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O ESPÍRITO SANTO, A LIDERANÇA CRISTÃ E O SACERDÓCIO UNIVERSAL DE TODOS OS CRENTES

SEMINÁRIO CONCÓRDIA – CURSO DE MESTRADO

CADEIRA: PNEUMATOLOGIA NAS PERSPECTIVAS BÍBLICA E CONTEMPORÂNEA

PROFESSOR: GÉRSON L. LINDEN

ALUNO: LEANDRO DANIEL HÜBNER

BREVE ENSAIO TEOLÓGICO SOBRE

O ESPÍRITO SANTO, A LIDERANÇA CRISTÃ E O SACERDÓCIO UNIVERSAL DE TODOS OS CRENTES

Neste pequeno ensaio queremos refletir um pouco sobre o papel do Espírito Santo na liderança cristã e no sacerdócio universal de todos os crentes, aplicando isto ao nosso contexto de Igreja Evangélica Luterana do Brasil. Para tanto, veremos o que dizem alguns autores sobre os temas principais (liderança e sacerdócio universal), bem como alguns textos bíblicos relacionados ao Espírito Santo e sua relação com o tema proposto.

1. Sacerdócio Universal de Todos os Crentes

O sacerdócio real de todos os crentes, doutrina bíblica que nos diz que cada cristão batizado é um sacerdote real de Cristo, está firmada especialmente no texto de 1 Pedro 2.9: Mas vocês são a raça escolhida, os sacerdotes do Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a ele. Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz (NTLH), além de Apocalipse 1.5-6.

Porém, como muitas outras, esta também foi uma doutrina que acabou obscurecida pelo desvio da Igreja Cristã da Palavra de Deus durante a chamada Idade Média. E, assim como Martinho Lutero redescobriu o Evangelho e a salvação pela fé em Cristo, na Reforma do século XVI, ele trouxe à luz também esta preciosa verdade descrita em 1 Pedro 2.9. Sobre isto lemos no volume 7 das Obras Selecionadas de Lutero:

É notória a redescoberta do sacerdócio dos crentes por Lutero. Já na sua preleção sobre a Carta aos Romanos (1515/16), ele faz alusão a ele. Quatro anos depois, em “Um Sermão a respeito do Novo Testamento, isto é, a respeito da Santa Missa” (1520), refere-se literalmente ao sacerdócio dos crentes! Em seguida, em “À Nobreza Cristã da Nação Alemã, acerca da Melhoria do Estamento Cristão” (1520), aprofunda a questão. Perante a postura anti-Reforma de Roma, Lutero assevera o sacerdócio dos crentes como veículo da Reforma da Igreja. A vivência do Batismo desencadeia a renovação da Igreja em doutrina e prática.[1]

Além das referências de Lutero ao assunto citadas acima, neste mesmo volume 7 das obras de Lutero temos uma palavra dele sobre o sacerdócio real:

Por isso ninguém pode negar, que cada cristão tem a Palavra de Deus e foi instruído e ungido por Deus para ser sacerdote, como diz Cristo em Jo 61.45: “Sereis todos instruídos por Deus”, e Salmo 44 [sc. 45.71]: “Deus te ungiu com o óleo da alegria como a nenhum dos teus semelhantes”. Esses companheiros são os cristãos, irmãos de Cristo, que com ele estão ordenados sacerdotes, como também diz Pedro, em 1Pe 2[.9]: “Vós sois sacerdócio real, para que proclameis os benefícios daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.”[2]

É interessante também ver o que nos diz Johannes Rottmann sobre o sacerdócio real e a origem deste termo:

“O Novo Testamento claramente classifica todos os servos de Cristo como sacerdotes reais. ... A fim de que já no início haja entendimento mútuo do sentido deste termos, preciso constatar que na língua grega a palavra “sacerdote” – “hieréus” significa “administrador de coisas sagradas”. É o mesmo sentido que a palavra “sacerdote” tem em nossa língua. A palavra “real” é no grego “basíleion”, derivado de “basiléus”, rei, monarca, alguém que possui autoridade de um rei. Ser “sacerdote real” significa, portanto, possuir autoridade régia de administrar as coisas sagradas de Deus. ... Os servos redimidos de Cristo são sacerdotes reais.”[3] (26)

Desde o momento em que recebemos a fé em Cristo, pelo batismo ou pelo ouvir a Palavra de Deus, nos tornamos sacerdotes reais de Deus, pois naquele momento o Espírito Santo nos uniu a Cristo e nos fez sacerdotes de Cristo, tanto homens como mulheres, sem distinções (Mt 23.8, Gl 3.26-28).

Sendo sacerdotes reais, recebemos pela graça de Deus o perdão pleno, a vida e a salvação em Cristo e podemos com confiança chegar diante de Deus (Hb 10.19-22), como diz Rottmann: Ser sacerdote significa que o servo redimido de Cristo, na sua totalidade, também é sacerdote e pode entrar, sem medo, no Santo dos Santos, isto é, pode e deve diariamente estar face a face com Deus, em diálogo com ele e em oração.[4]

Como sacerdotes chamados e capacitados pelo próprio Deus (1Pe 2.5), somos incumbidos de grandes privilégios e responsabilidades, tais como: oferecer-nos completamente ao Senhor (Rm 12.1ss.), ouvir a Palavra sempre (Cl 3.16), proclamar o Evangelho e batizar (1Pe 2.9, 3.15, Mt 28.18-20), ofertar ao Senhor para o trabalho do Reino (2 Co 8 e 9, Fp 4.18), orar pelo mundo (1Tm 2.1-2), louvar a Deus (Cl 3.16, Hb 13.15-16), chamar pastores (At 14.23), admoestar-nos mutuamente (Gl 6.1-3), servir a Deus no casamento e na criação dos filhos (1Pe 3.1,7, Ef 6.4), entre outras.

Concluímos esta breve reflexão sobre o sacerdócio real dos crentes citando o pastor Leopoldo Heimann, que resume bem o tema:

Além de Pedras Vivas e Raça Eleita, os leigos também são e recebem o terceiro título: Sacerdotes do Rei Jesus. E como Sacerdotes do Rei Jesus, sacerdotes santos ou sacerdotes dedicados a Deus, os cristãos leigos oferecerem sacrifícios espirituais agradáveis a Deus (1 Pedro 2.5). Como sacerdotes espirituais – não como um cargo ou função hierárquica na Igreja – os leigos também reinam com Deus no Reino de Deus, e triunfam sobre o pecado, a morte e Satanás. Podem, agora, dirigir-se diretamente a Deus, o Senhor, o Salvador e Rei, sem mediadores ou sacerdotes, como no Antigo Testamento. Podem dirigir-se ao Pai, tendo um só Mediador; Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote! O livro de Apocalipse (capítulo 16) confirma este conceito e aponta para sua finalidade: Jesus Cristo fez de nós um reino de sacerdotes a fim de servirmos ao seu Deus e Pai. [5]

2. Liderança Cristã

Há várias definições sobre liderança e o que é um líder. Podemos dizer, tentando uma definição derivada delas, que liderança é uma posição de responsabilidade, visando levar um grupo a alcançar uma meta proposta, e que liderar é ter a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum.

Não é nosso propósito neste ensaio detalhar os tipos de liderança e as qualidades esperadas de um líder, mas podemos dizer que os modelos bíblicos de liderança, como Moisés, Neemias, Paulo, e é claro, Jesus, são as fontes principais para buscarmos essas qualidades desejáveis em um líder cristão. Podemos resumir a liderança bíblica, especialmente no caso de Paulo e Cristo, como “liderança de serviço”.

Quando falamos de liderança cristã, pensamos principalmente de líderes cristãos atuando em suas congregações e igrejas, mas também de sua influência na comunidade e sociedade em que vivem. Para J. Oswald Sanders, liderança espiritual é uma mistura de qualidades naturais e espirituais. Até mesmo as qualidades naturais não são oriundas do indivíduo, mas de Deus e, portanto, alcançam maior efetividade quando empregadas no serviço de Deus, e para sua glória.[6] O líder cristão tem muitas qualidades e habilidades comuns aos líderes não cristãos. O diferencial é justamente a fé cristã e a orientação do Espírito Santo. Aqui citamos novamente Sanders:

A liderança natural e a espiritual têm muitos pontos em comum, mas, há alguns aspectos em que elas podem diferenciar-se totalmente. Vê-se isto melhor quando suas características dominantes são comparadas entre si, como no quadro abaixo:

Líder natural Líder espiritual

Autoconfiante Confia em Deus

Conhece aos homens Conhece também a Deus

Faz suas próprias decisões Procura a vontade de Deus

Ambicioso Humilde

Origina seus próprios métodos Encontra e segue os métodos de Deus

Gosta de comandar os outros Delicia-se em obedecer a Deus

Motivado por considerações pessoais Motivado pelo amor a Deus e aos homens

Independente Dependente de Deus”[7]

Concordamos com Sanders também quando ele diz que outras qualificações para a liderança espiritual são desejáveis, mas ser cheio do Espírito Santo é indispensável[8], conforme lemos em Atos 6.3. E o que é estar cheio do Espírito? Novamente Sanders diz:

Estar cheio do Espírito, então, é ser controlado pelo Espírito. O intelecto, as emoções, a vontade, as forças físicas, tudo fica em disponibilidade para o Espírito, para que se atinjam os propósitos de Deus. Sob seu controle, os dons naturais de liderança ficam santificados e elevados à sua maior potência. ... A obra toda, realmente, não é outra coisa senão o fluir do Espírito Santo através de vidas entregues e cheias (Jo 7.37-39).[9]

Para nós luteranos está muito claro como o Espírito Santo vem a nós e controla nosso viver e também o líder cristão: através da Palavra e dos Sacramentos. Isto não quer dizer que seremos cristãos e líderes perfeitos, pois ainda somos pecadores e o próprio Espirito de Deus precisa nos ajudar na luta diária para afogar o velho homem em nós e deixar o novo homem, criado e guiado pelo Espírito, dominar todo nosso ser.

Em vista disso, o líder cristão precisa ter mais um grande diferencial em relação a outros líderes: saber e crer que o centro da Palavra de Deus, da doutrina cristã e de sua fé pessoal é Jesus Cristo e sua salvação e, junto com isso, saber e crer que Deus fala e age em sua Palavra e em nossa vida com Lei e Evangelho.

É através de Cristo que o Espírito Santo vem a nós, na Palavra e Sacramentos, e é através da Lei e Evangelho que o Espírito opera em nossos corações, produzindo arrependimento e fé, guiando, corrigindo e orientando nosso viver, fortalecendo em nós a nova vida que temos em união com Cristo.

O líder cristão, seja ele pastor ou leigo, guiado e fortalecido pelo Espírito Santo na Palavra e Sacramentos, vai então servindo a Deus na sua vocação, posição social e lugar onde Deus o colocou e, ao mesmo tempo, procura também aperfeiçoar-se em sua liderança, com todos os recursos e formas possíveis e agradáveis a Deus. Pensando nisto, concluímos esta seção com as palavras do pastor Leopoldo Heimann:

O leigo e o pastor, no exercício de seus ministérios na Igreja, precisam se aperfeiçoar e capacitar ao longo da vida para serem reconhecidos como líderes verdadeiros, consagrados e responsáveis para guiar o povo de Deus de minha Igreja. Além do significado dos diversos termos empregados nas traduções bíblicas tradicionais, o líder, na linguagem de nossa sociedade, é uma pessoa que governa, comanda, chefia, guia, orienta e capacita os liderados na profissão em que ele estiver atuando.

O líder é de fato um guia, um condutor, um chefe, um governador, um orientador e um professor que prepara e conduz um grupo na sociedade e na profissão em que vive. Também na minha Igreja.[10]

3. O Sacerdócio Universal, a Liderança e o Espírito Santo

O sacerdócio universal de todos os crentes, como vimos, constitui-se de todos os cristãos batizados e integrados à família da fé, a família do Deus triúno. Entre esses sacerdotes alguns tornam-se líderes ou recebem funções de liderança no Reino de Deus, tanto líderes chamados de pastores como os chamados líderes leigos. Heimann nos mostra que tanto os líderes pastores como os líderes leigos servem ao ministério da Palavra:

Numa visão teológica mais profunda, porém, é possível afirmar que, na realidade, existe apenas um ministério na Igreja. É o Ministério da Pregação da Igreja (Predigtamt). Engloba todas as finalidades e atividades da Igreja – o anúncio da Palavra de Deus e administração dos Santos Sacramentos do Batismo e da Santa Ceia.

O Ministério Pastoral (Pfarramt) é uma subordem dentro da ordem maior da Igreja, e é uma função especial exercida pelos cristãos pastores da Igreja. O Ministério Sacerdotal (Priesteramt) é uma subordem dentro da ordem maior, a Igreja, e é uma função geral exercida por todos os cristãos leigos da Igreja.

Os dois ministérios, dentro da mesma Igreja, são inseparáveis. E os dois são absolutamente necessários para cumprir o ministério maior: O Ministério da Pregação da Igreja. Pastor e leigo em conjunto, realizam a missão da Igreja.[11]

Leigos e pastores servem juntos a Deus para levar a Palavra ao mundo, realizando a missão deixada a nós por Jesus (Mt 28.18-20, At 1.8, et alli). Nesta obra é necessário haver liderança e organização, mas sem que isto signifique uma hierarquia que leva à opressão ou à omissão de qualquer cristão, como nos diz Rottmann:

Como podemos exercitar o sacerdócio real hoje? ... Somos sacerdotes; individualmente sacerdotes! Sacerdócio real coloca cada um, leigo, pastor, homem e mulher, jovem e velho em uma posição de responsabilidade direta e pessoal perante Deus. Ser sacerdote real também hoje significa ser servo do Santo dos Santos, ser servo do Deus vivo. E isto diretamente: não numa hierarquia, em que se pode colocar a responsabilidade sobre o que nós é hierarquicamente superior, em que um pode esconder-se atrás das costas do outro. Cada um, tu e eu, homem e mulher, esposo e esposa, pastor e leigo, somos chamados a entrar no Santo dos Santos e dialogar com Deus e servir a Cristo.[12]

Para esta obra, seja como líderes ou liderados, pastores ou leigos, somos capacitados e guiados pelo Espírito Santo de Cristo. E o pastor, por causa de seu ofício, preparo e função, tem um papel fundamental em nutrir e guiar o povo de Deus na vida do Espírito, como nos diz Caemmerer:

“The church is a fellowship in which each member seeks to build the brother with the inner resources of the Spirit of God. But the flesh also seeks for fellowship; it also intercommunicates the counterfeit of life and the will of the devil. In the church, therefore, men remind one another of Christ: 1Pe 4.1-2.

