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17 junho 2011

1 TIMOTEO 1.12-15

Mensagem: 1 Tm 1.12-16

4º Domingo após Pentecostes – Tradicional Reformulada

Pregação na Capela no dia 14 de junho de 2005.

Que o nosso Pai Celestial, Todo Poderoso, e o seu Filho Jesus Cristo, o nosso Redentor e o Consolador Espírito Santo, estejam nos assistindo neste momento, quando queremos meditar nas Palavras lidas, destacando o tema:

Tema: Cristo veio salvar pecadores!

Estimados colegas e professores, este texto de 1Tm 1.12-16 nos faz lembrar de quem era realmente Paulo. Um Paulo antes chamado Saulo, um perseguidor dos cristãos. O qual condena e maltrata qualquer um que diz ser seguidor deste Jesus de Nazaré. Podemos ver isso no texto de At 8.3: Porém Saulo se esforçava para acabar com a igreja. Ele ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e os jogava na cadeia. Mas, será que este homem que tanto perseguia os cristãos é o mesmo, que agora é conhecido por Paulo, o grande pregador da fé cristã.

Sim, este é o mesmo, é a mesma pessoa que apesar de ter dito blasfêmias contra Jesus e de ter perseguido e insultado os cristãos, mas que agora, o próprio Cristo Jesus o escolhe para servi-lo. Agora este homem, Saulo, é um instrumento de Deus para pregar a salvação, para anunciar Jesus Cristo para todos os confins da terra.

E é Jesus que torna Paulo, digno de ser um pregador da fé cristã. E Paulo reconhece que ele é um instrumento na mão de Cristo, que apesar de tudo o que ele fez, Cristo o considerou fiel para o ministério. Paulo reconhece em primeiro lugar que ele é o pior de todos os pecadores, ele aponta primeiramente a flecha da lei para ele mesmo, e não somente para outros.

Com esta atitude de Paulo em dizer que ele é o principal de todos os pecadores, ele que mostrar para o jovem Timóteo e para cada um de nós, para cada pregador e futuros pregadores do Evangelho, que é muito fácil querer apontar os erros dos outros, falar dos pecados que os outros cometem, aplicar a lei somente para as outras pessoas.

Mas será que o pastor não tem problemas? Será que o pastor também não comete pecados? Muitas vezes caímos na hipocrisia de falar do pecado apenas fora de nós.

No entanto com esta atitude de Paulo, precisamos aprender a reconhecer as nossas falhas, reconhecer que não somos perfeitos, não somos melhores que os outros só porque temos um curso de teologia. Precisamos ser humildes afirmando assim como Paulo: eu sou o principal de todos os pecadores, Cristo veio para salvar pessoas como eu, um pecador que depende unicamente da misericórdia de Deus.

E este maravilhoso amor de Deus, em ter entregado o seu próprio Filho Jesus Cristo para morrer na cruz, para que tenhamos salvação, é esse amor que precisamos revelar para as outras pessoas, para que creiam e sejam salvos da morte eterna. Devemos proclamar que Deus é amoroso, é justo, é fiel, é misericordioso e bondoso e quer salvar a todas as pessoas.

Quem são essas pessoas: Aquelas que a lei de Deus e dos homens as condenam. A quem somente a misericórdia de Deus pode valer. São aquelas que já se sentem rejeitadas pela sociedade, pela própria igreja, aquelas que se acham que estão perdidas por causa de seus pecados. É para essas pessoas que Cristo veio, para salvar os pecadores, para dar perdão a essas pessoas que não se acham dignas de virem para a igreja por não terem uma roupa adequada, por não terem condições de pagar a passagem do ônibus, de contribuir para a igreja.

Nestas pessoas que Deus é encontrado e amado, ali é que Ele pode ser servido e ministrado por quem quer que queira ministrá-lo e servi-lo, desta maneira, o mandamento do amor de Deus é reduzido integralmente ao amor ao próximo. Foi por este motivo que Cristo assumiu a forma de um servo. Foi por esse motivo que Cristo veio ao mundo, para trazer a salvação para estas pessoas que se acham perdidas em seus pecados.

