27 julho 2012
26 julho 2012
ANIVERSÁRIO DA LENICE RODRIGUES DA SILVA
A data de 17 de julho é uma data especial para Lenice Rodrigues da Silva, pois é a data de seu nascimento. E para comemorar essa data (11 anos), ela convidou os amigos para um momento devocional, feito pelo pastor. O pastor lembrou na devoção de que a vida é um presente recebida por Deus e que devemos vivê-la de forma sábia.
Abaixo algumas fotos:
19 julho 2012
11 julho 2012
MARCOS 6.14-29
Conjeturas sobre a identidade de Cristo, V. 14) Chegou isto aos ouvidos do rei Herodes, porque o nome de Jesus já se tornara notório, e alguns diziam: João Batista ressuscitou dentre os mortos e, por isso, nele operam forças miraculosas. 15) Outros diziam: É Elias; ainda outros: É profeta como um dos profetas. 16) Herodes, porém, ouvindo isto, disse: É João, a quem eu mandei decapitar, que ressurgiu. Onde não há temor de Deus, lá reina soberana a superstição. A consciência de Herodes o atormentava por causa dum crime que fora cometido algum tempo atrás.
Ouvindo dos grandes feitos de Jesus, e como seu nome e fama se expandiam por todo o país, Herodes desenvolveu a teoria de que João Batista havia ressuscitado da morte e que, por causa disso, se manifestavam em Jesus poderes sobrenaturais; açulava o medo de espíritos e fantasmas. Outros acreditavam que Elias, que sempre estivera revestido de poderes especiais, e por cujo retorno definitivo os judeus esperavam ansiosamente, num mal-entendido de Ml.4.5, estava representado na pessoa de Jesus. Mais outros pensavam que o Senhor fosse um profeta semelhante aos antigos profetas, que estivesse andando pela terra dos judeus, pregando e operando milagres. Mas, ainda que Herodes tenha ouvido por seus cortesãos as opiniões de outros, fixou-se em sua própria idéia: É João, aquele que decapitei; ele ressuscitou. O tormento duma má consciência, dum coração culpado, é pior do que qualquer tortura que possa ser inventada pelo homem. Leva as pessoas a suspeitar lá onde não há motivo para suspeição, e coloca espíritos diante dos olhos lá onde não há razão para temor. Herodes tinha razões para tremer.
Herodes repreendido por João, V. 17) Porque o mesmo Herodes, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Filipe, porquanto Herodes se casara com ela, mandara prender a João e atálo no cárcere. 18) Pois João lhe dizia: Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão. 19) E Herodias o odiava, querendo matá-lo, e não podia. 20) Porque Herodes temia a João, sabendo que era homem justo e santo, e o tinha em segurança. E quando o ouvia ficava perplexo, escutando-o de boa mente. Aqui são contados alguns fatos pessoais sobre Herodes e sua família. Nesta passagem o nome rei lhe é aplicado, só por cortesia. Pois Herodes era meramente o tetrarca da Galiléia e da Peréia. Residira, por algum tempo, em Maquero, uma fortaleza segura dos judeus a oeste do Mar Morto. Construiu, porém, Tiberíades, junto ao Mar da Galiléia, como sua capital, embelezando-a com todo luxo que podia imaginar. Havia casado com a filha do rei Aretas, da Arábia, mas a rejeitara por causa de Herodias, então a mulher de Filipe, o meio-irmão de Herodes, mas não o etnarca. Sua filosofia de vida poder ser resumida na sentença: Comamos, bebamos e alegremo-nos, pois, amanhã estaremos mortos. O incidente mais triste de sua vida é aquele ao qual o evangelista, aqui, se refere. João Batista, com o destemor que devia caracterizar a cada pregador do arrependimento, repreendera-o severamente por causa de sua união adúltera com Herodias, dizendo-lhe que não foi certo, que não foi justo e que era proibido pela lei de Deus, que ele continuasse neste união anti-escriturística. “Aconteceu que o rei Herodes estava vivendo em ofensa pública e bem conhecida. Pois tinha consigo, como se fosse sua mulher legítima, a mulher de seu irmão Filipe que ainda vivia. Para João isto foi um caso obsceno, visto que por sua pregação devia repreender qualquer ofensa e advertir ao povo contra ela. Este era o seu chamado. Por isso, fez o que um pregador fiel deve fazer, e não está preocupado com o fato, que Herodes é um rei ilustre, mas, Assim como repreendeu outras pessoas por causa de seus pecados e as admoestou a evitá-los, assim, ele também repreende e admoesta a Herodes e diz que não lhe é correto ter a mulher de seu irmão. Isto desagradou muito a Herodes, mas à prostituta, ainda mais. Por isso, preocupou-se