UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL- ULBRA
Disciplina: Seminário Livre
Professor: Dr. Vilson Scholz
Aluno: Ailton Lucas Krauzer
Data: 01-09-01
O Batismo conforme o Novo Testamento ( Dr. Donaldo Schuler )
O batismo infantil é visto como um problema entre muitos cristãos. Porque isso acontece? A justificativa que se dá, como por exemplo, na explicação de Karl Barth, é que crianças não podem crer, a fé deve anteceder o batismo etc. Em resumo, parece estar querendo dizer que não se pode crer na eficácia do batismo sem a participação do homem.
Os que não defendem o batismo infantil, insistem em tomar o batismo de Cristo como exemplo. Se é possível ou não, Donaldo Schuler explica muito bem. Segundo ele, o Novo Testamento nunca apresenta o batismo de Cristo como exemplo a ser seguido, nada autoriza essa exemplificação. Se considerarmos o batismo de Cristo ou de (adultos) como exemplo único, então os próprios textos se voltarão contra nós, e nos proibirão de sermos batizados, tanto crianças como adultos, pois em nenhum texto é dito diretamente: batizai crianças ou cristãos, e sim gentios, judeus, gregos etc. Sendo assim, como podem, filhos de pais cristãos serem batizados?
Uma outra colocação do autor, que julgo ser muito interessante, é quando ele tenta explicar dois quadros batismais: a de João Batista e a de Cristo. Ele coloca o batismo de João apenas como uma introdução ao batismo de Cristo. Para ele, o verdadeiro sentido do batismo, vai muito além de um batismo de arrependimento. A essência se dá a partir do batismo de Cristo e do cumprimento messiânico. Essa idéia nos ajuda a compreender a analogia do batismo em relação a morte e a ressurreição de Cristo e a descida do Espírito Santo no pentecóstio. Nos faz entender a explicação do Martinho Lutero sobre o afogar do velho homem, o lavar do pecados e o nascer de novo através do Espírito Santo.
A relação que o autor faz do batismo com fogo e o juízo, também é muito interessante, más fica difícil de ser compreendido, pois sabemos que a verdadeira essência do batismo se dá mediante a palavra e o Espírito Santo e não com fogo. A imprecão que se dá, é que ambos estão ligados e podem ter o mesmo significado, como está escrito em atos dos apóstolos: “ E apareceram distribuídas entre eles, linguas como de fogo”... (At. 2,3). Segundo o autor, nós vivemos no domínio do Espírito e marchamos em direcao ao fogo, uma realidade que ainda aguardamos. Provavelmente ele esta se referindo ao grande julgamento o juízo final, a segunda vinda de Cristo e a ressurreição onde todos salvos em Cristo serão transformados.
O texto nos faz entender o valor imenso que tem o batismo para a humanidade. E vai muito além do que simplesmente um batismo de arrependimento. Ele nos leva a refletir e enxerga o batismo não como algo que somente fortalece a fé do indivíduo, mas que cria a fé, que lava-o dos pecados e transporta-o para uma nova vida em Cristo, com garantia da ressurreição e vida eterna nos céus.
O batismo infantil é um tesouro compreensível para muitos, mas infelismente, incompreensível também para muitos. O autor teve a felicidade de explicar e tornar mais claro o assunto. E isso ele conseguiu fazendo-o de forma evangélica, colocando o batismo como um meio da graça que está fora de nós, más, que é oferecido a todos, crianças, jovens e adultos, sem distinção de raças, povos e línguas.
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