Hoje podemos ver tudo acontecendo, no exato momento, até mesmo a morte. Qualquer hora dessas, os da telinha irão assistir a morte de um "brother", descrita em rima e prosa na filosofia de Pedro Bial. Alguém duvida? Na última segunda-feira um fotógrafo de jornal captou imagens de um raio fulminando uma banhista no litoral paulista. É de arrepiar - para quem ainda fica arrepiado - mas isso dá ibope, é o espetáculo da morte. Nada diferente das arenas nos tempos romanos, quando o público pagava ingresso para assistir pessoas se dilacerando e gente devorada por leões. Nos acomodamos na poltrona para ver, em alta definição, a morte nos crimes, tragédias, guerras, chacinas em presídios, acidentes, enchentes, incêndios. E também o Big-Brother - outro tipo de morte.
O lamentável nisso tudo é acostumar-se, ficar insensível, apático. É comer lagosta e caviar, menosprezando a desgraça alheia. É queimar "kilowates" de dinheiro público das escolas, colocando em risco a vida de crianças. É corromper-se pelo amor ao dinheiro, no vício da cobiça, trucidando o futuro juvenil. Precisamos de uma saída, de um caminho que nos conduza para longe disso. "Não vivam como vivem as pessoas deste mundo", já dizia o autor de uma carta bíblica. Naquele tempo, o mundo não era diferente: "Perversidade, maldade, ganância, vícios, ciúmes, crimes de morte, brigas, mentiras e malícia" (Romanos 1.29). Como sair disto? "Deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele" (12.2). Neste capítulo 12, o apóstolo descreve o jeito de uma vida que é vida, e termina com chave de ouro: "Não deixem que o mal vença vocês, mas vençam o mal com o bem" (12.21). Esta é a saída, vencer a morte com a vida. Um caminho impossível se não fosse outro espetáculo da morte, aquela assistida por Deus na cruz do Calvário para dar uma chance de vida à humanidade.
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