The ministry of the pastor directs Christians to cultivate the life of the Spirit rather than the life of the flesh, in order to set up this distinction from the world which is primary in the Christian witness to the outside; this ministry works by empowering men to empower men.[13]

Somos nutridos, fortalecidos e guiados no Espírito de Cristo para melhor testemunhar nossa fé em Cristo ao mundo. Como dissemos antes, isso acontece através da vocação própria de cada cristão e dos dons que cada um recebe de Deus, sendo o pastor o servo encarregado por Deus para ajudar os cristãos a descobrir, desenvolver e usar seus dons na Igreja e em suas vocações, como afirma Caemmerer,

There are two broad structures for nurture which work simultaneously in the Christian church: the gifts of the Spirit, and the Christian callings. The pastor is to be a chief director and deployer of these gifts of the Spirit; he is to be a trainer for carrying out the purpose of the Christian at work in his calling.[14]

Todos os dons do Espírito e o seu uso tem a ver com o nutrir da fé cristã e com a edificação da fé e da vida do povo de Deus, como também diz Caemmerer[15]. E, assim como a fé salvífica, também esses dons são dados unicamente por Deus, de graça e segundo o seu querer:

Aos assim libertados, aos remidos do Senhor, concedeu então estes dons gratuitos. Porém é mister notar: assim como nada podiam fazer para serem libertados , assim também nada podiam fazer para obter os dons da graça. São dádivas inteira e livremente dadas. Esta verdade deve ser dita àqueles que de uma ou de outra maneira, com maquinações entusiásticas, querem, por assim dizer, forçar o Espírito Santo a lhes dar um determinado dom com o qual querem então fazer alarde e gloriar-se a si mesmos. Não nos enganemos: o Espirito Santo não pode ser forçado; se ele o dá, fá-lo livremente.[16]

É o Espírito de Cristo que dá e distribui a fé e os dons, como nos ensina Paulo em 1 Coríntios 12. Não se pode força-lo nem condicionar sua obra a caprichos ou desejos humanos, mas simplesmente devemos aceitar com alegria os dons que Ele nos concede, usando-os da melhor maneira para o crescimento do Reino, o benefício do próximo e a salvação de muitos. Novamente, para essa doação e uso dos dons do Espírito, necessitam as pessoas ouvir o Evangelho e receber os Sacramentos. Por isso, como diz Caemmerer, falando de 1Co 12,

In this great chapter on the gifts of the heavenly pneuma we find it irresistible to believe that the apostle is thinking of the director of church work as a person who serves his purpose only as he keeps the wind of God, the Holy Ghost, blowing into the spiritual life and heart of the people to the end that they arrive at their destination and fulfill the purpose for which God puts them together in the church. The Spirit of God, however, functions only as He speaks in the hearts of men of Jesus, and keeps repeating there what Jesus Himself held before them concerning His redeeming work; the pastor gets his people to hear and speak that Word.[17]

É o Espírito Santo que vai despertar líderes, como despertou Paulo e Lutero, por exemplo, e vai, através da Palavra e Sacramentos, capacitá-los, guia-los e usá-los na obra da Igreja de Cristo. Assim, podemos concordar que

Aquele que foi chamado por Deus para a liderança pode, confiantemente, ter certeza de que o Espírito Santo o dotou com os dons espirituais exigidos, porque o propósito destes dons é qualificar seu possuidor para aquele ministério específico ao Corpo de Cristo, que lhe foi atribuído pelo próprio Espírito. É digno de nota que nenhum dos dons espirituais relaciona-se diretamente ao caráter; visam, principalmente, o serviço.[18]

Nem sempre os líderes chamados por Deus queriam ser lideres, como Moisés e Jeremias, que pediram que Deus escolhesse outro para a tarefa, ou como Jonas, que chegou a fugir para não assumir a missão confiada a ele pelo Senhor. Mas, como diz Sanders acima, a quem Deus chama Ele também capacita e guia na missão ou tarefa designada.

Em nossa IELB – Igreja Evangélica Luterana do Brasil – não é diferente. Vemos Deus chamando e capacitando lideranças em todos os níveis – congregações, distritos, entidades, escolas, comissões, conselho diretor e diretoria nacional. Estes líderes, pastores e leigos, são treinados e aperfeiçoados pelo Espírito Santo, tanto formalmente, em cursos, concílios, congressos, treinamentos, simpósios, pós-graduação e aperfeiçoamento para pastores e outras formas, como informalmente, no trabalho nas congregações, nas vocações de cada um e na experiência adquirida através dos anos.

Nossa liderança, além de atuar dentro das estruturas da IELB, também é usada por Deus em outros setores, sejam ligados à igreja, como a Sociedade Bíblica do Brasil, onde temos os pastores Rudi Zimmer, Erní Seibert, Mário Rost, Vilson Scholz, Paulo Teixeira e outros, que se destacam em suas funções e cargos, como em outros não ligados diretamente à igreja, como o senhor Gilcler Regina, na área de palestras e treinamento de equipes, o senhor Decio Dalke, na literatura, o senhor Ônix Lorenzoni e vários outros, Brasil afora, na área política, bem como capelães militares e em muitas outras áreas e setores.

Em tudo isso, creio que é muito claro qual o desejo de Deus, através do seu Espírito: aperfeiçoar e guiar todos esses líderes, onde quer que estejam, para leva-los a cada vez mais e melhor servir a Cristo e testemunhar do Evangelho, com voz e vida, para influenciar pessoas e conduzi-las também ao Salvador Jesus.

Em meio a tantas “lideranças” evangélicas em nosso país, que se dedicam a promover a si mesmas e às suas denominações, visando muitas vezes o aumento dos números financeiros acima de tudo, e dizendo-se portadores (às vezes até “comandantes”!) do Espírito Santo de Deus, é válido e necessário refletir sobre qual é a verdadeira obra e desejo do Espírito.

Sem dúvida, fazendo boa hermenêutica bíblica, podemos afirmar que através de líderes e cristãos consagrados, o Espírito de Deus tem um grande e principal desejo e objetivo: que as pessoas sejam levadas a conhecer, confiar e crer em Jesus Cristo como seu único e perfeito Salvador, para receber dele perdão, vida e salvação eterna. Em outras palavras, o Espirito Santo quer sempre apontar para Cristo e não para si mesmo, e muito menos para pessoas, por mais brilhantes ou carismáticas que pareçam ser.

Conclusão

Queremos concluir essa reflexão tentando sintetizar e reafirmar tudo o que acima foi dito, dizendo que: o Espírito Santo chama, ilumina e congrega os cristãos através do Evangelho, reunindo-os como Igreja Cristã. Esta recebe de Deus o Ministério da Palavra, realizado por todos os cristãos como sacerdotes reais de Cristo, que são guiados e alimentados na Palavra e Sacramentos pelos ministros da Palavra (pastores), e liderados também por pessoas chamadas e capacitadas pelo Espírito Santo para serem líderes dentro e fora da Igreja. Tudo isso visando um fim grandioso – levar Cristo para todos que pudermos alcançar e trazer todos que tivermos alcançado a Cristo e à família de Deus, para que sejam iluminados pelo Evangelho e integrados ao Corpo de Cristo, recomeçando assim o ciclo: O Espírito Santo chama, ilumina e, etc., para que muitos sejam salvos.

É para isto que o Espírito Santo chama sacerdotes reais de Cristo, vocaciona pastores e mestres e desperta líderes leigos em nossa IELB: para comunicar a Vida e assim acolher e integrar cada vez mais gente ao povo salvo de Deus.

Assim, que Deus nos conceda ser instrumentos úteis, em qualquer função ou posição que estivermos dentro e fora da Igreja, guiados, capacitados e fortalecidos sempre pelo seu Espírito Santo, para levar Cristo a todos! Amém.

Bibliografia

CAEMMERER, Richard R. Feeding and Leading. St. Louis, Concordia Publishing House, s.d.

HEIMANN, Leopoldo. Os leigos da minha igreja. Porto Alegre, Concórdia, Canoas, Ed. ULBRA, 2009.

LUTERO, Martinho. Obras Selecionadas, v.7. Darci Drehmer, ed. Porto Alegre, Concórdia, São Leopoldo,

Sinodal, 2000.

ROTTMANN, Johannes H. Servos de Cristo. Porto Alegre, Concórdia, 1982.

SANDERS, J. Oswald. Liderança Espiritual. São Paulo, Mundo Cristão, 5.ed., 1995.


[1] Obras Selecionadas de Martinho Lutero, v.7, p. 75.

[2] Obras Selecionadas de Martinho Lutero, v. 7, p. 31.

[3] Servos de Cristo, p. 26.

[4] Servos de Cristo, p. 35.

[5] Os Leigos da Minha Igreja, p. 69.

[6] Liderança Espiritual, p. 21.

[7] Liderança Espiritual, p. 22.

[8] Liderança Espiritual, p. 69.

[9] Liderança Espiritual, p. 72.

[10] Os Leigos da Minha Igreja, p. 144.

[11] Os Leigos da Minha Igreja, p. 51.

[12] Servos de Cristo, p. 39.

[13] Feeding and Leading, P. 93.

[14] Feeding and Leading, p. 39-40.

[15] Feeding and Leading, p. 40.

[16] Servos de Cristo, p. 51.

[17] Feeding and Leading, p. 43.

[18] Liderança Espiritual, p. 73.

ESTUDO DE MORDOMIA CRISTÃ

ESTUDO DE MORDOMIA CRISTÃ

PEL Renascer em Cristo – Rio Branco, AC - 2011

· Mordomia cristã é a atividade livre e alegre do filho de Deus e da família de Deus, a Igreja, em administrar toda a vida e todos os recursos da vida para os propósitos de Deus.

· Mordomia, segundo a Bíblia, é uma questão de identidade: somos mordomos de Deus – pertencemos a Deus pelo Batismo.

· Mordomia é a nossa resposta à graça abundante de Deus em todas as áreas da nossa vida (Ef 2.8-10). Começa com o render-se ao Senhor (Rm 12).

· Mordomia tem a ver com a vida toda, com as escolhas que fazemos todos os dias, em tudo que fazemos. É viver um estilo de vida que honra a Deus.

· Deus coloca em nossas mãos recursos, dons, tempo e bens com o duplo propósito de promover: a) o sustento e bem-estar para nossa família e semelhantes; b) salvação das pessoas e a edificação do reino de Cristo.

· Nosso propósito é deixar nossa vida ser uma oferta, uma contribuição aos outros em nome de Cristo. Mordomos sabem que são abençoados para ser uma bênção (Gn 12.1-3). Nossa missão resume-se em “conectar pessoas a Jesus”.

· O poder e o amor do Salvador fluem de suas mãos feridas para as nossas, e somos capacitados a faze o que é agradável aos olhos de Deus. É preciso crer no que Paulo diz em 2Co 9.6, 8-11 e então agir conforme isto.

· Nós somos como um perfume de Deus (2Co 2.14-16) quando adequadamente (com a atitude correta) adoramos a Deus com nossas ofertas. Deus não precisa de nossas ofertas, mas Ele deseja nossas ofertas (Sl 50.9-14, 22-23)!

· Segundo a visão bíblica, na mordomia a questão não é a nossa riqueza, mas antes o que fazemos com o que recebemos de Deus (Mt 25.14-29).

· Enfim, mordomia não é apenas separar uma parte de nosso tempo, dons, dinheiro ou bens para Deus, mas é viver a vida toda dentro dos propósitos de Deus, apresentando nossa vida toda como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele (Rm 12.1) e respondendo ao seu amor sempre, pois quando vocês comem ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus, diz Paulo (1Co 10.31).

· A Bíblia ensina que a graça de Deus nos assegura que não ficaremos com menos ao ofertarmos, mas seremos muito abençoados (2Co 9.8-11). Por isso, podemos ofertar sem nos preocuparmos, como lemos em Mt 6.25-33.

· Podem os filhos de Deus, que receberam tudo, que receberam o melhor, ser capazes de comparecer diante de Deus de mãos vazias (Dt 16.16-17)?

· A oferta é sacrifício (= algo separado, algo especial - 2Sm 24.24, Mc 12.44 e 2Co 8.3). A nossa oferta em dinheiro ou bens será conseqüência natural de nos entregarmos a Cristo (Rm 12.1), de viver para Ele e Ele viver em nós (Gl 2.20).

· Quem oferta: todos os cristãos (pobres e ricos); Por que se oferta: por causa da graça e amor de Deus (motivação – 2Co 5.14), pelas promessas (estímulos – Ml 3.10-12, Pv 3.9-10, 2Co 9.7); Para que se oferta: honra a Deus (Ml 1.6, Sl 50.14,23), culto (Ml 3.10), sustento do ministério (Nm 18.24, Dt 18.1-5, Lc 10.7, 1Tm 5.17), pobres (Dt 14.15, At 6.1, Tg 2.15-16, Gl 6.10); O que se oferta: a vida (2Co 8.5, Rm 12.1, Mt 22.37), dinheiro e bens (1Cr 29.14, Dt 16.16, 8.17-18), mão de obra (At 9.36-39), animais (Sl 50.10-12), produtos locais, mutirão; Como se oferta: boa vontade (2Co 8.12), alegria (2Co 9.7), honestidade (Ml 3.8, At 5.3), amor (1Jo 4.19), prioridade (Mt 6.33); Quanto se oferta: conforme a bênção que recebemos (Dt 16.17, Ed 2.69, 1Co 16.2) e conforme a força que a graça de Deus produz em nossa fé (2Co 8.3), decidimos qual a proporção que vamos ofertar de tudo que recebemos de Deus. O dízimo (10%) é uma referência bíblica forte, mas não é mandamento. A questão é ser voluntário e generoso, como Deus foi e é conosco; Quando se oferta: quando recebemos nossa renda (semanal, mensal, colheita, pensão, etc.), sendo regular e também aproveitando oportunidades e necessidades especiais (Natal, Festa da Colheita, construção, missões, necessitados, etc.); Onde se oferta: na congregação onde somos membros, especialmente no culto e levando as ofertas ao altar de Deus, mas também a orfanatos, asilos, Hora Luterana, etc.

