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10 fevereiro 2014

CADERNO DO PEM

2-destaque-dce61a08d60c4bc7ea67cf5d43df2369[1]AGORA É:  “Igreja em Grupos” - com estes conteúdos: (em 84 páginas). Como nos anos anteriores cada família  terá o seu!

Apresentação

Parte 1 - Igreja em Grupos - estudos do PEM

Estudo 1 - Jesus - a fonte da água viva

Estudo 2 - Comunicar a partir da fonte

Estudo 3 - Conheço o fundamento - Jesus, a fonte da água viva

Estudo 4 - Fui capacitado. E agora?

Estudo 5 - O que comunicar? Jesus comunica

Estudo 6 - As pessoas comunicam o Evangelho - exemplos práticos

Estudo 7 - A Igreja comunica Jesus

Estudo 8 - A Igreja comunica Jesus usando os meios de comunicação

Estudo 9 - Comunicando Jesus a partir dos nossos relacionamentos

Parte 2 - Teologia e prática

Estudo 10 - O dízimo - ontem e hoje

Estudo 11 - Simplificando o ato de ofertar

Estudo 12 - Primícias

Estudo 13 - Conceito de Mordomia Cristã

Estudo 14 - O sentimento de Cristo e nossa ação social

Parte 3 - Anexos

Temática 2014 - A Igreja comunica a Vida: Cristo para todos

Hinos (21 Hinos diversos)

LEIA-ME

Os estudos deste caderno refletem a preocupação da igreja com estes dois assuntos básicos e fundamentais da santificação, a evangelização e a mordomia. É para isso que o Programa do PEM também surgiu.

Pensando em cumprir estes fundamentos, este caderno Igreja em Grupos foi direcionado nesta perspectiva. Especialmente a evangelização e o testemunho pessoal provocando-nos com a temática do ano.

- Na primeira parte, temos nove estudos, o primeiro diretamente abordando a temática. E, para fundamentar, o texto está colocado nos adendos, na íntegra.

- Na segunda parte, oferecemos quatro estudos. O primeiro destacando uma compreensão do dízimo, ontem e hoje; o segundo nos traz uma abordagem simplificada do ofertar, motivado pela graça. E mais dois estudos, extraídos do nosso manual Primeiro ao Senhor, visando motivar a que cada luterano tenha sempre em mãos este manual. É sugestão do senhor Renato Bauermann, responsável pelo Departamento de Administração, que cada família tenha o seu livrete, oferecido pela própria congregação.

- Também adicionamos alguns hinos, para facilitar o estudo em determinadas ocasiões e possibilitar um momento de cânticos.

- Fica a sugestão dos DVDs Louvai ao Senhor, disponibilizados pela Editora Concórdia, com acompanhamento, voz e legenda (estes DVDs possuem diversos recursos). Uma ótima ferramenta para estudos em grupo.

Adilson Derly Schünke

04 fevereiro 2014

ISAIAS 58.5-9a

5' DOMINGO APóS EPIFANIA
Contexto
Is 58 distingue-se da passagem anterior pelo fato de referir-se, não aos sacrifícios e a idiolatria, mas ao jejum e a hipocrisia na prática de cerimonias externas, sem arrependimento verdadeiro. Apresenta um resumo claro e abrangente dos deveres em relacão aos semelhantes. Os caminhos de Deus não passam pelos atalhos das tentativas humanas diz conseguir seu aperfeiçoamento moral pela melhoria das condicões intelectuais, sociais ou econômicas. A formula para se "chegar a Deus" (v. 2) não se baseia aa experiência humana, pecaminosa, mas no entendimento e na confianca do seu livramento do cativeiro do pecado e no seu interior às criaturas caídas.

