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22 fevereiro 2011

CONCEPÇÃO DE CULTO CRISTÃO

Concepção de Culto Cristão:
“Desde o NT temos testemunhos de cristãos se reunindo para celebrar a “Ceia do Senhor” ( 1 Co 11.20).” Também em Atos encontramos diferentes celebrações (At 2.42,46e47). Existem citações textos litúrgicas nas epístolas. Ex Fp 2.5ª11(Um tipo de confissão sobre Cristo). Assim temos exemplos bíblicos tanto de celebrações como componentes litúrgicos.
Termos usados pelo Novo Testamento ao referir-se ao culto:
A)“Latréia” é um dos mais usados é traduzido para o português como culto, adoração – tem sentido serviço religioso. Em Rm 12.1 é usado com o sentido simplesmente de culto - adoração:
·         “Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração (latréia) que vocês devem oferecer a Deus.” Rm 12.1 NTLH
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício(thysia) vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto (latréia) racional.” Idem RA
A palavra rogar, exortar era usado para as tropas irem a batalha. Aqui é um pedido que o apóstolo Paulo faz baseado na sua autoridade apostólica. A Base para o pedido é a misericórdia de Deus. O culto autêntica não é oferecer sacrifício de animais mortos, mas o verdadeiro culto é uma vida a serviço de Deus. Isto faz o filho de Deus não adotar ou imitar a conduta das pessoas não cristãs, que nos cercam.
·         Também aparece em Fp 3.3: “Nós adoramos (latréuntes) a Deus por meio do seu Espírito e nos alegramos na vida que temos em união com Cristo Jesus em vez de pormos a nossa confiança em cerimônias religiosas como a circuncisão.” NTLH
Aqui Paulo chama atenção que o verdadeiro culto não é observar o ritos do Antigo Testamento, mas através da fé em Cristo criada na pessoa pelo Espírito Santo é uma adoração a Deus. Uma ação de Deus  de Espírito Santo na pessoa.
B) Um outro termo usado é termo “proskynein” que aparece no texto da tentação de Jesus – Mt 4.10 e Lc 4.8: “Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás (proskynein) , e só a ele darás culto (latreuseis).” “Proskynéo = prostrar-se para adorar, reverenciar, prostrar diante de uma pessoa e beijar-lhe os pés. Jesus explica para a mulher samaritana que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade (João 4.23).

O Que é Culto?
Em círculos católicos romanos tem descrito culto como “a glorificação de Deus e a santificação da humanidade”. Vejam que o culto serve para santificação da humanidade.
Teólogos evangélicos definem que o culto cristão está ligado diretamente aos eventos da história da salvação.  Cada evento nesse culto está ligado ao tempo e à história enquanto cria pontes e traz para o nosso tempo. Hoon afirma “o núcleo do culto é Deus agindo para dar vida”. Tudo que se faz como pessoa ou igreja é afetado pelo culto. Segundo Hoon, a vida cristã é uma vida litúrgica. Segundo Hoon, “o culto cristão é a auto-revelação de Deus em Jesus Cristo e a resposta do ser humano.[1]
Conceito Luterano
Peter Brunner usa o termo alemão Gottesdienst, que tem tanto a conotação de serviço de Deus aos seres humanos quanto a de serviço dos seres humanos a Deus. Brunner usa esta ambigüidade do termo e fala da dualidade do culto. Ele fala em seu livro Worship in the Name Jesus do “Culto como serviço de Deus à congregação” e numa segunda parte do “Culto como serviço da congregação perante de Deus”.  Hoon e Brunner são semelhantes na questão da dualidade do culto. Para Brunner Deus é atuante em ambas. Deus é quem atua do começo até fim e torna o culto possível: “A dádiva de Deus evoca a entrega humana a Deus.”
A autodoação de Deus ocorre tanto em eventos históricos passados quanto na atual “realidade-palavra do evento” no qual até mesmo a obra humana da proclamação é, a rigor, ação de Deus. O mesmo se aplica aos sacramentos, nos quais, por meio das nossas ações, é Deus que atua. Brunner cita Lutero, que afirma a respeito de culto “que nele nenhuma coisa aconteça exceto que nosso amado Senhor ele próprio fala a nós por meio de sua santa palavra  e que nós falemos com ele por meio de oração e canto de louvor. Os seres humanos respondem aos atos divinos de revelação a Deus pela oração e pelos hinos “Como ato da nova obediência conferida pelo Espírito Santo”. “A oração, afirma Brunner, “é a permissão que Deus dá a seus filhos de juntar suas vozes à discussão das suas questões. A dualidade do culto, em Brunner, é encoberta por um foco único, que é ação de Deus tanto em se autodoar quanto em instigar nossa resposta.[2] 

A concepção de culto Luterano difere da concepção de outras religiões e está diretamente ligado a idéia da salvação pela fé.          