Você, com oração e fé, decide diante de Deus a porcentagem

que vai ofertar. Veja alguns exemplos:

Quem ganha

Oferta 3%

Oferta 5%

Oferta 8%

Oferta 10%

620,00 – 1 salário

18,60

31,00

49,60

62,00

1.240,00 – 2 salários

37,20

62,00

99,20

124,00

2.480,00 – 4 salários

74,40

124,00

198,40

248,00

3.100,00 – 5 salários

93,00

155,00

248,00

310,00

4.960,00 – 8 salários

148,80

248,00

396,80

496,00

6.200,00 – 10 salários

186,00

310,00

496,00

620,00

MORDOMIA DO CORPO E DA MENTE

ESTUDO BÍBLICO: CORPO, MENTE E O ESPÍRITO

SANTO – VIVENDO COMO NOVAS CRIATURAS

Todos nós, por causa do pecado, não temos mais a perfeita imagem de Deus. Mas, quando renascemos pela fé em Cristo para uma vida nova, recuperamos parcialmente esta imagem. Paulo diz: Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa (2Co 5.17); e Jesus afirma: Eu vim para que as ovelhas tenham vida, a vida completa (Jo 10.10).

Agora, como filhos de Deus, o Espírito Santo vive em nós e quer nos guiar em nesta nova vida (1Co 6.19-20; Gl 5.25). Guiados pelo Espírito, queremos usar nosso corpo e mente como novas criaturas para agradar a nosso Deus.

1. Cuidando de nosso corpo.

Cada vez mais a ciência nos mostra as maravilhas do corpo humano. Por exemplo, sabemos que o coração bate cerca de 4.320 vezes por hora, bombeando nesse tempo 57 litros de sangue por cerca de 160 mil Km de veias pelo corpo todo. Assim poderíamos falar também do fígado, pulmões, etc., além do próprio cérebro, que controla tudo de maneira perfeita.

Acima de tudo, porém, a grande maravilha dada a Deus somente ao ser humano é a sua alma, que lhe diferencia de todas as outras criaturas e lhe dá valor eterno, maior do que todas as riquezas do mundo (Mc 8.36-37; Mt 6.26).

Deus nos criou assim para que vivamos para uma vida de louvor e amor a Ele, usando nosso corpo e alma de maneira que lhe agrade, como lemos em 1Co 10.31: Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. E em Rm 12.1: Por causa da grande misericórdia de Deus, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele.

Cuidar de nosso corpo para agradar a Deus significa, antes de tudo, lutarmos para guardá-lo puro, não manchado pelo pecado. Como cristãos e mordomos de nosso corpo, para a glória de Deus lutamos contra o pecado e a corrupção de nosso corpo: Evitando as tentações, cuidando da saúde, evitando vícios, reservando tempo para descanso, esportes e lazer, controlando nossas capacidades (palavras, uso da força, sexo, etc.), lembrando que Deus vai nos pedir contas (Rm 14.12).

Dois pontos merecem destaque, pois são cada vez mais incentivados no mundo de hoje: consumo de bebidas alcoólicas e impureza sexual. Cada cristão, especialmente quem é pai e mãe, deve cuidar muito do exemplo que dá na questão da bebida (e vícios em geral) e da sexualidade:

à Até que ponto é saudável e necessário beber aquela cerveja com os amigos, ou passar do limite em qualquer ocasião (as vezes até na igreja!) onde há bebida alcoólica? Sem contar o custo financeiro e emocional, pois muitos conflitos de casais e famílias começam por causa de bebida e vícios (Lc 21.34, Rm 13.13, Ef 5.18).

à Até que ponto devemos considerar “normal” a programação de TV e as músicas que apelam para o sexo e contaminam nossas mentes e de nossos filhos? Além disso, quantos cristãos são influenciados pela libertinagem sexual, começando achar “normal” e sem problemas o adultério, a pornografia, a vida sexual antes do casamento e sem compromisso sério, usando seus corpos para a impureza (1Co 5.15-18, Ef 5.3)?

Como dito antes, cuidar de nosso corpo também envolve cuidar da saúde física e mental (esportes, lazer, trabalho, descanso), e o uso das palavras: Não usem palavras indecentes, nem digam coisas tolas ou sujas, pois isso não convém a vocês. Pelo contrário, digam palavras de gratidão a Deus (Ef 5.4).

2. Cuidando de nossa mente.

A mente humana coloca o homem acima de todas as outras criaturas. Esta maravilha dada a nós por Deus ainda é um mistério em muitos aspectos, apesar dos avanços da ciência médica e psicológica. Como demonstra a história, ela pode ser amplamente usada para o bem (criação de remédios, tecnologias que facilitam a vida, música, produção de alimentos, etc.), mas possui também habilidades terríveis para o mal, como guerras, violência, vícios, exploração do próximo, etc.

Mesmo como cristãos, nossa mente não é perfeita, mas Deus espera que a usemos para o bem do próximo e para sua glória, deixando que Ele nos transforme: Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixe que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês, diz Paulo. E continua: Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele (Rm 12.2).

Para isso, nossa mente deve estar ocupada com coisas que vêm de Deus e que o agradam, pois Jesus diz que a boca fala do que o coração está cheio (Lc 6.45) e, como diz Lutero, “uma mente desocupada é oficina de Satanás”.

Devemos cuidar e filtrar bem o que lemos, vemos e ouvimos, pois o diabo quer nos envenenar com pensamentos impuros, com o egoísmo e orgulho e com dúvidas sobre a Palavra de Deus e a fé em Cristo. Por isso, devemos seguir o conselho de Paulo em Ef 4.8: Encham a mente de vocês com tudo o que é bom e merece elogios, isto é, tudo o que é verdadeiro, digno, correto, puro, agradável e decente.

A melhor maneira de fazermos isso é com a leitura, estudo dedicado e meditação na Palavra de Deus. É para isso, especialmente, que temos o 3º Mandamento, temos a Igreja e tudo o que Deus oferece através dela para conhecermos sua vontade e amor e crescermos na fé. E, novamente, o papel dos pais é essencial, pois Deus dá a eles a grande responsabilidade de ensinar a sua Palavra aos filhos, como lemos em Dt 11.18-19: Lembrem-se desses mandamentos e os guardem no seu coração... e não deixem de ensina-los aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem. Também Paulo nos diz: Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos.

Além da Palavra de Deus, nossa mente é enriquecida com boa literatura, conversas sadias, música edificante, programas de TV saudáveis, convívio com nossos irmãos na fé e com o próprio bom uso de nosso corpo.

Conclusão.

“Mens sana in corpore sano” – mente sã em corpo são, é um dito latino que serve para nós cristãos também. Mas, ele fica mais completo quando dizemos junto com Paulo: Assim, já não sou quem vive, mas Cristo é quem vivem em mim. E esta vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim (Gl 2.20).

Concluímos com outras palavras do apóstolo: Que Deus, que nos dá a paz, faça com que vocês sejam completamente dedicados a ele. E que ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês livres de toda a mancha, para o dia em que vier o nosso Senhor Jesus Cristo (1Ts 5.23).

Pastor Leandro D. Hübner, março de 2011 (ledahu@gmail.com)

Igreja Evangélica Luterana do Brasil (www.ielb.org.br)

DONS A SERVIÇO DO REI

ESTUDO BÍBLICO: USANDO NOSSOS DONS PARA O SERVIÇO DE NOSSO SENHOR

A PARÁBOLA DOS TALENTOS

A Bíblia tem muitos textos que nossos ensinam sobre dons. Vamos começar olhando para Mt 25.14-30, onde Jesus conta a parábola “dos talentos” ou “dos três empregados”. Analisando o texto, podemos destacar algumas coisas.

1. Os talentos pertencem ao Senhor: Sendo do Senhor, toda forma de usá-los ou não afeta os interesses do Senhor. Jesus é um Senhor poderoso e rico em dons e quer o melhor para sua Igreja. Por isso envolve a cada um no trabalho de seu reino. Assim, de acordo com a capacidade de cada um, Ele nos dá algo com que trabalhar e o que fazer.

2. Os talentos são dados com um fim exclusivo: Os recebemos para usá-los para benefício da obra do Senhor. Por isso, se os dons ou talentos não são usados, ninguém se beneficia e o dom, mesmo que valioso, se torna inútil.

3. Os dons não são bens eternos e intransferíveis: O Senhor prefere que os servos fiéis e eficientes tenham mais do que os que são negligentes tenham sequer um pouco. Não podemos, por isso, pedir mais dons se não estamos usando bem os que já temos. O pior abuso que podemos cometer com os dons é não usá-los. Dons guardados não agradam ao Senhor, mas sim o alegra ver os dons sendo bem usados em sua obra.

4. O medo não é desculpa para não usar o que o Senhor nos deu: Para que isso não aconteça, é necessário ter uma relação de confiança com o Senhor e um esquema de trabalho em que os dons possam se desenvolver e frutificar. Ainda sobre o medo:

à Às vezes temos medo de errar ou fracassar. Mas, quantas coisas que hoje fazemos corretamente, começamos fazendo mal e aprendendo na prática, como comer, falar, etc.? Com os dons também precisamos pagar o preço do aprendizado, sabendo nos perdoar quando erramos e levantar quando caímos.

à Outro medo é de não ser aceito. Mas, se existe o dom e seu possuidor tem as qualidades morais e espirituais, ninguém deveria impedi-lo de desenvolvê-lo e usá-lo.

à Ainda pode haver o medo de nos metermos em áreas que não nos pertencem (do pastor, da diretoria, etc.). Gostamos da comparação que Paulo faz entre a Igreja e um corpo, mas temos dificuldades para trabalhar de maneira harmoniosa e saudável.

Confiando em Deus devemos combater todos os tipos de medo, pois Ele nos dá o imenso privilégio de o servirmos em algo único e incomparável: a edificação do seu reino. Para isso nos envia a trabalhar sem medo e com todos os meios e ferramentas – Ele possui e nos dá todos os dons.

DESCOBRINDO E USANDO OS DONS

Cristo nos dá dons para o crescimento e edificação de sua Igreja. Mas, como podemos descobrir nosso(s) dom(ns)? O próprio Deus nos ajuda nisto e precisamos estar atentos à obra do Espírito Santo em nossa vida.

Muitas vezes Deus nos fala através das necessidades, diante das quais devemos perguntar: “Senhor, o que posso fazer aqui?” Para isso nossa comunhão com Deus e o próximo deve estar bem cuidada e ser sempre buscada.

Também o pastor tem papel importante no descobrimento de dons e capacidades, especialmente no trato pessoal. Mas quem tem o papel principal nesta tarefa é a congregação onde vivemos nossa fé.

Em At 6.3 vemos as qualidades espirituais necessárias a quem vai desempenhar algum serviço na Igreja e, também, o papel da congregação de coloca-lo no lugar certo. Se a congregação tem uma comunhão sadia e estimula o diálogo, Deus usa os irmãos para detectar e promover os dons e talentos que Ele colocou ali.

Cada cristão, diz Paulo (1Co 12.6), recebe algum dom de Deus e, podemos também, orar para que Deus desperte dons onde há necessidades específicas e para que os dons existentes sejam aperfeiçoados e frutíferos para o crescimento da Igreja.

Pedro nos diz que somos pedras vivas que Deus usa para construir seu reino, onde o servimos como sacerdotes dedicados a Ele, seu povo salvo e escolhido para anunciar sua salvação (1Pe 2.4-10). Cada um de nós, diz Pedro, deve administrar bem os dons recebidos, sempre para o bem dos outros (1Pe 4.10). Assim, ele liga o sacerdócio universal de todos os cristãos ao uso correto e eficiente dos dons recebidos.

O uso dos dons e as pessoas que tem dons especiais (apóstolos, evangelistas, mestres, etc.) servem, diz Paulo (Ef 4.7-16), para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo. E o que Deus pede de nós neste uso e serviço é humildade (Rm 12.3-6), espírito de amor e verdade (Ef 4.15) e fidelidade a Cristo (1Co 4.2), que nos une e faz seu corpo (a Igreja) crescer em amor (Ef 4.16).

O uso dos dons sempre tem uma única motivação: o amor e a misericórdia de Deus (Rm 12.1). Amar significa existir para o outro, e o amor em ação é serviço a Deus e ao próximo, como foi a vida de Jesus.

Cada cristão tem pelo menos um dom dado pelo Espírito Santo, e cada pessoa e dom tem uma função, algo a contribuir no corpo de Cristo, a Igreja. A força para o desenvolvimento e uso frutífero vem de Cristo, e Ele vem a nós na Palavra e Sacramentos. Renovados por Ele, usamos os dons para que seu amor chegue a mais pessoas e a Igreja cresça em todas as áreas. Somos abençoados para ser bênçãos!

O crescimento de nossa Igreja passa pela capacitação e serviço de todo e cada membro, com o uso alegre e voluntário dos dons que recebemos. Coloquemos a serviço de nosso Salvador tudo o que recebemos e lembremo-nos do que diz Paulo em 1Co 15.58: Queridos irmãos, continuem fortes e firmes. Continuem ocupados no trabalho do Senhor, pois vocês sabem que todo o seu esforço nesse trabalho sempre traz proveito.

ATIVIDADE PRÁTICA – FOLHA DOS DONS

Cada membro comungante vai receber a folha “dons e funções na Igreja”, com 45 tarefas ou oportunidades de serviço na Igreja e Reino de Cristo, que nos ajudam a identificar nossos dons. Cada um vai escolher pelo menos 5 atividades para servir a Deus, e comprometer-se a assumir, imediatamente, as duas que mais lhe agradam.

