M e n s a g e n s
1 – Getsêmani
Mensagem: Voluntariedade de Jesus
Sabendo Jesus tudo o que estava por acontecer, disse a seus discípulos: "É chegada a hora. O Filho do homem será entregue para ser crucificado" (Mt 26.2).
Voluntária e conscientemente Jesus tomou sobre si nossas enfermidades e as nossas dores "(Is 53.4).
Ele disse: "O SENHOR Deus me deu entendimento, e eu não me revoltei, nem fugi dele. Ofereci as minhas costas aos que me batiam "(Is 50.5,6).
Ao entrar no jardim do Getsêmani, Jesus disse a seus discípulos: "A minha alma está profundamente triste até a morte."
Ele sentiu o peso dos pecados da humanidade. Na sua angústia voltou-se ao Pai em oração. "Pai, se possível passa de mim este cálice."
Que sofrimento, que angústia. Jesus orou três vezes. "Seu suor tornou-se como gotas de sangue "(Lc 23.22).. Foi necessário um anjo vir para animá-lo.
Ali estava o nosso substituto. Os apóstolos destacam em suas cartas a causa deste sofrimentos, a saber: nossos pecados; e o proveito deste sofrimento, nossa salvação.
Agora, consolados, pedimos a Deus que nos conceda ouvidos para ouvirmos a voz do Pai e confiar.
Desta fé brotam os frutos, a nova obediência, ainda cheia de fraquezas e imperfeita, mas são os testemunhos da nova vida que começou, como herdeiros dos céus. Vigiemos, orando para não cairmos em tentações e sermos fiéis até ao fim. Amém.
2 - Jesus diante de Caifás
Mensagem - Blasfemou.
Jesus foi levado preso para o palácio do sumo sacerdote Caifás. Este, era a maior autoridade religiosa em Israel. O sumo sacerdote, cargo instituído por Deus no Antigo Testamento, era uma figura de Cristo.
Ele deveria zelar pelo cumprimento da lei, sacrificar pelos pecados do povo e interceder pelo povo. Tudo isto apontava para o sofrimento de Jesus.
Mas, o sumo-sacerdote, estava mais interessado em sua honra pessoal em questões políticas, do que no fiel cumprimento do seu sacerdócio.
Ele deveria ter sido o primeiro a reconhecer em Jesus o Salvador e confessar como o apóstolo Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus" (Mt 16.16).
Mas o sumo sacerdote era cego em coisas espirituais, como ainda hoje muitas pessoas, inclusive lideres religiosos.
Por inveja, procurou condenar a Jesus. Não encontrando provas, sentindo a santidade de Jesus, perguntou: "És tu, o Filho de Deus." E Jesus responde: "Tu o disseste. Eu o sou." Então o sumo sacerdote rasgou suas vestes e exclama: "Blasfemou, é réu de morte."
O tribunal da igreja, que representa a Deus, condenou Jesus, nosso substituto, por blasfema.
Este é nosso pecado; mas, o verdadeiro sumo sacerdote, Jesus, cumpriu a lei, sacrificou-se por nós e intercede pelos fiéis junto ao Pai.
E quem nele crer, é perdoado e recebe a adoção de Filho de Deus. Que maravilha! Amém.
3 - Jesus diante Pilatos
Mensagem: És tu rei?
Na sexta-feira santa, Jesus foi levado cedo para o governador romano, Pilatos, a autoridade civil. Os fariseus queriam dele a ordem para poderem crucificar a Jesus.
Pilatos deve julgar retamente e com justiça. Ele deve buscar a verdade, punir o malfeitor e defender o indefeso.
Ele pergunta: Qual a acusação? Blasfêmia, pelo que os fariseus o condenaram, não vale diante do tribunal civil. Ele é malfeitor. Ele se diz rei!
A autoridade civil, instituída por Deus, que representa a Deus, julga o Filho de Deus. Em lugar de buscar a verdade, busca seus próprios interesses políticos.
A multidão grita: "Crucifica-o!" Pilatos, mesmo convencido da inocência de Jesus, manda açoitá-lo. Apresenta-o ao povo, procurando comover a multidão à compaixão... Em vão!
A multidão grita: "Crucifica-o, crucifica-o". Como somos semelhantes a Pilatos. Quantas vezes temos colocado nossos interesses acima da vontade de Deus, a quem devemos temer e amar sobre tudo?
Pelos gritos da multidão, vem à tona toda a inimizade do coração humano, do nosso coração contra Deus. Jesus sofre calado. Ele é rei. O seu reino não é deste mundo.
Quem der ouvidos à voz de Deus e confiar na graça de Cristo, torna-se membro do reino de Deus, mesmo andando aqui na terra sob a cruz, em breve verá e desfrutará a glória de Cristo, quando ele vier julgar vivos e mortos. Amém.
4 - A Via Dolorosa
Mensagem: Chorai sobre vós.
Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. A multidão gritava freneticamente: Crucifica-o! Crucifica-o! Pouco depois, eram mais ou menos 9h da manhã, via-se um cortejo pelas ruas da cidade em direção ao Gólgota.