Pode discernir-se facilmente a diferença entre esta fé e justiça da lei: Fé e latréia que recebe os benefícios oferecidos por Deus; justiça da lei a latréia que oferece a Deus méritos nossos. Pela fé Deus quer ser cultuado de maneira tal, que dele recebemos o que promete e oferece.[3]

Dois Aspectos da liturgia

Existe um aspecto na liturgia que é o componente cronológico baseado no ano

Eclesiástico. Ele começou e está centralizado na Páscoa, lembrando o triunfo

sobre a morte de Cristo. Posteriormente foram lembrados também outros fatos

relevantes para os cristãos. Hoje inicia-se com o Advento a vai-se até a Festa

da Santíssima Trindade a parte festiva do Calendário.

O segundo componente são os ofícios do culto que basicamente é a

administração da Palavra e sacramentos: Batismo e Santa Ceia. São estes os

 meios que Deus oferece a sua misericórdia.


Reflexão finais:

Como o conceito bíblico de culto influência a elaboração de nossas liturgias?



Marechal Cândido Rondon, 28 de novembro de 2010.

Elmer Teodoro Jagnow


.



[1] WHITE, James F. Introdução ao Culto Cristão. Tradução Walter Schlupp. São Lepoldo, Sinodal, 1997, p. 15
[2] BRUNNER, Peter. Worship in the Name of Jesus. St Louis, Concordia, 1968, p.125
[3] Apologia da Confissão de Augsburgo, artigo IV, parágrafo 49. Livro de Concórdia, Trad. Arnaldo Schüler. São Leopoldo e Porto Alegre, Sinodal e Concórdia, 1980, P. 117

CONTRATO PARTICULAR DE VIDA EM COMUM

CONTRATO PARTICULAR DE VIDA EM COMUM QUE FAZEM
PAULO RODRIGUES DOS SANTOS E LAURINDA LUCAS DE ANDRADE
                                       
            Aos 19 (quinze) dias do mês de março do ano de 2000, neste município e comarca de Alta Floresta do Oeste(RO), compareceram as partes entre si justas e combinadas para fazer o presente “Contrato Particular de Vida em Comum”, o qual se regerá mediante as cláusulas e condições seguintes:
PRIMEIRA CLÁUSULA: Que ele, PAULO RODRIGUES DOS SANTOS, brasileiro, viúvo, lavrador, nascido aos 10 de maio de 1936 em Pogaí(SP), filho de João Rodrigues dos Santos e de dona Maria Soares, portador da Cédula de Identidade RG - 31.903-SSP-MG e do CPF - 177.694.691-04 – neste ato simplesmente chamado de primeiro contratante.

SEGUNDA CLÁUSULA: Que ela, LAURINDA LUCAS DE ANDRADE, brasileira, viúva, nascida aos 1 de agosto de 1952, em Vila Pavão(ES), filha de Luiz Lucas e de dona Matilde Seifeldt Lucas, portadora da Cédula de Identidade RG -117827-SSP-RO e do CPF - 422.624.452-49 – neste ato simplesmente chamada de segunda contratante.

TERCEIRA CLÁUSULA: Que ambas as partes contratantes, acima nomeadas e qualificadas, manifestando livremente cada qual a sua vontade, expressaram o desejo de se unirem para uma vida em comum por tempo indeterminado, com conhecimento e aceitação dos familiares de ambos, embora os mesmos sejam maiores e livres para decidirem pelos seus atos.

QUARTA CLÁUSULA: Que desta data em diante e até que a presente união durar, todos os bens móveis ou imóveis adquiridos ou conseguidos pelo casal, pertencerão a ambos, ou seja, serão regidos pelo regime universal de comunhão de bens.

QUINTA CLÁUSULA: Que o primeiro contratante assume a responsabilidade como chefe da presente união, zelar pelo lar, prover a manutenção da segunda contratante em tudo o que for necessário, dentro de suas possibilidades, responsabilizando-se a zelar pela saúde, conforto e bem estar de ambos.

SEXTA CLÁUSULA: Que a segunda contratante se compromete e se obriga a respeitar o primeiro contratante como seu legítimo esposo, zelando pelo lar, providenciando e mantendo a limpeza e higiene do mesmo, cuidar das refeições, enfim todos os demais cuidados de uma dona de casa.

SÉTIMA CLÁUSULA: E assim ambas as partes, por sua livre e espontânea vontade, houveram por bem mandar datilografar o presente documento de Contrato Particular de Vida em Comum, o qual depois de lido e achado conforme, assinam e aceitam com  testemunhas abaixo assinados.

