apenas uma regra a aplicar: podem eles se examinar para participar da Ceia do Senhor para sua salvação? Colocar todas as pessoas mentalmente doentes em uma e mesma categoria está tão errado como colocar todas as doenças físicas na mesma classe. Há inumeráveis tipos de doenças mentais, e muitos graus. Muitos pacientes tem acessos esporádicos e entre eles se comportam normalmente. O pastor deve julgar cada caso conforme seus próprios méritos, para determinar se o paciente pode se examinar adequadamente.
 
Terapia Ocupacional
Terapia ocupacional é um dos novos desenvolvimentos no cuidado dos pacientes que foram aleijados na guerra ou em acidentes, e aquelas vítimas de doenças cuja recuperação é lenta e prolongada, como as vítimas de paralisia infantil. Sem dúvida, muitos pacientes foram altamente beneficiados por ela, e seu uso é grandemente recomendável. Mas quando se advoga torná-la parte da assistência espiritual do pastor aos enfermos, não podemos concordar. Poucos pastores teriam o tempo suficiente para esse tipo de serviço especializado sem prejudicar e negligenciar o cuidado espiritual adequado aos que estão sob seus cuidados. Certamente os que tal propugnam não podem esperar que se substitua a terapia espiritual pela terapia ocupacional. Apenas aquele que se tornou infiel a seu alto chamado de embaixador do Altíssimo e diluiu sua mensagem, a ponto de torná-la inofensiva, considerará isto uma boa troca. O cura de almas consciencioso deixará outras tarefas para aqueles que foram treinados para elas e irá concentrar suas atenções na cura de almas.
 
Remuneração
O assunto da remuneração levanta um problema que não pode ser resolvido com apenas uma frase simples e decisiva. Há várias considerações que entram em questão.
Para começar, nem deveria ser necessário dizer que o pastor fiel não é um mercenário cujos serviços se conquistam por taxas, ou que serve apenas, ou mesmo primordialmente, por causa da remuneração. Quando ele ingressou no serviço de Cristo e aceitou o chamado de uma congregação ou comissão missionária, concordou em pôr seu tempo e seus talentos a serviço do Senhor e do rebanho que lhe foi confiado. Em troca de seu serviço foi-lhe dada a promessa de se prover por suas necessidades segundo termos específicos. Consequentemente ele não tem nenhum direito de exigir remuneração especial por serviços prestados. E quem irá por em dúvida que as visitas aos enfermos estão decisivamente dentro do âmbito do seu chamado?
Algumas congregações realmente tem estabelecido o costume de dar remuneração especial, não apenas para casamentos, funerais, etc., mas também para visitas a enfermos, e fazem referências a ela nas atas de suas reuniões. Sob tais circunstâncias - 30 -
essas "espórtulas eventuais" virtualmente, e, algumas vezes, de fato, tornam-se parte do salário do pastor. Onde prevalece tal costume e as respectivas pessoas estão em condições de pagar sem dificuldades, o pastor não precisa sentir escrúpulos ao aceitar tal provento. Seria melhor, contudo, que a congregação fosse levada a elevar o salário do pastor a um nível que esses "extras" se tornem desnecessários e assim o costume seria eliminado. Isso também seria muito melhor para os que estão em circunstâncias menos favorecidas financeiramente e que encontram dificuldade em pagar extra por serviços especiais, notadamente em tais ocasiões.
A apreciação de algumas pessoas pelos benefícios derivados da assistência espiritual ministrada pelo pastor é tamanha que se sentem constrangidos a demonstrá-la por algo mais tangível que meras palavras. Uma dádiva que é oferecida nesse espírito não precisa ser recusada.
Haverá ocasiões em que o pastor se encontrará face a um dilema quando uma dádiva lhe é oferecida com insistência por parte de gente que ele sabe estar passando necessidade ou mesmo penúria. Os pobres e os que vivem de pensões são muitas vezes os mais generosos. Se é possível recusar o presente sem ofender o doador, deve ser feito. Ma pode ser tornar necessário aceitar tal "quadrante da viúva pobre" para não ofender ou privar essa pessoa da alegria e satisfação de poder expressar seu reconhecimento por uma bênção recebida com gratidão. Prudência e tato devem indicar o curso a seguir.
Uma situação diferente tem lugar quando uma pessoa abastada se oferece para "pagar" o pastor por seus serviços. Deve-se fazer tal pessoa compreender, com brandura, mas com firmeza, que o tipo do serviço que o cura de almas presta não está à venda. O lembrete que tal correção deve ser feito num espírito brando é duplamente necessário quando a "paga" oferecida é uma insignificância. "Seguir a verdade em amor" (Ef 4.15) tem de ser aplicado aqui também.
Quando a congregação não propicia auxílio para gastos com veículo, é apenas justo para os que forem servidos fielmente pelo pastor, auxilia-lo com algum "dinheiro para gasolina", para ajudar a cobrir as despesas extraordinárias em que incorreu por causa deles, especialmente se a quantia é considerável. Para ele pedi-lo, no entanto, pode bem colocá-lo sob o estigma de ser mercenário. Enquanto que a maioria das pessoas tem consideração com o pastor, e não esperam que ele faça viagens longas e freqüentes por causa deles, sem reembolsá-lo de algum modo por suas despesas, há os que não pensam ou são inconsiderados nesse respeito, e não vêem que suas exigências excessivas podem privar o pastor ou sua família de cousas bem merecidas ou mesmo necessárias. A melhor solução, onde isso é possível, é uma ajuda de custos por parte da comunidade, ex.: auxílio para os gastos com locomoção, que afasta a alternativa de o paciente ou o pastor pagar as despesas extraordinárias de seu próprio bolso.
 
Recompensa
Completamente alheio à questão da remuneração fica o assunto da recompensa. O amor ao Salvador e o reconhecimento de sua misericórdia ilimitada, em vez de recompensa, devem ser o motivo, sim, o incentivo constante, para se ser diligente e fiel no chamado de cura de almas. No entanto, aquele que prometeu solenemente que mesmo um copo de água fria oferecido em seu nome não deixará de receber seu galardão, não deixará de recompensar o serviço prestado em seu nome, muito mais do que se merece. O Senhor Jesus mesmo diz, em sua descrição do Juízo Final, que as visitas aos doentes e prisioneiros serão consideradas como feitas a ele.
A maior recompensa que o servo de Cristo pode aspirar é a aprovação de seu Senhor e Salvador, ouvi de seu lábios divinos: "Muito bem, servo bom e fiel."
Recompensa menor, porém não insignificante, que o pastor freqüentemente recebe por suas visitas a enfermos é o surgimento espiritual e a bênção que ele mesmo recebe. Não raras vezes, ele entra no aposento de um doente para confortar e fortalecer, e sai de lá, ele mesmo, confortado e fortalecido, ou pela Palavra divinamente poderosa que ele aplicou ao paciente ou pela fé simples e a confiança plena com que o paciente recebeu a Palavra. Por vezes um paciente simples, de pouca cultura, sem o querer, se torna nosso professor. Um co-servo na vinha do Senhor uma vez me assegurou que certa pessoa retida em casa, que ele visitava regularmente, jamais deixava de encorajá-lo e de levantar seu ânimo, por mais deprimido que ele estivesse. Que Deus abençoe a assistência espiritual do pastor fiel a seus pacientes, e também o refrigério de espírito que pacientes consagrados muitas vezes proporcionam a seu pastor.
 
II PARTE
RECURSOS AUXILIARES PARA UM MINISTÉRIO PERSONALIZADO
CASOS GERAIS
A. Jesus tocou-lhe
"E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra." Mateus 8.3.
Estimado amigo em Cristo:
Jesus compreende nossas necessidades individuais e lida com cada pessoa conforme sua necessidade. Isto fica bem evidente pela maneira como ele lidou com o leproso que se prostrara diante dele e apelara para sua compaixão: "Senhor, se quiseres, podes purificar-me."
São Lucas nos conta que o homem estava coberto de lepra. Em outras palavras, a doença tinha progredido consideravelmente. Sabendo como esta doença age, podemos deduzir desta afirmação que ele estava deformado e desfigurado. As pessoas se esquivavam dele e o evitavam. A lei, igualmente era dura e severa. Ela exigia uma forma de isolamento cruel e sem misericórdia, pela qual o leproso era expulso da sociedade de seus semelhantes. Esmolar era o único meio de vida para estes infelizes e a morte era a única libertação que se podia esperar.
A solidão inexprimível que deve ter havido no coração deste homem quase ultrapassa a imaginação. Por meses, e talvez mesmo anos, ele não tinha sentido o contato de um ser humano; nenhum abraço de esposa ou filho, nenhum beijo de amor ou amizade conforme o costume oriental, nem mesmo o contato do acotovelamento no meio da multidão no mercado repleto.
Com que saudade seus pensamentos devem ter-se voltado para o tempo em que ainda não estava assim afligido; quando ele era um membro da sociedade, de seu povo, e se podia associar com as pessoas; quando as pessoas não tinham medo de seu contato, e os amigos encontravam prazer em sua companhia. Por acaso iria jamais alguém tratá-lo do mesmo modo de novo? Ó, se existisse apenas uma pessoa que não se esquivasse dele; que o chamasse bem-vindo e o recebesse em sua casa! Ó, se houvesse apenas uma pessoa que o tocasse! Mas de que adiantavam tais sonhos?
E então, eis, "Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe." Jesus compreende o desejo do coração deste homem. Havia cura no toque de Jesus, mas havia também compreensão, perfeita compreensão e conhecimento dos mais íntimos desejos do seu coração.
Jesus sempre conhece. Ele sempre compreende nossos anseios e desejos mais profundos, seja pelo toque de uma mão humana ou por outra necessidade ou aspiração pessoal. Jesus conhece as TUAS necessidades. Ele compreende as tuas dificuldades. Os anseios e desejos do teu coração são um livro aberto para ele. Apenas ele pode satisfazê-los completamente. Mas ele também sabe e compreende se estes desejos e anseios são por cousas boas, santas e benéficas. Não podemos esperar que ele as conceda, se forem cousas puramente egoístas ou pecaminosas, ou se de algum modo puderem tornar-se prejudiciais a nossas almas. Portanto faremos bem em seguir o exemplo do leproso cujo apelo fervoroso se submetia à vontade de Jesus. "Senhor, se quiseres, podes purificar-me", é o que ele pede.
Podemos e devemos ter a firme confiança que ele agirá conosco da maneira tal que redundará em nossa salvação e bem-estar eternos, e que toda fome da alma por comunhão com seu Criador será satisfeita de modo superabundante. Igualmente ele nos concederá os outros desejos e anseios pessoais que não estão em desacordo com seu desejo e propósito divinos.
ORAÇÃO. Caro Senhor e Salvador Jesus Cristo, que tocando o leproso que se prostrou diante de ti na descida do monte, mostraste tua compreensão divina pelas necessidades pessoais do homem, bem como teu cuidado e preocupação sinceros por elas; dirijo-me a ti em minha necessidade e lanço minhas tribulações e problemas sobre ti. Apenas tu és capaz de satisfazer plenamente os anseios do meu coração. Se for a tua vontade podes rapidamente devolver-me saúde perfeita e radiante. Porém age comigo conforme tua sabedoria divina, fazendo aquilo que é útil para meu bem-estar eterno, e te louvarei por tua ajuda, agora e para sempre. Amém.
 
B. Está Enfermo Aquele a Quem Amas
"Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro, dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas." João 11.3.
Nos dias de Jesus um dos locais mais abençoados de toda a Terra Santa era aquele lar em Betânia, onde o Senhor gostava de ficar quando subia a Jerusalém. A pequena família de duas irmãs e um irmão o recebia com alegria em sua casa. Naquela vila calma perto de Jerusalém Jesus encontrava paz e repouso depois vários dias de viagem penosa, depois do clamor das multidões no mercado repleto de gente e do borborinho dos átrios do templo, onde ensinava as multidões e respondia a seus inimigos. Ele estava com amigos sinceros e leais, Lázaro, Maria e Marta. Que alegre privilégio encontravam em servir a Jesus e prover para suas necessidades e seu conforto! Que bênção maravilhosa ficar assentado a seus pés, como Maria o fez, e aprender a única cousa necessária?' Ó, abençoado lar, na verdade, onde Jesus chegava e permanecia!
Esta casa deveria certamente estar livre de qualquer mal. Dor e tristeza e tribulação não poderiam penetrar aí. Assim poderiam raciocinar muitos, esquecendo que o Senhor nunca prometeu a perfeita bem-aventurança do céu para nossa vida terrena. Nossos corpos marcados pelo pecado estão sujeitos a muitos males e doenças; nossos corações infetados pelo pecado estão repletos de maus desejos; nossas mentes pecaminosas entretêm maus pensamentos. Apenas quando nos despojarmos da carne pecaminosa e a alma for liberta de todos os laços terrenos uma vida perfeita e sem lágrimas. Até então valem as palavras do Senhor: "No mundo passais por aflições."
O lar em Betânia não era exceção. Não lhe foi poupada tal aflição. Lázaro, o irmão da pequena família, ficou gravemente enfermo. Ficou logo aparente a seriedade da situação, e as irmãs compreenderam que o único médico que poderia ajudar nesta situação crítica era seu bom Amigo e Mestre, que já tinha realizado tantas curas miraculosas.
Mas desta vez Jesus estava longe de Betânia. Estava trabalhando na Peréia, além do rio Jordão. Um mensageiro foi logo enviado a Jesus para levar a urgente mensagem de Maria e Marta. Era uma mensagem muito simples, como as que as pessoas que se entendem bem usam. A mensagem simples e sem adorno dizia: "Senhor, está enfermo a quem amas." Só isso. Nada mais. Não lhe dizem que fazer ou quando ajudar. Não lhe fazem imposições. Apenas apelam para seu amor pelo irmão delas, e deixam que o amor de Jesus por Lázaro decida o que fazer por ele. E Jesus não as deixou em falta. Mesmo quando parecia tarde demais, ele transformou sua tristeza em alegria e sua dor em cântico de louvor.
Em tua enfermidade, caro amigo, deves dirigir-te a Jesus e pedir sua ajuda divina. Não fundamentes teu pedido em qualquer cousa que tenhas feito, em teu próprio mérito ou dignidade. Estes não podem permanecer diante do santo e justo Deus, pois se alguém guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, torna-se culpado de todos. Antes, aprende com Maria e Marta a apelar ao amor do Salvador por ti. Esse amor não conhece limites. Ele abrange toda a humanidade. Esse amor inexprimível levou Cristo a se humilhar, a tomar a forma de servo, a se tornar obediente até à morte. Tendo-se entregue à morte por tua redenção, não poderás também confiar nele para que ele faça o que é melhor para ti em tua enfermidade? Ele agirá contigo conforme sua sabedoria e seu poder. Se tu te entregares completamente a seu cuidado, ele não te abandonará em tua necessidade. Por amor a ti ele te ajudará a carregar tua cruz, e no tempo apropriado ele te livrará do modo que ele considera o melhor.
ORAÇÃO. Bendito Senhor e Salvador, que provaste o teu amor por mim com teu sacrifício redentor e por me tornares um membro de teu reino da graça aqui na terra, graças e louvor te sejam dados por tudo o que fizeste por mim. Eis que agora, eu, teu amigo, estou enfermo. Preciso de tua ajuda e presença. Conserva-me na firme confiança em teu amor, e aprofunda minha convicção de que por onde quer que me conduzires o farás para meu eterno bem-estar. Dá-me um coração alegre que não murmura nem se queixa, mas que suporta aflição em paciente submissão a tua santa vontade. Preserva-me na fé verdadeira pelo teu Espírito Santo. Se for tua vontade, concede-me um rápido restabelecimento para que eu possa retornar a meu trabalho regular. Em teu nome o peço. Amém.
 
C. Libertação do Mêdo
"Busquei o Senhor e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores." Salmo 34.4.
Estimado amigo. Demonstraste que sentes medo. Tua doença te fez ficar inválido e dependente do auxílio e cuidado de outros, e isto serve como um lembrete da fragilidade de teu corpo. Compreendes melhor agora o que quer dizer a sentença: há apenas um passo entre mi e a morte.
O medo não é experiência estranha e incomum. Os temores que tomam conta dos corações dos homens podem variar muito quanto a seu tipo e natureza, mas é em vão que se procura uma pessoa que de tão feliz esteja sempre livre de temores. Mesmo homens fortes e corajosos tem seu temores. Ninguém que conhece a vida de Davi irá acusá-lo de ser covarde. Em diversas ocasiões demonstrou coragem e bravura que conquistaram a admiração de amigos bem como de inimigos. Mas, se bem que ele não era covarde, também não estava livre de temores. Com fraqueza ele confessa que tinha muitos, afirmando nas palavras do texto: "de todos os meus temores".
Mas como podemos buscar o Senhor? O caminho da oração é uma estrada aberta ao trono de Deus. Seu convite perene é: "Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, tu me glorificarás." Com esse convite podes dirigir-te diretamente a Deus em oração, com plena segurança que ele não esconderá sua face de ti.
Também encontrarás a Deus, examinando sua santa Palavra, pois Cristo diz: "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim", Jo 5.39. A lei divina revela Deus como um ser santo e justo, que odeia o pecado e ameaça punir todos os que transgridem seus mandamentos. Aos pecadores e santo Deus clama. "Arrependei-vos." Mas o pecado arrependido encontra no evangelho a doce afirmação de que por causa de Jesus Cristo, que como nosso substituto cumpriu a lei e sofreu nossa culpa e punição, roubando assim o aguilhão da morte, Deus nos perdoa todos os pecados e transgressões. Por causa de Cristo, Deus fez a todos nós, que aceitamos sua salvação gratuita por meio de fé sincera, seus próprios filhos amados e herdeiros de seu reino celestial.
Por isso, deixa de lado todo orgulho e toda justiça própria, e busca o Senhor em humildade, e, no entanto, com ousadia e confiança filiais. Achega-te a ele como um filho amado a seus pais amorosos. Não recebeste o espírito de servidão para temor, mas o espírito de adoção que clama, Aba, Pai.
Se assim buscas o Senhor, podes cantar com Davi, "e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores". O termo "EU SOU" ainda hoje quer tirar o fardo do temor e dar em troca confiança e coragem e fé constante em Deus.
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, que convidas a vir a ti todos os que estão cansados e sobrecarregados, para lhes dar descanso; entre os fardos que pesam sobre mim em minha enfermidade estão os temores que penetram em meu coração e perturbam minha paz e meu descanso. Por causa de teu convite busco agora tua face, para que possa encontrar libertação de todos os meus temores. Concede-me tal fé e confiança em teu amor e poder, e em tua prontidão para ajudar e proteger a mim e aos meus, que faça desaparecer todos os temores. Concede-me também tamanha fé em teu Filho amado, Jesus Cristo, meu Salvador e Redentor, que o medo da morte se possa transformar em ardente desejo de estar com ele na glória celestial. Que teu Espírito 
Santo me conceda em rica medida o perfeito amor que lança fora o medo. Ouve-me por Jesus Cristo. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Dt 33.25. Como os teus dias durará a tua paz.
Dt 33.27. O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos.
Js 1.5, 6. Serei contigo: não te deixarei nem te desampararei. Se forte e corajoso.
Jó 10.12. Vida me concedeste na tua benevolência, e o teu cuidado a mim me guardou.
Jó 23.10. Mas ele sabe o meu caminho; se ele me provasse, sairia eu como o ouro.
Sl 3.4, 5. Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde. Deito-me e pego no sono; acordo, porque o Senhor me sustenta.
Sl 25.4-7. Faze-me, Senhor, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em que eu espero todo o dia. Lembra-te, Senhor, das tuas misericórdias e das tuas bondades, que são desde a eternidade. Não te lembres dos meus pecados da mocidade, nem das minhas transgressões. Lembra-te de mim, segundo a tua misericórdia, por causa da tua bondade, ó Senhor.
Sl 27.14. Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor.
Sl 31.14. Quanto a mim confio em ti, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus.
Sl 34.7. O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.
Sl 34.19. Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra.
Sl 36.5, 6. A tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, até às nuvens tua fidelidade. A tua justiça é como as montanhas de Deus; os teus juizes, como um abismo profundo. Tu, Senhor, preservas os homens e os animais.
Sl 42.11. Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.
Sl 46.10. Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus.
Sl 55.17. À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz.
Sl 55.22. Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá.
Sl 65.2. Ó tu que escutas a oração, a ti virão todos os homens.
Sl 73.26. Ainda que a minha carne e o meu coração desfalecem, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
Sl 73.28. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos.
Sl 103.10. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidade.
Sl 103.13. Como um pai se compadece de seu filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem.
Sl 119.41. Venham também sobre mim as tuas misericórdias, Senhor, e a tua salvação, segundo a tua promessa.
Sl 119.75. Bem sei, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que confidelidade me afligiste. 
Sl 130.1, 2. Das profundezas clamo a ti, Senhor. Escuta, Senhor, a minha voz: estejam alerta os teus ouvidos às minhas súplicas.
Sl 139.1-4. Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda.
Pv 3.5, 6. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
Is 26.16. Senhor, na angústia te buscaram; vindo sobre eles a tua correção, derramaram as suas orações.
Is 28.29. Faz forte ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.
Is 41.13. Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita, e te digo: Não temas, que eu te ajudo.
Is 45.9. Acaso dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes? Ou: A tua obra não tem alça.
Is 48.10. Eis que te acrisolei, mas disso não resultou prata; proveito na fornalha da aflição.
Is 54.7, 8. Por breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias torno a acolher-te; num ímpeto de indignação escondi de ti a minha face por um momento; mas com misericórdia eterna me compadeço de ti, diz o Senhor, o teu Redentor.
Is 55.8, 9. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
Is 59.1. Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir.
Is 65.24. E será que antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.
Is 66.13. Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei.
Jr 10.24. Castiga-me, ó Senhor, mas em justa medida, não na tua ira, para que não me reduzas a nada.
Jr 31.3. Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí.
Os 6.1. Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou, e nos sarará; fez a ferida, e a ligará.
Mt 11.28. Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Lc 5.12. Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
Lc 5.32. Não vim chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento.
Lc 10.20. Não obstante, alegrai-vos, ... porque os vossos nomes estão arrolados nos céus.
Lc 24.38. Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? e por que sobem dúvidas aos vossos corações?
Jo 3.16. Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Jo 6.68. Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna. 
Jo 9.2, 3. Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.
Jo 11.3. Senhor, está enfermo aquele a quem amas.
Jo 12.21. Queremos ver a Jesus.
Jo 14.18. Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.
Jo 14.27. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Jo 16.33. Estas cousas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
At 20.32. Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados.
Rm 8.18. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós.
Rm 8.28. Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Rm 15.13. E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.
1 Co 10.13. Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.
1 Co 11.32. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.
2 Co 4.17. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação.
2 Co 12.7. E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.
Fp 4.11. Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
Cl 3.2. Pensei nas cousas lá do alto, não que são aqui da terra.
2 Ts 3.3. O Senhor é fiel; ele vos confirmará e guardará do maligno.
Hb 12.9, 10. Tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai dos espíritos, e então viveremos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.
Hb 12.11. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que tem sido por ela exercitados, fruto de justiça.
Tg 1.12. Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de Ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.
Tg 4.2. Nada tendes, porque não pedis.
Tg 4.8. Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros.
1 Pe 5.7. Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
1 Pe 5.10. Ora, a Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.
Ap 7.17. O Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
 