E essa graça de Deus, o amor que Deus demonstrou para com a humanidade em Cristo é muito maior do que qualquer pecado, e essa graça é que precisa ser pregada para todas as pessoas, e para nós especialmente, pois nós futuros pregadores da Palavra também precisamos da graça de Deus, pois somos pecadores com qualquer outra pessoa. ///

Mui estimados em Cristo, que Deus nos ajude a sermos fiéis ministros de sua Palavra, e sempre reconhecer que é Cristo que nos torna dignos de sermos anunciadores do seu Evangelho. Que Deus nos ajude a sermos modelos da sua graça para todas as pessoas que hão de crer em Cristo para a vida eterna. Amém.

1 TIMÓTEO 1.12-15

Sermão

Que a graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai, e de Cristo Jesus nosso Senhor estejam convosco, Amém.

Introdução

O tema da mensagem de hoje baseado no texto: de I Timóteo 1.12-17 é: Sejamos Agradecidos.

“Sou grato”. Ser ou estar agradecido. Esta é uma expressão que muitas vezes falamos para expressar nosso agradecimento a alguém por algo que nos fez de bom.

No nosso texto o apóstolo Paulo está dando o seu testemunho para Timóteo de como a misericórdia e a graça de Deus nele foram abundantes e como esta graça e misericórdia estiveram operando através dele.

Nós também recebemos essa graça de Deus.

Mas, como se manifestou ou como se manifesta a graça, ou o amor de Deus?

A graça, ou o amor, de Deus se manifestou em nós quando Ele deu Jesus Cristo para ser o nosso Salvador. Esta graça também se manifesta hoje quando Ele fortalece a nossa fé para que através do nosso testemunho outras pessoas possam ser salvas.

1ª Parte

O apóstolo Paulo, como sabemos , foi um grande instrumento na mão de Deus para levar a Boa Nova do Evangelho.

Mas nem sempre foi assim. É isso que ele quer mostrar quando diz: que era blasfemo, perseguidor e insolente. Paulo antes de ser convertido perseguiu e prendeu muitos cristãos da sua época. Vemos isto e Atos cap.8. vers.3. que diz: “Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.”

Paulo fazia tudo isso pensando que estava certo, que estava cumprindo a lei, fazia parte da sua função. Mas essa era uma lei de homens e não de Deus. A lei dos homens nem sempre faz aquilo que Deus quer.

Nós também fazemos muitas coisas que não condizem com a vontade de Deus. Fazemos, assim como Paulo, na ignorância e na incredulidade.

Fazemos na ignorância quando não sabemos a real vontade de Deus. Cumprimos leis que nos foram ensinadas sem conhecermos quem as fez ou com que propósitos foram feitas. Somos capazes de até brigar por causa delas. Para sermos conhecedores da vontade, da lei de Deus temos que estudar, temos que ouvir a Sua palavra.

Nós fazemos na incredulidade quando a ouvimos e mesmo tomando conhecimento da vontade de Deus não cremos nela, ou, se cremos, não é o suficiente para depositarmos total confiança nela. As leis que nos foram ensinadas falam mais alto. O nosso coração está duro como pedra. Nossa fé é fraca e isso nos afasta de Deus.

A vontade de Deus é de que todos sejamos salvos.

A lei de Deus condena, não salva ninguém. O que há de bom no fato de conhecer sua lei é que ela nos mostra o quanto somos pecadores, o quanto necessitamos da sua graça. Graça esta que é Jesus Cristo, seu Filho, nosso Salvador. Mas nem tudo está perdido. Se por um lado Deus é justo e exigente no cumprimento da lei, quer que vivamos segundo a sua vontade, Ele também é misericordioso e longânimo, ou seja, é bondoso, é generoso para conosco pecadores.

Deus é misericordioso porque, por amor à humanidade, enviou Jesus para cumprir a sua lei em nosso lugar, para que nós, por intermédio de Jesus, fossemos salvos, considerados fiéis aos seus olhos.