para que o sermão sobre ela não trouxesse fruto. Isto a levou a armar ciladas a João, porque seu desejo foi, ainda que sem sucesso, que ele morresse. Também Herodes com satisfação o teria feito, mas tinha medo, visto enxergar que o testemunho e o louvor do povo a respeito de João era muito grande. Por isso, porque João não queria deixar das suas repreensões e admoestações, mandou prendê-lo e lançá-lo na cadeia, para que não mais pudesse pregar tão publicamente”25). Circunstancialmente, Herodes, como acontece com tantos de caráter fraco, sentiu a influência deste caráter mais poderoso e moralmente mais nobre. Herodias não tinha quaisquer escrúpulos. Estava determinada e francamente buscava matar a João. Mas o fraco e vacilante Herodes se cia entre dois fogos: Dum lado o povo que estimava a João como profeta, e doutro lado Herodias exigindo sua morte. Enquanto isto, Herodes, mais do que uma vez, atentava para João, sendo que muitas palavras que ouvia da boca deste conselheiro o levavam a hesitar e a pensar duas vezes, antes de cometer mais alguma iniqüidade. Assim as coisas chegaram a um impasse, enquanto João estava preso em Maquero.
25 ) Lutero, 13a. 1162.
A festa de aniversário, V. 21) E, chegando um dia favorável em que Herodes no seu aniversário natalício dera um banquete aos seus dignitários, aos oficiais militares e aos principais da Galiléia, 22) entrou a filha de Herodias, e, dançando, agradou a Herodes e aos seus convivas. Então disse o rei à jovem: Pede-me o que quiseres e eu to darei. 23) E jurou-lhe: Se pedires mesmo que seja a metade do meu reino, eu ta darei. 24) Saindo ela, perguntou a sua mãe: Que pedirei? Esta respondeu: A cabeça de João Batista. 25) No mesmo instante, voltando apressadamente para junto do rei, disse: Quero que, sem demora, me dês num prato a cabeça de João Batista. Esta festa de aniversário foi propícia, vindo exatamente no tempo apropriado, para cooperar com os planos vingativos de Herodias, pois, ainda acalentava seu rancor contra João Batista. Herodes precisa celebrar seu aniversário num estilo tal, que seja digno de quem espera, brevemente, ter o título de rei, por permissão do imperador e do senado romanos. Foram convidados os poderosos e os governadores de milhares e as famílias ilustres da Galiléia, isto é, os oficiais do estado, civis e militares, e as pessoas importantes da sociedade da Galiléia. Formavam uma reunião imponente para um evento tão importante. A alegria do banquete festivo estava no auge, tendo os hóspedes bebido descomedidamente, estando já quase ébrios quando razão e sentidos já se foram, ainda que persista a articulação da fala. Provavelmente também havia as formas usuais de danças orientais, para o entretenimento dos hóspedes, quando pela ardilosa
Herodias foi introduzido um número que não estava no programa. Ela própria havia treinado sua própria filha nas danças sensuais das dançarinas. E a moça entrou na sala do banquete e dançou com irresponsável espontaneidade e despudor. A dança agradou a Herodes e aos que reclinavam ao
redor das mesas. Já haviam chegado à situação, quando tais exibições apelam com mais força. Herodes, imediatamente, fez uma promessa extravagante para a moça, encorajando-a a que mencionasse o prêmio que lhe cabia por esta dança. E, quando ela, seja por exaustão após o cansativo exercício ou por hesitação natural sobre a oferta, permaneceu indecisa, ele adicionou um juramento, dizendo-lhe que ela teria cumprido seu desejo, mesmo que a pretensão fosse a metade de seu reino; Um verdadeiro exemplo de generosidade emotiva e amadora, como certo comentarista diz. Pode ser que sua mãe a tivesse instruído anteriormente sobre o que devia pedir, como o relato de Mateus sugere mas não diz expressamente. Por isso, ele precisou de mais um incentivo. De qualquer modo, ela correu para a mãe que, prontamente, incute nela a necessidade de pedir e insistir numa só coisa. Havendo ou não qualquer outro motivo determinante, a dançarina Salome estava pronta a cumprir o pedido de sua mãe. Sem demora e em passo rápido, como se o assunto em questão fosse o mais importante e jovial do mundo, voltou à sala do banquete. Suas palavras indicam exatamente para a condição de seu coração: Eu quero que tu, sem demora, me dês numa bandeja a cabeça de João Batista. Palavras horríveis dos lábios duma jovem, “um pedido feito com um impudência fria e insolente que quase ultrapassa a mãe”.
