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17 junho 2011

1 TIMÓTEO 1.12-17

Sermão

Texto: 1 Tm 1:12-17

Destinatários/Data: ICSP / 04/10/2001:

A. EXEGESE

1- Crítica Textual

2- Análise Morfológica

12 Agradeço àquele que me fortaleceu, Cristo Jesus o nosso Senhor que considerou-me fiel designando-me para o ministério

13 Mesmo antes, sendo eu blasfemo e perseguidor e violento perseguidor. ao contrário obtive misericórdia, pois pecando na ignorante fiz na descrença

14 Overflow a graça de nosso Deus com a fé e com o amor que há em Cristo Jesus

15 Fiel é a palavra e digna de toda aceitação que Cristo Jesus veio ao mundo salvar pecadores dos quais eu sou o primeiro.

16 Mas, por causa disso me foi concedida misericórdia a fim de que em mim, o primeiro, Cristo Jesus mostrasse a sua completa paciência para exemplo dos que virão a crer nele para a vida eterna

17 Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória para eternidade das eternidades. Amém.

3- Sintaxe e Estrutura / ESTRUTURA

Seção I- Acerca do apóstolo Paulo

A- Eu agradeço a Jesus nosso Senhor:

1- que me fortaleceu.

2- que me considerou fiel designando-me para o ministério.

B- a mim que, noutro tempo, era blasfemo, perseguidor e violento insolente. Ao contrário, foi me concedida misericórdia, pois pecando na ignorância fiz na descrença.

C- Transbordou a graça de nosso Deus com fé e com amor que há em Cristo

Seção II-A palavra: Cristo busca os pecadores.

A- A palavra [Cristo Jesus veio ao mundo salvar pecadores] é fiel e digna de toda a aceitação.

B- quanto aos pecadores, eu sou o principal!

C-E por ser o principal, foi concedida misericórdia a mim

1-a fim de que em mim, o primeiro, se mostrasse Cristo Jesus a sua completa paciência para exemplo dos que virão a crer nele para a vida eterna

Seção IV - Doxologia – fim da perícope.

Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória para eternidade das eternidades. Amém.

Parece haver um quiasmo na perícope:

A- Eu agradeço a Deus......

B- Jesus fortalece e designa o apóstolo para o ministério

C- Antes era perseguidor, blasfemo e insolente

D- Obteve misericórdia

E- Superabundou a graça

E- A palvra fiel e digna de confiança é: Cristo veio salvar o pecador

D- Obteve misericórdia

C- Sendo o pior dos pecadores

B- a fim de que Cristo mostrasse sua completa paciência.

A- doxologia

1- Comparar Versões

RC traz consolou-me ao invés de fortaleceu-me (v.12).

NTLH e GNB são bastantes dinâmicas.

RA, DHH e NIV seguem o grego.

2- Contexto / CONTEXTO

CIA: Saudação. O ministério de Timóteo em Éfeso combateu falsas doutrina. A lei é boa. Objetivo da lei: mostrar o pecado.

CIP: Paulo exorta Timóteo a combater o bom combate firmado nas promessas evangélicas (profecias). Exortação à oração.

Timóteo: filho de judia crente e grego. É chamado por Paulo de “filho verdadeiro na fé” e “amado filho”. Foi incluído no grupo missionário que levaria o evangelho à Europa. Recebeu o encargo de zelar pela boa doutrina em Éfeso. Tinha pelo menos 30 anos de idade. Participou da primeira e Segunda viagens missionárias. Foi encarregado de Paulo em Éfeso. Eusébio atesta que Tomóteo foi o primeiro bispo de Ëfeso.

Paulo: era cristão já havia 30 anos!

Cristo: único mediador entre Deus e os homens

Propósito da Epístola: Escrita em 62 – 65 na Macedônia. 1- Orientar quanto à maneira de refutar os falsos ensinos. 2- Exortar Timóteo a ser diligente no cumprimento de todos os seus deveres ministeriais.

3- Pesquisa sobre palavras-chaves

Misericórdia: ação de ser complacente à alguém. Sentir dó, pena da desgraça e situação alheia. Sentir com o coração.

Paciência: ação de suportar algo que incomoda e provém de fatores externos à si mesmo. Virtude.

4- Passagens Paralelas / PASSAGENS PARALELAS

Fp. 4.12: Tudo posso naquele...

