PEM 13-01
Apresentação:
“Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.” Sl 118.1.
Somos filhos de Deus! Em Cristo, Deus nos chamou e dotou como seus filhos. Isto é extraordinário! Por natureza, quando nascemos, não éramos filhos de Deus, mas “filhos da ira, como também os demais”. Ef 2.3
Mas, “antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para pertencermos a ele, sendo unidos com Cristo, a fim de sermos somente dele e estarmos sem culpa diante dele. Por causa do seu amor por nós, Deus já havia resolvido que nos faria seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois esse era o seu prazer e a sua vontade. Portanto, louvemos a Deus pela sua gloriosa graça, que ele nos deu gratuitamente por meio do seu querido Filho”. Ef 1.4-6 - BLH
Adorar como filhos de Deus faz parte da nossa resposta ao amor de Deus. Infelizmente, por causa do pecado, nossa resposta é fraca e imperfeita. Mas, queremos crescer! Os filhos de Deus querem adorar a Deus. Eles querem, em todo momento, “render graças a Deus, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”. Sl 118.1
Esse também é o objetivo desta série de 10 estudos: ajudar os filhos de Deus a conhecer Deus e reconhecer o seu poder, o seu amor, a sua graça e misericórdia e, então, adorá-lo e render-lhe graças, “porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre”. Sl 118.1
Os estudos têm, como ponto de partida, a Ordem Litúrgica do Culto luterano. A partir do culto público, queremos adorar a Deus constantemente, ao deitar e ao levantar, ao descansar e ao trabalhar, nos mementos de alegria e de provação, na fartura e na escassez.
Também queremos valorizar a nossa Ordem Litúrgica, estudando-a do ponto de vista doutrinário e cúltico, orientando-nos, a partir dela, para uma vida de adoração a Deus.
Cada estuda terá, como pano de fundo, um quadro da Ordem Litúrgica do Culto Luterano. É importante que o conteúdo destes quadros seja lido responsivamente (coordenador e grupo), quando possível, no início dos estudos. A partir desses quadros, poderão ser reestudadas as doutrinas fundamentais da fé cristã (para conhecer Deus) e as muitas maneiras de prestar culto e adorar a Deus. A Liturgia Luterana nos mostra o nosso gracioso Deus e nos prepara para adorá-lo como filhos de Deus!
Conhecendo bem a Ordem Litúrgica, nosso culto a Deus continuará, também fora do tempo, todos os dias.
1o. estudo - Tema: Os filhos de Deus invocam e adoram o Deus Triúno
Textos Bíblicos - Mateus 28.18-20; Mateus 3.16,17; Jo 3. 1-16
ORIENTAÇÕES AO COORDENADOR DO ESTUDO
1 - O objetivo do presente estudo é levar o grupo a descobrir e redescobrir que, em Cristo, somos filhos de Deus e temos o privilégio de invocá-lo, chamá-lo de Pai e adorá-lo.
2 - A ênfase maior está no Batismo, que nos torna filhos de Deus, e na importância dele para a nossa vida diária.
3 - A Introdução (item II) poderá ser lida no início do estudo, para que todos possam entender melhor os objetivos do estudo. O grupo não deve demorar-se nos pontos da introdução.
4 - O estudo, propriamente dito, está no item III - Vivendo na presença de Deus.
5 - Ajudar o grupo a realizar as atividades práticas sugeridas no item IV.
6 - O item V fornece subsídios para aprofundar o estudo sobre o significado do Batismo na vida diária. Não precisa, obrigatoriamente, ser analisado junto com este estudo. Pode ser assunto de um novo estudo ou uma tarefa de casa para os participantes.
II - INTRODUÇÃO
1 - Somos filhos de Deus. Isto é maravilhoso! Por natureza, quando nascemos, não éramos filhos de Deus, mas “filhos da ira, como também os demais”(Ef 2.3). Mas, em Cristo, Deus nos chamou e adotou. Somos seus filhos! Podemos chamar Deus de PAI e não precisamos viver com medo.
2 - Ser filho de Deus é o maior de todos os privilégios. Aqui no mundo, tudo é pasageiro, mas a nossa condição de filhos de Deus é eterna.
Como filhos, queremos, permanentemente, responder ao amor do Pai Celestial, adorando-o e prestando-lhe culto, aqui no mundo e, depois, por toda a eternidade na glória celestial.
3 - Nesta série de dez estudos, queremos conhecer melhor o nosso Deus e também avaliar o nosso culto, nossa resposta ao seu amor. Neste estudo, especificamente, queremos olhar para nossa condição de filhos de Deus, a partir do Batismo. Também queremos contemplar o Deus Triuno, revelado na Bíblia Sagrada e invocá-lo constantemente, como fazemos em nossos cultos públicos.
4 - O culto na Igreja Luterana começa com um hino de invocação. O hino pode ser: uma oração ao Espírito Santo (hinos 132 ao 144 do Hinário Luterano), um hino de louvor (hinos 203 a 228 do HL),um hino de adoração (hinos 167 a 202 do HL), um hino relativo à época litúrgica ( Natal, Páscoa, Quaresma...) ou um hino relacionado ao tema do dia. Vale destacar que os hinos são parte importante e integrante do culto, e não apenas intervalos entre uma e outra parte do culto.
5 - De acordo com a tradição cristã, o Batismo pode ser celebrado bem no início do culto, logo após a invocação. O Batismo é o Sacramento de iniciação. Através dele, somos trazidos para dentro do povo de Deus, somos batizados para dentor do povo de Deus. É aí que recebemos, através da água e da Palavra, o nosso novo nome de filhos de Deus (Ap 3.12).
6 - Mas, o nosso Batismo não é apenas um ponto de referência num passado distante. O nosso Batismo se torna atual no consolo e numa vida consagrada ao nosso Deus e Salvador, numa vida de filhos de Deus!
7 - E os filhos podem invocar Deus, podem chamá-lo de Pai. Eles não invocam a Deus apenas nos templos, aos domingos, por ocasião do culto público. Os filhos querem viver, constantemente, na presença de Deus. Eles invocam e pedem a presença de Deus em suas vidas a cada novo dia e se comprometem a viver sob sua divina orientação, dizendo AMÉM!
III - VIVENDO NA PRESENÇA DO DEUS TRIÚNO
A partir dos pontos relacionados na introdução, o grupo pode desenvolver breves estudos e aplicar verdades para a sua condição de filhos de Deus.
1 - Pedindo a presença de Deus
Assim como no início do culto afirmamos a nossa fé no Deus Triuno, invocando a sua presença em nosso meio, convém que, diariamente, afirmemos a nossa fé e supliquemos a sua presença.
Quero chamar atenção especial para uma oração de invocação, muito comum nos lares luteranos, feita normalmente por ocasião das refeições. O momento é oportuno para redescobrirmos a importância dessa oração diária e de ampliarmos seu conteúdo.
A oração: Vem, Senhor Jesus, sê o nosso convidado. E tudo o que nos dás, nos seja abençoado! Amém!
Que bela prece para ser feita diariamente nos lares luteranos; e ampliada! O Dr. Charles Mueller, pastor da Igreja Luterana dos Estados Unidos, sugeriu que os cristãos ampliem esta oração, como por exemplo: Vem, Senhor Jesus, sê o nosso convidado. E tudo o que nos dás, nos seja abençoado, para que possamos ajudar o necessitado! Amém!
Que Deus seja o convidado permanentemente em nosso lar e em nossa vida. Que nós possamos viver de forma agradável na presença dele. Que Deus abençoe, em nossa vida, toda sorte de dons, tempo e bens, para que possamos ajudar os outros que necessitam ouvir o testemunho do amor de Deus e que necessitam do nosso tempo ou dos nossos bens.
Vamos conversar
a) O que nos move a ir ao culto público, invocar o Deus Triúno e prestar-lhe culto?
b) Como e com que finalidade invocamos Deus no dia-a dia?
c) Olhe ao seu redor e responda: que divindades ou forças as pessoas estão invocando?
Considere, então, as palavras de Jesus aos discípulos em Jo 6.66-69.
2 - Filhos de Deus
(Rm 8.14-17 e Mt 7.7-11)
Apenas podemos invocar o nome e a presença de Deus e prestar-lhe culto, porque, em Cristo, somos filhos de Deus. Quando fomos trazidos para dentro do povo de Deus, pelo Batismo e pela Palavra de Deus, recebemos o Espírito Santo. E, pelo Espírito Santo, podemos chamar Deus de .................. (Rm 8.15).
O que representa, para nós, poder chamar Deus de Pai?................... (As respostas estão em Rm 8.14-17 mais Mt 7.7-11).
3 - O Batismo na vida diária na vida dos cristãos (Rm 6.1-14)
Em Rm 6.1-14, o apóstolo Paulo explica os benefícios do Batismo na nossa vida, ou seja, morremos com Cristo, para não servirmos ao pecado como escravos, e renascemos, com Cristo, para uma nova vida.
Ao explicar o valor do Batismo no dia-a-dia dos filhos de Deus, ele diz: “Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus” (Rm 6.11).
a)O que significa considerar-se morto para o pecado e vivo para Deus? (cf.Rm 6.12-14)
b) Como acontece isto?
c) Este “considerar-se morto para o pecado e vivo para Deus” também é culto a Deus?
d) A propósito, qual é a data do seu Batismo?
O maior dos benefícios do Batismo na vida diária dos filhos de Deus é o consolo do perdão, quando pecam.
4-Resumo
a) Somos filhos porque Deus, em Cristo, nos adotou como seus filhos.
b) Na condição de filhos, podemos chamar Deus de Pai, meu Pai e invocá-lo, em nossos cultos públicos, bem como no dia-a-dia, e não precisamos viver atemorizados.
c) Reconhecemos e confessamos o Deus Triúno como o único e verdadeiro Deus, que se revela como Pai, Filho e Espírito Santo.
d) Além de invocar a presença de Deus nos nossos cultos, também oramos para que Deus seja o convidado permanente em nossa vida. Queremos viver na presença de Deus e ser uma bênção para os outros!
