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09 setembro 2010

DÉCIMO SÉTIMO DOMINGO APÓS PENTECOSTES - LUCAS 15.1-10

DÉCIMO SÉTIMO DOMINGO APÓS PENTECOSTES
4 de Outubro de 1992
Lucas 15.1-10
Texto:
1. O texto divide-se em três partes: a introdução, vv. 1 e 2, que nos apresenta o motivo pelo qual Jesus contou as parábolas seguintes e quem eram os seus destinatários; a parábola da ovelha perdida (ou da ovelha achada!), vv. 3 a 7 e a parábola da dracma perdida (ou achada!), vv. 8 a 10.
2. As parábolas são gêmeas, isto é, trazem o mesmo assunto, querem fazer a mesma colocação, querem evocar a mesma resposta por parte dos ouvintes.
3. Prosdéchctai (v. 2), pres. médio de prosdèchomai, de uni modo geral significa pegar, receber, aceitar, dar as boas-vindas. Em se tratando de pessoas, entretanto, tem um sentido muito mais forte, ligado à hospitalidade oriental: compartilhar, recepcionar, receber na comunhão. Na atitude de Jesus, evoca não somente as leis comunitárias e sociais, mas especialmente a manifestação visível do amor de Deus para com o ser humano pecador.
4. Synesthiei (v. 2), pres. ativo de synesthio, é o comer junto, o comer com alguém. Para os orientais, a fraternidade à mesa simboliza a fraternidade de um modo geral. Veja-se os exemplos da Santa Ceia e da Grande Ceia (Lc 14.15ss). 
5. apololós (v. 4), part. Perfeito de apóllymi, vindo desde a cultura grega clássica e do AT, tem um sentido muito mais profundo do que o simples "perdida". Acrescente-se a isso a idéia de ruína, destruição, morte. Evoca a triste condição existencial daquele que vive afastado de Deus (Ef 2.1-10). Aproveitando-se a figura, pode-se lembrar que, sem a proteção do pastor, a ovelha estaria praticamente condenada à morte diante dos perigos que o éremos palestino comportava.
6. Três conceitos fundamentais são subjacentes a estas duas parábolas: Deus; pecado; arrependimento. Deus, conforme revelado em Jesus Cristo, é o personagem principal, estando representado na forma do homem das ovelhas e da mulher das dracmas. E ele quem age, quem se importa, busca, salva (resgata), encontra, traz de volta, se alegra; enfim, aquele que ama. Não há como voltar, não há como ser achado se Deus não agir.
O pecado é a perda, aquilo que afasta o ser humano do Criador; a ovelha do homem; a dracma da mulher (o filho do pai, na parábola seguinte, Lc 15.11-32). Fazendo a conexão com os versículos 1 e 2, vemos que Jesus não sanciona as práticas pecaminosas, como poderia parecer ao leitor desavisado, pelo contrário, mostra que elas afastam de Deus. O arrependimento é a chave
de todo o discurso de Jesus! Aparecem nitidamente dois grupos:  os que pecam e não se arrependem, os "justos" e os que pecam e se arrependem, os "achados" (na figura da ovelha e da dracma). E o arrependimento que poderá diferenciar publicanos e pecadores de fariseus e escribas. Este é exatamente o motivo pelo qual Jesus está entre os "pecadores": para colocá-los diante do divino que desmascara o pecado humano, que coloca o ser humano a par de sua existência infame, mas que, em contrapartida, oferece a graça perdoadora, a volta. Era o arrependimento que Jesus queria evocar nas "pessoas de má fama" (BLH). Isto faltava aos fariseus e escribas. Esta é a chave homilética do texto e o tema geral do culto, associado, necessariamente, à graça de  Deus, que vai ao encontro do pecador, que evoca o arrependimento, e que acolhe o arrependido.
7. O versículo 7 seria algo problemático se o interpretássemos literalmente, pois iria parecer que Jesus gosta menos daquelas pessoas que se mantêm fiéis, que tentam, com o auxílio do Espírito Santo, viver uma vida consagrada, de acordo com, a vontade de Deus. A luz do Salmo 143.2, parece ser mais prudente ver que Jesus está usando de ironia para com os fariseus e escribas (as duas parábolas são originalmente dirigidas a eles!) por causa da pretensa justiça deles. Em última análise, Jesus está dizendo que aqueles que se consideram "justos" por si mesmos na realidade estão dizendo que não precisam de Deus e estão talvez mais afastados dele do que os publicamos e pecadores. 
8. O Salmo 51.1-17 introduz o tema do arrependimento, aquilo que falta aos fariseus e escribas no contexto das parábolas. Pode bem ser usado como texto para a confissão dos pecados no início do culto.
9. O texto do AT nos mostra o imenso contraste existente entre o pecado humano e a infinita misericórdia de Deus. Um aspecto interessante a ser observado é a atitude de Moisés. Este diferentemente dos fariseus e escribas, os quais condenam de antemão aqueles a quem consideram "pecadores"; roga pela misericórdia de Deus em favor daqueles que estão em práticas pecaminosas. E o reflexo, ao nível humano, da atitude de Jesus de ir em busca dos pecadores.
10. Em conexão com Lc 19.10, o texto da epístola, 1 Tm 1.12-17, vem explicitar aquilo que está implícito no texto das parábolas de Lc 15, isto é, que Jesus está entre os pecadores exatamente porque ele veio chamá-los ao arrependimento, à fé e à nova vida.
Apresentação:
1. Sugere-se a leitura do Evangelho na Bíblia na Linguagem, de Hoje, que traz um português mais acessível e expressões mais próximas do nosso quotidiano. A ironia de Jesus no v. 7 também fica mais clara nesta tradução.
2. Todas as leituras estão bastante próximas, sendo interessante, talvez, usar todas elas em uma mensagem diferente, mais em estilo de estudo bíblico.
3. Dentro do contexto do lema da IELB, "Cristo para todos", o texto tem muito a nos dizer. No aspecto de lei, a condenação de nossa auto-justiça, de nosso juízo temerário e precipitado sobre os outros, de nossa indiferença para com os perdidos. No aspecto de evangelho, o texto evoca a ação de Deus em buscar
e salvar; o seu amor pelo ser humano, seja ele quem for; a identidade de Jesus com o ser humano que sofre por causa do pecado; a graça de Deus que vem ao encontro de todos nós.
Gilberto V. da Silva
São Leopoldo, RS.