At 9.15: “Vai por que este (Paulo) é instrumento escolhido para levar o meu nome aos gentios.”

At 8.3: Saulo assolava a igreja entrando nas casas e arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.

Rm 5.20: mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.

1 Co 15.9: Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus.

3.1; 4.9; 2 Tm 2.11; Tt3.8: Fiel é esta palavra.

5- Principais idéias / PRINCIPAIS IDEÍAS

É Deus quem fortalece e designa para o ministério.

A graça transborda para todos os pecadores inclusive para o maior de todos.

Deus mostra sua força no fraco e pecador. Ele fortalece e regenera.

Agradecemos a Deus por isso e o louvamos (doxologia – v.17)

6- Doutrinas / DOUTRINAS

Justificação v. 14-16a

Santificação – v. 16b-17

7- Pensamento central / PENSAMENTO CENTRAL

Transbordou a graça de Deus com o amor e a fé que há em Cristo Jesus.

8- Consultar Comentários

v. 15: “Fiel é a palavra” é uma fórmula usada por Paulo somente nas pastorais: 3.1; 4.9; 2Tm 2.11; Tt 3.8.

B. PERSUASÃO

1- Objetivo

Convencer o cristão (pastor) que a graça de Deus atinge a todos os pecadores. Sua misericórdia mostra-se paciente a todos nós, por mais pecadores que somos. Deus é nossa força

2- Moléstia-LEI

Sentimento de incapacidade em servir a Deus. Esse sentimento denota que ênfase está no homem (antropocentrismo).

3- Meios-EVANGELHO

É Deus que efetua tudo em nós (tanto o querer como o realizar – Fl 2.13). Foi sua graça que transbordou sobre nós e isso é atestado em sua palavra que Cristo veio nos salvar.

C. HOMILÉTICA

1- Tema

A misericórdia de Deus é um dilúvio de sua graça!

2- Estrutura – partes do estudo

a. Introdução:

b. ParteI: Biografia do pastor Timóteo era pastor formado. Havia estudado desde pequeno com sua avó. Fez estágio com o doutor Paulo : 2 e 3 viagem missionária. Foi enviado a Corinto, Esteve com Paulo na Macedônia. Foi junto para Jerusalém, foi a Filipos. Primeiro chamado: Éfeso. Paulo escreve a epístola para fortalecer a fé do jovem pastor (30 anos) e encorajá-lo frente às dificuldades do ministério.

Crise espiritual do pastor ou teologando. Sentir-se incapaz para o trabalho do Senhor. “Faço de tudo, estudo, treino música, me empenho, mas acho que não sou capaz de ser pastor. Eu quero muito, mas não sou capaz. ” Semelhante à Moisés e à Jeremias achamo-nos incapazes para o trabalho que Deus nos propõe. Essa crise acontece quando não vemos resultados em nossos trabalhos ou falhamos em algo. Essa é uma visão antropocêntrica. Pensamos que o fundamental da ação está na gente mesmo.

Como Deus trata esse problema? Veremos em nossa perícope.

c. ParteII: Paulo tratava Timóteo como filho. Chamava-o de “verdadeiro filho na fé 1.1” e “filho amado 2 Tm 1.2.” Isso mostra o carinho especial de Paulo por Timóteo. Paulo sabia que Timóteo já havia tido problemas pastoras em Corinto e que agora como pastor em Éfeso ele iria precisar de orientação e fortalecimento. A epístola é o livro de leitura final do curso de Teologia de Timóteo. Até onde se sabe, Paulo não fez uma prova final com Timóteo. Em nossa perícope, Paulo lembra Timóteo que Deus mostrou sua misericórdia no Cristo que veio buscar e salvar o perdido (Lc 19.10). E essa misericórdia é um dilúvio de graça sobre cada cristão e pastor.

Transbordou a graça de Deus = envia misericórdia a nós. [quiasmo].Designa para o ministério para que os que virão a crer vem a pacinecia de Deus. Chama. Trabalha tanto o querer como o fazer. Ele mesmo atua em nós. Ele mesmo capacita. A Missão é de Deus. Está centrada em Deus. Somos instrumentos em suas mãos. Não temos nada que olhar para nós mesmos. Pois Deus olha para nós.

d. Final:

A misericórdia de Deus é um dilúvio de sua graça

Pastores, teologandos, professoras sinodais e professores de seminário estão sujeitas a um tipo de gripe espiritual: a gripe pastoral. Essa gripe nos faz sentir incapazes para o trabalho do evangelho. Quando estamos com essa gripe, surgem sentimentos de “eu não posso, eu não consigo ser pastor” ou “não tenho capacidade para vencer os obstáculos do ministério”. Graças ao médico dos médicos, essa gripe tem cura. O remédio que Deus nos dá é a sua própria misericórdia – um dilúvio de sua graça. Ao longo do estudo, nós estudaremos melhor a gripe pastoral e principalmente ao seu remédio.