IV - SUGESTÃO DE ATIVIDADE PRÁTICA NO GRUPO E/OU CONGREGAÇÃO
1 - Estímulo mútuo entre os irmãos na fé para uma participação regular dos cultos.
2 - Preparar cartazes que estimulem os filhos de Deus a participar do culto e que destaquem os benefícios dessa atividade.
3 - Preparar cartões com a oração: Vem,Senhor Jesus, sê o nosso convidado. E tudo o que nos dás nos seja abençoado, para que possamos ajudar o necessitado. Amém! distribuindo-os às famílias e indivíduos da congregação, para que todos cresçam nesta prece e na vida na presença de Deus.
4 - Identificar e registrar (também no fichário da congregação) a data de Batismo de todos os membros da congregação.
V - ORIENTAÇÕES DO CATECISMO MENOR
1 - Quem é o Deus verdadeiro? (pergunta 112)
R: O Deus verdadeiro é o Deus Triúno: Pai, Filho, e Espírito Santo, três pessoas distintas num único ente divino (Dt 6.4;Nm6.24-26; Mt 28.19; 2 Co 13.13).
2 - As perguntas 303 a 312 do Catecismo Menor esclarecem sobre o significado do Batismo na nossa vida diária. Explicam como o velho homem deve morrer para que o novo homem possa sobressair. Especialmente é importante a pergunta 309: De que modo o Batismo significa o afogar o velho homem e a saída do novo homem?
R: Pelo Batismo, participamos de Cristo. Como ele sepultou os nossos pecados, assim também nós podemos sepultá-los e evitá-los diariamente; e, como ele ressuscitou dos mortos e vive, assim também nós podemos e devemos andar diariamente em novidade de vida.
Reinaldo Lüdke - Porto Alegre, RS
2o. estudo - Perdão e confissão de pecados na vida dos filhos de Deus - PEM 13-02
I - OBJETIVO DO ESTUDO
1 - O objetivo do estudo é relembrar que já somos filhos de Deus. Foi o próprio Deus que nos chamou e nos adotou como seus filhos. No Batismo, fomos lavados e purificados de toda a culpa, mas o pecado ainda habita em nós. Por isso, nossa confissão de pecados é uma constante volta aos braços do Pai Celestial, que nos perdoa e nos consola.
2 - Os dois textos bíblicos que ilustram bem este estudo, são o salmo 32.1-5 e o salmo 51.
II - INTRODUÇÃO
1 - Como você reagiria se, no próximo culto, a confissão e a absolvição de pecados simplesmente ficassem fora da liturgia? Acredito que você diria: Faltou algo importante! O culto não esteve completo!
Na Liturgia Luterana, a confissão de pecados recebe ênfase especial. Alguns a comparam ao limpar dos pés antes de entrar na casa. Enfim, preparar-se antes de adorar a Deus e prestar-lhe culto.
Essa preparação consiste de três partes:
a) Exortação e/ou alocução confessional, que é o convite, feito pelo ministro de Cristo, para nos aproximarmos de Deus, confessarmos os nossos pecados e pedirmos perdão por eles.
b) Confissão Geral, pela qual nos confessamos culpados de todos os nossos pecados, admitindo que merecemos a condenação e suplicamos o perdão.
c) Absolvição. O ministro anuncia o perdão dos pecados aos que os confessam e crêem no perdão obtido por meio de Cristo para todos os homens.
2 - De modo bem especial, este estudo quer levar-nos à prática da confissão diária dos nossos pecados e culpas diante de Deus, bem como diante das pessoas.. A partir da confissão e absolvição, em preparação ao culto público, os filhos de Deus devem exercitar-se na prática constante da confissão dos pecados e da absolvição.
III - CONFISSÃO E ABSOLVIÇÃO NA PRÁTICA
1 - O que vem primeiro?
O que vem primeiro: a confissão ou absolvição? Vamos fazer a pergunta de outra maneira: nós confessamos os nossos pecados para merecer o perdão de Deus, ou confessamos nossos pecados porque somos filhos, que conhecem o amor do Pai e crêem no seu perdão?
2 - Filhos de Deus no Batismo
No estudo anterior, aprendemos que, em Cristo, Deus nos adotou como seus filhos e herdeiros. Pela água e pela Palavra, Deus nos lavou (Tito 3.5). O sangue de Jesus, derramado na cruz, nos purificou (1 Jo 7b) de todo o pecado e culpa. Somos os santos e amados filhos de Deus!
Mas, ainda somos pecadores! Ou melhor, somos santos e pecadores!
Esta é uma expressão que vem desde os tempos da Reforma. Os cristãos, filhos de Deus pela fé em Cristo, são santos e pecadores simultaneamente. São ambas as coisas ao mesmo tempo.
Eles são santos! Não por natureza, ou porque praticam boas obras, mas porque Deus os tornou santos, através de Jesus. Mas eles não são santos no sentido de que não cometem mais pecado. Pelo contrário, o pecado ainda habita em suas vidas e eles pecam muito, diariamente. As palavras do apóstolo Paulo em Rm 7.19 resumem muito bem a situação dos filhos de Deus: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço”.
Pergunto outra vez: o cristão confessa seus pecados para merecer o perdão divino, ou ele confessa seus pecados porque está triste por ter ofendido a Deus, que tanto o amou e o adotou como seu filho?
3 - O exemplo do rei Davi (ler Sl 32.1-6)
Ao confessar seus pecados, os filhos de Deus também confessam sua fé na misericórdia e no perdão de Deus. O que os motiva a confessar seus pecados, não é a ameaça do castigo de Deus, mas as promessas de misericórdia, perdão e consolo.
Por isso, sempre que os cristãos se reúnem para o culto, tristes, eles confessam seus pecados; mas, confiantes no perdão e no consolo de Deus, que já os adotou como seus filhos amados, eles querem corrigir e melhorar sua vida.
Pergunto: É correto afirmar que a confissão é um constante voltar aos braços graciosos do Pai Celestial?
Foi o que aconteceu com o rei Davi, após seus pecados de adultério e homicídio(2 Sm 11 e 12). No salmo 32 e também no salmo 51, encontramos expressa a confissão do rei Davi, bem como sua alegria pelo consolo e perdão divino. O grupo deve ler o Sl 32. 1-5 e então responder:
a) Qual era a situação do rei Davi antes de confessar seu pecado? ............
b) Como ele se sentia após confessar seu pecado?..........
4 - A absolvição do ministro
O profeta Natã foi enviado por Deus até Davi, para mostrar-lhe seu erro. Após reconhecer e confessar seu pecado, Davi foi consolado pelo profeta que lhe estendeu o perdão divino: “Também o Senhor te perdoou o teu pecado” (2 Sm 12.13).
Martinho Lutero, na explicação do Ofício das Chaves, afirma: Creio que tudo quanto os ministros de Cristo, devidamente chamados, fazem conosco por sua ordem divina, é tão válido e certo no próprio céu, como se Cristo mesmo, nosso Senhor, tratasse pessoalmente conosco, especialmente quando....absolvem aqueles que se arrependem dos seus pecados e querem corrigir a sua vida”(Catecismo Menor, pág 16).
Os textos bíblicos de Mt 16.19 e Jo 20.23 confirmam as palavras de Lutero.
5 - Confissão e perdão mútuos
Os filhos de Deus, que foram perdoados e reconciliados com ele por Jesus Cristo, também precisam confessar os pecados uns aos outros, perdoar-se mutuamente e reconciliar-se, sempre de novo.
a) Será que os cristãos, que não se reconciliam uns com os outros podem, realmente, prestar culto a Deus, juntos? Conferir Mt 5. 23,24; e Mt 6. 14,15.
-Você concorda que algumas pessoas se afastam da igreja em razão de sentimentos de culpa?
b) Não há melhor lugar do que o lar para a confissão e absolvição mútuas serem treinadas. Também não há regras que limitam a confissão e o perdão (Lc 17.3-4).
6 - Resumo
a) Nós, filhos de Deus, confessamos nossos pecados, porque confiamos no amor e no perdão do Pai celestial e queremos melhorar nossa vida.
b) Nossa confissão de pecados também é uma confissão de fé no consolo e no perdão de Deus.
c) Quem não confessa seus pecados sente-se esmagado pela culpa. Quem confessa seus pecados é renovado com o perdão e o consolo de Deus.
d) O amor e as promessas de Deus, de que não seremos desprezados (Sl 51.17) nos motivam a voltar, sempre de novo, aos braços do Pai, confessando-lhe nossos pecados e suplicando: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim, um espírito inabalável” (Sl 51.10).
e) Perdoados por Deus, também queremos exercitar-nos na nova vida, confessando os pecados ao próximo e perdoando-lhe quando nos ofender.
f) A mensagem central deste estudo: Deus recebe pecadores!
"Adorando como filhos de Deus" - CRISTO PARA TODOS!
3o. Estudo - Louvor a Deus - Pem-13-03
Palavra ao coordenador
Este estudo visa situar as referidas partes da liturgia no contexto do culto e da vida.
1 - Sublinhar o culto como a celebração festiva do povo diante da graça de Deus.
2 - Despertar para a estreita relação entre o culto e a comunhão entre o povo de Deus, fruto da paz e reconciliação que Cristo trouxe ao mundo.
3 - Sublinhar a dimensão missionária do culto e da vida do povo de Deus.
Leituras bíblicas de preparação:
Colossenses 3. 12-17; Salmo 5. 1-7.
Primeira parte
O Intróito marca propriamente o início do culto do dia, do ato de adoração do povo de Deus que, na palavra de absolvição do oficiante, confirmou o Evangelho: Deus efetivamente perdoou e recebe pecadores para comer com eles. É a maneira de Deus chamar bem-vindos. O Intróito estabelece o ritmo e o tom ao caminho que, neste dia, se percorre em direção à Santa Ceia.