EM ENFERMIDADE SÚBITA
"Apenas há um passo entre mim e a morte." 1 Samuel 20.3.
Estas palavras foram proferidas por Davi a seu amigo Jônatas quando por inveja o rei Saul procurava matá-lo. Davi sabia que se fosse capturado, encontraria morte rápida e certa. A morte estava sempre perto dele, a um passo de distância apenas.
Quando um alpinista inicia a escalada de um pico de montanha íngreme, ele o faz com inteiro conhecimento de que há apenas um passo entre ele e a morte. Um passo em falso, enquanto está cruzando uma profunda fenda na rocha ou escalando uma rampa gelada, e poderá despencar-se para uma morte súbita.
Mas não é preciso ser um alpinista ou estar envolvido em combate militar para se caminhar perto da morte. Muitas vezes uma pessoa que se levantou de manhã forte e com saúde, ficou estendida morta e fria antes que os raios do sol proclamassem o fim do dia no poente. Quando a morte atinge tão subitamente a um dos nossos amigos ou conhecidos, isso com freqüência causa em nós uma impressão indelével e nos lembra que, na verdade, também para nós é sempre verdadeira a palavra de Davi: "Apenas há um passo entre mim e a morte.
A enfermidade é o costumeiro precursor da morte. Enfermidade grave te atacou súbita e inesperadamente. Seu desfecho ainda é muito duvidoso. Mas a advertência que ela traz é clara e distinta. Está te lembrando que há apenas um passo entre ti e a morte.
E se tu fosses intimado a comparecer muito em breve diante do trono divino para prestar contas de ti a Deus, que farias? Que não poderias confiar em teus próprios méritos é óbvio quando nos lembramos que a santa Palavra de Deus nos diz que somos todos pecadores e carecemos da glória de Deus, e que "todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia".
Não, nada que podemos fazer pode tirar nosso pecado e nossa culpa e nos tornar aceitáveis a Deus, mas "o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado". Aceita, pois, com fé sincera, a graciosa promessa de Deus, a de perdoar tuas transgressões por causa de Jesus. Cobre-te com a perfeita justiça de Cristo, e então quando tua hora vier, mais cedo ou mais tarde, poderás te apresentar perante Deus com coração alegre para seres recebido no celeste lar.
ORAÇÃO. Misericordioso Deus e Pai, achaste por bem em tua sabedoria enviar-me esta enfermidade súbita e por ela me lembras que "apenas há um passo entre mim e a morte". Não sei quão cedo, conforme a tua vontade, terei de dar este passo, mas sei de tua santa e infalível Palavra, que não me deixarás nem me abandonarás, quando essa hora chegar. Por amor a mim enviaste teu Filho unigênito, Jesus Cristo, ao mundo para me remir, e por causa dele preparaste uma maravilhosa herança no céu para mim, teu filho que confia em ti. Concede-me graça para encarar teu chamamento para fora desta vida com fé constante e alegre esperança, por Jesus Cristo. Amém. 
 
Outros Textos Adequados
Dt 4.31. O Senhor teu Deus não te desamparará, porquanto é Deus misericordioso, nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança que jurou a teus pais.
Js 1.5, 6. Não te deixarei nem te desampararei. Se forte e corajoso.
Sl 6.1-4. Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Tem compaixão de mim, Senhor, porque eu me sinto debilitado; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão abalados. Também a minha alma está profundamente perturbada; mas tu, Senhor, até quando? Volta-te, Senhor, e livra a minha alma; salva-me por tua graça.
Sl 23.1. O Senhor é o meu pastor: nada me faltará.
Sl 39.4. Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim, e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade.
Sl 46.10. Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus.
Sl 55.22. Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá: jamais permitirá que o justo seja abalado.
Sl 145.14. O Senhor sustém os que vacilam, e apruma todos os prostrados.
Pv 27.1. Não te glories do dia de amanhã, porque não sabes o que trará à luz.
Is 43.1. Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Am 4.12. Prepara-te, para te encontrares com o teu Deus.
Mt 6.10. Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.
Mt 25.1-13. As Dez Virgens.
1 Co 10.13. Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.
1 Co 11.32. Somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.
2 Ts 3.3. O Senhor é fiel; ele vos confirmará e guardará do maligno.
Tg 4.13, 14. Atendei agora, vós que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã.
 
EM ENFERMIDADE PROLONGADA (IMPACIÊNCIA)
"Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossas almas. Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue, e estais esquecidos da exortação que, como filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como a filhos); pois, que filho há a quem o pai não corrige?" Hebreus 12.1-7.
 
CARO AMIGO: Não estás completamente satisfeito com o progresso de tua recuperação. Conforme a tua maneira de pensar já devias estar muito mais longe no caminho de volta à saúde, talvez mesmo bem restabelecido e de volta em tua ocupação regular. Em outras palavras, estás impaciente com o fardo que foi colocado sobre ti. Isto não nos causa surpresa, pois é cousa bem comum se ficar impaciente quando não se faz o progresso desejado, e mesmo os corajosos e fortes e bravos freqüentemente ficam impaciente quando custa a chegar o alívio.
Entretanto sabemos que a impaciência não ajuda no restabelecimento, mas em lugar disso te pode fazer ficar mais infeliz e miserável. Além disso, a impaciência é descontentamento com os caminhos de Deus. Portanto, quanto mais nossa enfermidade se prolonga, maior é a nossa necessidade de encorajamento para termos a paciência de que fala esta palavra de Deus.
Nós bem sabemos que paciência não é uma lição fácil de se aprender, nem uma virtude que se pratica facilmente, mas estamos confiantes que uma reflexão ponderosa sobre as considerações em favor da paciência aí apresentadas te irão ajudar decididamente a refrear a impaciência e a aumentar tua paciência.
A primeira consideração sobre a qual deves refletir é que tua provação é uma "carreira que te está proposta". Ela te foi destinada e, com esse espírito deves aceitá-la. Se tivesses traçado teu próprio caminho, tenho a certeza que ele seria bem diferente. Terias escolhido prazer e conforto em lugar de dor e sofrimento. Mas não te foi deixada a escolha. Deus dirigiu teu caminho de modo tal que agora tens de guardar o leito. É vontade dele, e por isso deve ser para o teu bem, pois a sua vontade é uma vontade boa e graciosa. Isto sabemos, mesmo que as bênção ainda estejam ocultas a nossos olhos.
Outra consideração é oferecida no convite a contemplar o exemplo de Jesus. "Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentada à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossas almas." Onde podes encontrar um outro exemplo de paciência igual ao demonstrado por Jesus em sua Paixão? Considera a perseguição com espadas e varapaus, a caminhada entre guardas armados e as falsas testemunhas, os bofetões e o ridículo; a capa de púrpura e a coroa de espinhos; os açoites e os clamores pedindo sua vida; o carregar a cruz sobre suas costas dilaceradas e o ser pregado no madeiro maldito da cruz; os gritos de zombaria para descer da crua e o motejo de desprezo: "Salvou a outros e a si mesmo não pode salvar": a sede atroz e o abandono por parte de Deus. E através de tudo isso nem uma palavra ou atitude de impaciência. Se ele pode ficar paciente para que nos fossem poupadas penas e condenação eternas, não deveríamos nós, então, empenhar-nos para sermos pacientes em nossa aflição muito mais leve?
Uma terceira consideração que nos encoraja a sermos pacientes é esta que os corretivos de Deus provam que somos seus filhos e objetos do seu amor. "Estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como a filhos); pois, que filho há a quem o pai não corrige?" Pais que nunca corrigem seus filhos ou punem suas más ações mostram que não se importam se seus filhos crescem para ficar gente de bem ou não. Mas Deus o Pai não quer mimar seus filhos.
Em lugar de cederes à impaciência, considera tua situação presente como uma oportunidade para te exercitares na paciência e para cresceres nela.
ORAÇÃO. Ó Senhor, que nos admoestas proposta, tu sabes como acho difícil ser paciente e meu sofrimento, especialmente porque meu progresso no restabelecimento é tão lento. Dá-me graça para sempre confiar inteiramente em ti, porque tu sabes melhor do que eu, o que é bom e útil para mim, e quando chegar o tempo próprio para me livrares de minhas tribulações. Ajuda-me a me lembrar a paciência de Jesus, meu Salvador, que não murmurou nem se queixou na sua agonia e vergonha, mas suportou pacientemente todas as cousas a fim de me redimir. Não me deixes esquecer que teus corretivos são uma prova a força necessária para crescer em paciência. Imploro-o em nome de Jesus. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Jó 23.10. Mas ele sabe o meu caminho; se ele me provasse, sairia eu como o ouro.
Sl 17.8. Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me, à sombra das tuas asas.
Sl 37.7. Descansa no Senhor e espera nele; não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios.
Sl 40.1. Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.
Pv 17.3. O crisol prova a prata, e o forno o ouro; mas aos corações prova o Senhor.
Is 26.3. Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.
Is 48.10. Eis que te acrisolei, mas disso não resultou prata; provei-te na fornalha da aflição.
Is 49.14, 15. Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode um mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu todavia, não me esquecerei de ti.
Is 54.7, 8. Por breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias torno a acolher-te; num ímpeto de indignação escondi de ti a minha face por um momento; mas com misericórdia eterna me compadeço de ti, diz o Senhor, o teu Redentor.
Lm 3.25, 26. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é aguardar a salvação do Senhor, e isso em silêncio.
Lm 3.31-33. O Senhor não rejeitará para sempre; pois ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias; porque não aflige nem entristece de bom grado os filhos dos homens.
Rm 5.3. Mas também gloriemos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança.
2 Co 4.16, 17. Por isso não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo o nosso homem interior se renova de dia em dia. Por que a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação.
2 Co 5.7. Visto que andamos por fé, e não pelo que vemos. 
2 Co 12.8, 9. Por causa disto três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.
Fp 4.11. Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
2 Tm 2.3. Participa dos meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus.
Hb 10.36. Com efeito, tendes necessidades de perseverança.
Hb 12.11. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que tem sido por ela exercitados, fruto de justiça.
Hb 13.14. Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir.
1 Pe 1.6, 7. Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que o valor da nossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.
Ap 3.21. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me sentei com meu Pai no seu trono.
 
ANTES DE UMA OPERAÇÃO
"Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me, à sombra das tuas asas." Salmo 17.8.
Após madura reflexão decidiste submeter-te a uma operação na esperança de recobrar tua saúde. Não foi uma decisão fácil de se tomar, porque conheces bem o risco que corres. Enquanto parece que mal podes viver como estás, e teu desejo ardente é melhorar a situação, não ignoraste levianamente a possibilidade de que a operação pode também apressar tua morte. Estás consciente que estás dando um passo sério, um passo em que tens de te entregar totalmente aos cuidados e à proteção de teu Deus.
Tu sabes que os médico e as enfermeiras farão tudo o que estiver ao seu alcance para produzir o resultado desejado, mas igualmente sabes que o sucesso da operação dependerá da bênção divina. O poder sobre a vida ou a morte reside inteiramente em suas mãos.
Ao entregar teu caminho ao Senhor, oras nas palavras do salmista: "Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me, à sombra das tuas asas."
No Cântico de Moisés, proferido no fim de sua carreira aos israelitas reunidos, o grande legislador fala de Jacó como a menina dos olhos de Deus, por quem ele demonstrou o maior cuidado, a quem ele colocou sob sua proteção, a quem ele guiou com sua direção. Teu apelo a Deus de que te guarde como a menina dos olhos é o pedido de seu cuidado gracioso, de sua proteção e direção para ti. Esconder-se à sombra das asas de Deus é uma figura de linguagem para encontrar conforto, segurança e proteção em Deus. Isto pedes nesta hora crítica.
Como filho de Deus tens o privilégio de te achegar a teu Pai celestial e trazer tuas necessidades e teus desejos diante dele. Como seu filho sabes do bem como de suas promessas, que ele não deixará de responder às tuas orações. Em sua sabedoria divina ele pode responde-las de modo diferente do que agora desejas, mas sabes que para onde quer que o Senhor te dirige, dirige-te por um caminho de misericórdia e amor, e que nenhum mal eterno te pode alcançar enquanto estás escondido à sombra de tuas asas.
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, tu me criaste e me sustentaste e me fizeste ser um filho amado teu por intermédio do santo batismo e a regeneração do Espírito Santo. Em minha hora de perplexidade e necessidade venho a ti para buscar refúgio. "Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me, à sombra das tuas asas." Contigo encontrarei perdão para todos os meus pecados. Sob tua proteção terei paz, conforto e segurança. Permanece perto de mim nas horas de ansiedade que tenho de enfrentar, guia a mão do cirurgião e fortalece todos os seus assistentes. Então não temerei, pois tu farás tudo bem. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Dt 7.9. Saberás, pois, que o Senhor teu Deus é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seu mandamentos.
Dt 33.27. O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo de ti estende os braços eternos.
Js 1.5, 6. Serei contigo: não te deixarei nem te desampararei. Sê forte e corajoso.
Sl 23.4. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam.
Sl 31.3. Tu és a minha rocha e a minha fortaleza; por causa do teu nome, tu me conduzirás e me guiarás.
Sl 31.15. Nas tuas mãos estão os meus dias.
Sl 34.7. O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.
Sl 36.5, 6. A tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, até às nuvens a tua fidelidade. A tua justiça é como as montanhas de Deus; os teus juízos, como um abismo profundo. Tu, Senhor, preservas os homens e os animais.
Sl 37.5. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará.
Sl 50.15. Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás.
Sl 67.1. Seja Deus gracioso para conosco, e os abençoe, e faça resplandecer sobre nós o seu rosto.
Sl 73.28. Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio.
Is 41.10. Não temas, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.
Is 41.13. Porque eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita, e te digo: Não temas, que eu te ajudo.
Mt 7.7. Pedi, dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Jo 14.27. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Rm 8.28. Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.
2 Ts 3.3. O Senhor é fiél; ele vos confirmará e guardará do maligno.
1 Pe 5.7. Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
 
DEPOIS DA OPERAÇÃO
"Tem compaixão de mim, Senhor, porque eu me sinto debilitado; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão abalados." Salmo 6.2.
Depois de horas de espera ansiosa podemo-nos regozijar contigo visto que o Senhor te conduziu em segurança através de tua oração e te fez voltar à consciência. O primeiro choque foi vencido com sucesso. O Senhor atendeu tuas orações e te susteve graciosamente enquanto passavas pelo vale escuro e perigoso. Ele deu habilidade ao cirurgião, força ao teu corpo e assistência divina a todos os que labutaram contigo. Por tudo isso tens muitos motivos para agradecer ao Grande Médico, o Senhor, teu Deus.
Contudo, tua condição ainda é crítica. O caminho que tens diante de ti ainda está repleto de perigos. Ainda é muito cedo para se poder dizer quão completo será teu restabelecimento, e se tuas esperanças e teus desejos serão atendidos de que operação que suportaste prolongará tua vida e melhorará tua saúde. O futuro está nas mãos de Deus. Nos próximos dias terás abundante necessidade tanto de misericórdia como de cura divina.
A misericórdia do Senhor é especialmente necessária, porque as aflições e os males do corpo tem sua raiz no mal subjacente e fundamental, o pecado. Quando Jesus lidava com aqueles que lhe tinham sido trazidos por causa de alguma aflição corporal, ele também cuidava do seu bem-estar espiritual, e, pelo menos em várias ocasiões assegurou aos sofredores o perdão dos seus pecados antes de lhes conceder a cura corporal.
É da mais vital importância que não procuremos apenas alívio das aflições corporais, mas que nos ocupemos seriamente com nosso bem-estar espiritual e que procuremos a cura para nossa enfermidade chamada pecado, pois "o salário do pecado é a morte", e os males e as fraquezas humanas são os mensageiros que nos advertem da aproximação da morte. Além disso, o pecado não apenas conduz à morte temporal, mas o pecado não perdoado conduz à morte eterna.
Por nós mesmos não nos podemos livrar das cadeias do pecado nem pagar o resgate por nossa libertação. O único meio de encontrar cura para nossa doença – pecado e escapar de suas terríveis conseqüências é lançarmo-nos sobre a misericórdia de nosso bondoso Deus. Por causa de Cristo e de seu sangue redentor derramado por nós no Calvário, Deus é gracioso e misericordioso para conosco. Teu clamor: "Tem compaixão de mim, Senhor", não ficará sem resposta.
Visto que Deus te assegura sua misericórdia , a questão da cura corporal se torna menos urgente e menos importante. Se a sabedoria divina determinar que a cura corporal será para o teu bem-estar, Deus te concederá a cura misericordiosamente. Se, por outro, ele souber que trará maiores benefícios à tua alma o carregares tua cruz, ou a libertação de todos os males por um fim abençoado, nós sabemos que também neste caso ele agirá conforme a sua divina misericórdia e confiantemente submeteremos nossa vontade à sua vontade.
ORAÇÃO. Bondoso Pai no céu, agradeço e louvo-te das profundezas do meu coração por não teres te retirado de mim durante minha operação, mas auxiliaste o médico e seus assistentes e me fizeste passar pelo perigo em segurança. Ainda me sinto debilitado, e meus ossos estão abalados, e necessito de tua constante misericórdia e de tua cura. Permanece junto a mim, ó Senhor, para que eu possa me restabelecer prontamente e possa retornar logo a meus deveres regulares. Tua misericórdia me ajudou até aqui, e estou confiante de que não me abandonarás agora. Fortalece tanto o corpo como a alma, e me preserva de inutilizar teu favor por ingratidão ou esquecimento de tua graciosa ajuda. Eu o peço em nome de Jesus. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Dt 33.25. Como os teus dias durará a tua paz.
Jz 16.28. Senhor Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força.
1 Sm 7.12. Até aqui nos ajudou o Senhor.
1 Cr 16.34. Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua misericórdia dura para sempre.
Ne 8.10. A alegria do Senhor é a vossa força.
Sl 28.7. O Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, nele fui socorrido; por isso o meu coração exulta, e com o meu cântico o louvarei.
Sl 50.15. Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás.
Sl 73.26. Ainda que a minha carne e o meu coração desfalecem, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
Sl 92.1. Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo.
Sl 116.12. Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?
Is 38.5. Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; acrescentarei, pois, aos teus dias quinze anos.
Is 40.29. Faz forte ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.
Is 40.31. Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.
Lc 5.12. Aconteceu que, estando ele numa das cidades, veio à sua presença um homem coberto de lepra; ao ver a Jesus, prostrando-se com o rosto em terra, suplicou-lhe: Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
Ef 5.20. Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
1 Pe 5.7. Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
 
PARA ALGUÉM FERIDO NUM ACIDENTE
A. Quando em Ocupação Lícita
"Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos. Castiga-me, ó Senhor, mas em justa medida, não na tua ira, para que não me reduzas a nada." Jeremias 10.23, 24.
O orgulho humano muitas vezes fala e age como se o homem fosse senhor do seu destino. Mas na Palavra de Deus que lemos diante de nós, o profeta Jeremias observa quão pouco uma pessoa pode determinar seus próprios caminhos. Nenhum homem é o senhor absoluto do seu próprio futuro, nem mesmo do seu próximo passo. "Não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos." O homem pode propor, mas é Deus que dispõe conforme sua vontade divina.
Tua experiência, caro amigo, comprova a observação do profeta. Hoje de manhã não fazias idéia de que estarias envolvido num acidente tão cedo. Fizeste teus planos para o dia como de costume e estiveste realizando estes planos, quando a desgraça subitamente bateu à porta e os modificou completamente. Em vez de te ocupares com tuas lides costumeiras te encontras na cama sofrendo fortes dores.
Mesmo se tens alguma explicação lógica e natural para a causa do acidente, continua em vigor o fato de que boa e má sorte não são o resultado de um acaso cego, mas nos sobrevêm pela vontade e consentimento do todo-poderoso Deus. Está dentro dos limites do seu poder o guardar-nos e nos proteger, pois nenhum pardal pode cair ao chão, nem mesmo um cabelo de nossa cabeça, sem o seu consentimento. Mas ele também pode retirar sua mão protetora e permitir a vinda da desgraça. Tudo está sob sua supervisão e controle.
Por que, então, podes perguntar, permitiu Deus que este acidente ocorresse, e por que tiveste que ficar ferido nele? Por que ele não interveio e desviou tua desgraça?
De uma cousa podemos estar seguros e certos, que Deus, que é um Deus de amor, não sente prazer e não se diverte com nossa dor e sofrimento. Ele não nos tortura para sua satisfação.
As desgraças e calamidades que Deus permite venham sobre nós podem ser punições ou correções. Aqueles que são maus e ímpios e recusam ouvir sua Palavra e fazer sua vontade, e que rejeitam seu Filho, Deus fere em sua ira. Ele os aflige para trazê-los ao reconhecimento de sua maldade e dirigi-los ao arrependimento.
Mas o que se passa com os crentes, os filhos de Deus, é diferente. Eles foram reconciliados com Deus por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Deus nada tem contra ele, mas os ama intensamente. Quando permite que eles sejam atingidos pela desgraça, isto é um sinal de ira mas de amor e misericórdia. Todas as cousas, também nossas aflições, tem de cooperar para o bem dos que amam a Deus.
Nós cristãos ainda temos carne e sangue, e nossa carne pecaminosa não está inclinada a cumprir a vontade de Deus. Corremos o perigo de nos esquecermos de Deus e deste modo cairmos na perdição. Para nos conservar humildes e confiantes nele, o Senhor freqüentemente considera necessário e útil a nós corrigir-nos.
O profeta reconhece esta necessidade e convida o Senhor: "Corrige-me", isto é, ensina, educa-me, e se necessário, disciplina-me. Necessito teu ensino, mereci tua disciplina; mas se precisas punir este teu filho desobediente, então faze-o "em justa medida". Castiga-me como teu filho "não na tua ira, para que não me reduzas a nada".
Pode ser difícil perceber o amor de Deus em tua aflição neste momento, mas confia em sua Palavra infalível, Deus tem boas intenções para contigo, e o tempo virá quando verás e entenderás, e então lhe agradecerás pelo que fez.
ORAÇÃO. Bondoso Senhor e Deus, em tua sabedoria insondável permitiste que eu fosse ferido seriamente num acidente. Apesar de não compreender inteiramente teu objetivo em me afligir deste modo, tua Palavra me assegura que teus caminhos são misericórdia e amor e que todas as cousas tem de cooperar para o meu bem, porque me tornei teu filho pela fé em Cristo Jesus. Mesmo no infortúnio é manifesta a tua graça. Poupaste minha vida da destruição e prolongaste meu tempo de graça. De que modo pungente me fizeste lembrar que há apenas um passo entre mim e a morte, e quão necessário me é estar sempre vigilante à espera do teu chamado que pode vir a qualquer momento! Seja do teu agrado curar meu corpo ferido, para que eu possa logo voltar à minha ocupação costumeira, grato por tua ajuda e fortalecida na fé e confiança em ti. Em nome de Jesus. Amém. 
 