O estilo é de questionamento. Duas perguntas no contexto imediato são feitas pelo povo que procura saber os caminhos de Deus. No entanto, Deus responde em forma de mais quatro perguntas, cuja resposta é evidente. É, pois, um discurso vibrante e cheio de respostas.
Texto
A profecia estabelece o contraste entre a verdadeira religião e o formalismo oco, presente no culto exterior, em vários períodos da História de Israel. Os versículos iniciais registram a repreensão de um costume externo, o jejum, e a confiança vã que Israel nele deposita. Alias, no jejuar, o povo cuidava de interesses pessoais, e dava lugar a contendas e rixas.
V. 5 - O erro básico que aqui se condena é pensar no jejum em termos puramente externos. O jejum, como era praticado, consistia na auto-flagelação, revestida de sinais exteriores de lamentacão, curvando-se a cabeca como o junco, e vestindo os conhecidos símbolos de arrependimento, saco e cinzas, como
marcas visíveis. A intenção do profeta não
é condenar lamentos e sinais exteriores de arrependimento, mas de dizer que tudo isso de nada vale, quando a disposicão íntima se acha ausente.
Vs. 6-7 - As perguntas são apenas retóricas, pois a resposta é clara. O jejum que agrada a Deus, como obra da fé, consiste em que se soltem as ligaduras da impiedade, em que se desfaçam as ataduras da servidão do pecado, da formalidade exterior e da hiprocrisia, e que se deixem livrees os oprimidos e se despedacem tais jugos. A pratica da justiça  e da misericórdia é o cerne do jejum que agrada a Deus. A pratica do jejum tinha e tem o até hoje a intenção de ser um meio de ganhar o favor do Senhor. Uma demonstração de tristeza prentendia mostrar Deus à compaixão e era também uma expressão de falsa humildade e de uma auto-flagelação inócua. A essencia está, não em aparencias externas, mas na conversão de coração e vida: a pessoa deve rasgar o coração e não suas roupas em sinal de arrependimento.

O. v.7 questiona a vida do homem em sociedade e parece antecipar a afirmação do apóstolo João: “Aquele que não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. (1 João 1.2). A nossa vida de culto deve transformar-se, diariamente, num culto de vida. A teoria precisa aparecer na prática da vida cristã, mas com significado e coerencia.

Os vs. 6 e 7 apresentam forma constrastante dos dois lados do verdadeiro jejum: no primeiro dos muitos obstáculos que se se interpoem entre o verdadeiro culto e a hiprocrisia, e o ultimo propondo a prática positivas de obras de amor cristão.

Vs. 8-9a – Atendidos os requisitos estabelecidos para o verdadeiro jejum conforme indicados no versiculo anterior, surge a promessa meridiana de que o Senhor dará a sua benção. A sequencia de figuras de linguagem anunciando anunciando a salvacão de
Deus, é riquissima. A luz representa a felicidade e o conhecimento da salvacão (cf. Is 60.1,3). A repeticão da idéia de urgência torna o socorro divino imediato. As referências a glória do Senhor que "vai adiante" e na retaguarda, remetem o povo ao momento histórico em que foi protegido, na caminhada pelo deserto, por coluna de nuvem e de fogo. (Cf. Ex 13.21 e 2 Co 4.6)
A justica é a vanguarda e rompe as barreiras. Israel será restaurado os olhos de todos, porque Deus o fará prosperar. A retaguarda será a gloria do Senhor, isto é, sua graciosa presença no meio de seu povo, a protegê-lo de todo o mal. Então Israel não precisara mais queixar-se, mas o Senhor lhe respondera quando clamar.
"Eis-me aqui!" É a expressão que garante, ao final do texto, a presença de Deus no auxilio a seu povo necessitado. Revela a disposicão divina em responder as orações do povo que ele clama e que grita por socorro. Confere ao crente a certeza de que suas oracóes são ouvildas e que o Senhor promete e dar a assisitência de que precisa.