Um guarda de patente do exército romano abrindo caminho, seguido por Jesus. Após, Simão de Cirene que carregava a cruz e a multidão de curiosos e zombadores.
Em meio à multidão um grupo de mulheres que chorava e se lamentava em alta voz. Eram lágrimas de protesto, de contestação e de compaixão.
De repente Jesus pára, volta-se para as mulheres e lhes diz: "Filhas de Jerusalém, não choreis por mim, chorai por vós e vossos filhos."
Estas mulheres não viam a verdadeira causa do sofrimento de Jesus. A causa não era a cegueira dos fariseus, a injustiça dos romanos, a ingratidão do povo, mas os pecados da humanidade, os teus e os meus.
Jesus quer que cada um reconheça, à luz dos mandamentos de Deus, sua culpa e o fato de Jesus estar carregando culpa alheia.
Jesus disse ainda: " Porque, se em lenho verde fazem isto, que será no lenho seco?," isto é, se Deus derrama tão grande ira sobre o seu amado Filho por causa dos nossos pecados, o que será dos pecadores que além dos pecados rejeitam tão grande amor de Deus.
"Pois Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões. E nos confiou a palavra da reconciliação, deixai-vos reconciliar com Deus.” ( 2 Co 5.19,20).
Que Deus Espírito Santo abra nossos olhos, para vivermos diante de Deus em verdadeiro arrependimento e fé, proclamando corajosamente o seu amor ao mundo. Amém.
5 A CRUZ
Mensagem: "Deus meu, Deus meu porque me desamparaste".
Quão profundo é o mistério da humilhação de Cristo? Ao meio dia o sol se escureceu. A natureza encobre o seu rosto diante dos sofrimento de seu Criador.
Era a hora da mais profunda dor. Para que soubéssemos o que estava acontecendo nestas horas, Jesus exclamou: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste." Deus por Deus desamparado, quem o compreenderá”, exclamou Lutero.
O apóstolo Pedro escreve: "Carregou ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro os nossos pecados, para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça, por suas chagas fostes sarados"(1 Pe 2.14). "Fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar"(Gl 3.13).
Incrível! Ali o Filho de Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sofre por nós.
Se Jesus sofresse somente como homem, não teríamos salvação, mas ali Deus sofre por nós. “Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo.”
Agora, ninguém pode dizer: - por mais que sofra - fui abandonado por Deus. Não! Agora há perdão, vida e eterna salvação para todo aquele que se arrepende e crê em Cristo. Louvado seja Deus.
Mas, se alguém rejeitar este amor, será eternamente rejeitado por Deus e lançado ao inferno. Que Deus nos guarde de tal e nos firme na fé para levarmos uma vida com Deus neste mundo e na eternidade. Amém.
6 Ao pé da cruz
Mensagem: "Verdadeiramente este é o filho de Deus."
Ao pé da cruz está o centurião romano. Homem endurecido pelo tempo, acostumado a fazer sofrer e matar. Ele comandou mais esta crucificação e acompanhou tudo detalhadamente, ao pé da cruz. Ao ver a morte de Jesus, estremece.
O Espírito Santo abriu seus olhos. Ele reconhece que o homem, que ele crucificou, era o verdadeiro filho de Deus e exclamou: "Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus" (Lc 23.48).
Que confissão! À sua volta, muitos chegaram à mesma conclusão. Batiam no peito e se lamentavam. Ele reconheceu seu crime: crucifiquei o Filho de Deus, mas não desesperou, pois reconheceu que Jesus era também o seu Salvador.
Graças a Deus, ele morreu também por mim. Que consolo! Sua morte lhe trouxe vida, e vida eterna. Glória a Deus. Bem-aventurado quem confessa e crer assim. Amém.
7 O véu no templo
Mensagem: "O véu do templo se rasgou de alto a baixo."
Quando Jesus morreu na cruz. O filho de Deus entrou voluntariamente na morte para vencer a morte. Sua alma se separou do corpo, mas sua natureza divina permaneceu unida ao corpo e à alma. "Eu dou a minha vida para a reassumir” (Jo 10.17). Quando Jesus faleceu, coisas impressionantes aconteceram.
A terra tremeu. Sepulturas de fiéis se abriram. Mortos foram vivificados.
Mas o acontecimento mais impressionante, aconteceu no templo. A cortina, que separavam o santíssimo do santo, rasgou-se de alto a baixo.
No santíssimo ninguém poderia entrar, sem que morresse. Só uma vez ao ano, o sumo-sacerdote poderia abrir a cortina e aspergir um pouco de sangue do sacrifício sobre a arca, para a reconciliação da humanidade com Deus.
Agora, que Jesus derramou seu sangue, uma vez por todas, toda a humanidade estava reconciliado com Deus.
E todo o que crê tem , agora, livre acesso a Deus. Por isso podemos cantar: (HINO 231 HL Estrofe 1): Louvor e glória ao grande Deus! De graça e por bondade, do mal liberta os crentes seus por toda a eternidade. Em nós o Pai do céu se apraz. Agora reina santa paz, cessou a adversidade. Aleluia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário