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MATRIMÔNIO, CRISES, DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO

Matrimônio, crises, divórcio e novo casamento

Introdução. O matrimônio e a família são preciosas instituições divinas, uma herança dos céus. Mesmo crescendo os problemas nessa área, não podemos agradecer o bastante a Deus, por preservar o matrimônio e a família. Ao mesmo tempo é preciso dizer que a vida matrimonial e familiar é o lugar no qual se desenrola a grande tensão e luta da fé cristã. Pois ali há uma comunhão não de dois santos, mas de dois pecadores que, pela fé em Cristo, lutam contra sua natureza carnal e se ajudam mutuamente repreendendo, consolando, amparando como o recomenda o apóstolo Paulo: Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vossos corações, à qual, também, fostes chamados em um só corpo: e sede agradecidos. E de onde nos virá a força para tanto? O apóstolo mostra a fonte: Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhei-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão, em vossos corações. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (Cl 3.12-17)

Sustentar o amor na vida matrimonial e manter bom relacionamento na família, especialmente em nossos dias com tantas tentações e o desmoronamento de todos os bons costumes, sendo o lar invadido pelos meios de comunicação: jornais, revistas, televisão, internet, não é algo fácil. Mas ali onde a família se firma na Palavra de Deus, educando se mutuamente mediante boa disciplina externa, vencerão pela graça de Deus. Por isso o apóstolo admoesta: “Andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.” (Gl 5.16) “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau.” (Ef 6.13)

Nos últimos tempos, no entanto, os problemas nessa área estão se multiplicando. O número de divórcio nas famílias cristãs é maior do que entre os povos gentílicos. E o que é mais triste, cresce o número de divórcios nas famílias pastorais. A luta é grande. É preciso que nos apoiemos uns aos outros nesta luta. E a Igreja precisa dispor de estudos com exposição clara dos textos bíblicos sobre o assunto e as afirmações de suas confissões.

Pois entre todas as agremiações que lutam pela família, a Igreja Cristã deve ser, sem dúvida, a que mais se empenha pela preservação do matrimônio e da família. E isto não só por seus ensinos, mas também pelo exemplo. E os pastores devem ser exemplo número um, modelos irrepreensíveis.

1. O matrimônio é uma união vitalícia. O matrimônio, instituído por Deus, é uma união vitalícia. Esta união é firmada pelo consentimento dos pais e por parte dos noivos com juramento mútuo de fidelidade em dias bons e maus. Jesus sublinha: “O que Deus ajuntou não o separe o homem.” (Mt 19.6) O escritor da carta aos Hebreus afirma: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Hb 13.4) O profeta Malquias, após uma severa advertência contra a infidelidade conjugal, termina dizendo: Porque o Senhor Deus de Israel diz que odeia o repúdio (divórcio). (Ml 2.10-16) A instituição do matrimônio não prevê a separação de cônjuges. O matrimônio só pode ser dissolvido pela morte de um dos cônjuges. A exceção mencionada por Jesus em Mateus (5.32; 19.9) é um problema a parte. Neste caso um dos dois quebrou a união, pois ao cometer adultério, uniu-se a um outro corpo (1 Co 6.16) O abandono malicioso, o não cumprimento dos deveres matrimoniais de cama e mesa, é, na verdade, somente o outro lado da moeda do adultério. Hoje, no entanto quer-se usar este argumento como um segundo motivo, enquadrando nele a chamada “incompatibilidade de gênios”. Sob este pretexto, então, qualquer desentendimento serve de motivo para a separação. Afirma-se: é melhor separar numa boa do que viver brigando. Quando os fariseus perguntaram a Jesus: Por que mandou então Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Jesus respondeu: Por causa da dureza do vosso coração. (Mt 19.7,8) Que dureza é essa e contra quem? Dureza contra Deus e sua Palavra. A pessoa deixa de dar ouvidos a Deus e endurece seu coração contra a palavra de Deus, que orienta a vida matrimonial. Ora, endurecer o coração contra Deus é cair da fé. Assim fica claro que para dois cristãos não existe a possibilidade do divórcio. Em nome de Deus, o apóstolo Paulo recomenda aos cristãos, e isto vale especialmente também para o matrimônio: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.” (Cl 3.12-14) A união matrimonial não simplesmente firmada sobre nosso sentimento do amor, pois este oscila e tem altos e baixos, mas sob a ordem e promessa de Deus. Por isso Deus afirma: O que Deus ajuntou, não o separe o homem.

Vamos, no entanto, examinar as passagens bíblicas mais de parte.

2. Exposição exegética de Mt 19.7,8 e 1Co 7.10-15.

- Mt 19.7,8. Moisés era legislador do povo de Israel. Como nem todos no povo eram tementes a Deus, pois havia entre eles hipócritas e incrédulos, mesmo sendo as leis rigorosas com punição até por apedrejamento, isto é, pena de morte a infratores da lei, muitos entre o povo não deram ouvidos à lei de Deus. Afim de por certa ordem, Moisés criou a carta de divórcio, para impor certa ordem àqueles que não temiam a Deus, não tinham fé. (Dt 24.1-4) O homem, que despedia sua esposa por qualquer motivo, tinha que dar à esposa repudiada uma carta de divórcio. Esta lei governamental, em tempos de decadência, foi interpretada de forma bem liberal possível. Um homem tinha o direito de mandar sua esposa embora por qualquer motivo. Jesus expõe isto a seus ouvintes e diz que não era assim desde o princípio. Quando Deus instituiu o matrimônio, ele não criou uma opção ou um espaço para o divórcio. Por isso Jesus sublinha: Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Em outras palavras, não existe razão para que filhos de Deus, um casal temente a Deus, possa vir a se separar. O divórcio não é o caminho para se resolver problemas matrimoniais. Se o matrimônio de uma família cristã entrar em crise, o amor e o relacionamento mútuo esfriarem, o problema está na fé cristã, que está morrendo. Os dois estão deixando de ouvir e falar com Deus. Este casal precisa voltar a ouvir a Deus e deixar guiar-se por Deus ao arrependimento e à fé, da qual brotará o amor de um para com o outro, para a restauração e renovação de sua vida matrimonial.

Por isso Jesus afirma: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres. Esta dureza do coração não é outra coisa do que incredulidade. Um dos dois ou os dois caíram da fé. Portanto, não existe “um divórcio numa boa”. Isto também fica muito claro nas palavras de Jesus no sermão do monte: Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de adultério, a expõe a tornar-se adultera; e aquele que casar com a repudiada, comete adultério. (Mt 5.31,32) Jesus não admite o divórcio para filhos de Deus, exceto em caso de sofrerem o divorcio, quando um dos cônjuges quebra a união pelo adultério. Ora, adultério não é um pecado de fraqueza. É um pecado proposital, que deveria ser castigado no Antigo Testamento por apedrejamento. (Dt 22.20-26) Não temos, no entanto, nenhum exemplo de que este lei tenha sido executada. O apóstolo Paulo reflete o mesmo espírito ao escrever: Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta, forma um só corpo com ela? Porque, como se diz: serão os dois uma só carne. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. Fugi da impureza! (1 Co 6.15-18)

Jesus ainda vai mais longe. Ele levanta a pergunta sobre um novo casamento do desquitado (pressuposto que são dois cristãos que não tem o direito de se separarem) e responde: Não! Pois, quem casar com a repudiada, comete adultério. Ele passa a viver com alguém, com quem não tem o direito de conviver. A separação temporária visa a reconciliação.

- 1 Co 7.10-15. Para completar o quadro precisamos analisar o que o apóstolo Paulo escreve aos coríntios em 1 Co 7.10-15. Ele tem duas admoestações. Na primeira admoestação (1 Co 7.10,11) ele fala a um casal, no qual marido e mulher são cristãos; na segunda admoestação (1 Co 7.12-15) ele fala um casal misto, no qual um é cristão o outro não. Vejamos.

Ora aos casados, ordeno, não eu mas Deus, que a mulher não se separe do marido se porém, ela vier a separar-se, que não se casa, ou que se reconcilie com seu marido; e que o marido não se aparte de sua mulher.(1 Co 7.10,11) Temos aqui duas ordens: não se separe, não se aparte. Esta é a vontade e ordem de Deus baseada na instituição do matrimônio: o que Deus ajuntou não o separe o homem. Uma ordem que vale para todos os tempos. Portanto, para cristãos, enquanto na fé, não existe a possibilidade do divórcio. Se um deles vier a separar ou apartar-se, por motivos não justificados, (exceto em caso de adultério), não se case. Este não se case tem um objetivo, dar um tempo para acalmar os ânimos, para voltarem a pensar corretamente, para que a fé volte a triunfar neles e eles voltem a se reconciliar. Pois a separação é contrária à vontade de Deus, é a quebra do juramento. Se a mulher que se separou ou o marido que se apartou casarem cometem adultério, pois eles não têm direito a um novo casamento. E quem casar com eles também comete adultério, pois está casando com alguém que está comprometido.

Isto dá o que pensar a nós pastores em nossos dias, nos quais somos simplesmente informados: Pastor, mude meu nome no fichário. Eu me separei e voltei a usar o nome de solteira. Ou quando eles vêm simplesmente com os papéis do divórcio e pedem a bênção para um novo casamento, sem que houvesse alguma tratativa pastoral com respeito ao matrimônio anterior. Dizem simplesmente: Fizemos um divórcio amigável. O fato de membros, que se debatem com crises matrimoniais, não procurarem a orientação de Deus junto ao seu pastor, já é em si um fato para repreensão. Muitos alegam: Fomos a um psicólogo cristão e ele nos aconselhou separar. Precisamos acentuar com muita clareza e força o que Jesus diz: O que Deus ajuntou, não o separe o homem. É preciso deixar isto bem claro ao casal cristão: Vocês não têm direito à separação, vocês precisam se entender.

1 Co 7.12-14. A segunda admoestação do apóstolo se dirige a um casal misto. Aos mais digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ele, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convício da esposa e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte os vossos filhos seriam impuros, porém, agora são santos. (1 Co 7.12-14) O apóstolo fala a respeito de casamentos mistos. Não dos casamentos mistos de hoje, mas de um casal de gentios, do qual um dos dois se converteu ao cristianismo. E agora? O apóstolo diz: Digo eu, não o Senhor. É que Jesus não falou diretamente sobre tal situação, por isso o apóstolo não tem nenhuma palavra expressa de Jesus em que pudesse se basear, mas ele o faz por sua autoridade apostólica. E nesse sentido, ele fala inspirado por Deus. Pois a pessoa convertida – naquele tempo na maioria era um prosélito, procedente de judeus – e ele se perguntava: Meu casamento é puro? Deus vai abençoá-lo? Pode haver comunhão entre um cristão e um incrédulo? Visto que no Antigo Testamento casamentos mistos eram proibidos (Dt 7.3). Além disso, temos exemplos em que judeus, que haviam casado com mulheres gentias, deveriam mandá-las embora. (Ed 10.2,19) O apóstolo Paulo quer acalmar consciências perturbadas por tais perguntas e recomenda que, se a parte incrédula, homem ou mulher, consentir, em permanecerem unidos, que cumpram fielmente seus deveres no matrimônio. Paulo procura remover qualquer dúvida no cristão sobre a pergunta: Será que Deus vai estar em nosso lar e nos abençoar? O apóstolo afirma: Sim, Deus vai estar com vocês. Ele escreveu: Porque o marido incrédulo é santificado no convício com a esposa e a esposa incrédula é santificada no convício do marido incrédulo. Doutra sorte os vossos filhos seriam impuros, porém, agora, são santos. Vejamos bem o que ele diz: o marido incrédulo é santificado, a esposa incrédula é santificada. Paulo não está falando da justificação do pecador, no sentido de perdão dos pecados e da paz com Deus; ele está falando de incrédulos no matrimônio cristão. Ele se refere à santificação do matrimônio. O matrimônio, esta união vitalícia é válida diante de Deus e Deus dará sua bênção a esta união. E, por amor ao cristão, seus filhos ou suas filhas, nesta união serão abençoados. Isto significa: o casamento é correto. E por haver ali um cristão, repousa sobre este matrimônio e o lar a bênção de Deus. Os filhos ali não são bastardos, como que gerados em adultério, mas gerados num matrimônio legítimo. Evidente que a parte cristã buscará levá-los ao batismo e educá-los de forma cristã. É uma grande bênção para um incrédulo estar num lar cristão. Mesmo que tal união não seja fácil e requer muita paciência e amor.

(Este consolo é post factum, isto é, quando dois casaram como gentios e então um se converteu ao cristianismo. Este versículo não endossa, nem justifica que cristãos se lancem levianamente para dentro de casamentos mistos. Casamentos mistos sempre devem ser desaconselhados. Se um(a) cristão(ã) está namorando alguém não cristão, então fale com a pessoa e procure primeiro trazê-la à fé, aos cultos, à instrução. Se conseguir trazê-lo, então dê os outros passos, noivado e casamento. Se não, termine o namoro.)

Pode, no entanto, acontecer também o contrário, que a parte incrédula não queira viver em tal união. Então Paulo diz: Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos não fica sujeito à servidão, nem o irmão, nem a irmã; Deus vos têm chamado à paz. (v.15) Incrédulo é alguém que não está na fé em Cristo, conseqüentemente não aceita a palavra de Deus e não se orienta por ela. Ele simplesmente abandona maliciosamente o seu cônjuge (malitiosa desertio). E agora, o que fará o irmão ou a irmã cristã abandonada? Estará livre? Poderá contrair novo matrimônio? Ou terá de correr atrás do seu cônjuge e esperar por sua volta? O que significam as palavras: não fica sujeito à servidão... vos têm chamado à paz? Será que servidão se refere à servidão no matrimônio? Sim. Uma vez que foi abandonado, que sofreu a separação, ele ou ela não são obrigados, sujeitos ao cônjuge, correr atrás dele, esperar para ver se um dia ele volte. Não há possibilidade de se aguardar ou procurar uma reconciliação, como no primeiro caso. Deus vos têm chamado à paz é o contrário da servidão. Isto significa que poderá casar novamente? Na verdade o apóstolo não levanta aqui esta pergunta diretamente, mas a palavra livre sem dúvida se refere à sujeição matrimonial, da qual ele agora está livre. Isto possibilita um novo casamento.

Infelizmente este texto foi e ainda está sendo interpretado fora do seu contexto cultural original do tempo do apóstolo Paulo e é interpretado à luz da cultura ocidental. Fala se assim na incompatibilidade de gênios, abrindo a porta ao divórcio por qualquer motivo. Por isso há teólogos que afirmam existirem dois motivos para o divórcio: adultério e incompatibilidade de gênios. Isto na confere com a Bíblia. Conforme a Escritura há um motivo só, a saber: o adultério. Quando Jesus falou sobre o assunto, ele lidou com a pergunta sobre a razão para o divórcio e respondeu: Não existe nenhum motivo, exceto em caso de adultério. O apóstolo ao falar sobre o assunto e responde uma outra pergunta: O que fazer quando um cristão é abandonado pelo cônjuge incrédulo, isto é, que sofreu o abandono. Isto vale também com respeito a um falso cristão, um hipócrita que abandona seu cônjuge levianamente por um motivo qualquer.

A Igreja Católica, contra a Bíblia, não admite nenhum motivo para uma separação, por isso não admite o desquite nem o divórcio[1].

Observações. Nossos teólogos levantam aqui, com muita razão, uma série de perguntas: Este abandono se restringe somente quando praticado por gentios declarados ou também por falsos cristãos e hipócritas? O apartar-se refere-se somente ao sair de casa ou também a um comportamento devasso em casa, a um abandono dentro do lar pelo não cumprimento dos deveres matrimoniais de cama e mesa? (1 Co 7.4,5)

Os exegetas são claros, a palavra gentio se refere também a um falso cristão, a um hipócrita, a alguém que se diz cristão, mas seu comportamento mostra que não o é.

Quanto ao abandono malicioso, os exegetas mostram que isto não é o caso quando um dos cônjuges, por obrigações profissionais, precisa ausentar-se por um tempo, que é o caso especialmente de soldados que ficam fora meses ou até anos, mas mantêm a comunicação e expressam sua saudade, etc. Também não é o caso de pessoas doentes que ficam meses hospitalizados ou até em casos de demência. Nem é o caso quando num momento de raiva, um deles explode e sai de casa, mas no outro dia (ou após alguns dias), volta arrependido e suplicar perdão. Nem é o caso se uma mulher for violentada, estuprada. Nem se o marido foi preso ou é expatriado, especialmente por motivos políticos. A não ser que, se na prisão ou no exílio, ele enveredar por uma conduta sexualmente devassa.

Mas é o caso quando alguém não cumpre seus deveres matrimoniais de cama e mesa, quer devido a seu comportamento leviano ou por sua malícia, isto é, desentendimento, repúdio de um ao outro, falta de reconciliação, mostrando pelas obras da carne sua falta de fé. Lutero escreve: “É um abandono malicioso por ódio à religião, leviandade, vida desregrada ou outros motivos. Quando um se furta ao outro, não cumprindo seu dever matrimonial, nem deseja estar com seu cônjuge, isto também é rebentar a união matrimonial. Quando todo o conselho e toda a admoestação é rejeitada e a pessoa se revela como gentio, não havendo mais esperanças de melhoras”[2]. Paulo Gerhard afirma: “Quando obstinação e absoluta falta de boa vontade para a reconciliação tomam conta. Então o casal precisa ser admoestado por parentes ou pelo pastor para que cumpram seu dever. Mas quando um dos dois revela obstinação isto também é uma maneira de abandono.” Deyling observa: “Esta negação permanente precisa ser expressa”[3].

Uma outra pergunta que se levanta é: Quanto tempo é necessário para se comprovar que é deserção maliciosa? A lei civil de cada pais provê respostas para isso. O pastor e conselheiros respeitarão essas leis, mesmo assim não é uma lei absoluta. Eles julgarão o caso.

3. Disciplina. A parte culpada, que adulterou ou abandonou o cônjuge maliciosamente, que mostra por seu procedimento que caiu da fé, que divorciou, precisa ser disciplinada pela Comunidade. Caso não se arrepender, deve ser desligado. Muitas vezes a pessoa sai da Comunidade antes de a disciplina lhe ser aplicada. Mas pode acontecer também, e isto é o desejado, que a pessoa dê atenção à disciplina – quer seja ao ser disciplinada ou mesmo meses ou anos depois – se arrepende, volta à fé em Cristo e pede a sua readmissão à Comunidade, qual o procedimento? A Comunidade sem dúvida se alegrará com sua volta e o receberá com alegria. Poderá ele contrair novo matrimônio? Sim. Ele deverá manifestar seu arrependimento ao ex-cônjuge e lhe suplicar perdão. Estando o caminho para refazer o primeiro matrimônio impedido ou porque a primeiro cônjuge não o aceita ou porque já está em vias de ou já concretizou novo matrimônio, ele poderá contrair novo matrimônio.

4. Pedidos para efetuar cerimônias de casamento. Uma das situações com as quais nós pastores luteranos nos defrontamos é o pedido de católicos, que solicitam a cerimônia de casamento. Toca o telefone ou após o culto alguém nos pergunta: “Vocês casam desquitados?” Normalmente são católicos que perguntam, porque a Igreja Católica não realiza casamento de desquitados ou divorciados. O que fazer? Nossa resposta é: A cerimônia de casamento é um privilégio só de membros da comunidade. Imediatamente somos perguntados: E o que é preciso fazer para ser membro da Comunidade? Vir aos cultos e à instrução de adultos. Com o que os interessados, normalmente, concordam logo. Segue a instrução. Devo dizer que tive bons momentos e diálogos profundos com tais pessoas. Podia-se notar que tinham pouca noção do que é ser cristão e mostravam verdadeiro interesse nos estudos da Bíblia. Aborda-se então o casamento e também as razões ou não razões para um divórcio. Na opinião das pessoas na instrução, é evidente, eram sempre inocentes e a culpa estava do outro lado. Como é um fato consumado e não temos condições de julgar o assunto, pedia que agora como cristãos, expressassem à outra parte seu pedido de desculpas. Em alguns casos, quando havia filhos e relativa comunicação com a ex-esposa, isto foi feito. Em outros casos, de separação litigiosa, isto era impraticável. Confesso, no entanto, que por mais participativa que tenha sido a instrução de adultos com eles, muitos, infelizmente, se afastaram novamente, logo depois do casamento. Provavelmente por falta de uma vivência e integração maior com a Comunidade.

Conclusões. Diante do que vimos, precisamos manter os seguintes princípios bíblicos:

a) Cristãos, enquanto na fé em Cristo, não cogitam na possibilidade de divórcio para solucionar seus problemas matrimoniais. Eles foram unidos por Deus e juraram fidelidade um ao outro.

b) Divórcio de cristãos. Em caso de um casal cristão se divorciar, isto sempre implica no fato de um ou os dois terem caído da fé, quer seja por causa de adultério ou um apartar-se maliciosamente. Neste caso, a parte inocente permanece membro da comunidade, a parte culpada (ou os dois) precisa ser disciplinada.

c) Soluções. Quando a união matrimonial foi quebrada por adultério de uma das partes ou por abandono malicioso, as soluções podem ser: 1) No caso de adultério, a parte culpada cai em si, se arrepende e pede perdão. A parte inocente pode perdoar e aceitar o cônjuge de volta, o que é recomendado. Isso, no entanto, dependerá da boa vontade da parte inocente. Ela poderá também perdoar e não aceitar o cônjuge faltoso de volta, isto é, solicitar o divórcio, conforme a afirmação de Jesus, (Mt 19.9) por ser uma relação mui íntima. 2) Em caso de abandono malicioso, espera-se por um tempo (talvez um ano, depende das leis do país), a espera de uma possível reconciliação. Não havendo reconciliação, a parte que repudiou deve ser declarada incrédula, pois endureceu seu coração contra a palavra de Deus. E o cônjuge que sofreu o abandono, estará livre para um novo casamento.

d) Arrependimento. Quando, após um tempo, a parte culpada, cai em si e reconhece seu erro, se arrepende e volta à fé em Cisto, o que fazer? Importa que o manifeste à Comunidade e para a pessoa a qual abandonou, pedindo perdão. Estando o caminho para refazer o matrimônio fechado, isto é, a pessoa não aceita o adúltero de volta, ou porque a pessoa inocente já está em vias ou contraiu novo casamento, a parte culpada, arrependida, poderá contrair novo casamento.

Aplicação. O que dizem essas palavras, hoje, a nós pastores? a) Cabe nos instruir bem nossos jovens e nossa Comunidade sobre esse assunto. Será que eles sabem o que fazer quando um casal enfrenta crises matrimoniais, de que devem procurar seus pastores e não correr simplesmente a psicólogo? Pois mesmo que estes se chamem de cristãos, normalmente predominam neles as teorias psicológicas. Precisamos de estudos bíblicos à disposição para que nossos membros possam, pela leitura, conhecer o que a Bíblia diz sobre o assunto. E mostrar o que Deus uniu não o separe o homem, pois a união matrimonial é uma união vitalícia. Não é em vão que ao Jesus afirmar isso, até os discípulos estranharam e disseram: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar (Mt 19.10). b) Estar atento aos problemas e ter cuidado no trado e no aconselhamento a casais em crise e diante do divórcio, fazendo tudo para evitá-lo. E dizer à parte que causa o divórcio que realmente caiu da fé, e quem casar com a repudiada, comete adultério. c) Instruir com mais profundidade pessoas divorciadas que vêm à Comunidade em busca da cerimônia religiosa.

Afirmações com aplicação prática sobre Divórcio e Novo Casamento

Rev. Jeffrey C. Kinery, Grace Ev. Luth. Church

Brownwood, Texas

Tradução e adaptação: Horst R. Kuchenbecker

Em todos os tempos a Igreja precisou reafirmar sua posição a esse respeito e isto não baseado nas idéias inconstantes de pessoas, nem conforme os ditames da sociedade e da cultura na qual vivemos, mas unicamente baseado na imutável e inerrante autoridade da Palavra de Deus:

- O conselho do Senhor dura para sempre, os desígnios do seu coração por todas as gerações. (Salmo 33.11)

- Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu. (Salmo 119.89)

- Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa.

Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou tendo falado, não o

cumprirá?(Números 28.19).

- A Escritura não pode falhar. (João 10.35)

As teses que seguem representam a posição da Escritura Sagrada sobre a questão do divórcio e do novo casamento.

1. O matrimônio, como instituído por Deus, é uma união vitalícia, contraída por esponsais legítimos, entre um homem e uma mulher para uma só carne, até que a morte os separe.

Mateus 19.3-6; Marcos 10.6-9; Romanos 7.1-3; 1 Coríntios 7.5. Cf.: Catecismo. Menor, perg. 56.

2. O divórcio é justificado (endossado, aprovado, sancionado) aos olhos de Deus somente com base na Escritura. Sob a base da Escritura, no entanto, na maioria dos casos, o divórcio não é ordenado, nem encorajado. Divórcio sob outra base do que a Escritura, por exemplo, o pronunciamento legal da autoridade civil de que o matrimônio foi quebrado em base não bíblica, tem sido tolerada por Deus por causa da perversidade e obstinação humana.

Cf.: teses e versículos que seguem.

3. A lei de Moisés no Antigo Testamento que permitia o divórcio por “qualquer motivo” de impureza (incluindo qualquer impropriedade), foi por causa da “dureza do coração” do povo de Israel. A lei de Moisés também permitia um novo casamento de ambos os cônjuges envolvidos num divórcio, mas proibia, após o segundo divórcio, retornar ao primeiro cônjuge.

Deuteronômio 24.1-4; Mateus 5.31; 19.7-8; Marcos 10.2-5.

4. No Novo Testamento, Jesus mostrou que Deus não aprova o divórcio, exceto se alguém o sofre por causa da infidelidade, fornicação e adultério do seu cônjuge, ou qualquer relacionamento sexual imoral e contrário à lei matrimonial como por exemplo: homossexualismo, incesto, prostituição, bestialidade, etc. Nestes casos o divórcio pode ser requerido e um novo casamento é possível.

Mateus 5.32; 19.9.

5. O apóstolo Paulo, por inspiração divina, enfoca uma outra pergunta no assunto divórcio, o abandono malicioso* por parte de um dos cônjuges.

1 Coríntios 7.12-15

* “Abandono Malicioso” não é, especificamente, uma causa para o divórcio, mas o próprio ato do divorcio – a dissolução do laço matrimonial. Deserção maliciosa consiste em um dos cônjuges se recusar persistentemente a viver como homem ou mulher com seu cônjuge. Mas precisamos ter certos cuidados, visto que separação temporária por causa de doença, prisão, trabalho, guerra, deportação, etc. não é deserção maliciosa. Persistente recusa, no entanto, de dar o direito conjugal ou não dar a devida benevolência por estúpida resistência não acidental ou por motivos de doença, representam uma deserção do voto matrimonial. Pois um dos principais propósitos do matrimônio é o intercurso sexual legítimo, negá-lo persistentemente é deserção maliciosa (1 Co 7.1-5). Persistente crueldade física e violência também tornam a convivência da coabitação marital impossível e isto constitui deserção maliciosa.

6. Todos os outros argumentos e/ou motivos para o divórcio fora da fornicação e abandono malicioso não são reconhecidos pela Igreja cristã, tais como: um não suporta mais ao outro, bebedeiras, diferença religiosa (de outra denominação) vagabundagem, grande negligência, crueldade mental, prisão, insanidade, doença contagiosa ou repugnante, doença incurável, condenação por crime, perda do amor, desapontamento das aspirações e esperanças matrimoniais, incompatibilidades. Tais motivos não são reconhecidos pela igreja cristã como válidos ou motivos bíblicos para o divórcio.

7. No caso de um dos cônjuges ter cometido infidelidade sexual (fornicação) ou abandono malicioso e persistir nisso sem arrependimento, não buscando perdão nem reconciliação, o cônjuge inocente pode (não que precisa faze-lo) buscar obter o divórcio legal para atestar que o cônjuge infiel dissolveu a união matrimonial por sua infidelidade.

Mateus 1.19. Cf.: passagens da 6ª tese.

8. Na maioria dos casos pastores cristãos insistem no perdão e na reconciliação se isto for possível. Pois, na maioria das vezes, ambos as partes têm certa culpa em grau maior ou menor, que levaram uma união ao divórcio. É muito raro uma das partes ser totalmente inocente num divórcio.

1 Coríntios 7.10,11.

9. Se ambos os cônjuges numa união são culpados de fornicação, eles perdem o direito de buscarem o divórcio. Se após a descoberta da infidelidade, do adultério o casal consente em voluntariamente coabitarem como homem e mulher, o matrimônio foi com isso novamente unificado e a parte inocente perde o direito de mais cedo ou mais tarde buscar obter o divórcio.

1 Coríntios 6.15,16.

10. A Igreja cristã não proíbe a parte inocente contrair novo matrimônio, nem ao cônjuge culpado que obteve o divórcio por causa de adultério ou deserção maliciosa.

Deuteronômio, Mateus 5.32; 19.9; 1 Coríntios 7.15,27,28.

11. Se o divórcio ou separação foi obtido por uma razão não bíblica, nenhum dos cônjuges deve casar novamente, mas buscar a reconciliação e restauração de sua união matrimonial.

1 Coríntios 7.10-11.

12. Se um dos cônjuges separados por um motivo não bíblico, casar com outra pessoa, este ato dissolve a união legítima. E este cônjuge tornou-se culpado do pecado de adultério.* Quem casar com tal divorciado ou separado por um motivo não bíblico também comete adultério. A parte inocente, neste caso, está livre.

*Adultério é um pecado grosseiro da carne e merece a condenação eterna, se a pessoa disso não se arrepender. (Êxodo 20.14,17; Hebreus 13.4; 1 Coríntios 6.9-10; Gálatas 5.19; Efésios 5.5; Apocalipse 21.8; 22.15; 22;15)

13. Se os cônjuges são membros de uma Congregação cristã, a parte culpada no divórcio deve ser tratada conforme os princípios evangélicos da disciplina cristã.

Mateus 18.15-18; 1 Coríntios 5; 1 Timóteo 5.20; Gálatas 2.11-14.

14. A parte culpada num divórcio, se penitente, deve corrigir sua vida pelo pedir perdão ao seu ex-cônjuge e à congregação cristã. Se a parte culpada ainda não casou de novo, deve procurar a reunificação com seu ex-cônjuge. Se este (a parte inocente) ainda não casou novamente e está disposto a recebê-lo de volta e se reconciliar. Se a parte inocente da união original morreu, casou ou recusa a reunificação, então a parte penitente, está livre para cassar novamente sem o estigma de ser um adúltero.

Se a parte culpada no divórcio do matrimônio original vier a se arrepender após estar casado pela segunda vez, não há razão bíblica para rotular a segunda união como adultério. Ela também não precisa ser dissolvida, visto que a parte culpada, agora se arrependeu, mesmo estando casado com uma pessoa com a qual não tinha o direito de casar, pois estava divorciada por uma razão não bíblica. A segunda união dissolveu, permanentemente, a primeira aos olhos de Deus (Veja tese 12ª). Por outro, a Bíblia proíbe, especificamente, após um segundo casamento o retorno à primeira mulher (Tese 3ª)

Romanos 7.1-3; 1 Coríntios 7.10-11, 27-28; João 4.16-18; Deuteronômio 24.4.

15. A parte culpada num divórcio, se sinceramente arrependida, que corrigiu sua vida, deve ser completamente perdoada e recebida de volta na Congregação cristã com todos os direitos e privilégios.

João 8.11; 2 Samuel 12.13; 2 Coríntios 2.6-8.

16. O pastor cristão não oficiará na cerimônia de casamento de pessoas que evitaram todo tratamento cristão em relação ao casamento, que divorciaram de forma não cristã. A não ser que sejam penitentes e que seu primeiro cônjuge tenha falecida, cassou ou recusa permanecer com ele.

1 Timóteo 5.22; Ezequiel 3;17-20; Efésios 5.11.

17. A melhor maneira de se evitar a tragédia do divórcio é quando cônjuges cristãos tomarem a sério a admoestação bíblica de que marido e mulher devem amar um ao outro e reconhecer sua responsabilidade sexual própria dada por Deus na vida e no matrimônio..

Efésios 5.22-31; Tt 2,3-5; 1 Pedro 3.1-7; Colossenses 3.12-19.


[1] Compendio Trindentino, sessão 24, cânon 7;

[2] Pastoral de Walther, p.246.

[3] Pastoral de Walther, p.250.

CASAMENTO - MARRIAGE

MARRIAGE. Marriage is the state in which men and women can live together in sexual relationship with the approval of their social group. Adultery and fornication are sexual relationships that society does not recognize as constituting marriage. This definition is necessary to show that in the OT polygamy is not sexually immoral, since it constitutes a recognized married state; though it is generally shown to be inexpedient.

I. The status of marriage

Marriage is regarded as normal, and there is no word for ‘bachelor’ in the OT. The record of the creation of Eve (Gn. 2:18-24) indicates the unique relationship of husband and wife, and serves as a picture of the relationship between God and his people (Je. 3; Ezk. 16; Ho. 1-3) and between Christ and his church (Eph. 5:22-33). Jeremiah’s call to remain unmarried (Je. 16:2) is a unique prophetic sign, but in the NT it is recognized that for specific purposes celibacy can be God’s call to Christians (Mt. 19:10-12; 1 Cor. 7:7-9), although marriage and family life are the normal calling (Jn. 2:1-11; Eph. 5:22-6:4; 1 Tim. 3:2; 4:3; 5:14).

Monogamy is implicit in the story of Adam and Eve, since God created only one wife for Adam. Yet polygamy is adopted from the time of Lamech (Gn. 4:19), and is not forbidden in Scripture. It would seem that God left it to man to discover by experience that his original institution of monogamy was the proper relationship. It is shown that polygamy brings trouble, and often results in sin, e.g. Abraham (Gn. 21); Gideon (Jdg. 8:29-9:57); David (2 Sa. 11; 13); Solomon (1 Ki. 11:1-8). In view of oriental customs Heb. kings are warned against it (Dt. 17:17). Family jealousies arise from it, as with Elkanah’s two wives, one of whom is an adversary to the other (1 Sa. 1:6; cf. Lv. 18:18). It is difficult to know how far polygamy was practised, but on economic grounds it is probable that it was found more among the well-to-do than among the ordinary people. Herod the Great had nine wives at one time (Jos., Ant. 17. 19). Polygamy continues to the present day among Jews in Muslim countries.

When polygamy was practised the status and relationship of the wives can be gathered both from the narratives and the law. It was natural that the husband would be drawn to one rather than another. Thus Jacob, who was tricked into polygamy, loved Rachel more than Leah (Gn. 29). Elkanah preferred Hannah in spite of her childlessness (1 Sa. 1:1-8). In Dt. 21:15-17 it is admitted that the husband may love one wife and hate the other.

Since children were important to carry on the family name, a childless wife might allow her husband to have children by her slave. This was legal in civilized Mesopotamia (e.g. the Code of Hammurapi, §§ 144-147), and was practised by Sarah and Abraham (Gn. 16) and Rachel and Jacob (Gn. 30:1-8), though Jacob went farther and accepted Leah’s maid also, even though Leah had already borne him children (Gn. 30:9). In these cases the rights of the wife are safe-guarded; it is she who gives her maid to her husband for a specific occasion. It is difficult to give a name to the status of the maid in such a relationship; she is a secondary, rather than a second, wife, though, if the husband continued to have relations with her, she would have the position of concubine. This is perhaps why Bilhah is called Jacob’s concubine in Gn. 35:22, while Hagar is not classed with Abraham’s concubines in Gn. 25:6.

Wives would normally be chosen from among the Hebrews (e.g. Ne. 13:23-28). Betrothal and marriage would then follow a normal pattern (see below). Sometimes they were bought as Heb. slaves (Ex. 21:7-11; Ne. 5:5). It is commonly asserted that the master of a household had sexual rights over all his female slaves. No doubt there were flagrant examples of such promiscuity, but the Bible says nothing about them. It is noteworthy that Ex. 21:7-11 and Dt. 15:12 distinguish between an ordinary female slave, who is to be released after 7 years, and one who has been deliberately taken as a wife, or concubine, and who cannot claim her release automatically. Since her rights are here established by law, the head of the house or his son must have gone through some ceremony, however simple, of which the law can take cognizance. In speaking of her rights this passage does not make them depend upon her word against the word of the head of the house, nor even upon her having borne him or his son a child. It is difficult to say what her status was. No doubt it varied according to whether she was the first, second, or only ‘wife’ of the householder. Where she was given to the son of the house, she might well have full status as his wife. The fact is that this law, as the context shows, deals with her rights as a slave and not primarily as a wife.

Wives might also be taken from among captives after a war, provided that they were not Palestinians (Dt. 20:14-18). Some writers regard these captives as concubines, but the regulations of Dt. 21:10-14 regard them as normal wives.

There is no law dealing with concubines, and we do not know what rights they had. Obviously they had an inferior position to the wives, but their children could inherit at their father’s discretion (Gn. 25:6). Judges records the rise to power of Abimelech, the son of Gideon’s concubine (Jdg. 8:31-9:57), and also tells the tragic story of the Levite and his concubine (Jdg. 19). The impression given by 19:2-4 is that this concubine was free to leave her ‘husband’, and that the man relied on persuasion to bring her home. David and Solomon copied oriental monarchs in taking many wives and concubines (2 Sa. 5:13; 1 Ki. 11:3; Ct. 6:8-9). In the last two passages it seems that the concubines were drawn from a lower class of the population.

In normal marriages the wife came to the husband’s home. There is, however, another form of marriage in Jdg. 14-15. This is practised among the Philistines, and there is no record of it among the Israelites. Here Samson’s wife remains at her father’s home, and Samson visits her. It might be argued that Samson had intended to take her home after the wedding, but went off alone in a rage after the trick that she had played on him. Yet she is still at her father’s house in 15:1, even though in the meantime she has been married to a Philistine.

II. Marriage customs

The marriage customs of the Bible centre in the two events of betrothal and wedding.

a. Betrothal

In the Near East betrothal (Talmudic ÕeµruÆséÆn and qidduÆsûéÆn) is almost as binding as marriage itself. In the Bible the betrothed woman was sometimes called ‘wife’ and was under the same obligation of faithfulness (Gn. 29:21; Dt. 22:23-24; Mt. 1:18, 20), and the betrothed man was called ‘husband’ (Joel 1:8; Mt. 1:19). The Bible does not legislate for broken betrothals, but the Code of Hammurapi (§§ 159-160) stipulated that if the future husband broke the engagement the bride’s father retained the bride-gift; while if the father changed his mind he repaid double the amount of the gift (see also the Law codes of Lipit-Ishtar, 29, and Eshnunna, 25). Presumably there was some formal declaration, but the amount of publicity would depend on the bridegroom. Thus Joseph wished to dissolve the betrothal to Mary as quietly as possible (Mt. 1:19).

God’s love and faithfulness towards his people are pictured in terms of a betrothal in Ho. 2:19-20. The betrothal included the following steps:

(i) Choice of a spouse. Usually the parents of a young man chose his wife and arranged for the marriage, as Hagar did for Ishmael (Gn. 21:21) and Judah for Er (Gn. 38:6). Sometimes the young man did the choosing, and his parents the negotiating, as in the case of Shechem (Gn. 34:4, 8) and Samson (Jdg. 14:2). Rarely did a man marry against the wish of his parents, as did Esau (Gn. 26:34-35). The girl was sometimes asked whether she consented, as in the case of Rebekah (Gn. 24:58). Occasionally the girl’s parents chose a likely man to be her husband, as did Naomi (Ru. 3:1-2) and Saul (1 Sa.18:21).

(ii) Exchange of gifts. Three types of gifts are associated with betrothal in the Bible: 1. The moµhar, translated ‘marriage present’ in rsv and ‘dowry’ in av (Gn. 34:12, for Dinah; Ex. 22:17, for a seduced maiden; 1 Sa. 18:25, for Michal). The moµhar is implied but not so named in such passages as Gn. 24:53, for Rebekah; 29:18, the 7 years’ service performed by Jacob for Rachel. Moses’ keeping of the sheep for his father-in-law may be interpreted in the same way (Ex. 3:1). This was a compensation gift from the bridegroom to the family of the bride, and it sealed the covenant and bound the two families together. Some scholars have considered the moµhar to be the price of the bride, but a wife was not bought like a slave. 2. The dowry. This was a gift to the bride or the groom from her father, sometimes consisting of servants (Gn. 24:59, 61, to Rebekah; 29:24, to Leah) or land (Jdg. 1:15, to Achsah; 1 Ki. 9:16, to Pharaoh’s daughter, the wife of Solomon), or other property (Tobit 8:21, to Tobias). 3. The bridegroom’s gift to the bride was sometimes jewellery and clothes, as those brought to Rebekah (Gn. 24:53). Biblical examples of oral contracts are Jacob’s offer of 7 years’ service to Laban (Gn. 29:18) and Shechem’s promise of gifts to the family of Dinah (Gn. 34:12). In TB a contract of betrothal is called sûet\ar qidduÆsûéÆn (Moed Katan 18b) or sûet\ar ÕeµruÆséÆn (Kiddushin 9a). In the Near East today the contributions of each family are fixed in a written engagement contract.

b. Wedding ceremonies

An important feature of many of these ceremonies was the public acknowledgment of the marital relationship. It is to be understood that not all of the following steps were taken at all weddings.

(i) Garments of bride and groom. The bride sometimes wore embroidered garments (Ps. 45:13-14), jewels (Is. 61:10), a special girdle or ‘attire’ (Je. 2:32) and a veil (Gn. 24:65). Among the adornments of the groom might be a garland (Is. 61:10). Eph. 5:27; Rev. 19:8; 21:2 refer figuratively to the white garments of the church as the Bride of Christ.

(ii) Bridesmaids and friends. Ps. 45:14 speaks of bridesmaids for a royal bride, and we assume that lesser brides had their bridesmaids also. Certainly the bridegroom had his group of companions (Jdg. 14:11). One of these corresponded to the best man at our weddings, and is called ‘companion’ in Jdg. 14:20; 15:2, and ‘the friend of the bridegroom’ in Jn. 3:29. He may be the same as ‘the steward (av ‘governor’) of the feast’ in Jn. 2:8-9.

(iii) The procession. In the evening of the day fixed for the marriage the bridegroom and his friends went in procession to the bride’s house. The wedding supper could be held there: sometimes circumstances compelled this (Gn. 29:22; Jdg. 14), but it may have been fairly common, since the parable of the Ten Virgins in Mt. 25:1-13 is most easily interpreted of the bridegroom going to the bride’s house for the supper. One would, however, expect that more usually the bridegroom escorted the bride back to his own or his parents’ home for the supper, though the only references to this in Scripture are in Ps. 45:14f.; Mt. 22:1-14 (royal weddings), and probably in Jn. 2:9f.

The procession might be accompanied by singing, music and dancing (Je. 7:34; 1 Macc. 9:39), and by lamps if at night (Mt. 25:7).

(iv) The marriage feast. This was usually held at the house of the groom (Mt. 22:1-10; Jn. 2:9) and often at night (Mt. 22:13; 25:6). Many relatives and friends attended; so the wine might well run out (Jn. 2:3). A steward or friend supervised the feast (Jn. 2:9-10). To refuse an invitation to the wedding feast was an insult (Mt. 22:7). The guests were expected to wear festive clothes (Mt. 22:11-12). In special circumstances the feast could be held in the bride’s home (Gn. 29:22; Tobit 8:19) The glorious gathering of Christ and his saints in heaven is figuratively called ‘the marriage supper of the Lamb’ (Rev. 19:9).

(v) Covering the bride. In two cases in the OT (Ru. 3:9; Ezk. 16:8) the man covers the woman with his skirt, perhaps a sign that he takes her under his protection. D. R. Mace follows J. L. Burckhardt (Notes on the Bedouin, 1830, p. 264) in saying that in Arab weddings this is done by one of the bridegroom’s relations. J. Eisler, in Weltenmantel und Himmelszelt, 1910, says that among the bedouin the bridegroom covers the bride with a special cloak, using the words, ‘From now on, nobody but myself shall cover thee.‘ The Bible references suggest that the second custom was followed.

(vi) Blessing. Parents and friends blessed the couple and wished them well (Gn. 24:60; Ru. 4:11; Tobit 7:13).

(vii) Covenant. Another religious element was the covenant of faithfulness which is implied in Pr. 2:17; Ezk. 16:8; Mal. 2:14. According to Tobit 7:14, the father of the bride drew up a written marriage contract, which in the Mishnah is called ket_uÆb_aÆ.

(viii) Bridechamber. A nuptial chamber was specially prepared (Tobit 7:16). The Heb. name for this room is h\uppaÆ (Ps. 19:5; Joel 2:16), originally a canopy or tent, and the Gk. word is nymphoµn (Mk. 2:19). The word h\uppaÆ is still used among Jews today of the canopy under which the bride and bridegroom sit or stand during the wedding ceremony.

(ix) Consummation. The bride and groom were escorted to this room, often by the parents (Gn. 29:23; Tobit 7:16-17; 8:1). Before coming together, for which the Heb. uses the idiom ‘to know’, prayer was offered by husband and wife (Tobit 8:4).

(x) Proof of virginity. A blood-stained cloth or chemise was exhibited as a proof of the bride’s virginity (Dt. 22:13-21). This custom continues in some places in the Near East.

(xi) Festivities. The wedding festivities continued for a week (Gn. 29:27, Jacob and Leah) or sometimes 2 weeks (Tobit 8:20, Tobias and Sarah). These celebrations were marked by music (Pss. 45; 78:63) and by joking like Samson’s riddles (Jdg. 14:12-18). Some interpret Canticles in the light of a custom among Syrian peasants of calling the groom and bride ‘king’ and ‘queen’ during the festivities after the wedding and of praising them with songs.

III. Forbidden degrees of marriage

These are listed in Lv. 18 in detail, and less fully in Lv. 20:17-21; Dt. 27:20-23. They are analysed in detail by David Mace, Hebrew Marriage, pp. 152f. We presume that the ban held good both for a second wife during the first wife’s lifetime and for any subsequent marriage after the wife’s death, except for marriage with the wife’s sister: for Lv. 18:18, in saying that the wife’s sister may not be married during the wife’s lifetime, implies that she may be married after the wife is dead.

Abraham (Gn. 20:12) and Jacob (Gn. 29:21-30) married within degrees of relationship that were later forbidden. The scandal in the church at Corinth (1 Cor. 5:1) may have been marriage of a stepmother after the father’s death, but, since the woman is called ‘his father’s wife’ (not widow), and the act is called fornication, it is more likely to be a case of immoral relationship with the man’s young second wife.

IV. The levirate law

The name is derived from Lat. levir, meaning ‘husband’s brother’. When a married man died without a child his brother was expected to take his wife. Children of the marriage counted as children of the first husband. This custom is found among other peoples besides the Hebrews.

The custom is assumed in the story of Onan in Gn. 38:8-10. Onan took his brother’s wife, but refused to have a child by her, because ‘the seed should not be his’ (v. 9), and his own children would not have the primary inheritance. This verse does not pass any judgment on birth control as such.

Dt. 25:5-10 states the law as applying to brethren who dwell together, but allows the brother the option of refusing.

The book of Ruth shows that the custom extended farther than the husband’s brother. Here an unnamed kinsman has the primary duty, and only when he refuses does Boaz marry Ruth. A further extension of the custom here is that it is Ruth, and not Naomi, who marries Boaz, presumably because Naomi was too old to bear a child. The child is called ‘a son to Naomi’ (4:17).

The levirate law did not apply if daughters had been born, and regulations for the inheritance of daughters are given to the daughters of Zelophehad in Nu. 27:1-11. It might seem strange that vv. 9-11 seem to ignore, or even contradict, the levirate law. It could be argued that Dt. 25:5-10 had not yet been promulgated. On the other hand, when a law arises out of a specific occasion one must know the exact circumstances in order to judge what the law professes to cover. There would be no contradiction of the levirate law if Zelophehad’s wife had died before he did, and the law here confines itself to similar cases. Nu. 27:8-11 would operate when there were daughters only, or when a childless wife had predeceased her husband, or when the late husband’s brother refused to take the childless widow, or when the wife remained childless after the brother had married her.

In Lv. 18:16; 20:21 a man is forbidden to marry his brother’s wife. In the light of the levirate law this clearly means that he may not take her as his own wife, whether she has been divorced during her husband’s lifetime or has been left with or without children at her husband’s death. John the Baptist rebuked Herod Antipas for marrying the wife of his brother Herod Philip (Mt. 14:3-4); Herod Philip was still alive.

In the NT the levirate law is used by the Sadducees to pose a problem about the resurrection (Mt. 22:23ff.).

V. Divorce

a. In the Old Testament

In Mt. 19:8 Jesus says that Moses ‘allowed’ divorce because of the hardness of the people’s hearts. This means that Moses did not command divorce, but regulated an existing practice, and the form of the law in Dt. 24:1-4 is best understood in this sense. av and rv imply a command in the second half of v. 1, but the rsv follows Keil, Delitzsch, S. R. Driver and lxx, in making the ‘if of the protasis extend to the end of v. 3, so that v. 4 contains the actual regulation. On any translation we gather from this section that divorce was practised, that a form of contract was given to the wife, and that she was then free to remarry.

The grounds of divorce here are referred to in such general terms that no precise interpretation can be given. The husband finds ‘some uncleanness’ in his wife. The Heb. words, Ôerwat_ daµb_aµr (literally, ‘nakedness of a thing’), occur elsewhere only as a phrase in Dt. 23:14. Shortly before the time of Christ the school of Shammai interpreted it of unfaithfulness only, while the school of Hillel extended it to anything unpleasing to the husband. We must remember that Moses is not here professing to state the grounds of divorce, but accepting it as an existing fact.

There are two situations in which divorce is forbidden: when a man has falsely accused his wife of pre-marital unfaithfulness (Dt. 22:13-19); and when a man has had relations with a girl, and her father has compelled him to marry her (Dt. 22:28-29; Ex. 22:16-17).

