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05 junho 2012

O DIVÓRCIO E O NOVO CASAMENTO

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Seminário Concórdia -Faculdade de Teologia -

Disciplina: Teologia Pastoral

Prof.: Paulo

Aluno: José Carlos Paulino Dos Santos

O Divórcio e o Novo Casamento

I. A Bíblia e O Divórcio

COLLINS, Gary R. Aconselhamento Cristão. Vida Nova, São Paulo:1995

1. Os ensinos do Antigo Testamento

A Bíblia apresenta claramente o casamento como união permanente e íntima entre marido e esposa. Gn 2.18-25; Mt 19.5; Mc 10.2-12;

Com a queda em pecado o homem se desviou dos propósitos de Deus para o casamento. A Bíblia reconhece isto, e dá diretrizes breves e práticas que regulam a prática do divórcio - Dt 24.1-4 - prática tolerada, mas jamais ordenada ou endossada por Deus.

2. Os ensinos de Jesus

Jesus reafirmou a natureza permanente do casamento, salientou que a permissão divina para o divórcio só foi concedida devido à pecaminosidade humana. Estabeleceu que a imoralidade sexual era a única causa para o divórcio.

3. Os ensinos de Paulo: reafirmou o que Jesus disse, 1 Co 7.10-16

4. A Bíblia não fala nada a respeito do divórcio de dois incrédulos

5. Enfatizar o perdão de Deus

· Deus odeia o divórcio - Ml 2.16

· Deus proíbe o adultério - Ex 20.14; Mt 5.27,28

· Deus perdoa e espera que os seguidores façam o mesmo 1 Jo 1.9; Mt 6.14,18.

· viver com pureza e sem pecar mais Rm 6.1,2; 12.1,2; 13.14; 1 Pe 2.11

II. As Causas do Divórcio

1.pecado

2.infidelidade sexual

3.abandono

4.atitudes imaturas

5.abuso físico e psicológico

III. Os Efeitos do Divórcio

O divórcio é penoso. Extremamente penoso. Ele pode destruir completamente a vida da pessoa, sua rotina, sentimentos e senso de segurança.

· Efeitos emocionais: ansiedade, culpa, medo, tristeza, depressão, frustração, etc.

· Efeitos comportamentais: o divórcio não afasta apenas os sentimentos, mas também influência naquilo que fazemos.

· Efeitos sociais: o divórcio envolve pessoas e sempre que ocorre separação, inúmeros indivíduos são afetados: família, aliados, críticos, amigos casados, outros solteiros.

IV. O Aconselhamento e o Divórcio

O aconselhamento cristão aos divorciados tenta auxiliar o indivíduo ou casal separado de um modo compatível com os ensinamentos bíblicos.

1. Atitudes do conselheiro: ouvir cuidadosamente, compreender, evitar a condenação, resistir às pressões e inclinação de tomar partido.

2. Estabelecer alvos, como:

· ajudar os aconselhados avaliar sua situação conjugal, inclusive a possibilidade de evitar o divórcio;

· discutir os ensinamentos bíblicos sobre o divórcio e novo casamento;

· ajudar os aconselhados a chegarem a um acordo mútuo;

· encorajar os casais a deixarem de lado atitudes de vingança;

· encorajar os aconselhados em seu crescimento espiritual e seu envolvimento com outras pessoas;

3. Trabalhar os pontos práticos:

· a escolha do advogado;

· nova identidade;

· construir novos relacionamentos;

· os filhos - que muitas vezes se transformam em armas involuntárias pelo marido e esposa para se agredirem;

· igreja - ponto de apoio, cuidado e amor;

· novo casamento;

V. Como Evitar o Divórcio

Vamos supor que o casal esteja pensando em divórcio. Como evitá-lo?

1. Aconselhamento - Antes de um casal decidir separar-se, eles têm a responsabilidade perante Deus, perante si mesmos e seus familiares, de fazer todo o possível para evitar o divórcio e construir um casamento satisfatório.

2. Auto-análise - a pergunta que o cônjuge deve fazer a si mesmo: “O que estou fazendo (ou deixando de fazer) que contribui para os problemas em meu casamento?”

3. Reconciliação - a reconciliação acontece após muitas horas de discussão e uma análise realista dos problemas.

4. Orientação Divina - leitura diária das Escrituras e oração no lar; Os crentes devem ser instruídos a orar pelos casais e interessar-se por eles.

A FAMÍLIA CRISTÃ NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

A família cristã na sociedade contemporânea

Pastor Jarbas Hoffimann, Vila Mauá, Ijuí-RS, 17 de julho de 2005.

29º Curso de Crescimento Espiritual

Família

O que se entende por família muda de cultura para cultura. Por exemplo, nos estados mais ao norte de nosso país, entende-se por família todas as pessoas que moram no mesmo endereço. Mesmo que sejam amigos, compadres ou nem isso. Todo mundo que mora junto faz parte da família.

Mas normalmente a família é um conjunto de pessoas, liderados por um casal (pelo menos sempre tem sido assim, afora as aberrações modernas)

Família também pode ser considerada a primeira e mais importante célula social. Quando as famílias de uma congregação vão bem, ela vai bem também. Quando as famílias de uma cidade vão bem, a cidade anda em melhor harmonia.

É na família que aprende-se a engatinhar, andar, falar, relacionar-se com outros seres humanos. Aprende-se a lidar com conflitos e é a família o primeiro lugar que nos prepara para a vida neste mundo, quando estamos crescendo. Aprendemos ao mesmo passo que ensinamos àqueles que estão à nossa volta.

A Família Cristã

Família cristã entende-se por um conjunto de pessoas cristãs. Que têm a mesma fé no Salvador Jesus Cristo e que por isso, além de tudo que foi dito antes, também procura imprimir nos seus integrantes os valores cristãos. Ensinando e praticando estes valores. A saber, os ensinamentos de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, que formam as Sagradas Escrituras.

Dito isto, acredito que podemos começar refletindo sobre como andam nossas famílias de um modo geral. Como andam os relacionamentos, que são a base de uma família.

Para esta reflexão vamos tomar como exemplo, alguns artigos que foram escritos ou pronunciados por pessoas de grande influência em toda imprensa nacional e até mesmo mundial. E vamos começar pelo namoro. Como anda o namoro na atualidade?

Namorix

Arnaldo Jabor

(Cronista do Jornal Nacional da Rede Globo de TV)

Na hora de cantar, todo mundo enche o peito nas boates e gandaias, levanta os braços, sorri e dispara: “... eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também...

No entanto, passado o efeito da manguaça com energético, e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração tribalista se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.

A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, de que toda ação tem uma reação? Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo — beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja, é preciso comer o bolo todo e, nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra etc, etc.

Embora já saibam namorar, os tribalistas não namoram. “Ficar” é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é “namorix”. A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho. Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim, como só deseja a cereja do bolo tribal, enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar as lágrimas, enfim, é ter alguém para amar. Já dizia o poeta que amar se aprende amando. Assim, podemos aprender a amar nos relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento. É arriscar, pagar para ver e correr atrás da tão sonhada felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins. Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida SOLIDÃO...