A execução, V. 26) Entristeceu-se profundamente o rei; mas, por causa do juramento e dos que estavam com ele à mesa, não lha quis negar. 27) E, enviando logo o executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi e o decapitou no cárcere, 28) e, trazendo a cabeça num prato, a entregou à jovem e esta, por sua vez, a sua mãe. 29) Os discípulos de João, logo que souberam disto, vieram, levaram-lhe o corpo e o depositaram no túmulo. O fato, que o desejo de Salomé foi cumprido imediatamente, torna muito provável o fato que o banquete foi realizado em Maquero. Quando a moça fez o pedido horrível, pode ter havido alguns dos que estavam ao redor da mesa, que tenham ficado boquiabertos. O próprio Herodes ficou, talvez, sério com o rumo inesperado dos fatos. Mas, era tarde demais, para mudar de opinião. Pois, provavelmente, também houve nele um certo sentimento de alívio. E, mesmo estando muito sentido, julgou que devia cumprir suas palavras e juramentos, como convinha a um fidalgo. Pois esta é a desculpa e a explicação que, via de regra, se dá. Não queria quebrar sua lealdade com a jovem, desconsiderando-a ou tratando o assunto como se fosse uma brincadeira. E, assim, o horripilante espetáculo foi encenado até seu fim amargo. Na corte do rei havia algum oficial, que em sua pessoa combinava a tarefa de estafeta, policial e carrasco. Foi a este que foi dirigida a ordem do rei para providenciar a cabeça de João Batista. E, tendo a execução sido cumprida na prisão, a cabeça de João foi trazida numa bandeja, como fora o pedido da dançarina, e ela, tendo-a recebido formalmente, a levou a sua mãe. Para os discípulos não restou nada mais a fazer, do que vir e depositar seu corpo numa sepultura, lamentando amargamente o fim precoce de um dos maiores profetas que já anunciaram a Palavra de Deus.
“O que aqui é contado da côrte e da vida na côrte do rei Herodes, é um quadro fiel do mundo, do modo de vida do mundo e da lascívia do mundo. Os filhos afáveis e flexíveis do mundo são, na maioria das vezes, mesmo quando pretendem ser ilustres, o que foram Herodes e herodias, meretrizes e adúlteros, e, caso não forem assassinos, são ladrões, enganadores, perjuros, etc. Mas o pecado maior do mundo é este, que não quer ouvir a admoestação de que rejeita a Palavra de Deus, e que está irado contra aqueles que o advertem contra a ruína e a perdição. Onde quer que o mundo, até mesmo o mundo aparentemente decente, culto e elegante, celebra suas festas, lá são saciados os deleites do banquetear, da folia e da embriagues. Lá se encontra o jurar, o blasfemar, o amaldiçoar. Lá jogos de azar, danças e orgias são a ordem do dia. E vinho e paixão inflamam coração e mente. Lá está em evidência uma conduta dissoluta e ímpia, a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida. E o fim do selvagem prazer e alegria é, muitas vezes, o assassinato, o derramamento de sangue e outras grandes vergonhas e vícios”26). Doutro lado, há nesta história uma lição para os cristãos fiéis. “Por isso, que ninguém sinta terror com respeito a sofrimento e cruz. Que ninguém inveje os perseguidores do evangelho, por estarem gozando glórias, e por serem grandes e poderosos. Pois, cruz e sofrimento é o único caminho pelo qual virás a possuir a herança e o reino de Cristo. E todos os santos, e o próprio Cristo, andaram por este caminho. Quem, pois, se sentiria atemorizado e queixoso por causa dele? Pois, será visto, quão rápido, a mudança sobrevirá aos tiranos, assim que o sofrimento deles lhes sobrevirá no tempo apropriado, e, finalmente, durará eternamente. Disso Deus nos guarde misericordiosamente, mas, antes, permita que soframos com São João Batista, toda forma de ignomínia e desonra, mas que alcancemos o reino de Deus. É, como nosso Senhor Jesus Cristo diz, que nos está posto cruz e sofrimento iguais aos dele”27).