On two exceptional occasions divorce was insisted on. These were when the returned exiles had married pagan wives (Ezr. 9-10 and probably Ne. 13:23ff., although divorce is implied here, rather than stated). In Mal. 2:10-16 some had put away their Jewish wives so as to marry pagans.

b. In the New Testament

In comparing the words of Jesus in Mt. 5:32; 19:3-12; Mk. 10:2-12; Lk. 16:18, we find that he brands divorce and remarriage as adultery, but does not say that man cannot put asunder what God has joined together. In both passages in Matthew fornication (rsv ‘unchastity’) is given as the sole ground on which a man may put away his wife, whereas there is no such qualification in Mark and Luke. Fornication is commonly taken as here being equivalent to adultery; similarly, the conduct of the nation as Yahweh’s wife is branded both as adultery (Je. 3:8; Ezk. 23:45) and as fornication (Je. 3:2-3; Ezk. 23:43); in Ecclus. 23:23 an unfaithful wife is said to have committed adultery in fornication (cf. also 1 Cor. 7:2 where ‘immorality’ is Gk. ‘fornication’).

The reason for the omission of the exceptive clause in Mark and Luke could be that no Jew, Roman or Greek ever doubted that adultery constituted grounds for divorce, and the Evangelists took it for granted. Similarly, Paul in Rom. 7:1-3, referring to Jewish and Rom. law, ignores the possibility of divorce for adultery which both these laws provided.

Other theories have been held about the meaning of Christ’s words. Some refer fornication to pre-marital unfaithfulness, which the husband discovers after marriage. Others have suggested that the parties discover that they have married within the prohibited degrees of relationship, a thing which must have happened too rarely for it to be the subject of a special exception in Christ’s words. Roman Catholics hold that the words sanction separation, but not remarriage. It is difficult to exclude permission to remarry from Mt. 19:9; and among the Jews there was no such custom as separation without permission to remarry.

Some have doubted the authenticity of Mk. 10:12, since a Jewish wife could not normally divorce her husband. But a wife could appeal to the court against her husband’s treatment of her, and the court could compel the husband to divorce her. Moreover, Christ may have had Gk. and Rom. law in mind, and here the wife could divorce her husband, as Herodias had divorced her first husband.

There is a strong body of opinion both among Protestants and Roman Catholics that 1 Cor. 7:10-16 gives another ground for divorce. Here Paul repeats the teaching that the Lord had given when on earth, and then, under the guidance of the Spirit, gives teaching beyond what the Lord had given, since a new situation had arisen. When one party in a pagan marriage is converted to Christ he or she must not desert the other. But if the other insists on leaving the Christian ‘a brother or sister is not under bondage in such cases’. This latter clause cannot simply mean that they are free to be deserted, but must mean that they are free to be remarried. This further ground, which on the face of it is of limited application, is known as the ‘Pauline Privilege’.

In the present modern tangle of marriage, divorce and remarriage the Christian church, in dealing with converts and repentant members, is often compelled to accept the situation as it is. A convert who previously has been divorced, on sufficient or insufficient grounds, and who has remarried, cannot return to the original partner, and the present marriage cannot be branded as adulterous (1 Cor. 6:9, 11).

Bibliography. W. R. Smith, Kinship and Marriage in Early Arabia, 1903; E. A. Westermarck, The History of Human Marriage, 3 vols., 1922; H. Granquist, Marriage Conditions in a Palestinian Village, 2 Vols., 1931, 1935; M. Burrows, The Basis of Israelite Marriage, 1938; E. Neufeld, Ancient Hebrew Marriage Laws, 1944; D. R. Mace, Hebrew Marriage, 1953; J. Murray, Divorce, 1953; D. S. Bailey, The Man-Woman Relation in Christian Thought, 1959; R. de Vaux, Ancient Israel, 1961; E. Stauffer, TDNT 1, pp. 648-657; W. Günther et al., NIDNTT 2, pp. 575-590; M. J. Harris, C. Brown, NIDNTT 3, pp. 534-543. j.s.w. j.t.

DIVORCE.

Ex. 21:7-11

Deut. 21:10-14

Deut. 24:1-4

Ezra 10:1-16

Neh. 13:23-30

Jer. 3:1

Mic. 2:9

Mal. 2:14-16

Matt. 5:31,32

Matt. 19:3-12 Mark 10:2.

Luke 16:18

1 Cor. 7:10-17Disobedience of the wife to the husband, a sufficient cause for, in the Persian empire, Esth. 1:10-22.See Marriage.

Figurative: Isa. 50:1; 54:4; Jer. 3:8.

CURSO PARA NOIVOS

O SEXTO MANDAMENTO

1 - Deus criou o homem e a mulher (Gn 1.4-17). Ele os criou como duas pessoas diferentes, com sexos e funções diferentes, o que envolve também os sentimentos, a psique. Deus os uniu no santo estado matrimonial. Ali complementam-se mutuamente.

2 - Infelizmente, pela queda em pecado, o homem perdeu esta imagem divina, este “bem-aventurado conhecimento de Deus, perfeita justiça e santidade.” Nascemos agora com o pecado original, “a completa corrupção do coração humano, privado da justiça original inclinada para todo o mal, sujeita à condenação.” Isto afetou profundamente o sublime dom do sexo e o matrimônio. A abrangência desta corrupção vemos amplamente retratada nas páginas da Bíblia, no mundo em nosso derredor, “porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mateus 15.19), e a sentimos em nossa própria carne. Pois mesmo nós cristãos, nos quais a imagem divina é parcialmente restituída pela fé, possuem ainda sua natureza carnal, e não estamos livres de tentações e muitas fraquezas. Confere: Catecismo Menor, pág. 125-181. O apóstolo Paulo confessa: “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo”(Romanos 7.18). O mesmo apóstolo recomenda: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (Gl 5.16). “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gl 5.24). Tudo isto mostra a grandeza do problema, bem como a tensão e luta existente nos cristãos, entre o novo e o velho homem, entre a natureza carnal e o novo ser.

3 - Para não sermos ofuscados pela cultura de nosso tempo, pela opinião pública, faz se necessário rever e reler o que Deus diz nos seus mandamentos. Vejamos, portanto, qual o significado do sexto mandamento:

4 - “Não adulterarás!” Lutem o expõe assim: “Devemos temer e amar a Deus e, portanto, viver uma vida casta e decente em palavras e ações, e cada qual ame e honre seu consorte.”

5 - “Devemos temer e amar a Deus”. Onde não há temor e amor a Deus, ali o homem vive em seu egoísmo, é deus para si mesmo, segue seu querer e seus desejos carnais, o que é idolatria, pois é amor ao objeto. Isto se mostra, especialmente, em relação ao sexto mandamento. Por esta razão notamos que, quando uma pessoa perde a fé, as aberrações e paixões carnais voltam a dominá-la. O que resulta na dissolução da família e conseqüentemente na corrupção cada vez maior da juventude.

Quando cristãos não zelam por sua vida santificada, mas dão lugar à pornografia e às paixões carnais, entristecem o Espírito Santo e correm o risco de cair da fé. Estas foram as causas do dilúvio, no qual pereceu uma geração má e adúltera; o fim da cidade de Sodoma e Gomorra, e o declínio de grandes impérios. A corrupção moral é também uma das principais característica dos tempos finais, antes do juízo final.

6 - Por isso Lutero começa a exposição de cada mandamento com o conteúdo do primeiro Mandamento: Devemos temer e amar a Deus. Deus requer de todos “temor e amor” absolutos. Disto o homem, por natureza, não é capaz, pois ele está corrompido pelo pecado, é escravo de Satanás e inimigo de Deus. Mesmo tendo um resto da lei de Deus inscrito no coração, que o acusa, o homem precisa ouvir a lei de Deus, para aguçar sua consciência, afim de conduzi-lo ao reconhecimento de sua corrupção pecaminosa e da necessidade que tem de um salvador

7 - Pois, temer e amar a Deus só é capaz quem foi libertado por Deus, em cujo coração foi derramado o amor de Cristo, quem renasceu pela fé na graça de Cristo, quem agora se sabe perdoado e amado por Deus. Desta fé brotam os frutos que são verdadeiro temor e amor a Deus. O coração que foi e é consolado com o perdão de Deus, este ama a Deus e tem prazer em andar na lei do Senhor, mesmo que ainda em fraquezas. Esta pessoa luta com todas as forças de sua alma, sob oração, contra as paixões carnais e resiste às tentações do mundo, como o fez José no Egito, dizendo: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?”(Gn 39.9).

8 - Enquanto a pessoa não renasceu pela fé, ela vive conforme seus desejos carnais, dos quais é escrava. Por exemplo: As pessoas comem e bebem, descansam, correm ao trabalho e do trabalho ao divertimento. Este é o curso normal da vida. Se perguntarmos a alguém: Por que você faz isto? Quais são seus objetivos na vida? Como você toma suas decisões? A maioria responde: Porque eu quero, eu gosto, eu preciso. Quem, no entanto, renasceu pela fé em Cristo é libertado da escravidão dos seus desejos e inicia uma nova vida em santificação. Na verdade, ainda em meio à muitas lutas e fraquezas, como lamenta o apóstolo Paulo: Romanos 7.14-25 (Ler o texto). E o apóstolo Paulo continua em sua carta aos Gálatas 5.16-26(ler o texto).

9 - Então, o que Deus requer de seus filhos, quanto ao sexto mandamento. Qual o problema?

10 - 1. O problema - Como afirmamos anteriormente, o pecado afetou profundamente o dom do sexo. Com o despertar do desejo sexual, na adolescência, surge a necessidade de refreá-lo. Não que o impulso sexual em si seja pecado, mas o desejo desenfreado, sim. E isto não é só um problema para jovens antes do casamento, mas ao longo da vida, mesmo para casados. A luta por uma vida "casta e decente" estende-se ao longo da vida. A cobiça no coração sempre está pronta a acordar e dominar nossos sentidos. Por isso Deus admoesta contra a cobiça dos olhos. (2 Pe 2.14; l Jo 2.16).

11 - 2.0 matrimônio - O mandamento trata do matrimônio. O que é o matrimônio? Ele foi instituído por Deus no paraíso. Nosso Catecismo Menor, perg. 56, o define assim: "O matrimônio é a união vitalícia instituída por Deus e contraída, mediante esponsais legítimos, entre um homem e uma mulher para uma só carne (Contrato de casamento)." Tal união só acontece no matrimônio. No sexto mandamento e nos demais versículos referentes a este assunto. Deus ordena e protege o matrimônio, proibindo relações sexuais fora do mesmo (1 Co 6.9,10; Ef 5.3; Hb 13.4).

12 - Lutero ao expor o sexto Mandamento, não inicia como nos demais mandamento com uma proibição, mas uma ordem dupla: a) Viver uma vida casta e decente; b) e cada qual ame e honre seu consorte.

a) "Vida casta e decente." O que significam estas palavras? A melhor maneira de expô-las é olhar para a fonte dos males. A Bíblia indica três raízes das quais brotam os males: a) a concupiscência da carne (Gl 5.16), b) a cobiça dos olhos (1 Jo 2.16), c) e a soberba (Pv 29.23). A concupiscência da carne busca sua satisfação desordenadamente, à sua maneira, contrária à vontade de Deus. Daí os pensamentos, palavras e ações pecaminosas e a busca por satisfação em vídeos, filmes, festas, orgias, bebedices, etc.

13 - É interessante lembrar aqui que tudo o que Deus criou é bom. O apóstolo Paulo afirma: "Pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável" (1 Timóteo 4.4).) Também a inclinação de um homem para a mulher e vice versa, bem como o desejo sexual, em si, são dons de Deus e bons. Mas a queda do homem em pecado afetou estes dons. Os desejos são, agora, desordenados. As pessoas buscam sua satisfação de forma desordenada e fora dos caminhos estabelecidos por Deus. As pessoas, em seus desejos carnais, rejeitam o caminho de Deus e buscam seus prazeres na criatura, a seu modo, contrários à vontade de Deus.

Contra essa manifestação da carne, que se manifesta em desejos, olhares, palavras e ações, o sexto mandamento põe um freio, ordenando: "Devemos temer e amar a Deus e viver uma vida casta e decente." Aqui não se trata somente de pecados grosseiros, como o adultério, mas de todo o mal, desde desejos e pensamentos, cobiça dos olhos, palavras obsenas e ações. O apóstolo Paulo adverte os efésios: "Mas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça nem sequer se nomeiem entre vós, como convém a santos; nem conversação torpe, nem palavras vás ou chocarrices, coisas essas inconvenientes; antes, pelo contrário, ações de graças. Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência" (Efésios 5.3-6).

14 - Aqui surge a pergunta: Quais são os limites? Onde o desejo natural começa a ser pecaminoso? Isto não pode ser determinar simplesmente pelo estabelecer de leis e normas. Os fariseus tentaram fazê-lo no seu Talmude. Precisamos dizer que tudo o que procede da carne, mesmo que tenha até uma aparência de direito ou retidão, ou esteja sendo feito pela grande maioria, mas na qual a carne procura seus interesses, sua satisfação e não a vontade e a honra de Deus, são os desejos da carne, condenados por Deus no sexto Mandamento. A respeito dos quais o apóstolo diz: "Sabei, pois, isto: nenhum incontinente, ou impuro, ou avarento, que é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus" (Efésios 5.5).

15 - Cuidemos, também, para não sermos enganados pela hipocrisia que gosta de falar da liberdade e alegria cristã, de que tudo é lícito, de divertimentos inocentes, dizendo que não devemos ser tão estremados, etc. A regra permanece: O que estou buscando? Simplesmente a satisfação própria, desvinculada da lei de Deus, ou a glória e honra de Deus, conforme a vontade de Deus. O apóstolo Paulo escreveu: "Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas "(Tito 1.15). Isto é, o cristão recebe todos os dons e alegrias com gratidão e procura usá-los para a honra e glória de Deus; enquanto os incrédulos usam tudo de forma egoísta em seu proveito; por isso, tudo o que fazem é pecado.

16 - Por outro, o cristão deve cuidar para não se associar ao mundo, participando das obras más. "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas ?" (2 Coríntios 6.14 RA). Pois, "os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências" (Gaiatas 5.24).

17 - Também devemos cuidar para que ninguém nos imponha um jugo desnecessário, restringindo nossa liberdade cristã. Pois, "para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão" (Gaiatas 5.1).

18 - Como a concupiscência está ligada ao sexto Mandamento? O matrimônio foi instituído por Deus, no qual um homem e uma mulher são unidos por Deus. Só nesta ordem o amor ao sexo oposto e os desejos sexuais podem ser exercido. Qualquer satisfação sexual própria como a masturbação, o deliciar-se com a cobiça dos olhos, ou relações sexuais anormais, sexo anal e bucal, homem com homem, mulher com mulher, com animais, antes e fora do matrimônio são pecado, transgressão do sexto mandamento e ofensa a Deus. (Cf.: Ex 22.19, Rm 1 .22-27). Para citar alguns exemplos concretos: Revistas e vídeos pornográficos, algumas reuniões dançantes, o carnaval, o relacionamento de jovens como o "fica", isto é, ficam uma noite juntos para relacionamento sexual, só como diversão passageira, ou, como alguns dizem: Para ver se combinam. Alguns argumentam ser isto uma necessidade física que não tem nada a ver com pecado, pois não faz mal a ninguém, uma vez que a pessoa se protege com camisinha ou anticoncepcionais, etc. Tudo isso são aberrações contra o sexto Mandamento. Deus o proibiu. E proibiu a ponto de dizer: "Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela " (Mateus 5:27-28). Esta palavra, na verdade, não é nem compreendida nem aceita "pela geração má e adúltera" (Mt 16.4). Mas os filhos de Deus a aceitam e se orientam por ela. Eles lutam e crucificam sua carne. E onde caem por fraqueza de fé, se levantam em sincero arrependimento, suplicam perdão a Deus e pedem que o Espírito Santo os dirija.

19 - Muitas vezes tais desejos surpreendem com a aparência de amor e inocência. Jovens cristãos, enamorados ou noivos, são por vezes levianos no seu comportamento. Eles dizem: Nós somos fortes, sabemos controlar-nos, jamais faremos algo contra o sexto Mandamento. E, então, ficam por muito tempo sozinhos, envolvem-se em abraços e beijos, despertando seus desejos carnais - os quais nunca devemos subestimar - são vencidos por eles, passando dos limites, trazendo para si e seus familiares tristezas e desgostos. Especialmente quando um jovem cristão ou uma jovem cristã tem um namorado ou uma namorada não cristã, ouve muitas vezes argumentos como: "Se você me ama de fato, você vai me permitir ..." E a queda acontece. Uma estatística revela que 43% de moças adolescente que engravidaram não queriam aquela relação, mas foram vencidas por seus namorados e traídas por seus próprios desejos. Daí a importância e o cuidado no período do namoro e também do noivado. Não ficar muito tempo em lugares a sós. O caminho de um para com o outro ainda tem limites. Devemos comportar-nos de tal maneira que possamos prestar contas de nosso comportamento. Infelizmente muitos bons costumes cristãos de antigamente, são hoje fonte de piadas e zombarias. E muitos jovens influenciados pêlos meios de comunicação, pelas conversas de seu círculo de relacionamento, não vendo bons exemplos em seu derredor, nem conhecendo mais a palavra de Deus, nem tendo orientação de seus pais, vivem de forma contrária à palavra de Deus. Importa que pais e pastores instruam e sejam exemplos aos jovens.

20 - Vamos frisar mais uma vez: o desejo sexual nunca deve ser subestimado. Ele pertence a uma das raízes mais profundas da cobiça da carne. Vencê-la, só é possível pelo auxílio do Espírito Santo que nos dá forças para crucificarmos a carne com suas paixões e concupiscências. Por isso, para manter o matrimônio como um estado santo, precisamos, jovens e adultos, lutar diariamente contra as inclinações de nossa carne.

21 - Infelizmente vivemos numa “geração má e adúltera”. As aberrações neste campo são inúmeras. A pornografia em revistas expostas ao público, os filmes na televisão, os vídeos pornográficos e agora tudo com livre acesso na intemet. Muitos pais ainda nem se aperceberam deste perigo. Um ditado antigo diz: “Diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és”. Tudo isto desorienta e confunde especialmente a juventude. A isto soma-se a orientação sexual dada nas escolas, que é mais um estímulo ao sexo, do que educação. Educação tem a ver com moral. Esta só pode ser dada pela igreja, ou professores cristãos. A isto soma-se ainda a desorientação proveniente das diversas igrejas, que defendem o homossexualismo como um direito de opção de cada um, aceitando qualquer pretexto para o divórcio com o argumento de que cada um tem o direito de ser feliz.

22 - Diante de tudo isto, o apóstolo admoesta: “Vigiai e orai”(Mc 14.38). Os que são de Cristo se mantém incontaminados do mundo. Eles aguçam sua consciência pelo estudo da palavra de Deus, oram fervorosamente, mantêm-se ocupados: estudo, trabalho, esportes e boa companhia. A exemplo de Jó: “Fez aliança com meus olhos, como, pois, os fixaria eu numa donzela?” (31.1).

b) Cada qual ame e honre o seu consorte - Em segundo lugar, o sexto mandamento aborda os deveres dos cônjuges.

23 - Amar e honrar realmente resume o voto matrimonial. Do voto e da fidelidade matrimonial trataremos em outro capítulo especificamente. Aqui só queremos acentuar que qualquer falta ou deficiência no amar e no honrar o cônjuge é pecado. Quantos matrimônios mantém uma aparência exterior, mas no coração os cônjuges estão separados e já quebraram o matrimônio, porque não se amam nem honram como deveriam, só se aturam. Amar e honrar são dois altos e sagrados deveres conjugais.

24 - Amar - Amar inclui também o relacionamento sexual, que no matrimônio é algo bom, ordenado por Deus e santo. Por isso o apóstolo Paulo escreve: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama” (Efésios 5.28). Esta é a ordem que Deus colocou no coração do homem e da mulher, que os dois, no matrimônio, se amem e honrem. Por isso Jesus afirma: "Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas aqueles a quem é dado. Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir, admita" (Mateus 19.11-12). Isto é, ninguém consegue permanecer solteiro sem pecar, exceto pelo dom especial do Espírito Santo. Mas ali onde os corações dos cônjuges estão ajustados em amor e honra de um para com o outro, ali onde os dois se esforçam sob oração e súplica, para que o Espírito Santo os ajude a viverem conforme a recomendação do apóstolo Paulo: "Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém no Senhor" (Colossenses 3.15-18). Ali tudo irá bem. Ali cumprirão seus deveres e permanecerão unidos de corpo e de alma, em dias bons e maus. Ali servirão um ao outro com sacrifícios, ajuda, amparo, tanto nas coisas materiais desta vida como na caminhada para a vida eterna. Saberão suportar-se na diferença de seus gênios, nas fraquezas e a carregarem o fardo e a cruz um ao outro, pois para isto foram chamados ao matrimônio. Assim o matrimônio é, conforme a ordem divina, também uma escola santa que os educa a suportar e a carregarem a cruz. Muitas vezes a cruz pode ser bem pesada. Nesta escola somos educados na caminhada para o lar celestial. Por outro, o matrimônio foi instituído para consolo e ajuda mútua nesta vida cheia de canseira e enfado e para ser uma fonte de prazer, satisfação e alegria, agradáveis a Deus. Para tanto o matrimônio deve ser iniciado e conduzido, como já o dissemos no início, em nome de Deus e conforme a vontade de Deus, tendo como fundamento a palavra de Deus, no conhecimento da qual queremos crescer diariamente. Caso contrário o matrimônio, devido o egoísmo e a cobiça da carne, em vez de ser a ante sala do céu, pode toma-se a ante sala do inferno, onde os corações se separam facilmente e o laço do amor é dissolvido por incompreensão, egoísmo genioso, brigas, infidelidade, repúdio mútuo e finalmente o divórcio. Que tristeza e escândalo diante de Deus e dos homens. Mesmo que em nossos dias, em nossa sociedade, o divórcio não seja mais visto como um escândalo e mal, mas como algo corriqueira da vida.

25 - Honrar - A segunda parte nestes deveres matrimoniais é honrar. Sendo o matrimônio ordenado por Deus, falamos no santo estado matrimonial. Por isso ele deve ser conduzido com a devida dignidade e honra. Assim como devemos, conforme o Quarto Mandamento, honrar nossos pais e superiores, como colocados por Deus, assim devemos também no santo matrimônio, além de amar, também honrar o nosso consorte. Por que isto? Porque no dia a dia, viver lado a lado, conhecer-se um ao outro, nas mais diferentes situações e reações da vida, facilmente descuidamos o honrar e nos tomamos indiferentes em relação ao nosso cônjuge, não honrando nossa esposa e a esposa o esposo, nem em particular nem em público. Por vezes, fazendo até gracejo malicioso e caçoando um do outro. Entramos em casa após o dia de serviço, queixando-nos das agruras do dia, nem dando atenção à esposa e seus problemas ou vice versa. Deixamos o carinho e afeto de lado. Precisamos lembrar que a pessoa ao nosso lado foi colocada por Deus. E se ela é uma pessoa cristã, ela é filha ou filho de Deus. Mesmo tendo suas fraquezas e imperfeições, amar e honrá-la é nosso culto a Deus. Esse é nosso dever do começo ao fim do matrimônio. No início do casamento, passado o primeiro amor, quando começa a verdadeira tarefa de ajustar-se um ao outro nesta nova vida, surgem freqüentemente atritos. São duas pessoas diferentes, de lares diferentes, com hábitos e costumes diferentes, comidas, forma de vestir, levantar, dormir e trabalhar. É preciso muito amor, muita paciência, muita compreensão para este ajustamento. Precisamos cuidar para que eles não se desonrem mutuamente. E no crepúsculo da vida, quando doenças e fraquezas começam a se manifestar, precisamos de muita paciência de um para com o outro. Assisti certa vez um diálogo surpreendente.

Uma casal, beirando os 65 anos, vivia feliz e contente. De repente ele adoeceu. Foi hospitalizado. Voltou do hospital, muito alquebrado. Não podia mais levantar da cama. Ela, ainda bem forte, cuidava dele com muita dedicação. Quando uma vizinha entrou e disse: "Mas você é muito burra. Estás te judiando com este velho. Larga ele num hospital e aproveita a vida". A senhora respondeu: Vizinha, com todo o respeito, saia da minha casa. Ele é meu marido. Tivemos tantos dias bons, porque não haveria eu de cuidar dele agora. Esta é minha tarefa e meu culto diante de Deus." Que resposta sublime. Assim marido e mulher olham, no santo estado matrimonial, um para o outro, sabendo que Deus os uniu. Cabe lhes amar e honrar um ao outro. Isto faz parte do culto diário a Deus.

c) A Ordem no Matrimônio - Como entrar no santo estado matrimonial? Deus estabeleceu uma ordem. Ordem essa, hoje quase que totalmente desrespeitada. Refiro-me à caminhada do namoro, ao noivado e ao casamento. Infelizmente esta ordem é hoje, pela grande maioria, não só desrespeitada, mas ignorada. As pessoas, quer jovens ou divorciados, simplesmente se ajuntam, dizendo: O amor é algo do meu coração e ninguém tem nada a ver com isso, nem meus pais, nem a autoridade civil e sociedade, nem a igreja.

26 - Esta preocupação com a caminhada a ser seguida começa com (1) oração a Deus, pedindo que Deus conceda um cônjuge cristão. Tal pedido já está incluído na quarta petição do Pai Nosso. Chegando à idade própria, começa a busca (2). Salomão afirma: "Quem acha esposa, acha o bem" (Pv 18.22). Logo, há um procurar.

Abraão mandou seu servo procurar esposa para seu filho Isaque (Gn 24). Esta procura tinha um objetivo bem específico: Encontrar uma moça com a mesma fé. Esta deve ser ainda hoje a preocupação de cada jovem cristão. Se o coração de um jovem se inclinar para uma moça não cristã, guardará esta inclinação para si. E, na amizade que mantém, fará tudo para trazer esta moça à fé cristã. Só então lhe dirá o que se passa em seu coração. Se a moça não aceitar a fé cristã, saberá, por sua vez, não ser este o caminho de Deus. O apóstolo Paulo afirma com muita razão: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?" (2 Coríntios 6.14-15). Isto vale especialmente para o matrimônio. Pois para uma união tão íntima, precisa-se de uma base comum, a saber, o temor de Deus. Terão o mesmo cuidado também para com cristãos de outras denominações. Procurarão clarificar, em primeiro lugar, esta questão fundamental do lar.

27 - Na escolha do cônjuge observarão também a advertência de Moisés sobre casamentos ilícitos, devido a graus de parentesco (Lv 18). Evitarão também compromissos sem o consentimento dos pais.

28 - Mesmo tendo seguido todos os passos cuidadosamente, pode acontecer que um dos cônjuges, no decorrer do tempo, venha a cair da fé. Isto é muito triste e doloroso, mas não motivo para separação. O apóstolo Paulo lembra o seguinte: "Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher. Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz. Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher? Ande cada um segundo o Senhor lhe tem distribuído, cada um conforme Deus o tem chamado. É assim que ordeno em todas as igrejas" (1 Coríntios 7.10-17).

29 - Mas, há muitos jovens cristãos que não seguiram estes caminhos. Estão casados com pessoas não cristãs ou de outras igrejas. O que fazer? Cabe-lhes com muita oração, testemunho paciencioso, por palavra e vida lutar pela conversão de seu cônjuge. Muitas pessoas o conseguiram após anos.

d) Questionamentos - Restam sem dúvida, ainda, muitas perguntas que normalmente brotam em discussões. Vamos rever algumas.

- Vida casta e decente - Sobre estas duas palavras, de forma geral, nunca faltam perguntas. Abordaremos a palavra "casto" no capítulo que segue. Aqui queremos ocupar-nos com a pergunta: O que é decente em relação a este mandamento?

Fala-se também em pudor, mas o que é isto? Qual o padrão pelo qual devemos nos orientar? Devido à falta de um conhecimento mais profundo da palavra de Deus, da fraqueza de fé e de certos costumes profundamente arraigados no povo, as opiniões divergem. O que um considera pecado, outro não o vê assim. Isto vem se acentuando muito em nossos dias, de forma bem especial em relação ao sexto mandamento. Há igrejas que admitem relações sexuais antes do casamento e o divórcio sob qualquer pretexto. Há igrejas que admitem o homossexualismo, com o argumento de que é uma opção de livre escolha de cada um. E quando falamos de decência, precisamos abordar também as muitas formas de diversões pecaminosas, tais como vídeos pornográficos.

Aqui precisamos abordar também a palavra "pudor". O que é pudor? O que significam, hoje, as palavras: "Não descobriras a nudez..." (Lv 18.7-17), a exemplo de Cão, filho de Noé (Gn 9.22). O que dizer hoje sobre a semi nudez nas praias. Em tudo isto as opiniões divergem muito, mesmo entre cristãos.

30 - O salmista pergunta: De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?” E um outro jovem parece responder: “Observando-o segundo a tua palavra”. E ambos os jovens respondendo em coro: “De todo o coração te buscarei; não me deixes fugir aos teus mandamentos. Guardo no coração as tuas palavras para não pecar contra ti”.(Salmo 119.9-11). Mas onde estão hoje as famílias e os jovens que perguntam pela palavra de Deus e pedem ao Espírito Santo que os ilumine.

Jovens como José, Daniel, Davi e outros suplicaram assim. Eles lutaram para permanecerem fiéis e seguirem os mandamentos de Deus. Quantas tentações e argumentações procuram desviar os cristãos hoje dos caminhos de Deus? Por exemplo com argumentos como estes: Hoje são outros tempos. No passado Deus, também tolerou certos pecados e costumes. Todos fazem assim. Nem todos os estudiosos da palavra de Deus interpretam a Bíblia assim.

31 - 0 que dizer da moda, especialmente feminina? Ela segue o lema de criar sempre novas atrações para os olhos. Assim encobre uma parte do corpo feminino e descobre outra. Quando os olhos se acostumaram, passa a cobrir esta parte novamente e descobre outras partes do corpo. Por isso ora os vestidos alongam e o peito é descoberto, ora cobrem o peito e os vestidos encurtam. Cristãos conscienciosos não estarão na ponta das inovações, mas com bom senso acompanham a moda no meio termo. Não serão introdutores da moda, provocando a cobiça dos olhos, nem se exporão ao ridículo, andando com o vestido da vovó. Sabem também que certas modas não poderão imitar. Manterão o bom censo e a honradez.

32 - Quanto à segunda parte da exposição de Lutero: "Cada qual ame e honre o seu consorte", falaremos disto no capítulo sobre a fidelidade matrimonial.

33 - Ao falarmos de sexto mandamento especialmente a jovens, eles questionam especialmente as diferentes situações registadas no Antigo Testamento, tais como: O que dizer de Jacó e suas duas esposas, mais as duas empregadas? O que dizer da afirmação de Deus a Davi: Dei-te a casa de teu senhor, e as mulheres de teu senhor em teus braços..” (2 Sm 12.8). E as muitas mulheres de Salomão?

34 - Jacó e suas mulheres. Lutero afirma na explicação de Gênesis que não devemos ler estas passagens com os olhos da carne, pensando: Quão feliz foi Jacó, que tinha quatro mulheres, que brigavam por ele. Aqui não se trata disto. Aqui estava em jogo a ordem de Deus de que formaria uma grande nação de Jacó e a fé de que desta nação nasceria o Salvador. Daí a ansiedade das duas esposas de Jacó por gerarem filhos. E, como diz Lutero, isto não deve ter sido fácil para Jacó, deitar-se com a empregada, a pedido da esposa, para gerar filhos. Nesta busca, no cumprimento da promessa, houve erros circunstanciais, não buscados por Jacó, mas para os quais ele foi, podemos dizer, empurrado, devido aos costumes dos povos no meio dos quais viveu. Deus o tolerou, como tolera, ainda hoje, muitos costumes pecaminosos, mas não os endossou.

35 - Quanto ao caso de Davi e Salomão, e a afirmação: “Deus lhe deu mulheres”, não anula do sexto mandamento. Deus não estava instituindo a poligamia. Ele está atestando um fato. Assim como profetizou a traição de Judas, mas Deus não era a causa da traição, assim atesta aqui um fato. Davi tomou mulheres. Deus aturou esta aberração do seu tempo, muito comum entre reis. E tudo isso não deixou de trazer a Davi e a Salomão muitos sofrimentos. Quantas fraquezas de nosso tempo Deus tolera na cristandade hoje?

36 - Aqui uma última palavra aos pais. Cumpre-nos, na educação de nossos filhos, ajudá-los para que possam fugir das paixões carnais. Como se faz isto? Eles precisam ser educados com bons costumes. Hora certa de levantar e dormir. Devoção familiar e/ou individual. Estimulá-los a estarem ocupados, boa leitura, estudo, boa música, esportes, bons amigos, a participarem da juventude na Comunidade, etc.

Conclusão

37 - O sexto Mandamento, mais do que os outros mandamentos, revela o quanto nosso ser foi corrompido pelo pecado. O quanto nosso coração se opõe à vontade de Deus, o quanto procura satisfazer seus desejos, com que poder a concupiscência dos olhos se manifesta. Como é difícil sufocar e crucificar a carne e cultivar bons pensamentos e bons desejos. A luta é diária e árdua. Esta profunda corrupção do coração humano, o sexto Mandamento mostra e expõe.

38 - O mandamento também mostra a impotência da pessoa sobre sua própria cobiça carnal. Por mais mosteiros e auto flagelos que homens e igrejas inventaram, ninguém conseguiu dominar a si mesmo. Ninguém consegue por suas próprias forças vencer o pecado. Por isso afirma o apóstolo Paulo: "Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros" (Romanos 7.14-23). O apóstolo Paulo termina exclamando: "Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado" (Romanos 7.24-25).