Timóteo foi um pastor que esteve em grande perigo de ser infectado com o vírus da gripe pastoral. Para entendermos melhor, vamos analisar o currículo do Reverendo Timóteo. Ele é filho de mãe judia-cristã e pai grego. Ele estudou as Escrituras desde a infância com sua avó. Como teologando, Timóteo acompanhou o professor Paulo nas segunda e terceira viagens missionárias. Podemos dizer que seu estágio foi em vários lugares. Foi enviado a Corinto onde encontrou sérias dificuldades na comunidade e precisou relatar tudo a Paulo. Depois, esteve com Paulo na Macedônia, Jerusalém e por fim, foi enviado a Filipos. Como primeiro chamado, em 53-55 A.D., o pastor Timóteo recebeu a incumbência de pastorear a paróquia de Éfeso. Nesta época o pastor-fuks Timóteo tinha cerca de 30 anos de idade. Em Éfeso, Timóteo estava enfrentando problemas com heresias judaizantes. Essa era um situação difícil que requeria coragem por parte do recém formado pastor de Éfeso. Era um grande desafio para Timóteo. Tal situação poderia acarretar um séria gripe pastoral no jovem pastor. Diante de tantos problemas, Timóteo poderia se sentir fraco, incapaz e medroso. Ele precisava de orientação e fortalecimento para o seu ministério.

Como na vida de Timóteo, há várias situações em nossas vidas que acarretam a gripe pastoral. Essa doença faz nos sentir incapazes para o trabalho do Senhor. Essa doença possui inúmeras vias de contágio. Às vezes damos o sangue pregando o evangelho em visitas no Piracuama ou em sermões e não enxergamos resultados. Pensamos que não temos capacidade para ser pastor e fazer visitas missionárias ou pregar. Pronto. Já se instalou a gripe pastoral. Outra via de contágio são as enormes dificuldades que parecem intransponíveis. Eu lembro que o primeiro contato com o grego é marcante. Muitos chegam a pensar em desistir da Teologia pensando que não conseguiram aprender grego. Certa vez, houve um caso interessante de gripe pastoral: um amigo seminarista chegou atribulado a mim e disse: “Fukue, eu acho que vou parar teologia. Eu não sei se consigo aplicar e distinguir corretamente lei e evangelho. Um erro meu no futuro pode afastar alguém da fé. Creio que não vou ser um bom pastor. Antes que coisas piores aconteçam, é melhor eu ir estudar outra coisa.” Essa gripe pastoral atingiu até heróis do AT: Moisés e Jeremias no auge da doença clamaram a Deus: “Senhor, tu me escolheste para o ministério do evangelho mas, sinto que não sou capaz.”

A gripe pastoral atua da seguinte forma: retira nossos olhos de Deus e nos faz olhar somente para nós mesmo. De fato, nenhum de nós tem capacidade em si mesmo de servir a Deus no ministério. Somo inúteis. A gripe pastoral apenas constata a verdade de que nós mesmos não conseguimos servir a Deus satisfatoriamente.

Como Deus cura esta doença? Veremos em nossa perícope. Como vimos anteriormente, Timóteo enfrentava problemas na paróquia de Éfeso. Esses problemas eram energia em potencial para acarretar a gripe pastoral no jovem pastor. Deus usou Paulo para prevenir Timóteo da gripe que o poderia fazer sentir-se incapaz para o serviço ministerial em Éfeso. Paulo sabia que Timóteo já havia tido problemas pastorais em Corinto e que, agora como pastor em Éfeso, ele iria precisar de orientação e fortalecimento. Por isso, Paulo escreve uma epístola pastoral para Timóteo. A epístola é o livro de leitura final do curso de Teologia de Timóteo. Em nossa perícope, Paulo lembra de ação da graça de Cristo em sua vida. Ele escreve, no v. 12, que foi designado por Deus para o ministério. Não havia nada de bom em Paulo que fizesse Deus o escolher! Ao contrário, ele mesmo diz que era o pior dos pecadores no v.15. Portanto, a escolha de Paulo para o ministério tem a ver somente com Deus. Deus teve misericórdia de Paulo e o inundou com sua graça. Com o exemplo de sua vida, Paulo está dizendo o seguinte para Timóteo: “Olha garoto! Se Deus agiu misericordiosamente comigo – o principal dos pecadores – Ele irá agir misericordiosamente com você também! Da mesma forma como ele me designou para o ministério, ele também te designou!”

