A expressão “conjunto da obra” é um significado da totalidade, mas que não representa a perfeição em tudo. Com esta expressão quer se dizer que é o todo que está sendo avaliado e não apenas um aspecto. Este pode ser o caso de alguém que recebeu um prêmio, não por um trabalho específico, mas por tudo que fez na carreira profissional.
Ao mesmo tempo, quando alguém é julgado por um erro, este pode alegar que o conjunto da sua obra não foi levado em conta.
Nota-se, assim, que o conjunto da obra, ainda que tenha aspectos altamente positivos, nunca é perfeito em tudo.
Diante de Deus o conjunto da nossa obra também não é perfeito. Ainda que esteja repleto de boas ações e que sempre são valorosas, ele não tem condições de nos garantir o prêmio eterno da salvação. Poderíamos até alegar que realizamos muitas obras dignas de louvar e que Deus poderia leva-las em conta e ser condescendente no seu julgamento para conosco. Mas isso de nada adianta, pois Deus exige perfeição no cumprimento da sua lei. E este é impossível para nós pecadores.
É por isso que diante de Deus o que vale mesmo é a obra de Cristo. Porém, em Cristo nem podemos dizer que houve um conjunto da obra, pois aí estaríamos admitindo que em alguns aspectos ele não foi tão perfeito assim. Diz o apóstolo Paulo que em Cristo não havia pecado, mas que Deus colocou sobre ele a culpa dos nossos pecados (2 Co 5.21). Graças à perfeição da obra de Cristo é que Deus nem olha para o conjunto da nossa obra, na hora de dar o prêmio da salvação. Deus nos aceita pela fé em Cristo que em tudo foi perfeito.
Pastor David Karnopp
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