“Seres humanos são anjos de uma asa só, para voar têm que se unir ao outro”.

Os jovens sempre andaram em grupos. Isso reflete-se até mesmo na igreja, afinal formamos o “Grupo de Jovens”. Os nomes mudam, mas o grupo continua. Normalmente é um grupo formado por interesses coletivos. Gostam dos mesmos cantores, das mesmas bandas, do mesmo time, etc...

Hoje chama-se estes grupos de tribos, daí o nome do grupo musical citado no artigo lido: Tribalistas.

E a orientação das tribos é movida pelo modismo, pelas drogas da vez, pela rebeldia própria desta faixa etária. O padrão de comportamento é o que é imposto pela própria tribo: marca de bebida e cigarro, marca das roupas, música a ser ouvida, depende do líder da tribo (sem líder não há grupo, sempre há alguém que os demais seguem, muitas vezes cegamente, se este for uma boa influência, excelente, mas se não for?)

A “tribo” cristã está fora destas tribos atuais que em nada lembram nossas tribos indígenas.

As “tribos” de hoje são compostas por filhos do descaso familiar da última geração. Pais que optaram por ter sua “própria liberdade” e dar “liberdade total” aos filhos. Pais que disseram: não vou ensinar religião ao meu filho, depois que ele crescer ele decide que “deus” vai seguir “ele é livre”. E como têm-se decepcionado aqueles pais com os deuses escolhidos por seus filhos: o diabo, o mundo e a própria natureza humana (pecadora desde o ventre da sua mãe Sl 51.5).

Deus alerta a todos sobre a responsabilidade o relacionamento familiar cristão:

Colossenses 3

18Esposa, obedeça ao seu marido, pois é o que você deve fazer por ser cristã.

19Marido, ame a sua esposa e não seja grosseiro com ela.

20Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer sempre ao seu pai e à sua mãe por que Deus gosta disso.

21Pais, não irritem os seus filhos, para que eles não fiquem desanimados.

Alguns destaques:

A música a que faz referência Arnaldo Jabor é: “Já sei namorar”dos Tribalistas. Grupo musical de muito sucesso, formado por Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown:

 

Já sei namorar

Já sei beijar de língua

gora, só me resta sonhar

Já sei onde ir

Já sei onde ficar

Agora, só me falta sair

 

Não tenho paciência pra televisão

Eu não sou audiência para a solidão

 

Eu sou de ninguém

Eu sou de todo mundo

E todo mundo me quer bem

Eu sou de ninguém

Eu sou de todo mundo

E todo mundo é meu também

 

Já sei namorar

Já sei chutar a bola

Agora, só me falta ganhar

Não tenho juiz

Se você quer a vida em jogo

Eu quero é ser feliz

 

Não tenho paciência pra televisão

Eu não sou audiência para a solidão

 

Eu sou de ninguém

Eu sou de todo mundo

E todo mundo me quer bem

Eu sou de ninguém

Eu sou de todo mundo

E todo mundo é meu também

 

Tô te querendo como ninguém

Tô te querendo como Deus quiser

Tô te querendo como eu te quero

Tô te querendo como se quer.

Esta música expressa muito do pensamento atual daqueles que estão, hoje, entre a adolescência e a idade adulta. Também muitos adultos. Não apenas em grandes centros, mas dentro de nossos lares. Foi-se o tempo em que os problemas deste tipo aconteciam apenas em grandes centros. A TV traz todas essas influências para dentro de nossa casa. Nossa TV pode ser um instrumento para o bem ou pra o mal.

A música reflete o pensamento daqueles que acreditam poder “se virar sozinhos” e não “precisar dar satisfação” à ninguém.

Querem, como Jabor fala, ter os direitos, sem nenhuma responsabilidade.

Mas tudo em nossa vida tem causa e conseqüência. Se você chuta uma pedra, descalço, por exemplo. A causa é o chute, a conseqüência é o dedo machucado.

Estes novos relacionamentos esperam ter todos os direitos (sexuais) sem nenhum dever (compromisso). É justamente o contrário do casamento de Maria e José (Lc 1.27,31-34; Mt 1.19), por exemplo. Maria e José já estavam noivos. Mas aquele noivado era quase um casamento, sem nenhum dos direitos e com quase todos os deveres dos casados.

Esses relacionamentos egoístas e superficiais contemporâneos, são novidades, e são resultado de famílias superficiais dos últimos anos. Famílias sem uma figura paterna, ou materna, ou sem nenhum dos dois. Não é que essas pessoas não tenham pais, não é isso. Mas essas pessoas tiveram pais que deixaram tudo pra depois. Pro filho decidir quando crescer. Deixaram a educação a cargo de professores e líderes religiosos, no nosso caso, dos Pastores e Professores de Escola Bíblica, por exemplo.

Já começam a sentir saudades de dois três anos atrás, quando os pais assustavam-se que seus filhos “ficavam”. Agora é só Namorix. Os dois se conhecem, nem precisam trocar palavra para se beijar e até o fim da noite tudo está completado, chegando-se ao fim de um Namorix, onde um vira as costas pro outro e prepara-se para a próxima balada.

Deus nos tornou livres em Cristo. E nessa liberdade ele espera que sejamos responsáveis com tudo o que ele nos dá: com nossa vida, nosso corpo, nossos sentimentos, nossa fé, nossos bens e tudo mais. Espera ainda que nós sejamos responsáveis com nosso próximo, na família e fora dela, na igreja e na sociedade. Relacionamentos que começam errado, têm tudo pra dar errado. Casamento sem a base de uma fé cristã sólida está fadado ao fracasso.

Este artigo nos falou da banalidade dos relacionamentos pré-nupciais.

O artigo que vamos ler agora trata da banalidade do casamento na atualidade. Casamentos (entre homem e mulher) continuam acontecendo. Mas como são estes? Quanto duram?

Vamos ler:

O casamento do Ronaldinho

Milton Neves

(Jornalista)

Há uma brincadeira correndo de boca em boca envolvendo o badalado casamento de Ronaldo, um sujeito humilde, consagrado, não mascarado, nota 10. Como 99% das pessoas que gostariam de ter comparecido não foram convidadas, surgiu uma atenuante para os “desprezados”: “Não se preocupe, no próximo casamento do Fenômeno você irá.”

Maldade ou bom-humor tradicional do brasileiro, a verdade é que o velho e bom casamento de ontem já foi para o espaço, há décadas. Vocês já notaram como vêm acabando tão facilmente os casamentos no Brasil? Coitado do padre que, sem a menor convicção, continua cumprindo tabela, ao decretar: “vocês são marido e mulher até que a morte os separe.” Cascata, porque os casamentos migraram de definição para os “juntamentos” e, até mais recentemente, para “ficamentos”. E não estaria aí justamente a razão central de tanta violência, desrespeito, atritos sociais e tanta paixão pelas drogas? É claro que sim, porque estão conseguindo destruir algo sagrado que é a família.