Deus é bondoso, é generoso porque está sempre disposto a nos perdoar quando blasfemamos, insultamos ou provocamos, quando somos infiéis ou incrédulos para com Ele.

Quando um pecador é convertido ou se arrepende e volta para Deus novamente, ele fica feliz. Jesus diz isso no final da parábola da dracma perdida em Lucas cap.15.vers.10 a pouco lida que diz “ eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.”

Jesus vem a nós pela Palavra e pelos Sacramentos. Estes dois, Palavra e Sacramentos são os meios que Deus usa para manifestar o seu amor, sua graça para conosco pecadores. Através deles temos o fortalecimento da fé. Por meio de Jesus Cristo somos declarados fiéis e crendo nele temos a certeza da vida eterna.

2ª Parte

Deus também nos dá a sua graça, seu amor fortalecendo nossa fé, para que nós levemos Jesus ao conhecimento de outras pessoas, para que elas também sejam salvas.

Existem aqueles que ainda não sabem do amor que Deus tem por eles. Estas pessoas estão longe de Deus, seguindo a sua própria razão, seguindo leis feitas por homens, ou até mesmo o interesses de outros. Esqueceram ou nem mesmo sabem que Jesus existe.

Deus nos dá o entendimento necessário através da sua Palavra e do seu Espírito Santo, para que possamos, entender, diferenciar o que é certo do que é errado, entre o que Ele quer e o que Ele não quer que façamos.

Se as pessoas são incrédulas, mostremos Jesus para que creiam Nele

Se são infiéis, mostremos a lei de Deus e através de quem ela pode ser cumprida.

Se são ignorantes na Palavra de Deus, ensinemos com amor o que nossos pais, professores de escola bíblica, nossos pastores nos ensinaram. Ensinemos o quanto Jesus os ama.

Estas coisas podemos fazer se temos comunhão com Cristo Se estudamos a Sua Palavra constantemente para nos fortalecer a fé.

Sejamos misericordiosos e longânimos com o nosso próximo assim como Deus é para conosco.

A maravilhosa Graça de Deus, Jesus Cristo, devemos revelar a outros, para que creiam e sejam salvos da morte eterna. Devemos proclamar que Deus é amoroso, é justo, é fiél, é misericordioso e bondoso e que quer a todos salvar

Sejamos nós também generosos e bondosos com o próximo, perdoando-lhes as injúrias, blasfêmias, insultos e provocações assim como Deus nos perdoou.

Para estas pessoas Deus quer que sejamos instrumentos, assim como Paulo o foi. Que levemos a Boa Nova do Evangelho, Jesus Cristo, ao conhecimento delas para que assim o Espírito Santo possa converte-los, operar neles a fé salvadora e dar-lhes a vida eterna

Mas para fazermos isso, nos temos que estar em constante contato com a Palavra de Deus, estudando, lendo, cantando, conversando sobre ela com os outros. Só assim poderemos firmar a nossa fé em Jesus. Só assim saberemos qual é a vontade de Deus, assim também não iremos atrás de falsos ensinamentos, os quais nos chegam no dia-a-dia como se fossem verdades.

Crendo e confiando na obra da redenção feita por Jesus Cristo, através do nosso testemunho muitos também poderão receber a Graça e o Amor de Deus manifestada aos homens.

Conclusão

Queridos irmãos, espelhemo-nos no exemplo o apóstolo Paulo.

Sejamos agradecidos, sejamos agradecidos pelo que Deus fez por nós.

Sejamos sempre agradecidos, pela prova de amor de Deus para conosco enviando Jesus, para nos salvar.

Sejamos muito agradecidos, testemunhando esse Amor. Desse modo não só estaremos dando graças a Deus pelo que ele nos fez como também estaremos cumprindo o que Jesus nos pediu; Sermos suas testemunhas.

Testemunhando o Amor de Deus também estaremos servindo de modelo a quantos hão de crer Nele para ter a vida eterna.