O remédio para a gripe pastoral está descrito nos versículo 13 e 14: a misericórdia de Deus em um dilúvio de graça! A graça que transborda junto com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. E esse remédio é para nós também! Para salvar nos salvar dos pecados, Cristo enviou um dilúvio de sua graça sobre nós! E toda essa graça não foi excesso mas necessidade. De fato, para que a humanidade fosse salva, era preciso um dilúvio da graça sobre o mundo. E esse dilúvio inicia-se na obra redentora de Cristo e se estende para todos os tempos e espaços do nosso universo. Ao nos inundar com sua graça, Cristo nos dá sua misericórdia. A palavra misericórdia, quando usada tendo Deus como sujeito, significa que Deus teve pena da humanidade e cumpriu suas promessas. E esse mesmo Deus que mostrou sua misericórdia no dilúvio de sua graça nos encoraja para os nossos estudos e ministério. Quando estamos com a gripe pastoral, Deus diz o seguinte: Jo 15.16 - “Oh rapaz, fica esperto! Não foi você que escolheu a mim ou escolheu o ministério como vocação. Não senhor! Fui eu, o teu Deus, que te escolhi e te fiz fiel designando você para o ministério. Foi eu que te chamei!” Dessa forma, Deus nos cura da gripe pastoral ao colocar em nossas mentes que a capacidade de trabalhar no ministério não provém de nós mesmos. A capacidade de ser teólogo, professor ou pastor provém de Deus que nos inunda com sua graça e misericórdia. Fl 2.13 diz que é Deus quem trabalha em nós tanto o querer como o realizar. A gripe pastoral de sentir-se incapaz para o ministério é banida do nosso espírito com 2 Co 3.5: “a nossa capacidade vem de Deus”! Dessa forma, ele nos faz parar de olhar somente para nós mesmos e nos faz olhar para Ele como o Deus que capacita para o ministério! Portanto, podemos ter certeza que Deus nos fará vencer todos os obstáculos.

Finalizando, quando a gripe pastoral - aquele sentimento de incapacidade - nos pegar, ao invés de olharmos para nossa própria miséria, olhemos para a graça e poder de Cristo! Lembremo-nos do dilúvio de graça que Cristo derramou sobre nós ao nos salvar a cruz!

MATEUS 9.35-10.8

4º Dom após Pentecostes

Texto: Mt 9.35-10.8

Tema: SEJAMOS TRABALHADORES DA SEARA DE DEUS

Que o nosso Pai Celestial, Todo Poderoso, e o seu Filho Jesus Cristo, o nosso Redentor e o Consolador Espírito Santo, estejam nos assistindo neste momento, quando queremos meditar nas Palavras lidas, destacando o tema:

Imaginem este quadro, há várias pessoas nele:

Pessoas doentes, exaustas, sem amparo médico, sem expectativa, em depressão profunda, achando que o dinheiro e a fama são as melhores coisas do mundo. Andam dum lado para outro sem saber para onde ir, perdidos, nervosos, sem alegria. São como se fossem ovelhas sem pastor.

Ou melhor, como vocês se sentem ao ver no noticiário da TV imagens de pessoas desesperadas nas filas de espera dos hospitais, aterrorizadas dentro de suas casas nas favelas do Rio, de Porto Alegre, com medo da guerra dos traficantes, ou em nossas próprias casas, com medo de sermos assaltados. Vemos pessoas agoniadas pela fome ou pela guerra, arrasadas pela morte violenta de um ente querido pelas mãos de um bandido.

São imagens deprimentes que nos despertam revolta e tristeza. Mas poucas vezes pensamos alem da miséria física e material daquelas pessoas - e suas almas, seus corações? Como estarão?

São Ovelhas sozinhas no deserto, não tendo com o que se alimentar e beber, pois não tem quem as conduza. Ovelhas sozinhas, desprotegidas, rodeadas de lobos, leões, onças famintas querendo devorá-las. E não tendo quem as proteja.