O Intróito, extraído dos Salmos, estabelece, também, a unidade do culto messiânico do Antigo Testamento e do culto Cristocêntrico do Novo Testamento. O Intróito, o Gradual, e o Salmo abrem o caminho para o louvor musicado de que toda a comunidade participa. O canto sublinha a harmonia da igreja, que brota do Evangelho. O individualismo é absorvido, fazendo com que a adoração, o louvor e a intercessão presentes no canto sejam de todos para todos.
Sugestão para reflexão e debate
Analisem e avaliem o quanto vocês participam do culto pelo canto. No tempo da Reforma e depois, todo o culto era cantado, inclusive as orações, as leituras bíblicas, a confissão. Lutero entendia o ato de cultuar como um ato que deveria trazer prazer e alegria aos participantes.
Como encaramos o nosso culto hoje? Quem deveria atuar e como, para que o culto fosse mais um ato de consolo, alegria e prazer?
Segunda parte - Louvor
Cada elemento do culto engloba, em si, o culto todo; e o culto do dia, por sua vez, é um elemento daquele culto que, desde a criação e por toda a eternidade, se realiza nos céus também agora e do qual participamos pela fé.
Repetir as palavras dos salmos é, também, o ato que somente a fé propicia: de estar no coro de Israel do passado e do Israel do futuro, o povo escolhido de Deus, os filhos de Abraão.
Por isso, o salmo encerra com o ato de louvor a Deus em cuja presença se encontra a igreja toda: passada, presente e futura, o GLORIA PATRI. Isto se confirma na Santa Ceia, quando cantamos: Portanto, com os anjos e arcanjos e com toda a companhia celeste, louvamos e magnificamos o teu glorioso nome.
Os salmos são cantos que atenderam a vários objetivos. Entre estes destaco:
1 - Pedagógico: Os salmos são, não somente expressão da fé, mas também trazem a exposição correta de diferentes aspectos da fé.
2 - Cúltico: Unifica o culto, na medida em que a melodia sublinha a unidade na confissão da fé e expressa os sentimentos ligados a esta fé.
3 - Comunitário: O canto conjunto e responsivo reforça e dá sentimento ao texto, quebra barreiras e aproxima as pessoas.
Sugestão para reflexão e debate
A) A melodia e o canto afetam profundamente o sentimento humano. A melodia e o ritmo podem influenciar, predispor e induzir as pessoas a determinado estado de espírito.
Até que ponto o nosso culto é rico ou pobre no uso da música como veículo da mensagem de Deus?
B) Dada a excelência dos textos dos salmos como exposição correta da fé, devemos perguntar: os hinos do culto luterano deveriam ter sempre esta ênfase?
Procurem dar um exemplo de um hino do HL que atende bem a este quesito.
Quais os cuidados que deveríamos ter ao buscarmos hinos de outra origem religiosa?
Terceira parte - Confiança
A igreja sabe que sua euforia e sua alegria só têm um motivo: Deus nos ama, sendo nós ainda pecadores.
Pecadores que, é verdade, buscam servir a Deus, mas que, apesar de tudo, sempre continuam pecadores. Então confirmam a Deus a sua confissão, porque estão seguros em Deus: Senhor, tem piedade. Este não é um canto de contrição, mas de confiança e de entrega a Deus, que confirma o seu amor agindo por nós como Pai, Filho e Espírito Santo.
Senhor, tem piedade foi a expressão que os discípulos ouviram vinda da mulher cananéia. Com isso, a igreja, que entoou o salmo, revela a sua consciência de ser uma comunidade de necessitados que, tal como a mulher cananéia ou os dez leprosos, está diante de um Deus que se compadece.
Para reflexão e análise:
O pedido é corporativo, é comunitário, é a favor de todos. A mulher cananéia pede a favor da filha.
O grupo pensa que a comunidade está esclarecida a respeito disso?
Ou existem pessoas que ficam excluídas do nosso pensamento neste ato?
Consideramos algumas pessoas mais incluídas na nossa oração do que outras? Até que ponto o nosso culto fica fortalecido ou enfraquecido, se isso não for considerado?
Quarta parte - O Gloria
E na terra paz, boa vontade para com os homens.
Esta é a festa que os anjos anunciaram: A festa da reconciliação da humanidade. Festa que se realiza em Cristo e se concretiza na Santa Ceia comunitária para a qual o culto é a grande moldura.
As partes da liturgia se interligam, se complementam e expandem a expressão da fé num crescendo cujo ponto alto é a comunhão na Santa Ceia.
(ver gráfico abaixo)pág.14
Observando o gráfico da página anterior, qual o padrão que pode ser observado?
O culto é uma seqüência de momentos que refletem os contrastes da vida do cristão no mundo. A cada momento que enfatiza a ação de Deus, (por exemplo o Intróito) segue-se a resposta da fé que confia em Deus (Kyrie) e que, no momento seguinte, está consolada na presença de Deus (Glória). Este modelo ajuda a manter o necessário equilíbrio do culto e também da nossa relação com Deus como um todo. A euforia pela salvação e promessa de Deus brota continuamente do coração de alguém consciente da sua pecaminosidade e da graça de Deus.
Dessa maneira, a liturgia marca e preserva o equilíbrio no culto como um todo: Lei e Evangelho, justificação e santificação, promessa e resposta, Se, por um lado, a salvação e as promessas de Deus produzem a euforia da salvação, porque consolam e alegram, por outro sempre nos recordamos de que estamos no culto a Deus como pecadores em permanente busca de Deus e do seu perdão e bênção. Cada liturgia, deve transmitir este equilíbrio de que tanto a euforia do velho Simeão como a atitude do publicano são resultado e fruto da mesma fé. Percebendo este equilíbrio e sobriedade, o cristão não se perde em ilusões, como também alimenta a esperança quando em dificuldades.
O GLORIA identifica o objetivo do culto cristão com o objetivo do Evangelho, da revelação de Deus: reconciliação: E na terra paz....... boa vontade......
Desse fato, brota o louvor eterno.
Para reflexão e análise
Que parte do culto entendemos como a mais significativa para uma boa preparação para a Santa Ceia?
Comentem sobre a grande responsabilidade que pesa sobre o pastor de quem muito depende para fazer do culto esta festa preparada por Deus.
Esta festa depende da liturgia e dos hinos? Ou depende das boas relações entre os membros da comunidade?
Leiam e comentem o que Paulo fala do culto: Colossenses 3. 12-17
O apóstolo, nesse texto, une ternos afetos de misericórdia a salmos, hinos e cânticos como partes de um todo. Em Atos 2.42-47 se relata que a comunidade contava com a simpatia de todos.
Exercício
A ordem de liturgia é algo flexível. Podemos alterar e substituir partes.
Pergunta
Quando substituímos o GLORIA, por exemplo, que critérios deveríamos observar quanto ao texto, hino e melodia que utilizaríamos em seu lugar?
Paulo Weirich
4o. estudo - Tema: Os filhos de Deus ouvem a Palavra de Deus
Ofício da Palavra
Saudação
O - O Senhor seja convosco.
C - E com o teu espírito.
Rute 2.4
Coleta
O - Oremos: ......mediante JESUS CRISTO, teu Filho, que vive e reina em glória CONTIGO e com O ESPÍRITO SANTO, um só DEUS para todo o sempre.
C - Amém.
Leitura do Antigo Testamento
Leitura da Epístola.
GRADUAL
C - Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Anúncio do Evangelho
C - Glórias a ti, Senhor!
Leitura do Evangelho
C - Glórias a ti, ó Cristo!
Hino do sermão
Sermão
Saudação
A graça do SENHOR JESUS CRISTO e o amor de DEUS PAI e a comunhão do ESPÍRITO SANTO sejam com todos vós. Amém.
Doutrinas - Lei e Evangelho: Mc 16.15,16; Lc 24.47-49
Os 10 mandamentos - Êx 20
Saudação - Rt 2.4
Oração do dia - coletânia
Leituras - Antigo Testamento, Epístola, Gradual, Evangelho
Sermão - Lc 4.20-21
Textos Bíblicos - 2 Tm 3.14-17; Rm 15. 4
Hinos: 247 e 245
Introdução
Podemos imaginar um culto na época de Jesus?
ATIVIDADE
Deixar o grupo reponder a esta questão. O que fazia parte do culto? Havia grandes celebrações no tempo de Jerusalém com os sacrifícios de animais e outros cerimoniais. Esses sacrifícios não são mais necessários, pois Jesus se sacrificou por nós uma vez por todas!
Mas o que acontecia nas reuniões mais simples nas sinagogas ( igrejas, capelas)? temos a descrição de uma parte deste culto em Lc 4. 16-21: (Ler na Bíblia e comentar.)
O ponto alto dessas reuniões era a leitura da Palavra de Deus. Naquela época, eles só tinham o Antigo Testamento, que era lido, explicado e aplicado à vida dos participantes.
A centralidade da Palavra continuou nas reuniões dos primeiros cristãos, e em torno da leitura da Palavra e da celebração do sacramento se moldou a liturgia da igreja.
À leitura do Antigo Testamento foram acrescentadas a leitura das cartas dos apóstolos e a leitura do Evangelho.
“Entre os cristãos, no culto, tudo deve acontecer por causa da Palavra e dos Sacranentos”, escreve o Dr. Martinho Lutero (“Pelo Evangelho de Cristo”, pág. 230).
Há seqüências diversas (perícopes) de leituras para cada domingo. Cada conjunto de leituras para um ano apresenta todo o plano de Deus para a nossa vida e nossa salvação.
1. A preparação
A saudação responsiva: “O Senhor seja convosco. - E com o teu espírito”, marca o início de um novo momento no culto. É o início do Ofício da Palavra que culmina no Evangelho! Essa saudação é repetida no início da liturgia da Santa Ceia.
