O que a morte do Papa Francisco pode nos ensinar?
Na segunda-feira após o Domingo de Páscoa, o mundo recebeu a notícia da morte do Papa Francisco. Uma figura admirada por muitos e criticada por outros — dentro e fora da Igreja Católica. Independentemente de nossa tradição religiosa, é inegável que ele deixou uma marca profunda em sua geração.
“É evidente que este é um falso, ímpio, tirânico e blasfemo dogma, pois contradiz abertamente os artigos principais do evangelho.”
(Tratado sobre o Poder e o Primado do Papa)
O mesmo tratado lembra que Cristo é o único Cabeça da Igreja (Ef 1.22; Cl 1.18), e que o verdadeiro ministério cristão está a serviço do evangelho — não acima dele.
A Confissão de Augsburgo reforça essa verdade com simplicidade:
“A Igreja é a congregação dos santos na qual o evangelho é corretamente ensinado e os sacramentos corretamente administrados.”
(CA VII)
Apesar disso, reconhecer os erros institucionais não significa perder a humanidade. Francisco foi, sim, um homem de convicções — e também de limitações. Muitos se inspiraram por sua simplicidade, seu cuidado com os pobres, seu desejo de diálogo. E mesmo em desacordo teológico, podemos reconhecer: ele procurou liderar com presença, e não apenas com poder.

O apóstolo Paulo nos lembra: “Chorem com os que choram” (Rm 12.15). Isso também é parte do nosso testemunho. E é por isso que, neste momento de luto, não respondemos com sarcasmo ou orgulho, mas com empatia.
Francisco se foi. Mas Cristo vive.
E enquanto caminhamos com fé, que possamos continuar aprendendo — não com as estruturas do mundo, mas com o modelo do nosso Salvador: liderar com humildade, servir com amor, viver para a glória de Deus.

Que nossa esperança permaneça firme não em homens, mas em Jesus Cristo, nosso único Senhor e verdadeiro Cabeça da Igreja. Rev. Lucas P. Graffunder
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