Jesus ao ver a multidão talvez tenha imaginado um quadro parecido com o nosso. Pois, lemos no nosso texto: “ficou com muita pena daquela gente porque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor”. O quadro que Jesus vê em nosso texto talvez não seja diferente: ele enxerga a alma daquela multidão e fica profundamente tocado, tem pena daquela gente que, embora não estivesse sendo massacrada pelos problemas modernos, estavam igualmente abatidas, desesperada e cansada espiritualmente, como ovelhas assustadas, correndo de um lado para o outro, sem conhecer seu pastor.

Diante disso, o Senhor Jesus diz aos seus discípulos: "A Seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai ao Senhor da Seara que mande trabalhadores para a sua seara". Jesus não espera mais. Ele envia seus discípulos ao encontro daquela multidão cansada e aflita; o Bom Pastor envia seus auxiliares para arrebanhar àquelas ovelhas que precisavam de um Pastor! O Senhor envia trabalhadores para sua Seara porque ama a cada ovelha perdida e quer tê-las em seus braços!

E hoje, ainda temos multidões aflitas e abandonadas? Com certeza sim. São multidões que andam de um lado para outro para buscar alimento, mas só encontram coisas estragadas para comer, não reconhecem que Cristo é o alimento verdadeiro para fortalecimento de suas almas.

Pessoas que buscam saciar sua sede, preferem beber água poluída, cheia de lixo a ter Cristo como a água da vida, que sacia sua sede duma vez por todas.

Há tantas e tantas pessoas que preferem ser uma ovelha solitária no mundo, do que estar com o Pastor Jesus.

Essas pessoas acham que a mensagem cristã é loucura: um homem que morreu numa cruz, que era muito pobre, andava de chinelos, nasceu numa estrebaria rodeada de esterco de animais, que este é o pastor que sabe o caminho, aliás, que é o próprio caminho, que é a verdadeira água da vida, onde as pessoas acham descanso, alegria, consolo, proteção, além de vida eterna.

Mais do que a miséria física, fome e a dor, as pessoas hoje estão mergulhadas numa grande miséria espiritual: correm atrás do sentido da vida, da paz interior, de forças para vencer os problemas e são exploradas por falsos pastores e mestres de todo o tipo. Muitos já desistiram desta busca e por isso se entregam as drogas, bebidas e aos prazeres do mundo...

Queridos irmãos, podemos ter certeza, somos e sempre seremos perseguidos e ridicularizados pela nossa fé. Por agirmos muitas vezes de forma contrária à do mundo:

* Não encarando o adultério com naturalidade;

* Vendo o aborto como um crime contra a vida;

* Amando esposa, filhos e amigos, e até “amar inimigos”.

* Valorizarmos a humildade em vez do luxo e extravagância.

* Vendo as pessoas como irmãos, e não apenas como objetos, que usamos e depois jogamos fora;

*Ver as pessoas como criaturas de Deus, e não como degraus que tenho que pisar por cima para subir na vida.

* Não se preocupar com perseguições e sofrimentos por estarmos nessa fé. Pois temos um Rei, que mesmo sendo desprezado é vitorioso.

O Senhor envia trabalhadores para sua Seara porque ama a cada ovelha perdida e quer tê-la em seus braços! Por amar a todos é que Jesus, inicialmente chama os doze, e depois este chamado é estendido a cada cristão, a mim e você, para que pessoas perdidas, sozinhas e desamparadas possam perceber que:

· Não conseguem se salvar a si próprias por fazer obras boas.

· Sem Cristo elas estão realmente perdidas e condenadas.

· Não adianta nada orar e pedir para que santos, pedaços de pau ou de pedra lhes ajudem, lhes salvem, lhes fortaleça, lhes dê esperança e forças para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia.

· Sem Cristo não somos nada.

Será que nós temos olhado as pessoas com os olhos de Cristo? Ou preferimos ignorar o destino espiritual das pessoas? Pense em seus parentes, amigos, colegas de trabalho ou escola, vizinhos: será que eles não estão como ovelhas sem pastor: procuram solução e apoio em Centros Espíritas, ou entregam-se a libertinagem e ao materialismo, buscando com toda a força por dinheiro, bens materiais, custe o que custar? Eles fingem estarem satisfeitos e felizes, pensando que estas coisas lhes darão paz real para o seu viver e a esperança diante da morte!