A fé do apóstolo Paulo, por ele referida na leitura de 1 Co, exclui a possibilidade de a fé apoiar-se em cerimònias, linguagem ou sabedoria humanas. O evangelho, em Mt 5, reforça a necessidade de fazer brilhar a luz da fé através do testemunho pessoal.
Disposição
QUAL É O CULTO QUE AGRADA A DEUS?
PRATICA A VERDADEIRA RELIGIÃO!
1. Sua aparência exterior
1.1 Não te perturbes com falsas aparèncias e hipocrisia.
1.2 A observância de certos ritos não é fundamental.
1.3 É preciso haver ordem e decência (liturgia, etc.)
2. Sua substância e essencial
2.1 Partilha com o crente a libertacão do pecado (ligaduras da impiedade, ataduras da servidão, liberdade aos oprimidos) .
2.2 Exerce o temor do Senhor (desenvolve a luz da fé, faz-se acompanhar da justiça no evangelho, tem a glória de Deus como retaguarda).
3. Sua recompensa é certa
3.1 A recompensa não está na iluminação espiritual (luz como a alva)
2 O grito por socorro é atendido
3.3 Deus presente (Eis-me aqui!) na vida do crente, diante de toda as adversidades da vida.

Elmer Flor

Revista Igreja Luterana, Ano 1989, Vol 2, pag 42

1 CORINTIOS 2.6-13

SEXTO DOMINGO APÓS EPIFANIA
14 de fevereiro de 1993
1 Coríntios 2.6-13
1) Leituras do dia
Sl 11.9.1-6 - A bem-aventurança dos que andam na lei do Senhor. Os mandamentos de Deus são para o nosso bem.
Dt 30.15-20 - Lembrados dos mandamentos do Senhor, somos confrontados com o caminho da vida e o caminho da morte. E a recomendação insistente de Deus é: “Escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz, e apegando-te a ele; pois disto depende a tua vida".
1 Co 2,6-13 - A verdadeira sabedoria: o ensino do Espírito Santo, que dá vida em Cristo, - em contraste com a sabedoria do mundo, que é enganosa.
Mt 5.20-37 - O comentário de Jesus sobre alguns mandamentos. Nossa justiça não pode ser só aparente, mas deve proceder do coração como fruto da fé em Cristo e como resposta a todo amor revelado por Deus.
Pensamento central das leituras: A Palavra da Bíblia que pregamos, tanto os Mandamentos como o Evangelho, não provém de conclusões e sabedoria humana, mas é revelada pelo Espírito Santo e é sabedoria divina para a nossa salvação!
2) Contexto
Corinto, cidade portuária, recebia influências de todas as partes do mundo. A filosofia e as artes eram bem desenvolvidas nesta cidade. O ministério de Paulo foi questionado por alguns, apesar dele ter sido o fundador da congregação em Corinto. Paulo não havia sido discípulo direto de Jesus, como os 12 apóstolos. Mesmo assim, ele argumenta, seu ensino não é inferior, pois ele não pregou palavra própria, mas palavras recebidas do Senhor e ensinadas pelo Espírito Santo (1 Co 11.23; 15.3; 2.13). No texto em questão, ele faz o contraste entre a sabedoria do mundo e a sabedoria de Deus, a qual ele havia recebido e anunciava.
Contexto litúrgico: Estamos na Epafania-Revelação/Manifestação. Este texto mostra que Deus revela/manifesta sua sabedoria através da ação do Espírito Santo pela Palavra. O v.8 faz a ponte entre a Epifania e a Quaresma.
Contexto da IELB: Lema - "Cristo para todos - Respondendo ao amor de Deus”: Nossa resposta à manifestação amorosa de Deus só pode ser a aceitação da sua sabedoria revelada, a fidelidade a esta sabedoria na Palavra, nos deixando guiar pelo Espírito Santo em nosso testemunho e pregação desta Palavra de sabedoria divina.
3) Texto
v. 6,7 - "a sabedoria de Deus em mistério outrora oculta." O plano da salvação de Deus não pode ser descoberto nem desvendado pela sabedoria humana; há necessidade de revelação por parte do próprio Deus (v.10; Rm 16.25, 26; Ef 3.3-9) e apreensão pela fé, não por sabedoria humana. Pois se o quisermos desvendar pela sabedoria humana, ele se toma loucura e absurdo; mas quando o apreendemos pela fé, ele se toma poderoso para nos salvar (1 Co 1,18ss).
vv. 8,9 - Faz a ponte entre a Epifania e a Quaresma. Os poderosos deste mundo na sua sabedoria não reconheceram em Jesus o Filho de Deus nem aceitaram a reve- lação/manifestação feita por Deus por intermédio dele; e o crucificaram.
v.10 - "Deus no-lo revela pelo Espírito." Cf. explicação do 3o artigo do Credo no Catecismo Menor : "O Espírito Santo me chamou pelo Evangelho , me iluminou com os seus dons..." O Espírito Santo é aquele que ensina (Jo 16.13). Aqui está o segredo de toda a pregação cristã: não na sabedoria humana, mas na sabedoria divina revela- da e ensinada pelo Espírito Santo. - Esta é uma palavra muito importante aos pregado- res: Não são apenas cursos de desenvolvimento intelectual que fazem um bom prega- dor; mas é o Espírito Santo de Deus! Sem ele, nada somos.
v. 11-13 - Na sua argumentação, o ap. remete o leitor à sua própria experiência: cada um sabe de si, o que vai no seu íntimo. Assim: Apenas o Espírito de Deus sabe o que vai no íntimo de Deus. E é este Espírito que Deus nos deu, para nos revelar os seus pensamentos a nosso respeito e a sua sabedoria! E é por meio dele que temos condições de falar e pregar a sabedoria de Deus! Ninguém se arrisque a falar em nome de Deus sem ter o Espírito de Deus!
4) Disposição/Proposta Homilética/Tema e Partes Tema:

