25 abril 2025
PAPADO
O que a morte do Papa Francisco pode nos ensinar?
Na segunda-feira após o Domingo de Páscoa, o mundo recebeu a notícia da morte do Papa Francisco. Uma figura admirada por muitos e criticada por outros — dentro e fora da Igreja Católica. Independentemente de nossa tradição religiosa, é inegável que ele deixou uma marca profunda em sua geração.
“É evidente que este é um falso, ímpio, tirânico e blasfemo dogma, pois contradiz abertamente os artigos principais do evangelho.”
(Tratado sobre o Poder e o Primado do Papa)
O mesmo tratado lembra que Cristo é o único Cabeça da Igreja (Ef 1.22; Cl 1.18), e que o verdadeiro ministério cristão está a serviço do evangelho — não acima dele.
A Confissão de Augsburgo reforça essa verdade com simplicidade:
“A Igreja é a congregação dos santos na qual o evangelho é corretamente ensinado e os sacramentos corretamente administrados.”
(CA VII)
Apesar disso, reconhecer os erros institucionais não significa perder a humanidade. Francisco foi, sim, um homem de convicções — e também de limitações. Muitos se inspiraram por sua simplicidade, seu cuidado com os pobres, seu desejo de diálogo. E mesmo em desacordo teológico, podemos reconhecer: ele procurou liderar com presença, e não apenas com poder.

O apóstolo Paulo nos lembra: “Chorem com os que choram” (Rm 12.15). Isso também é parte do nosso testemunho. E é por isso que, neste momento de luto, não respondemos com sarcasmo ou orgulho, mas com empatia.
Francisco se foi. Mas Cristo vive.
E enquanto caminhamos com fé, que possamos continuar aprendendo — não com as estruturas do mundo, mas com o modelo do nosso Salvador: liderar com humildade, servir com amor, viver para a glória de Deus.

Que nossa esperança permaneça firme não em homens, mas em Jesus Cristo, nosso único Senhor e verdadeiro Cabeça da Igreja. Rev. Lucas P. Graffunder
24 abril 2025
A VIDA NÃO É UMA APOSTA
Sites de apostas, as populares bets, estão consolidadas no Brasil. Em um curto espaço de tempo, cerca de 7 anos, o mercado brasileiro de apostas online cresceu tanto que só fica atrás dos Estados Unidos e do Reino Unido. É um dos maiores do mundo! De acordo com especialistas, sites de apostas são bolados para fisgar um público em especial. Jovens homens, de 20 a 30 anos e economicamente frágeis. Os dados do Datafolha são de que, em média, se gasta R$ 263,00 mensais em apostas. Em agosto de 2024, beneficiários do Bolsa Família colocaram 3 bilhões de reais nas bets.
Todo esse cenário moderno e poderoso de um novo caça-níquel está despertando o tom de cautela e cuidado com as apostas. Um alerta financeiro, diante do endividamento e gasto compulsivo em apostas. Mas também um alerta sobre a saúde mental e a vida social. Há um termo chamado ludopatia, que designa o vício no jogo. Nesse quesito, sites de apostas são gatilhos poderosos para se chegar ao fundo do poço. O uso descontrolado das bets tem o mesmo efeito das drogas no cérebro, gerando vício e dependência. Tanto que já existem diversos grupos de apoio, chamados de “Apostadores Anônimos”.
Nesse ritmo, tudo vira aposta. Qual time vai ganhar o jogo no futebol. Qual jogador vai receber cartão amarelo. E há rumores que casas de apostas já trabalham nas apostas para a escolha do novo papa. Mas tem algo que, definitivamente, não é uma aposta: a nossa vida. Viver não é uma questão de arriscar aquilo que deveria ser completamente seguro.
Quantos casamentos e lares foram destruídos por aventuras, apostas que pareciam ser tão atraentes, mas que depois revelaram seu preço de horror, vergonha e culpa. Quantos corações foram seduzidos por ofertas de transformação na vida espiritual, apostando em métodos e filosofias que nunca irão conduzir para a verdadeira vida que há em Cristo. Quantos rejeitaram o Reino de Deus, apostando com suas próprias vidas de que não há nada além do nascer, crescer e morrer.
Não aposte. Não coloque fora o que Deus te deu de presente. Sua vida. Seu lar. Sua família. Seu bom nome. E, especialmente, a salvação que há em Jesus. Há poucos dias celebramos a páscoa. O sangue de Jesus foi o pagamento definitivo para nosso resgate. Mesmo que nosso coração viva seus dilemas, agarre esse presente do Senhor, pela fé.
Então fica a dica: “escutem! – diz Jesus – Eu venho logo! Vou trazer comigo as minhas recompensas, para dá-las a cada um de acordo com o que tem feito” (Apocalipse 22.12). A vida não é um jogo de apostas. A verdadeira vida é o vencedor compartilhando sua vitória com todo aquele que nele crer.
Pastor Bruno Serves - CEL Cristo, Candelária RS
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