É preciso que aprendamos a enxergar além das aparências, para a alma das pessoas que nos cercam! Então ficaremos inquietos e tocados com a triste realidade dos que não tem o Bom Pastor em suas vidas.

E não só isso: vamos orar para que Deus envie cada vez mais trabalhadores a sua Seara, que não são apenas pastores, mas cristãos que se inquietem com a realidade de miséria espiritual das pessoas e que se dediquem de coração a obra de evangelização do mundo.

E mais: Jesus nos conduz aos pastos bem verdes de sua palavra e nos sacia a sede com a água da vida que ele nos dá por meio da Santa Ceia. Além disso, diariamente nos dá muitas bênçãos materiais: nos dá saúde, emprego, família, amigos, bens, etc. isto é graça de Deus! Isto é o amor divino do qual nós todos somos alvo!

Deus quer usar a cada um de nós! Deus precisa de cooperados com ele em sua Seara! Ele nos deu a semente poderosa da Palavra e as ferramentas que são os dons do Espírito Santo e ainda nos promete sua companhia e o seu poder em nosso testemunho do evangelho ao mundo. O que estamos esperando? O Senhor Jesus voltará a qualquer momento para a grande colheita do Juízo! Vamos trabalhar!

Sejamos trabalhadores na Seara de Deus! Não nos omitamos diante da triste realidade espiritual das pessoas que nos cercam.

Vamos semear, cultivar a Palavra e colher para o Reino de Deus. Vamos apontar as pessoas o Bom Pastor que pode dar segurança, descanso e paz verdadeira!

Jesus nos promete: "O ceifeiro recebe desde já recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna” (Jo 4.36). Assim, que possamos desde já, como trabalhadores da Seara, receber as bênçãos do Senhor da Seara e, no Juízo, a vida eterna com Deus! Amém.

JOÃO 20.19-31

Texto: João 20.19-31

Tema: É DIFICIL ACREDITAR!

Jo 20.25 – Se eu não vir os sinais dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer.

Hoje em dia, as crianças são muito espertas. Ex.: Uma menina estava folhando um livro de historias quando viu a figura de um coelhinho entregando ovos de Páscoa. Perguntou: “Papai, ele consegue entrar aqui em casa também?” O Pai respondeu: “Você não lembra que ele já fez isso minha Filha, na semana passada mesmo, ele entrou e deixou doces a você?” pergunto a menina: “Quer dizer que ele faz esses ovos todos e entra aqui em casa sem chave com um cesto assim grande, todo carregado?” a Menina então afirmou: “Eu não acredito nesse tal de coelhinho da páscoa!”.

O que essa menina falou foi também à resposta de Tomé: Eu não acredito nesta tal de ressurreição! Alguns discípulos tiveram a felicidade naquela manhã de dizer: Vimos o Senhor. Ele ressuscitou! Tomé no entanto não acreditou, nesta noticia, enfrentou tudo isso com um posicionamento digno de um cidadão do século XXI, que duvida de tudo e de todos: Ele disse: é difícil acreditar no que vocês estão me contando! E para nós hoje será que é mais fácil acreditar sem questionar na ressurreição de Cristo?

I - Do jeito como nós normalmente vemos as coisas, Tomé estava certo. Nossas mentes não acreditam nas coisas assim rapidamente, pois somos enganados diariamente pela mídia e por políticos corruptos. Somos assim, treinados a duvidar.

Estamos como Tomé – paramos para pensar um pouco e não conseguimos acreditar tão facilmente no que nos dizem. Aliás, nunca vimos alguém ressuscitar dos mortos!

II.- Mais do que qualquer outra geração da raça humana nós todos sabemos perfeitamente que não podemos confiar nas aparências, pois as aparências enganam, nem tudo que parece ser na verdade é. Mesmo assim, nós cremos... Por exemplo,...

- Os nossos olhos quantas vezes eles já nos enganaram? Quantas vezes você pensou que viu o rosto de uma pessoa conhecida em alguém totalmente estranho? Quantas vezes você viu um galho seco caído no quintal de casa e pensou que fosse uma cobra? Quantas vezes você já viu as formas perfeitas de algum objeto nas nuvens do céu? Nós cremos no que os nossos olhos vêem – mas eles nos iludem.