A sabedoria humana X A sabedoria de Deus
Objetivos: Contrastar as duas sabedorias reforçando a verdade de que a nos- sa pregação é fruto da revelação do E.S. na Palavra, e não apenas exposição de idéias/sabedoria humana. Os problemas: - Nossa vaidade nos instiga a uma independência da Palavra. - Os ouvintes são tentados a ver o homem/pregador, e não a Palavra pregada como sendo de Deus. - A sabedoria humana tem prestígio na sociedade em geral e é debatida com facilidade; a revelação de Deus é olhada com desconfiança e considerada coisa de fracos. A solução: - Deus nos revela a sua sabedoria=salvação em Cristo pelo Espíri- to Santo em sua Palavra. Um alerta: - Não devemos desfazer a sabedoria humana no que diz respeito a coisas desta vida (medicina, matemática, física, etc.), pois também é um dom de Deus. O que está em questão são filosofias huma- nas que propõem um caminho de salvação. Introdução: O homem é um ser competitivo. Ele gosta de competir e gosta de assistir competições. Cf.: futebol, jogos olímpicos, político, irmãos em casa... O ap. Paulo nos apresenta dois adversários que lutam por conquistar o 1o lugar no coração do homem: a sabedoria humana e a sabedoria divina. Quem vence o jogo final nós já o sabemos; mas quem está vencendo o jogo na minha vida particular? Quem fala mais alto aos meus ouvidos e norteia a minha vida?
1o parte - A sabedoria humana: Seu valor: no que tange a coisas deste mundo: saúde, economia, educação... Seu perigo: tornar-se um fim em si, como se só ela fosse suficiente para a vida do ser humano, inclusive para a vida eterna! Este caminho leva à morte (Dt 30.12-20).
2o parte - A sabedoria de Deus: Oculta aos olhos do mundo. Revelada pelo Espírito Santo. Seu propósito: a nossa salvação em Cristo (vida: Dt 30.20).
Conclusão: Epifania - período de Revelação/Manifestação entre Natal e Quaresma. Quem é o menino nascido em Belém? Quem ó o Jesus de Nazaré crucificado? Somente a sabedoria de Deus por ação do E.S. nos reve- la esta verdade e nos dá a fé salvadora. Quando cremos em Cristo e nos mantemos fiéis à sabedoria revelada por Deus, estamos "respon- dendo ao amor de Deus".

Carlos Walter Winterle

Revista Igreja Luterana, Ano 1992, Vol 2, Pag 133