Saudação comum nos tempos antigos, era a forma como os filhos de Deus se cumprimentevem. Lemos em Rt 2.4: “Eis que Boaz veio de Belém e disse aos seus trabalhadores:
O Senhor seja convosco. E eles lhe responderam: O Senhor te abençoe”. - Outras formas de responder:
“E contigo também”, ou: “Ele está no meio de nós”.
2. A coleta ou: Oração do dia
Esta breve oração é chamada de “coleta”, porque ela é uma “coletânea”, uma “seleção” do tema do dia extraído das leituras que seguem. Ela afirma o que Deus fez por nós e pede que isto se torne realidade em nossa vida. Este momento do culto é como aquela breve oração que Samuel fez quando Deus lhe apareceu:
“Fala, Senhor, porque o teu servo ouve!”(1 Sm 3.9,10). Nessa disposição, queremos ouvir a Palavra de Deus.
3. A Leitura do Antigo Testamento
O apóstolo Paulo afirma em Rm 15.4: “Pois tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.
O Antigo Testamento aponta para Cristo. Geralmente a leitura do Antigo Testamento está intimamente relacionada com a leitura do Evangelho do dia.
O A. T. não apresenta apenas a Lei, como muitos pensam. O A. T. está repleto de promessas evangélicas, promessas de boas-notícias a respeito do salvador que virá. O povo da Antiga Aliança aguardou a vinda do Messias com fé.
Nós nos consolamos e animamos, vendo como as promesas de Deus se cumpriram em Cristo; e como elas continuam válidas para nós em nossos dias!
Atividade
Conferir as leituras do A. T. e do Evangelho dos 9@ e 10@ Domingos após Pentecostes, Série C: Estabelecer as ligações entre as leituras:
a) Gn 18.1-10a e Lc 10.38-42;
b) Gn 18.20-32 e Lc 11.1-13.
4. A leitura da Epístola
Epístola é uma carta. Paulo, Pedro, Tiago, João, e outros escreveram cartas a congregações e amigos, orientando-os na fé e na vida cristã. Lemos em 2 Pe 3.1,2: “Amados, esta é agora a segunda epístola que vos escrevo; em ambas procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida, para que vos recordeis das palavras que anteriormente foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e salvador, ensinado pelos vossos apóstolos”.
5. O gradual
Em alguns lugares, após a Epístola, canta-se logo o tríplice “Aleluia”. Em outros, lê-se primeiro o gradual edepois cantam-se os “Aleluias”. Ou canta-se um hino(congregação ou coral) entre a Epístola e o Evangelho. Em qualquer dos casos, o objetivo é preparar para a leitura do Evangelho, glorificando a Palavra do próprio Cristo que será lida! É um ato de adoração pela presença de Cristo entre nós!
6. A leitura do Evangelho
É o momento alto deste bloco de leituras. É a Palavra do próprio Cristo que será ouvida! É o grande momento evangelístico/missionário do culto!
“Pregai o Evangelho a toda a criatura”(Mc 16.15) é a vontade expressa de Jesus. O Evangelho é precedido e seguido do “Glórias a ti, Senhor”e do “Glórias a ti, ó Cristo”: uma exaltação à Palavra do Salvador. Outros cantos de “Glória” podem ser entoados aqui também.
O Evangelho é a boa-notícia de que Deus nos ama e nos aceita como seus filhos pela fé em Jesus Cristo, perdoando nossos pecados!
O Evangelho é ouvido de pé e lido do altar ou do meio da igreja, numa alusão à presença de Cristo entre o seu povo.
(Obs.: Em muitas congregações, após o Evangelho, é confessado o Credo; mas o Credo pode ser confessado, também, após o sermão; cremos neste Deus que nos fala na sua Palavra. Nesta seqüência de estudos, o Credo será estudado após o Ofício da Palavra).
7. O Hino do sermão
Os hinos do culto não são simples intervalos musicais. Sua mensagem quer complementar a mensagem de todo o culto!
Especificamente o hino do sermão deveria estar em perfeita consonância com o tema do sermão.
Atividade
Sugerir hinos para os seguintes temas:
a)Jesus, o Bom Pastor
Hino:
b) Jesus, o Amigo.
Hino:
c) Somos pedras vivas na construção do reino de Deus.
Hino:
d) A ação do espírito Santo.
Hino:
8. O Sermão
Em Atos 2.14-36, temos registrado o sermão de Pedro no dia de Pentecostes. Depois de uma saudação inicial, Pedro cita um texto bíblico (Joel 2.28-32), explica este texto, relaciona-o com Jesus e sua obra salvadora, reforça a sua mensagem com outros textos bíblicos e proclama, em alto e bom som, que Jesus é o Salvador, chamando o povo ao arrependimento e à fé! (Se houver tempo, ler o texto de At 2.14-36, observando os detalhes)
Podemos dizer que este continua sendo o objetivo de cada sermão até os dias de hoje: com base numa das leituras bíblicas (A. T., Epístola, Evangelho), apontar para problemas (pecados) específicos, chamando o povo ao arrependimento (LEI) e apontar, acima de tudo, para Jesus como Salvador, o perdoador (EVANGELHO), orientando os ouvintes em sua vida regenerada.
Atividade
No próximo domingo observar e destacar as partes da LEI e as partes do EVANGELHO e comentar no início do primeiro estudo.
Conclusão
Ler em conjunto: 2 Tm 3. 14-17 e comentar sobre o valor da Palavra de Deus lida nos cultos públicos e na vida particular.
Encerrar o estudo com uma oração de agradecimento pela Palavra, e com o hino 245 do Hinário Luterano “Oh! queremos sempre ouvir a Palavra do Senhor!”
Sugestão
Muitas congragações têm programas dominicais de culto: Ler novamente, em casa, as leituras do domingo. Levar o programa para os enfermos, ou para pessoas que não vieram ao culto.
Apoio às Atividades
Introdução
Lc 4.16-21: Os cultos aconteciam aos sábados.
- Jesus tinha o costume de ir regularmente aos cultos.
- Jesus leu um trecho da Bíblia (AT).
- Jesus explicou e aplicou o texto bíblico.
3. As leituras do Antigo Testamento
a) Gn 18.1-10a e Lc 10.38-42:
- O Senhor visita a Abraão em sua casa. Abraão oferece uma refeição ao Senhor.
- Jesus visita Maria e Marta em sua casa, e é acolhido com uma refeição.
b) Gn 18.20-32 e Lc 11.1-13:
- Abraão insiste com Deus em oração! Jesus ensina a orar e a insistir como filhos que confiam no amor desse pai: o Pai-Nosso.
7. O Hino do Sermão
a) 289 - O meu Pastor é o Bom Jesus; 292 - Sou cordeiro de Jesus
b) 281 - Nos céus vive o melhor amigo; 293 - Em Jesus amigo temos
c) 306 - Da igreja é o fundamento
d) 140 - Vem, Espírito Divino
Carlos Walter Winterle
5o. estudo - Tema: Credo - Confissão e resposta
A Confissão de fé
O Credo-Nossa resposta à Palavra (Apostólico ou Niceno)
O Credo Apostólico
Creio em DEUS PAI Todo-poderoso, Criador do céu e da terra.
E em JESUS CRISTO, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido pelo ESPÍRITO SANTO, nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos , subiu ao céu e está sentado à direita de DEUS PAI todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio no ESPÍRITO SANTO, na santa Igreja Cristã - a comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém.
O Credo Niceno
Creio em um só DEUS, PAI todo-poderoso, Criador do céu e da terra, tanto das coisas visíveis como das invisíveis.
E em um só Senhor JESUS CRISTO, Filho unigênito de Deus, nascido do PAI antes de todos os mundos, DEUS de DEUS, Luz de Luz, verdadeiro DEUS do verdadeiro DEUS, gerado, não criado, de uma só substância com o PAI, por quem todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e pela nossa salvação, desceu do céu e se encarnou pelo ESPÍRITO SANTO na virgemMaria e foi feito homem; foi também crucificado por nós sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado; e ao terceiro dia ressuscitou segundo as Escrituras, e subiu aos céus, e está sentado à direita do PAI, e virá novamente em glória a julgar os vivos e os mortos, cujo Reino não terá fim.
E no ESPÍRITO SANTO, Senhor e doador da vida, o qual procede do PAI e do FILHO, que juntamente com o PAI e o FILHO é adorado e glorificado; que falou pelos profetas. E numa única santa Igreja Cristã e Apostólica.
Confesso um só Batismo para remissão dos pecados, e espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo vindouro. Amém.
Doutrinas: A criação e a preservação. 1@ artigo
A redenção. 2@ artigo
A santificação. 3@ artigo
Textos Bíblicos: Gn 1 e 2; ou Sl 104; At 2.22-36; At 2.1-4, 37-47 (ou At 4.24-31)
Hinos: 152 e 160 (ou 232)
Introdução
Credo quer dizer “creio”. Os credos são uma formulação condensada da fé cristã.
Mesmo que, ao longo da história, tenham surgido outras formulações da fé, os credos que os cristãos adotaram universalmente são estes três: o Credo Apostólico, o Credo Niceno e o Credo Atanasiano ( página 88 do Hinário Luterano).
Segundo Lutero, “a verdade cristã não poderia ter sido resumida de forma mais clara e breve do que no Credo Apostólico”.
Liturgicamente, esse Credo sempre foi tido como uma resposta mais individual e pessoal da fé. É que, na igreja primitiva, o candidato ao Batismo era solicitado a declarar a sua fé através de um credo batismal. O mais antigo que se conhece é:
Creio no único Deus verdadeiro, o Pai todo-poderoso.
E em seu único Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
E no Espírito Santo, o Doador da vida.