B. Ao Procurar Prazeres Censuráveis
"Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelo caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas cousas Deus te pedirá conta." Eclesiastes 11.9.
Caro Amigo. Por causa dos teus ferimento encontras-te preso ao leito e sofres fortes dores. Não é agradável encontrar-se numa situação como esta. Além disto, não recebeste ferimentos enquanto estavas cumprindo com tuas obrigações. Estavas procurando prazeres quando sofreste o acidente que te vitimou. Que isto fique bem claro: procurar divertir-se, em si, não está errado. Deus mesmo encoraja os jovens a se divertirem quando diz: "Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos." Todavia ele também acrescenta a advertência: "sabe, porém, que de todas estas cousas Deus te pedirá conta". No entanto, não entrem os prazeres, que buscamos, em conflito com as regras de conduta que Deus estabeleceu para nós em sua santa Palavra. Deus nos considera responsáveis por nossa conduta.
Como poderás responder a Deus quando ele te julgar pelo prazeres que estavas buscando? Tu bem sabes que os prazeres que procuravas quando a desgraça te atingiu são condenados por Deus e portanto pecaminosos. O fato que outros estavam fazendo o mesmo certamente não te exime a ti de tua responsabilidade pessoal de obediência aos mandamentos de Deus. Nem tampouco podes desculpar-te dizendo que não tinhas sido advertido. Deliberada e voluntariamente desprezaste todas as advertências bem-intencionadas. E agora estás colhendo o que semeaste. Miséria e dor são o resultado de tua desobediência.
Mas ainda mesmo agora Deus se compadece e tem misericórdia de ti. Ele poderia facilmente Ter permitido que perecesses no acidente, como já aconteceu a tantos outros em circunstâncias semelhantes. Em vez disso ele te concedeu tempo e oportunidade para reflexão e arrependimento. Já que não quiseste ouvir sua Palavra ou obedecer suas advertências, Deus interveio de maneira tal que não o podes ignorar, e está te falando numa linguagem tal que não podes deixar de entender.
E o que é que tu vais fazer agora? Fechar os ouvidos a suas advertências seria grande tolice. Os ferimentos que recebeste colocam tua vida em sério perigo. Se a morte te tivesse atingido enquanto estavas numa atitude impenitente ou rebelde, serias chamado ao julgamento sem qualquer oportunidade para fazer as pazes com Deus. Que espécie de sentença poderias então esperar de um juiz santo e justo? Ó, não tentes o Senhor teu Deus, para que te fira com aflição maior ou mesmo com a morte!
Vem, pois, estimado amigo, ao teu Senhor e Salvador, e confessa arrependido a tua transgressão e com um coração contrito pede seu perdão. Ele é teu amigo e te ama. Ele te ama tanto que derramou seu sangue por ti. Ele te aceitará e te perdoará. Ele prometeu: "O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora." Vem, pois, a ele com um coração humilde e penitente e ora confiandamente:
ORAÇÃO. Ó meu bondoso Senhor e Salvador, em desobediência voluntária eu abandonarei o teu caminho e segui a ilusão do prazer pecaminoso. Não prestei atenção às advertências bem-intencionadas, mas egoísticamente fiz o que bem entendia. Tal ação de minha parte apenas poderia ofender-te, provocar tua indignação e justa ira. E agora tu interrompeste meu desvio do bom caminho. Minha busca de prazeres pecaminosos me trouxe a desgraça. Confesso que a mereci plenamente. Mas, meu caro Salvador, eu me arrependo de coração pelo que fiz, e te peço, por teu nome, perdoa-me. Tem compaixão de mim, pecador. Seja de teu agrado curar meu corpo ferido, mas acima de tudo, purifica meu coração e meus desejos para que eu venha a cumprir tua vontade e andar em teus caminhos. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Dt 23.5. O Senhor teu Deus trocou em bênção a maldição; porquanto o Senhor teu Deus te amava.
1 Sm 3.18. É o Senhor, faça o que bem lhe aprouver.
1 Sm20.3. Apenas há um passo entre mim e a morte.
2 Sm 15.26. Eis-me aqui, faça de mim como melhor lhe parecer.
Jó 1.21. O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor.
Sl 57.1. Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades.
Pv 27.1. Não te glories do dia de amanhã, porque não sabes o que trará à luz.
Is 28.29. Também isso procede do Senhor dos Exércitos; ele é maravilhoso em conselho e grande em sabedoria.
Is 45.7. Eu formo a luz, e crio as trevas; faço a paz, e crio o mal; eu o Senhor, faço todas estas cousas.
Iis 55.8, 9. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor, porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
Am 3.6. Sucederá algum mal à cidade, em que o Senhor o tenha feito?
Mt 10.29-31. Não se vendem dois pardais por um asse? e nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados. Não temais pois! Bem mais vales vós do que muitos pardais.
Mt 18.8. Melhor é entrares na vida manco ou aleijado, do que, tempos duas mãos ou dois pés, seres lançados no fogo eterno.
Lc 13.1-5. Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam. Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas cousas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. Ou cuidais que aqueles dezoito, sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.
Jo 9.2, 3. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus . Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.
Jo 13.7. Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora, compreendê-lo-ás depois.
Rm 8.38, 39. Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. 
Lm 3.37. Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?
 
ALGUÉM FERIDO EM RIXA
"Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus." Tiago 1.20. Estimado Amigo. Miséria e dor é o que sofres por causa do ferimento que recebeste. A situação já é suficiente má quando nos ferimos em nosso trabalho ou quando estamos trilhando o caminho reto. Então não temos de nos culpar a nós próprios por nossa miséria e sofrimento. O que é deplorável é que tu não podes dizer isso. Teu sofrimento é completamente desnecessário e podia ter sido evitado. Participaste numa contenda e assim és o causador do teu sofrimento.
É natural querer desculpar-se e procurar uma explicação favorável, mas o fato é que pessoas não brigam a não ser que estejam iradas. E ira contra o próximo é quase sempre pecado contra o mandamento de Deus. Pensamentos de ódio encontram expressão em palavras de ódio, e palavras de ódio encontram expressão em palavras de ódio, e palavras de ódio cedo se tornam ações de ódio. São exatamente tais rixas provocadas pela ira que mostram a veracidade das palavras do apóstolo: "A ira do homem não produz a justiça de Deus."
Mesmo quando outros nos insultaram ou feriram de algum modo devemos estar lembrados que a Palavra de Deus nos diz: "Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu retribuirei, diz o Senhor." (Rm 12.19). Procurar vingar-no, ou ficar quites, como dizemos, é interferir no governo de Deus. Ele punirá os malfeitores, e será bem mais justo e imparcial do que nós podemos ser. Se teu coração ainda está repleto de pensamentos de ódio e vingança, então por favor deixa-os de lado imediatamente. Pensa também no exemplo do teu Salvador, o qual "quando ultrajado, não revidava com ultraje, quando maltratado não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente". Escuta sua voz persuasiva: "Se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas se não perdoardes, também vosso Pai celestial não vos perdoará as vossas ofensas."
Por outro, basta um pouco de reflexão para veres quão afortunado és, pois Deus misericordiosamente te guardou de ferimento maior ou mesmo de morte repentina. Não poucas vezes rixas resultam na morte de pessoas, e que prospecto desagradável ser assim chamado diante do juízo de Deus que pronuncia "tribulação e angústia sobre a alma de qualquer homem que faz o mal".
Na verdade, Deus teve misericórdia de ti. Concedeu-lhe a oportunidade para o arrependimento. Tens um tempo de graça, mas não sabes quão cedo pode findar. Não adies a busca do perdão e da graça de Deus.
Sim, outros tiveram culpa também. Mas isso não desculpa o TEU pecado. TU pecaste. Tua consciência te acusa disso. O Senhor te chama agora ao arrependimento. Escuta o seu chamado – AGORA.
Ou achas que o teu pecado é grande demais para ser perdoado? Estimado amigo, não precisamos desesperar jamais do perdão, seja quão grande fôr o nosso pecado, pois o Senhor mesmo promete: "Ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhas como o carmesim, se tornarão como a lã." E São João nos assegura: "O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado." Aceita a Palavra do Senhor. Vem a ele humilde e penitente, e não serás rejeitado.
ORAÇÃO. O todo-poderoso e santo Deus, pequei contra ti ao ceder à minha ira e envolver-me numa contenda amarga. Estou agora sofrendo como resultado dessa contenda. Reconheço que isto é uma punição justa pela transgressão de tua santa lei. Mas tu também és um Deus misericordioso, a quem agrada perdoar o pecado e a transgressão. Por tua misericórdia concede-me o teu perdão, concede paz e conforto a minha alma. Seja do teu agrado curar também os ferimentos em meu corpo. Ajuda-me a controlar melhor meu temperamento no futuro. Com teu auxílio, ó Senhor, procurarei servir-te melhor e ser mais obediente a ti no futuro do que fui no passado. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Dt 32.35. A mim me pertence a vingança, a retribuição.
Sl 103.10. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidade.
Pv 14.17. O que presto se ira faz loucuras, e o homem de maus desígnios é odiado.
Pv 16.32. Melhor é o longânime do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade.
Pv 21.2. Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações.
Pv 28.13. O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.
Ec 7.9. Não te apresse em irar-te, porque a ira se abriga no íntimo dos insensatos.
Jr 2.19. A tua malícia te castigará, e as tuas infidelidades te repreenderão; sabe, pois, e vê, que mau e quão amargo é deixares o Senhor teu Deus, e não teres temor de mim, diz o Senhor Deus dos Exércitos.
Jr 14.7. Posto que as nossas maldades testificam contra nós, ó Senhor, age por amor do teu nome; porque as nossas rebeldias se multiplicaram; contra ti pecamos.
Mc 11.25, 26. E, quando estiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celeste não vos perdoará as vossas ofensas.
Lc 11.4. Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve.
Lc 16.15. Mas Jesus lhes disse: Vós sois o que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; pois aquilo que é elevado entre homens, é abominação diante de Deus.
At 3.19. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.
Rm 12.19. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas daí lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.
Ef 4.26. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.
Ef 4.31, 32. Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda a malícia. Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou.
Tg 2.13. Porque o juízo é sem misericórdia com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo. - 51 -
1 Jo 3.15. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si.
 
FERIMENTO AUTOPROVOCADO
"Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo. Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça." Lucas 22.31, 32.
Estimado Amigo. Quão maravilhosamente benigno e misericordioso te foi o Senhor por ter impedido que levasses a cabo teu plano de te destruires a ti mesmo, e te deu tempo para refletir sobre tua ação, e para te arrependeres. Se Deus te tivesse deixado agir de acordo com tua própria vontade terias cortado teu tempo de graça para te lançares perante o tribunal do santo e justo Deus sem oportunidade para clamar por misericórdia e perdão.
Deus, a fonte da vida e o criador do homem, colocou sua ressalva sobre a vida do homem. Reservou para si mesmo o direito de tirar essa vida. Destruir vida humana, seja de outra pessoa ou a própria, é transgressão flagrante da santa lei de Deus.
Se Satanás te enganou para que pensasses que tua vida é propriedade que te pertence e que a ninguém precisas prestar contas do que fazes com ela, então reflete sobre isso que Deus diz: "Vós não sois de vós mesmos." Não se pode confiar na palavra de Satanás pois ele é mentiroso desde o princípio. Seu único propósito e objetivo é enganar e destruir. Não confies nele, tão amigável como ele se possa apresentar. Ele não tem nada melhor para prometer ou oferecer do que o que ele mesmo tem, e isso é tormento e miséria sem fim no fogo inextinguível do inferno. Qualquer voz que te diz que podes escapar das conseqüências do pecado e da escravidão de Satanás por autodestruição é a voz do próprio Satanás.
Nenhum filho de Deus está livre das artimanhas e tentações de Satanás. O inimigo cruel, que não deixou nem tentar o próprio Filho de Deus, emprega sua maior astúcia para enredar os cristãos leais e fiéis. Que terrível cegueira provocou ele em Judas para fazer com que ele traísse seu Senhor e Mestre por trinta moedas de prata! Mas ele não se satisfez com a queda de Judas. Quis destruir os outros discípulos também. Em particular, diz Jesus, Satanás desejava Pedro. Desejava peneirá-lo com todo seu poder e astúcia. Entregue a si mesmo, Pedro seria com toda certeza destruído por Satanás. Mas, contra o desejo de Satanás de possuí-lo. Jesus lança sua poderosa intercessão. "Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça."
Tu, caro amigo, deves às orações de intercessão de Jesus que Satanás não conseguiu te destruir completamente como tentou fazê-lo. Agradece ao Senhor Jesus com sinceridade e fervor por ter impedido que levasse a cabo teu plano. Não desesperes do perdão. Se te arrependes sinceramente do teu pecado e com humildade confessas tua transgressão ao Senho, ele te perdoará por causa de sua misericórdia e não te acusará mais dele. Considera Davi, como se tornou culpado do sangue de Urias, mas pelo arrependimento e a humilde oração a Deus pedindo misericórdia encontrou perdão com Deus; sim, foi-lhe dado até o grande elogio de ser um homem segundo o coração de Deus. Pensa no malfeitor na cruz, a quem Jesus prometeu sua companhia no paraíso em resposta a seu pedido de ser lembrado. Apesar de ser grande o teu pecado, o amor e a misericórdia de Deus são muito maiores.
O peneiramento de Pedro por Satanás tornou-se uma bênção perene para Pedro. Livrou-o da justiça própria e do orgulho nefasto. Aprendeu a confiar na graça de Deus.
Assim também esta experiência se pode tornar uma bênção para ti, em vez de maldição. Tendo experimentado a maravilhosa misericórdia e graça divinas, podes, com a ajuda do Espírito Santo, evitar os enganos e as tentações de Satanás e aprender a confiar e a esperar mais inteiramente no teu Senhor e Salvador.
ORAÇÃO. Benigno Senhor e Salvador, quão terrivelmente pequei contra ti! Esquecendo meu voto batismal de renunciar o diabo e seus caminhos e obras perversos, dei atenção a seus ardis enganosos e tentei destruir minha vida. Estremeço ao pensar nas terríveis conseqüências se tu não tivesses intervindo e me poupado. Como poderei jamais agradecer-te o suficiente por teu benigno livramento! Misericordiosamente perdoa meu pecado, e dá-me força para confiar no teu perdão. Guarda-me de novos ardis de Satanás. Ajuda-me a recordar tua benignidade e te servir com coração agradecido todos os dias da minha vida. Por amor do teu nome escuta minha oração. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Gn 4.7. Eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.
Ed 9.13. Tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas iniqüidades.
Sl 25.11. Por causa do teu nome, Senhor, perdoa a minha iniqüidade, que é grande.
Sl 40.12, 13. Não tem conta os males que me cercam; as minhas iniqüidades me alcançaram, tantas, que me impedem a vista; são mais numerosas que os cabelos de minha cabeça, e o coração me desfalece. Preza-te, Senhor, em livrar-me; dá-te pressa, ó Senhor, em socorrer-me.
Sl 41.4.. Compadece-te de mim, Senhor; sara a minha alma, porque pequei contra ti.
Sl 73.2, 23. Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos. Tu me seguras pela minha mãe direita.
Sl 130.1-4. Das profundezas clamo a ti, Senhor. Escuta, Senhor, a minha voz: estejam alerta os teus ouvidos às minhas súplicas. Se observares, Senhor, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que te temam.
Is 43.25. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.
Lm 3.40. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor.
Is 45.9. Ai daquele que contende com o seu Criador! e não passa de um caco de barro entre outros casos. Acaso dirá o barro ao que lhe dá forma: Que fazes?
Mt 6.13. Não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal.
Mc 14.38. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
Rm 5.20. Onde abundou o pecado, superabundou a graça.
Rm 6.23. O salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.
Rm 9.20. Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?
2 Co 7.10. Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.
Tg 1.13-15. Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.
1 Pe 5.8, 9. Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé.
 
APÓS O RESTABELECIMENTO
"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios." Salmo 103.1, 2.
Estimado Amigo Cristão. Como Deus tem sido bom para ti! No tempo de tua enfermidade clamaste ao Senhor por auxílio e bênção, confiando em sua promessa de livramento. E tuas orações não ficaram sem resposta. O bondoso Deus teve por bem restaurar tua saúde novamente, com a perspectiva de te permitir reocupar em breve o lugar costumeiro na vida. Como te deves sentir grato a ele por tudo o que fez por ti; por poupar tua vida e transformar tua dor e angústia em conforto e alegria: por te abençoar espiritualmente pelo perdão dos teus pecados por causa de Jesus e por fortalecer e aumentar tua fé e confiança nele por meio de sua ajuda pronta e eficaz! Como devem teus lábios estar dispostos a exclamar com o salmista: "Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga ao seu nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios."
Mas, gratidão sincera não se contenta com algumas palavras do louvor. Verdadeira manifestação de gratidão procura exprimir-se também numa renovada consagração a Deus e no serviço ao próximo. Ação de graças que agrada a Deus não é como algumas espécies de flores frágeis que logo respondem ao sol da primavera, crescem rapidamente, vicejam por alguns dias, apenas para murchar e desaparecer em seguida. A gratidão sincera deve conservar a lembrança da bondade e auxílio divinos sempre frescos e verdejantes e preservar gratidão perpétua em nossos corações. É por isso que o salmista também nos lembra: "E não te esqueças de nem um só de seus benefícios."
Como é sintomático da natureza humana o fato de que a Bíblia tem de conter tantas admoestações para se agradecer e tantas advertências contra o esquecimento da misericórdia e bondade de Deus! E, entretanto, apesar de todas essas advertências e admoestações, ainda vemos que há mais pessoas ingratas do que as que são verdadeiramente agradecidas.
Nós cristãos, também temos de nos guardar para não ficarmos tão absorvidos pelos negócios desta vida a ponto de esquecermos os benefícios e as bênçãos de Deus. Realmente, agir assim seria tratar de maneira ingrata o melhor Amigo que jamais poderemos ter. Se nós o ofendemos com nossa ingratidão, a quem recorremos para ajuda quando outra vez estivermos em necessidade?
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, como poderei jamais agradecer e louvar-te o suficiente por tudo que fizeste por mim! Ergueste-me novamente do meu leito de enfêrmo e me restauraste a saúde. Quando clamei a ti em minha angústia, não fechaste os teus ouvidos às minhas petições, mas bondosamente ouviste minhas orações. Na correção demonstraste amor e misericórdia. Ó Senhor, não me deixes esquecer jamais tua pronta ajuda. Concede que, por causa desta visitação, possa eu andar sempre mais perto de ti, fortalecido na fé, mais confiante, mais humilde, mais sincero na adoração e mais sequioso e pronto a te servir de todod o coração. Que o teu Espírito Santo habite em meu coração a fim de me guiar na rota para a vida eterna. Concede isto em nome de Jesus. Amém.
 
Outros Testos Adequados
Gn 32.10.10. Sou indigno de todas as misericordias e de toda a fidelidade, que tens usado para com teu servo.
1 Sm 7.12. Até aqui nos ajudou o Senho.
1 Sm 12.24. Tão-somente, pois, temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; pois vede quão grandiosas cousas vos fez.
2 Cr 15.2. O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; porém, se o deixardes, vos deixará.
Jó 10.12. Vida me concedeste na tua benevolência, e o teu cuidado a mim me guardou.
Sl 10.17. Tens ouvido, Senhor, o desejo dos humildes; tu lhes fortalecerás o coração, e lhes acudirás.
Sl 34.6. Clamou este aflito, e o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações.
Sl 34.8. Oh! provai, e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele se refugia.
Sl 50.14. Oferece a Deus sacrifício de ações de graça, e cumpre os teus votos para com o Altíssimo.
Sl 50.23. O que me oferece sacrifício de ações de graça, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus.
Sl 63.7. Porque tu me tens sido auxílio; à sombra das tuas asas eu canto jubiloso.
Sl 116.12. Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?
Sl 119.71. Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.
Lc 8.39. Volta para casa e conta aos teus tudo o que Deus fez por ti. Então foi ele anunciando por toda a cidade todas as cousas que Jesus lhe tinha feito.
Jo 5.14. Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda cousa pior.
Fp 3.13. Irmãos, quanto a mim, não julgo have-lo alcançado; mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo.
 