Por fim, que possamos sempre render graças a Deus, como Paulo fez dizendo: Assim, ao Rei eterno, imortal, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém.

1 TIMÓTEO 1.12-17

Sermão

Texto: 1 Tm 1:12-17

Destinatários/Data: ICSP / 04/10/2001:

A. EXEGESE

1- Crítica Textual

2- Análise Morfológica

12 Agradeço àquele que me fortaleceu, Cristo Jesus o nosso Senhor que considerou-me fiel designando-me para o ministério

13 Mesmo antes, sendo eu blasfemo e perseguidor e violento perseguidor. ao contrário obtive misericórdia, pois pecando na ignorante fiz na descrença

14 Overflow a graça de nosso Deus com a fé e com o amor que há em Cristo Jesus

15 Fiel é a palavra e digna de toda aceitação que Cristo Jesus veio ao mundo salvar pecadores dos quais eu sou o primeiro.

16 Mas, por causa disso me foi concedida misericórdia a fim de que em mim, o primeiro, Cristo Jesus mostrasse a sua completa paciência para exemplo dos que virão a crer nele para a vida eterna

17 Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória para eternidade das eternidades. Amém.

3- Sintaxe e Estrutura / ESTRUTURA

Seção I- Acerca do apóstolo Paulo

A- Eu agradeço a Jesus nosso Senhor:

1- que me fortaleceu.

2- que me considerou fiel designando-me para o ministério.

B- a mim que, noutro tempo, era blasfemo, perseguidor e violento insolente. Ao contrário, foi me concedida misericórdia, pois pecando na ignorância fiz na descrença.

C- Transbordou a graça de nosso Deus com fé e com amor que há em Cristo

Seção II-A palavra: Cristo busca os pecadores.

A- A palavra [Cristo Jesus veio ao mundo salvar pecadores] é fiel e digna de toda a aceitação.

B- quanto aos pecadores, eu sou o principal!

C-E por ser o principal, foi concedida misericórdia a mim

1-a fim de que em mim, o primeiro, se mostrasse Cristo Jesus a sua completa paciência para exemplo dos que virão a crer nele para a vida eterna

Seção IV - Doxologia – fim da perícope.

Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória para eternidade das eternidades. Amém.

Parece haver um quiasmo na perícope:

A- Eu agradeço a Deus......

B- Jesus fortalece e designa o apóstolo para o ministério

C- Antes era perseguidor, blasfemo e insolente

D- Obteve misericórdia

E- Superabundou a graça

E- A palvra fiel e digna de confiança é: Cristo veio salvar o pecador

D- Obteve misericórdia

C- Sendo o pior dos pecadores

B- a fim de que Cristo mostrasse sua completa paciência.

A- doxologia

1- Comparar Versões

RC traz consolou-me ao invés de fortaleceu-me (v.12).

NTLH e GNB são bastantes dinâmicas.

RA, DHH e NIV seguem o grego.

2- Contexto / CONTEXTO

CIA: Saudação. O ministério de Timóteo em Éfeso combateu falsas doutrina. A lei é boa. Objetivo da lei: mostrar o pecado.

CIP: Paulo exorta Timóteo a combater o bom combate firmado nas promessas evangélicas (profecias). Exortação à oração.

Timóteo: filho de judia crente e grego. É chamado por Paulo de “filho verdadeiro na fé” e “amado filho”. Foi incluído no grupo missionário que levaria o evangelho à Europa. Recebeu o encargo de zelar pela boa doutrina em Éfeso. Tinha pelo menos 30 anos de idade. Participou da primeira e Segunda viagens missionárias. Foi encarregado de Paulo em Éfeso. Eusébio atesta que Tomóteo foi o primeiro bispo de Ëfeso.

Paulo: era cristão já havia 30 anos!

Cristo: único mediador entre Deus e os homens

Propósito da Epístola: Escrita em 62 – 65 na Macedônia. 1- Orientar quanto à maneira de refutar os falsos ensinos. 2- Exortar Timóteo a ser diligente no cumprimento de todos os seus deveres ministeriais.