Esta é a rezão pela qual, freqüentemente, o mesmo era feito em forma de pergunta, como ainda acontece em batismos e confirmações.
Já o Credo Niceno sempre foi considerado uma expressão de fé corporativa e, por isso, associado à celebração da Santa Ceia e às grandes festas da igreja.
Usados no culto, os credos são considerados, acima de tudo, nossa resposta de fé à Palavra que foi proclamada nas Leituras e no Sermão. Esta é a razão pela qual os mesmos foram deslocados, apropriadamente, para depois do sermão.
Fé e Conteúdo
1. Os cristãos sempre se preocuparam com o conteúdo da fé que professaram. Há pessoas, no entanto, que acham que o conteúdo do que se crê não importa, desde que você seja sincero. Que riscos correm tais pessoas segundo Atos 4.12?
2. Comentem o conteúdo dos textos abaixo, relacionando os mesmos ao culto e à vida cristã:
Mateus 7.21: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus.”
Tiago 2.26: “Assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.”
Palavras não bastam
Explique as seguintes afirmações:
1. O Batismo nos lembra que Jesus, não apenas nos salvou de alguma coisa, mas para alguma coisa.
2. Ninguém é salvo por fazer boas obras, mas faz boas obras porque é um salvo.
Os Credos - Uma Confissão Pública
Os credos não são orações. Enquanto o Credo Apostólico se tornou a confissão pública do batizando, o Credo Niceno e o Atanasiano nasceram em meio a disputas teológicas. Cada palavra e cada frase foi construída cuidadosamente para, por um lado, afirmar uma verdade bíblica e, por outro lado, condenar uma posição teológica biblicamente incorreta.
Comentem
Em que sentido os credos são hoje ainda.....
a) uma resposta de fé?
b) uma confissão pública que reafirma verdades?
c) uma confissão pública que rejeita doutrinas erradas?
Sugestão
Havendo tempo e oportunidade, façam uma comparação entre, especialmente, os Credos Apostólico e Niceno.
1) Quais são as semelhanças e quais as diferenças?
2) Que significado isso pode ter para nós hoje?
Conclusão
Procurem um hino que poderia substituir o Credo e aproveitem para cantá-lo em lugar do Credo no Culto.
Oscar Lehenbauer
Porto Alegre, RS
6o. estudo - Tema: Ofertório - Resposta e preparação
Ofertório
Cria em mim, ó Deus, um puro coração e renova em mim espírito reto. Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a dar-me alegria da tua salvação e sustém-me com um voluntário espírito. Amém.
Recolhimento de ofertas
Doutrinas
Mordomia
da vida ( cria em mim....) dos bens (ofertas)
Textos Bíblicos - Sl 51.10-12; 1 Co 16.2; 2 Co 8.1-15; 9.6-15.
Hinos: 387 e 389
Introdução
Um dos objetivos deste estudo é chamar nossa atenção para o ofertório e entendê-lo como nossa resposta ao Evangelho, mas também como preparação para a celebração da Santa Ceia.
Na Ordem do Culto II (página 38 do Hinário Luterano), o Ofertório foi colocado logo após o Sermão. Nesse sentido, a ênfase dele é mais como uam resposta à Palavra que foi ouvida e uma decisão de praticá-la, e não como uma preparação para a Santa Ceia.
Históricamente, porém, o Ofertório faz parte da liturgia de preparação da Santa Ceia, chamada de pré-comunhão, conforme seqüência da Ordem de Culto I (página 25 do Hinário Luterano). Na Igreja Primitiva, este era o momento em que os fiéis traziam as oferendas ao altar, onde eram recebidas pelos oficiantes e colocadas à entrada do presbitério (parte do templo onde está localizado o altar e o santuário e de onde o pastor e seus assistentes dirigem o culto).
As oferendas eram compostas de alimentos, manufaturados, ouro, prata e outros produtos da terra. A maior parte dos mesmos era separada para distribuição entre os necessitados. Uma parte do pão e do vinho, no entanto, era retirada e, neste momento, levada ao altar para a consagração e uso na Santa Ceia.
As ofertas em dinheiro no culto, como nós as conhecemos hoje, basicamente voltadas para sustentar aestrutura administrativa da igreja, são uma prática recente. Na Igreja Primitiva, o recolhimento das ofertas voltava-se, especialmente, para o auxílio aos necessitados ( Cf. At 4.34-37; At 11.27-30; 2 Co 9.1 ess).
Nas duas ordens elaboradas por Lutero, não havia recolhimento de ofertas no culto. E até a procissão de pferendas havia caído em desuso. O pão e o vinho passaram a ser preparados na sacristia, depois eram colocados numa credência(mesa) ao lado do presbitério, onde aguardavam o ofertório a fim de serem levadas ao altar para a consagração e distribuição.
Para debate
Seria prática salutar recolher as ofertas e, durante o ofertório, levá-las juntamente com o pão e o vinho ao altar. Por que sim? Por que não?
Resposta
Tudo o que envolve ação de Deus no culto é chamado de ato sacramental. E tudo que envolve ação ou resposta do povo de Deus, chammos de ato sacrificial e lembra, com gratidão, tudo o que Deus fez, faz e ainda fará por nós.
1. De que forma demonstramos e reconhecemos isso no Ofertório?
2. Qual a frase do Ofertório que melhor descreve e aponta para o maior de todos os sacrifícios que celebramos na Santa Ceia?
3.De que maneira os verbos “cria”em mim “renova”em mim, não me “lances”fora, não “retires”de mim, torna a “dar-me” e “sustém-me” demonstram que somos totalmente dependentes de Deus?
4. Relacione agora ações concretas que, de acordo com o Ofertório, demonstram a nossa resposta ao amor de Deus.
Preparação (ler o Salmo 51)
No Salmo 51, Davi retrata a profundidade de seu arrependimento por ter pecado contra Deus.
1. Que ligação esse texto tem com a palavra oferta ou ofertório na liturgia? O que Davi está oferecendo a Deus?
2. Em que sentido, ao cantar ofertório no culto hoje, ele está servindo como uma apropriada preparação para nossa participação da ceia do Senhor?
3. O que nós temos a oferecer ao Senhor, com base no salmo 51? Qual é, segundo o salmo 51, o sacrifício ou oferta que agrada a Deus?
Para debate
“O altar e, mais especificamente, a mesa do altar representam o que há de mais central em nosso culto - tudo o que Deus fez por nós em Cristo. Ele lembra o grande, verdadeiro e único sacrifício - o sacrifício do Filho de Deus. Ele lembra a mesa em que o Senhor Jesus instituiu a ceia do seu corpo e sangue.”
1.Até que ponto, em nossos cultos, o que nós fazemos (louvor, orações, ofertas, flores) recebe mais ênfase do que aquilo que Deus fez e faz?
2. O que o grupo pensa a respeito de cultos sem a celeebração da Santa Ceia? Existem justificativas para não celebrá-la regularmente, em todos os cultos?
Sugestão
Em conclusão, escolham um hino ou cântico que expressa resposta e preparação e que poderia substituir o ofertório adequadamente. Ele pode ser cantado e ensaiado para uso no culto. Falem sobre o assunto com o pastor.
Oscar Lehenbauer
Porto Alegre, RS
7o. estudo - Tema: A oração na vida dos filhos de Deus
A Oração
Oração geral: Ação de graças e intercessões. (Página 112 do Hinário Luterano)
Pai-Nosso
Pai nosso, que estás nos céus. Santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação. Mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, e o poder, e a glória para sempre. Amém.
Doutrina - A oração
Textos Bíblicos - Mt 6.5-15; At 4.24-31; Tg 5.13-20
Hinos: 440 e 442
“Adorando como filhos de Deus”! Esse é o lema para a Igreja Evangélica Luterana do Brasil em 1998. Dentro da adoração, lembramos o culto. Isso vale para o culto diário, em pensamentos, palavras e ações, pelos quais adoramos a Deus. Vale, também, para o culto público, em que nos reunimos com o povo de Deus para adorar o nosso Senhor. Em qualquer desses locais e situações a oração tem uma grande importância. A oração é uma das características do cristão. Nela apresentamos a Deus pedidos e agradecimentos, intercessões e louvor, confissão e adoração. Ao dizer “Orai sem cessar”(1 Ts 5.17), o apóstolo Paulo nos lembra que a oração não é algo que aparece na vida do filho de Deus de vez em quando, mas é algo que faz parte da nossa vida diária.
Algumas questões para debate
1. Você concorda que as palavras do lema da IELB de 1998 poderiam bem ser o lema para a vida do cristão sempre? Por quê?
2. Orar sem cessar significa que, a cada instante, devemos fazer oração? Ou fala mais do nosso constante estar diante de Deus, não importa o que estejamos fazendo?
Mateus 6.5-15
Leia, com o grupo, o texto bíblico indicado. Observe que este texto não diz tudo sobre a oração, mas aponta para coisas importantes, além de nos trazer o modelo mais sublime de oração, ensinado pelo próprio Senhor.
Vamos conversar um pouco a respeito desse texto. Discuta e procure responder, com seu grupo, as seguintes questões:
1. Qual a característica dos “hipócritas”(falsos), quando oram?
2. E dos “gentios”(adoradores de deuses falsos)?
3. Em que sentido Jesus quer que nossa atitude seja diferente das atitudes dos hipócritas?
4. Note bem, é a atitude exterior que procura Jesus? Será assim que nossa oração é bem aceita desde que:
a) não procuremos aparecer diante dos outros?
b) Com poucas palavras? Ou será que Jesus nos quer contrastar aos hipócritas e gentios num sentido mais profundo?