PARA UM INCURÁVEL
"Tu me guias com o teu conselho, e depois me recebes na glória." Salmo 73.24.
O salmo do qual estas palavras foram tiradas é uma bela expressão da confiança de um verdadeiro filho de Deus. Isto se evidencia tanto nas palavras iniciais do Salmo: "Com efeito Deus é bom para com Israel, para com os de coração limpo", como nas palavras finais: "Quanto a mim, bom é estar junto a Deus; no Senhor Deus ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos." Mas o motivo por que este Salmo nos é especialmente caro é este: ele nos pinta um quadro tão vivo do duro e íngreme caminho que conduz a tal confiança. O salmista confessa: "Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés." E a razão para sua posição precária foi uma antiga, e no entanto sempre nova, tentação. Confessa: "Pois eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos." Ao olhar em torno de si, parecia-lhe que os ímpios viviam muito melhor do que ele. Pareciam não ter quaisquer preocupações, enquanto ele, que tentava servir a Deus com fidelidade e diligência, era "afligido, e cada manhã castigado". Ouvindo a voz do Tentador, pensava: Que é que adianta? "Com efeito, inútilmente conservei puro o coração." Seria melhor tentar o caminho dos ímpios para ver se a sorte não iria melhorar.
Aturdido e perplexo, entrou no santuário de Deus, e então diz: "Atinei com o fim deles." Repentinamente ficou claro para ele que o importante não é a situação do momento mas o que realmente conta é o destino final. A situação do momento pode ser bem enganosa. Nela o ímpio pode parecer que leva vantagem, mas seu fim é destruição, desolação e terror. Por outro lado, aqueles que foram guiados pelo conselho de Deus por duas bons e maus são recebidos no final por eles na glória.
Tremendo ainda ao ver que escapara por um triz, Asafe exclama: "Eu estava embrutecido e ignorante." Uma cousa, vê ele agora, o tinha conservado perto de Deus. "Ti me seguras pela minha mão direita", confessa. Não sua força ou sabedoria ou conhecimento o tinham conservado fiel, mas a graça de Deus, pura e simples. Por isso, de agora em diante: "Tu me guias com o teu conselho." A Palavra de Deus era, apesar de tudo, o único guia seguro. Apenas ela podia guiá-lo em segurança por entre as armasdilhas de Satanás, sobre a espinhosa e íngreme estrada da vida com sua dor e sofrimento, suas tribulações e angústias, e pelo escuro vale da sombra da morte para a vida eterna e glória sem fim.
Sem esta esperança da glória com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que nos remiu com seu sofrimento e morte na cruz do Calvário, a vida seria de fato algo decepcionante e desolador. É esta esperança que dá objetivo e sentido a nossa existência aqui na terra.
Mas anota bem a seqüência das palavras nesta passagem: "Tu me guias... E DEPOIS me recebes na glória." Tão-somente aqueles que se deixam guiar pelos conselhos de Deus, a saber, sua Palavra inspirada e infalível como registrada para nós na Bíblia, tomará parte nesta promessa gloriosa. Rejeição da Palavra de Deus pode resultar apenas na rejeição por parte de Deus e na perda da glória eterna.
Apega-te com firmeza à bendita Palavra de Deus, caro amigo. Confia nas suas gloriosas promessas, deixa teu Senhor e Mestre guiar-te pelo sombrio amaranhado da vida, e a misericordiosa recompensa da glória te aguardará no céu quando tua jornada aqui na terra tiver chegado a seu fim.
ORAÇÃO. Caro Pai celestial, agradeço-te sinceramente porque e procuraste em tua graça e me tomaste teu próprio filho. A confiança e a fé que agora possuo devo inteiramente ao teu Espírito Santo. Que até agora permaneci fiel e leal a ti não é mérito meu, mas teu tão-somente. Minha força já há muito teria falhado, e por certo teria te abandonado se tu não me tivesses tomado pela mão. Como poderei agradecer-te o suficiente por esta tua mercê!
E assim como tens estado comigo no passado, continua também comigo no futuro. Guia-me sempre com teu conselho, para que eu possa conhecer sempre a tua vontade e andar em teus caminhos. Quando tribulações e tentações vierem, fortalece-me para que eu não te abandone. Em toda aflição faze-me encontrar segurança à sombra das tuas asas. Conserva-me fiel até ao fim, e leva-me em segurança à mansão celeste, onde participarei da glória que tu prometeste. Faze isto em nome de Jesus. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Sl 23.4. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam.
Sl 31.15. Nas tuas mãos estão os meus dias.
Sl 21.10. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável.
Sl 62.1, 2. Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa: dele vem a minha salvação. Só ele é minha rocha e a minha salvação, o meu alto refúgio: não serei muito abalado.
Sl 73.26. Ainda que a minha carne e o meu coração desfalecem, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
Sl 119.33. Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus decretos, e os seguirei até ao fim.
Is 25.8. Tragará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio de seu povo, porque o Senhor falou.
Is 26.3. Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.
Lc 10.20.. Alegrai-vos, porque os vossos nomes estão arrolados nos céus.
Jo 16.33. Estas cousas vos tenho dito para que tenhais PAZ EM MIM. NO MUNDO passais por AFLIÇÕES; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
Rm 8.18. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós.
1 Co 11.32. Mas, quando julgamos, somos disciplinado pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.
2 Co 4.17,18. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas cousas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem temporais, e as que se não vêem são eternas.
Fp 1.23. Tenho o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.
Fp 3.7. Mas o que para mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo.
Fp 3.20, 21. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as cousas.
Fp 4.19. E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.
1 Ts 4.16-18. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras. - 57 -
1 Pe 1.3,4. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para um herança incorruptível, sem mácula, imarcessível, reservada nos céus para vós outros.
Ap 2.10. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Ap 7.9-12. Uma grande multidão... clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus que se assenta no trono, e ao Cordeiro pertence a salvação. Todos os anjos... adoravam a Deus, dizendo: Amém. O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém.
 
PARA UM MORIBUNDO
"Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra: porque os meus olhos já viram a tua salvação." Lucas 2.29, 30.
Estas palavras são a manifestação de júbilo da fé que principia a ver, e da esperança que se transforma em realidade. Expressam a confiança radiante na fidelidade de Deus, e que se está pronta para segui-lo com alegria, pelo vale da sombra da morte até a eternidade gloriosa no além. O fiel Simeão, um momento antes, tivera a oportunidade de tomar em seus braços o menino Jesus. Pertencia Simeão aos poucos fiéis em Israel que não se tinham iludido com a esperança popular de um messias político que viesse libertar Israel do jugo romano. Ao contrário, apegou-se à promessa bíblica do Messias, e esperava ardentemente a Consolação de Israel. Há muito tempo tinha tomado o Salvador em seu coração. Tinha, agora o privilégio de tomá-lo em seus braços.
Esse devoto servo do Senhor tinha recebido uma promessa especial do Espírito Santo: que antes da morte, contemplaria o Salvador com seus olhos corporais. Neste dia o Espírito o guiou ao Templo e lhe revelou que o menino Jesus, que estava sendo trazido para ser apresentado conforme a lei, era o prometido Salvador.
Foi um grande dia para Simeão. Agora a terra não pode oferecer nada melhor ou maior. Agora o maior desejo do seu coração tinha sido satisfeito. Agora estava pronto e ansioso para partir deste mundo e ir para casa, ao seu Pai no céu. Para ele, com Cristo em seus braços e no coração, a morte não guardava terrores nem pavor. Era agora uma despedida em paz, em direção a alegria e paz eternas. Ele sabia, como todos sabemos, que pela morte somos chamados para comparecer diante de nosso Criador. Mas para Simeão não havia nisso nada de terrível ou atemorizador. Ele não se esquiva, mas nisso o cumprimento de sua fé e esperança. O próprio Jesus em seus braços é a garantia.
Seu cântico de júbilo tem muito em comum com a grandiosa confissão do apóstolo Paulo feita algum tempo mais tarde: "Tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor."
Simeão não considera a morte como perda, mas nela vê ganho, lucro, glória e bênção que deseja ardentemente partilhar.
Os dias de tua peregrinação, estimado amigo, estão chegando ao fim. Podes ver a aproximação das sombras da morte. A hora da despedida aí está, a hora de te separares de pessoas e lugares e cousas de que gostavas. Entretanto, isso não constitui perda para ti, mas o maior ganho possível te aguarda. Deixarás este mundo triste para ingressar no muito mais belo e maravilhoso céu. Por causa do menino Jesus que Simeão levou nos braços tua despedida também pode ser feita em paz. Como Simeão tu o recebeste em teu coração pela fé porque Jesus te reconciliou como Pai por seu perfeito cumprimento da lei e por sua morte redentora, não precisarás enfrentar um juiz rigoroso e severo mas um pai bom e amoroso. O Senhor que tu pudeste servir aqui na terra,não te despedirá de seu serviço em ira, mas te transferirá para o perfeito e muito mais glorioso serviço no céu. Com fé confiante podes unir-te a Simeão dizendo: "Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação."
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, indicaste-me que o tempo de minha peregrinação terrena está chegando ao fim. Em breve os laços que me prendem a pessoas, lugares e cousas aqui na terra se terão rompido. Por causa do teu grande amor e misericórdia, essa hora me será abençoada. Será a hora de chegar em casa, pois, pela fé em teu amado Filho Jesus Cristo, que tu enviaste para me remir, fiquei teu filho que amas, e herdeiro do teu reino celestial. A morte cujo poder foi destruído pela vitória de Cristo é apenas um portal pelo qual ingressarei na glória eterna que preparaste para os remidos. Minha despedida deste mundo é, pois, a consumação de minha fé e esperança. Junto com o Simeão de outrora digo: "Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação." Amém.
 
Outros Textos Adequados
Gn 49.18. A tua salvação espero, ó Senhor!
1 Rs 19.4. Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais.
Sl 23.4. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam.
Sl 27.1. O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?
Sl 31.5. Nas tuas mãos entrego o meu espírito; tu me remiste, Senhor, Deus da verdade.
Sl 37.5. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará.
Sl 102.11, 12. Como a sombra que declina, assim os meus dias, e eu me vou secando como a relva. Tu, porém, Senhor, permaneces para sempre, e a memória do teu nome de geração em geração.
Is 38.1. Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás.
Is 43.1. Mas agora, assim diz o Senhor, que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Is 43.25. Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro.
Is 54.10. Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o Senhor, que se compadece de ti.
Lc 23.42, 43. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
Jo 1.29. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Jo 6.40. De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Jo 8.51. Em verdade, em verdade vos digo: Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente.
Jo 11.25, 26. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente. Crês isto?
Jo 14.9. Porque eu vivo, vós também vivereis.
Jo 17.24. Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.
At 7.56. Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem em pé à destra de Deus.
Rm 8.18. Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória por vir a ser revelada em nós.
Rm 8.31. Se Deus é por nós, quem será contra nós?
Rm 10.9. Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Rm 14.8. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor.
1 Co 15.55-57. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu arguilhão? O arguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.
2 Co 5.1. Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
2 Co 5.8. Entretanto estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor.
Fp 1.23. Tenho o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.
2 Tm 2.11. Fiel é a palavra: se já morremos com ele, também viveremos com ele.
Hb 4.9. Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.
Hb 13.5. Ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.
1 Jo 1.7. O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
1 Jo 3.2. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é.
Ap 2.10. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Ap 7.17. O cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
Ap 21.7. O vencedor herdará estas cousas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho.
 
APÓS PARTO NORMAL
"Grandes cousas fez o Senhor por nós; por isso estamos alegres." Salmo 126.3.
Estimada Mãe Cristã. Essa é uma hora de alegria e gratidão para ti pois o Senhor respondeu bondosamente tuas fervorosas orações dos meses passados e te favoreceu com a dádiva de uma criança saudável. Ao mesmo tempo ele te preservou na hora de perigo e te libertou de dor e sofrimento. Tamanho amor divino deve mover teu coração a exultar com o salmista: "Grandes cousas fez o Senhor por nós; por isso estamos alegres."
De fato é uma grande cousa para uma mãe quando o Senhor a ampara e sustém em sua reclusão e a guarda em segurança durante o parto.
É igualmente grande cousa para os pais quando o Senhor confia a seus cuidados um novo ser humano, de sua própria carne e sangue, dotado de alma imortal, para que ele o amem e protejam, guiem e eduquem para esta vida e para a que há de vir.
Tendes experimentado estas grandes cousas realizadas por Deus, e por isso estais alegres. Vossa alegria, por causa das bênçãos divinas, irá expressar-se em profundas ações de graças. Em gratidão a Deus é com alegria que assumireis as responsabilidades que vos foram impostas. E as responsabilidades são grandes.
Tornou-se vosso dever alimentar, vestir a criança e cuidar dela de tal modo que possa crescer e desenvolver-se adequadamente. Deveis cuidar de sua saúde e bem-estar geral. Deveis ensiná-la e a deveis preparar para que possa enfrentar bem os problemas da vida.
Mas também estais bem lembrados de que não basta suprir as necessidades corporais de vosso filho. Deus também vos constituiu guardiães de sua alma imortal. Sendo carne nascida de carne, ele traz a mácula do pecado em seu corpo e necessita a lavagem da regeneração no Batismo. Por palavras e exemplo deve ser levado a conhecer seu Salvador Jesus Cristo, a obedecê-lo e a dar-lhe seu amor. Seus lábios devem aprender a invocá-lo em todas as necessidades. Suas mãos devem aprender a servir a Deus e ao próximo, e seus pés a andar em seus caminhos.
Nem tampouco podem estas responsabilidades ser adiadas por muito tempo. Vosso filho deve ficar membro da família de Deus pelo Batismo sem demora desnecessária. E o ensino no nutrimento e na admoestação do Senhor deverá prosseguir com a mesma rapidez d desenvolvimento da capacidade da criança.
E se as responsabilidades parecerem grandes demais, lembrai-vos então que o Senhor, ele mesmo, vos ajudará a cumpri-las se procurardes o seu auxílio deixando que ele vos guie.
ORAÇÃO. Amado Pai Celestial, meu coração transbordado de gratidão e louvor a ti por teu auxílio e tua bênção. Mantiveste tua mão sobre mim em meu perigo e dor e me fortaleceste com teu grande poder. Tudo fizeste bem. Evitaste infortúnio, protegeste minha vida e me abençoaste com a dádiva de uma criança saudável. Sim, grandes cousas fizeste por nós, por isso estamos alegres. Permanece a meu lado com tua graça. Concede-me um rádio e completo restabelecimento para que te possa servir com forças renovadas. Recebe a criança em teu reino pelo santo Batismo, e mantém tua mão protetora sobre ela. Protege-a de tudo que possa causar dano a seu corpo ou alma. Dá-nos os meios, a habilidade e a inclinação para podermos providenciar adequadamente pelas necessidades do corpo e da alma da criança que tu nos confiaste; em nome de Jesus. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Gn 18.19. Porque eu o (Abraão) escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor, e pratiquem a justiça e o juízo.
Êx 2.9. Leva este menino, e cria-mo. Js 24.15. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
1 Sm 1.11. E (Ana) fez um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida.
1 Sm 12.24. Tão-somente, pois, temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; pois vêde quão grandiosas cousas vos fez.
Sl 8.2. Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitante força.
Sl 50.14. Oferece a Deus sacrifício de ações de graça, e cumpre os teus votos para com o Altíssimo.
Sl 63.7. Porque tu me tens sido auxílio; à sombra das tuas asas eu canto jubiloso.
Sl 92.1. Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo.
Sl 111.10. O temos do Senhor é o princípio da sabedoria; revelam prudência todos os que a praticam. O seu louvor permanece para sempre.
Sl 127.3. Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre seu galardão.
Sl 143.10. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus: guie-me o teu bom Espírito por terreno plano.
Pv 22.6. Ensina-me a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.
Pv 23.25. Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se a que te deu à luz.
Mc 10.14. Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus.
Mc 16.16. Quem crer e for batizado será salvo.
Jo 3.5, 6. Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino do Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito, é espírito.
Jo 16.21. A mulher quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de Ter nascido ao mundo um homem.
Gl 3.26, 27. Pois todo sois filho de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.
Hb 2.13. Eis aqui estou eu, e os filhos que Deus me deu.
Mt 18.10. Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos, porque eu vos afirma que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste.
 
PARA A MÃE DE UM NATIMORTO
"Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos!" Romanos 11.33.
Estimada Filha de Deus. Quão rapidamente pode a alegria, neste mundo pecaminoso, transformar-se em tristeza. Tua experiência mais uma vez dá testemunho deste fato. Tua ardente esperança de ter um filho parecia quase realizada. Tuas orações para ter um pequenino para cuidar, acariciar e estreitar nos braços pareciam ter sido atendidas. Teu coração estava repleto de alegria e gratidão ao contemplar a perspectiva que te aguardava. E quando então, mais forte era a esperança, foi repentinamente destruída. O filho de tuas esperanças e orações, o centro de tantos e tão belos planos para o futuro, não lhe foi permitido ver a luz do dia.
É bem natural que teu coração se encha de angústia. Nem é de se estranhar que surja em teu coração a pergunta: "Por que tinha de ser assim? Quando há tantos filhos indesejados que nascem no mundo, por que o Senhor levou tão cedo este que desejávamos tanto? Quando há tantos pais que procuram fugir às suas obrigações, por que não foi tornado impossível assumir as obrigações de pais, que teríamos assumido tão espontâneamente e alegremente? Quando há tantos filhos que são criados virtualmente como pagãos, por que nos foi negado um filho vivo, que pudéssemos trazer ao Senhor no Batismo e criar numa atmosfera cristã e na admoestação do Senhor?"
Estimada amiga, não é devido a um acaso cego que tudo assim aconteceu. Deus o fez acontecer, e seus juízos são insondáveis e são inescrutáveis os seus caminhos.
Mas guardemo-nos de nos tornarmos rebeldes contra Deus por causa do modo como ele age conosco. Tudo o que Deus faz é bom, mesmo se não o vemos ou compreendemos agora. Os caminhos de Deus tem seu fundamento firmado em amor e sabedoria divinos. Seja qual tenha sido seu motivo para te privar do cumprimento de tua bela esperança, foi para o teu bem. Ele prevê o que nós não podemos ver. Sua sabedoria considerou melhor não sujeitar esta criança aos males e enfermidades do mundo. A sabedoria divina também viu que seria melhor para ti no momento presente privar-te desta bênção. Deus te está conduzindo em sua escola para tanto melhor preparar-te para teu sublime chamado em Cristo Jesus.
Também não deves duvidar que Deus salvou esta criança e a fez herdeira do céu. Tu lhe tinhas entregue em oração, e Deus nos assegura que ele escuta toda oração sincera. Sabes que Deus quer que nos apressemos em levar ao Batismo os filhos que ele nos dá, mas neste caso a ausência do Batismo não foi devida a negligência ou desprezo dele. O próprio Deus tornou impossível o batismo desta criança. E mesmo sabendo que esta criança também era pecadora, pois veio de carne pecaminosa, entretanto, temos a promessa da Bíblia que a misericórdia divina é ainda maior que o pecado, pois "onde abundou o pecado, superabundou a graça", Rm 5.20. Assim, mesmo que não te foi permitido ver teu filho com vida aqui na terra, podes ter a certeza de que ele está vivendo eternamente no céu, esperando que te reúnas a ele lá.
E agora, estimada mãe, teu coração também se deve dirigir a Deus em gratidão por seu auxílio em tempo de necessidade. Ele não te abandonou na dor e no sofrimento, mas te preservou de grande perigo pessoal. Podes também estar segura de que Deus continuará a permanecer contigo no futuro e fará passar a nuvem para que mais uma vez o sol brilhe intensamente em tua vida.
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, teus caminhos são muitas vezes sombrios e ultrapassam todo entendimento. Transformaste nossa alegre esperança em tristeza. Apesar de ser teu propósito oculto aos nossos olhos, sabemos que agiste de acordo com tua sabedoria divina, e nós nos inclinamos em submissão humilde a tua vontade santa. Não duvidamos que ouviste nossas fervorosas orações e que por causa de Jesus Cristo, teu Filho, levaste essa criança para junto de ti mesmo no céu, onde será preservada de todo mal que teria de suportar neste mundo mau.
Além disso eu te agradeço que preservaste minha vida e não me abandonaste na minha hora de angústia. Concede, ó Senhor, que eu recupere logo minha força. Outorga também teu conforto divino a mim e a meu em nossa tristeza e sustenta-nos com tua presença misericordiosa. Em nome de Jesus eu o imploro. Amém.
 
Outros Textos Adequados
1 Sm 3.18. É o Senhor; faça o que bem lhe aprouver.
Sl 46.1. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.
Sl 119.76. Venha, pois, a tua bondade consolar-me, segundo a palavra que deste ao teu servo.
Sl 119.107. Estou aflitíssimo; vivifica-me, Senhor, segundo a tua palavra.
Jr 29.11. Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal.
Mt 6.10. Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu.
Mt 18.14. Não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.
Jo 13.7. Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora, compreendê-lo-ás depois.
Rm 11.34. Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? ou quem foi o seu conselheiro?
 
