Mensagem
Texto: Rm 6.1-11.
Tema: A graça de Cristo nos concede uma nova vida.
Introdução
Nesta época do ano, quando estamos próximos de mais um Natal, onde comemoramos o nascimento de Cristo, temos vários motivos para agradecer a Deus por ter vindo ao mundo a fim de nos dar a Salvação exclusivamente por sua graça. Graça esta que deve surtir em nós não um acomodamento, mas sim deve surtir em nós uma nova vida em Cristo.
Infelizmente, neste mundo ainda encontramos pessoas que pensam de forma contraria, e procuram se aliviar através dos seguintes questionamentos:
Por acaso tenho eu algum motivo para viver uma vida reta? Por qual razão devo evitar o pecado? Pois todos nós bem o sabemos que Cristo perdoa nossos pecados, e se nós não estamos mais sob a lei, por que não continuar pecando? Continuemos a pecar e Jesus Cristo continuará a nos perdoar, pois Ele sempre o faz, não é?
1.Ela nos liberta do poder pecado
De modo algum, Paulo em nossa passagem de Rm 6.1-11, no versículo 2, nos responde: “Como viveremos ainda no pecado, nós que para ele morremos”. Tal idéia é totalmente inconcebível a nós cristãos. Cristo morreu a fim de nos perdoar e nos libertar do poder do pecado, e seu perdão tem o propósito de fazer com que odiemos a todo e qualquer tipo de pecado. Paulo também adverte no decorrer do texto de que quem pratica estas coisas, está totalmente enganado, pois todos nós pelo batismo morremos para o pecado, nascendo assim para Cristo, e se morremos para o pecado nascendo para Cristo, devemos viver uma vida de acordo como Ele espera de nós. Não devemos simplesmente crer numa “graça barata”, ou seja, achar que a graça de Deus é algo sem valor, algo que tem pouca importância em nossa vida, pois a alma é o que de mais importante nós temos.
Em nossos dias vemos muitas pessoas, inclusive até luteranas, que não dão a mínima para o seu cristianismo, para elas ser cristão é apenas uma questão de hábito, freqüentam os cultos duas ou três vezes ao ano por mera rotina, e então continuam a viver a sua vida de pecado e não se dão conta da preciosidade da graça de Deus. Estes desprezam a real mudança de vida que só a poderosa graça de Cristo oferece.
Todos nós devemos ter em mente de que a graça de Cristo nos foi dada através do precioso sangue de Cristo, ou seja, foi pago um preço muito alto por ela. Este Cristo do qual comemoramos seu nascimento no dia 25 de Dezembro, se humilhou a nascer em uma estrebaria, foi preso injustamente, morreu em uma cruz com a finalidade de nos dar a salvação por sua graça e seu imenso amor por nós. Portanto é preciso que: vivamos uma vida nova em Cristo, procurando ao máximo evitar o pecado.
Em nossa passagem bíblica podemos compreender o absurdo da suposição de que os cristãos poderiam viver em pecado, tal idéia é repelida quando o apóstolo expressa a rejeição desta suposição em forma de pergunta no versículo 02, dizendo, “Já morremos para o pecado, então como podemos continuar vivendo nele?”. O morrer para o pecado significa evitar a prática do pecado, pois pela graça de Cristo, nos tornamos novas criaturas. Pecado e graça jamais combinam, a partir do momento em que a graça de Jesus Cristo entra em contato com um pecador, este deve deixar de lado as suas praticas carnais e voltar-se para o seu salvador que é Cristo. Não podemos ser servos de Cristo e do pecado ao mesmo tempo. Um Cristão não pode praticar más ações tais como: Furtar alguma coisa de alguém, faltar deliberadamente nos Cultos, trair sua esposa, etc... e ao mesmo tempo ser um servo de Cristo.
Felizmente Jesus nos dá forças para resistirmos às tentações do pecado; pela leitura de sua palavra e pela oração Jesus Cristo nos liberta dos pecados e por sua graça nos convida a vivermos uma nova vida.
2. Ela nos impulsiona a produzirmos boas obras.
Uma vida nova em Cristo também nos motiva a praticarmos boas obras, pois uma árvore que não produz frutos esta pronta para ser cortada, não serve mais para nada. Vamos dar um exemplo (talvez alguns já o conheçam): Digamos que em uma plantação de laranjeiras, certo produtor possui em meio a muitos outros pés de laranja produtivos, um pé de laranja que não produz frutos, no primeiro ano em que este deveria produzir, nada aconteceu, enquanto que os outros da mesma plantação já possuíam alguns frutos; pensou consigo o agricultor: “Esta laranjeira é muito nova, ainda vai produzir muitos frutos”. No ano seguinte o pé de laranja improdutivo até chegou a carregar de flores, mas estas caíram, e alguns dos frutos que vingaram estes adoeceram não chegando a produzir. Depois de alguns anos de frustrações, então veio o agricultor e cortou fora o pé de laranja improdutivo. Assim também é o cristão que não produz obras, pois os frutos da fé são as obras, uma árvore pode demonstrar que é boa através de seus frutos, se não produz esta sujeita a ser cortada, como foi o caso da laranjeira, em resultado à graça de Deus o cristão deve produzir frutos. Um cristão pode demonstrar seus frutos de várias formas, tais como: Nos cultos, nas ofertas, na missão, no serviço social aos necessitados, na educação e em muitos outros lugares, tudo isto em resposta a graça e o amor de Deus.
O verdadeiro cristão, em sua vida diária deve produzir os frutos do espírito, pois o cristão realmente deve viver diferente do mundo que o cerca, do qual se encontra corrompido pelo pecado. Se o cristão em sua vida der mais atenção as coisas deste mundo, ele pode vir a praticar o pecado, que é próprio do mundo, correndo o risco de esfriar-se na fé. Mudança de vida e arrependimento verdadeiro, implica no cristão abandonar todas as suas praticas pecaminosas e realmente demonstrar em sua vida os frutos do espírito, que são: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
A salvação do ser humano através da graça mediante a fé, muitas vezes o leva a acomodar-se em suas práticas de boas obras, muitos chegam até a dizer: “Eu tenho fé e sou salvo pela graça, somente isto me basta”. Novamente estas pessoas caem num tremendo erro, sobre isto Tiago em sua epístola no cap. 2 vers. 18, de forma bem clara nos adverte: “Mas alguém dirá: Tu tens fé e eu tenho obras; mostre-me a tua fé sem as obras e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé”.
A própria graça de Cristo que nos concede uma nova vida, esta nos leva não só a deixar o pecado, mas também nos constrange a praticar boas obras e nos leva a ajudar um irmão necessitado, sendo nós motivados pelo amor, e não como fazem e pensam muitas pessoas ao praticarem boas obras, achando que quanto mais obras fazem, mais perto estarão de Deus. É em virtude de já estarmos sobre a graça que realizamos as boas obras, porque o amor de Cristo nos leva a realizar esta tarefa. Nós não precisamos realizar obras com o objetivo de alcançar a salvação, pois esta, certamente já a possuímos mediante a infinita graça de Deus.
Conclusão
Que Deus em sua sublime misericórdia nos dê forças para nos mantermos firmes na fé, fazendo uso do maravilhoso privilégio de sermos seus servos aqui na terra, e que neste mês do nascimento de Cristo, reflitamos a respeito de todas as nossas atitudes e peçamos que a cada dia Deus nos conceda uma nova vida em Cristo. Amém.