Lutero, falando sobre a oração, em 1532, mostrou por que e como devemos orar. Ele disse: “Os elementos e características de oração autêntica já mencionei e tratei várias vezes em outra parte. Repito-o em rápidas palavras: que sejamos impelidos a ela, em primeiro lugar, pelo mandamento de Deus que ordenou veementemente que orássemos; em segundo lugar, pela sua promessa de atender nossa oração: em terceiro lugar, que consideremos nossa aflição e miséria a nos oprimirem e sufocarem, de modo que realmente precisamos orar, apresentando e derramando-as sem pestanejar perante Deus, seguindo sua ordem e mandamento; em quarto lugar, diante de tal palavra e promessa de Deus, devemos orar com fé genuína, tendo certeza e nenhuma dúvida de que Ele quer atender e ajudar-nos; e tudo isto em nome de Cristo, por intermédio do qual nossa oração é agradávelao Pai, concedendo-nos por causa dele toda graça e benefício.”(Martinho Lutero, Obras Selecionadas, volume 5, pág. 119)
Após ler essas palavras de Lutero, volte a conversar sobre a questão (4) acima. O que fala em muitas orações?
Por vezes, pode nos ocorrer o pensamento: “De que adianta orar?” As palavras de Lutero (acima) nos ajudam neste sentido. Fale sobre isso.
Nas palavras de Jesus, em Mateus 6.5-8, chama a atenção o “orar em secreto”. Notemos, porém, que Jesus não condena o orar junto com utras pessoas, como fazemos no culto público. A Escritura está repleta de exemplos de orações em que o povo de Deus está reunido ( por exemplo: Ne 9; os Salmos - orações e hinos para o povo de Deus; At 1. 14; 4.23-31; etc.). Jesus condena, sim, a atitude de orar para parecer piedoso aos olhos dos outros. Mesmo orando em público, junto com os irmãos, ou em qualquer lugar, estaremos orando “em secreto” quando o fizermos perante o nosso Deus, com toda humildade e confiança, sem procurarmos aparecer para as pessoas que nos cercam.
Além disso, ao condenar as “vãs repetições”, Jesus não fala contra orações que podemos usar diversas vezes. Afinal, Ele próprio ensinou um modelo de oração. Jesus alerta, sim, contra o mero repetir de orações, sem que se preste atenção no seu conteúdo. Daí vai uma pergunta para nossa reflexão: quando oramos o “Pai-Nosso”,, estamos realmente atentos ao que estamos dizendo ao nosso Pai Celeste? Ou deixamos nossos pensamentos irem longe, e simplesmente repetimos as palavras mecanicamente?
Conclusão
Se, por um lado, as palavras de Jesus são um alerta e advertência, por outro, nos trazem consolo. Afinal, Jesus está nos convidando a orar com confiança, pois nosso Pai celeste nos ouve, nos quer ouvir e promete nos atender, conforme sua vontade, que sempre busca o melhor para nós. Orar é, sim, dever de cada cristão. Mas, mais do que isso, é um grande privilégio que o nosso Salvador Jesus nos dá, abrindo-nos as portas do céu, com seu sacrifício e morte. Somos convidados, carinhosamente, a chamar Deus de Pai, e colocar diante dele todas as nossas súplicas, intercessões, junto com nosso louvor e gratidão. Isso é, sem dúvida, uma grande bênção.
Tarefa para o grupo
Em cada culto, temos a “Oração geral”, quando a congregação, através de seu pastor, ora a Deus, louvando, agradecendo e pedindo, tanto para si, como por todo o mundo. Faça uma lista de assuntos que o grupo considera importantes e que poderiam ser levados ao pastor, para serem incluídos na oração geral do próximo culto.
O estudo pode ser concluído com a oração do “Pai- Nosso”em conjunto e com um Hino sobre oração. Se houver tempo, alguém do grupo poderá ler, antes da oração do Pai-Nosso, o texto em anexo - Explicação de Lutero sobre o Pai-Nosso.
* * * * * * * * * * * *
Anexo
Explicação de Lutero sobre o Pai-Nosso - retirada da “Ordem do Culto Alemão”.
(Pelo Evangelho de Cristo, Concórdia Ed., pág. 227):
“Que Deus, nosso Pai no céu, queira olhar com misericórdia para nós, seus pobres filhos na terra, e conceder-nos graça, para que seu santo nome seja santificado entre nós e em todo o mundo através do ensino puro e reto de sua palavra e pelo ardente amor em nossas vidas; que queira graciosamente desviar de toda falsa doutrina e vida má, por meio de que seja blasfemado e desonrado o seu precioso nome.
Que também o seu reino venha a nós e cresça; que todos os pecadores cegados e presos no reino do diabo sejam levados pela fé ao conhecimento de Jesus Cristo, seu Filho, e que se multiplique o número dos cristãos. Que também nós sejamos fortalecidos com seu Espírito parav fazer e sofrer a sua vontade, tanto na vida como na morte, nas coisas boas e más, e para sempre quebrar, sacrificar e matar a nossa vontade.
Que nos queira dar também o nosso pão de cada dia, preservar-nos de avareza e preocupações egoístas e fazer-nos confiar que ele vai suprir todas as necessidades.
Que nos queira também perdoar a culpa, assim como perdoamos aos nossos devedores, para que nosso coração tenha uma consciência tranqüila e alegre diante dele e que nenhum pecado nos atemorize ou assuste.
Que não nos leve em tentação, mas nos ajude por seu Espírito a subjugar a carne, desprezar o mundo e sua maneira de ser e superar o diabo com todos os seus ardis.
E por fim, que nos queira livrar de todo mal, tanto do corpo como da alma, agora e sempre.
Todos os que seriamente o desejam, dirão de coração: “Amém”, crendo sem qualquer dúvida, que seja sim e atendido no céu, como Cristo nos prometeu: “Tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.”(Marcos 11.24). Amém.
* * * * * * * *
Gerson Luis Linden
São Leopoldo, RS
8o. estudo - Tema: A Santa Ceia
O - O Senhor seja convosco.
Rute 2.4
C - E com o o teu espírito
O - Levantai os vossos corações.
Lamentações 3.41
C - Levantemo-los ao Senhor.
O - Demos graças ao Senhor nosso Deus.
Salmo 136
C - Assim fazê-lo é digno e justo.
O - É verdadeiramente digno, justo e do nosso dever que, em tdos os tempos e em todos os lugares, te demos graças, ó Senor, Santo Pai, onipotente, eterno Deus, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Portanto com os anjos e arcanjos e com toda companhia celeste, louvamos e magnificamos o teu glorioso nome, exaltando-te sempre, dizendo:
Mateus 26.26,27; Apocalipse 7.9-12
Santus
C - SANTO, SANTO, SANTO é o Senhor Deus dos Exércitos. Os céus e a terra estão cheios de sua glória. HOSANA, HOSANA, HOSANA nas alturas! BENDITO, BENDITO, BENDITO aquele que vem em nome do Senhor! HOSANA, HOSANA, HOSANA nas alturas!
Isaías 6.3; Mateus 21.9
Pai-Nosso
Pai-nosso, que estás nos céus. Santificado seja o teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores . E não nos deixes cair em tentação. Mas livra-nos do mal. Pois teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Mateus 6.5-15
Palavras da Instituição
Nosso Senhor Jesus Cristo, na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, o partiu e o deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai, comei isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória minha. E, semelhantemente, também, depois da ceia, tomou o cálice e, tendo dado graças, lho entregou, dizendo: Bebei todos deste; este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós para a remissão dos pecados; fazei isto, quantas vezes o bebrdes, em memória minha.
1 Coríntios 11.23-30
Pax domini
O - A Paz do Senhor seja convosco para sempre!
C - Amém. João 20.19,21
Agnus Dei
Cordeiro divino, morto pelo pecador, sê compassivo.
Cordeiro divino, morto pelo pecador, sê compassivo.
Cordeiro divino, morto pelo pecador, a paz concede. Amém.
João 1.29
Distribuição da Santa Ceia
Doutrina - A Santa Ceia
Textos Bíblicos - Rt 2.4; Lm 3.41; Sl 136; Mt 26.26,27/ Ap 7.9-12; Is 6.3/ Mt 21.9; 1 Co 11.23-30; Jo 20. 19, 21; Jo 1.29
Hinos: 257 e 259
Orientação ao Coordenador de Grupo
O objetivo maior deste estudo é provocar a reflexão e o debate em grupo. Com base em afirmações de Lutero, em sua instrução sobre a Santa Ceia no Catecismo Maior, o grupo poderá, a critério próprio, deter-se em um ou mais dos questionamentos formulados no ponto 2, de acordo com o tempo disponível.
Esse questionamentos abordam algumas idéias presentes entre o povo; algumas poderiam ser aprofundadas e, talvez, outras poderiam ser revisadas.
Existe relação entre a Santa Ceia e a minha saúde? Por que tomar a Santa Ceia? Quem tem direito a tomar a Santa Ceia? Temos a obrigação de tomar a Santa Ceia?
Estas perguntas estão entre o povo, algumas, talvez, eventualmente condicionem a própria relação de muitas pessoas com a Santa Ceia, com Deus e com a igreja. Deus abençoe a sua reflexão para uma visão maisampla da açào do Evangelho.
Textos bíblicos para leitura preparatória: Hebreus 9.10-25; Filipenses 1.27 a 2.11; Gálatas 5. 13-15; Apocalipse 19.6-10; Apocalipse 7. 9-17.
Hino de abertura: Digno és, ó Cordeiro, de todo o louvor...( Hinário Luterano, 205)
Oração livre
( A introdução e a conclusão podem ser substituídas por palavras do coordenador da reunião)
Introdução
A Oferta de Amor
Ninguém tem maior amor do que este, de dar a própria vida pelos amigos. Com essa frase, Jesus ajudou os discípulos a compreenderem a intenção de Deus em relação à humanidade.
Dara vida a favor. Esse é o coração do Evangelho, o seu mistério maior: Deus morre em lugar do pecador, restabelecendo-lhe a dignidade perdida. Essa é a oferta de Deus, concretizada pela atuação de Jesus em palavras, atos e atitudes.