Esta lista, com coisas simples como limpeza da Igreja ou distribuir material de culto, até mais complexas, como tocar instrumentos ou ser professor de escola bíblica, não é completa, mas nos ajuda a ver que há oportunidades de serviço para todos. Além do que colocamos nela, há ainda as funções de diretoria e liderança de grupos de estudo bíblico, entre outras.

Certamente cada um encontrará seu lugar e função na Igreja e no reino de Cristo. Ele conta com cada um de nós para comunicar a Vida e nenhum membro da Igreja pode ficar de fora ou sem função – todos são úteis e necessários, todos entram em campo!

Pastor Leandro D. Hübner, maio de 2011 (ledahu@gmail.com)

Igreja Evangélica Luterana do Brasil (www.ielb.org.br)

HISTÓRIA DA IELB

IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL

Paróquia Evangélica Luterana Cristo Rei

Dionísio Cerqueira – SC

Pequeno Resumo Histórico, Doutrinário e Prático

I. História e Atividades da Igreja Evangélica Luterana do Brasil.

A Igreja Luterana tem sua origem no movimento da Reforma iniciado em 1517 com Martinho Lutero, monge alemão que desejava promover uma reforma na Igreja Cristã da época, através de uma volta à Bíblia e de debates teológicos públicos, para se corrigirem os rumos da Igreja. Não foi ouvido em suas propostas, mas ganhou muitos seguidores, que foram chamados de protestantes e mais tarde de luteranos. Neste dia 31 de outubro próximo, comemoramos os 485 anos da Reforma, lembrando especialmente as três grandes doutrinas defendidas por Lutero: Sola Gratia, Sola Fide, Sola Scriptura.

A Igreja Luterana, com esta mensagem do Evangelho, espalhou-se com a Reforma por toda a Europa e também veio para os Estados Unidos com os imigrantes alemães no século XIX.

No início do século XX, a pedido do pastor Johann F. Brutschin, de Novo Hamburgo, RS, a Igreja Luterana-Sínodo de Missúri dos Estados Unidos enviou ao Brasil o pastor Christian J. Broders. Este fundou, no dia 1º de junho de 1900, com 17 famílias, a Comunidade Evangélica Luterana São João, em São Pedro, a 40 km de Pelotas, RS.

Em 1904, no dia 24 de junho, foi fundada, em São Pedro do Sul, perto de Santa Maria, RS, com a presença de 14 pastores, um professor e 10 leigos, representando 10 comunidades com aproximadamente três mil membros, a Igreja Evangélica Luterana do Brasil.

Hoje a IELB está presente em todo o Brasil e conta com cerca de 722 pastores e aproximadamente 220 mil membros. Tem pastores missionários também na Europa, Américas e África. No trabalho missionário conta com o apoio de Cristo Para Todas as Nações (antiga Hora Luterana - A Voz da Cruz), que produz programas de rádio, material de aconselhamento e cursos bíblicos.

A IELB tem dois seminários para formação de pastores - um em São Paulo, SP e outro em São Leopoldo, RS, além de cursos por extensão. Também ligada à IELB está a Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), com sede em Canoas, RS, e extensões em vários estados brasileiros.

Para a sua administração, a IELB é liderada por um pastor-presidente, eleito por 4 anos em convenções nacionais da igreja, que coordena uma equipe de trabalho. Além disso, há o Conselho Diretor, com representantes de todos os 58 distritos em que se divide a igreja.

Dentro da IELB existem ainda a Juventude Evangélica Luterana do Brasil, a Liga de Servas Luteranas do Brasil e a Liga de Leigos Luteranos do Brasil, além da Associação Nacional de Universitários Luteranos e a Associação Nacional de Educação Luterana. Aliás, a IELB possui mais de 100 escolas ligadas às suas congregações, além da Concórdia Editora, que produz literatura e material evangelístico para a igreja.

A IELB também atua na área social, com instituições que trabalham especialmente com crianças, doentes, idosos e deficientes auditivos.

II. Doutrina e Prática da IELB.

Toda a doutrina luterana está reunida no Livro de Concórdia, de 1580. Este livro contém os escritos teológicos dos primeiros teólogos luteranos, inclusive Lutero, tirados da Bíblia Sagrada, e que procuram interpretar os ensinamentos bíblicos conforme a própria Bíblia os revela a nós. Eis alguns ensinos da Igreja Luterana:

A. Igreja Cristã: A IELB busca a verdadeira união da Igreja Cristã, que consiste na preservação da unidade que o Espírito criou e opera, mantendo encontros e diálogos teológicos com outras igrejas. Cremos que a verdadeira unidade deve ser baseada na verdade bíblica e não em unidade organizacional, mas mesmo assim cooperamos com outras igrejas em projetos que visam o bem-estar da sociedade e acreditamos que onde a Palavra de Deus está em uso, o Espírito Santo opera a fé.

B. Palavra de Deus: Cremos que a Sagrada Escritura é a Palavra verdadeira e infalível de Deus, onde ele revelou tudo o que queria que os homens soubessem para sua salvação. Por isso, a Escritura é a única fonte e norma de fé, vida e ensinos da Igreja Cristã.

C. Homem e Pecado: Cremos que o homem foi criado à imagem de Deus, isto é, perfeito, santo e justo como Deus. Com a queda em pecado, todos os homens nascem agora mortos espiritualmente e vivem pecando, isto é, desobedecendo a santa vontade de Deus. Enquanto vive no pecado, o homem está condenado à morte eterna de sua alma, pois está separado de Deus.

D. Cristo e o Evangelho: Cremos que Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem e foi enviado ao mundo para substituir o homem, cumprindo a lei de Deus e morrendo na cruz para dar salvação a todos que nele crerem. O evangelho é a boa notícia da salvação conquistada por Jesus, que é oferecida de graça a todos os homens e que garante vida eterna ao que crê.

Os luteranos procuram servir a Deus na Igreja através de 5 áreas de atuação: Ensino, Serviço, Testemunho, Comunhão e Adoração. Todas essas áreas têm como objetivo final apenas um: levar o nome de Cristo para todas as pessoas que ainda não o conhecem como Salvador. Este é o objetivo maior da IELB.

Em todo o Brasil a IELB tem um padrão de culto e hinos, que estão no Hinário Luterano. Nosso culto segue sempre uma ordem ou liturgia, que pode ser a liturgia padrão ou liturgias adaptadas a cada região e realidade onde a Igreja está.

III. Conclusão.

Este foi um pequeno resumo da história, doutrina e prática da IELB. Nosso trabalho, tanto em Dionísio Cerqueira como em todo o país e no exterior, tem como principal objetivo tirar as pessoas da ignorância religiosa e da sua condição de perdidos e condenados e levar a elas a salvação gratuita de Jesus Cristo, juntamente com todas as bênçãos que ele promete aos que nele crêem. Muitos buscam salvação e paz em poças de águas sujas e contaminadas pelo diabo e a nossa tarefa é levar a esses a Água da Vida, Jesus Cristo, para que nunca mais tenham sede.

Rev. Leandro Daniel Hübner - 2002

INTRODUÇÃO À BÍBLIA


INTRODUÇÃO À BÍBLIA
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A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho.
 Sl 119.105 (NTLH)



Compilação e diagramação:


Rev. Leandro Daniel Hübner
Paróquia Evangélica Luterana “Cristo Rei”

Dionísio Cerqueira – SC

Setembro/2002

INTRODUÇÃO À BÍBLIA


Os Livros da Bíblia.
        Os livros do Antigo e Novo Testamento podem ser divididos em cinco grupos, como seguem:


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1. Antigo Testamento.
(1) Pentateuco - Gênesis a Deuteronômio (5 livros).
(2) Livros históricos - Josué a Ester (12 livros).
(3) Livros poéticos - Jó a Cantares (5 livros).
(4) Profetas maiores - Isaías a Daniel (5 livros).
(5) Profetas menores - Oséias a Malaquias (12 livros).

2. Novo Testamento.
(1) Evangelhos - Mateus a João (4 livros).
(2) Atos - Atos (1 livro).
(3) Epístolas Paulinas - Romanos a Hebreus (?) (14 livros).
(4) Epístolas Gerais - Tiago a Judas (7 livros).
(5) Apocalipse (Revelação) - Apocalipse (1 livro).
......................................................................................................................................................

O ANTIGO TESTAMENTO


        O Antigo Testamento é o conjunto de livros que formam as Escrituras Sagradas dos judeus. Esses livros fazem parte também da Bíblia Sagrada dos cristãos. A palavra "testamento", quando usada no título das duas divisões da Bíblia Sagrada, quer dizer acordo ou pacto. Para os cristãos, estas Escrituras Sagradas dos judeus são o "Antigo Testamento" por falarem do antigo acordo que Deus fez com o seu povo por meio de Moisés; já o "Novo Testamento" fala do novo acordo, feito por meio de Jesus Cristo. Jesus estudou esses livros sagrados, e os seus seguidores os liam nas suas reuniões de adoração. Os escritores dos livros do Novo Testamento citam passagens do Antigo Testamento a fim de mostrar que Jesus de Nazaré é de fato o Messias que Deus havia prometido enviar (veja 2Tm 3.15-16). Todo o Antigo Testamento aponta para o Salvador, revelado no Novo Testamento, em Jesus Cristo.


I. O Livro de Gênesis.
1. Nome: O nome significa começo, origem, ou criação. Portanto, o pensamento principal é a criação, e temos o registro de: (1) o começo do mundo criado por Deus. (2) O começo do homem como criatura de Deus. (3) O começo do pecado pela desobediência do homem. (4) O começo da redenção, visto nas promessas e tipos do livro, e na família escolhida. (5) O começo da condenação, visto na destruição e punição de indivíduos, cidades e o mundo.
2. O Propósito e a Importância Religiosa: O principal propósito do livro é escrever uma história religiosa, mostrando como, depois que o  homem caiu no pecado, Deus começou a dar-lhe uma religião e começou a revelar-lhe um plano de salvação.
3.  Roteiro de Leitura: Capítulos 1-9; 11-35; 37-50.


II. O Livro de Êxodo.
1. Nome: O nome significa saída ou partida.
2. As Mensagens: Sobre Deus: Ele é Senhor sobre toda a natureza e sobre o Faraó (e por isso, sobre todos os reis e nações), e teve o direito de escolher a Israel como Seu povo especial e a capacidade de defendê-lo. Sobre o homem: A redenção é necessária para a sua comunhão com Deus e o povo redimido deve adorar e obedecer a Deus; tanto a redenção como a pureza de vida são asseguradas pelo sacrifício e pelo poder de Deus.

3. Roteiro de Leitura:  Capítulos 1-20; 23-25.9; 31-36.7; 39.32-40.


III. O Livro de Levítico.
1. Nome: Tem esse nome porque lida com os serviços do santuário ministrados pelos Levitas.

2. O Propósito: Mostrar que Deus é santo e o homem pecador; mostrar como Deus pode manter Sua santidade e revelar a pecaminosidade do homem; mostrar como um povo pecador pode se aproximar de um Deus Santo; fornecer um manual de lei e culto para Israel; fazer de Israel uma nação santa. A palavra-chave é Santidade, que aparece 87 vezes no livro, e o versículo-chave é o 19.2.

3. Roteiro de Leitura: Capítulos 1-3; 8-10; 16; 18-19.4;  23; 26-27.


IV. O Livro de Números.
1. Nome: O nome vem das duas contagens do povo: no Sinai, cap. 1, e em Moabe, cap. 26.

2. O Assunto: Neste livro Israel está experimentando a lição recebida em Lv, e Moisés é a figura central. O pensamento central é serviço, e a frase-chave é "todos capazes de sair à guerra", que ocorre 14 vezes no 1º capítulo. Havia guerra à frente, e todos que pudessem lutar deviam fazê-lo.

3. Roteiro de Leitura: Capítulos 1, 6; 9-14; 16-18; 20-27; 30; 32-34.


V. O Livro de Deuteronômio.
1. Nome: O nome vem de uma palavra grega que significa "segunda lei" ou "lei repetida". Não se trata de uma mera repetição da lei, mas antes é uma aplicação dela em vista das novas condições que Israel encontraria em Canaã, e devido à sua desobediência anterior.

2. Propósito e Conteúdo: Levar Israel à obediência e adverti-lo contra a desobediência. Consiste de três discursos de Moisés, proferidos nas planícies de Moabe no final da peregrinação de Israel pelo deserto. Seu estilo é mais inflamado do que os livros anteriores e seu tom é mais espiritual e ético, apelando para o dever de conhecer, amar e obedecer a Deus. Os versículos-chave são 11.28-26.

3. Mensagens: A lei de Deus é inflexível e universal; as leis de Deus são a expressão do Seu amor pelos homens; a obediência do homem é expressão do seu amor a Deus.

4. Roteiro de Leitura: Capítulos 1-13; 17-18; 27-33.


VI. O Livro de Josué.
1. Nome: Baseado em Josué, o personagem principal, que pode ser descrito como um homem de fé, coragem, entusiasmo, fidelidade ao dever e liderança.

2. O Propósito do Livro: Josué completa a história do livramento iniciada em Êxodo. Sua palavra-chave é "redenção", enfatizando a possessão. Quer mostrar como Israel estabeleceu-se em Canaã; como, através da destruição dos cananitas, Deus pune um povo pelos seus pecados; e mostrar que o povo de Deus é o herdeiro definitivo da terra e que os perversos serão, no final, deserdados.

3. As Mensagens: (1) Deus está sempre em guerra contra o pecado, seja ele pessoal, social, cívico ou nacional, e o castiga conforme sua sabedoria. (2) Deus usa os seus instrumentos contra o pecado - os homens e a natureza. (3) Na batalha contra os cananeus vê-se que: (a) a vitória de Israel veio através de um líder e não de um legislador, e assim também é com o cristão. (b) Eles entraram em Canaã pelo poder divino e não por guardarem a lei. O cristão recebe todas as suas bênçãos e a salvação não por obras da lei, mas pela graça de Deus. (c) O cristão, assim como o povo de Israel, deve submeter-se aos padrões de santidade e ao governo de Deus.