POR UMA CRIANÇA
"Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que há de herdar a salvação?" Hebreus 1.14.
Estimados Pais. Vosso coração sente-se oprimido junto ao leito de vosso filho enfermo. Fizestes tudo o que estava a vosso alcance, e ainda assim vossa mente trabalha febrilmente procurando algo mais para fazer a fim de conduzir o pequenino ao caminho do restabelecimento. Sacrificastes vosso próprio repouso tão necessário para que pudésseis velar por vosso filho.
Mas não estais sós em vossa vigília. Deus dela também incumbiu seus anjos. Estes, com olhos atentos, cuidam de vosso filho para que nenhum mal o atinja.
A crença nisso não é fantasia nem imaginação vã, mas repousa sobre o firme fundamento da própria Palavra de Deus. Em sua santa Palavra Deus vos pergunta: "Não são todos eles (os anjos) espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação?"
Tomai bem nota destas palavras: "a favor dos que hão de herdar a salvação". Isso inclui também vosso filho, pois vós o trouxestes ao Senhor pelo batismo. Por meio dele seus pecados foram levados "pela água da regeneração". Pelo batismo ele entrou em aliança com Deus; tornou-se filho de Deus; ficou herdeiro da salvação.
E como herdeiro do céu vosso filho está sob constantes cuidados e atenção dos santos anjos de Deus. Ele mesmo enviou seus anjos de guarda para cuidar do vosso filho, pois os pequeninos são preciosos a seus olhos. Sim, Cristo até mesmo os considera os maiores no reino do céu.
Que consolo vos é saber que vosso filho está sempre sob os cuidados especiais dos anjos de Deus e lembrá-lo principalmente num momento como este! Isso vos assegura que o vosso filho está bem protegido.
Esperamos e oramos que vosso filho recupere a saúde logo. Mas também não podemos ignorar que é possível que Deus lhe queira dar já agora sua herança no céu.
Vós, contudo, sabeis, que enquanto Deus lhe permite ficar convosco neste mundo, também envia seus anjos para que o protejam, e que, se aprouver a Deus tirá-lo dos perigos e tribulações deste mundo pecaminoso, os anjos então levarão sua alma para junto do trono de Deus. Aí aquele a quem tanto amais receberá a coroa da vida e terá plenitude de alegria perpetuamente
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, agradecemos-te por teres tornado nosso filho (nome) herdeiro do céu pelo renascimento no santo Batismo e que tu enviaste teus anjos para protegerem. Sabemos que está seguro sob meus cuidados constantes. Pedimos-te caro Pai, que lhe devolvas a saúde. Se, entretanto, em tua divina sabedoria determinares conceder-lhe agora a herança celestial, concede-nos então a graça de não murmurarmos contra tua vontade. Pedimos-te em nome de Jesus. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Sl 46.1. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.
Is 40.11. Como pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recoljerá os cordeirinho, e os levará no seio, as que amamentam, ele guiará mansamente.
Is 43.1. Mas agora, assim diz o Senhor, que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Mt 10.37. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim.
Mt 18.10. Vêde, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantamente a face de meu Pai celste.
Mt 18.14. Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai celeste que pereça um só destes pequeninos.
Mc 10.13-16. Então lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele. Então, tomando-as nos braços e impondo-lhes as mãos, as abençoava.
Jo 11.3. Senhor, está enfermo aquele a quem vos ama.
Gl 3.26, 27. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.
1Pe 3.21. O batismo, agora também vos salva.
1Pe 5.7. Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
 
PARA UMA CRIANÇA PEQUENA
"Então lhe trouxeram algumas crianças para que as tocasse, mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele." Marcos 10.13-16.
Querido Carlinhos (Suzana). Gente pequena às vezes acha que não é tão importante como gente grande, e às vezes a gente grande trata a gente pequena como se não valesse muita cousa. E, de fato, a gente pequena tem de compreender que existem algumas cousas em que a gente grande leva vantagem. Eles são mais fortes e podem trabalhar mais e por mais tempo. Eles são mais velhos e tem mais experiência. Eles aprenderam mais e são mais sábios.
Mas a gente pequena é tão preciosa para Jesus como a gente grande. A Bíblia nos conta uma historiazinha que nos mostra bem isso.
Uma vez algumas pessoas estavam trazendo suas criancinhas a Jesus. Elas queriam que Jesus as abençoasse tocando elas com as mãos. Mas os discípulos acharam que Jesus não deveria ser incomodado. Ele tinha estado muito ocupado, e pode ser que eles pensaram que ele estava cansado demais e precisava descansar. Pode ser que eles pensaram que Jesus tinha serviço mais importante para fazer. Eles não compreenderam como as criancinhas são importante no reino de Deus. Eu tenho certeza de que eles pensavam que estavam fazendo um favor a Jesus não deixando que estas criancinhas chegassem perto dele. Mas Jesus não pensou assim. Quando ele viu o que os discípulos estavam fazendo, ele os repreendeu. Ele lhes disse que deixassem as criancinhas vir a ele. Disse que elas pertenciam ao reino de Deus. Elas eram tão filhos de Deus como os adultos.
Se as criancinhas acreditam que Jesus é o seu Salvador, se elas confiam em Jesus, elas são tão caras a ele como são as pessoas grandes que fazem o mesmo. Ele não pensou que estava perdendo tempo abençoando estas criancinhas. Ele sabia que às vezes elas iriam crer nele mais facilmente do que gente grande, e que às vezes elas até mesmo iriam guiar pessoas mais velhas a Jesus para que estas também aprendam a amá-lo e a confiar nele. Assim Jesus tomou estas criancinhas, que foram trazidas a ele, nos braços e as abençoou. Não achas que esta história é realmente bonita? E ela é uma história verdadeira, o que faz ela ser mais bonita ainda.
Jesus ainda ama as crianças hoje tanto quanto as amava então, e quer que todas elas venham a ele e creiam nele. Jesus quer ajudar todas as pessoas que sofrem, e quer ajudá-las a entrar no céu. Foi porque ele nos amou tanto que ele desceu do céu e se tornou, ele mesmo, uma criancinha. E quando ele cresceu e ficou homem, ele se deixou açoitar e ser escarnecido e ser pregado na cruz, onde ele morreu para nos salvar. Ele nos amou tanto que preferiu ser castigado pelos nossos pecados para que nós não fôssemos castigados por causa deles.
Jesus te ama também a ti. Ele te ama tanto e da mesma maneira quando estás doente como quando estás com saúde. Tua mamãe e teu papai te amam bem tanto quando estás doente como quando estás com saúde, e Jesus também o faz. E Jesus quer te ajudar. Ele quer te ajudar a ser um filho de Deus bom e obediente. Ele te quer salvar do castigo eterno por causa dos teus pecados, e se tu crês nele e confias nele, ele te perdoa todos os teus pecados. Ele também te quer ajudar a te sentir melhor. Ele quer que algum dia estejas com ele no céu.
ORAÇÃO. Querido Senhor Jesus, a Bíblia me diz que tu amas as crianças pequenas e que tu queres ajudá-las e as queres abençoar. Querido Senhor, eu estou doente e preciso da tua ajuda. Se é de tua vontade, faze-me ficar bom depressa. Perdoa todos os meus pecados, e me ajuda a crer e confiar em ti sempre para que algum dia eu esteja contigo no céu. Manda teus santos anjos cuidar de mim para que eu não precise ficar com medo. Abençoa a mamãe e o papai também, e ajuda-os para que eles não se preocupem demais comigo. Abençoa todas as crianças que tu amas em toda parte. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Dt 6.5, 6. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de toda a tua força. Estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração.
Sl 25.5. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia.
Sl 31.14. Quanto a mim confio em ti, Senhor. Eu disse: Tu és o meu Deus.
Sl 51.10. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável.
Sl 71.5. Pois tu és a minha esperança, Senhor Deus, a minha confiança desde a minha mocidade.
Sl 111.10. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria.
Sl 119.33. Ensina-me, Senhor, o caminho dos teus decretos, e os seguirei até ao fim.
Sl 143.10. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus.
Pv 3.5, 6. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
Pv 8.17. Os que me procuram me acham.
Pv 23.26. Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.
Is 40.11. Como pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos, e os levará no seio; as que amamentam, ele guiará mansamente.
Is 43.1. Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Is 49.15, 16. Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei.
Mt 18.10. Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste.
Mc 16.16. Quem crer e for batizado será salvo.
Lc 10.20. Alegrai-vos porque os vossos nomes estão arrolados nos céus.
Jo 1.12. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome.
Jo 21.15. Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros.
Rm 8.17. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo: se com ele sofrermos, para que também com ele sejamos glorificados.
Gl 3.26, 27. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes.
1Jo 3.1. Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus.
1Jo 4.19. Nós amamos porque ele nos amou primeiro.
 
PARA UM JOVEM CONFIRMADO
"Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa." Apocalipse 3.11.
O tempo ou a época em que o leito de enfermo é bem-vindo não existe. Pessoas de todas as idades consideram tribulação opressiva serem forçadas a desistir de suas atividades normais e ficar confinadas a um leito de dor ou miséria. Mas a maioria concordará que a juventude é a idade mais adversa a uma inatividade forçada como essa. Ela é a etapa da vida em que as pessoas mais desejam estar em movimento e atividade.
Posso bem compreender teu desconforto e espero e peço a Deus que tenha pouca duração. O salmista estava bem cônscio da relação íntima entre corpo e espírito quando escreveu: "os meus ossos estão abalados, também a minha alma está profundamente perturbada". Jesus percebeu também a necessidade espiritual quando lhes assegurou o perdão dos pecados. O leito de enfermo torna-se, por isso, um local onde se pode meditar sobre as palavras do Salvador: "Conserva o que tens para que ninguém tome a tua coroa."
Originalmente estas palavras faziam parte da carta que o Senhor, que ressuscitara e subira ao céu, ordenou que João escrevesse à igreja de Filadélfia na Ásia Menor. Esta igreja, apesar de pobre e pequena, distinguia-se, aos olhos do Senhor, por dois motivos. Era fiel à Palavra e ao Senhor e não se envergonhava de confessar Cristo perante os homens. Isso era bom e digno de louvor, e o galardão do Senhor para tal era a certeza da coroa da vida. Esse era o mesmo galardão que S. Pedro denomina "uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus" para todos os crentes sinceros.
Muito auspiciosa era a situação quando foi ordenado a João que escrevesse. Mas, e quanto ao futuro? Perigos a esperavam. A coroa tão excelsa e maravilhosa ainda podia ser perdida. Tentações e perseguições tinham de ser resistidas. Havia inimigos a derrotar. Daí a admoestação do Senhor à sua igreja fiel e leal: "Conserva". Estas palavras do Senhor exaltado são palavras eternas. O cristão fiel e corajoso de todos os tempos deve prestar-lhe cuidadosamente atenção. Não ousemos repousar sobre os lauréis do passado ou presente. Cumpre proteger o futuro. Devemos ficar alerta e esforçar-nos para que a coroa não nos seja arrebatada. Assim George Heath o expressou:
Ó minha alma, põe-te em guarda;
Mil inimigos vem já,
E pecados formam carga
Que o céu te querem roubar.
Estimado amigo, não negligencies tua coroa. Muita propriedade valiosa já se perdeu por negligencia. Isso pode não ser tão sério assim, quando podemos encontrar algo que substitua o que foi perdido, mas nada existe que pode tomar o lugar da coroa da vida. Quando esta é perdida, tudo está perdido. A negligência para com um tesouro é sempre convite para os desonestos e enganadores, e Satanás está sempre pronto para tirar vantagem de qualquer ponto fraco nosso.
Aprecia devidamente a tua coroa, confere-lhe seu real valor. Mercadores que lidam com povo primitivos e ignorante gostam de trocar berloques de pouco preço por objetos e serviços valiosos. O mundo é um mercador desse tipo, que gostaria de nos fazer permutar a coroa pelo brilho da honra ou fama ou pelo berloques do poder e riquezas terrenas. Sendo nós sábios e não ignorantes, reconheceremos que a herança do céu, a coroa da vida, tão-somente ela, permanecerá eternamente. Uma barganha deveras pobre, trocar esta coroa pelas alegrias e prazeres que cedo se transformarão em cinzas e amargura.
Conservar muitas vezes significa combater o bom combate da fé. Somente os que suportam o calor da batalha triunfarão ao final. Por mais que prezemos a paz, não podemos aceitar o tipo de paz que os poderes das trevas oferecem, a paz da opressão e submissão ao jugo de Satã. O preço dessa paz é por demais elevado. O preço dessa paz é perder a coroa da vida e sofrer no inferno penas e tormentos eternos.
Não será fácil a luta, e se tivéssemos de a sustentar sós, cedo estaríamos perdidos. Porém temos aliados. O Senhor dos Exércitos está ao nosso lado, o qual também nos prometeu o auxílio dos seus anjos valorosos. Igualmente não nos faltam armas eficazes. O que precisamos nesse tipo de combate são armas espirituais, e elas nos são abundantemente supridas na onipotente Palavra e nos sacramentos. E nunca nos esqueçamos de quea oração é a linha de comunicações ininterrompível entre nós e nosso Pai celestial. Fazendo uso diligente dos meios que Deus colocou ao nosso dispor, podemos conservar o que temos, para que nossa coroa não nos seja tomada.
Oração. Ó tu Senhor e Salvador glorificado, que tendo triunfado na luta, reinas em glória e majestade no alto, por causa do teu amor sacrificial foi-me reservada uma coroa da vida no céu. Admoestas-me a conservar esta coroa para que ninguém ma tome. Tu sabes, Senhor, como é fraca e frágil minha fé e que sem ti nada posso fazer. Fortalece-me com teu poder. Ensina-me a estimar esta coroa mais do que todas as outras cousas. Fica comigo em toda tribulação, especialmente em minha presente aflição corporal. Assiste-me na luta contra os inimigos da alma para que a coroa, agora reservada, possa por fim tornar-se minha firme e irremovível possessão. Auda-me também a carregar meu fardo de enfermidade com paciência até que por misericórdia transformes minha tribulação em alegria. Amém.
Outros Textos Adequados
Sl 25.10. Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade para os que guardam a sua aliança e os seus testemunhos.
Sl 27.1. O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo?
Sl 119.9. De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.
Pv 23.26. Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.
Lm 3.27. Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade.
Mt 26.41. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.
Mc 8.36. Que aproveita ao homem, ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Lc 10.42. Entretanto, pouco é necessário, ou mesmo uma só cousa; Maria, pois, escolheu a boa parte e esta não lhe será tirada:
Rm 1.16. Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
1 Tm 4.8. A piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é da que há de ser. 
 
PARA AS IDOSAS
A. Na Enfermidade
"Até a vossa velhice eu serei o mesmo, e ainda até às cãs eu vos carreguei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei." Isaías 46.4.
Quão maravilhosamente abençoado é o destino dos filhos de Deus! Por toda sua vida são o objeto do cuidado e da preocupação do Pai celestial. Desde a mais tenra infância até à velhice, sim, até ao próprio fim, ele prometeu carregar e salvar seu povo. Sua providência os supre com as necessidades do corpo e da alma. Sua proteção é a defesa deles em tempo de perigo. Sua vigilância sobre eles é incansável e constante. Seus braços eternos nunca enfraquecem. Deus cuida dos que lhe pertencem com um cuidado extremado que ultrapassa tudo o que o amor ou cuidado humano pode oferecer.
Mesmo a própria mãe, que demonstra tanto carinho e tão meiga afeição a seu filho, o abraça, o carrega de cá para lá na infância, ela não pode nem principiar a comparar-se com o cuidado amoroso de Deus. Ela não pode carregar seu filho indefinidamente. Os braços maternos, que o seguram em terno abraço, tornam-se com o tempo débeis e fracos. O coração materno que enlaça o filho também um dia inevitavelmente deixa de bater, mas o cuidado e o amor de Deus por seu povo, e seu poder para ajudá-lo, não diminuem com o tempo. Persistem até ao fim da vida e se estendem até a eternidade.
O grande, imutável amor de Deus por nós não fica afetado por condições ou circunstâncias. Não depende do serviço que lhe podemos prestar ou da retribuição que lhe podemos oferecer. Mesmos na idade avançada, quando o corpo está esgotado e o mundo não nos quer mais, mas se volta às gerações mais jovens que têm maior força e vigor, Deus não se desfez de nós. Quando, além das fraquezas da idade, enfermidade e doença vem e aumentam a fraqueza e a debilidade, Deus não abandona seu filho, mas conforme sua promessa assegura, o Todo-poderoso continua a carregá-lo em suas mãos, e o livra de todo perigo e aflição que sobre ele se abateram. Isto ele continuará a fazer até à idade avançada, quando os cabelos todos já ficaram cor de prata.
Em época de enfermidade toda ajuda e livramento por parte do Senhor são ansiosamente procurados e devidamente apreciados. A libertação da dor, o alívio da miséria, a restauração da força e a renovação da esperança e da coragem, são todos dons preciosos de Deus. Mas o livramento que os cristãos idosos aguardam especialmente é a libertação final e completa das enfermidades corporais e preocupações terrenas por meio de um fim abençoado, para estarem e habitarem com seu Senhor e Redentor em alegria e ventura perfeitas e sem fim no céu, onde dor e tristeza, desapontamentos e lágrimas são desconhecidos.
Longe de ser um sonho vão e vazio, e, portanto, uma ilusão, este livramento está assegurado pelo resgate sem igual pago por Cristo, não com ouro ou prata, mas com seu santo, precioso sangue e com seu inocente padecimento e morte.
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, tu me prometeste que estarias comigo até em minha velhice e cãs para me levar, carregar e salvar. Esta promessa cumpriste com fidelidade até a presente hora apesar de minhas transgressões e de eu ser indigno dela. Providenciaste abundantemente para minhas necessidades do corpo e da vida. Protegeste-me de perigos. Fortaleceste-me quando estive fraco e me reergueste quando estive desanimado. Mas acima de tudo, providenciaste pão espiritual para minha alma. Por meio de tua santa lei me trouxeste ao conhecimento do meu pecado, e pelo evangelho trouxeste perdão e salvamento. Tenho grande necessidade de tua ajuda. Já estou sofrendo com as fraquezas da idade, agora a enfermidades me abateu e muito contribuiu para minha condição deplorável. A bondade que demonstraste no passado me dá confiança que não me abandonarás agora. Por teu amor me fortalecerás para as provações que terei de enfrentar e no tempo oportuno me salvarás conforme a tua vontade, seja devolvendo-me a saúde ou por meio de um fim abençoado. Até continua, ó Senhor, a me levar e carregar conforme a tua promessa, em nome de Jesus. Amém.
 
B. Para Alguém Retido em Casa
"Não me rejeites na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desampares." Salmo 71.9.
O salmista Davi ficara velho e enfraquecido. A força e o vigor de sua mocidade o tinham abandonado. Tinham desaparecido muitos dos seus amigos e companheiros de anos anteriores, e o monarca sentia intensamente sua falta. Descobriu o que tantas pessoas idosas de todas as posições sociais, tanto antes como depois do tempo de Davi, aprenderam, que a idade avançada é uma época de solidão e um período em que cada vez mais se depende dos outros.
Mas Davi também se lembrava que tinha um Amigo perene, que o tinha acompanhado em dias bons e dias maus, um Amigo não apenas poderoso mas também pronto para ampará-lo em toda necessidade e fraqueza. Dirigindo-se àquele que em dias idos tinha sido constante fonte de força e conforto, suplica: "Não me rejeites na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desamparares."
Não foram infundadas a fé e a confiança de Daví. No Senhor seu Deus, tinha ele um Amigo leal e digno de confiança, que tinha dado provas de ser fiel e constante. Não o tinha apenas amparado em muitas dificuldades e libertado de inúmeros perigos, mas também suprira suas necessidades ainda maiores. Tinha-lhe perdoado misericordiosamente todas as suas transgressões e iniquidades. Tinha-lhe permitido sentir o doce prazer de adorar o Deus vivo e verdadeiro em seu santuário. Tinha infundido nele a fé alegre e confiante no Messias como seu Salvador e Redentor.
O que Deus tinha feito por ele no passado, Davi sabia que poderia e iria fazer por ele ainda agora. Não era ele o Deus eterno e imutável, não atingido pelas assolações do tempo e nem pelas fraquezas da idade?
A experiência pela qual Davi passou é extremamente comum. A solidão e a necessidade de se depender, em parte, de outros na idade avançada, é algo que inúmeras pessoas sentem vivamente. As pessoas idosas sentem-se muitas vezes como que num mundo estranho. Os tempos mudaram; as condições e as pessoas em torno delas mudaram; e elas mesmas mudaram mais do que em geral percebem. Tornaram-se mais sábias em muitas cousas e descobriram que em anos anteriores sua escola de valores freqüentemente esteve desequilibrada. Cousas que uma vez pareciam tão preciosas e importantes muitas vezes demonstraram ser bem frágeis e ter valor permanente diminuto. Todas estas transformações operadas dentro e fora dos idosos muitas vezes provocam desarmonia entre eles e as gerações mais jovens.
A solução dos problemas da idade avançada e sua conseqüente fraqueza não se encontra em queixas e ríspidas criticas aos outros, nem numa atitude de martírio. Tentar ignorá-los fingindo ser jovem, e saltitando em redor fará com que tal pessoa seja dentro de pouco tempo considerada ridícula e talvez mesmo tola.
Aprender a ajustar-se a circunstâncias modificadas é um grande passo que se dá para tornar os anos do ocaso da vida suportáveis e mesmo agradáveis. Para se alcançar isto é necessário o auxílio divino. As promessas de Deus mostram que ele dá sua ajuda com liberdade aos que o invocam em confiante oração. Davi, no salmo, nos dá um exemplo digno de ser seguido. Quando se implora ao Senhor que conceda sua presença constante, sua força supre a falta do homem, e sua presença remove a solidão. Ele fará com que a esperança terrena desvanecente seja substituída pela eterna esperança do céu por meio do seu misericordioso evangelho da salvação em Cristo Jesus.
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, louvor e graças te sejam tributados pelos muitos favores e mercês que derramaste sobre mim nos anos que passaram. Proveste-me de tudo quanto necessitava para o sustento do meu corpo e para minha vida e alimentaste minha alma com o maná celeste. Guiaste-me pela mão e me dirigiste com teu conselho. Em todo o tempo provaste ser um Amigo leal e fiel.
O tempo da idade avançada e do enfraquecimento me alcançou. A força e o vigor da mocidade me abandonaram. Mais do que nunca preciso de tua ajuda e presença constante. Continua a amparar-me nos dias da minha velhice. Providencia para minhas necessidades corporais por tua bondade, e misericordiosamente perdoa todos os meus pecados e transgressões em nome de Jesus, meu Salvador. Amém.
 