Dessa morte nasce o Testamento de Jesus. (Hebreus 9.17,27 e 28; Hb 10.19-25). Esse Testamento é o coração da Santa Ceia. Jesus, por sua morte, deixa como herança os tesouros da graça de Deus, a comunhão com Deus, o favor de Deus, o ministério da reconciliação como presente que a Santa Ceia realiza.
( Neste ponto, antes do estudo propriamente dito, o grupo pode, de maneira responsiva, realizar a liturgia da Santa Ceia conforme o hinário, página 39)
Estudo
Pontos para análise e reflexão
Lutero: “a fim de que os simples e fracos, que também gostariam de ser cristãos, ( se sintam também estimulados a vir ao sacramento) vamos falar a respeito da Santa Ceia.”(Catecismo Maior, do Sacramento do Altar. 43). ( Essa e as demais frases em destaque são de Lutero. O número indica o parágrafo do texto.)
Tema: VIVAMOS ENTRE NÓS A COMUNHÃO DE CRISTO
A Doença, os Doentes e o Remédio
1. Pessoas mortas na fé devem ser encorajadas a participar da Santa Ceia? (Pausa para comentários).
: “Se, entretanto estás totalmente morto (não sentes o teu pecado, tua imperfeição, nem desejo de ir à Ceia, 75,78) tanto mais razão tens para ir ao Sacramento e procurar ajuda e remédio. 78
Que tipo de pessoas poderíamos classificar como mortas na fé? (Comentários).
2. Santa Ceia é um remédio reservado para os doentes espirituais? (Pessoas que não conseguem se livrar de um pecado, de um problema, de uma situação que a igreja desaprova.) Comentários.
: “Aqueles, porém que sentem sua fraqueza e dela gostariam de se ver livres, e desejam auxílio, cumpre-lhes que considerem e utilizem o Sacramento unicamente como precioso antídoto contra o veneno que traz consigo. Pois aqui deves receber, no Sacramento, perdão que encerra em si.... proteção, defesa e poder contra a morte e o diabo e toda a morte e toda a desgraça.”Idem 70, Hebreus 4.15,16.
Quem são e onde estão esses doentes e como a igreja deve administrar o remédio?
3.Que pessoas são dognas de participar da Santa Ceia?
: “Porque se queres esperar até estares livre de tais coisas (sobrecarregado com o pecado, medo da morte e as tentações da carne...), a fim de chegares puro e digno ao Sacramento, então terás de abster-te dele (do Sacramento) para sempre.”Idem 72,73.
: “Digno e bem preparado é aquele que tem fé nas palavras: Dado e derramado por vós para remissão dos pecados.”
: “Se um pecado não é de natureza tal, que se possa com razão excluir a pessoa da congregação e considerá-la não-cristã, não deve a gente abster-se do Sacramento”, a fim de não se privar da vida>“59.
: .. “O Sacramento não se fundamenta em nossa dignidade... ao contrário, como pobres e míseros homens, e precisamente por sermos indignos. Aquele que gostaria de alcançar graça e consolo, deve impelir a si mesmo e a ninguém permitir que o inimide.”
É como se Lutero dissesse: pureza e dignidade de coração não devem ser medidos e julgados. Em que sentido esta frase é falsa? Em que sentido é verdadeira?
4. Se alguém não sente vontade de ir à Santa Ceia, o que podemos fazer?
Ir à Santa Ceia é uma obrigação a que todos estão sujeitos? Ou pode ser diferentes para pessoas diferentes? (Comentários).
: “Nós outros, entretanto, a ninguém obrigamos nem empurramos; e ninguém precisa fazê-lo (ir ao Sacramento) para servir ou agradar a nós... Jesus te atrai e anima;; se é vontade tua não fazer caso disto, responde pessoalmente pela atitude.” Idem, 52. Confere, também, 1 Coríntios 11.28: Examine-se o homem a si mesmo.
: “Tens a liberdade de ir ao Sacramento, mas a liberdade não é no sentido de desprezar a Santa Ceia. Se porém queres ser cristão cumpre que satisfaças e obedeças este preceito de quando em quando.” 49: “desprezar, no sentido de ficar longo tempo sem nunca sentir falta ou desejar a Ceia.”49
Como podemos, ao mesmo tempo, preservar esta liberdade no Evangelho e estimular a freqüência maior à Santa Ceia?
5. Podemos admitir que a Santa Ceia pode trazer benefícios físicos?
: “considerar o sacramento... medicina inteiramente salutar e consoladora, que te ajuda e dá vida, tanto na alma como no corpo. Pois, onde está restaurada a alma, aí também está auxiliado o corpo. “ 68 Conferir, também, 1 Co 11. 29,30.
Como o corpo pode se beneficiar da Santa Ceia?
conclusão
A Liturgia sublinha a oferta do Evangelho contida na Santa Ceia. “O Senhor esteja convosco” reafirma toda a mensagem e a intenção do culto: Ele está no meio de nós. Pessoas restauradas, vestidas das vestiduras brancas da justiça de Jesus elevam os seus corações a Deus, num ato de confiança que somente Deus pode gerar. Quem são essas pessoas? São aquelas que já antecipam a alegria da Grande Ceia, as mesmas que João viu e registrou no Apocalipse, que se aproximam em multidão do trono do Cordeiro, que foram (fomos) chamados dos becos e atalhos da vida para a Ceia. E cantam: Com os anjos e arcanjos e com toda a companhia celeste o grande coro: Santo, santo, santo é o Senhor de cuja glória estão cheios os céus e a terra.
Não importa quantos sejam os comungantes no culto da tua igreja. Eles são parte do nobre exército do Senhor, testemunhando, neste momento ao mundo, a sua fé naquele que veio para servir, salvar e amar numa maneira que excede o humano entendimento.
São todos dignos? Pergunta perigosa. Importante é que todos se reconheçam e sintam pecadores. Importante é que, diante deste testamento de Jesus, a todos seja concedido o privilégio de sentir-se parte da grande multidão celestial. Jesus deu dignidade a todos. Ele, só ele, é digno e o que dignifica. A Santa Ceia está nas mãos da igreja como veículo, sinal e testamento do amor de Jesus, do seu sacrifício e da sua vida.
Como podemos traduzir melhor este amor? Não existe maneira melhor do que receber a Ceia para que ele nos ensine a receber pecadores e a mostrar a pecadores que Cristo e a sua Ceia são para eles, clara e irrestritamente.
Por isso, é um ato de amor e confiança a que Jesus nos induz. Obedecemos, porque com ele aprendemos a ver os pecadores com amor e sem rstrições feitas pela justiça humana.
Paulo Weirich
Porto Alegre, RS
9o. estudo - Tema: A visão do culto no céu
A despedida
Nunc Dimittis
Senhor agora despedes em paz o teu servo segundo a tua palavra, pois os meus olhos viram a tua salvação, a qual preparaste perante a face de todos os povos, Luz para alumiar as gentes e para a glória de teu povo Israel. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Santo Espírito, como era no princípio, agora é e por todo sempre há de ser. Amém.
Lucas 2.28-32
Ação de graças
O - Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice.
C - Anunciais a morte do Senhor até que venha.
O - Demos graças ao Senhor e oremos: Onipotente Deus, nós te rendemos graças, porque nos reconfortaste por este dom da salvação. Suplicamos-te que concedas, por tua graça, que o mesmo nos fortaleça a fé em ti e nos dê ardente caridade para com o nosso próximo, mediante Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor.
C - Amém.
1 Coríntios 11.27
Bênção
O SENHOR te abençoe e te guarde.
O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti.
O SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
C - Amém. Amém. Amém.
Números 6.22-27
Doutrinas - Fim do mundo
- Volta de Cristo
- Vida eterna
Textos Bíblicos - Nunc Dimittis: Lc2.25-32
Ação de Graças - 1 Co 11.27; 1 Ts 4.13-18 (Até que ele venha)
Bênção - Nm 6.22-27
Hinos: 167 e 197
Introdução
“Escatologia” é o estudo das coisas que se referem ao fim do mundo. Aí se enquadram os ensinos bíblicos sobre a volta de Jesus, o grande julgamento, vida eterna e morte eterna. São questões sobre as quais sempre surgem muitas perguntas. E, para o propósito deste estudo, trata de um assunto que está muito relacionado ao lema da IELB para 1998: “Adorando como filhos de Deus”.
Uma das partes de nosso culto público, intitulado “Despedida”, e que segue imediatamente à ordem da Santa Ceia, leva-nos a considerar o futuro, a esperança escatológica.
Dirige nossa atenção para os tempos do fim. Em nosso culto, três momentos distintos sempre estão presentes: o passado, com os fatos que Deus realizou no mundo, através de Jesus, para a salvação do mundo; o presente - hoje - quando o Evangelho é anunciado e os Sacramentos celebrados, onde nos são dados perdão, vida e comunhão com Deus; e o futuro, para onde nossas atenções se voltam neste estudo.
Afinal, somos “estrangeiros e peregrinos sobre a terra” (Hb 11.13).
Lucas 2.28-32 e 1 Coríntios 11.26
Leia os textos bíblicos indicados. Procure lembrar onde estes textos são usados na liturgia do culto. Se preciso, consulte a liturgia do Hinário.
Os dois textos tratam de nossa visão para o futuro (a “escatologia”). Na oração que proferimos após a Ceia (a assim chamada “Nunc Dimittis”), dizemos: “Senhor, agora despedes em paz o teu servo..” Na ação de graças, somos lembrados de que sempre que celebramos a Santa Ceia, estamos anunciando “a morte do Senhor, até que ele venha”. E com as palavras da bênção ( “O Senhor te abençoe...”) deixamos o culto público para vivermos o culto do dia-a-dia, sempre tendo em mente que um dia estaremos diante do Senhor, para o culto perfeito nos céus.