39 - Que Deus Espírito Santo nos conceda verdadeiro conhecimento desta nossa corrupção pecaminosa. Nos console com o evangelho, a mensagem do perdão de Cristo. Nos fortaleça a fé, e nos guie na luta contra toda a corrupção pecaminosa, dando-nos forças para a vida santificada. "Pois os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito" (Gl 5.24,25).

Horst Kuchenbecker

Fonte: Edificando a Família Crista, p.5-16

 

 

O MATRIMÔNIO

1 - Afirma-se no meio luterano que o matrimônio pertence ao reino da mão esquerda de Deus. Com isto não está se dizendo que o matrimônio seja algo simplesmente secular, mas que o matrimônio é para esta vida. Na eternidade não há matrimônio (Mt 23.30). Não negamos a natureza divina da instituição. Conforme a Bíblia, mantemos que o casamento pertence à ordem natural da criação e não à ordem da redenção através de Cristo. Por outro, é preciso lembrar que toda a autoridade secular, dada por Deus, flui através do matrimônio, da autoridade paterna.

2 - Deus instituiu o santo matrimônio no paraíso e manteve esta instituição após a queda em pecado. As principais passagens que tratam do assunto são: Gn 1.27; 2.24; Mt 19.3-9; 20.20 e Ef 5.22-33.

A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO

3 - O casamento é a primeira das instituições divinas. Deus criou o homem e a mulher distintamente diferentes, sexualmente diferentes. Isto se reflete sobre ambas as personalidades. Deus os uniu no matrimônio. Ao uni-los, criou algo novo e diferente. Eles não são mais dois, mas uma só carne. E Deus entendeu que estes dois devem ser fiéis um ao outro. O matrimônio é uma união vitalícia, para toda a vida entre um homem e uma mulher, aptos para tanto. “Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18). Não é bom no sentido de o homem não ter ninguém a quem servir, ninguém de quem possa aprender quem ele é, ninguém que possa chamá-lo para fora de si, pelo questionar seus planos e projetos. Pelo matrimônio, Deus nos coloca num relacionamento com alguém que é diferente de nós, mas que reflete sobre nós algo de nossa própria natureza. Duas pessoas repartem a natureza comum, diferentes quanto ao sexo, que são puxados para fora de si mesmo, um para o outro para que aprendam o que significa amar e servir.

FINALIDADE DO MATRIMÔNIO

4 - O matrimônio tem três finalidades: Companheirismo, procriação e curador.

A primeira finalidade: COMPANHEIRISMO. “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja sô:far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18). Eles são chamados para dentro da instituição do matrimônio para servirem um ao outro em fidelidade. Eles prometem ser fiéis um ao outro. Eles se comprometem para mútuos cuidados. O homem e a mulher criam, no matrimônio, um ao outro, uma série de expectativas e necessidades que os envolve e toca profundamente. Eles se fazem nus e vulneráveis, entregam-se com ímpeto e confiança um ao outro. Como poderia alguém dizer que a fidelidade conjugal é de pouca importância e não é o centro da vida matrimonial? Por isso quebrar o voto matrimonial não é simplesmente quebrar uma promessa, mas tem caráter de traição.

5 - O amor de um sexo para o outro é verdadeiramente ordem divina (Ap XIII.7), instituída por Deus. Como tal, um chamado ao amor fiel entre um homem e uma mulher. Pelo laço matrimonial, como já afirmamos, Deus nos chama para fora de nossa solidão para que amemos e sejamos amados.

6 - Segunda finalidade: GERAR FILHOS: “E Deus os abençoou, e lhes disse: Sede fecundos, multíplicai-vos, enchei a terra” (Gn 1.28). Esta palavra complementa a afirmação: “Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. Isto é, capaz em todos os aspectos e especialmente na procriação da raça humana. Deus sustenta a vida humana e abençoa o amor doador no matrimônio pelo dom dos filhos. Assim o matri­mônio se projeta para fora. Também este propósito do matrimônio requer fidelidade. Personificando a unidade do pai e da mãe, os filhos são o “sim” de Deus à sua criação e de sua preocupação paternal para conosco, sua criação. Sendo a criança a personi­ficação da união de um homem com sua mulher, pois ela brota deste união. As crianças serão, sem dúvida, severamente afetadas, em caso de infidelidade. Não precisamos de pesquisas sociológicas para afirmar isto, mesmo não tendo nada contra tais pesqui­sas.

7 - Aqui, se levanta uma pergunta crucial: Tal fidelidade é boa, é possível para nós, hoje? Vivemos no tempo, no qual experimentamos mudanças constantes. Tempo que se caracteriza pela velocidade e mutabilidade. Freqüentemente ouvimos as se­guintes afirmações de casais que se separaram: Casei cedo demais! Eu ainda era muito imaturo! etc. Aqui é preciso lembrar que não somos seres finitos cavalgados pelo tempo, mas temos, em certo grau, a capacidade de dirigir o tempo, de dar forma e coerência à nossa vida. Tudo isso por ordem e bênção de Deus. Por isso, a institucionalização da fidelidade matrimonial, após a queda em pecado, é oposta à inclinação natural, mas ela visa o aperfeiçoamento do amor. Por esta razão, fazer da temporalidade e mutabilidade a lei do nosso ser, nega o elemento essencial de nossa natureza, a capacidade de fidelidade no tempo. Dar a última palavra à temporalidade e às mudanças, e pensar no voto matrimonial somente como algo exposto ao tempo é contrário à ordem e promessa de Deus.

8 - Aqui precisamos analisar melhor as causas ou a causa que realmente perturba a fidelidade matrimonial. Esta causa é uma só, o pecado. Nossa concupiscência carnal, nosso egoísmo e nossa cobiça são os grandes destruidores da fidelidade matrimonial. Todos nós precisamos admitir que nossa natureza corrupta é incapaz de fidelidade por muito tempo. Jesus lembra este fato ao dizer que Moisés deu carta de divórcio “por causa da dureza do vosso coração” (Mateus 19.8). Quando endurecemos nosso coração à palavra de Deus, nossa concupiscência nos conduz ao desastre. Portanto, não existe um divórcio “numa boa”, no qual duas pessoas podem dizer: “Somos cristãos, mas resolvemos nos separar amigavelmente.” Um dos dois ou ambos, estão endurecendo seus corações à vontade de Deus. Pois, “o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19.6). Pode alguém, que endurece seu coração à Deus, permanecer templo do Espírito Santo? Alguns usam aqui uma desculpa muito sutil, dizendo: Todos têm o direito de buscar sua felicidade. Se não são felizes numa união, eles têm o direito de buscá-la em outra união. Isto é um argumento da psicologia freudiana, contrária à palavra de Deus. Como se o fato de as duas pessoas casadas, não alcançando a felicidade desejada, tivessem o direito de se separar “numa boa,” em busca de uma felicidade melhor. Que felicidade seria esta? Será que duas pessoas concordariam sobre o tema: O que significa felicidade para elas? Alguns, ao se separarem alegam incompatibilidade de gênios. O que é isto? Sem dúvida, não é outra coisa do que o “endurecimento do coração”, egoísmo. “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6.9-10). Quando endurecemos nosso coração à palavra de Deus, então nossa concupiscência nos conduz ao desastre.

9 - A terceira finalidade do matrimônio: REFREAR O PECADO. “Por causa da impu­reza, cada um tenha a sua própria esposa e cada uma o seu próprio marido” (1 Co 7.2). Esta é uma finalidade que nossos pais debateram muito. A finalidade do matrimô­nio de refrear o pecado, a finalidade curadora. Hoje acentua-se muito de que o impulso sexual, em si, não é algo mau. É verdade. Nossas Confissões distinguem corretamente entre o “amor natural” de um ao outro sexo, e a concupiscência” (Ap XXIII.7). Não queremos ignorar que o apetite sexual desordenado do ser humano é pecaminoso e, se não refreado, traz vulnerabilidade e o caos ao relacionamento íntimo. Isto especial­mente em nossos dias, com todos os estímulos e provocações sexuais errados, cheios de concupiscência. Devemos lembrar que a união matrimonial é um dom curador, para refrear e curar os impulsos pecaminosos, em vista a fidelidade. Mesmo assim existe no matrimônio a necessidade de disciplina, de refrear e conter-se. As razões para tanto são várias: fraquezas, doenças físicas, vida profissional que requer muitas vezes a ausência de um dos cônjuges.

10 - Assim a instituição do matrimônio serve para um fim tríplice: COMUNHÃO, PROCRIAÇÃO E CURADOR. Nisto importa voltarmos sempre à palavra de Deus e lembrar a instituição do matrimônio, a fidelidade ordenada por Deus e a cruz a ser carregada, como forma curadora. Se seguirmos isto, veremos que Deus usa o matrimônio para efetuar bons propósitos. Ele encoraja homens e mulheres a servirem um ao outro numa união de amor, para sustentarem a vida humana pelo dom de gerar filhos e para restrin­girem e curarem seus impulsos sexuais anárquicos. Cada um destes propósitos requer para sua realização fidelidade matrimonial.

O CHAMADO AO AMOR MATRIMONIAL

11 - Como cristãos vemos o matrimônio, à luz da Escritura, como uma ventura em resposta ao chamado de Deus. Nisto queremos ser exemplo ao mundo. Por isso Lutem escreveu em seu Catecismo Maior: “Porque onde se quer manter castidade conjugal, importa acima de tudo que homem e mulher vivam em amor e concórdia, para que um queira ao outro de coração e com fidelidade integral. Esse é um dos elementos principais que engendram amor e vontade para a vida casta” (CM 1,2 19). Tomar sobre si audaciosamente a ventura do matrimônio e pedir a Deus para fazer de nós exemplos dos que guardam o voto matrimonial e o respeitam como atrativo desejável, é uma grande graça que podemos oferecer à nossa sociedade. Deus tem nos feito seu povo para que, por sua graça, possamos ser fiéis através dos tempos e responder a Deus, procurando imitar a fidelidade que Deus nos mostrou em seu filho Jesus.

12 - Esta compreensão do matrimônio como uma ventura heróica é uma herança que os pais da Reforma nos deixaram, que consideravam este chamado um chamado especial para amarem na sociedade.

13 - Pergunta-se muitas vezes, até nas cerimônias de casamento: Qual a probalidade de o casal ser feliz? Esta pergunta não é feita de forma tão seca, mas ela aparece muitas vezes em tom afirmativo, como: “Eles têm tudo para darem certo!” Ou: “Eles vão conseguir! Eles se amam muito e são trabalhadores!” Nestas afirmações, o “dar certo” está colocado em bases humanas. Os mais ingênuos respondem: “A gente vai tentar!” Eles procuram dar ao seu amor um futuro e falham no compromisso com a fidelidade. Isto é, em honrar a Deus que lhes permitiu um compromisso mútuo que deve nortear o futuro em tempos bons maus, nos momentos virtuosos e também nas fraqueza.

14 - O casamento é uma verdadeira ventura, pois o contrato não é feito somente diante do mundo, que muda constantemente, no qual os acertos são temporários, mas o contrato é feito diante da face de Deus, que quer sustentar a pretensão de nosso contrato. Se somos assim corajosos para empreender tal ventura, servindo ao nosso consorte num laço de amor fiel, fazendo da castidade um atrativo desejável, precisamos de mais conhecimento de Deus, do que conhecê-lo simplesmente como nosso Criador. Precisamos conhecer que nossa promessa de fidelidade matrimonial é feita na força da promessa de Cristo à sua igreja (Ef 5.28ss). Lutero sublinha este fato no matrimônio, mostrando que na luz e força do amor íntimo de Cristo para com sua igreja, os cristãos vivem seu matrimônio numa vida cheia de amor, no poder do amor de Cristo.

15 - Mas o que é realmente este amor? Sabemos que o amor erótico, com toda sua paixão, é notoriamente instável e vulnerável. A instituição do matrimônio foi ordenado por Deus para capacitar nosso amor a ser fiel. Em nossas fraquezas, no entanto, somos muitas vezes negligentes na escola de tal virtude.

16 - Unir duas pessoas é obra de Deus, como o ouvimos de Jesus. A palavra e a ação de Deus unem um homem e uma mulher para serem um (Mt 19.5,6). Cristãos relembram isso ao buscarem a bênção para seu matrimônio no altar de Deus.

17 - Jesus usa uma palavra interessante para definir o matrimônio: “O que Deus ajuntou” (Mt 19.6). A palavra grega “jameoo”, unir, é por a canga. Esta é a figura que Jesus usa, a canga que une a ajunta de bois. Uma figura muito popular também entre nós, em relação ao matrimônio. “Por a canga!” O matrimônio é estritamente isto. O próprio Deus une duas pessoas assim. Nós pastores precisamos cuidar para, por nosso linguajar, não acentuar o antropocentrismo, sepultando a ação de Deus no matrimônio, ao dizer por exemplo: “Eu vou realizar o vosso casamento.” Não! Quem realiza o matrimônio é Deus, não nós. Ele une, não nós.

18 - Aqui se levantam novamente interrogações. Vai dar certo? Será que somos um par perfeito? Será que nosso amor vai durar? É preciso lembrar o seguinte: Aquele que nos une no matrimônio é também aquele que nos ajusta um ao outro, a saber Jesus. Sabemos que está nas pessoas - quer mais ou menos consciente, e até inconsciente - buscarem um complemento oposto, com dons e caráter diferente. Por exemplo: Se o rapaz é rápido e decidido, é certo que escolherá uma moça mais vagarosa. Se um fala muito o outro fala pouco. Se um é seco e direto, o outro será mais dócil e diplomático. Importa agora encontrar o equilíbrio entre os diversos e diferentes dons e temperamentos. E Deus ajusta o casal para que puxem parelho. Eles são tão parelhos, porque estão unidos individualmente a Jesus e vão ao altar de Deus, para serem unidos por Deus. Cada um foi ensinado por Jesus, de que “o seu jugo é leve. “É o jugo do evangelho. É o perdão que confere vida e salvação (Mt 11.29-30; Mt 23).

19 - Então, porque os dois cristãos, que estão diante do altar, encaixam um no outro? Eles encaixam, porque no dia do casamento, no lugar sagrado, eles foram encaixado por Cristo.

20 - Isto não significa que não terão problemas como todos os demais. Eles terão problemas, mas lutarão na força do perdão de Cristo. Suas vidas estão enraizadas em Cristo. A paz de Cristo será o ârbitro em seus corações (Cl 3.15).

Fonte: “Edificando a Família Crista” p. 27-31.

O VOTO MATRIMONIAL

INTRODUÇÃO

1 - Que cuidados a comunidade cristã dispensa a seus jovens que se preparam para o matrimônio e solicitam a bênção matrimonial?

2 - Infelizmente, já se faz sentir cada vez mais também em nosso meio a tendência de jovens se ajuntarem simplesmente, sem formalizar sua união no civil nem na igreja. Eles dizem: “O amor é algo do nosso coração e ninguém tem nada a ver com isto. Ficaremos juntos enquanto nos amarmos.” Com isto estes jovens mostram sua total falta de conhecimento do que é a união matrimonial.

3 - Graças a Deus, ainda há jovens que casam no civil e buscam a bênção de Deus na sua igreja. Mas, mesmo nestes casos precisamos perguntar: Será que estes jovens que buscam a bênção de Deus na igreja, realmente compreendem o que é a cerimônia religiosa? Certo pastor queixou-se, dizendo: “Noventa porcento de meus jovens ainda buscam a bênção matrimonial, mas é a última vez que os vejo. Se eles tivessem compreendido a importância da palavra de Deus para o matrimônio, eu deveria ter uma igreja cheia.” Assim, a cerimônia religiosa está se tornando a última oportunidade que o pastor tem, para conversar com eles sobre Deus.

4 - Isto nos leva a uma outra pergunta: Será que todos os que fazem o voto de fidelidade com tanta emoção, sabem o que estão prometendo diante do altar de Deus? A isto junta-se o fato, cada vez mais crescente, de solicitações para que a cerimônia religiosa seja realizada no local da festa, em clubes, fazendas, etc. E mesmo as cerimônias realizadas na igreja estão esvaziadas do seu espírito devocional e cúltico, devido a todo o aparato de enfeites, músicas, filmagens, fotos, mestre cerimônia, etc. Tudo isto transformou a cerimônia religiosa num momento de festa show emocional, no qual é difícil manter o espírito de oração. Precisamos lutar para recuperar o espírito de culto na cerimônia do casamento. E mais do que isto, é preciso lutar pela verdadeira compreensão da cerimônia religiosa e com isto do próprio matrimônio. Isto requer um cuidadoso preparo pré matrimonial.