Outros Textos Adequados
1 Sm 12.24. Tão-somente, pois, temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; pois vede quão grandiosas cousas vos fez.
Jó 10.12. Vida me concedeste na tua benevolência, e o teu cuidado a mim me guardou.
Sl 39.4, 5. Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim, e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade.
Sl 42.1, 2. Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo: quando irei e me verei perante a face de Deus?
Sl 71.18. Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força, e às vindouras, o teu poder.
Sl 73.24. Tu me guias com o teu conselho, e depois me recebes na glória.
Sl 73.26. Ainda que a minha carne e o meu coração desfalecem, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.
Sl 91.16. Saciá-lo-ei com longevidade, e lhe mostrarei a minha salvação.
Ec 6.3. Se alguém... viver muitos anos, até avançada idade, e se a sua alma não se fartar do bem... digo que um aborto é mais feliz do que ele.
Lc 2.29, 30. Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação.
2 Co 5.1-4. Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo gememos, aspirando por ser revestidos da nossa habitação celestial; se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus. Pois, na verdade, os que estamos neste tabernáculo gememos angustiados, não por querermos ser despidos, mas revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.
2 Co 12.9. Então ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.
Fp 1.23. Tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.
2 Tm 4.6-8. Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.
2 Tm 4.18. O Senhor me livrará também de toda obra maligna, e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém.
Hb 4.9. Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.
Ap 3.11. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
 
PARA UMA PESSOA INDIFERENTE
"Senhor, está enfermo aquele a quem amas." João 11.3.
Esta mensagem foi enviada a Jesus pelas irmãs Maria e Marta em favor de seu irmão Lázaro. Fundamentaram seu pedido de ajuda no amor de Jesus por seu irmão, convictas de que este amor o constrangiria a agir. E quão sabiamente procederam quando apelaram ao seu grande amor! Foi o apelo mais pungente que poderiam ter feito àquele que não apenas irradia amor, mas é amor ele próprio. E mesmo que o apelo não tenha sido respondido exatamente como Maria e Marta esperavam que fosse, no entanto o resultado final foi tudo o que poderiam desejar. O amor de Cristo por essa família não permitiria que ele a desapontasse em sua grande necessidade.
"Senhor, está enfermo aquele a quem amas": assim nós suplicamos ao Senhor por ti, estimado amigo. E isto apesar do fato de teres sido bastante negligente em servir teu Senhor, em ouvir sua Palavra e em segui-lo. Apesar de tua indiferença, apesar de tua negligência o Senhor ainda te ama. Seu amor por ti ele comprovou ao não permitir que te separasses completamente dele; ao te chamar ao arrependimento; ao te dar oportunidade após oportunidade de melhorar e corrigir teus caminhos, e agora ao te admoestar mais uma vez para que ponhas a tua casa em ordem.
O amor do Pai celestial por ti é tão grande que ele enviou seu Filho unigênito a este mundo para te salvar. O amor de Jesus por ti é tão forte que o impeliu a se humilhar, a tomar forma de servo, a tornar-se obediente até a morte, e morte de cruz. Foi tão pungente que ele escolheu pobreza, vergonha e desprezo aqui na terra para que pudesses ter riquezas, honra e glória no céu.
Este maravilhoso amor de Jesus não se deve a nenhuma qualidade especial ou mérito que porventura tu possuas. Não o mereceste pela atitude que tomaste para com ele. Este amor de Jesus teve seu início antes que tu o aceitaste, quando ainda era um inimigo de Deus e estavas sob a maldição. Ele ainda te ama apesar de não teres correspondido ao seu amor como deverias ter feito.
Mas, caro amigo, queres ainda agora prosseguir a olhar para o coração de Jesus, repleto de amor, e continuar indiferente a ele e sua igreja? Podes continuar a ver o Bom Pastor manifestar tão constante devotamento e ainda te afastar mais e mais dele? Podes contemplar seu sacrifício de amor sem lhe dar em troca todo teu amor, um amor que te constrangerá a andar junto dele e te fará procurar conhece-lo mais intimamente através de sua Palavra?
Vem, pois, e oferece a teu Senhor e Salvador um coração repleto de amora ele. E se ele te erguer de novo do teu leito de enfermo, então dedica-te a ele e a seu serviço.
ORAÇÃO. Senhor Deus, meu Criador, Redentor e Santificador, ao pensar na grandeza de teu amor por mim fico maravilhoso. Fui negligente em te servir e mereci que retirasses de mim o teu amor; mas, eis! tu continuaste a me conservar em teu amor. Este amor imerecido me encorajou a dirigir-me a ti na presente necessidades. Não retenhas de mim a tua bênção. Ajuda-me, Senhor, a te amar sempre mais de todo o coração. Caso agrade a ti, em teu divino saber, curar meu corpo mais uma vez, então me ensina a te servir com fidelidade e diligência em verdadeiro amor. Peço-te isto por amor de teu nome. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Sl 2.12. Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem aventurados todos os que nele se refugiam.
Sl 95.6-8. Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhados diante do Senhor que nos criou. Ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto, e ovelhas de sua mão. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz! Não endureçais o vosso coração.
Is 55.6, 7. Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho e o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.
Lm 3.40. Esquadrinhemos os nossos caminhos , provemo-los, e voltemos para o Senhor.
Mt 3.2. Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
Mt 7.21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
Mt 16.25. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa, achá-la-á.
Mt 24.42. Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor.
Mc 8.36, 37. Que aproveita ao homem, ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Que daria um homem em troca de sua alma?
Lc 4.46. Por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?
Lc 21.34. Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que os vossos corações fiquem sobrecarregados com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vos repentinamente, como um laço.
Jo 12.35. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai.
Jo 13.17. Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois se as praticardes.
Jo 15.5. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
2 Co 6.2. Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.
Ef 5.14. Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.
Fp 3.13, 14. Mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Hb 2.3. Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?
Hb 4.2. Porque também a nós foram anunciadas as boas novas, como se deu com ele; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé, naqueles que a ouviram.
Ap 3.15, 16. Conheço as tuas obras, que nem és frio, ou quente! Assim, porque és morno, e nem és quante nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.
Ap 3.20. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo.
PARA UM PRÓDIGO PENITENTE
"Sansão clamou ao Senhor, e disse: Senhor Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos." Juízes 16.28.
CARO AMIGO. Talvez, como tantos outros, já ficaste intrigado alguma vez com a histórias de Sansão. Há tanta cousa difícil de se entender neste homem, tantas cousas em sua vida parecem contraditórias, que a gente às vezes se admira por que se dá tanta atenção a ele na Bíblia.
Uma razão para esse destaque é que em certo sentido ele foi um tipo de Cristo, pelo fato de trabalhar pelo livramento do povo de Deus, e o fez sozinho, sem o auxílio dos meios terrenos comuns; foi traído aos inimigos por seus próprios compatriotas, e em sua morte conquistou grande libertação. Em outros aspectos, é claro, ele foi bem diferente do Salvador.
Mas, mais significativo que isto ainda é que temos na vida de Sansão um espelho tão fiel do povo israelita, bem como um retrato de como Deus agiu com eles. Como tantas vezes foram infiéis a Deus, e, no entanto, encontraram a Deus sempre fiel e misericordioso quando se arrependiam do seu mau caminho e voltavam para ele, isto se reflete nitidamente na vida de Sansão. Encontramos um exemplo todo especial da maravilhosa fidelidade divina nos últimos dias da vida deste homem extraordinário.
Deparamos com o grande guerreiro israelita numa condição assaz deplorável. Sansão ficara prisioneiro dos filisteus, os tradicionais inimigos do seu povo. Eles tinham tentado torná-lo inofensivo vasando-lhe os olhos, após o que lhe designaram os deveres mais degradantes de prisioneiro para humilhá-lo. Por ocasião de um dos seus grandes festivais pagãos o cego é conduzido perante o povo para que este possa escarnecer dele, e atribuem sua boa fortuna de ter Sansão em seu poder ao seu ídolo Dagom.
E o que fazia sua tragédia especialmente amarga para Sansão era o fato de que toda sua humilhação e dificuldade tinham tão-somente um responsável e culpado: ele próprio. Ele não tinha permanecido fiel a seu voto de narizeu, nem tinha sido sábio e prudente no emprego da grande força que o Senhor lhe concedera. Também tinha sido obstinado e desprezara os conselhos de seus pais piedosos.
Mas Sansão aprendeu o que tantos outros também já aprenderam, que épocas de desgraça são freqüentemente épocas de fidelidade divina. Sua própria miséria e incapacidade o levaram a refletir e considerar a causa da sua desgraça. Caindo em si percebeu como tinha desperdiçado os dons de Deus e como lhe tinha sido desobediente. Chegou ao arrependimento, e o Deus sempre fiel lhe concedeu seu perdão. Exteriormente Sansão era um homem alquebrado e arruinado, mas interiormente era alguém bem mais nobre do que tinha sido quando arrancava e conduzira para o cume de um monte os portões de Gaza, pois seu coração tinha-se tornado o templo do Espírito Santo pela graça e misericórdia divinas. Como prova do seu perdão o Senhor concedeu a Sansão mais um momento de grandeza atendendo sua oração por força para mais uma vez combater o combate do Senhor.
Contudo, não se deve procurar a verdadeira medida do sucesso de Sansão em grandes proezas de força muscular, mas antes nisto, que ele, pela graça de Deus, alcançou o alvo final do povo de Deus, a coroa da vida, e que encontramos seu nome incluído no grande capítulo dos heróis da fé (Hb 11) entre os que obtiveram bom testemunho pela fé.
Muitas cousas mudaram desde os dias de Sansão, mas uma cousa que não mudou é a fidelidade divina. Sempre e onde quer que um pecador chega a reconhecer suas transgressões, se arrepende sinceramente de seus pecados e confia a misericórdia de Deus, ele encontra paz e perdão no seu Redentor. O sangue de Jesus Cristo nos purifica de todos os pecados, também do pecado da desobediência a Deus.
ORAÇÃO. Ó eterno Deus e Senhor, que és sempre o mesmo e não estás sujeito a mudanças como nós estamos, que provaste abundantemente tua fidelidade em tua conduta para com teu povo de outrora, os filhos de Israel, e em particular para com Sansão. Sempre estiveste pronto a restaurar teu povo a teu beneplácito, quando abandonou seu pecado e retornou a ti. Ó Senhor, tu conheces todos os meus pecados e fraquezas e também sabes que os lamento profundamente e estou sinceramente arrependido deles. Concede-me a certeza do perdão completo por causa de tua fidelidade. Amém.
 
Outros Textos Adequados
2 Sm 12.13. Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. Disse Natã a Davi: Também o Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás.
Jo22.29. Se estes descem, então dirás: Para cima! E Deus salvará o humilde.
Jo 28.28. Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e o apartar-se do mal é o entendimento.
Sl 34.18. Perto está o Senhor dos que tem o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido.
Sl 65.3. Se prevalecem as nossas transgressões, tu no-las perdoas.
Sl 86.11. Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; dispõe-me o coração para só temer o teu nome.
Js 1.18. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecadores são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesin, se tornarão como a lã.
Is 38.17. Eisque foi para minha paz que tive eu grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados.
Is 42.3. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega.
Is 60.10. No meu furor te castiguei, mas na minha graça tive misericórdia de ti.
Jr 10.24. Castiga-me, ó Senhor, mas em justa medida, não na tua ira, para que não me reduzes a nada.
Os 6.1. Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou, e nos sarará; fez a ferida, ea ligará.
Mq 7.18. Quem, é Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade, e te esqueces da transgressão do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na misericórdia.
Mt 11.28. Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Lc 15.10. Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
Lc 15.11-24. O Filho Pródigo.
Llc 23.42, 43. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
Rm 5.20. Onde abundou o pecado, superabundou a graça.
Ef 4.22-24. Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do nosso homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.
Fp 4.13. Tudo posso naquele que me fortalece.
1 Jo 3.20. Se o nosso coração nos acusar, certamente Deus é maior do que o nosso coração, e conhece todas as cousas.
PARA UM IRRECONCILIADO
"Contudo Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Lucas 23.34.
Uma das afirmações mais extraordinárias já pronunciadas é esta breve oração que brotou dos lábios de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Não apenas seus amigos e seguidores louvaram estas palavras, mas mesmo muitos dos seus inimigos se maravilharam por causa delas. Maravilhosas como estas palavras são em si mesmas, é o momento e as circunstâncias em que foram proferidas que as tornam especialmente importantes e significativas.
Jesus acabara de ser crucificado. Os soldados tinham concluído sua tarefa cruel e desumana. Dores indescritíveis atormentavam o corpo que já suportava tantos maus tratos e torturas, a lancinante coroa de espinhos e as vergastadas cruentes do açoite. E este sofrimento cruel lhe foi infligido, não por causa de qualquer crime que ele mesmo tivesse cometido, nem por qualquer transgressão sua da lei, mas porque ele vinha trazer e proclamar o reino de Deus. Homens egoístas e ambiciosos, que uniram-se aos poderes das trevas para destruí-lo. O povo que ele tinha vindo ajudar e abençoar repudiou seu amor, deixaram-se induzir a clamar por seu sangue. E, enquanto isso, a mesma gente que era responsável por seus terríveis tormentos, estava parada junto à cruz lançando escárnio e zombaria, ridicularização e sarcasmo sobre sua cabeça inocente.
As agonias da crucificação eram tamanhas a ponto de fazer homens fortes gritar em angústia e homens mansos amaldiçoar os responsáveis por sua dor.
Se alguma vez alguém teve motivos para estar indignado com o tratamento recebido e desejar vingança, este foi Jesus. Entretanto nenhuma palavra amarga emana dos seus lábios. Quando rompe seu silêncio para falar, ressoam palavras de perdão e de amor inigualável. Levanta sua voz ao Pai celestial e ora: "Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem."
Quão estranha e maravilhosamente soaram estas palavras numa época acostumada à vingança e ao revide; que vivia da regra "olho por olho e dente por dente"; e que até considerava virtude odiar com ódio intenso e implacável.
E quase dois mil anos depois estas palavras do Salvador, que morria na cruz, ainda parecem estranhas e maravilhosas. O coração do homem não se modificou. A inclinação natural do homem ainda é a de retribuir com a mesma moeda; de pagar mal com mal; de procurar vingança para as injustiças, reais ou imaginárias; de carregar rancor num coração que recusa perdoar.
Que condenação tremenda é esta oração de Jesus contra todos os que mantém dentro de si um espírito implacável, isto é, que recusa conceder o perdão aos que o ofenderam. Nenhum de nós está sempre tão pronto a perdoar como deveríamos estar. As afrontas dos outros, pesadas em nossas balanças, parecem tão tremendamente grandes que às vezes pensamos que não podemos perdoar. Mas quando comparamos com as afrontas que Jesus suportou, e com os pecados que nós cometemos contra o santo Deus, elas diminuem extraordinariamente depressa.
Convém observar a reação que o santo exemplo do perdão de Cristo provoca em nossos corações. Se ele suscita ira e hostilidade em nós, então cuidado. Então não somos melhores do que os inimigos que o assassinaram.
Seu pobre exemplo deveria envergonhar-nos por causa de nossa lentidão em perdoar e em nos reconciliarmos, pois apenas quando nós estamos prontos a perdoar sinceramente aos outros, podemos esperar que Deus nos perdoe nossas muitas transgressões. Nenhum homem se pode dar o luxo de enfrentar a eternidade com um espírito que não quer perdoar, e podemos estar mais perto da eternidade do que imaginamos. Que existe apenas um passo entre nós e a morte isto é duplamente verdade em tempo de doença.
ORAÇÃO. Amado Senhor Jesus, em tua agonia extrema e aflição amarga, que sofreste na cruz, para me remir do pecado, morte e poder do diabo, me deste um exemplo maravilhoso de como perdoar. Confesso que nem sempre segui teu nobre exemplo. Pareceu-me, às vezes, tão difícil perdoar, porque minha carne pecaminosa não estava inclinada a tanto. Mas reconheço minha culpa e estou determinado a me conduzir melhor, com tua ajuda. Preserva-me de desperdiçar teu perdão por meio de um espírito não pronto a perdoar. Escuta-me, ó misericordioso Salvador, por amor do teu nome. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Gn 50.15-21. José perdoa aos seus irmãos.
Sl 19.12. Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas.
Sl 32.9-11. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem. Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor, e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração.
Pv 21.2. Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o Senhor sonda os corações.
Jr 17.9, 10. Enganoso é o coração, mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração.
Mt 5.23, 24. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.
Mt 6.12. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores.
Mt 6.14, 15. Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.
Mt 7.21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.
Mt 12.33. Pelo fruto se conhece a árvore.
Mt 18.21, 22. Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Mt 18.32-35. Então o seu senhor, chamando-o lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.
Mc 11.25, 26. E, quando estiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celeste não vos perdoará as vossas ofensas.
Lc 16.15. Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; pois aquilo que é elevado entre homens, é abominação diante de Deus.
Rm 12.21. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
Ef 4.31, 32. Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda a malícia. Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou.
Cl 3.13. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós.
Hb 4.7. Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.
Hb 10.26, 27. Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectativa horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários.
Hb 10.31. Horrível cousa é cair nas mãos do Deus vivo.
Hb 12.14. Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.
Tg 2.13. Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia.
Tg 4.6. Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
1 Pe 2.1, 2. Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas, e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado crescimento para salvação.
 
PARA UMA PESSOA EXCOMUNGADA
"Pois no Senhor há misericórdia, nele, copiosa redenção." Salmo 130.7.
ESTIMADO AMIGO. Em tua hora de aflição me chamaste para te prestar auxílio espiritual. Esta ação indica que mudaste totalmente tua atitude para com Deus e sua igreja. Havia um tempo quando pensavas que podias viver muito bem sem os serviços de um pastor. Desprezaste a igreja e recusaste ser corrigido pela Palavra de Deus. Por causa de tua atitude a congregação finalmente viu-se impelida a usar o poder de reter pecados, que Cristo lhe deu, e foste excomungado. Assim a porta do céu foi fechada para ti.
A princípio fizeste pouco caso disso. Não pensaste que podia ser importante de fato. Deus te poderia Ter deixado em tua obstinação. Mas em vez de fazer isso, o Deus bondoso te levou a ver o erro que cometeste com tua maneira de agir. Não há dúvida que, tua presente enfermidade e, o pensamento da possibilidade de teu fim, ajudaram a te mostrar teu grande erro e te trazer ao arrependimento.
Acima de tudo, o verdadeiro objetivo da excomunhão não é o de destruir a alma, mas, pelo contrário, visa mostrar ao homem as terríveis conseqüências do seu pecado, para que ainda possa abandonar seu caminho pecaminoso e buscar o perdão divino e ser salvo. Este foi o resultado proveitoso em teu caso. Que alegria deve haver no céu por causa disto! Que bênção este passo, aparentemente cruel e desumano, provo ser para ti. Ele te trouxe de volta ao rebanho de Cristo. Fez de ti novamente um filho de Deus. Pois onde há verdadeiro arrependimento e tristeza pelo pecado, aí Deus está pronto a encobrir e perdoar todo pecado.
Tu, estimado amigo, podes ter certeza completa que Deus perdoou teus pecados, mesmo o pecado de recusar correção e desprezar sua igreja. Nenhum pecado é grande demais para ser perdoado por Deus, pois "ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã", e "onde abundou o pecado, superabundou a graça". E em nosso texto lemos: "Pois no Senhor há misericórdia, nele, copiosa redenção."
E quando Deus perdoa, sabemos que o perdão é perfeito e completo. Nosso pecado nunca mais pode erguer-se e nos acusar, e não devemos nunca permitir que o pensamento dele nos perturbe e amargure. Tem bom ânimo, portanto, meu amigo, pois os portais do céu não mais estão fechados para ti, mas estão bem abertos para te receber de volta ao lar, na casa do Pai celestial.
E agora que recebeste o perdão é perfeito e completo. Nosso pecado nunca mais pode erguer-se e nos acusar, e não devemos nunca permitir que o pensamento dele nos perturbe e amargure. Tem bom ânimo, portanto, meu amigo, pois os portais do céu não mais estão fechados para ti, mas estão bem abertos para te receber de volta ao lar, na casa do Pai celestial.
E agora que recebeste o perdão divino e foste assegurado dele, usarás a primeira oportunidade para buscar o perdão da comunidade para que a excomunhão possa ser levantada. Enquanto isto, fica tranqüilo, certo de que agora estás em paz com Deus.
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, por causa da minha obstinação afastei-me de ti e nada mereci além de completa rejeição de tua parte. Mas em tua grande misericórdia me procuraste e me conduziste para que eu visse o erro do meu procedimento. Meus pecados muito me afligem, sinto-me oprimido de tristeza por causa de minha transgressão. Em tua santa Palavra me asseguras misericordiosamente que contigo está o perdão. Esta Palavra me dá novo alento e esperança. Conserva-me ó Senhor, em tua graça até meu fim, e nunca mais permitas que eu me afaste de ti. Ajuda-me a permanecer teu filho humilde e obediente. Eu o peço em nome de Jesus. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Sl 34.18. Perto está o Senhor dos que tem o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido.
Sl 51.12. Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário.
Sl 51.17. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito não desprezarás, ó Deus.
Is 30.15. Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança a vossa força.
Is 42.3. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega.
Jr 6.16. Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas.
Jr 29.11. Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal.
Jr 31.3. Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí.
Os 6.1. Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou, e nos sarará; fez a ferida, e a ligará.
Jl 2.13. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal.
Mt 9.13. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento.
Lc 22.62. Então Pedro, saindo dali, chorou amargamente.
Jo 6.37. O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
Jo 8.11. Então lhe disse Jesus: Nem eu tão pouco te condeno; vai, e não peques mais.
2 Co 6.2. Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.
 
PARA UM CONVERTIDO NA HORA UNDÉCIMA
"E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." Lucas 23.42, 43.
CARO AMIGO. Grande é o privilégio e a bênção que recebeste. Deus em sua graça e misericórdia te procurou e te trouxe ao seu reino. Quão grande e maravilhosa contigo foi sua misericórdia! Os melhores anos de tua vida viveste longe do teu Salvador. Bastante remota é a perspectiva de que tenhas oportunidade para prestar qualquer grande serviço a ele. É bem evidente que não foi tua utilidade a Deus que o levou a te trazer ao seu reino, mas antes seu amor ilimitado. O Senhor agiu contigo de maneira bem semelhante como agiu com o malfeitor na cruz.
Depois que Jesus tinha sido crucificado porque seus inimigos ferrenhos, em seu ódio intenso contra ele, tinham forçado o governador romano, Pôncio Pilatos, a conceder o que queriam apesar disso ser contra a convicção dele, estes inimigos motejaram e escarneceram dele. Lançaram-lhe em rosto zombaria e ridicularização, e fizeram troça dos seus ensinamentos e reivindicações. A todos estes vitupérios e insultos Jesus não prestou a mínima atenção. Só se deu conta de seus inimigos para levantar sua voz ao céu e orar: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem."
Mas quando um dos malfeitores se dirigiu a ele com a súplica: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino", Jesus não pode ficar indiferente ao pedido. Nunca jamais alguém pediu compreensão sinceramente, ou crendo, buscou dele ajuda em vão. Nem mesmo a pungente agonia na cruz podia levá-lo a ignorar a súplica por ajuda de um pecador. Jesus reconheceu na petição do malfeitor a evidência do arrependimento sincero, tristeza real pelo pecado e fé verdadeira no Salvador. Jesus aceitou o sacrifício de arrependimento e fé que o homem lhe trouxe e lhe conferiu o perdão e a bem-aventurança. Não seus muitos pecados e transgressões, não sua vida desperdiçada e mal empregada seriam recordados, mas ele mesmo. Sua alma resgatada pelo sangue seria relembrada eternamente para o bem de muitos. Amorosamente o Salvador disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso."
Mesmo na cruz sua autoridade é inconfundível. Face a face com a morte não abandona sua reivindicação de origem divina, mas pelo contrário, aceita a homenagem devida ao Rei dos Reis e promete um lugar nas mansões celestiais.
Com seu divino "em verdade" testifica que a morte não é aniquilação, ou cessação da existência. Existe uma vida depois da morte. A alma nunca morre, mas vive eternamente, ou com Cristo no paraíso, ou sem Cristo no inferno.
Nem tampouco é a promessa do céu uma esperança remota ou distante, mas sim uma perspectiva imediata. "Hoje", antes que aquela Sexta-feira Santa terminasse, ele iria compartilhar as regiões celestiais com seu Senhor e Salvador.
Apesar da pesada carga da transgressão confessada, e a completa ausência de oportunidade para realizar obras de penitência, o Salvador nada diz sobre uma purgação ou purificação antes que a alma deste pecador possa ser admitida no céu. E não havia necessidade e jamais existe qualquer necessidade, pois o sangue do Cordeiro tem poder purificador para remover a mancha mais negra do pecado para que o redimido possa aparecer perante o trono divino na mais imaculada alvura.
Visto que Jesus prometeu o paraíso a este malfeitor, ninguém precisa desesperar da salvação. Foi para salvar pecadores que ele veio ao mundo. Ele mesmo disse: "Não vim chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento." - Mesmo o pior dos pecadores, se ele se arrepende e confessa seus pecados com sincera contrição, será aceito.
ORAÇÃO. Amado Senhor Jesus, tu, Amigo dos pecadores, envergonhados e triste confesso a ti todos os meus pecados e iniqüidades. Não me incrimines por causa deles, mas perdoa-os misericordiosamente por tua amarga paixão e morte. Lembra-te também de mim, que te aceitei tão tarde. Purifica-me e limpa-me pela força do teu sangue redentor, que lava completamente todos os pecados. E quando meus dias sobre a terra findarem, leva-me então contigo ao céu. Eu o suplico por amor do teu nome. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Sl 50.15. Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás.
Sl 119.41. Venham também sobre mim as tuas misericórdias, Senhor, e a tua salvação, segundo a tua promessa.
Sl 143.10. Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus.
Ez 34.16. A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei.
Mt 1.21. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Mt 9.12. Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes.
Lc 10.20. Alegrai-vos... porque os vossos nomes estão arrolados nos céus.
Lc 15.11-24. O Filho Pródigo.
Lc 19.10. O Filho do homem veio buscar e salvar o perdido.
Jo 6.37. O que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
At 17.11. Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram de fato assim.
Rm 5.20. Onde abundou o pecado, superabundou a graça.
2 Co 5.21. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fossemos feitos justiça de Deus.
2 Co 6.2. Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação.
Gl 3.13. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro.
Fp 1.6. Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus. - 83 -
1 Tm 1.15. Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecados.
Hb 10.14. Com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.
1 Jo 1.7. O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
 