Jesus porém não nos deixou provas concretas de que Ele ressuscitou. Ele só deixou testemunhos de pessoas e claro a sua Palavra que diz claramente que ele ressuscitou, como por exemplo em João 2.19, que diz: “derrubem este templo e eu o construirei de novo em três dias”.

Jesus parece conhecer o homem, a nós e nossas duvidas e por isso, apareceu a Tomé para tirar-lhe as dúvidas que tinha a respeito da ressurreição. E hoje ele chega até nós com sua Palavra e com os Sacramentos comprovando assim sua vitória sob a morte.

V - É exatamente aí que está a solução para as nossas dúvidas sobre a ressurreição. Nossas duvidas não são removidas por meio de uma prova concreta, palpável, mas pela fé, quando nós nos encontramos pessoalmente com Jesus. Foi por isso que Tomé tirou suas duvidas no dia em que Jesus lhe apareceu. Ele não fez um interrogatório com Jesus para comprovar a sua identidade. Ele não pediu uma amostra de sangue para compará-la com o sangue que foi derramado na cruz. Tomé simplesmente caiu de joelhos e exclamou: Senhor meu, e Deus meu!

A nossa fé terá problemas se nós só acreditarmos na ressurreição e na vitória de Jesus sobre Satanás no momento que encontrarmos uma prova científica, indiscutível. Essa prova é inútil! A ressurreição não precisa da nossa aprovação para ser verdadeira. Deus nos confronta com fatos que foram presenciados pelos primeiros cristãos e apela para que nós confiemos nos seus relatos.

A coisa mais estranha é que hoje, em pleno século XXI as pessoas estão sedentas por acreditar em alguma coisa. Os cultos e seitas estão se multiplicando na nossa sociedade. As pessoas seguem qualquer espécie de guru ou de vidente espiritual. Esses líderes constroem caminhos de salvação partindo dos seus próprios sonhos – e as pessoas dos nossos dias os seguem sem duvidar, questionar!

Porque acreditamos mais facilmente naquilo que outros ensinam, ou em nossos próprios sentidos que muitas vezes nos traem, mas achamos difícil acreditar no que Deus nos diz?

Deus nunca mentiu para nós. Suas palavras sempre foram verdadeiras. A Bíblia foi escrita pela mão de mais de 40 pessoas diferentes, vários escritores e um único autor, pois foi toda ela revelada por Deus. As suas profecias realmente aconteceram. O próprio Deus (Nm 23, 19) nos diz: “Deus não é como os homens, que mentem”

Como Tomé e as pessoas do tempo de Jesus, nós queremos mais provas. Talvez Deus pudesse fazer alguma coisa a mais para nos dar certeza da ressurreição! Se nós pudéssemos encontrar o verdadeiro túmulo de Jesus e comprovar que ele está realmente vazio. Se houvessem condições de tirar todas as dúvidas a respeito do Santo Sudário para comprovar que ele realmente é legítimo.

O que é estranho na história de Tomé é que ele, que queria tantas provas concretas a respeito da ressurreição de Jesus, não chegou a tocar no corpo do Salvador quando este lhe apareceu. Tomé compreendeu que não precisamos ver para crer. E, pela fé, nós nos encontramos pessoalmente com Jesus na sua Palavra e nos Sacramentos.

Conta-se à história de um artista que fazia exibições andando por um cabo de aço esticado entre dois edifícios. Antes de uma das suas demonstrações, ele perguntou à platéia: “quantos de vocês acham que eu vou conseguir fazer essa caminhada empurrando um carrinho de mão?” Um bom número de pessoas levantou a mão. Então ele continuou: “E quantos de vocês teriam a coragem de ficar no carrinho de mão enquanto eu apresento o meu número?” Apenas um garoto levantou a mão – o seu próprio filho.

Foi mais ou menos isso que aconteceu com Tomé depois da Ressurreição – ele colocou a sua vida nas mãos de Jesus, ou melhor, então Jesus o abraçou como ele era! Ele confiou em Jesus plenamente e se se lançou no trabalho do seu Reino, investindo tudo o que tinha na verdade da ressurreição. Sua dúvida se transformou em fé e ele se tornou uma testemunha da vitória de Jesus sobre a morte.

A duvida faz parte do ser humano, mesmo quando questionamos esta Obra de Cristo, este ato de amor que Cristo teve por nós, Ele quer nos ter em seus braços para nos confortar e nos dar seu maravilhoso presente à ressurreição, a sua obra para que desta forma sejamos salvos.