Antigamente, quando se flertava um mês para a primeira tentativa de namoro, ali estava sendo aplicado o primeiro tijolo para se construir um sólido prédio chamado família. Os outros tijolos vinham com a primeira ida juntos ao cinema, pegando-se na mão da namorada depois de... um mês, colocando-se o braço no ombro dela depois de... quatro meses, e conseguindo-se (Ufa!) o primeiro beijo depois de... um ano!!! “Aquilo”, nem pensar, não existia. Aí, dependendo da colocação no mercado de trabalho do namorado, pensava-se já na perspectiva do noivado. E quando pintava o noivado, ele durava de três a cinco anos. Era o “curso de admissão” para os dois se estudassem. E o noivado só acontecia com algum amigo ou parente indo à casa do sogro para pedir a mão da moça (virgem) em casamento.

E, hoje, como é? Na primeira “oiada” ou na primeira balada, no barzinho da moda, a fatura é consumada em “segundos”. E se o rapaz hesita, é “consumido” pela moça, voraz. E sabem qual é o resultado da não obediência mais dessa cronologia lógica que nossos pais nos ensinaram? Casamentos desfeitos e rápidos, como o orgasmo. Cada qual depois “casa-se” de novo, novos filhos chegam e cada cônjuge traz outros filhos de outros relacionamentos. Aí, forma-se um grupo de enteados mal amados, mal cuidados, possíveis desajustados ou drogados. E sempre tem também uma ex-esposa inconformada cobrando pensão e, aí, vira tudo um saco de gatos. E, desse saco, saem desagregação, brigas e ausência de obediência a valores hoje considerados arcaicos, superados, “coisa de gente velha”.

Pessoal, sem a célula familiar não dá. Cada residência precisa de um presidente que comande a primeira-ministra e os ministrinhos da casa. Sem um chefe liderando cada família, não há Fernando Henrique, Lula, Kubitschek de Oliveira que dê jeito.

É claro que isso é apenas uma amostragem, porque continuam, é claro, existindo milhares e milhares de casamentos com começo, meio e fim embalados por felicidade total, mas que os índices positivos vêm perdendo terreno para os negativos, não há menor dúvida. A vida, tão turbulenta, nervosa e insegura de hoje, dá mostras disso toda hora.

Eu, como acredito piamente em Papai Noel, peço que a sociedade reflita e entenda que o velho e bom casamento, de gente pobre, rica ou remediada, só funciona mesmo se alicerçado em algo que também anda desaparecendo: o amor. Natural.

Muito se falou do casamento do Ronaldinho.

Um dos artigos foi este, escrito por Milton Neves.

Este artigo não é simplesmente saudosista. Como aquelas pessoas que dizem “antigamente que era bom”, “hoje tá tudo muito mudado”. Na verdade muita coisa hoje é melhor do que anos atrás.

Temos mais recursos na saúde, maior expectativa de vida. Maior acesso à educação e comunicação e tantas outras coisas que 20 anos atrás pareceriam um sonho distante.

Mas com a evolução da tecnologia parece que o ser humano perdeu a paciência.

Antigamente tínhamos que esperar por horas para poder comer um bom feijão feito numa panela de ferro sobre o fogão à lenha. Hoje, em minutos se têm feijão cozinho numa panela de pressão. E tem-se a opção de colocar panelas especiais para microondas que cozinham ainda mais rápido. Ganhamos em velocidade, perdemos em sabor.

Pesquisa recente mostra que cerca de 10 anos atrás as pessoas gastavam, em média, 40 minutos à mesa para o almoço. Hoje o tempo alcança pouco mais de 10 minutos. Acabou-se o tempo para a conversa. Por força dos horários e dos afazeres de todos, parece que ninguém mais tem tempo e quer fazer tudo pra ontem.

Infelizmente, muitos têm vivido assim seus relacionamentos.

Vimos com o Namorix que o namoro agora “é coisa do passado”, mas alguns se arriscam ainda em tentar namorar por um período. Alguns meses. Daí vão para um período de experiência, muitos têm medo de assumir o compromisso de assinar um papel. Desculpas para não casar da maneira certa existem muitas, a mais comum talvez seja: “papel não é prova de amor”, “não sendo casado eu preciso provar todos os dias que eu a (o) amo.” Bobagem. Na verdade, tais pessoas não se casam por medo do compromisso. A pessoa quer poder fugir quando quiser, sem a menor responsabilidade com o outro.

Outra coisa interessante é que enquanto homens e mulheres têm casado cada vez menos e juntado cada vez mais, os homossexuais têm brigado para poder casar. (Pra mim isso é mais um sinal dos tempos).

Quanto ao artigo

Milton Neves destaca que o casamento, como concebido por Deus, já foi pro espaço há décadas. Os casamentos vem acabando cada vez mais rápidos. Famílias começam sem nenhum preparo. E tão rápido como começam tem terminado. Deixando uma legião de ex-mulheres e ex-maridos. E centenas de milhares de filhos sem pai nem mãe, crescendo sozinhos e sem orientação familiar ou religiosa.

Antes as pessoas se conheciam, depois começavam a namorar, se não com a permissão, pelo menos com o conhecimento dos pais. Alguns namoros evoluíam a noivado e logo, ao casamento. Não estaria nos casamentos desfeitos e na falta de base familiar um dos motivadores de tanta violência e desamor na atualidade?

Para Deus o casamento é igual sempre foi

Mateus 19

3Alguns fariseus chegaram perto dele e, querendo conseguir alguma prova contra ele, perguntaram:

— Será que pela nossa Lei um homem pode, por qualquer motivo, mandar a sua esposa embora?

4Jesus respondeu:

— Por acaso vocês não leram o trecho das Escrituras que diz: “No começo o Criador os fez homem e mulher”? 5E Deus disse: “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa.” 6Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.

7Os fariseus perguntaram:

— Nesse caso, por que é que Moisés permitiu ao homem mandar a sua esposa embora se der a ela um documento de divórcio?

8Jesus respondeu:

— Moisés deu essa permissão por causa da dureza do coração de vocês; mas no princípio da criação não era assim. 9Portanto, eu afirmo a vocês o seguinte: o homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, se tornará adúltero se casar com outra mulher.

Deus quer o casamento exatamente do jeito que sempre foi: pra vida inteira.

O terceiro e último artigo trata da educação das crianças. À medida que os anos têm passado, neste país as pessoas estão aprendendo menos de tudo. Podem até aprender matemática e português, mas a escola não imprimem mais valores em seus alunos. Infelizmente, porque muitos pais esperam que as escolas ou a igreja faça isso (no curto período de instrução).

O caráter de uma pessoa já está formado aos cinco anos, muito antes de entrar numa escola ou na instrução. Daí a importância de dar bons exemplos aos filhos. Não simplesmente falar para eles serem carinhosos, mas ser carinhoso com a esposa, com o marido e com os filhos. Não mandar, mas trazer à igreja desde os primeiros dias de vida. No primeiro, se possível.

Agora vamos ver um artigo creditado a Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo. Ele é dono de várias empresas de computadores entre outras.

Algo que as escolas não ensinam

Aqui estão alguns conselhos que Bill Gates recentemente ditou numa conferência em uma escola secundária sobre 11 regras que os estudantes não aprenderiam na escola.