                                                           Alta Floresta do Oeste(RO), 19 de março de 2000

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                                                                                                        Paulo Rodrigues dos Santos

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                                                                                                          Laurinda Lucas de Andrade
TESTEMUNHAS:
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LITURGIA DA PAROUSIA

Ordem de Culto da Parusia


1. Acolhida

2. Hino de entrada

3. Invocação
O - Em nome do Pai o Criador.
C - Louvem o Senhor, todos os povos da terra! Louvem a sua glória e seu poder (Sl. 96.7)
O - Em nome Filho, o Salvador.
C – Amém. Vem, Senhor Jesus (Ap. 20.21)
O - Em nome do Espírito Santo, o Auxiliador.
C - Estou certo de que o Senhor está comigo; ele está ao meu lado direito e nada pode me abalar (Sl 16.8)
O - Ao nosso Deus pertencem para todo sempre o louvor, a glória, a sabedoria, a gratidão, a honra, o poder e a força! Amém (Ap.
C - Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso que era, que é e que há de vir (Ap 4.8)

4 – Confissão de pecados:
O - A palavra de Deus nos lembra que todos nascem em pecado (Sl 51.5) e que, por toda vida, todos tem inclinação para o mal (Gn 8.21). As Escrituras Sagradas também nos advertem que é o nosso pecado que nos separa Deus (Is 59.2) e que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). Mas o Senhor Jesus, justamente veio para trazer o perdão ao pecador arrependido e que nele crê. Assim, diante da sua iminente volta, ele nos chama a estarmos vigilantes na fé. Nesta certeza, confessemos os nossos pecados a Deus:

Todos - Ó Senhor Jesus, sabemos que voltarás em breve. Apesar disso e apesar da tua misericórdia, temos falhado em cumprir a tua vontade e nos desviado dos teus justos caminhos. Temos  falhado na vigilância da fé, na oração e no testemunho da tua verdade. Por causa dos nossos muitos pecados, na tua volta, merecemos a condenação. Confiamos, porem, na grandeza da tua misericórdia, na qual pedimos que perdoe todos os nossos pecados. Em teu, Senhor Jesus, oramos.  Amém
O- A todos que crêem e confessam-se culpados dos seus pecados, Jesus garante o perdão e promete a vida eterna. Ele diz que, na sua volta, os chamará de “benditos do meu Pai”.
C- Amém! Vem, Senhor Jesus!
5. Salmo.  6. Leituras:  7. Hino do dia.   8. Sermão.   9. Credo
10. Oração Geral da Igreja.
11. Convite à Comunhão
O - O Senhor Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede”. (Jo 6.5)
C - Senhor, permita-nos sempre beber desta fonte e dá-nos sempre o pão da vida.
O - O Senhor Jesus disse: Aquele que tem sede venha. E quem quiser receba de graça da água da vida. (Ap. 22.18)
C- Obrigado, Senhor, por tão generoso convite.
O- Firmados nesta promessa, queremos celebrar a Ceia do Senhor.
12. Oração:
O – Senhor Jesus, agradecemos-te porque na Santa Ceia vem a nos para nos dar o verdadeiro corpo e sangue de Cristo Jesus.  Por causa dos nossos pecados, somos indignos dela. Lembra-nos, porém, de que é por amor que nos convidas a participar dela e a receber o perdão de pecados, vida e salvação.
C- Obrigado, Senhor, por teu grande amor. Amém.
13.  Ofertório
O - Bendito sejas, Senhor Deus e Criador, pelo pão, fruto da terra e do trabalho que aqui te trazemos.
C - Bendito Sejas para sempre.
O - Bendito Sejas, Senhor Deus e Criador, pelo vinho, fruto da terra e do trabalho, que aqui trazemos.
C - Bendito sejas para sempre.
O - Assim como as espigas, que estavam dispersas pelos campos, e as videiras, dispersas pelas colinas, foram reunidos no pão e vinho, sobre a mesa, reúna-nos também, Senhor, desde os confins da terra, em teu Reino, por Cristo Jesus, nosso Senhor.
14. Pai-Nosso
15.Consagração
16. Hino 205 (Hinário Luterano)
1.Digno és, ó Cordeiro, de todo o louvor,
     graças nós rendemos por teu amor.
2. Tua seja a glória e o domínio também,
     para todo o sempre. Amém, Amém.
3. Teus são os poderes e os tronos também,
     hoje e para sempre. Amém. Amém.
4.  Glória nas alturas, na terra também, 
    glórias, Aleluia! Amém. Amém
17. Distribuição
18. Oração:
O – O Deus, bondoso Pai, obrigado por tua misericórdia mostrada neste culto. Senhor Jesus, obrigado porque vieste a nós pela Palavra e Santa Ceia. Santo Espírito obrigado por nos fortalecer na fé em Jesus. Através destes meios mais uma vez recebemos paz e perdão e a certeza da vida. Até o juízo final, continue vindo até nós através deles, fortalecendo-nos na fé em ti.  Em teu nome de nosso Senhor e Salvador. Amém.
C - Santo, santo, santo é o Senhor Todo-Poderoso; a sua presença gloriosa enche o mundo inteiro. (Is 6. 3)
19. Benção

O Senhor esteja diante de ti, para mostrar-te o caminho certo.     
O Senhor esteja ao teu lado para abençoar-te.
O Senhor esteja atrás de ti, para te proteger.
O Senhor esteja debaixo de ti para segurar-te quando caíres.        
O Senhor esteja dentro de ti, para dar-te esperança quando estiveres triste.
O Senhor esteja em torno de ti, para te defender quando te atacarem.
O Senhor esteja sobre ti, para abençoar-te.
Assim te abençoe o bondoso Deus.
Todos: Amém, Amém, Amém.