3- Pesquisa sobre palavras-chaves

Misericórdia: ação de ser complacente à alguém. Sentir dó, pena da desgraça e situação alheia. Sentir com o coração.

Paciência: ação de suportar algo que incomoda e provém de fatores externos à si mesmo. Virtude.

4- Passagens Paralelas / PASSAGENS PARALELAS

Fp. 4.12: Tudo posso naquele...

At 9.15: “Vai por que este (Paulo) é instrumento escolhido para levar o meu nome aos gentios.”

At 8.3: Saulo assolava a igreja entrando nas casas e arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.

Rm 5.20: mas onde abundou o pecado, superabundou a graça.

1 Co 15.9: Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus.

3.1; 4.9; 2 Tm 2.11; Tt3.8: Fiel é esta palavra.

5- Principais idéias / PRINCIPAIS IDEÍAS

É Deus quem fortalece e designa para o ministério.

A graça transborda para todos os pecadores inclusive para o maior de todos.

Deus mostra sua força no fraco e pecador. Ele fortalece e regenera.

Agradecemos a Deus por isso e o louvamos (doxologia – v.17)

6- Doutrinas / DOUTRINAS

Justificação v. 14-16a

Santificação – v. 16b-17

7- Pensamento central / PENSAMENTO CENTRAL

Transbordou a graça de Deus com o amor e a fé que há em Cristo Jesus.

8- Consultar Comentários

v. 15: “Fiel é a palavra” é uma fórmula usada por Paulo somente nas pastorais: 3.1; 4.9; 2Tm 2.11; Tt 3.8.

B. PERSUASÃO

1- Objetivo

Convencer o cristão (pastor) que a graça de Deus atinge a todos os pecadores. Sua misericórdia mostra-se paciente a todos nós, por mais pecadores que somos. Deus é nossa força

2- Moléstia-LEI

Sentimento de incapacidade em servir a Deus. Esse sentimento denota que ênfase está no homem (antropocentrismo).

3- Meios-EVANGELHO

É Deus que efetua tudo em nós (tanto o querer como o realizar – Fl 2.13). Foi sua graça que transbordou sobre nós e isso é atestado em sua palavra que Cristo veio nos salvar.

C. HOMILÉTICA

1- Tema

A misericórdia de Deus é um dilúvio de sua graça!

2- Estrutura – partes do estudo

a. Introdução:

b. ParteI: Biografia do pastor Timóteo era pastor formado. Havia estudado desde pequeno com sua avó. Fez estágio com o doutor Paulo : 2 e 3 viagem missionária. Foi enviado a Corinto, Esteve com Paulo na Macedônia. Foi junto para Jerusalém, foi a Filipos. Primeiro chamado: Éfeso. Paulo escreve a epístola para fortalecer a fé do jovem pastor (30 anos) e encorajá-lo frente às dificuldades do ministério.

Crise espiritual do pastor ou teologando. Sentir-se incapaz para o trabalho do Senhor. “Faço de tudo, estudo, treino música, me empenho, mas acho que não sou capaz de ser pastor. Eu quero muito, mas não sou capaz. ” Semelhante à Moisés e à Jeremias achamo-nos incapazes para o trabalho que Deus nos propõe. Essa crise acontece quando não vemos resultados em nossos trabalhos ou falhamos em algo. Essa é uma visão antropocêntrica. Pensamos que o fundamental da ação está na gente mesmo.

Como Deus trata esse problema? Veremos em nossa perícope.

c. ParteII: Paulo tratava Timóteo como filho. Chamava-o de “verdadeiro filho na fé 1.1” e “filho amado 2 Tm 1.2.” Isso mostra o carinho especial de Paulo por Timóteo. Paulo sabia que Timóteo já havia tido problemas pastoras em Corinto e que agora como pastor em Éfeso ele iria precisar de orientação e fortalecimento. A epístola é o livro de leitura final do curso de Teologia de Timóteo. Até onde se sabe, Paulo não fez uma prova final com Timóteo. Em nossa perícope, Paulo lembra Timóteo que Deus mostrou sua misericórdia no Cristo que veio buscar e salvar o perdido (Lc 19.10). E essa misericórdia é um dilúvio de graça sobre cada cristão e pastor.