5 - Neste preparo, precisamos ir à fonte da palavra de Deus. Muitas congregações estão montando cursos para noivos recheados de aspectos médicos, psicológicos, sociais, etc, nos quais a palavra do pastor fica reduzido a um pequeno devocional ou simplesmente a uma oração. Precisamos lembrar que não é o mundo que vai orientar a igreja, mas a igreja deve orientar o mundo, pela proclamação da palavra de Deus, de que também neste aspecto, Cristo é nossa sabedoria (1 Co 1.30).

6 - Vejamos, portanto, o que cremos e confessamos na cerimônia religiosa do casamento. Queremos destacar especialmente o significado e a importância do voto matrimonial.

I - A INSTITUIÇÃO DO MATRIMÔNIO

7 - Deus instituiu o matrimônio no paraíso. Após a queda do homem em pecado, Deus reafirmou a ordem do matrimônio e abençoou o casal.

8 - A vida é um dom de Deus. A pessoa pode, na verdade, vivê-la também sem fé na graça de Deus; pode também viver no matrimônio sem Deus. Um incrédulo não é menos casado do que um cristão. Mas viver a vida realmente, só é possível pela fé na graça de Cristo. Assim também o matrimônio, ele precisa ser vivido pela fé em Cristo, da qual brota o verdadeiro amor de um para com o outro. Os não cristãos vivem o matrimônio na estrutura civil. E muitos, no amor natural, mesmo que impulsionados pelo egoísmo, no zelo pela honra civil, conduzem seu matrimônio de forma honrosa e duradoura, sendo os pais cumpridores de seus deveres conjugais e de suas responsabilidades como pais. Mesmo assim, precisamos enfatizar para nossos jovens a importância da fé cristã no matrimônio. Se devo viver o matrimônio em fé e amor, então o foco central deste viver é a doutrina da justificação do pecador pela graça de Cristo. Vejamos, por isso, o significado da cerimônia religiosa de casamento conforme nossa liturgia.

II - O MATRIMÔNIO CONFORME A PALAVRA DE DEUS.

9 - O que acontece na igreja cristã, não acontece em nenhum outro lugar. Este é um lugar santo, onde acontecem coisas santas, para os santos. Assim, quando noivos pedem a bênção matrimonial, a cerimônia religiosa para seu casamento, pressupõem-­se que eles querem realmente ouvir o que Deus tem a dizer e segui-lo. Cabe ao pastor expor-lhes a palavra referente ao matrimônio e enfatizar também a importância da união confessional do casal. Esta ênfase mantém a identidade e integridade da igreja cristã luterana e expressa claramente o que a igreja crê em relação ao matrimônio. Isto implica também em muitas outras perguntas para o casal.

III - O VOTO MATRIMONIAL DE FIDELIDADE

10 - O ponto alto na cerimônia matrimonial é o voto de fidelidade conjugal que os noivos prestam diante do altar, diante da face de Deus. Vamos analisar este voto de fidelidade.

11 - Com pequenas variantes, normalmente é usado o seguinte voto:

“Muito amados, querendo unir-vos no santo estado matrimonial perante o altar, compete-vos declará-lo na presença de Deus e destas testemunhas. Assim pergunto:

João, recebes Maria, por tua legítima esposa para com ela viver, segundo o mandamento de Deus, no santo estado matrimonial e prometes amar, consolar, honrar e amparar a mesma em dias maus e bons (na riqueza e na pobreza), enquanto ambos viverdes? Se é responde: Sim!

Maria, recebes a João por teu legítimo esposo para com ele viver, segundo o mandamento de Deus, no santo estado matrimonial e prometes amar, consolar, honrar e amparar o mesmo em dias maus e bons, (na riqueza e na pobreza), e ser-lhe submissa, enquanto ambos viverdes? Se é responde: Sim!

Uni, pois, vossa mão direita. - Portanto, o que Deus ajuntou, não o separa o homem. Visto que João e Maria consentiram no santo matrimônio e assim o declararam na presença de Deus e destas testemunhas, eu vos abençôo (ou: declaro casados), em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

1.1 - “Na presença de Deus e destas testemunhas.”

12 - Com esta frase indicamos que o matrimônio é um ato público e como tal prestigiado pela igreja. É um ato público na presença de Deus. Isto significa que os noivos olham para Deus, se comprometem diante de Deus e querem centralizar sua vida matrimonial em Deus. Se este não for o caso, a cerimônia religiosa não faz sentido. Por esta razão nossos pais no passado, realizavam as cerimônias de casamento nos cultos públicos. E, mesmo não concordando com a definição de ser a cerimônia um sacramento, cabe-nos acentuar que a cerimônia religiosa de casamento é culto e os noivos, com seus pais, padrinhos e convidados estão na presença de Deus, buscando a bênção de Deus e prometendo a Deus de que sua palavra será o verdadeiro fundamento do seu lar. A cerimônia de casamento está centralizada no mistério da fé.

1.2 - “Recebes por tua legítima esposa

13 - Aqui cumpre enfocar dois aspectos: legítima esposa e a natureza íntima do matrimônio.

14 - a) Esponsais legítimos - Em nosso Catecismo Menor temos, na exposição de Schwahn, a seguinte definição de matrimônio: “O matrimônio é a união vitalícia instituída por Deus e contraída, mediante esponsais legítimos, entre um homem e uma mulher para uma só carne.” (Cat. Menor, perg. 56).

15 - O que significa a expressão “esponsais legítimos”? Em primeiro lugar, os dois devem ser idôneos para o casamento. Isto é, devem ter idade para tanto e saúde mental, não devem ser dementes, nem fisicamente incapazes do ato sexual. Em segundo lugar, deve ser entre um homem e uma mulher, não entre dois homens ou duas mulheres, o que é aberração, contra a natureza e proibido por Deus (Rm 1.12-17). Os argumentos de que cada um tem a livre opção para escolher sua forma de relacionamento, são nulos, pois contradizem a vontade e ordem de Deus. Diante disto, alguns afirmam: “Mas eles se amam!” Não! O verdadeiro amor molda-se pela vontade de Deus. Em terceiro lugar, a palavra “legítimos” se refere ao direito de casarem. Se estão realmente livres para assumirem este compromisso e não estejam já comprometidos com alguém. Hoje há algumas situações difíceis quando pensamos, por exemplo, no casamento de divorciados. Eles realmente têm direito a um novo casamento ou incorrem na condenação de Jesus? “Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher; não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério”(Mateus 19.8-9). Se erraram no matrimônio, eles deverão se arrepender, confessar seus erros, suplicar perdão à pessoa ou pessoas envolvidos, e buscar a reconciliação. Se o caminho para uma reconciliação estiver impedido, eles têm oportunidade para formarem um novo lar. Cada um deles terá que fazer a si, seriamente, a pergunta: Quero realmente iniciar uma nova vida ou somente uma nova união? São perguntas que devem ser analisadas com a devida seriedade no decorrer de um tempo devido. Não pode haver, aqui, precipitação. Confira o capítulo especial sobre o divórcio.

16 - b) Em segundo lugar - “Os dois se tornam uma só carne” (1 Co 7). A satisfação e alegria nas relações sexuais fazem parte da criação de Deus e é compreendida exclusivamente no matrimônio e firmada nele. Por vezes pode haver ceifa dificuldade inicial para o jovem casal entregar-se a esta união um ao outro. Uma vez, porque desde a infância ouviram um não ao sexo e pouco ouviram sobre o direito e a felicidade desta união, o que pode gerar um falso pudor. Ambos precisam compreender sua nova relação e lembrar o que o apóstolo Paulo diz da parte de Deus. “O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o mando; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência” (1 Coríntios 73-5). O matrimônio e o relacionamento íntimo nesta união é um dom sublime que Deus concedeu. Por isso alguns denomina o matrimônio a ante sala do céu.

17 - Por outro, precisamos alertar contra aberrações e o mau uso do sexo, tão propagado por revistas e vídeos, como sexo anal, oral, etc. O apóstolo Paulo escreveu aos romanos, condenando tais aberrações (Rm 1.22-27).

18 - Precisamos lembrar, também, que no matrimônio há momentos de abstenções, quer devido à canseira pela carga de trabalho, mal estar e/ou doenças. Nestes momentos, o amor encontra forças e compreensão, buscando cada qual o bem estar do seu cônjuge. “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo” (Efésios 5.29-

19 - e) “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando se os dois uma só carne” (Genesis 2.24). - Aqui é preciso dizer uma palavra sobre o novo relacionamento com os pais. O relacionamento nesta nova vocação cristã necessita de compreensão, tanto por parte do jovem casal como por parte de pais em relação a seus filhos. A palavra “deixar” parece forte, mas quem não conhece os muitos problemas provenientes de um relacionamento errado neste respeito. Por isso, não faltam piadas sobre sogro e sogra, genro e nora. A interferência de pais na vida do jovem casal é a segunda causas de separações.

20 - Vejamos, de forma breve, algumas recomendações. Um casal jovem formou um novo lar. Eles têm a responsabilidade de dirigi-lo. Os pais querem ajudar e amparar o jovem casal. Podem dar conselhos e sugestões, mas as decisões sobre o que e como fazer é do jovem casal. Os pais precisam compreender isto e não devem impor ao jovem casal sua maneira de ser ou de viver. Por vezes a jovem esposa ou o jovem esposo precisará dizer a seus pais: Com todo o respeito, agradeço pela sugestão, mas o meu esposo ou minha esposa quer isto diferente. Nos primeiros meses, os pais querem ser muito prestativos e sem querer, podem atrapaiham. Então sofrem com o impacto, quando notam que seus filhos seguem caminhos diferentes. Vejamos isto no seguinte exemplo:

21- Outro exemplo: Um jovem casal residia perto da casa dos pais da esposa. Numa tarde de verão desabou uma grande tormenta. A mãe sabendo o quanto sua filha tinha medo de trovões, colocou seu capote de chuva e foi, sob forte aguaceiro, até à casa da filha. Bateu na porta. O genro atendeu, abriu a janelinha da porta e vendo a sogra disse: Querida sogra! o que você está fazendo aqui em toda essa chuva! Vá pra casa! Constrangida e um tanto desiludida, a sogra foi para casa.

22 - O verbo “deixar” não significa abandonar, nem de um nem de outro lado, mas enfatiza a nova relação e a nova responsabilidade que precisa ser respeitada.

23 - d) “Em ditas bons e maus, na riqueza e na pobreza, na saúde e ou na doença” — Aqui temos o escopo da fidelidade conjugal requerida no matrimônio. Jesus convida o homem e a mulher a, em confiança mútua, fazerem uma promessa incondicional, sem restrições, um ao outro. Mesmo não sabendo o que está pela frente, eles prometem ser fiéis um ao outro, em tempos bons e maus, na riqueza e na pobreza, na alegria e na dor. Isto mostra que a base da fidelidade não está em dons ou coisas materiais, mas sim, na entrega em confiança de um ao outro. Assim como a comunhão com o nosso Deus, não é satisfeita pela simples obediência a algumas leis, mas é uma comunhão de amor ilimitado, também a união matrimonial é amor ilimitado. Loucura? Não! Foi assim que Jesus nos amou e ama. Um homem e uma mulher entregam-se um ao outro, não simplesmente na busca de alegrias e prazeres passageiros, de realizações ambiciosas, mas totalmente em confiança e fidelidade. Nesta união encontram alegria, paz e satisfação.

24 - Sim, que mistério é este de que no casamento um jovem e uma jovem se entregam um ao outro, em fidelidade até que a morte os separe? Convém lembrar que antigamente, os pais escolhiam e casavam seus filhos, como no caso de Isaque (Gn 24). E a Bíblia afirma: “Ele a amou” (Gn 24.67). Muito se acentua hoje aos jovens que, para um casamento feliz os jovens precisam conhecer bem um ao outro e vão até ao extremo de conviverem sexualmente antes do casamento, para ver se combinam. Mas a base para um casamento feliz não está em se conhecerem. Ninguém pode conhecer o outro o suficiente para garantir felicidade futura. Ao longo da vida, diante dos diversos desafios, a pessoa reage e revela sua personalidade. E, o coração, que é templo do Espírito Santo, é moldado pelo Espírito Santo dia após dia.

25 - Alguém afirmou certa vez: Vocês pastores falam muito da importância da fé cristã para um matrimônio feliz, mas conheço várias famílias cristãs que vivem uma situação familiar muito difícil, inclusive famílias pastorais; enquanto outras famílias não cristãs, vivem um matrimônio feliz e fiel. O que dizer disto? E verdade. Há matrimônios mais serenos e outros mais difíceis, também entre cristãos. Mas onde há fé, onde o Espírito Santo está no coração, ali ele sempre ajustará o casal, mesmo em meio a muitas lutas.

26 - O apóstolo Paulo compara o relacionamento matrimonial ao relacionamento da igreja com Jesus. Lemos: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santficasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito ... Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo. Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Efésios 5.22-32). Em resumo, é um relacionamento baseado em fé. Assim como estamos relacionados com Cristo pela fé e esta é a base de nossa fidelidade; assim também no matrimônio. Por isso precisamos acentuar e enfatizar de que o empenhar-se de um pelo outro, em amor e cuidado, em dias bons e maus, só é possível, ali onde o casal estiver intimamente relacionado com o seu Senhor Jesus.

27 - Por que este relacionamento com Cristo é tão importante no matrimônio? Porque não vivemos no paraíso, mas na terra mergulhados no pecado. Mesmo como cristãos renascidos, temos ainda nossa natureza carnal e egoísta que traz ao matrimônio muitos dissabores e problemas. Cumpre-nos lutar diariamente. Por isso não podemos acentuar o bastante o que o apóstolo recomenda: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos. Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Colossenses 3.15-1 7). Confere também Gl 5.16-26. Como cristãos, não buscamos somente a satisfação dos desejos da carne e felicidade terrena, mas olhamos para a vontade de Deus, e a salvação eterna de nossa família. À luz da palavra de Deus compreendemos melhor nossas responsabilidades e o que significa amar e suportar as fraquezas dos irmãos. De que aqui estamos sob a cruz, pela qual Deus trabalha e nos educa, pelas quais nos purifica, nos mantém na fé e nos faz maturar para o seu reino.

28 - Há matrimônios nos quais os cônjuges vivem mais harmoniosamente e há também aqueles nos quais o relacionamento, mesmo entre cristãos, é mais impetuoso. Visto que na escolha de nosso companheiro ou nossa companheira nossos olhos sempre caem em alguém que tem outros dons para nos completar, precisamos aprender, ao longo da vida e nas diversas fases da vida, a harmonizar e a somar as diferenças. Isto Deus fez assim. Por isso, quem for ágil no tomar decisões, escolherá alguém mais cauteloso no tomar decisões. Quando ele decide, a esposa dirá: “Calma, nem analisamos a situação.” E assim, buscando o equilíbrio evitarão erros e se complementam. Para que o casal cristão possa cumprir sua missão e mostrar ao mundo como viver feliz e harmoniosamente nas diferenças de caráter. Mesmo lutando com suas próprias fraquezas, eles buscam constantemente o consolo e a ajuda de Deus. Esta ajuda eles a têm no culto Divino, em palavra e sacramento. Por estes meios, Deus sustenta a fidelidade matrimonial. O ponto central na palavra de Deus é o perdão dos pecados, como fundamento também para o matrimônio. O perdão renova e impulsiona sempre de novo ao amor, para perdoarem e se suportarem um ao outro, buscando cada qual o bem estar do seu cônjuge em amor. E portanto a graça de Cristo e não nossas forças e habilidades, dons e bens que tomam o matrimônio seguro e feliz.

29 - A cruz no matrimônio. Uma das expressões que mais ouvimos após a cerimônia de casamento e a festa é: “Sejam muito felizes.” Mas não faltarão momentos de preocupações, de ansiedade, de tristeza e de dor. Por vezes a cruz pode ser bem pesada: doenças, desastres, crises econômicas de subsistência, infortúnios, guerras, que deixam profundas marcas como: pobreza, deficiências físicas, até um dos cônjuges, aleijados ou prostrados de cama pelo resto da vida. Por isso consta em nossa liturgia de casamento o seguinte parágrafo: “Embora Deus haja imposto a esta estado multiforme cruz por causa do pecado, o Pai de toda a graça não abandona seus filhos num estado tão sagrado e agradável a ele, antes está presente com a riqueza de suas bênçãos.” Sim, se Deus permite a cruz, ele concede forças para a carregar. E temos inúmeros exemplos de fidelidade matrimonial em meio à pobreza e sofrimentos.