Ele fala sobre como a “política educacional de vida fácil para as crianças” têm criado uma geração sem conceito da realidade, e como esta política têm levado as pessoas a falharem em suas vidas posteriores à escola.

Bill Gates foi muito conciso. Todos esperavam que ele fosse fazer um discurso de uma hora ou mais... Mas ele falou por menos de 5 minutos, foi aplaudido por mais de 10 minutos sem parar, agradeceu e foi embora em seu helicóptero...

As regras que ele deixou para que os alunos pensassem foram:

1. A vida não é fácil, acostume-se com isso.

2. O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele antes de você sentir-se bem com você mesmo.

3. Você não ganhará R$ 20.000,00 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que você mesmo tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone, com o seu trabalho.

4. Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.

5. Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.

6. Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.

7. Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

8. Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente nada na vida real. Se pisar na bola, está despedido... Rua!!! Faça certo da primeira vez!

9. A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

10. Televisão não é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boite e ir trabalhar.

11. Seja legal com os C. D. F. s — aqueles estudantes que os demais julgam que são uns babacas. Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.

Vamos à Bíblia

Existem muitos textos bíblicos que falam da família, do lar, da casa, dos pais e dos filhos. Dentre todos, um se destaca. Tal texto é usado em nossa liturgia de casamento e por vezes é muito mal interpretado.

Falamos do texto de Efésios 5.21-31

21Sejam obedientes uns aos outros, pelo respeito que têm por Cristo.

22Esposa, obedeça ao seu marido, como você obedece ao Senhor. 23Pois o marido tem autoridade sobre a esposa, assim como Cristo tem autoridade sobre a igreja. E o próprio Cristo é o Salvador da Igreja, que é o seu corpo. 24Portanto, assim como a Igreja é obediente a Cristo, assim também a esposa deve obedecer em tudo ao seu marido.

25Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela. 26Ele fez isso para dedicar a Igreja a Deus, lavando-a com água e purificando-a com a sua palavra. 27E fez isso para também poder trazer para perto de si a Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito. 28O homem deve amar a sua esposa assim como ama o seu próprio corpo. O homem que ama a sua esposa ama a si mesmo. 29Porque ninguém odeia o seu próprio corpo. Pelo contrário, cada um alimenta e cuida do seu corpo, como Cristo faz com a Igreja, 30pois nós somos membros do corpo de Cristo. 31Como dizem as Escrituras Sagradas: “É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua esposa, e os dois se tornam uma só pessoa.”

1. Do texto que nós lemos, qual é o versículo que mais chama atenção?

22Esposa, obedeça ao seu marido, como você obedece ao Senhor. 23Pois o marido tem autoridade sobre a esposa...

Este versículo é muito mal-interpretado no decorrer da história. Muitos entenderam a obediência, como uma obediência a um ditador, que se não obedecido, manda punir seus subordinados.

Na verdade esta obediência não aparece no versículo original da língua grega.

Aparece no versículo anterior, e por faltar uma palavra, o texto seguinte coloca também ali a palavra obediência, ou submissão, como era na versão Almeida da nossa Bíblia.

21~Upotasso,menoi avllh,loij evn fo,bw| Cristou/(

22ai` gunai/kej toi/j ivdi,oij avndra,sin w`j tw/| kuri,w|(

? ~Upotasso,menoi verbo part (imper) pres pass nom masc 2nd per pl de [LN] u`pota,ssw u`pota,ssomai (fut u`potagh,somai aor u`peta,ghn) obedecer [36.18: u`pota,ssomai; u`potagh,, h/j f ; u`pei,kw: submeter-se às ordens ou diretrizes de alguém – ‘obedecer, submeter-se a, obediência, submissão.’ u`pota,ssomai: dou,louj ivdi,oij despo,taij u`pota,ssesqai ‘servos obedeçam a seus senhores’ Tt 2.9. u`potagh,: doxa,zontej to.n qeo.n evpi. th|/ u`potagh|/ th/j o`mologi,aj u`mw/n eivj to. euvagge,lion tou/ Cristou/ ‘glorificam a Deus pela sua submissão, que confessais quando o evangelho de Cristo’ 2Cor 9.13. u`pei,kw: pei,qesqe toi/j h`goume,noij u`mw/n kai. u`pei,kete ‘obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles’ Hb 13.17.]

Ef 5.21; 1Pe 2.18.

Raiz: 38 vezes em 31 versículos com 27 formas diferentes.

? avllh,loij noun pronoun dat masc 2nd per pl de [LN] avllh,lwn oij ouj cada outro; cada um [92.26: avllh,lwn, oij, ouj ; e`autw/n: uma referência recíproca entre entidades — ‘cada um, alguém outro.’ avllh,lwn: kaqV ei-j avllh,lwn me,lh ‘individualmente somos membros uns dos outros’ Rm 12.5; mh. katalalei/te avllh,lwn ‘não faleis mal uns dos outros’ Tg 4.11; tou/to de, evstin sumparaklhqh/nai evn u`mi/n dia. th/j evn avllh,loij pi,stewj u`mw/n te kai. evmou/ ‘isto é, para que, em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha’ Rm 1.12; evfobh,qhsan fo,bon me,gan, kai. e;legon pro.j avllh,louj ‘possuídos de grande temor, diziam uns aos outros’ Mc 4.41. e`autw/n: oi` de. perissw/j evxeplh,ssonto le,gontej pro.j e`autou,j ‘eles ficaram sobremodo maravilhados, dizendo entre si’ Mc 10.26; carizo,menoi e`autoi/j ‘perdoando-vos uns aos outros’ Ef 4.32].

Mc 9.50; Lc 7.32; Jo 13.35; At 19.38; Rm 1.12; 15.5; Gl 5.13,17,26; Ef 5.21; Tg 5.16; 1Pe 5.5; Ap 11.10.

Raiz: 100 vezes em 94 versículos com 10 formas diferentes.

? evn prep dat de [LN] evn em, dentro de, sobre; uma posição definida entre certos limites.

2.752 vezes em 2.111 versículos.

? fo,bw| noun dat masc sing de [LN] fo,boj ou m a) medo, temor [25.251: fo,boj, ou m: um estado de sofrimento severo, despertado por intensa preocupação por dor iminente, perigo, mal, etc., ou possivelmente pela ilusão de tais circunstâncias — ‘medo’.] (b) fonte do medo ou temor [25.254: ocasião ou fonte do medo ou temor; ‘alguém que está com medo’.] (c) reverência [53.59: profundo respeito e temor pela divindade, ‘reverência’, ‘temor’].

Lc 8.37; At 9.31; 1Co 2.3; 2Co 7.1; Ef 5.21; Hb 2.15; 1Pe 1.17; 2.18; 3.2; Jd 1.23.

Raiz: 47 vezes em 45 versículos com 5 formas diferentes.

? Cristou/ noun gen masc sing de [LN] Cristo,j ou/ m (a) Messias [53.82] (b) Cristo [93.387].

529 vezes em 499 versículos.

? ai` def art voc fem pl de [LN] o` h` to, os, as [92.24].