Transbordou a graça de Deus = envia misericórdia a nós. [quiasmo].Designa para o ministério para que os que virão a crer vem a pacinecia de Deus. Chama. Trabalha tanto o querer como o fazer. Ele mesmo atua em nós. Ele mesmo capacita. A Missão é de Deus. Está centrada em Deus. Somos instrumentos em suas mãos. Não temos nada que olhar para nós mesmos. Pois Deus olha para nós.

d. Final:

A misericórdia de Deus é um dilúvio de sua graça

Pastores, teologandos, professoras sinodais e professores de seminário estão sujeitas a um tipo de gripe espiritual: a gripe pastoral. Essa gripe nos faz sentir incapazes para o trabalho do evangelho. Quando estamos com essa gripe, surgem sentimentos de “eu não posso, eu não consigo ser pastor” ou “não tenho capacidade para vencer os obstáculos do ministério”. Graças ao médico dos médicos, essa gripe tem cura. O remédio que Deus nos dá é a sua própria misericórdia – um dilúvio de sua graça. Ao longo do estudo, nós estudaremos melhor a gripe pastoral e principalmente ao seu remédio.

Timóteo foi um pastor que esteve em grande perigo de ser infectado com o vírus da gripe pastoral. Para entendermos melhor, vamos analisar o currículo do Reverendo Timóteo. Ele é filho de mãe judia-cristã e pai grego. Ele estudou as Escrituras desde a infância com sua avó. Como teologando, Timóteo acompanhou o professor Paulo nas segunda e terceira viagens missionárias. Podemos dizer que seu estágio foi em vários lugares. Foi enviado a Corinto onde encontrou sérias dificuldades na comunidade e precisou relatar tudo a Paulo. Depois, esteve com Paulo na Macedônia, Jerusalém e por fim, foi enviado a Filipos. Como primeiro chamado, em 53-55 A.D., o pastor Timóteo recebeu a incumbência de pastorear a paróquia de Éfeso. Nesta época o pastor-fuks Timóteo tinha cerca de 30 anos de idade. Em Éfeso, Timóteo estava enfrentando problemas com heresias judaizantes. Essa era um situação difícil que requeria coragem por parte do recém formado pastor de Éfeso. Era um grande desafio para Timóteo. Tal situação poderia acarretar um séria gripe pastoral no jovem pastor. Diante de tantos problemas, Timóteo poderia se sentir fraco, incapaz e medroso. Ele precisava de orientação e fortalecimento para o seu ministério.

Como na vida de Timóteo, há várias situações em nossas vidas que acarretam a gripe pastoral. Essa doença faz nos sentir incapazes para o trabalho do Senhor. Essa doença possui inúmeras vias de contágio. Às vezes damos o sangue pregando o evangelho em visitas no Piracuama ou em sermões e não enxergamos resultados. Pensamos que não temos capacidade para ser pastor e fazer visitas missionárias ou pregar. Pronto. Já se instalou a gripe pastoral. Outra via de contágio são as enormes dificuldades que parecem intransponíveis. Eu lembro que o primeiro contato com o grego é marcante. Muitos chegam a pensar em desistir da Teologia pensando que não conseguiram aprender grego. Certa vez, houve um caso interessante de gripe pastoral: um amigo seminarista chegou atribulado a mim e disse: “Fukue, eu acho que vou parar teologia. Eu não sei se consigo aplicar e distinguir corretamente lei e evangelho. Um erro meu no futuro pode afastar alguém da fé. Creio que não vou ser um bom pastor. Antes que coisas piores aconteçam, é melhor eu ir estudar outra coisa.” Essa gripe pastoral atingiu até heróis do AT: Moisés e Jeremias no auge da doença clamaram a Deus: “Senhor, tu me escolheste para o ministério do evangelho mas, sinto que não sou capaz.”