SALMO 85. CONSOLO E ESPERANÇA
85. CONSOLO E ESPERANÇA
1 Ao mestre do coro. Dos filhos de Coré. a Salmo.
2 favoreceste, Iahweh, a tua terra, fizeste voltar os cativos de faço;
3 perdoaste a iniquidade do teu povo, encobriste todo o seu pecado; Selá
4 reprimiste o teu furor todo, refreaste o ardor da tua ira.
5 Faze-nos voltar b, ó Deus salvador nosso, renuncia ao teu rancor contra nós!
6 Ficarás irado conosco para sempre, de geração em geração prolongando tua ira?
7 Não voltarás para nos vivificar, e para o teu povo se alegrar contigo?
8 Mostra-nos o teu amor, ó Iahweh, e concede-nos a tua salvação.
9 Vou ouvir o que Iahweh Deus diz, porque ele fala de paz ao seu povo e seus fiéis, para que não voltem à insensatez.
10 Sua salvação está próxima dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra.
11 Amor e Verdade se encontram, Justiça e Paz se abraçam;
12 da terra germinará a Verdade, e a Justiça se inclinará do céu.
13 O próprio Iahweh dará a felicidade, e nossa terra dará seu fruto.
14 A Justiça caminhará à sua frente, e a salvação b no caminho em que ele anda.
a. Cf. Intr., p. 65.
b. Ver BH.
O salmo tem caráter litúrgico. Os w. 2-8 parecem ter sido recitados diante da comunidade — talvez em coros alternados — ao passo que nos w. 9ss ouve-se uma só voz. A cena constitui certamente uma liturgia comunitária de petição inserida na celebração cultual. Numa proclamação hínica da fé, o olhar da comunidade se volta de início para o grande evento salvífico de Deus, ocorrido no passado, pelo qual ele mudou a sorte de Jacó e perdoou a culpa de seu povo (w. 2-4). Em seguida vem o comovente pedido que sobe da aflição do presente (w. 5-8). Do seio da comunidade em oração destaca-se alguém (talvez um profeta) que escuta o que Deus quer dizer em resposta à prece do povo. De repente ele ouve a misteriosa voz de Deus, que anuncia a salvação para o povo. E, tomado de entusiasmo profético, este vidente anuncia à multidão, toda ouvidos, a promessa da salvação divina em palavras magníficas (w. 9-14). A dramática tensão, que assim o cantor imprime ao salmo, nasce da dramaticidade viva da experiência cultual e corresponde à tensão característica da realidade da fé, que encontra expressão no salmo.