154 vezes em 134 versículos.

Raiz: 20.443 vezes em 6.977 versículos com 83 formas diferentes.

? gunai/kej noun voc fem pl de [LN] gunh, aiko,j f (a) mulher [9.34: pessoa adulta feminina em idade para casar] (b) esposa [10.54: uma mulher que está casada com um homem] (1) gunaiko.j a[ptomai casar [34.70: uma expressão idiomática, literalmente ‘tocar uma mulher’; casar-se com uma mulher; casar, ser casado].

Mt 27.55; Mc 15.40; Lc 8.22; 23.49,55; Lc 24.22,24; At 8.12; 1Co 14.34; Ef 5.22,24; Cl 3.18; Hb 11.35; 1Pe 3.1,5

215 vezes em 194 versículos com 10 formas diferentes.

? toi/j def art dat masc pl de [LN] o` h` to, the 92.24.

624 vezes em 538 versículos.

Raiz: 20.443 vezes em 6.977 versículos com 83 formas diferentes.

? ivdi,oij adj dat masc pl de [LN] i;dioj a on (a) a pessoa mesma [57.4] (b) peculiar 58.47 (c) individualmente [92.21] (1) katV ivdi,an reservadamente [28.67] (2) tw/| ivdi,w| kuri,w| sth,kei h pi,ptei a honra depende do julgamento do senhor [87.56] (3) oi` i;dioi seu próprio povo [10.12].

Mc 4.34; 1Co 9.7; Ef 5.22; 1Tm 2.6; 6.15; Tt 1.3; 2.5,9; 1Pe 3.1,5.

Raiz: 114 vezes em 108 versículos com 27 formas diferentes.

? avndra,sin noun dat masc pl de [LN] avnh,r avndro,j m (a) homem [9.24: uma pessoa adulta masculina em idade para casar] (b) ser humano [9.1: uma extensão figurativa de significado; humano como existência física] (c) marido [10.53: um homem que é casado com uma mulher.] (1) gi,nomai avndri, casar [34.69: uma expressão idiomática, literalmente: tornar-se um homem.] (2) no,moj tou/ avndro,j leis do casamento [33.341: expressão idiomática, literalmente ‘lei do homem’ ou ‘lei do marido’; a lei, sob a qual liga-se uma mulher a um homem em casamento].

At 25.23; Ef 5.22,24; Cl 3.18; Tt 2.5; 1Pe 3.1,5.

Raiz: 216 vezes em 194 versículos com 10 formas diferentes.

? w`j conj subord de [LN] w`j (a) igual, parecido [64.12] (b) isso [90.21] (c) como [89.86] (d) quando [67.45] (e) enquanto [67.139] (f) por causa de [89.37] (g) a fim de [89.61] (h) como resultado [89.52] (i) aproximadamente [78.42] (j) que tamanho [78.13] (1) w`j ta,cista o mais cedo possível [67.57].

504 vezes em 442 versículos.

Raiz: 535 vezes em 442 versículos com 11 formas diferentes.

? tw/| def art dat masc sing de [LN] o` h` to, o, a [92.24].

1.239 vezes em 1.045 versículos.

Raiz: 20.443 vezes em 6.977 versículos com 83 formas diferentes.

? kuri,w| noun dat masc sing de [LN] ku,rioj ou m (a) Senhor [12.9] (b) dono [57.12] (c) governante 37.51 (d) senhor [87.53] (1) ovnoma,zw to. o;noma kuri,ou dizer aquele que pertence ao senhor [53.62] (2) tw/| ivdi,w| kuri,w| sth,kei h pi,ptei honra depente do julgamento do senhor [87.56].

99 vezes em 95 versículos.

Raiz: 717 vezes em 660 versículos com 9 formas diferentes.

Tradução possível:

21Sujeitando-se uns aos outros no temor de Cristo, 22assim, vocês mulheres ao próprio marido de vocês, como ao Senhor.

1.1. O que é obedecer, neste texto? O que é sujeitar-se?

Por exemplo: — a igreja submete-se (em amor) a Jesus Cristo;

— todos nós estamos submetidos (em amor) a Deus;

— as mulheres submetem-se (em amor) a seus maridos;

— os filhos estão submetidos (em amor) aos seus pais.

— Algo que é sujeito a mim é algo ou alguém sobre o qual tenho certos direitos, mas também tenho responsabilidades.

— O sujeitar-se ou obedecer que aparece no nosso texto é diferente do que a maioria de nós pensa. E na realidade atual, ninguém, nem mesmo a mulher é obrigada a sujeitar-se, pois o casamento nunca foi e agora também não é obrigatório.

Contudo, quando uma mulher decide casar-se, deve estar ciente que, por amor a Deus e ao marido, vai sujeitar-se em certos aspectos, como a Bíblia ensina.

Vejam que nenhuma mulher é obrigada a sujeitar-se a homem nenhum que não esteja acima dela como autoridade (pai, polícia, juiz, etc). Porém, quando a mulher assume sua condição de esposa ela está dizendo que aceita sujeitar-se ao marido. E faz isso assim como a Igreja faz com Cristo. Para que no lar também seja mantida a ordem e a decência. Para não termos dúvida sobre quem pesa a responsabilidade final, na hora da decisão.

1.2. Em que a mulher deve submeter-se ao seu marido?

24Portanto, assim como a Igreja é obediente a Cristo, assim também a esposa deve obedecer em tudo ao seu marido.

Em tudo: — Educação dos filhos;

— Horários;

— À autoridade do marido (dada por Deus), etc...

É assim porque Deus decidiu. Não é uma questão de quem manda mais. Antes, é uma questão de quem deve responder pela família. Para que não reste dúvida, Deus escolheu um dos dois (o homem, o primeiro a ser criado) para ser o chefe da família.

1.3. Até que ponto chega esta sujeição?

Cl 3.18: Esposa, obedeça ao seu marido, pois é o que você deve fazer por ser cristã. (Amor ao próximo, que nesse caso é o marido).

Tt 2.4-5: 4para que as mulheres mais jovens aprendam a amar o marido e os filhos 5e a ser prudentes, puras, boas donas de casa e obedientes ao marido, a fim de que ninguém fale mal da mensagem de Deus! (Sujeitar-se para não desacreditar a Palavra de Deus).

1Pe 3.1: 1Assim também você, esposa, deve obedecer ao seu marido a fim e que, se ele não crê na mensagem de Deus, seja levado a crer pelo modo de você agir. Não será preciso dizer nada 2porque ele verá como a conduta de você é honesta e respeitosa. (Sujeitar-se como exemplo cristão. O cristão está sujeito a todos por amor).

— Esses versículos mostram que o sujeitar-se da mulher é voluntário e não imposto. Essa obediência tem como ponto mediador o amor. Pois os “dois se tornam uma só pessoa”.

— Se o homem abusa do direito dado por Deus, ele não é digno desse direito. E, além disso, vai sofrer as conseqüências de seus abusos diante de Deus.