10 agosto 2010

ORAÇÃO DA IGREJA

Oração da Igreja
Pentecostes 3
24 de junho de 2001

P Guiados pelos Espírito Santo, na confiança que temos em Cristo Jesus, apresentemos nossas petições ao Pai de toda a misericórdia.

P Senhor, tu és gracioso e bondoso, restauras a vida e dás vida eterna aos que confiam em teu Filho, Jesus Cristo. Se tua igreja está inclinada a perder a esperança, pedimos que não a deixes cair. Se teme por seu futuro, dá-lhe coragem. Se a igreja é ameaçada e perseguida, conforta e fortalece-a. Se está confusa quanto ao caminho a seguir, dá-lhe, por meio de tua Palavra, a orientação do rumo certo. Que tua igreja, por meio da mensagem de Cristo, possa ser luz para os perdidos, alimento para os famintos, e vida para os que só enxergam a morte. Por tua misericórdia, Senhor,
C ouve a nossa oração.

P Pai bondoso, olha para as nações do mundo dá a seus líderes a coragem de porem em prática a justiça e a compaixão. Dá-lhes o desejo de buscar o bem de seu povo e a paz no convívio com seus vizinhos. Somos-te gratos pela liberdade de culto que nos concedes em nossa pátria. Abençoa nossas autoridades, do mais graduado ao mais simples e humilde. Abençoa nossos campos e plantações, envia chuva no tempo certo, e abençoa o trabalho de nossas mãos. Por tua misericórdia, Senhor,
C ouve a nossa oração.

P Deus de todo poder, tu estás atento aos nossos pedidos de socorro e inclinas teus ouvidos aos aflitos e necessitados. Conforta e ajuda aqueles que necessitam de cuidados médicos (em especial ....). Dá alívio aos que sofrem dor, aos que são maltratados e explorados, aos que não têm teto ou estão desempregados. Em meio às suas provações, dá-lhes forças para que busquem ajuda e paz em ti. Por tua misericórdia, Senhor,
C ouve a nossa oração.

P Deus dos aflitos, envia, gracioso, o consolo de teu Santo Espírito a todos que pranteiam a morte de um membro da família ou outra pessoa amada. Por meio de tua santa palavra e sacramentos, atrai-os para a cruz de teu Filho amado, para que não chorem como aqueles que não têm esperança. Ensina a nós, tua igreja, a estarmos ao lado deles neste tempo de tristeza, para que se sintam animados a confiar em ti. Por tua misericórdia, Senhor,
C ouve a nossa oração.

P Senhor, te agradecemos e glorificamos pelos dons de vida e salvação. Fortalece-nos, por meio de tua palavra, para que possamos enfrentar as tentações que diariamente nos sobrevêm. Ao virmos à Ceia do Senhor, onde receberemos o corpo e sangue de teu Filho, dá-nos fé para recebermos o perdão que nos prometes, e capacita-nos para o serviço em teu reino, no amor ao próximo. Por tua misericórdia, Senhor,
C ouve a nossa oração.

P Senhor, em tuas mãos entregamos todos aqueles pelos quais oramos, confiando em tua misericórdia, por meio de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor.
C Amém.

ORAÇÃO GERAL II

Oração Geral

Oração Geral: Deus onipotente! Em ti vivemos, nos movemos e existimos. Concede-nos, Deus misericordioso, que aprendamos a guardar a nossa salvação. Como salvos, não permitas que guardemos apenas para nós tão grande tesouro, mas que sejamos sal da terra e luz do mundo, iluminando o caminho, para que muitos outros cheguem ao conhecimento da tua boa nova. Permita que todos os que saem a pregar a palavra da reconciliação o façam com sabedoria, vencendo os obstáculos com ânimo forte, buscando somente a glorificação do teu nome e a difusão do reino de Deus; Nós te rendemos graças e louvor pelos aniversariantes da semana que estamos iniciando:(OLHAR NO INFORMATIVO) Que todos saibam reconhecer as tuas bênçãos e te dar graças. Te pedimos por todos aqueles que participam do departamentos da congregação para que sejam edificados na palavra e na comunhão entre irmãos. Obrigado Senhor, pelos visitantes em nosso culto de hoje, especialmente aqueles que estão pela primeira vês conosco. Esteja com as pessoas enfermas amparando-as e Abençoa nossa Igreja para que possa sempre levar Cristo para todos. Guarda nossos governantes de tal maneira que sejam justos e amorosos no governar. Amém.