O cântico em geral é interpretado à luz da história do tempo, a partir da situação do povo não muito depois da volta do exílio babilônico: a grande mudança na sorte de Israel, anunciada e interpretada com entusiasmo pelo Dêutero-Isaías como o ato da graça de Deus, é coisa do passado. Mas eis que a primeira alegria da redenção da escravidão está amortecida pelo amargor das experiências. Muita coisa ocorreu de forma diferente do que as expectativas ousadas tinham pintado. O peso da dominação estrangeira apenas passara da mão dos babilônios para a dos persas, sem se afastar do povo. Privações, más colheitas e contendas (cf. Ag l, l Os; 2,3ss; Zc l,12ss) tiveram de despertar o doloroso reconhecimento de que o ansiado tempo da salvação ainda não tinha vindo, e que a ira de Deus ainda pesava sobre o povo. Sob o peso da aflição presente buscavam-se encorajamento e consolo nas façanhas do auxílio divino em tempos passados, que se tomavam como penhor de cumprimento no futuro. Essa explicação do salmo, que leva em conta a história do tempo, todavia, só se pode apoiar sobre a referência, que não é absolutamente certa, do v. 2b à libertação do exílio, que parece ser reinterpretação posterior. E mais possível a compreensão do salmo a partir da tradição da celebração cultual no outono (v. 15), onde sempre se voltava a vivenciar na comunidade a história da salvação como atualização dos feitos pêlos quais Deus conduziu o seu povo (redenção do Egito, entrega da terra prometida; cf. Intr., pp. 17s,26). Se o salmo for entendido nesses parâmetros, deve ter tido origem no período pré-exílico.
2-4. Na primeira parte do salmo (w. 2-4) a oração da comunidade volta-se para o passado, que ela coloca diante do seu olhar e do de Deus. Mas o seu olhar não se prende aos acontecimentos históricos em sua exterioridade, como também não está em primeiro plano o acontecer humano, mas sim a fé que se anima considerando a natureza de Deus e o seu governo do povo, tendo deposto sua ira e mostrado graça com o perdão dos pecados, fé que uma vez mais atualiza as façanhas de Deus no âmbito do culto. Mais forte do que o sentimento de gratidão faz-se valer aqui a busca de um apoio firme, que pode ser comunicado pela lembrança de Deus, que “mudou a sorte” do seu povo para dias melhores e fez com que a graça tivesse primazia sobre o direito (cf Intr., p. 29). Esses versículos constituem, pois, a base de fé para a súplica que vem a seguir. A comunidade, que fixa os olhares em Deus, sabe a quem ela ora e o que pode esperar dele na sua presente angústia. Não busca unilateralmente a justificação de sua súplica na sua situação de miséria, mas ora baseando-se no seu encontro com Deus e na sua graça; é isso que confere à sua oração o apoio da fé firmemente ancorada na tradição salvífica.
5-8. A transição do olhar de fé voltado para a graça de Deus no passado rumo ao pedido de que se afaste a ira (w. 5-8) evidencia-se com certeza bastante abrupta, mas não carece de ligação interna. Com efeito, o desapontamento com relação à realidade, que não correspondeu às arrojadas esperanças de salvação, constitui a razão externa para que a comunidade continue a sentir-se sob a ira de Deus. Com isso, porém, não se enfraquece absolutamente e muito menos se suprime a proclamação da fé pelo Deus gracioso (w. 2-4). Com efeito deparamos aqui a tensão que sempre acompanha a fé quando é genuína. Voltando-se inteiramente o olhar para a realidade de Deus, como nos vv. 2-4, o homem vê-se confrontado com a rica plenitude da graça na fé que já possui sua realidade profunda; voltando-se o olhar todavia para a realidade terrena que o cerca, sente a distância que medeia entre a realidade de Deus e a do homem, recebendo a fé neste caso a conotação de fé que ainda espera a graça em sua plena floração.
Não se deve, pois, explicar a tensão entre as duas partes do salmo apenas “historicamente”, como distinção entre um antes e um agora; pelo contrário, ela integra a própria essência da fé, manifestando-se de forma particularmente clara no âmbito do culto, variando sua tonalidade à medida que em primeiro plano esteja a percepção da realidade divina ou a impressão da realidade humana. Também o dito do Novo Testamento: “Eu creio! Ajuda a minha incredulidade!” acha-se tomado pela mesma tensão (Mc 9,24). A comunidade, abatida sob a carga paralisante da realidade terrena, que se mostra insuficiente e desilude, sente a distância de Deus e, em decorrência, a sua ira, sendo então uma comunidade que espera que Deus afaste a sua ira, conceda-lhe sua graça e salvação, e “faça voltar” o povo que, no meio de sua miséria, se vê perdido longe de Deus (cf. a retomada do verbo shub do v. 2), para que do novo logre alegrar-se em Deus. Na aflição põe-se à prova a fé, que sempre deve retomar à luta pelo que possui. Esse pedido da comunidade gira também em tomo da correia relação com Deus, que significa bem mais do que bens terrenos.