— É como se a polícia fosse até minha casa e me batesse, sem que eu tivesse feito nada. O que se diria desse tipo de polícia? Nós não diríamos que é abuso de autoridade? Assim, se os maridos abusam de sua autoridade, eles responderão diante de Deus por isso se não se arrependerem.

— A mulher deve obediência. Mas não uma obediência cega. Essa obediência não significa que a esposa não pode nem falar. Muito pelo contrário, a esposa tem direito de conversar com seu marido. Mas a última palavra é do marido, que por sua vez também deverá ser inteligente para usar seus direitos, pois pode ser que a esposa esteja com razão. (Ex.: a escola que os filhos vão estudar).

— Então nós concluímos que o casal (marido e mulher) são uma só pessoa (Gn 2.24). Um só corpo. Aqui está o ponto para definir até onde vai a autoridade do marido. Ela vai até o ponto do amor. Porque “O homem que ama a sua esposa ama a si mesmo.” [28]

— Nós vimos que as esposas devem obediência aos seus maridos. Mas agora vamos olhar o que os maridos devem às suas mulheres ¿O que os maridos devem a sua esposa e filhos?

2. ¿Qual é a responsabilidade do marido para com sua família?

— Antes de falarmos das responsabilidades do marido para com sua família vamos falar de amor. Quem de vocês já disse para a esposa e para os filhos: “Eu te amo”.

— Agora vamos falar das responsabilidades do marido.

2.1. Qual é a responsabilidade do esposo para com sua mulher?

25Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela.

28O homem deve amar a sua esposa assim como ama o seu próprio corpo. O homem que ama a sua esposa ama a si mesmo.

— É fazer as mesmas coisas que Jesus Cristo fez e faz por sua igreja, ou seja:

— Fidelidade (incondicional).

— Amor (incondicional).

Ct 4:7 Como você é linda, minha querida! Como você é perfeita!

— Sustento (alimentação, educação, roupas, etc...).

— Respeito (como pessoa e como co-herdeira em Cristo).

— Proteção (incondicional).

2.2. Como deve ser o tratamento do marido para com a sua esposa?

25Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela.

Cl 3:19 Marido, ame a sua esposa e não seja grosseiro com ela.

1Pe 3:7 Também você, marido, na vida em comum com a esposa, reconheça que a mulher é o sexo mais fraco e que por isso deve ser tratada com respeito. Porque a esposa também vai receber, junto com você, o dom da vida, que é dado por Deus.Aja assim para que nada atrapalhe as orações de vocês.

— Em outras palavras: Precisamos honrar nossas esposas e até morrer por elas se isto for necessário. Assim como Cristo morreu por sua Igreja. Se não cumprimos nossa tarefa de maridos, não precisamos nem orar a Deus. Como diz Pedro: “para que nada atrapalhe as orações de vocês.

2.3. ¿Quais são as responsabilidades do pai para com seus filhos?

— Vimos que o homem é o cabeça de sua família, assim como Jesus é o cabeça da Igreja.

— Vimos que o homem tem vários direitos como marido, contudo os direitos trazem várias responsabilidades com sua esposa e filhos.

— Quando um casal se forma, quase sempre vêm os filhos (quando estes não vêm antes do casamento).

— E assim como o privilégio de esposo, o privilégio de ser pai vem acompanhado de muitos direitos, mas também de muitas responsabilidades.

— Por exemplo: — A saúde dos filhos;

— A educação dos filhos (mesmo que quem eduque seja minha esposa, a responsabilidade é minha);

— Se meus filhos não vão bem na escola, de quem é a responsabilidade?.

— Se meus filhos tem maus costumes, de quem é a responsabilidade?

— A educação cristã dos filhos (exemplo do catecismo: “como o chefe...”);

— Os exemplos para os filhos (Cristo é o exemplo para sua igreja).

— Apontar para Cristo...

— Enfim tudo que diz respeito a minha esposa e filhos, diz respeito primeiramente a mim.

Casar traz responsabilidades.

Filhos trazem responsabilidades. Mas existe algo que as pessoas solteiras jamais poderão experimentar: a alegria do amor e da companhia dos filhos.

Deus nos coloca em famílias.

Nestas famílias ele espera que nos respeitemos mutuamente.

Ele usa nossas famílias como exemplo para o mundo.

Exemplo de harmonia, amor e vida cristã.

O mundo à nossa volta está se envolvendo nas trevas de Satanás e destruindo as famílias.

Vamos, com alegria, viver a felicidade do nosso lar.

Com Jesus no lar, não há problema de conflito de autoridade, pois toda autoridade será exercida por amor ao próximo e não pra mandar nele.

Como em todo o restante de nossa vida, Cristo nos ajuda a sermos bons pais, esposas e filhos.

A honra que Deus nos dá, de sermos pais, de termos uma companheira idônea para nos ajudar em todos os momentos é incomensurável.

Precisamos agradecer diariamente a esposa que Deus nos deu. A família que é exemplo para o mundo.

Que Deus abençoe.

E é Jesus mesmo que nos ampara em todas as dificuldades e perdoa quando falhamos. Ele está conosco. Amém

CASAMENTO E SITUAÇÕES ATÍPICAS

CASAMENTO E SITUAÇÕES ATÍPICAS

COMO A IGREJA TRATAR COM CADA SITUAÇÃO

Consideração Inicial

À medida que o mundo e a vida social da humanidade vão crescentemente se “modernizando”, as situações atípicas no que diz respeito à vida matrimonial vão aflorando e se tornando práticas corriqueiras na vida diária do ser humano existindo crescentemente, inclusive na vida diária de membros da igreja (nossas Congregações).

A grande pergunta e necessidade são: como a igreja tratar do assunto e conduzir tudo de uma maneira a evitar ao máximo o abuso e o pecado e, ao mesmo tempo, salvar a alma e o corpo do ser pecador para o céu?

O presente escrito não tem a finalidade de definir e esgotar o assunto mas, sim, de alistar e conscientizar do assunto e sua importância, bem como avaliar alguns materiais a respeito que a IELB, à luz da Palavra de Deus, já oficializou.

Algumas das situações já existentes(seja na sociedade ou já nas nossas Congregações)

· União Legítima – o que tradicionalmente chamamos de “casamento” (o casal se casa no cartório {juiz} e, no mesmo dia, a bênção na igreja {ministro}; ou encaminha civil e bênção através do ministro na igreja ou outro local; ou só realizam o casamento civil).

· Concubinato – o casal decide viver o “companheirismo” sem se casar oficialmente em cartório (isso acontece para fins sexuais ou para outros fins mais compromissados e duradouros com suposta fidelidade – alguns vivem na mesma casa – outros em casas separadas; existem os casos de livres e desimpedidos e os casos entre pessoas que ainda são legalmente casados...). Fonte: Patrícia Pina Von Adamek – Advogada – no artigo “a Nova Lei do Concubinato – nº 8.971/94 de 29/12/94”

· As uniões entre pessoas divorciadas, já legalmente concluídos.

· As uniões entre pessoas apenas separadas, mas ainda não legalizadas.

· As uniões entre viúvos com casamento, papel passado e tudo.

· As uniões entre viúvos sem documentação para não perder aposentadorias, etc.