4. Roteiro de Leitura: Capítulos 1-10; 14; 18; 21-24.


VII. O Livro de Juizes.
1. Nome: O nome é extraído dos juizes, cujos feitos são registrados pelo livro. Os eventos registrados são mais locais e tribais do que nacionais. Todavia, são de grande valor para mostrar a condição e o caráter do povo.

2. A Condição da Nação: Israel estava desorganizado e um pouco inseguro. Havia perdido a energia moral e o espírito de obediência a Iahweh, caindo constantemente em idolatria e sofrendo nas mãos das nações pagãs.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


VIII. O Livro de Rute.
1. Nome: Este livro, junto com o de Juizes, trata da vida de Israel desde a morte de Josué até o governo de Eli. O nome é extraído de Rute, a personagem principal.

2. O Conteúdo: É propriamente uma continuação de Jz. É especialmente importante porque mostra a linhagem de Davi. Obede, avô de Davi, nasceu de Rute. Daí mostra-se que Rute está ligada a toda a história de Israel e forma um elo na genealogia de Cristo. As palavras-chave são amor e fé.

3. As Mensagens: (1) As circunstâncias não criam nem destroem os crentes. Riqueza ou pobreza não determinam a fé, mas sim o poder de Deus. (2) A fé é o segredo ou teste do discipulado. Vence todos os obstáculos e nos dá decisão e coragem. (3) O valor de uma pessoa que confia. Tal pessoa se tornará um instrumento de Deus.

4. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


IX. O Livro de Primeiro Samuel.
1. Nome dos Dois Livros: O nome provém da história da vida de Samuel registrada na primeira parte deste livro. Significa "nome de Deus". Samuel não foi somente juiz e sacerdote, mas como profeta desempenhou serviços importantes em várias áreas.

2. O Conteúdo: O livro começa com a história de Eli, o velho sacerdote, juiz e líder do povo. Registra o nascimento e a infância de Samuel, que mais tarde tornou-se sacerdote e profeta do povo. O livro fala da elevação de Saul ao trono e da sua queda final. Juntamente com isso, fala do crescente poder de Davi, que sucedeu Saul no trono.

3. As Mensagens: (1) Deus adapta o seu reino às condições: permite que tenham um rei, e aponta profetas quer eram mais chegados a Ele do que o rei. (2) O homem coopera para o propósito crescente de Deus: Os exemplos de Saul e Davi mostram ao povo que o melhor rei era o escolhido por Deus. (3) Deus obtém suas vitórias tanto através de pessoas obedientes quanto desobedientes: isso é notado nas carreiras de Samuel, Saul e Davi.

4. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


X. O Livro de Segundo Samuel.
1. O Conteúdo: O livro mostra a história do desempenho de Davi enquanto foi rei de Israel. Foi o rei mais forte que Israel teve, sendo um importante executivo, um soldado hábil e com uma profunda disposição religiosa. Teve suas falhas, mas, apesar delas, desenvolveu um grande império. Enfim, o livro mostra-nos uma vida atribulada e em paz.

2. As Mensagens: (1) A atitude do homem perante Deus dá a oportunidade para Deus usá-lo e abençoá-lo. (2) A atitude de Deus diante do homem cria oportunidades a este para realizar suas mais altas aspirações. (3) O maior triunfo do homem é a vitória de Deus sobre si.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XI. Os Livros de Primeiro e Segundo Reis.
1. Nome: Os dois livros de Reis eram, originalmente, um só livro e formam uma história contínua. O nome é extraído dos reis, cujos feitos eles relatam. Começam onde 2Sm parou e vão até o relato do cativeiro do povo.

2. A Atividade Profética: Durante aqueles tempos os profetas foram muito ativos. Os reis em sua maior parte eram perversos e não queriam submeter-se à vontade divina. Essa atitude e conduta da parte deles exigiu freqüentes denúncias e advertências por parte dos profetas, que também profetizaram a queda da nação e levaram o povo a esperar no Messias a glória da nação.

3. Roteiro de Leitura: Os dois livros inteiros.


XII. Os Livros de Primeiro e Segundo Crônicas.
1. O Nome: Foi dado por Jerônimo. Eram as "palavras dos dias", originalmente um só livro. Começando com Adão, a história de Israel é rescrita até o retorno de Judá do cativeiro. Cobrem o mesmo período dos outros. As narrativas têm um propósito religioso.

2. Roteiro de Leitura: 1Cr: capítulos 10-22; 28-29. 2Cr: capítulos 1-9; 29-32; 34-36.
XIII. Os Livros de Esdras e Neemias.
1. Nome: Esdras e Neemias eram, originalmente, considerados como um livro e contêm o relato da restauração dos exilados de volta a Jerusalém e o restabelecimento da sua adoração. Os nomes atuais apareceram pela primeira vez na Bíblia de Genebra (1560). Esdras é assim chamado por causa do autor e personagem principal; o nome significa "ajuda". Neemias é assim chamado por causa do personagem principal, cujo nome significa "Javé consola". São livros simples e diretos, sendo Neemias uma seqüência natural de Esdras.

2. Outros Livros: Três livros devem ser lidos em conexão com este estudo. (1) Ester, que fala daquela época e deve ser lido entre os capítulos 6 e 7 de Esdras. (2) Ageu e Zacarias, que estiveram associados com a primeira volta de Zorobabel e as suas palavras fizeram os judeus completarem o templo apesar de toda a oposição.

3. As Mensagens de Esdras: (1) Deus usa em Sua obra pessoas que não pertencem ao Seu povo, Israel, como Ciro e Artaxerxes, e outras que pertencem, como Neemias, Esdras e Zorobabel. (2) Deus usa Seu poder num sentido construtivo (edificar, reunir Seu povo, etc.) e num sentido destrutivo, sobrepujando toda a oposição.

4. As Mensagens de Neemias: (1) Neemias se preocupava com a causa de Deus, confiava na causa de Deus e cooperava com ela. (2) Neemias era cauteloso, corajoso e não tinha compromissos que pudessem prejudicar seu trabalho. (3) Neemias confiava totalmente em Deus, estava bem consciente da Sua presença e ajuda, e desempenhou toda a sua obra por interesse pela causa de Deus.

5. Roteiro de Leitura: Os dois livros inteiros.


XIV. O Livro de Ester.
1. Nome: Provém de sua personagem principal, uma serva judia que se tornou rainha de um rei persa. Relata um episódio da história judaica que ameaçou destruir toda a nação.

3. As Mensagens de Ester: (1) Há um Deus, que age em providência e toca as vidas em todos os pontos. (2) Devemos prestar contas a Deus, confiar nEle e agir em favor e em harmonia com Ele. (3) A providência de Deus é oculta, porém inclui tudo; demonstra perfeita justiça, conhecimento e poder; resulta em confiança e coragem para os crentes, em temor e punição aos desobedientes, e em progresso e benção em toda a história.

4. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XV. O Livro de Jó.
1. Nome: Extraído de seu personagem principal, que significa Perseguido. É um livro de sabedoria e não tem nenhuma conexão com outros livros bíblicos.

2. O Propósito: O propósito do livro é justificar a sabedoria e a bondade de Deus em assuntos de sofrimento humano, e especialmente mostrar que nem todo sofrimento é punitivo.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XVI. O Livro de Salmos.
1. Nome: Significa louvores ou hinos. Prevalece a nota de louvor, embora alguns trechos sejam de tristeza e queixas, enquanto que outros são filosóficos.

2. Os Autores: Há 50 salmos sem autoria definida, e os outros autores são: Davi, Asafe, os filhos de Coré, Hemã, Etã, Moisés e Salomão. 73 são de Davi.

3. Os Assuntos dos Salmos: É difícil fazer uma classificação dos Salmos, mas podem ser de ajuda os seguintes exemplos: (1) Hinos de louvor: 8, 18, 19, 104, 145, 147, etc. (2) Hinos nacionais: 105, 106, 114, etc. (3) Hinos para o culto público: 15, 24, 87, etc. (4) Hinos relativos a testes e calamidades: 9, 22, 55, 56, 109, etc. (5) Salmos messiânicos: 2, 16, 22, 40, 72, 110, etc. (6) Hinos de caráter religioso em geral: 89, 90, 91, 121, 127, etc. Essa variedade por um lado, e unidade por outro, deu ao livro um lugar único na vida religiosa do indivíduo cristão e das igrejas. Encaixa-se em todos os nossos sentimentos, sejam eles de ambição, tristeza, confissão, alegria ou ações de graças.

4. Roteiro de Leitura: Todo o livro.

XVII. O Livro de Provérbios.
1. O Valor Prático do Livro de Provérbios: Os provérbios enfatizam a vida religiosa externa. Ensinam a praticar a religião e a vencer as tentações do dia a dia. Por trás de todos os ensinos está a firme crença na existência de Deus e no seu domínio sobre o mundo.

2. As Mensagens de Provérbios: O livro é fundamentalmente didático (voltado para o ensino). Entre as lições de destaque, podemos encontrar: (1) Deus é Todo-Sábio. (2) A maior sabedoria do homem está em temer a Deus. (3) A juventude não deve se isolar das pessoas e da vida de ocupações, mas também não deve se esquecer de Deus. (4) O valor das pessoas jovens que recebem o conselho dos seus pais. (5) O grande perigo das más companhias.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XVIII. O Livro de Eclesiastes.
1. Nome: O nome hebraico significa pregador e refere-se àquele que reúne ou discursa às assembléias.

2. O Elemento Humano: Expressões como "disse comigo", "eu vi", etc., indicam que não está sendo desenvolvida a vontade de Deus, mas um homem está falando das suas próprias experiências e do seu fracasso final. Trata-se daquilo que foi visto e experimentado.

3. O Propósito do Livro: É mostrar que se alguém consegue atingir todos os seus objetivos, esperanças e aspirações na vida, isso não lhe trará satisfação ao coração. É-nos mostrado que o homem não foi feito somente para esse mundo ou para realizações egoístas, mas para cumprir um grande plano de Deus para ele através da consagração e do serviço divino.

4. As Mensagens: Sobre Deus em nossa vida: Deixar Deus de fora em nossa vida é o mesmo que perder a chave para o sucesso da vida. Entronizar a Deus em nossa vida é fazer da vida uma vitória.

5. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XIX. O Livro de Cantares (Cântico dos Cânticos).
1. Nome: O nome é Cântico dos Cânticos de Salomão. Também recebe o nome de Cânticos e é assim chamado, talvez, por causa da sua grande beleza.

2. Assunto: É o amor fiel visto numa mulher que, apesar de sujeita às tentações de uma corte oriental, permanece fiel ao seu primeiro amor.

3. O Significado da História: (1) Para os judeus daquela época era um apelo à pureza de vida, um retorno àqueles relacionamentos que Deus ordenou entre o homem e a mulher. (2) Para os cristãos é apresentada como uma alegoria de Cristo e Sua Igreja, o Noivo e a Noiva, a plenitude do amor que une o crente e o seu Salvador. O cristão não deve submeter-se às tentações do mundo e ser infiel a Jesus. (3) Fornece um ideal de amor que, se atingido da maneira própria, expulsaria da sociedade humana todas as práticas monstruosas que procedem de ideais indignos.

5. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XX. Os Livros Proféticos.
1. Profeta: Proclamador, embaixador, mensageiro que anuncia, alguém enviado com uma mensagem a ser proclamada. O profeta era alguém que trazia uma mensagem divina, que agia como porta-voz de Deus, mediador da vontade de Deus. Cf. Dt 18.18-19. Tinham um chamado direto e pessoal do próprio Deus e por isso falavam com autoridade: "Assim diz Iahweh (o SENHOR)!" No sentido estrito, profeta era aquele que tinha o chamado específico para o exercício do ministério profético, era o "profissional" da profecia (Elias, Natã, Isaías, etc.).

2. Proclamação: Com palavras (Jl 1.1) ou com atos simbólicos (Ez 4.1ss.). A linguagem usada é digna, sublime, poética, forte, impressionante. Com freqüência a verdade "nua e crua". Proclamavam LEI (exortações, ameaças, anúncio de catástrofes e castigos) e EVANGELHO (consolo, anúncio da misericórdia, referências ao Messias).

3. Profecia: Não é primordialmente predição do futuro. Pode incluir o futuro, mas esta não é sua característica principal. No sentido bíblico, profecia é a proclamação do conselho de Deus aos homens. Existiu desde o Gênesis (Gn 3.15) e até Cristo é chamado de profeta (Mt 16.14).

4. Divisão dos Livros: Subdividem-se em Profetas Maiores (Is, Jr e Ez) e Profetas Menores ("Os Doze"). Os termos "maior" e "menor" referem-se ao tamanho dos livros. Os profetas cujos documentos estão registrados no AT são chamados de profetas escritores ou canônicos. Os que não deixaram escritos (Elias, Eliseu, etc.) não deixam de ser considerados verdadeiros profetas.


XXI.  O Livro do Profeta Isaías.
1. O Profeta: O nome significa "Iahweh é salvação". Era da tribo de Judá, morava em Jerusalém e lá exerceu seu ministério. Casou-se com a "profetiza" e os dois filhos receberam nomes simbólicos (8.1-4). Foi chamado por Deus em 742 a.C. e profetizou até cerca de 700 a.C. (ou mais), durante uns 50 anos. A tradição judaica diz que morreu serrado ao meio (cf. Hb 11.37).

2. Mensagens (teologia): Isaías é chamado de "o evangelista do AT". Algumas mensagens são:
a.    Santidade de Deus: Deus é absolutamente santo e transcendente. Ele é o Santo de Israel (Is 6). Porém ele revela, torna conhecida a sua glória e misericórdia, especialmente nos oráculos messiânicos.
b.    Fé: É a única resposta correta do homem para com Deus. Não há outra forma de relacionar-se com Deus (Is 30.15).
c.     O Dia do Senhor: É o dia final, dia da vingança do Senhor contra os seus inimigos e da salvação dos fiéis (Is 2.6-22).
d.    Sião e o Messias: São os oráculos messiânicos que apontam para Cristo e a salvação final na eternidade. Sião por um lado é a Jerusalém terrena, por outro lado é figura da Jerusalém celeste. O Messias é o Filho de Davi que é rei em Sião (aponta para a eternidade).
e.    Servo do Senhor: É figura proeminente na 2ª parte do livro e aponta para Cristo. No AT, "servo" é título de grande honra e status. Isto se aplica à função toda importante a ser cumprida por Jesus. Passagem clássica é Is 52.13-53.12.