30 - e) “Prometo o meu amor ...” - Aqui precisamos focalizar a palavrinha “amor.” O que a sociedade entende por amor? O que na maioria dos casos as pessoas entendem por amor no casamento é a palavra grega “eros”. É o amor baseado nas afeições emocionais e no desejo sexual. O compromisso de entrega total na luta pela felicidade do cônjuge é, para a grande maioria, secundário. E por causa desta noção errônea do amor no casamento, que as pessoas podem “cair em amor” num dia e no outro dia ou pouco depois deixar de amar. Ou seja, o amor somente por um tempo. Esta é uma das razões da alta taxa de divórcios. É um amor egoísta na procura da satisfação de seus desejos e sentimentos. Enquanto a outra pessoa satisfaz seus desejos, tudo bem, e no primeiro momento de contrariedades, chocam se no seu egoísmo e se repelem qual bolinhas na mesa de bilhar. As novelas na televisão espelham só este lado do amor egoísta no matrimônio. E afirmam: Se você não é feliz com a pessoa com a qual você casou, procure a felicidade com outra pessoa. Pois, sobre tudo, você tem direito de ser feliz e procurar sua felicidade a qualquer preço. Como se o amor e a felicidade matrimonial só consistissem no relacionamento sentimental. Aqui é preciso mostrar aos noivos e casais jovens a verdadeira natureza bíblica do amor matrimonial. O verdadeiro amor matrimonial não exclui o amor emocional, mas o coloca sobre uma base verdadeira, mostrando que o verdadeiro amor é algo mais do que simples prazer. A base e a essência do amor matrimonial consiste em cada um doar-se ao próximo e não só buscar, de forma egoísta, seus próprios interesses e prazeres. O amor matrimonial e por isso caracterizado por entrega, companheirismo, amparo e cuidados mútuos nos quais cada um vela pelo bem estar do outro. Eles prometem fidelidade um ao outro e de que não se entregarão a nenhuma outra pessoa. Pela união do casal, fecha-se o caminho para o corpo de outra pessoa. Cada um promete fidelidade conjugal. Lutem coloca isto muito bem ao afirmar: “O amor sexual no matrimônio não é determinado, simplesmente, pelo desejo egoísta por prazer, mas pelo desejo de servir ao outro com o seu próprio corpo.”

31 - O pastor sueco Bo Giertz conta em seu livro “Viver com a Igreja” o seguinte episódio: “A esposa de um ferreiro cristão era muito mandona. Sua maneira de comandar e dar ordens colocava a paz do lar a duras provas. Mas quando o clima esquentava, o ferreiro dizia: Querida, você sabe que não vou brigar contigo, pois prometi diante do altar amar-te em dias bons e maus, na tristeza e na alegria. Com isto desarmava a tempestade”.

32 - f) A ordem no matrimônio - Aqui precisamos destacar ainda a ordem que Deus estabeleceu no matrimônio desde a criação. Isto precisa ser reafirmado, especialmente, em nosso dias do humanismo secular. É preciso lembrar que há distinção entre homem e mulher. Conforme a instituição divina, “o marido é cabeça da mulher, como Cristo é cabeça da igreja.” Isto para o benefício de ambos. O marido deve amar sua esposa, como Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. Isto é, amar em tempo de paz ou de guerra. Ele não receia nenhum sacrifício por sua esposa e família. E a mulher se sujeita a servir voluntária e alegremente ao marido, como a igreja se sujeita voluntária e alegremente ao Senhor. A liderança do marido é um doar-se em serviço e não um senhorio tirânico. A submissão da mulher não é ser um capacho do marido, mas reconhecer que o marido lhe serve em amor e liderança. Não podemos esquecer de que em todo este servir somos ainda mui imperfeitos e pecadores. Por vezes o marido é autoritário e a mulher procura impor-se com artimanhas e lamúria. Nestes casos precisam admoestar-se mutuamente. O perdão de Cristo é a linha mestra que reúne e orienta o casal sempre de novo. O matrimônio cristão está ancorado no amor de Cristo. O casal vive do perdão, perdoando-se mutuamente e crescendo no amor de um para com o outro, no cumprimento de suas responsabilidades, zelando e edificando-se mutuamente na fé cristã.

33 - h) “Eu lhe garanto minha fidelidade até a morte.” - O voto termina com as palavras: “Garanto-lhe minha fidelidade.” Esta fidelidade é firmada na medida em que ambos são fiéis a Cristo. Jesus os tomou seus no batismo e continua a educá-los na fé pelos meios da graça, administrados pela comunidade. O casal foi separado do mundo pelo Senhor Jesus que os redimiu e os fez membros do seu como e do seu reino, a igreja. Esta é a base do matrimônio. Só quando alguém endurece o seu coração contra a palavra de Deus surgirão problemas insolúveis (Mt 19.8). Quando alguém enderece seu coração continuamente a Deus, é sinal de que caiu da fé. Os filhos de Deus dão ouvidos a seu Pai celestial. Eles se revestem dia após dia do amor de Cristo (Cl 3.12). E Cristo lhes dará forças para amar, especialmente também quando terão que suportar a cruz, na peregrinação ao lar celestial.

CONCLUSÃO

É importante relembrar este compromisso, especialmente no dia do aniversário de casamento. Lembrá-lo e renová-lo diante de Deus e de um para com o outro, suplicando a Jesus forças para amar e resistir as tentações nas diferentes fases da idade.

Fonte: Edificando a Família Cristã, p.37-45

 

 

O PODER DE UMA PROMESSA

Por: John e Elizabeth Sherril

Querida Neta,

Você tem estado em minha mente desde que este navio deixou o porto de New York, e eu sei por quê. Você está exatamente na idade que eu tinha (dois meses para o seu vigésimo aniversário) quando o Vovô João e eu nos casamos, há 50 anos atrás. Mas, é o que aconteceu à bordo nesta manhã que me trouxe ao camarote para lhe escrever.

Cada noite, Kerlin, o horário dos eventos do próximo dia é colocado debaixo da nossa porta. Palestras, concerto, aulas de dança, jogos – muitas escolhas para cada hora do dia. Bem cedinho, após  nosso chá, trazido ao camarote por um tripulante vestido de branco, vovô e eu damos uma olhada nas atividades. Hoje, uma nova atraiu nossa atenção:

11 horas

Renovação de votos conjugais

Rev. Robert Willing, no Iate Clube.

Parecia o ideal para a celebração de Bodas de Ouro. Então, um pouquinho antes das 11 horas, nos dirigimos para o local. Sete casais, todos nós já passados da meia-idade, nos sentamos no Iate Clube, enquanto um homem alto, de barba, com uma careca brilhante, esboçava a reunião. Haveria uma leitura bíblica – a passagem sobre o amor em Primeiro Coríntios.

Depois os casais deveriam se entreolhar para dizer o SIM às promessas tradicionais. “Mas, primeiro”, o ministro disse: “eu  quero que nós pensemos um pouco na situação do casamento hoje. “Ao final do século XX”, ele continuou, “o conceito de matrimônio, como um laço, um compromisso entre duas pessoas para a vida toda, está posto em dúvida”.

É claro, Kerlin, que o meu pensamento foi direto na conversa que você e eu tivemos no Natal. Eu estava lhe contando que nós escolhemos o navio Rainha Elizabeth II para esta viagem porque foi em um outro navio, o Rainha Elizabeth, em rota para a Europa, em 1947, que vovô e eu nos conhecemos. “Nós nos apaixonamos e nos casamos na Suíça, quatro meses depois”, eu lhe falei.

E você disse: “Eu poderei me apaixonar algum dia, vovó, mas eu nunca me casarei” .Eu entendi sua reação, Kerlin, por causa dos relacionamentos tão passageiros de hoje.

Eu me lembro que você contou que, quando você era estudante, todos os seus colegas tinham duas festas de Natal – uma com a mãe e outra com o pai. Votos de casamento como os que nós repetimos hoje, promessa de permanecer juntos “até que a morte nos separe”, devem parecer ingênuos ou insinceros. Relacionamentos temporários, abertos, flexíveis parecem mais seguros e honestos.

O Rev. Robert Willing desafiou os velhos casais a levarem uma mensagem aos jovens de hoje. Será que podemos, me perguntei? Pode a nossa experiência significar alguma coisa hoje em dia? Tanta coisa mudou! Em 1947 se viajava de navio porque essa era a maneira de se chegar à Europa. Você se casava porque esse era o jeito que as pessoas que se amavam podiam viver juntas. Hoje, viajar de navio é uma opção (tradicional e romântica), mas você pode chegar onde quiser mais rápido e mais barato de avião.

Você pode conseguir tudo o que o casamento oferece mais rápido e mais barato também. Por que então se casar? O que faz o casamento diferente do que apenas conviver com alguém que é importante para nós? Muitos casamentos que presenciamos recentemente são de casais que já vivem juntos por alguns anos. Quando eles decidem se casar, alguma coisa muda? Eu creio que sim, e o que muda é justamente o conteúdo da promessa.

Promessas assustam. Para cumpri-las, perdemos um pouco da nossa liberdade; para quebrá-las, perdemos um pouco da nossa integridade. Embora tenhamos que fazê-las hoje, promessas se referem ao amanhã, e a única coisa que nós sabemos sobre o amanhã é que nós certamente não sabemos nada! Lembra-se que eu falei que estávamos felizes porque iríamos sair de Nova Iorque à noite para vermos as luzes desaparecendo ao longe? Bem, quando nós partimos, a neblina estava tão densa que não podíamos ver nem a proa do navio. Nós não podíamos ver à frente nada mais do que os parceiros de um casamento podem ver. Como manter promessas, quando tudo o que se pode esperar é o inesperado?

No navio Rainha Elizabeth II há coisas que nós nem podíamos imaginar a bordo do antigo Rainha Elizabeth. TV em nosso camarote; telefones celulares; o jornal New York Times chegando por fax cada manhã; aulas de computação para terceira idade, onde você pode ouvir frases assim – “Meus netos dizem que é fácil!” Mudança é a regra da vida; não permanência.

E não somente o mundo exterior que muda de forma imprevisível; você também. Cada nova experiência (novas responsabilidades, novos contatos) muda sua perspectiva.

Há algo que torna a promessa entre duas pessoas mais arriscada ainda: Seu parceiro está sempre mudando também. Há muitos anos atrás, escrevi para minha avó – “Hoje no navio eu encontrei um jovem do Exército que está indo para a Universidade de Genebra, como eu também!” Este jovem, naturalmente, era o vovô João, e através dos anos tenho continuado a encontrá-lo. Idades diferentes, estágios diferentes – ele é sempre alguém novo. Hoje posso escrever à minha neta exatamente o que escrevi à minha avó – “Hoje no navio eu encontrei um homem!” Estou sempre encontrando com João, e ainda me surpreendendo com ele.

E, é claro, nem todas as surpresas no casamento são bem-vindas. Seu avô já escreveu sobre as dificuldades que enfrentou com o alcoolismo, de modo que você já sabe quão difícil aqueles tempos foram para nós. E estou certa de que ele nunca esperava ser enfermeiro, dono-de-casa, pai e mãe ao mesmo tempo, enquanto eu estive com depressão clínica. Através desses traumas, tremendo crescimento nos alcançou. E a razão disso está no poder de uma promessa.

Na cerimônia desta manhã, o ministro comparou problemas no casamento com tempestades no mar, nossos votos com um navio que nos carrega, através delas. Até agora, neste navio nós estamos navegando tranqüilamente, mas eu me lembro de uma travessia no oceano, quando eu pensei nunca mais estar a  bordo de um navio outra vez.

Foi em 1950 e nós estávamos retornando aos EUA para o nascimento de nosso primeiro filho (seu pai!). Doente por causa da gravidez, num navio a sacudir, eu não conseguia manter nem um gole de água no estômago; meu único alívio durante seis longos dias foi a toalha úmida que o João colocava em meus lábios.

Mas o navio continuou a viagem, e aqui está a chave da questão. João arranjou aquela toalha. Nosso casamento tem enfrentado muitas tempestades. Os atritos de duas pessoas com formação diferente. Crises financeiras. As tensões de ambos os pais trabalharem fora (antes disso se tornar comum). O poder de uma promessa é o que mantém os casais juntos, enquanto os tempos difíceis se transformam em cura, intimidade e amor profundo. Se nós iniciarmos e terminarmos vários relacionamentos, nós não ficamos juntos com alguém o tempo suficiente para que essas coisas aconteçam.

Como posso estar segura, Kerlin, de que elas vão acontecer? Há 50 anos atrás eu não estava tão certa disso! Nos doze primeiros anos eu não podia ver nada positivo nas tempestades. Se não fossem os votos, nós teríamos celebrado poucos aniversários de casamento! Então, uma coisa inesperada aconteceu!

Foi como nesta viagem em que partimos do Atlântico e agora estamos no Pacífico! Depois de navegar em direção ao sul por uma semana, o Rainha Elizabeth II entrou numa passagem estreita através das montanhas do Panamá, saiu do lado oposto do continente e dirigiu-se ao norte. Algo assim aconteceu em nosso casamento, Kerlin. Depois de doze anos lutando, sofrendo juntos em nossa própria força, nós mudamos de direção.

Nosso Canal do Panamá foi uma violenta forma de câncer. Seu pai estava com oito anos de idade, os menores com cinco e dois, quando disseram que vovô João teria apenas seis meses para viver.

Em nossa necessidade, nós atravessamos o caminho estreito – confessamos Jesus como Senhor de nossas vidas. Para isso acontecer, cortamos montanhas de objeções intelectuais e nos pusemos em outra direção.

Uma nova vida começou para nós. Não foi o fato de começarmos a escrever sobre o novo Reino no qual havíamos entrado. E certamente também, não foi a tempestade que cessou; as mais difíceis ainda estavam por vir. A nova direção não era tanto o que nós fizemos, mas o que nós compreendemos. Aqueles votos que nós críamos que mantínhamos pela “nossa própria força”, posso comparar conosco aqui sentados no camarote, sem pensarmos no casco de aço entre nós e o oceano, nas máquinas impulsionando o navio para a frente, no piloto na ponte de comando. Era como se nós acreditássemos que estávamos atravessando as águas profundas com nosso esforço próprio!

Em Deus estava a força daquelas promessas. Casamento é o plano d’Ele para o amor completo entre o homem e uma mulher, e quando nós fazemos estes votos, mesmo quando nós não O conhecemos, Ele se torna a terceira pessoa no contrato, confirmando nosso amor, entrelaçando nossas vidas, apontando a toalha úmida no beliche de um camarote.

Nós podemos resistir a esta graça de Deus, como você e eu bem sabemos de casamentos que fracassaram. Ele não vai nos forçar nem mesmo a nossa própria felicidade. Mas cada vez que nós fazemos uma promessa de acordo com a vontade d’Ele, os exércitos do céus celebram! “Você promete”, o reverendo perguntou-me nesta manhã, amar a João? Confortá-lo, honrá-lo e mantê-lo na doença e na saúde, e esquecer todos os outros para ser fiel a ele enquanto ambos viverem?” Eu estava chorando, como sempre se faz em casamentos, enquanto ouvia as perguntas. Chorando porque a resposta seria – “Impossível”! Como pode um ser humano fazer tais promessas, quando nós não sabemos o que o amanhã trará? Mas eu respondi SIM, porque eu sabia que eu estava falando na presença d’Aquele que tem o futuro em suas mãos.

Não tenha medo, Kerlin, se você se apaixonar algum dia, de assumir um compromisso para a vida toda. Vocês dois não estarão zarpando sozinhos!

Com o nosso amor,

Vovó.

(Extraído do Guideposts. Agosto/1998. Tradução: Miram Santos)

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STEYER CRISTOLOGIA CRONICA CRONOLOGIA CRUCIFIXO CRUZ CRUZADAS CTRE CUIDADO CUJUBIM CULPA CULTO CULTO CRIOULO CULTO CRISTÃO CULTO DOMESTICO CULTO E MÚSICA CULTURA CURSO CURT ALBRECHT CURTAS DALTRO B. KOUTZMANN DALTRO G. TOMM DANIEL DANILO NEUENFELD DARI KNEVITZ DAVI E JÔNATAS DAVI KARNOPP DEBATE DEFICIÊNCIA FÍSICA DELMAR A. KOPSELL DEPARTAMENTO DEPRESSÃO DESENHO DESINSTALAÇÃO DEUS DEUS PAI DEVERES Devoção DEVOCIONÁRIO DIACONIA DIÁLOGO INTERLUTERANO DIARIO DE BORDO DICOTOMIA DIETER J. JAGNOW DILÚVIO DINÂMICAS DIRCEU STRELOW DIRETORIA DISCIPLINA DÍSCIPULOS DISTRITO DIVAGO DIVAGUA DIVÓRCIO DOGMÁTICA DOMINGO DE RAMOS DONS DOUTRINA DR Dr. RODOLFO H. BLANK DROGAS DT 26 DT 6.4-9 EBI EC 9 ECLESIASTES ECLESIÁSTICA ECUMENISMO EDER C. WEHRHOLDT Ederson EDGAR ZÜGE EDISON SELING EDMUND SCHLINK EDSON ELMAR MÜLLER EDSON R. TRESMANN EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ EF 1.16-23 EF 2.4-10 EF 4.1-6 EF 4.16-23 EF 4.29-32 EF 4.30-5.2 EF 5.22-33 EF 5.8-14 EF 6.10-20 ÉFESO ELBERTO MANSKE Eleandro ELEMAR ELIAS R. EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURA PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS SOPRANO Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENOR TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12