PARA ALGUÉM NÃO FILIADO A UMA IGREJA
"Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus, e serás salvo." Atos 16.30, 31.
Estimado Amigo. Parece que a enfermidade, que te prendeu a teu leito, te proporcionou a oportunidade para reflexões sérias. Não há dúvida que te fez lembrar da fragilidade do teu corpo e te convenceu do fato que ele não pode continuar a funcionar indefinidamente. Mais cedo ou mais tarde o coração cessará de bater, e então enfrentarás a eternidade. Mas que espécie de eternidade será?
Algumas pessoas querem resolver o problema da eternidade negando que ela existe. Mas isso não faz mais sentido do que a famosa ação da rainha Vitória, que em 1868 ficou furiosa com o tratamento dispensado a um dos seus diplomatas pelo ditador da Bolívia. Quando lhe mostraram num mapa que La Paz, a capital da Bolívia, ficava muito no interior para que um navio de guerra pudesse forçar uma desculpa adequada, a rainha inglesa rabiscou alguns traços sobre o mapa e declarou com convicção: "A Bolívia não existe mais." Mas a Bolívia ainda existe apesar da declaração em contrário da rainha. E nós podemos dizer mais de mil vezes: "A eternidade não existe", mas pelo fato de dizermos isso não conseguiremos eliminá-la, nem nossa consciência se tranqüilizará com tais negativas. Outros gostam de acalmar suas preocupações dizendo a si mesmos que tudo irá bem; que eles tentaram fazer o que está certo; e que, se há um céu, de um modo ou de outro chegarão até ele. Mas bem no fundo do seu coração eles sabem que isso é agir como um rapazinho assustado que assobia no escuro. Se somos honestos conosco mesmos, temos de admitir que o problema da eternidade não se soluciona desta maneira. Nossa consciência não permite que nos desculpemos levianamente das nossas transgressões da santa lei de Deus por pensamentos, desejos, palavra e ações. Ela nos adverte que corremos sério perigo.
Deus emprega vários meios para nos alertar a fim de que tomemos consciência deste perigo. Em certa ocasião ele usou um terremoto para levar o carcereiro de Filipos a fazer a pergunta vital: "Senhores, que devo fazer para que seja salvo?" O leito de enfermidade foi, provavelmente, usado para este fim mais vezes que qualquer outro meio. Por intermédio dele muitos já foram impelidos a perguntar como o carcereiro: "Que devo fazer para que seja salvo?"
A resposta que o apóstolo de Deus deu ao carcereiro de Filipos é tão adequada hoje como o foi então: "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo." Fé em Cristo é o único caminho para a salvação. Cristo levou sobre si nossos pecados e transgressões. Ele cumpriu perfeitamente a lei divina como nosso substituto. "Ele foi feito pecado por nós; para que nele fossemos feitos justiça de Deus. Tudo que Deus nos pede é que aceitemos a salvação efetuada por Cristo e confiemos nele como nosso Salvador e Redentor. Jesus mesmo dirigiu Nicodemos a este caminho da fé quando disse: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."
Esta salvação está à tua disposição, para te apropriares dela. Cristo morreu por todos, também por ti. Crê no Senhor Jesus, e serás salvo. Então a eternidade não será algo temível ou apavorante, mas, em vez disso, pode ser enfrentada com serenidade e confiança.
ORAÇÃO. Ó santo e justo Deus, que nos deste tua santa lei para nos guiar em nossa vida e conduta, e implantaste a mesma em nossos corações, sei muito bem que fiquei muito distante da obediência integral que é a única que pode satisfazer tua justiça perfeita. Minha consciência me acusa e causa grande ansiedade a meu coração. Em desespero clamo: "Que devo fazer para que seja salvo?" E, eis, em tua santa Palavra me respondes: "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo." Concede-me fé para que eu seja capaz de confiar em tua promessa e encontrar descanso para minha alma aflita. Ouve-me por amor de Jesus. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Sl 124.8. O nosso socorro está em nome do Senhor, criador do céu e da terra.
Is 43.1. Mas agora, assim diz o Senhor, que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Is 55.6. Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Ez 33.11. Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que haveis de morrer, ó casa de Israel?
Ez 34.11. Porque assim diz o Senhor Deus: Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas, e as buscarei.
Mt 11.28.30. Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Mt 16.15, 16. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Lc 19.10. O Filho do homem veio buscar e salvar o perdido.
Jo 3.16. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.
Jo 6.47. Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê, tem a vida eterna.
Jo 6.68. Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? tu tens as palavras da vida eterna.
Jo 17.3. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
At 13.29, 30. Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos.
Rm 6.23. O salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.
1 Co 2.5. Para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana; e, sim, no poder de Deus.
1 Co 15.19. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.
1 Tm 1.15. Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores.
Hb 2.3. Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?
1 Jo 4.10. Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou, e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
1 Jo 4.14, 15. E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus.
 
PARA UM ADEPTO DA FEITIÇARIA
"Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?" Isaías 8.19.
É bem natural que os que estão doentes e sofrendo estejam ansiosos para recobrar a saúde novamente. Isto de nenhum modo desagrada a Deus se não nos rebelamos contra ele ou usamos meios impróprios para reconquistar nossa saúde.
Em sua infinita bondade o Criador nos deu muitos tipos de remédios e dotou certas pessoas com muita habilidade e sabedoria no seu uso em nosso benefício. Podemos procurar os melhores remédios e consultar o médico mais hábil à disposição, e se os resultados não nos satisfazem, é nosso privilégio tentar outro remédio ou visitar outra clínica. Mas nunca devemos esquecer que por mais íamos que seja o médico ou por melhor que seja o remédio, o elemento mais importante em nossa recuperação ainda é a bênção de Deus, e em sua divina sabedoria ele às vezes retém esta bênção. Pode ser um teste para nossa fé ou uma prova para nossos entes queridos. Pode acontecer para nos preparar para uma transladação prematura para a glória celestial.
Uma época dessas, quando todos os remédios falham e a recuperação não vem, é às vezes um tempo de tentação especial. E uma das tentações que freqüentemente assalta as pessoas em tal situação, vem de amigos bem-intencionados que as aconselham a tentar uma maneira de cura que emprega alguma forma de feitiçaria.
Venha de onde vier a sugestão, ela deve em última análise ser reconhecida como um tentação que vem do grande enganador, o diabo. Sob o pretexto de ajudar as pessoas em seus infortúnios e sofrimentos, ele tem em vista apenas uma cousa, a destruição de suas almas. E ele vai explorar toda fraqueza que pode encontrar para conseguir este terrível fim. Não há honra nele. Ele não hesita por um momento em fulminar uma pessoa que já está abatida.
Deus afirmou claramente que a feitiçaria é uma abominação e ele nos advertiu contra sermos adeptos dela. Tanto faz se uma pessoa se dirige à feitiçaria em busca de ajuda em desafio à vontade divina, ou se ela foi enganada para procurá-la, ela não pode ficar sem culpa perante o santo e justo Deus.
O enganador gosta que pensemos que se pode ser adepto da feitiçaria e ainda servir a Deus. Os que a praticam falam muito em fé, empregam o sinal da cruz e cultivam a aparência externa de religião. Mas o verdadeiro objetivo de Satanás é separar-nos de Deus. Bem faremos em dar ouvidos à advertência do apóstolo: "que comunhão da luz com as trevas?" 2 Co 6.14.
No desespero tu, meu caro amigo, te dirigiste à feitiçaria para ajuda. Talvez não tenhas percebido em que perigo te envolvias. Jogando na possibilidade incerta de talvez conseguires algum alívio físico, permitiste que tua salvação eterna fosse colocada em grande perigo. Que preço para tua relutância em te submeter à vontade de Deus! Deus bem te poderia ter deixado seguir teu caminho de rebeldia. Em vez disso ele te está chamando ao arrependimento e à confiança dele. Ele te pede que lances fora as obras das trevas e caminhes em sua gloriosa luz.
ORAÇÃO. Ó Senhor Jesus Cristo, tu, luz do mundo, vieste a este mundo envolto pelas trevas do pecado para trazer luz aos que estão nas trevas e na sombra da superstição e feitiçaria. Tu, que venceste o diabo e destruíste suas obras, ajuda-me a vencer suas tentações. Concede-me a graça de me submeter à tua santa vontade e a suportar com paciência qualquer cruz que tu considerares útil para mim. Perdoa todos os meus pecados por causa de tua amarga paixão e morte. Fortalece minha fé e nela me preserva até meu fim. Em teu nome o peço. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Êx 15.26. Eu sou o Senhor que te sara.
Lv 19.31. Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procurei para serdes contaminados por eles: Eu sou o Senhor.
Lv 20.6. Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo.
Dt 10.12, 13. Agora, pois, ó Israel, que é que o Senhor requer de ti? Não é que temas o Senhor teu Deus, andes em todos os seus caminhos e o ames, e sirvas ao Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, para guardares os mandamentos do Senhor, e os seus estatutos, que hoje te ordeno, para o teu bem?
Dt 18.10-12. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança de diante de ti.
Sl 62.1. Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa: dele vem a minha salvação.
Sl 103.2, 3. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios. Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidade; quem sara todas as tuas enfermidades.
Lm 3.40. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor.
Ez 18.31. lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós coração novo e espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel?
Mt 8.2. Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
Mt 15.8. Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
Gl 5.19-21. Ora, as obras da carne são conhecidas e são: ,,, feitiçarias... e cousas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já outrora vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais cousas praticam.
Ap 22.15. Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica mentira.
 
QUANDO SOLITÁRIO
"E sonhou: Eis posta na terra uma escada, cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela." Gênesis 28.12, 13.
Estimado Amigo. Um sentimento de solidão tomou conta de tua alma e te está perturbando. Podemos compreender como estar longe de casa e dos teus amigos costumeiros pode deprimir teu espírito e te fazer sentir muito solitário e abandonado. Contudo, a preocupação de tua família e amigos, bem como de teus médicos e enfermeiras, é ver que te recupere tão depressa como possível, e, não serve aos melhores interesses de tua saúde que permitas que tua solidão te perturbe.
E porque deverias te sentir tão solitário? Tu és um filho de Deus e um filho de Deus nunca está completamente só. Lembra-te de Jacó. O ódio do seu irmão Esaú o obrigara a sair de casa e buscar paz e segurança com os parentes de sua mãe na longíqua Mesopotâmia. Quando durante a jornada a noite o encobriu, ele estava numa região estranha e não havia lugar onde pudesse encontrar abrigo para a noite. Assim escolheu uma pedra por travesseiro e se deitou para repousar sob a estrelada abóbada celeste. Estava só, e estava com medo. E assim adormeceu.
Enquanto dormia, uma gloriosa visão desdobrou-se diante dele. Daquele lugar em que dormia partia para o alto uma escada, alcançando o céu, até a presença do próprio Deus. Subindo e descendo pela escada havia uma multidão de anjos, aqueles mensageiros celestiais que servem tanto a Deus como a seus filhos na terra, mantendo comunicação constante entre Deus e os que lhe pertencem. Subitamente Jacó sabia que não importava por onde ele andasse ou fossem quais fossem as circunstâncias que o cercassem, nunca estaria solitário. Ele estava bem tão perto de Deus e do céu aí, como tinha estado na casa de seu pai. Quando Jacó se levantou de manhã, sua solidão e seu temor tinham desaparecido.
A visão de Jacó, do céu unido à terra por Deus, as portas do céu abertas para que os filhos de Deus possam chegar livremente a sua presença, devem ser um lembrete de que Deus sempre está perto de ti. Nenhuma hora é inoportuna para ele pois "É certo que não dormita nem dorme o guarda de Israel".
Também não devemos esquecer a presença dos santos anjos de Deus, que ajudam a nos manter em contato com o céu e com Deus. Estes espíritos benditos estão em prontidão constante para servir os filhos de Deus aqui na terra. Enquanto nos apegamos ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo em fé verdadeira, e depositamos nossa confiança em seu sacrifício redentor, não nos faltará a presença confortadora desses mensageiros celestes. Uma constante lembrança da presença de Deus e dos seus exércitos celestiais deve afugentar a solidão e te dar confiante alegria.
ORAÇÃO. Ó onipotente Senhor e Deus, um sentimento de solidão invadiu-me a alma porque meus parentes e amigos podem estar comigo só por tão pouco tempo. Mas tua santa Palavra me lembra que, como teu filho amado, nunca estou realmente sozinho. Tu, ó meu Pai celestial, estás comigo em todo o tempo e tens cuidado de mim. Além disso, deste ordens aos teus santos anjos para que me protejam e confortem. Quão grato sou por esta certeza! Se eu esquecer isto novamente e for dominado pela solidão, então faz-me lembrar tua presença e a proximidade dos teus anjos. E se é a tua vontade, dá-me que eu experimente teu poder de curar para que possa logo recuperar minha posição anterior na vida. Em nome de Jesus o peço. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Dt 4.29. De lá buscarás ao Senhor teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.
Jz 16.28. Senhor Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força.
2 Rs 6.16. Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.
Sl 42.11. Por que estás abatida, ó minha alma? por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.
Sl 104.34. Seja-lhe agradável a minha meditação; eu me alegrarei no Senhor.
Pv 18.24. Há um amigo mais chegado do que um irmão.
Is 41.10. Não temas, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.
Is 43.1. Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.
Lm 3.24. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele.
Hc 3.18, 19. Todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação. O Senhor Deus é a minha fortaleza.
Lc 12.6. Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto nenhum deles está em esquecimento diante de Deus.
Jo 6.68. Senhor, para quem iremos? tu tens as palavras da vida eterna.
Jo 14.27. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Rm 8.38, 39. Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
2 Co 6.18. Serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.
2 Ts 2.16, 17. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo, e Deus nosso Pai que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, console os vossos corações e os confirme em toda boa obra e boa palavra.
2 Tm 2.19. Entretanto o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: o Senhor conhece os que lhe pertencem.
Tg 4.8. Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros.
1 Jo 3.1. Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus.
Ap 21.7. O vencedor herdará estas cousas, e eu lhe serei Deus e ele me será filho.
 
PARA UM CRISTÃO DESALENTADO
"Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus." Rm 8.28.
Estimado Amigo. A tribulação de novo encontrou tua morada. Mal passou uma provação, quando outra parece já esperar para se abater sobre ti. Recebeste uma porção dobrada de tribulação e adversidade. Por isso não é de se admirar que às vezes tua coragem te abandone e tua esperança esmoreça. Nossa carne é fraca e pode nos fazer ficar desanimados e deprimidos, mas nunca devemos deixar nosso coração submergir no desespero.
O Criador graciosamente dotou a roça humana com esperança. Não importa quão más parecem estar as cousas por algum tempo, a esperança aponta a nossos olhos e mentes um futuro mais agradável e promissor. Mas a esperança desta vida é incerta, e nem tampouco satisfaz completamente o coração do homem. Pela fé tornamo-nos herdeiros de uma esperança muito maior e mais gloriosa. Por meio dela temos a mais confortante certeza de que Deus providencia por nós e tem cuidado de nós. As maravilhosas promessas de Deus são nossas.
E no depósito do tesouro das promessas divinas, uma das jóias mais brilhantes é esta: "Sabemos que todas as cousas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus." Não há nada indefinido, incerto ou duvidoso nesta promessa. Ela não expressa meramente um desejo, mas atesta a firme convicção fundamentada na infalível Palavra de Deus. SABEMOS é uma afirmação incondicional. Não há lugar aí para dúvidas.
Sabemos que TODAS as cousas cooperam para o bem. Nota bem, não diz algumas cousas, ou muitas cousas mas todas as cousas. Tanto a pobreza como a riqueza, tanto a doença como a saúde, tanto a tristeza como a alegria, sim, seja o que for que os acasos da vida nos possam trazer, tudo tem de cooperar para o bem daqueles que amam a Deus. Então também tua tribulação atual igualmente tem de ser para o teu bem.
Mas podes perguntar: "Como podes este sofrimento ser para o meu benefício?" Deixa isto ao Senhor, e confia na sua promessa que diz que é assim. Seus planos te podem parecer sombrios e misteriosos agora, mas isto não te dá o direito de duvidar da sua sabedoria ou amor. Lembra-te como Deus guiou José por vinte longos anos através de escravidão e encarceramento para fazer dele o instrumento para salvar o seu povo. Observa como ele de novo e de novo castigava seu povo, Israel, com fome e guerra, não porque quisesse destruí-lo, mas porque, por amor a ele, queria trazê-lo de volta e atraí-lo para junto dele novamente.
Esta gloriosa promessa também se refere a ti, meu caro amigo, porque também tu és um daqueles que amam a Deus. Aprendeste a conhecer a Deus, e chegaste a crer nele. Porque és cristão, não só de nome, mas de fato, esta promessa atinge a ti. Ela não se refere aos que negam o Senhor Jesus. Não há conforto para os incrédulo nesta bendita promessa.
Quão cuidadosamente nos devemos guardar para não nos afastarmos de Deus em desespero por causa das nossas tribulações! Quanto maior a adversidade, mais precisamos de Deus. Pede a teu Pai celestial que te conserve como filho leal, fiel e obediente e que te fortaleça e conforte com suas graciosas promessas.
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, permitiste novamente que a aflição me atingisse. Teu propósito com ela está oculto a meus olhos, mas prometeste que todas as cousas hão de cooperar para meu bem, porque te amo. Estou confiante de que manterás tua promessa e que algum dia o entenderei. Fortalece-me conforme tuas promessas, para que eu possa carregar minha cruz sem murmurar, e depois que ela tiver servido a teu propósito, remove-a de novo, e dá que eu mais uma vez experimente alegria e conforto. Suplico-te em nome de Jesus. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Gn 28.10-19. A visão de Jacó do céu aberto.
Gn 50.20. Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.
Sl 50.15. Invoca-me no dia da angústia: eu te livrarei, e tu me glorificarás.
Sl 73.23, 24. Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. Tu me guias com o teu conselho, e depois me recebes na glória.
Is 1.18. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados são como a escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, se tornarão como anlã.
Is 40.31. Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.
Is 49.14,15. Mas Sião diz: O Senhor me desamparo, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho doseu ventre? Mas ainda que esta viessse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.
Is 59.1. Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir.
Is 61.10. Regozijar-me-ei muito o Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus; porque me cobriu de vestes de salvação, e me envolveu com o manto de justiça.
Mq 7.7. Eu, porém, olharei para o Senhor; esperarei no Deus da minha salvação: o meu Deus me ouvirá.
Mt 28.20. Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
Jo 14.1. Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
Jo 14.23. Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.
Rm 5.20. Onde abundou o pecado, superabundou a graça.
1 Co 10.13. Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.
2 Co 6.10. Entristecidos, mas sempre alegres.
2 Co 12.10. Quando sou fraco, então é que sou forte.
Hb 12.6. O Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a quem recebe.
Ap 3.11. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
 