À medida que o tempo vai passando, e estamos perto do ano 2.000, as pessoas cada vez mais falam sobre temas do fim do mundo, por vezes com uma orientação muito diferente da Escritura. Você concorda? O grupo pode debater.
1 Tessalonicenses 4.13-18
Leia este texto e debata, com o grupo, as seguintes questões:
1. A que tipo de “ignorância”o apóstolo Paulo se refere? Você nota que isto está presente também nos dias de hoje?
2. Paulo fala de uma das reações das pessoas, quando não estão suficientemente orientadas sobre as coisas do fim: a tristeza (v.13). É possível ter alegria, tendo em mente assuntos como morte, volta de Cristo, julgamento final?
3. Note a importância do ensino da ressurreição! “Cada domingo (e cada culto) é uma celebração da Páscoa!” - você concorda com essa afirmação? Em que sentido isso se manifesta em nossos cultos?
4. Com que propósito principal Paulo escreveu aquelas palavras: Advertência? Consolo? Orientação? Como esse ensino se aplica a nós?
Conclusão
Orientados pela Palavra de Deus, sabemos que não é a mudança de século e de milênio que nos deve ocupar a mente, mas as palavras e as promessas de Deus na Escritura. Elas nos dizem que Cristo volta, quando Deus assim o decidir. A nós convém estarmos preparados, pela fé no Salvador. O apóstolo Paulo, ao falar aos Tessalonicenses sobre a volta de Jesus, conclui, dizendo: “Consolai-vos uns aos outros com estas palavras”(1Ts 4.18). Isso é importante para nós. Vivemos em um tempo quando falar de fim do mundo e julgamento final traz medo e terror. E, de fato, só pode ser assim quando não se tem a esperança em Cristo. Mas Paulo fala desse assunto para nos trazer consolo!
A cada culto, com o povo de Deus, somos fortalecidos nesta verdade sublime: Cristo vltará para nos buscar. A comunhão que temos com ele hoje, pela fé, teremos face a face. Toda dor e sofrimento cessarão. A alegria será completa. Fortalecidos por esta verdade, confiantes no Salvador Jesus e esperançosos pela sua vinda, seguimos nossa vida, onde queremos servir ao nosso Deus e ao nosso semelhante, movidos pelo amor de Cristo, adorando como filhos de Deus e diariamente, “até que ele venha”.
O estudo pode ser concluído com a oração de Lucas 2. 29-32 em conjunto e um Hino.
Gerson Luis Linden
São Leopoldo, RS
10o. estudo - Tema: Adorando como filhos de Deus - uma revisão
Revisão
1 - Porque prestamos culto?
2 - Como prestamos culto?
3 - Liturgias alternativas
4- Ficha de avaliação/sugestões.
Introdução
Texto bíblico - Apocalipse 7. 9-17 (ler)
Os filhos de Deus, salvos no céu, após passarem pelas tribulações desta vida, continuam prestando culto a Deus. O nosso culto é apenas um “ensaio”para a adoração que prestaremos a Deus no céu. Estamos nos preparando para o grande dia!
Temos toda essa visão do culto? Visão que ultrapassa o tríplice “Amém” da bênção e os avisos do final do culto?
Por que prestamos culto?
Fomos criados para servir ao nosso Deus e adorá-lo. Mesmo que o homem se desviou do propósito original, Deus continua chamando pessoas para serem seus filhos, que o adoram e o servem em fé e verdade.
O culto não é apenas uma aula ou um estudo bíblico.
É um momento de adoração e louvor dos filhos de Deus ao seu Salvador.
É um momento de edificação do povo de Deus pela Palavra e Sacramentos.
É um momento de testemunho de nossa fé para com os que ainda não crêem!
É um momento de comunhão e força da família de Deus!
Porque você vai ao culto?
Liste três razões:
2. Como prestamos culto?
Deus quer o melhor de nós! Deus quer nossa vida inteira, com tudo o que somos e temos!
Será que isto se reflete na maneira como prestamos culto a Deus?
Muitos de nossos cultos são muito formais, mecânicos. Muitos vão ao culto por obrigação. Os hinos e a liturgia refletem tristeza e desânimo. Será que isso está certo? Isso será ADORAÇÃO?
Como você presta culto a Deus:
de boa vontade ou obrigado?
alegre ou triste?
sincero ou por costume?
Liturgias alternativas
Muitos se queixam de que a repetição da liturgia tradicional cansa e desanima; que os hinos luteranos são pesados; que o sermão não é compreendido, ou não traz consolo e paz.
Apesar de a liturgia tradicional, que serviu de base para estes estudos, ser tremendamente rica em seu conteúdo; e apesar de ser necessária uma certa ordem na igreja, isso não significa que a ordem do culto e a forma de apresentação do sermão não possam ser mudadas. Com avaliação e esclarecimento, com bom senso e critérios, podemos usar formas litúrgicas alternativas e apresentar o sermão de outra forma que o tradicional do púlpito. Conservando a ordem do culto, podemos substituir algumas partes por outras semelhantes. Por exemplo: O “Glória in excelsis”pode ser substiuído por um hino de louvor. A confissão dos pecados pode ter outras palavras, ou um hino de arrependimento. As leituras podem ser feitas por leigos com boa dicção e expressão. O sermão pode ser dirigido em forma de estudo, ou lido responsivamente por dois leigos. A oração geral pode ser participativa. Há muitas formas, mas a verdade deve permanecer a mesma!
Muitas congregações têm usado liturgias alternativas com bons resultados. A Concórdia Editora retomou a série “Preciso Falar”, com auxílios litúrgicos. O bom senso dirá em que lugares e em que ocasiões tais mudanças são benéficas. Não devemos mudar pelo prazer de mudar, ou deixar de mudar por termos medo de escândalos.
Observe o “esqueleto”da liturgia e comente que partes podem ser mais facilmente modificadas/substituídas.
Batismo (Mt 28.19) Invocação (Mt 28.19) Confissão e Absolvição (Sl 32.1,5; Jo 1.8-10) Intróito (“Entrada” - Sl 43.3,4) Gloria Patri (“Gloria ao Pai” - Rm 16.27; Ef 3.21; Fp 4.20) Kyrie Eleison (“Ó Senhor, tem misericórdia”Mt15.22) Gloria in excelsis (“Gloria nas alturas” Lc 2.14) Saudação ( Rt 2.4; 2Ts 3.16) Oração do Dia (Mt 6.7) Antigo Testamento (At 10.43) Epístola (Cl 4.16) Gradual Evangelho (Jo 5.24) Confissão de fé (Rm 10.9,10; Fp 2.11) Hino do dia (Cl 3.16) Sermão (Mc 16.15; Lc 10.16; Jo 8.31; Rm 1.16; Rm 10..17) Ofertório (Sl 51.10-12) Ofertas (1 Cr 29.14; Rm 12.1) Oração Geral (1 Tm 2.1-4) Prefácio (“Elevai os corações”Lm 3.41; Sl 86.4) (“Rendemos graças....”Mt 26.27) Sanctus (“Santo”Is 6.2-3; Sl 118.25; Mt 21.9) Pai Nosso (Mt 6.9-13) Palavras da Instituição (Mt 26; Mc 14; Lc 22; 1 Co 11) Pax Domini (“A paz do Senhor” Jo 10.27) Agnus Dei (“Cordeiro de Deus” Is 53.7-12; Jo 1.29; 1 Pe 1.19) Distribuição/comunhão (1 Co 10.16,17; 1 Co 11.23-27) Nunc Dimittis (“Agora despedes”Lc 2.29-32) Bênção (Nm 6.22-27).
Atividade
Repasse as partes da liturgia que se encontram nos quadros no início de cada estudo e observe como as referênçias à Santíssima Trindade (PAI,FILHO, ESPÍRITO SANTO) estão em maiúsculo. A nossa adoração é toda voltada à SS Trindade, e assim, no culto, testemunhamos esta nossa fé.
Conclusão
Na página seguinte há uma folha de avaliação:
Avaliação do Culto Luterano.
Avaliação deste caderno de Estudos.
Cada integrante do grupo está convidado a preencher a sua folha de avaliação, e o líder poderá remeter todas em conjunto para o coordenador do PEM:
Caixa postal, 1076
90001-970 Porto Alegre, RS
4. Ficha de Avaliação/sugestões: (preencher e enviar ao coordenador do PEM)
A - AVALIAÇÃO DOS CULTOS:
A liturgia é bem cantada? ( ) Sim ( ) Não
Os hinos são bem cantados? ( ) Sim ( ) Não
São usados hinos além do Hinário Luterano?( ) Sim ( ) Não
São usadas liturgias alternativas? ( ) Sim ( ) Não ( ) às vezes
Leigos participam com o pastor na condução dos cultos?( )Sim ( )Não ( )às vezes
O Sermão é compreendido? ( ) Sim ( ) Não
O Sermão é consolador? ( ) Sim ( ) Não
Há cultos todas as semanas em sua Comunidade? ( ) Sim ( ) Não
Quantas vezes ao ano? -------------------------------------------
O programa “Portas Abertas”(recursos para culto de leitura) é usado em sua congregação? ( ) Sim ( ) Não
Sugestões/ Comentários:
B - AVALIAÇÃO DESTE CADERNO DE ESTUDOS DO PEM
Foi de fácil compreensão? ( ) Sim ( ) Não
Qual estudo despertou mais participação do grupo?
O que dificultou o estudo?
O que facilitou o estudo?
Os estudos são dirigidos: ( ) pelo pastor ( ) por leigos
Quantas vezes o grupo se reúne: ( ) 1 vez ao mês ( ) 2 vezes ao mês
( ) semanalmente ( )........................
Nome/ Paróquia/ Cidade/Estado (opcional):
Encerramento: Oração de agradecimento por esta série de estudos.
Carlos Walter Winterle
Porto Alegre, RS