9. Do meio dos que estão a orar levanta-se agora a voz de um indivíduo. Ansiosamente ele e a comunidade ouvem o que Deus quer responder. De repente ele ouve algo, o som de uma voz. Será o Senhor? Sim, é o Senhor que fala. De seus lábios escuta claramente uma só palavra que tudo sintetiza: “Salvação!” Com mestria logra o cantor fazer ecoar em suas palavras a comovente tensão do momento. Agora o povo, a comunidade dos piedosos, tem a desejada resposta de Deus. No momento em que sua fé passa por crise, correndo o risco de “voltar à insensatez”, duvidando da salvação de Deus, o próprio Deus intervém a fim de novamente suscitar e fortalecer a sua fé com a sua palavra. Com a misteriosa experiência do seu profeta, a comunidade prepara-se internamente para encontrar-se com Deus.
10. Mas o profeta-vidente tem algo mais a anunciar: a salvação está muito próxima, e a “glória” de Deus “habitará na terra” (cf. Is 6,3). O fato de Deus aparecer e estar presente na sua “glória” constitui a realidade decisiva do novo tempo da salvação, que começa com a teofania na celebração do culto como início de um novo ano da salvação.
11-12. Quão prevalente seja esse ponto de vista manifesta-o também a descrição entusiasmada da salvação quanto ao seu aspecto espiritual (w. l Is). Lá onde alhures o pensamento cultual no Oriente antigo vê as forças da natureza como determinantes do evento salvífico, o salmista contempla, em magnífica personificação mitológica, os tempos escatológicos como configurados pela força espiritual do amor e da fidelidade (note-se a referência à renovação da Aliança na tradição do Sinai em Ex 34,6; cf. Intr., pp. 24,26), da justiça e da paz de Deus como anunciadores e servos de Deus no seu advento. Céu e terra se encontram no acontecer sagrado do culto, e assim como o sol desde o céu faz brotar vida na terra, também a “Justiça” de Deus (o termo significa a total abrangência da vontade salvífica divina) suscita a fidelidade e a fé dos homens. Deus se inclina do céu para a terra, e a terra se eleva rumo ao céu, na direção de Deus: visão sublime, a um só tempo grandiosa e profunda!
13. Somente sobre a graça de Deus se edifica a esperança da salvação, “O próprio Iahweh dará a felicidade”, sendo ele quem lança a ponte por sobre o abismo que o homem sente como ira de Deus. Também a bênção dos bens terrenos não pode faltar na esfera de Deus, que abarca como unidade universal a ordem natural e moral. Em vista da importância que alhures a idéia da fertilidade paradisíaca possui como traço permanente da escatologia (cf. Am 9,13; Os 2,23s; Is 30,23ss; Jr 31,12), nesta passagem é notável a força com que, mesmo tratando-se da festa outonal da colheita, o aspecto material se retrai em comparação com o espiritual.
14. A conclusão do salmo, que volta a colocar a teofania no centro do evento, leva à mesma idéia. Ao irromper a salvação Deus surge como rei devidamente escoltado; como sua guarda caminha diante dele a Justiça, e a Salvação segue pelo caminho que ele palmilha (cf. a esse respeito Is 40,10; 58,8; 62,11). No mistério da ação cultual a fé vislumbra vitoriosamente o futuro de Deus. Essa fé, que está à espera do surgimento de Deus, provada e lutando em meio a dificuldades e crises para emergir da experiência para uma esperança que se apoia inteiramente em Deus, impediu que os valores da fé do Antigo Testamento se esfacelassem nos escolhos surgidos no decorrer da história por causa do real estado de coisas na terra.
02 julho 2012
ANIVERSARIANTES
ANIVERSARIO DE BATISMO
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ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO
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01 julho 2012
TRIENAL
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