PARA ALGUÉM PREOCUPADO COM ENTES QUERIDOS QUE FICARÃO PARA TRÁS
"Depois disse Israel a José. Eis que eu morro, mas Deus será convosco, e vos fará voltar à terra de vossos pais." Gênesis 48.21.
Caro Amigo Cristão. Estás ciente de que tua vida se está esvaindo, e há sinais de que em breve podes ser chamado para fora deste vale de lágrimas. Encomendas tua alma às mãos do teu Pai celestial. Confiando nos méritos do teu Senhor e Salvador, Jesus Cristo, estás preparado para partir para teu lar celestial. Tens fé confiante e esperança certa da salvação.
E ainda assim estás atribulado e preocupado. Tua preocupação se volta para os entes queridos que terás de deixar para trás. Perguntas que perturbam povoam tua mente. Estás preocupado com o que será deles. Que lhes acontecerá depois que tiveres partido? Quem cuidará dos seus interesses e quem tomará conta deles? Serão adequadas as providências que tomaste para evitar que passem necessidades? Permancerão eles leais e perseverantes em sua fé?
Estas são perguntas que só Deus pode responder, pois apenas ele pode olhar para dentro do futuro. Mas Deus nos assegura que ele há de guiar os seus pelos caminhos da justiça e que todas as cousas, sejam elas alegrias ou tristezas, tem de cooperar para o bem daqueles que o amam. Tu, como filho de Deus, podes fechar teus olhos com a confiança inabalável que Israel expressou quando estava se aproximando o fim da jornada de sua vida.
Tristezas e tribulações não haviam faltado em sua vida. Suas alegrias e sucessos estiveram sempre acompanhados de desapontamentos e tribulações. Quando sua vida chegava ao fim, tanto ele como sua família estavam longe da terra prometida. A fome os tinha impelido a buscar refúgio em terra estranha. Para ele o problema desconcertante era, quando e como seus descendentes retornariam à terra prometida para tomar posse dela. Ele não deposita sua confiança em auxílio ou sabedoria humana. Com fé confiante entrega a questão toda aos cuidados do Pai celestial. Escuta como fala com seu filho José: "Eis que eu morro, mas Deus será convosco, e vos fará voltar à terra de vossos pais."
Deus dera sua promessa de trazer seu povo de volta à terra para a qual guiara Abraão. Apesar de ter perdido as forças e de não poder guiar pessoalmente sua família no retorno à terra prometida, Israel não duvida que Deus possa ou queira faze-lo. Nem tampouco foi em vão que confiou em Deus. Deus de Deus permitir que seu povo se multiplicasse e se tornasse uma grande nação sob a proteção de uma das grandes potências da época, ele o guiou e o trouxe à terra prometida, e lha deu por possessão. Verdade é os israelitas tiveram de passar por muitas provas. Seu caminho não foi uma alameda florida. Mas Deus tinha um objetivo ao guiá-lo como o fez. Ele estava treinando para seu grandioso destino. E quando rememoramos a história dos israelitas, temos de concordar que Deus fez tudo bem.
O mesmo Deus que guiou os destinos dos filhos de Israel tão bem e tão sabiamente, que para eles providenciou tudo tão maravilhosamente, ainda hoje governa os destinos dos homens. A seus cuidados, estimado amigo, deves entregar teus entes queridos. Ele proverá por eles e cuidará deles conforme seu divino poder e saber. Podes ficar tranqüilo, certo de que os caminhos pelos quais ele os guiará conduzirão à terra prometida, ao céu. Não pode Deus cuidar deles bem melhor do que tu poderias se te fosse permitido ficar e prover por eles? Não é sua sabedoria mais capaz de guiá-los por caminhos retos? Sem dúvida, podes confiar em seu amor, que ele provou não poupando seu Filho unigênito, mas entregando-o por todos nós. Temos a certeza inabalável que ele faz tudo bem.
ORAÇÃO. Amado Pai celestial, tens-me indicado que meus dias aqui na terra estão chegando a seu fim e que a morte se está aproximando. De coração te agradeço que me fizeste ser teu filho amado e herdeiro, e que posso enfrentar a morte com a firme confiança de que tu me receberás em teu lar celeste por causa de Jesus. Nesta hora, amado Senhor, estou preocupado com aqueles que amo, que eles não sofram necessidades por causa de minha partida e que permaneçam fiéis e leais a ti. Eu os entrego a teus cuidados paternais. Estou certo de que proverás por suas necessidades, que os guardarás e protegerás e os hás de guiar no caminho que conduz à vida eterna. Permanece junto deles no momento da fraqueza para que não se afastem dos teus caminhos, mas que possamos ser eventualmente reunidos no céu para conjuntamente louvarmos e glorificarmos a ti, bem como ao Filho e ao Espírito Santo. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Jó 22.21. Reconcilia-te, pois, com ele, e tem paz, e assim te sobrevirá o bem.
Sl 3.4, 5. Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde. Deito-me e pego no sono; acordo, porque o Senhor me sustenta.
Sl 18.30, 31. O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam. Pois quem é Deus senão o Senhor?
Sl 36.7. Como é preciosa, ó Deus, a tua benignidade! Por isso os filhos dos homens se acolhem à sombra das tuas asas.
Sl 39.7. E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança.
Sl 42.11. Por que estás abatida, ó minha alma? por que te perturbas dentro em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.
Sl 46.1. Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.
Sl 46.7. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.
Sl 55.22. Confia os teus cuidados ao Senhor, e ele te susterá.
Sl 56.11. Neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei.
Sl 85.9. Próxima está a sua salvação dos que o temem.
Sl 91.2. Diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio.
Sl 145.18. Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.
Is 26.3. Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.
Is 54.10. Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas q minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o Senhor, que se compadece de ti.
Mt 11.28. Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Jo 14.27. Deixo-vos a paz, a minha paz vos vou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Rm 8.32. Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as cousas?
2 Co 5.7. Andamos por fé, e não pelo que vemos.
ANTES DA SANTA CEIA
"Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus." Amós 4.12.
Quando pretendemos comparecer perante uma pessoa de alta posição é conveniente que nos preparemos de modo adequado à ocasião. Ninguém pensaria em se apresentar ao governante de um país sem dar antes alguma atenção a sua aparência.
Deus nos mostra claramente que também ele espera que nos preparemos condignamente antes de chegarmos a sua presença. Foi exigido de Moisés que preparasse os filhos de Israel, bem como a si mesmo, para a memorável ocasião quando Deus se aproximou deles no Monte Sinaí. Todos os dias, antes que um sacerdote pudesse servir no templo, tinha se seguir regras de preparo especiais. Na parábola do grande banquete nupcial Jesus ensina que aqueles que recusam preparar-se, com isso recusam o privilégio de se assentarem à mesa do Rei do Reis.
Mas o preparo que Deus exige de nós não é mero preparativo externo de veste e aparência. "Porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração." (1 Sm 16.7). O esplendor das vestes, a aparência formosa, o porte digno e cortesia no trato são as cousas que os homens aprovam. Mas Deus olha para dentro do coração do homem. Ele quer que esse esteja purificado de todo pecado e malícia, de egoísmo e desejos carnais. Quer vê-lo repleto de amor a Deus e ao próximo; cheio de uma esperança viva e uma fé operosa. Deseja que nos revistamos de Cristo. O manto de nossa própria justiça nada mais é que trapos de imundícia à vista do santo Deus, e é tão-somente um entrave à preparação condigna para o encontro com Deus.
Quando nos preparamos de modo apropriado, com a ajuda do Espírito Santo, podemos andar em sua presença como seus filhos amados. Se permanecemos sempre preparados, não precisamos temer o chamado de Deus para comparecer diante dele.
Há certas épocas na vida de um cristão em que ele se sente especialmente atraído para junto de Deus. Uma destas ocasiões surge quando participa da Santa Ceia. Aí ele recebe, em, com e sob o pão e o vinho do Sacramento, o verdadeiro corpo e sangue de Cristo. A relação entre ele e seu Salvador é então especialmente íntima. Assim tu, estimado amigo, desejas agora encontrar teu Deus, e tens a admoestação explícita do apóstolo para te preparares para a ocasião quando ele diz: "Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si." Mas esta preparação não consiste em cousas externas, mas no preparo do coração. Quão bem Lutero o expressou: "Jejuar e preparar-se corporalmente é, na verdade, boa disciplina externa; porém, verdadeiramente digno e bem preparado é aquele que tem fé nestas palavras 'Dado e derramado por vós para remissão dos pecados'." Fé no perdão dos pecados, teus pecados; os pecados manifestos e os pecados ocultos; os pecados contra Deus e os pecados contra o próximo, esta fé, que aceita o perdão de Deus oferecido no Sacramento, é a preparação condigna para o encontro com teu Deus. Deus te conceda esta fé!
ORAÇÃO. Ó Senhor Jesus, meu Salvador e Redentor, tu instituíste o santo Sacramento do Altar e ordenaste aos cristãos que participem do mesmo para o perdão dos seus pecados e o fortalecimento de sua fé. Sinto necessidade desta bênção, e tenho o desejo de entrar em comunhão íntima contigo em teu Sacramento. Mas desejas que eu me examine e me prepare para a participação deste alimento celestial. Para tanto necessito de tua ajuda. Capacita-me a participar de modo digno do Sacramento. Faze com que o teu Espírito opere em mim arrependimento verdadeiro, fé alegre e força para viver dedicado a ti. Peço-o em teu nome. Amém.
 
Outros Textos Adequados
1 Sm 16.7. O Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.
2 Sm 12.13. Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. Disse Natã a Davi: Também o Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás.
Sl 6.1, 2. Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Tem compaixão de mim, Senhor, porque eu me sinto debilitado; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão abalados.
Sl 19.12. Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas.
Sl 25.11. Por causa do teu nome, Senhor, perdoa a minha iniquidade, que é grande.
Sl 32.1. Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto.
Sl 32.5. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado.
Sl 34.18. Perto está o Senhor dos que tem o coração quebrantado, e salva os de espírito oprimido.
Sl 51.4. Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar.
Pv 28.13. O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.
Mq 7.19. Tornará a Ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.
Lc 15.10. Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecados que se arrepende.
Lc 18.13. Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
Jo 1.29. Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!
1 Co 11.28, 29. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice; pois quem come e bebe, sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.
Cl 3.2. Pensai nas cousas lá do alto, não nas que são aqui da terra.
Hb 10.14. Com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados
1 Jo 1.8, 9. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
PARA O NATAL
"Ora, tudo isto aconteceu, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)." Mateus 1.22, 23.
Caro Amigo. Pode-se notar facilmente que estás algo desapontado por teres de passar a época de Natal no hospital (de cama). Talvez até te entregaste um pouco à auto-comiseração devido a tua solidão e desconforto durante esta época tão alegre.
Certamente concordamos que esta é a época em que mais desejamos estar com as pessoas que amamos, e as reuniões da família parecem especialmente agradáveis, mas ainda assim temos de recordar o poder que Deus tem de transformar em bem para nós aquilo que nos parece um mal. Pode ser que, ao te afastar dos desejos, Deus te está concedendo uma bênção sob disfarce. Ele te está dando uma oportunidade para te devotares inteiramente ao verdadeiro Natal, à grande dádiva de Deus a nós, o menino Jesus.
Para essa meditação chamo tua atenção para um dos nomes mais significativos dados ao menino de Belém, o nome Emanuel. Mateus, um dos apóstolos de Jesus e autor do Primeiro Evangelho nos dá o sentido desse nome. Diz-nos que Emanuel significa "Deus conosco".
Emanuel, Deus conosco, pode ser entendido assim: Deus nunca nos deixa ou nos abandona, não importa onde estejamos ao sob que circunstâncias nos encontremos; podemos estar seguros e certos de seu cuidado e preocupação para conosco. O Senhor Jesus mesmo prometeu sua presença invisível constante quando disse: "Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século."
Mas, muito mais está implícito no nome Emanuel que esta presença de Deus. Seu emprego na profecia de Isaías e sua aplicação a Jesus por S. Mateus ensina claramente que Jesus, o Filho da Virgem Maria, era também verdadeiro Deus, gerado do Pai desde a eternidade. O caráter divino do Filho da Virgem é atestado em outra profecia de Isaías, que diz: "Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Is 9.6). Sim, os profetas unanimemente o chamam de Deus. Entre suas profecias está a de Jeremias: "Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renôvo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: O Senhor Justiça Nossa." (Jr 23.5, 6)
Dirigindo nossa atenção às páginas do Nôvo Testamento, igualmente encontraremos a divindade do Salvador afirmada clara e convincentemente. O anjo Gabriel diz a Maria: "Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo." (Lc 1.30-32) Por ocasião da Transfiguração o próprio Pai celeste testifica: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 17.5). A confissão do apóstolo Pedro soou clara e convincente: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16.16).
Vemos, pois, que o menino de Belém é de fato Emanuel-Deus conosco. Neste infante tão pequenino e fraco habita a divindade onipotente. Em sua pessoa Deus e homem estavam unidos inseparavelmente. A encarnação de Cristo é o maior milagre de todos os tempos. Tudo isso é muito claro, mas seu mistério e significado estão além do entendimento humano. S. Paulo admite: "Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória." (1 Tm 3.16)
O que a razão não pode entender, a fé aceita e nisso confia, e nesta fé e confiança encontramos a bênção que Deus dedica a nós em sua dádiva sem igual. Aqui também, podemos bem aplicar as palavras de Jesus: "Bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço." (Mt 11.6)
A grande e maravilhosa bênção que é nossa em Emanuel – Deus conosco – foi expressa da maneira mais eloqüente pelo anjo: "Não temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor." (Lc 2.10, 11) Esta bênção não exige um ambiente especial para se tornar nossa. Onde quer que estejamos, sejam quais forem as circunstâncias sob as quais nos encontremos, Deus está conosco em nosso Emanuel. Abre-lhe o teu coração e recebe-o. Amém.
ORAÇÃO. Bendito Senhor Emanuel, que por teu nome maravilhoso me tornas certo de tua vinda à forma e carne humana para te unires a mim como meu irmão, e para me salvar do pecado, agradeço-te e louvo-te por tua misericórdia e amor, que te fizeram me honrar assim e me conferir tamanho Dom imensurável. Concede-me a graça de crer humildemente o que vai além de minha compreensão, para que meu coração se possa encher com a verdadeira alegria do Natal. Comigo permanece com tua presença invisível conforme tua promessa: "Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." Eu te peço em teu nome. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Is 9.6. Um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Jr 23.5, 6. Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renôvo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA.
Lc 2.1-20. O Evangelho de Natal.
Jo 3.16. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Jo 10.10. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.
Jo 12.46. Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
Jo 17.3. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
2 Co 8.9. Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que pela sua pobreza vos tornásseis ricos.
Gl 4.4, 5. Vindo, porém a plenitude do tempo, Deus seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.
1 Tm 1.15. Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
1 Jo 4.8, 9. Deus é amor, Nisto se manifestou o amor de Deus em nós, em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.
 
DURANTE A QUARESMA
"Eis que dois varões falavam com ele, Moisés e Elias. Os quais apareceram em glória e falavam da sua partida, que ele estava para cumprir em Jerusalém." Lucas 9.30, 31.
Estimado Amigo Cristão. Já imaginaste alguma vez sobre que assunto se falará no céu?
Achamos que muitos assuntos sobre os quais falamos aqui na terra não seriam conversa adequada para lugares celestiais. Parte de nossa conversação eliminaríamos como irívola demais, parte como mesquinha demais; e parte possivelmente até como imprópria e indecente. Para os lugares celestiais exigiríamos um tema nobre e elevado. Mas que tema seria suficientemente digno?
Recordemos por instantes a cena no Monte da Transfiguração, Onde o Senhor Jesus deu a seus três discípulos, Pedro, Tiago e João, uma visão antecipada da glória celestial. Em pé diante deles, com seu rosto brilhando como o sol e sua veste branca como a luz, ladearam-no aqueles santos homens de Deus, Moisés e Elias. Enquanto os discípulos olhavam em mundo assombro, os visitantes celestiais mantinham uma conversação com o Senhor, e S. Lucas nos preservou o tópico sobre o qual discorriam, nas palavras: "E falavam da sua partida, que ele estava para cumprir em Jerusalém."
A Paixão do Salvador foi o tema elevado e nobre considerado digno para tão especial ocasião. A Paixão do Salvador e o infinito amor que o impeliu a levar sobre si o fardo esmagador de um mundo carregado de pecados é também o nobre tópico da conversação dos remidos no céu. Como poderiam eles jamais esquecer o grande sacrifício através do qual foram salvos? Como poderiam jamais cansar de falar e cantar do amor que os arrancou dos poderes das trevas e os trasladou para as mansões de Deus nas alturas?
Enquanto esperamos até sermos transportado para o alto a fim de contemplar a plenitude da glória do Salvador, podemos já gora unir-nos aos santos nas alturas proclamando o amor maravilhoso de Jesus. A Paixão de nosso Senhor e Salvador é o mais nobre tema que pode manter ocupados as mentes e os lábios dos seus remidos.
Foi a perspectiva da glória celestial, o fruto da Paixão do Salvador, que motivou S. Paulo a exclamar: "Para mim tenho por certo os sofrimentos do tempo presente não são para comprar com a glória por vir revelada em nós." (Rm 8.18)
ORAÇÃO. Ó Senhor Jesus Cristo, que deste a teus discípulos e a nós uma visão antecipada da tua glória celeste no Monte da Transfiguração, e indicaste por teu diálogo com Moisés e Elias que tua Paixão e morte são tema da mais nobre conversação, concede-me rica medida de graça para que eu possa apreciar devidamente tua Paixão em meu favor, e abrir meus lábios para que possa falar livremente a outros sobre este nobre tema. Ajuda-me a compreender que a glória celeste que tens reservada para mim no céu sobrepujará em muito qualquer sofrimento que possas pedir que eu suporte, a fim de que eu carregue meus fardos com alegria e paciência. Finalmente, quando minha jornada aqui na terra termina, leva-me à tua glória eterna, onde me unirei a todos os teus santos no louvor de teu infinito amor. Amém.
 
Outros Textos Adequados
A História da Paixão: Mt 26.17-27.66. Mc 14.12-15.47. Lc 22.7-23.56. Jo 13.1-19.42.
Êx 12.1-14. A instituição da Páscoa do Antigo Testamento.
Is 53.4,5. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Mt 16.21. Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas cousas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto, e ressuscitado no terceiro dia.
Lc 18.31. Eis que subimos para Jerusalém e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do homem.
Lc 24.26. Porventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?
Jo 1.29. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Jo 3.14, 15. E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vinha eterna.
Jo 10.11. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.
Jo 12.7, 8. Jesus, entretanto, disse: Deixa-a! que ela guarde isto para o dia em que me embalsamarem; porque os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
At 3.18, 19. Mas Deus assim cumpriu o que dantes anunciara por boca de todos os profetas que o seu Cristo havia de padecer. Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados.
Rm 4.25. Jesus nosso Senhor foi entregue por causa das nossas transgressões.
Rm 5.8, 9. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
Rm 8.31, 32 Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as cousas?
2 Co 5.15. Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
2 Co 5.21. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fossemos feitos justiça de Deus.
Gl 3.13. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro.
Gl 6.14. Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo.
Fp 2.8. A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz.
Hb 10.14. Com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.
Hb 12.2. Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignorância, e está assentado à destra do trono de Deus.
1 Jo 1.7. O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
Ap 5.9. Foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.
 
NA PÁSCOA 
"Eu sei que o meu Redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros." Jó 19.25-27.
Um dos mais apreciados hinos de Páscoa é: "Sei que Vive o Redentor", de Samuel Medley. Surpreendentemente, o tema para este hino maravilhoso não foi tirado das narrativas da ressurreição de Jesus, nos evangelhos do Novo Testamento, mas a inspiração para seus versos veio de uma antiga expressão de fé do Antigo Testamento.
Cerca de 1.900 anos antes que Jesus veio em carne, Jó tinha confessado sua fé no Redentor vivo.
Mas se a época em que esta confissão foi feita é surpreendente, as circunstâncias em que o foi tanto mais o são. Já estava sofrendo tremendamente então. Golpe após golpe se abatia sobre ele. Tinha perdido sua considerável propriedade. Uma tempestade lhe tinha roubado seus filhos. Tinha perdido a saúde, e finalmente seus amigos passaram a criticá-lo acerbamente. Nada mais restava das muitas bênçãos terrenas que possuira. Indigente e miserável, meditava no seu fim. Confrontava a perspectiva da corrupção na cova. Ma ele não se detém por muito neste prospecto sombrio. Olha além do túmulo, e lá contempla o destino mais elevado daqueles que se apegam a Deus em fé e confiança, mesmo que não possam compreender os caminhos de Deus.
E assim o homem de Deus destituído de tudo e abatido faz uma declaração de fé no Redentor que deu nova vida aos espíritos e aqueceu os corações de inumeráveis filhos de Deus por trinta e oito séculos, e que inspirou muitos poetas a compor hinos a este Redentor.
Os antigos israelitas imaginaram um redentor como alguém que toma a si a causa deles para corrigir um erro ou vingar sua honra. Mas Jó não está pensando de um redentor comum que poderia preservar sua honra entre os homem, mas o Redentor de sua confissão é o Eterno, que por fim no Último Dia, se levantará sobre a terra. Reconhece este Redentor como o Messias, que defenderia sua causa no céu. Por intermédio da fé vê a vitória do seu Redentor sobre a morte.
Aquilo que o Antigo Testamento profetizara, o Novo Testamento cumpriu. O Redentor de Jó não é nenhum outro que Jesus Cristo, o Senhor eterno, que venceu a morte e ressurgiu triunfalmente do sepulcro na manhã de Páscoa. Nenhum fato na história sacra ou secular é mais comprovado que a ressurreição de Jesus, e confirma a convicção de Jó quando ele diz: "EU SEI".
Esta confiança de Jó é algo bem pessoal e prático, pois diz, "Eu sei" e o denomina "Meu Redentor". Para ele não era o fato frio do inteleto, mas uma fé viva e operante.
Essa inspirada confissão não vê apenas a vitória do Redentor sobre a morte, mas a vitória inclui o aflito Jó e todos os outros crentes igualmente. A perspectiva certa da morte e do túmulo ele enfrenta com a perspectiva igualmente segura da vida e bem-aventurança do além túmulo. Assim como o Redentor triunfou sobre a morte quando esta se apossou dele, assim também nós triunfaremos sobre a morte quando ela se apossar de nós. Assim como Cristo reapareceu depois de sua morte em seu próprio corpo, assim reapareceremos em nossos próprios corpos. "Em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros."
"Verei a Deus", confessa Jó. Ver a Deus é conhecê-lo. Na ressurreição a imagem de Deus em que o homem foi criado e que inclui conhecimento de Deus, será restaurada. - 100 -
Então todas as perguntas que nos perturbam agora serão respondidas. Então também compreenderemos a sabedoria de Deus ao nos enviar as provas e aflições, e iremos louvá-lo porque faz tudo bem. Nesta fé, a morte perde seu aguilhão. Nesta fé, nossos túmulos não mais sepultam nossas esperanças, mas se tornam seara de Deus, onde a semente preciosa é semeada para a vida eterna.
ORAÇÃO. Ó tu vitorioso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que por tua triunfante ressurreição do túmulo proclamaste tua vitória sobre a morte, agradecemos e louvamos-te por compartilhares tua glória vitoriosa conosco.
Confiadamente nos asseguras: "Porque eu vivo, vós também vivereis." Concede-nos fé firme e inabalável na certeza da nossa ressurreição, a qual Jó possuía em seus dias. Mantém-nos constantes nesta fé por teu Espírito Santo para que alcancemos o fim da nossa fé, a saber, a salvação das nossas almas, e contigo estejamos eternamente e contemplemos tua glória, ó tu Senhor ressuscitado. Amém.
 
Outros Textos Adequados
Sl 17.15. Quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança.
Is 25.8. Tragará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos.
Mt 28.1-10. As mulheres junto ao sepulcro.
Mc 16.1-8. A ressurreição de nosso Senhor.
Lc 24.1-9. A ressurreição de nosso Senhor.
Lc 24.13.-35. Os discípulos no caminho de Emaús.
Jo 6.40. De fato a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Jo 14.19. Porque eu vivo, vós também vivereis.
Jo 20.11-18. Maria e o Senhor ressuscitado.
Rm 4.24, 25. Jesus nosso Senhor, foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou por causa da nossa justificação.
1 Co 6.14. Deus ressuscitou ao Senhor e também nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
1 Co 15.55-57. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, o morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.
Cl 3.1, 2. Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as cousas lá do alto, onde Cristo vive, assentando à direita de Deus. Pensai nas cousas lá do alto, não nas que são aqui da terra.
2 Tm 1.10. Nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho.
Hb 13.20, 21. Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém.
Ap 1.17, 18. Não temas: eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno.

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EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA DE PÁSCOA LITURGIA DE TRANSFIGURAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCAS P. GRAFFUNDER LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPADO PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR KLEMANN VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12