A gripe pastoral atua da seguinte forma: retira nossos olhos de Deus e nos faz olhar somente para nós mesmo. De fato, nenhum de nós tem capacidade em si mesmo de servir a Deus no ministério. Somo inúteis. A gripe pastoral apenas constata a verdade de que nós mesmos não conseguimos servir a Deus satisfatoriamente.

Como Deus cura esta doença? Veremos em nossa perícope. Como vimos anteriormente, Timóteo enfrentava problemas na paróquia de Éfeso. Esses problemas eram energia em potencial para acarretar a gripe pastoral no jovem pastor. Deus usou Paulo para prevenir Timóteo da gripe que o poderia fazer sentir-se incapaz para o serviço ministerial em Éfeso. Paulo sabia que Timóteo já havia tido problemas pastorais em Corinto e que, agora como pastor em Éfeso, ele iria precisar de orientação e fortalecimento. Por isso, Paulo escreve uma epístola pastoral para Timóteo. A epístola é o livro de leitura final do curso de Teologia de Timóteo. Em nossa perícope, Paulo lembra de ação da graça de Cristo em sua vida. Ele escreve, no v. 12, que foi designado por Deus para o ministério. Não havia nada de bom em Paulo que fizesse Deus o escolher! Ao contrário, ele mesmo diz que era o pior dos pecadores no v.15. Portanto, a escolha de Paulo para o ministério tem a ver somente com Deus. Deus teve misericórdia de Paulo e o inundou com sua graça. Com o exemplo de sua vida, Paulo está dizendo o seguinte para Timóteo: “Olha garoto! Se Deus agiu misericordiosamente comigo – o principal dos pecadores – Ele irá agir misericordiosamente com você também! Da mesma forma como ele me designou para o ministério, ele também te designou!”

O remédio para a gripe pastoral está descrito nos versículo 13 e 14: a misericórdia de Deus em um dilúvio de graça! A graça que transborda junto com a fé e o amor que há em Cristo Jesus. E esse remédio é para nós também! Para salvar nos salvar dos pecados, Cristo enviou um dilúvio de sua graça sobre nós! E toda essa graça não foi excesso mas necessidade. De fato, para que a humanidade fosse salva, era preciso um dilúvio da graça sobre o mundo. E esse dilúvio inicia-se na obra redentora de Cristo e se estende para todos os tempos e espaços do nosso universo. Ao nos inundar com sua graça, Cristo nos dá sua misericórdia. A palavra misericórdia, quando usada tendo Deus como sujeito, significa que Deus teve pena da humanidade e cumpriu suas promessas. E esse mesmo Deus que mostrou sua misericórdia no dilúvio de sua graça nos encoraja para os nossos estudos e ministério. Quando estamos com a gripe pastoral, Deus diz o seguinte: Jo 15.16 - “Oh rapaz, fica esperto! Não foi você que escolheu a mim ou escolheu o ministério como vocação. Não senhor! Fui eu, o teu Deus, que te escolhi e te fiz fiel designando você para o ministério. Foi eu que te chamei!” Dessa forma, Deus nos cura da gripe pastoral ao colocar em nossas mentes que a capacidade de trabalhar no ministério não provém de nós mesmos. A capacidade de ser teólogo, professor ou pastor provém de Deus que nos inunda com sua graça e misericórdia. Fl 2.13 diz que é Deus quem trabalha em nós tanto o querer como o realizar. A gripe pastoral de sentir-se incapaz para o ministério é banida do nosso espírito com 2 Co 3.5: “a nossa capacidade vem de Deus”! Dessa forma, ele nos faz parar de olhar somente para nós mesmos e nos faz olhar para Ele como o Deus que capacita para o ministério! Portanto, podemos ter certeza que Deus nos fará vencer todos os obstáculos.

Finalizando, quando a gripe pastoral - aquele sentimento de incapacidade - nos pegar, ao invés de olharmos para nossa própria miséria, olhemos para a graça e poder de Cristo! Lembremo-nos do dilúvio de graça que Cristo derramou sobre nós ao nos salvar a cruz!