3. Roteiro de Leitura: Capítulos 1-2; 4-9.7; 11-12; 25-27; 29.9-24; 30.18-26; 31-32; 36-43; 45; 48-53; 55-56; 59-61; 65-66.


XXII. O Livro do Profeta Jeremias.
1. O Profeta: O nome significa "Iahweh estabelece/exalta/derruba/arremessa". Era da terra de Benjamim, perto de Jerusalém. Foi chamado por Deus em 627 a.C. (1.2; 25.3), quando tinha apenas cerca de 20 anos (1.6-7). Foi levado para o Egito após a queda de Jerusalém e seu ministério durou pelo menos 40 anos. Profetizou principalmente em Jerusalém e por anunciar o cativeiro e exortar o povo a submeter-se a este (ou arrepender-se), foi considerado por muitos um traidor. Era pessoa extremamente sensível, tinha natureza mansa e simpática, porém era firme nas convicções. Por ordem divina, não casou (16.1-2). Amou seu povo mas foi rejeitado por ele. Foi contemporâneo de Sofonias (Sf 1.1), da profetiza Hulda (2Rs 22.14), de Ezequiel e Daniel, e também de Habacuque e Naum. A tradição judaica diz que ele foi apedrejado no ano 580 a.C., vítima do ódio de seu próprio povo.

2. As Mensagens: De juízo: O julgamento contra Judá é o tema que perpassa todo o livro. Exortação ao abandono da iniqüidade, condenação da decadência moral e da apostasia. Apenas uma conversão verdadeira poderia salvar a nação do juízo iminente. Seus oráculos são necessariamente severos e destruidores (Lei). De consolo: Contra este fundo negro, algumas das mais gloriosas profecias messiânicas do AT estão registradas em Jeremias (3.16-18; 23.5-8; 31.31-34; 33.14-16; etc.). O cativeiro teria fim, duraria 70 anos (25.11-12; 29.10).

3. Roteiro de Leitura: Capítulos 1-3; 6-7; 12-13.14; 15.10-17.11; 18-20; 23; 25-26; 28-29; 31-33; 36-43; 52.


XXIII. O Livro de Lamentações de Jeremias.
1. O Título: Na tradição do AT, o título tem sua origem na primeira palavra do livro (também primeiro termo dos capítulos 2 e 4) que significa "Como...!" Provavelmente esta era a forma padrão de iniciar uma lamentação sobre uma cidade caída.

2. Teologia: “Como pode Deus permitir que a manifestação visível de sua aliança e promessa eterna, a cidade santa e o templo, caísse na mão de infiéis? …?”
        Apesar da amargura do momento, Lamentações não põe em dúvida a justiça ou amor de Deus. Assume a responsabilidade do seu pecado.
        O colapso da cidade santa é exemplo magnífico da pedagogia divina que visa levar seu povo ao arrependimento verdadeiro e fé genuína. É o aspecto da Lei, que mais adiante será acompanhado pelo Evangelho (reconstrução da cidade). Lamentações enfatiza a ira justa de Deus. Sem esta, o Evangelho perde a sua doçura.
        No contexto bíblico maior, a "morte e ressurreição" de Jerusalém nos leva até a Sexta-Feira Santa e Domingo de Páscoa (Cristo)! Em última análise, "as misericórdias de Iahweh são a causa de não sermos consumidos!" (3.22).

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXIV. O Livro do Profeta Ezequiel.
1. O Profeta: O nome significa "Deus é forte", "Deus fortifica". Foi contemporâneo de Jeremias e de Daniel. Recebeu o chamado de Deus em 593 a.C. (1.2). Seu ministério foi de pelo menos 22 anos e aconteceu no exílio, na  Babilônia. Era casado (24.16,18), tinha sua própria casa (8.1), era consultado pelos anciãos (8.1; 14.1; 20.1) e às vezes até ouvido por grandes multidões. Sua vida se tornou uma verdadeira encarnação de sua mensagem. Era talentoso, tinha boa educação e caráter firme, orador eloqüente e com grande imaginação.

2. Mensagens (teologia): A proclamação de Ezequiel determinou de forma muito especial o futuro do povo. Sua pregação enfoca a santidade e a glória do Deus justo. Porém, ao mesmo tempo, esta santidade de Deus está "como que materializada" no templo. A destruição deste, no entanto, não significa que Deus abandonou suas intenções primeiras. O povo voltará. Ezequiel também aponta para o Novo Israel que surgirá no final dos tempos.
        Ezequiel foi o verdadeiro sustentáculo do povo exilado. Na Babilônia, os exilados estavam cercados por um povo de cultura e religião pagãs. Estavam longe de casa e com sua casa de culto destruída. O desânimo era a grande tentação. Havia o perigo fatal de perderem a fé. Era necessário mantê-los firmes e não deixá-los perder a esperança da restauração. Não fosse a interpretação teológica proclamada pelo profeta com relação ao castigo merecido pelo povo, talvez os exilados tivessem desaparecido na história. Mas não era este o interesse de Deus.
        Ezequiel também prega sobre: (1) A natureza terrível do pecado. Ele abate e destrói tanto homens como nações. (2) A responsabilidade individual. Os homens não sofrem por causa dos pecados dos outros, mas pelos seus próprios pecados (18.1-4; 33.10ss.). (3) O poder e a majestade de Deus. Isto é visto através de vários animais como o leão, o boi, a águia, e em Seu controle sobre todas as circunstâncias.

3. Roteiro de Leitura: Capítulos 1-5; 11-12; 17-19; 23-24; 33-34; 36-37; 40-43; 47-48.


XXV. O Livro do Profeta Daniel.
1. O Profeta: Daniel significa "Deus é (meu) juiz". Era filho de família nobre, talvez até de linhagem real (1.3,6). Foi levado cativo ainda novo para a Babilônia em 605 a.C. Serviu em alto cargo da corte de duas potências mundiais: Império Babilônico e Medo-Persa. Sua fidelidade e piedade eram exemplares, mesmo correndo risco de vida. Viveu na Babilônia mais de 70 anos, chegando à idade ao redor dos 90 anos. Os profetas Ezequiel e Jeremias foram seus contemporâneos.

2. Destaques:
1. Os capítulos 2 (a grande estátua) e 7 (os quatro animais) referem-se aos mesmos quatro impérios mundiais em sucessão.
2. A expressão "um como o Filho do homem" é cunhada por Daniel e mais tarde assumida por Cristo (é título messiânico por excelência) - Dn 7.13. 
3. A oração de Daniel (9.1-20) é uma verdadeira jóia do AT e da literatura bíblica, expressão do que de melhor existe em termos de piedade cristã autêntica. O versículo 19 às vezes é chamado de kyrie eleison do AT.
4. As profecias que seguem ao capítulo 9 não são de fácil interpretação visto que complexos episódios históricos que estavam por vir aí são usados como protótipos de outras realidades relacionadas com a vida da igreja e seus fiéis.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXVII. O Livro do Profeta Oséias.
1. O Profeta: Oséias significa "salvação, auxílio". A mando de Deus (1.2), Oséias casou-se com uma prostituta e gerou três filhos, que receberam nomes simbólicos. Era do Reino do Norte e foi o único profeta nativo e ativo do Norte (Jonas também nasceu em Israel mas profetizou em Nínive). Teve um ministério de pelo menos 25 anos e foi contemporâneo de Amós, no Norte, bem como de Isaías e Miquéias, no Sul. Talvez tenha sido agricultor ou padeiro (cf. 7.4ss.). Foi o último profeta enviado ao Reino do Norte. É o "profeta do leito de morte de Israel".

2. Mensagens (teologia): 1. No momento decisivo, o profeta pronunciou o julgamento final de Israel e entoou seu canto fúnebre. Mas ao mesmo tempo sua voz clamou insistentemente pela volta do povo a Deus. Ao lado da Lei, Oséias enfatizou de forma veemente o amor de Deus (alguns o chamam de São João do AT). Que o povo lembrasse de Deus e voltasse a conhecê-lo e amá-lo. Porém o povo não lembrou a antiga aliança e foi atrás de outros amantes. O resultado foi a destruição sem retorno.  2. O casamento de Oséias foi uma pregação viva, uma "encarnação" de sua mensagem. É evidente o que Deus intencionava anunciar: Gômer, a prostituta, representava o povo de Israel e era a "materialização" da sua infidelidade para com Deus. O profeta representava Deus e "encarnava" seu amor e fidelidade para com Israel, sua "esposa". Seus filhos receberam nomes simbólicos e proféticos. Assim sendo, a vida familiar do profeta tornou-se uma proclamação ambulante do conselho de Deus ao seu povo.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXVIII. O Livro do Profeta Joel.
1. O Profeta: Joel significa "Iahweh é Deus". Toda informação que existe sobre ele é que é "filho de Petuel" (1.1). Pelas citações geográficas do livro, conclui-se que profetizou em Judá. Seus oráculos estão centralizados numa praga de gafanhotos e numa seca que afetou Jerusalém e o templo. Dirige-se aos sacerdotes como se vivesse entre eles (1.13-14) e também fala do templo e das ofertas (1.9-13). Viveu por volta de 800 a.C. ou 400 a.C. - não há como saber ao certo.

2. Propósito: 1. Exortação à humildade e arrependimento em vista da certeza da vinda do julgamento.  2. Vinda certa da salvação.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXIX. O Livro do Profeta Amós.
1. O Profeta: Amós era pecuarista e agricultor (1.1, 7.14) seu nome significa "fardo, carga". Era de Tecoa (20 Km ao sul de Jerusalém), mas seu ministério profético se passou no Reino do Norte, provavelmente entre 760-750 a.C. Assim, trabalhou logo depois de Jonas e pouco antes de Oséias.

2. A Situação Histórica e Religiosa: Os dois reinos (Judá e Israel) estavam fortalecidos e haviam recuperado territórios. Internamente, o tempo era de prosperidade, especialmente no Norte, onde construía-se palacetes e os abastados viviam em luxo e festa. Mas, por trás das aparências, havia um abismo entre ricos e pobres, injustiça social, suborno às autoridades e opressão.
        Tudo isto o profeta percebeu. Ironicamente, o culto "florescia", as igrejas viviam cheias, o povão estava lá! Qual era então o problema? Amós descobriu e foi à sua raiz. A prosperidade econômica era entendida como manifestação da aprovação divina e cultuava-se Iahweh com a intenção de garantir o seu favor. Na vida diária, porém, o culto era esquecido e os ricos roubavam, subornavam e oprimiam. O "amor" a Deus não se refletia no amor ao próximo! Esta era a situação: por fora tudo bonito e perfeito, mas por dentro tudo feio e podre. Nesta situação Deus levanta Amós, que diz: "... o SENHOR rugiu de Sião, e de Jerusalém fez ouvir a sua voz!" (1.2).

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXX. O Livro do Profeta Obadias.
1. O Profeta: O nome significa "servo de Iahweh". Seu nome é tudo que se sabe a respeito do profeta. Nada mais é dito. Com um total de 21 versículos, Ob é o menor livro do AT.

2. Propósito: O livro consiste numa denúncia das maldades de Edom, sua destruição, e a salvação de Judá no Dia de Iahweh. Seu propósito básico, portanto, é: Proclamar que as ações de Edom contra Judá serão punidas. Anunciar que Judá será exaltado.

3. Data: Há três possibilidades básicas para a data do livro: Período ao redor de 850  a.C.; data ao redor de 450 a.C.; época da queda de Jerusalém em 587 a.C.

4. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXXI. O Livro do Profeta Jonas.
1. O Profeta: O nome Jonas significa "pomba". A única menção de Jn no At, além do próprio livro, se acha em 2Rs 14.25. O profeta era um israelita, filho de Amitai, procedente do norte da Galiléia. Foi expressamente enviado por Deus para pregar em Nínive, capital da impiedosa e sanguinária superpotência de então. Aparentemente, Jonas era um nacionalista ferrenho. Daí se entende sua recusa ao chamado e tentativa de fuga à ordem de Deus.

2. Data: Muitos localizam o trabalho de Jonas no período de 775 a 750 a.C. Com isso Jonas vem antes de Amós (Norte) e talvez seja contemporâneo de Isaías e Miquéias (Sul). Conforme a tradição judaica, Jonas era discípulo de Eliseu.

3. Conteúdo: Não podemos deixar de ver no  "sinal de Jonas" (Mt 12.29; Lc 11.30) o profeta como um tipo, uma antecipação de Cristo, como o próprio Mestre o interpreta.
Por outro lado, está presente o direcionamento evangelístico universal. Em virtude de sua fama de invasor cruel, Nínive certamente seria o último lugar onde Jonas iria "pregar o Evangelho"! Mas Deus o envia exatamente para lá. Quase podemos chamar Jonas de "o primeiro apóstolo dos gentios", cuja missão tem continuidade em Atos dos Apóstolos.
O livro de Jonas também apresenta a contingência da profecia divina. Jonas pregou destruição. Porém o povo se arrependeu. Deus, então, "mudou" de idéia e não destruiu Nínive!

4. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXXII.  O Livro do Profeta Miquéias.
1. O Profeta: Miquéias significa "Quem é como Iahweh?", e o versículo contido em 7.18 talvez seja um jogo de palavras com o seu nome. Era de Moresete-Gate (1.14), a cerca de 32 km ao sudoeste de Jerusalém, uma cidade pequena, "do interior". É tudo que sabemos sobre ele.

