“Eu vivo, vós também vivereis” Jo 14.19
Páscoa é uma festa da grande vitória de Cristo! Neste dia ouvem-se cânticos de alegria, cânticos de vitória, após o período de silêncio e de meditação da quaresma. “Ressurgiu Jesus Senhor, anjos e homens com fervor, Erguem seu triunfo aos céus, aclamando ao nosso Deus! Aleluia!” Os cristãos do primeiro século tinham por costume usar no domingo da Páscoa a saudação: “O Senhor Ressuscitou!” ao que o outro respondia: “Ressuscitou verdadeiramente!” Seus semblantes irradiavam alegria!. O Senhor Jesus ressuscitou!
No entanto dois dias antes, na sexta-feira Santa, o sol havia perdido o seu brilho. Durante três horas, em pleno dia, o sol deixou de brilhar. Na vida dos discípulos de Jesus tudo era trevas também. As mulheres choravam, os discípulos andavam fugitivos e escondidos, assustados com tudo o que havia acontecido. Sim, uma sexta-feira Santa sem Páscoa seria o mais triste dos acontecimentos que podemos imaginar. Porque lá naquela cruz não morreu só um homem; não morreu só um mestre de sabedoria, cujos ensinamentos alguém outro poderia continuar, não morreu só um bom Pastor: quem ali morreu foi aquele que prometera salvar o mundo, o Cristo, o Filho de Deus! Tal fato fez com que os discípulos estivessem tão abatidos: o Salvador estava morto. Eles tinham posto tanta esperança nesse Jesus; mas agora todas as suas esperanças estavam naquele túmulo, junto com o corpo de Cristo. Parecia tudo perdido, tudo terminado. A obra da salvação, tão bem começada e tão ansiada, continua sem estar cumprida. Tudo fracassou. Pecados, morte, Satanás, aparentemente eram vencedores. Por isso sem ressurreição seria o fim. Se Jesus ficar na sepultura, este será também o nosso destino; permanecermos mortos em nossos pecados. As horas arrastavam-se lentamente naquele dia de sábado de Aleluia. Diante da sepultura os soldados montavam guarda. A noite parecia não ter fim. Tudo iria ficar como estava? Sem Salvador? Sem esperança? O mundo perdido continuaria perdido para sempre? No horizonte começava há raiar o dia, o primeiro dia da semana; e aí se deu o milagre arrebatador: as rochas estremeceram, Jesus levantou-se da sepultura escura e do pó da terra. Agora se cumpriu a sua palavra: Eu vivo, e vós também vivereis!.
Certo cristão disse uma vez: Páscoa é o amém de Deus e a Aleluia dos homens. É o Amém porque Deus aceitou o resgate de Jesus; estavam pagos os pecados, vencida a morte, redimido o mundo. E é a Aleluia dos homens, porque é uma mensagem tão maravilhosa, que todos somos obrigados a romper em gratidão e alegrias cantando Aleluias ao nosso Deus! Jesus, meu Salvador, Vive!.
Assim como Jesus guiou e abençoou os seus discípulos naqueles dias, e mostrou-se vivo a eles no domingo da Páscoa, assim ele quer nos guiar e abençoar com a mensagem: “Eu vivo, tu também viverás!” Podes desejar algo de maior valor? Os teus pecados não podem mais te acusar: Cristo vive! Os cuidados desta vida não te atormentam mais: Cristo vive! Medo, dúvidas, temor e tremor não podem mais te assustar: Cristo vive! Jesus está ao teu lado e diz: “No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33) e “eu vivo”. Assim Jesus te ajuda, dando-te força, esperança e vitória! Com esta perspectiva somos obrigados a nos tornar gente feliz, e não ficar mais tristes, pois Jesus tirou o poder da morte e trouxe à luz para nossas vidas.
A abundância de vida que ele trouxe também existe para cada um de nós. Não precisamos mais peregrinar sozinhos e no escuro por este vasto mundo, mas temos a companhia e a direção de Jesus, que nos conduz em sua luz. Páscoa não só nos traz um Salvador vivo, mas nos traz também uma viva esperança! Jesus não diz somente: “Eu vivo”, mas “E vós também vivereis”. Vida: que coisa maravilhosa neste mundo, onde a morte domina tudo e onde tudo é tão passageiro. Vemos Maria ao pé do sepulcro chorando na manhã da Páscoa, pois não sabia ainda que Jesus havia ressuscitado. Assim vemos muitos junto ao túmulo de nosso querido: nosso pai, marido, esposa, filhos, - vertendo lágrimas amarga. A jornada de nossa vida nos leva de túmulo em túmulo, até que nós mesmos terminemos num deles. E o que acontecerá depois? Tratando-se de uma eternidade, sem fim, nós de modo nenhum podemos ficar despreocupados e indiferentes e contentar-nos com uma resposta qualquer. Agarrar-se em algo incerto? Não! Precisamos ter certeza de nosso futuro após a morte. E onde encontramos esta certeza? No túmulo vazio de Cristo. Amem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário