“Creio... donde há de vir a julgar os vivos e os mortos”.
Estamos num mundo de constantes e profundas mudanças. Numa época assim, também estamos diante de grandes expectativas e de fortes preocupações quando fazemos perguntas como estas: O que nos espera no futuro? O que os próximos tempos nos reservam? Que mudanças tecnológicas serão promovidas nos próximos tempos? Qual será a realidade ou o quadro da política internacional na próxima década? Estaremos vivendo numa era de viagens interplanetárias? Outras tantas indagações fervilham em nossa mente.
Esta questão se torna mais dramática, incisiva e pungente quando as perguntas se tornam pessoais, como estas: O que está reservado para o meu futuro, para minha educação, para a minha profissão, para os meus negócios, para a minha saúde, para o meu casamento, para a minha família e meus descendentes?
Só Deus sabe a resposta para muitas destas indagações. Para nós muitas delas sempre permanecerão uma incógnita. Muitas incertezas permanecerão.
Uma coisa é certa! É esta: O Senhor Jesus Cristo voltará visivelmente para “julgar os vivos e os mortos”. É a segunda vinda de Jesus. Será o dia do grande julgamento final.
Há muitos cristãos que, em suas pregações e ensinos, enfatizam o retorno de Cristo para o julgamento em detrimento de outras doutrinas básicas da graça salvadora. Isto é feito especialmente por aqueles que pertencem às seitas que se baseiam mais nas emoções do que na fé. e são muito legalistas. Acentuam demasiadamente a doutrina do retorno de Cristo para o julgamento e negligenciam, às vezes, o ensino de outros ensinamentos fundamentais da Bíblia. Fazem isto de tal maneira que fica a impressão de que o retorno de Cristo é o fundamento básico da fé cristã. As mensagens deles estão eivadas de legalismo que incutem medo e horror nos ouvintes.
Há outros cristãos que não dão a devida importância ou subestimam a segunda vinda do Senhor para o julgamento. Vivem como se esta fato nunca irá acontecer e que a doutrina do retorno de Cristo para o julgamento não faz parte da fé cristã.
Nenhum destes dois extremos é correto. Pois, o Senhor voltará no último dia, é o que os anjos afirmam no dia da ascensão do Senhor Jesus Cristo: “Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o vistes subir”. (At 1.11). Este é um fato inegável na Palavra de Deus. E é um assunto sério e importante da fé cristã.
Esta verdade tem implicações práticas na vida dos cristãos. Em primeiro lugar, dá a resposta às incertezas e mentiras deste mundo. Acalma e tranqüiliza diante das indagações angustiantes quanto ao futuro. Aniquila a desilusão fomentada pela mentira de que com a morte tudo acaba. Anima com a promessa de uma reunião face-a-face com o Senhor Jesus, que nos amou, redimiu e nos fez Sua propriedade. Esta é a realidade dos que vivem como filhos de Deus, firmados na fé no Salvador Jesus Cristo.
Vivendo nesta perspectiva, olharemos tudo de modo diferente. Nossa escala de valores começa a ser subordinada a este grande encontro com o Senhor. Começamos a nos erguer, com a graça de Deus, e viver acima dos aspectos puramente mundanos e materialistas em nossa existência. Desfrutamos nossos prazeres, nossas posses e nossas realizações com equilíbrio, moderação e com entendimento espiritual. Por que? Porque sabemos a quem pertencemos e a quem prestaremos contas.
A certeza do retorno de Cristo deve instalar um sentimento de urgência em nossa vida aqui na terra. Se somos pessoas que amam o Senhor e vivem responsavelmente, sabendo que nossas vidas serão expostas diante do Senhor que nos irá julgar, então viveremos cada momento, atacando cada problema existencial e enfrentando cada desafio como se fosse a última oportunidade de servir ao Senhor.
Sigamos, pois, com alegria e gratidão ao Senhor que nos redimiu. Olhemos firmemente para o alvo, sabendo que o Senhor Jesus Cristo, que sacrificou sua vida para pagar a nossa culpa diante do Pai e nos dá a vida eterna gratuitamente, nos aguarda de braços abertos. Ele, que criará “novos céus e nova terra” (Ap 21.1), receberá todos aqueles que Nele creram para recolhê-los ao eterno lar divino. Amém.
Oração
Querido Pai eterno, que nos amas muito e nos deste teu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador, dá-nos a graça de crermos firmemente em tudo o que dizes e prometes em Tua Santa Palavra. Dá-nos também a graça da presença constante do Espírito Santo para que ele nos capacite a pensarmos nas coisas eternas. Guia-nos para que andemos em teus caminhos e vivamos uma vida agradável a Ti. Quando Jesus vier para o julgamento final, recebe-nos, por graça, e nos faz habitar contigo no lar eterno preparado para os teus filhos. Por amor de Jesus. Amém.
Questões para debate
a) O profeta Daniel escreve: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e horror eterno” (Dn 12.2).
Por que alguns ressuscitarão para vida eterna? Por que outros vão ressuscitar para a vergonha e horror eterno? Será porque alguns são melhores do que os outros e, por isto, merecem o céu? (Consulte: Rm 3.28).
b) “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por
meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando dentre
os mortos” (At 17.31). Quando acontecerá este dia? Algum ser humano sabe
quando esse dia acontecerá? O que você pode dizer a respeito de datas que
algumas seitas já estabeleceram para a volta de Cristo? (Veja: Mt 24.36).
c) Como os cristãos aguardam o dia do retorno de Cristo para o grande
julgamento? Qual deve ser a marca da vida dos cristãos que estão aguardando a
segunda vinda do Senhor?
d) Que sinais precederão a vinda do Senhor e que cuidados devemos ter nestes tempos do fim, de acordo com Mc 13.3-23?
Medo ou alegria? Dúvidas ou certeza?
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