2. Mensagem: Miquéias  sabia que a raiz desta situação era de cunho teológico, e anunciou o castigo de Deus com vigor e coragem. Predisse a queda de Samaria (1.6), bem como a destruição de Jerusalém (3.12) e do templo. Anuncia que o verdadeiro culto a Deus consiste em praticar a justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com Deus (6.8). As profecias messiânicas e escatológicas têm um lugar de destaque no livro, especialmente a predição (700 anos antes de acontecer!) a respeito de Belém como a vila onde estaria o berço do Messias (5.2-5). Ainda nos dias de Jeremias sua proclamação inflamada era lembrada (Jr 26.18-19).

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXXIII. O Livro do Profeta Naum.
1. O Profeta: Naum significa "consolador, confortador". Pouco se sabe a respeito dele. Era "elcosita" (1.1), de Elcós. Há 4 localizações possíveis para este lugar. Uma tradição afirma que foi sepultado em Nínive, sendo testemunha ocular do cumprimento das suas profecias.
2. Conteúdo: Jonas pregou arrependimento em Nínive cerca de 150 anos antes de Naum. A cidade arrependeu-se , mas isto foi passageiro. Deus então, através de Naum, sela de uma vez o destina da grande cidade. A vingança de Deus se manifesta não apenas na vida de indivíduos, mas também na vida das nações. Deus interfere no curso dos acontecimentos e, na verdade, as grandes potências mundiais estão nas mãos de Iahweh.
        O julgamento de Nínive aponta para o julgamento dos inimigos de Deus de todos os tempos, inclusive os modernos. Os julgamentos atuais são como que "antecipação" do julgamento final e decisivo. Em Cristo, os povos já estão julgados (ou salvos). No entanto os seus efeitos universais e cósmicos ainda estão por ser consumados definitivamente. Ou seja, já temos a vida eterna, mas ainda não estamos na vida eterna (o mesmo com relação à condenação).

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXXIV. O Livro de Habacuque.
1. O Profeta: Habacuque significa "abraço (ardente)", "um que abraça", ou "quem ama afetuosamente". Ele era cidadão de Judá e ali mesmo atuou. Sua missão era consolar e encorajar o seu povo nos dias difíceis que atravessavam. A observação musical existente no final do livro (3.19), junto com o acréscimo (não canônico) num trecho apócrifo de Dn na versão da Septuaginta, fazem estudiosos suspeitarem que o profeta era um levita, talvez também cantor do coral do templo.

2. Teologia: O conteúdo é de certa forma paralelo ao de Jó e Lm. Habacuque enfoca o problema do mal existente na história mundial, na igreja e no coração humano. "Por que prosperam os ímpios, enquanto os filhos de Deus passam pelas maiores privações? Por quê..., sim, por quê"? (É comum ouvirmos, "se Deus é amor, então por que há tanta desgraça e sofrimento no mundo!?") Esta é uma pergunta verdadeiramente existencial e profundamente angustiante. A solução humana, na verdade, é a semente da sua dissolução. Em última instância, o ser humano não tem como responder. A solução tem que ser divina. O profeta aponta para a única resposta: fé no Deus que se manifesta Pai, mesmo quando as aparências o contradizem! "O justo por fé, este viverá!" Não há outra resposta ao problema do mal senão a resposta de Deus. E esta exige fé no Deus que responde a seu modo, mas que se revela Pai e Salvador no Cristo que morre e ressuscita por homens que de forma alguma merecem! Mesmo por aqueles que não percebem o porque do seu sofrimento.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXXV. O Livro de Sofonias.
1.    O Profeta: Sofonias significa "Iahweh esconde (protege)".

2. Propósito e Conteúdo: A intenção básica de Sf é exortar a nação quanto ao castigo iminente que paira sobre a nação. Nesta exortação o profeta inclui a promessa de restauração (3.8-20). Sobre o conteúdo, temos o seguinte:
Sofonias desenvolve com maestria o tema do Dia do SENHOR. Em certo sentido o versículo 1.7 é quase um resumo de sua pregação. Ele proclama palavras ameaçadoras acerca do juízo divino que está prestes a irromper. Chama o povo ao arrependimento. Está presente também a proclamação escatológica ao final do livro - é o evangelho pregado depois da lei.
O que é o Dia do SENHOR? É o dia terrível em que o furor de Deus castigará os que se voltaram contra ele (1.7-13), e haverá angústia, escuridão e desolação (1.14-18). Apenas os que buscam o SENHOR serão poupados (2.3). E no "dia final" que segue ao Dia do SENHOR, o Rei de Israel, Iahweh estará no meio do seu povo para todo sempre (3.15,17). Portanto, para os que temem Iahweh este será um dia de regozijo.


XXXVI. O Livro do Profeta Ageu.
1. O Profeta: Ageu significa "festivo". É o primeiro dos três profetas que viveram e atuaram após o cativeiro babilônico. Por causa do seu nome, a tradição desconfia que ele fosse sacerdote. Muitos acham que ele nasceu e se criou na Babilônia; outros acham que ele nasceu em Judá antes da queda de Jerusalém, tendo conhecido o primeiro templo (2.3). Não há como comprovar nenhuma das duas teorias. Em Ed 5.1-2 e 6.14-15 Ageu é mencionado junto com Zacarias, seu contemporâneo e colega de trabalho.
Ageu recebeu os oráculos de Deus no "segundo ano do rei Dario" (1.2; 2.1, 10, 20), ano 520 a.C. do nosso calendário. A atividade profética de Ageu durou 4 meses durante o ano citado.

2. Esboço e Teologia: O livro contém quatro mensagens do profeta. Cada oráculo foi recebido num momento diferente e é uma unidade em si (1.1-15; 2.1-9; 2.10-19; 2.20-23). A Teologia:
O que Ageu fez foi motivar corretamente o povo para a obra iniciada. Aquele prédio era um projeto divino com um propósito teológico muito claro. Deus o queria para os seus interesses. O povo tinha que saber isto. Humanamente falando, Ageu foi profeta que “teve sucesso” e viu o resultado externo do seu trabalho. Segundo Esdras 6.15, a construção estava pronta em 516 a.C.
A princípio pode parecer estranho todo este esforço em torno de uma construção. Pois Deus movimentou pelo menos dois de seus mensageiros especiais para a reconstrução do templo. Afinal, por que o templo recebe tamanha atenção da parte de Deus? Na proclamação bíblica do AT de forma alguma se pode subestimar a importância teológica do templo. Quando o povo de Deus foi libertado do cativeiro egípcio, Deus mandou que erigissem o tabernáculo e, mais tarde, o templo de Jerusalém. Agora o povo recapitula esta mesma história e volta novamente do cativeiro. O templo deve de novo ser erigido. Teologicamente, o templo é a presença de Deus entre o povo. Semelhante ao sacramento, o Deus que preenche os céus, agora está "encarnado", "materializado", "visível e palpável" ali no templo. Se alguém quer encontrar-se com o Deus infinito, o templo é o lugar onde este vai achá-lo acessível a ele ao seu nível. O mesmo vale para hoje, com uma diferença: Cristo é este templo. Se alguém quer achar este mesmo Deus, tem que ir a um só "lugar": Cristo! Ali ele encontra Deus. Neste sentido então, o templo é uma antecipação, uma pregação, um tipo de Cristo.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.


XXXVII.  O Livro do Profeta Zacarias.
1. O Profeta: Zacarias significa "Iahweh lembra". Segundo 1.1,7, ele é filho de Berequias e neto de Ido. Se este Ido é o mesmo levita que voltou para Judá conforme Ed 5.1, 6.14, então Zacarias seria sacerdote e poderia ser identificado como o Zacarias de Ne 12.16. Iniciou seu ministério dois meses após Ageu ter iniciado o seu. Ao que tudo indica, Zacarias trabalhou bem mais tempo que Ageu.

2. Conteúdo: A semelhança de Ag, há um interesse todo especial na reconstrução do templo. Ambos tinham o mesmo objetivo ao trabalhar juntos.

3. Roteiro de Leitura: Todo o livro.
XXXVII.  O Livro do Profeta Malaquias.
1. O Profeta: Malaquias significa "meu mensageiro" ou "mensageiro de Iahweh". Não há nenhum dado sobre ele, mas isso não significa, como querem alguns liberais, que ele não tenha existido e o seu nome seja apenas simbólico. Por outro lado, nada sabemos além do seu nome.

2. Propósito: Reprovar o pecado do povo, chamá-lo ao arrependimento, e convencê-lo de quão importante é a vida santificada (disto dependia sua sobrevivência como nação e povo escolhido de Deus).

3. Conteúdo: Estilisticamente, predomina no livro o discurso didático em forma de diálogo, de perguntas e respostas, e na forma de antíteses (1.2,7,9,10; 2.10,14,17; 3.7,8,13,14).
O ambiente refletido no texto é de uma importância especial para o conhecimento da comunidade pós-exílica. Apesar das limitações, Ml (junto com Ed e Ne) supre a lacuna das poucas notícias que temos deste período.
A profecia messiânica contida no último capítulo é de um charme todo especial. É o fecho de outro do AT e, ao mesmo tempo, preparo para o NT.

4. Roteiro de Leitura: Todo o livro.

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O NOVO TESTAMENTO



        O Novo Testamento é o livro que conta a história de Jesus, dos seus apóstolos e de outros seguidores seus. Nele se conta também o nascimento e crescimento da Igreja Cristã. O Novo Testamento é formado por 27 livros, que foram escritos por uns 12 autores durante um período de mais ou menos 50 anos. Esses livros são aceitos por todas as Igrejas Cristãs como Escrituras Sagradas. O Novo Testamento fala do novo acordo que Deus, por meio de Jesus Cristo, fez com o seu povo (veja 1Co 11.25). Nesse acordo Deus oferece a vida eterna a todos os que crêem em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Portanto, o Novo Testamento não é simplesmente um livro de informações; ele coloca os leitores frente a frente com a mensagem de Deus, oferecendo-lhes a chance de serem salvos pela fé no Salvador Jesus Cristo e condenando os que não crerem, por  rejeitarem o Evangelho da salvação.


I. O Evangelho de Mateus.
1. Data: Das passagens de 27.8 e 28.15 conclui-se que o Evangelho foi escrito bastante tempo depois dos acontecimentos, mas certamente antes do ano 70, porque não consta nenhuma indicação do cumprimento da profecia a respeito da destruição de Jerusalém (Mt 23.38; 24). Poderia ter sido entre 50 a 70 d.C.

2. Diferença estrutural de Mateus dos outros sinóticos: Mateus organizou cuidadosamente seu evangelho em torno de cinco ou seis grandes discursos de Jesus, e era o único que incluiu estudos específicos quanto à igreja. Mateus 18 tornou-se o modelo para a disciplina eclesiástica. Ele também traz bem mais material com interesse escatológico. Em Mateus encontramos lucidez, concisão, clareza, paralelismos e uma linguagem balanceada.
        O Evangelho, segundo Marcos, é um evangelho da ação. Marcos enfatiza os atos de Jesus, que caracterizam a Jesus como o proclamador e o portador das boas novas.
        O Evangelho segundo Lucas é o mais literário e o mais grego no estilo. Lucas enfatiza o absoluto, completo e pleno perdão que encontramos na pessoa de Jesus. Jesus é o que procura os perdidos, o Salvador dos humildes. A mensagem de Lucas é assim construída que alcance os cristãos-gentios, evitando muitos acontecimentos peculiares ao Judaísmo. O evangelho de Mateus pode ser olhado como o mais austero e o mais constrangedor; Marcos, como o mais vivo e dramático, contando as obras de Cristo; e Lucas, como o mais quente e conquistador.

3. Roteiro de Leitura: Todos os livros do NT devem ser lidos do início ao fim.


II. O Evangelho de Marcos.
1. Autoridade, lugar e data: Embora também este evangelho não inclua o nome do autor, há, contudo, forte evidência externa de que tenha sido Marcos, primo de Barnabé e companheiro de Paulo e Pedro, transcrevendo as memórias a respeito de Jesus deste último.

2. Características:
1.    Grande destaque é dado para o evangelho. Essa divina mensagem é digna do sacrifício da vida do discípulo (8.35; 10.29). Deve ser proclamada a todas as nações (13.10; 14.9).
2.    Marcos relata que Jesus deu diversas vezes a ordem de não falar relativo a suas curas (1.44; 5.43; 7.36; 8.26) e dos exorcismos (1.25,34; 3.12). Da mesma forma também relativo a seu caráter de Messias (8.30) e a transfiguração (9.9). A proibição em 9.30-31 teve a finalidade de evitar ajuntamentos de povo a fim de que ele pudesse ter tempo para seus discípulos. A ordem geral para o silêncio é compreensível, pois Jesus sabia que apenas a consumação de seu ministério poderia desfazer as falsas concepções de seu ministério. O público poderia alimentar falsas esperanças e ser excitado para sentimentos revolucionários. Fora da Galiléia (5.19; 9.27) e durante os últimos dias na área de Jerusalém (10.52) não era mais necessária tal restrição.
3.    Há entrelaçamento de um episódio dentro do outro, formando uma curiosa característica da narrativa de Marcos (5.25-35a; 6.17-29).
4.     Marcos é o Evangelho da ação. Isso se vê no repetido uso do advérbio “imediatamente”, que ocorre mais de 40 vezes. Deve-se observar, contudo, que Marcos, embora não ofereça um longo registro dos ensinamentos de Jesus, muitas vezes registra o fato de que Jesus ensinava, sem indicar o quê (2.13; 4.23; 6.34; 10.1; 12.35).
5.    Marcos dá um lugar relevante às emoções de Jesus: sua compaixão (1.41; 6.34; 8.2), sua indignação (3.5; 8.2; 10.14), sua aflição e tristeza (14.33,34). Duas vezes é mencionado que ele suspirou (7.34; 8.12).
6.    Gentios têm certa proeminência, como se vê particularmente na purificação do Templo (11.17) e em relação à futura pregação do evangelho (13.10; 14.9).
7.    Atenção especial dá o autor à educação dos discípulos no sentido prepará-los para o futuro ministério.
8.    Marcos é preponderantemente o Evangelho da paixão de Cristo. Mais de dois quintos de seu livro tratam da jornada de Jesus a Jerusalém e dos acontecimentos que ali transcorreram (10.32ss.).