· Jovens que simplesmente estão decidindo morar juntos sem se casar...

·

Lembrando o que é o casamento

“1. Uma União Vitalícia – ‘...o que Deus ajuntou não o separe o homem’ (Mt 19.6). Não deixa dúvidas sobre a vontade divina: o matrimônio é uma união indissolúvel. Trata-se, portanto, de uma união inviolável entre um homem e uma mulher, constituindo a família, para ‘viverem a vida comum do lar’ (1Pe 3.7) até que a morte os separe” (“Matrimônio – uma união vitalícia” - Parecer 04/91 – 26/08/91 – Pareceres da CTRE Volume 1, pg. 17)

“O casamento é vitalício na intenção da criação de Deus (Gn 2.24). Esta é a vontade de Deus.” (“Divórcio do Pastor” – Parecer 03/93 – 18/10/93 – Pareceres da CTRE Volume 1, pg. 9, ponto 6).

Até quando deve durar o casamento

Vale para este item o que já está no item acima: as colocações bíblicas da CTRE de Gn 2.24; Mt 19.6 e 1Pe 3.7 de que o casamento é vitalício, indissolúvel e a vontade de Deus é que dure até a morte separar. Isso é a instituição de Deus válida para todos os tempos, independentemente das situações e necessidades atípicas trazidas pelo pecado que atingiu todo o viver do ser humano aqui nesta terra.

Mesmo que a igreja precise usar caminhos plausíveis para que o ser humano não se perca para o inferno em seu corpo e alma, mas isso não significa que a instituição divina e a doutrina bíblica a respeito do casamento e da vida familiar devam ser moldadas de acordo com os pecados do ser humano e suas conseqüências diárias. A igreja deve continuar insistindo na pregação do original divino e bíblico até o fim dos tempos sem, contudo, deixar de pregar a Lei nua e crua para arrependimento e o Evangelho puro e doce para a fé em Cristo, o perdão e a salvação das almas. “A santa vontade de Deus não pode ser anulada por conceitos modernos a respeito do matrimônio...” (“Matrimônio – uma união vitalícia” - Parecer 04/91 – 26/08/91 – Pareceres da CTRE Volume 1, pg. 17, ponto 1, 2º parágrafo).

O que causa o desastre e a dissolução do matrimônio

“...A lei de Deus toma em consideração a pecaminosidade do homem (Gl 3.19; Rm 5.20, como se pode observar na lei dada a Noé (Gn 9.6). Foi a dureza do coração que introduziu a carta de divórcio (Mt 19.7; Mc 10.4). (“Divórcio do Pastor” – Parecer 03/93 – 18/10/93 – Pareceres da CTRE Volume 1, pg. 9, ponto 6).

“Adultério de uma das partes, de acordo com Mt 19.9: ‘Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de adultério...’ – Abandono pecaminoso, de acordo com 1Co 7.15: ‘Mas se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos não fica sujeito à servidão, nem o irmão, nem a irmã...’ - .....as causas do abandono são todos os pecados descritos por Cristo como ‘dureza do vosso coração’ (Mt 19.8). Corações endurecidos podem levar um matrimônio ao abandono do amor e ao fracasso.” - (“Matrimônio – uma união vitalícia” - Parecer 04/91 – 26/08/91 – Pareceres da CTRE Volume 1, pg. 17, ponto 2, A, a., b.).

“A separação é pecado, mas não é um pecado imperdoável, e como qualquer outro pecado também é alvo do perdão trazido por Cristo, pois ‘o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo o pecado’ (1Jo 1.7; 9)” - (“Matrimônio – uma união vitalícia” - Parecer 04/91 – 26/08/91 – Pareceres da CTRE Volume 1, pg. 18, fim do 1º parg.).

A missão máxima da igreja nunca é colocar-se a si mesma como isenta de pecado (1Jo 1.8) para só condenar hipocritamente todos os que erram, mas sim tratar caso por caso até o último com o intuito de salvar a todos para a vida eterna. Só não terá a salvação o incrédulo e impenitente.

à medida que o fim chega a igreja, por amor à salvação do pecador, estará convivendo cada dia mais com situações atípicas de pecadores arrependidos, crentes e perdoados em seu meio (a mulher adúltera de Jo 8.11)...

Análise de

Casos atípicos

A sugestão para a seqüência do trabalho

é de que se passe a analisar casos atípicos alistados

à luz dos Pareceres bíblicos da CTRE

nos xérox que estão anexos.

ANÁLISE DE CASOS ATÍPICOS

à luz dos Pareceres da CTRE

(e outros...)

O caso do “concubinato”

Conforme Patrícia Pina Von Adamek já acima citada, o “concubinato” é a união para fins de vida comum sem as formalidades legais do casamento perante as instâncias civis. É uma realidade atual com a qual a igreja se depara ao fazer a missão de Deus, tanto em se tratando de receber pessoas de fora como membros, como em acompanhar os já membros que optam por tal situação.

O mais normal e corriqueiro está sendo, no caso de membros, estes primeiros já estarem vivendo dentro da situação para, só então, a sua igreja ficar sabendo e passar a tratar com os mesmos. O ideal até perante Deus é os membros buscarem orientação antes de acontecer, pois assim a igreja os poderá orientar de forma a seguirem a vida ao máximo possível em conformidade com as leis civis e a vontade de Deus. O propósito final de ambas as partes sempre deve ser para que ninguém se perca, mas todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade – 1Tm 2.4.

No caso do “concubinato”, ao a igreja tratar com os pretendentes ou os já envolvidos, é aconselhável observar as seguintes circunstâncias:

1. Quando as partes envolvidas estiverem completamente livres e desimpedidas (sejam viúvos, solteiros ou já oficialmente separados em documento):

- A igreja tem como papel perante Deus de, como principal solução, aconselhá-los e ajudá-los a se casarem legalmente. Caso não alcançar isso:

- Convidá-los a assinarem concordemente um termo de compromisso e fidelidade junto a Deus e à igreja (Parecer 04/91 – 26/08/91 “Matrimônio – Uma União Vitalícia” B, final) e, assim que der, oficializem seu casamento junto à lei.

2. No caso de um ou os dois ainda estarem impedidos pela lei de oficializarem casamento: - A igreja os convida a concordarem e assinarem o termo acima citado.

3. No caso de um ser membro da igreja e o outro não – e o membro estar aceitando e o outro não:

- A igreja convida ao seu membro a concordar e assinar o termo acima citado para atestar o seu compromisso particular de fidelidade conjugal perante Deus e sua igreja até que a outra parte concorde em legalizar tudo.

4. No caso de nenhuma das partes querer aceitar e assumir nada de compromisso e responsabilidade pública a igreja deve aceitá-los freqüentando o seu convívio na esperança de os recuperar, mas com o direito de exercitar a disciplina bíblica e estatutária a respeito de direitos e deveres de membro e, principalmente, em relação à Santa Ceia.

O caso da “União de viúvos”

Também, na vivência atual de nossas Congregações, são reais os casos de viúvos que querem se unir para viverem uma vida conjugal, porém sem as formalidades e documentações legais, a título de não perderem os benefícios previdenciários já adquiridos de casamento anterior.

No caso de viúvos completamente desimpedidos do casamento anterior quererem se unir para uma nova vida mas não quererem formalizar perante a lei para não perderem os benefícios:

1. A sua Congregação deve, em primeiro plano, com amor e prudência, aconselhar e auxiliar os pretendentes na verificação devida e atual destas leis de previdência que, pelo que consta, já não fazem mais perder o direito adquirido da previdência (Parecer 11/91 – 01/06/92 “Casamento de Viúvos”, item 3).

2. Caso necessário for, a igreja os aceita e abençoa juntamente com a assinatura de termo de compromisso e fidelidade (acima já citado) até a devida regularização. (Parecer da CTRE da IELB 11/91 – 01/06/92 – Casamento de Viúvos).

3. No caso de um dos viúvos ser membro da igreja e concordar com seus conselhos, porém o outro não ser membro e não concordar, a igreja não desprezará, porém oferecerá o atendimento acima ao membro interessado.

O casamento entre cunhados

Esta parece ser uma situação menos existente (não acontecem muitos casos) em nossas Congregações. Contudo, a CTRE da IELB, em seu Parecer 05/91 – 16/08/91 – Casamento de Cunhados, emite a conclusão final de que este casamento é possível e válido também perante a nossa lei civil e, por isso, não há nenhuma ofensa em contraí-lo e, sobre o mesmo, receber a bênção matrimonial da igreja.

Quanto às circunstâncias de tais cunhados não quererem formalizar legalmente a união, a igreja passa a conduzir o assunto da mesma forma e nos mesmos termos do já colocado acima a respeito do concubinato.

Casamento de pastor viúvo ou divorciado

Quanto ao pastor viúvo se casar novamente, a conclusão que se tira dos pareceres citados da CTRE da IELB acima, mais o Parecer 03/93 – 18/10/93 – Divórcio do Pastor, é que, como ser humano e cristão igual a qualquer membro cristão, os trâmites e os cuidados devem ser os mesmos aplicados a membros cristãos. Porém, sendo o pastor líder, mestre e exemplo do rebanho, a responsabilidade do mesmo e seus congregados deve ser ainda mais cuidadosa a fim de que o mesmo possa permanecer guia e exemplo para o rebanho.

Quanto ao pastor divorciado (o que pode acontecer, assim como acontece para membros cristãos), também há a possibilidade de uma nova união. Inclusive a liderança do pastor ao contrair novas núpcias perante a sua Congregação não deve ser desmerecida, desde que não tenha sido ele o causador, porém quem sofreu o divórcio. Neste caso também, assim como para qualquer cristão, também para o pastor, todos os trâmites e cuidados devem ser observados.

Segundas núpcias

1. No caso de viúvos legítimos e cristãos

É pacífico, conforme a CTRE – Parecer 04/91 – 26/08/91 – “Matrimônio – União Vitalícia” – que os pretendentes tem a liberdade e o direito e a igreja deve abençoá-los quando legitimamente encaminhados. No caso de não quererem formalizar legalmente, vale o já citado acima.

2. No caso de pessoas já divorciadas legitima e oficialmente

Quando as mesmas querem se casar, conforme parecer citado há pouco – estando também estas arrependidas dos seus pecados, perdoadas e na nova vida em Cristo - tem liberdade e direito e a igreja deve apoiá-los e abençoá-los pelo caminho correto. Caso queiram só se “juntar”, vale o já exposto acima.

3. No caso de pessoas ainda não legalmente separadas

Conforme o mesmo parecer e outros já citados, a igreja vai proceder como já orientado acima, seja para o caso de se casarem ou de só se juntarem.

Observação: Os documentos da CTRE acentuam bastante o lado do “cristão que sofreu” o divórcio e não o lado do cristão ou não-cristão que “causou” o divórcio ou “abandonou” seu casamento. Ao cristão que “sofreu” a queda do seu casamento e continua cristão indica-se que o mesmo se arrependa dos seus pecados, especialmente os cometidos durante o processo até findar o casamento e, após arrependido e crente, continue com a liberdade e o direito de contrair novas núpcias. Porém, não se deve esquecer que, sendo o pecado de causar o fracasso de casamento um pecado tão perdoável por Deus como os outros pecados da vida, mesmo o cristão e o incrédulo “causadores” do fim de um casamento – um dia – após arrependidos do que fizeram e crentes e perdoados por Cristo – tanto possam ser fiéis cristãos como também, como cristãos, terem o mesmo direito de contrair nova vida nupcial devidamente legítima. Todos os vv. bíblicos onde Deus promete perdão para o pecador que se arrepende e crê, são promessas e garantias para causadores ou sofredores de pecados... Só não há perdão e nem direito à nova vida em Cristo e tudo o que a esta implica para o pecador impenitente e incrédulo ao perdão de Deus em Cristo.

Jovens que simplesmente estão decidindo morar juntos sem se casar

Por um lado, infelizmente até certo ponto, já existe a lei do concubinato com seus diversos itens (já estudado acima) que dá grande margem também para jovens de nossas igrejas acabarem se valendo dela para viverem apenas a “união de fato” em vez da “união legítima”. (disse infelizmente até certo ponto visto que, sem a lei do concubinato, fica muito mais fácil para os aproveitadores descartarem suas companheiras covardemente...).

Diante da lei, diante da iminência de nossos jovens cristãos menosprezarem o legítimo casamento que, segundo a Bíblia, ainda é instituição divina e nunca deveria deixar de ser buscado e, também, para que a igreja não se torne tirana nos tratos com os que assumem moldes não convencionais a igreja deve, como já visto na primeira parte deste trabalho, agir com firmeza para que não prolifere em seu meio o pecado mas, também, com muita cautela, paciência e amor, a fim de que as almas dos envolvidos não se percam para o inferno e, ao mesmo tempo, para que a igreja não entre em atritos desnecessários com a lei.

Nestes casos o mais bíblico e saudável certamente é: 1. Na parte do ensino e da prevenção continuar ensinando o casamento como instituição divina, união vitalícia e, portanto, o ideal para o cristão. 2. A prática do sexo só com o seu cônjuge na vida matrimonial. 3. O casamento e não a união só de fato para a vida sexual (quando os noivados duram muito tempo é mais propício para o casal entrar para o relacionamento sexual antes de se casar...1Co 7.9: “Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado.”)

Concluindo

Mais do que nunca, dentro da sociedade secularizada, prática e vazia dos valores cristãos na qual vivemos como igreja, precisamos continuar primeiramente pedindo muita firmeza, sobriedade e coragem para não cedermos na conservação da verdadeira doutrina bíblica pregando-a em todos os termos, principalmente no que diz respeito ao assunto tratado.

Por outro lado, pedirmos a Deus muita sabedoria, paciência, cautela, espírito de tolerância para com os mais fracos e todo o amor cristão no sentido de, ao tratarmos com ovelhas machucadas ou rebeldes, não os perdermos da salvação eterna.

Pastor Osmar Schneider

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Congregação Cristo – Pires – Limeira – SP