III. O Evangelho de Lucas.
1.                 Data: A data é difícil de determinar. A mais provável é entre 65-70 AD.
2. Algumas características: O Evangelho deixa no leitor uma profunda impressão acerca da vida e personalidade de Jesus. Ressalta algumas características de Jesus que o distinguem dos outros sinóticos. Alinhemos as principais:
1.    Jesus é o Salvador de todos os homens, Lc 19.10. A palavra "Salvador" não aparece nos outros sinóticos a não ser em Lucas (1.47; 2.11). A salvação estende-se a todas as camadas sociais: ricos, pobres, judeus, gentios, publicanos, nobres, mendigos, sacerdotes e samaritanos.
2.    Interesse no indivíduo. Lc 15, com as suas três parábolas da ovelha e da dracma perdida e do filho pródigo, focalizam o indivíduo. E assim também muitas outras passagens: o relato sobre Zacarias, Zaqueu, etc.
3.    Preocupação com os problemas sociais. Apenas Lucas traz a parábola do bom samaritano. Os pobres são vistos com simpatia e os ricos são advertidos. Há a parábola do rico insensato (12.13-21), a do rico e de Lázaro (16.19-31), o relato da viúva pobre (21.1-4), e a do administrador infiel (16.1-9).
4.    O valor dado às mulheres. Enquanto que para muitos judeus a mulher era considerada simples objeto, no Evangelho de Lucas elas recebem uma atenção toda especial: Maria, Isabel, Ana, Maria e Marta, a viúva de Naim, a mulher que ungiu os pés de Jesus, as mulheres que providenciaram o sustento de Jesus e aquelas que o lamentaram na sua ida para o Calvário. Até duas parábolas têm por personagem central uma mulher.
5.    Atenção especial às crianças. Apenas Lucas se refere à infância de Jesus e a de João Batista. Em três ocasiões ele especialmente só menciona crianças (7.12; 8.42; 9.38).
6.    Ênfase na oração. Lucas, mais do que os outros evangelistas, ressalta que Jesus estava orando e também registra diversos ensinos de Jesus sobre a oração. Só Lucas traz a oração de Jesus em favor de Pedro (22.32).
7.    Ênfase no Espírito Santo. Lucas traz umas 17 referências ao Espírito Santo, enquanto Mateus, apenas 12.
8.    Alegria e júbilo. Lucas usa muitas vezes palavras e situações que expressam alegria e júbilo (1.14,44,47; 6.23; 10.21; 15.6,9,23,24, etc.). O Evangelho começa e termina com alegria (1.47; 24.52,53). Só Lucas registra os cânticos: Magnificat (1.46-55); Benedictus (1.68-79); Gloria in Excelsis (2.14) e Nunc Dimittis (2.29-32).
9.    Conexão com a História Universal. Só Lucas conecta a sua sagrada narrativa com dados da História Universal (2.1-2; 3.1).
10.           Visita aos lares (7.36-50; 10.38-42; 11.37-41; 14.1-6; 19.1-10; 24.13-15).


IV. O Evangelho de  João.
1. João e os sinóticos: Cremos que o Evangelho de João foi o último a ser escrito e que ele teve acesso aos evangelhos dos sinóticos. A data normalmente aceita é de 90-95.

2. Propósito: João mesmo indicou em 19.31 o propósito fundamental: "... para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome." Este propósito transpira em cada capítulo onde relata os atos e discursos de Jesus e também explica a diferença do evangelho de João dos outros sinóticos.


V. O Livro de Atos dos Apóstolos.
1. Autoria e data: O autor é Lucas, que também escreveu o evangelho do mesmo nome. Ele escreveu este livro entre 60 e 70 d.C. (talvez  63 ou 64), provavelmente de Roma.
2. Propósito: O propósito fundamental do livro é teológico e consiste no seguinte: Lucas quer mostrar o impacto do Cristo ressuscitado e exaltado sobre o mundo inteiro, congregando o novo povo de Deus entre todas as nações da terra.

3. A Espiritualidade: No AT Deus Pai é o agente. Nos evangelhos, Deus Filho (Jesus) é quem age. Em Atos, o Espírito é o agente. Ele é mencionado cerca de 70 vezes no livro. O Salvador havia dito aos apóstolos que esperassem em Jerusalém pelo poder do Espírito Santo. Tomados pelo ES, eles tornaram-se puros no propósito e ideal, sendo vitoriosos em sua causa.


VI. Introdução às Epístolas de Paulo.
1. O Apóstolo: Paulo foi um hebreu por descendência, um nativo de Tarso, na Cilícia. Foi educado por Gamaliel, o grande mestre fariseu. Foi um dos mais inclementes perseguidores dos primeiros cristãos, mas foi convertido com a súbita aparição a ele do Senhor ressurreto, quando estava a caminho de Damasco para prender cristãos.


VII. A Epístola aos Romanos.
1. Data, tema e argumento da carta: Escrita em Corinto, entre 52 e 56 d.C. Seu tema é o dom da justiça de Deus como a nossa justificação que é recebida através da fé em Cristo, ou a justificação pela fé. As doutrinas da carta são discutidas em 4 proposições principais: (1) Todos os homens são culpados diante de Deus (judeus e gentios); (2) Todos os  homens precisam de um Salvador; (3) Cristo morreu por todos os homens; (4) Todos nós, através da fé, somos um corpo em Cristo.


VIII. A Primeira Epístola aos Coríntios.
1. Data e lugar da epístola: A data pode ser fixada em 55 ou possivelmente 56 AD. Conclui-se do capítulo final que Paulo ainda está em Éfeso, em meio a um trabalho intenso.

2. Algumas características:
1.    Acentua a centralidade da cruz como um poder para uma nova vida e separa vigorosamente a igreja e o mundo, a sabedoria divina e a loucura humana.
2.    É dado um destaque especial à santificação do corpo humano como templo do Espírito Santo, destinado para glória de Deus e como instrumento expressivo no seu serviço.
3.    Dá-se também ênfase à história como veículo da revelação divina. Os grandes acontecimentos, como a cruz, a ressurreição e os atos onipotentes de Deus são a verdadeira essência da teologia.
4.    Chama também atenção especial a terna preocupação do apóstolo como um pai espiritual para seus filhos (4.14,15). Eram filhos-problema e davam muita preocupação, mas também o amor não faltou. A prova deste amor é o pronome "vós", que ocorre 146 vezes.


IX. A Segunda Epístola aos Coríntios.
1. Data e lugar: O ano 55 ou 56 é a data aproximada, alguns meses depois de 1Co, e a Macedônia (Filipos?) é o lugar (2Co 2.13; 9.2-4).

2. Características: Nessas epístolas aos Coríntios encontramos algumas das mais profundas expressões pessoais de Paulo, sendo que nelas podemos perceber, com maior clareza, qual a personalidade e o caráter do apóstolo aos gentios. Outrossim, esta segunda epístola aos Coríntios fornece-nos boa dose de material biográfico, que muito nos ajuda a conhecer melhor a vida de Paulo em pontos que nem ao menos são aludidos no livro de Atos. Portanto, esta segunda epístola aos Coríntios se reveste de grande importância histórica.


X. A Epístola aos Gálatas
1. Circunstâncias e propósito: O propósito da Epístola aos Gálatas foi, portanto, além de defender o apostolado de Paulo, reafirmar que ninguém é justificado pelas obras da lei, mas somente pela fé em Cristo (2.16), que a lei não fora dada para essa finalidade mas para preparar o caminho para a obra redentora de Cristo (3.19,24), que em Cristo fomos chamados à liberdade que, no entanto, não é licenciosidade (5.13) e que só a conduta do Espírito Santo nos pode fazer permanecer nela e nos proteger contra as obras da carne e nos fazer produzir o fruto do Espírito (5.16ss).

2. Características da Epístola:
1.    O tom da epístola é notavelmente severo tanto para com os judaizantes (5.12) como também na repreensão dos próprios gálatas (4.20).
2.    A ausência de ações de graças no início, após a saudação da carta, está em íntima conexão com a intensidade de seus sentimentos e com a urgência de arrancar seus destinatários do erro.
3.    O apóstolo mostra grande versatilidade na apresentação da Epístola, recorrendo à Escritura, experiência, lógica, advertência, exortação e outros recursos a fim de alcançar seus fins.
4.    Depois de 2Coríntios é esta a mais autobiográfica de suas epístolas.
5.    O fim é único. De 6.11 em diante o apóstolo escreve com suas próprias mãos, usando letras grandes.
6.    É a única epístola de Paulo endereçada a um grupo de igrejas, isto se a epístola aos Efésios não for uma carta circular.


XI. A Epístola aos Efésios.
1. Características: O tema único da igreja perpassa toda a Epístola. Ela se dirige a cristãos de alguma maturidade espiritual, que desejavam progredir no conhecimento da palavra. Destacamos os seguintes assuntos:
- O propósito soberano de Deus ao estabelecer a igreja, que envolve o plano divino da redenção.
- O modelo de conduta do crente em contraste com o seu antigo comportamento.
- a dinâmica da vida da igreja é o espírito Santo, o selo da aceitação (1.13), o maior acesso a Deus (2.18), a fonte da verdade revelada (3.5), o segredo do poder universal (3.16), o vínculo da unidade (4.3,4), o mentor do pensamento e da fala (4.30), o estímulo da alegria (5.18) e a espada do Espírito (6.17).
        Além disso é de suprema importância a idéia de um só corpo de judeus e gentios (2.14), a unidade dos crentes do capítulo 4 e sua edificação mútua pelos dons. A frase característica de Paulo, "em Cristo", ocorre em Efésios mais vezes que nas outras epístolas (35 vezes).
        Uma longa seção é dedicada às relações domésticas do ponto de vista cristão e o conflito dos hostis poderes espirituais recebe especial atenção. Em Efésios a ênfase é focalizada na igreja de Cristo e em Cristo como cabeça da igreja. A unidade da humanidade e do universo em, Cristo, o Redentor, é o pensamento fundamental da obra.


XII. Epístola aos Filipenses.
1. Características: Ela nos mostra a Paulo como um homem cuja vida inteira irradia a graça e a glória do evangelho. Reflete ao mesmo tempo Paulo, o crente, Paulo, o missionário e Paulo, o teólogo. Talvez a alegria da fé seja seu denominador comum. Revela o segredo da verdadeira felicidade que consiste no viver em Cristo (1.21) e no conhecer o poder de sua ressurreição (3.10). Ela revela o Cristo que lhe ensinou este segredo, o qual é retratado na sua grandeza e no seu amor condescendente (2.5-11; 4.13). É a mais pessoal de todas as epístolas de Paulo e se alinha neste sentido com 2Co, 1Ts e Fm. Mostra-nos o Paulo real que derrama o seu coração para com aqueles que ele verdadeiramente ama.
        Outra característica é a grande passagem cristológica (2.5-11) para mostrar o exemplo supremo de Cristo, de sua humildade e a exortação de ter o mesmo sentimento e cultivar o espírito de humildade que sempre foi um atributo da vida cristã.


XIII. A Epístola aos Colossenses.
1. Circunstâncias (motivos e finalidade): A igreja de Colossos foi ameaçada por um ensinamento novo que era uma séria distorção do Evangelho que Epafras proclamava. Epafras veio a Paulo, durante a sua prisão, e lhe pediu socorro. E ali mesmo Paulo escreveu uma de suas mais potentes e luminosas epístolas. Nesta epístola Paulo fez uma das mais enérgicas afirmações a respeito da unicidade e do papel de Cristo como redentor cósmico.


XIV. As Duas Epístolas de Paulo aos Tessalonissenses.
1. Data e lugar: Como tudo indica, 1Tessalonicenses foi escrita por Paulo durante a segunda viagem missionária, quando esteve em Corinto, provavelmente no ano 50 AD.

2. Valor especial de 1 Tessalonicenses:
1.    Os primeiros três capítulos nos fornecem um quadro vivo de um pastor em ação em uma nova igreja gentílica e mostram como a Palavra de Deus pode crescer em solo pagão.
2.    O valor da seção de admoestação é atestado pelo fato de que estes dois curtos capítulos têm fornecido não menos que três epístolas no sistema de perícopes da igreja antiga, a saber, 4.1-7; 4.13-18; e 5.1-11.
3.    Poucas cartas têm inspirado tanta esperança ao povo de Deus, especialmente as passagens que tratam dos que morreram em Cristo (4.13-18) e a da volta do Senhor (5.1-11). Também é notável que cada seção maior termina com a nota da volta de Cristo (1.10; 2.19; 3.13; 4.17; 5.23).

3. Tempo Segunda Epístola aos Tessalonicenses: Deve ter sido escrita poucos meses após 1Ts, também de Corinto, talvez ainda no mesmo ano 50, em que aquela foi escrita. Foi apenas na segunda viagem missionária que Paulo teve como assessores a Silvano (Silas, em Atos) e a Timóteo (2Ts 1.1).
4.    Valor da Segunda Epístola aos Tessalonicenses:
1.    Esta epístola é um exemplo excepcional do tato espiritual do apóstolo Paulo na qual ele conseguiu abafar o fanatismo da expectativa da segunda vinda de Cristo e, contudo, não abater a esperança em relação a esse acontecimento.
2.    Sua ênfase é dada ao trabalho para ganhar o pão diário, o que corresponde à ordem da criação de Deus. Paulo mesmo deu o exemplo, fazendo tendas para não pesar a ninguém.


XV. As Duas Epístola de Paulo a Timóteo.
1.                 O destinatário:  Timóteo era o auxiliar mais chegado a Paulo, que em seis cartas é mencionado com Paulo nas  saudações aos destinatários (2Co, Cl, 1Ts, 2Ts, Fm e Fp). Era de Listra, filho de um gentio e de uma judia.

2. Primeira Epístola a Timóteo.
2.1. Propósitos da carta:
a.    Encorajar a Timóteo para a difícil missão que teve em Éfeso. A carta deveria fornecer-lhe a sanção e a autoridade de Paulo (1.18-19; 4.6).
b.    Dar-lhe instruções escritas sobre os métodos de procedimentos na igreja pela qual era temporariamente responsável.

3. Segunda Epístola a Timóteo.
3.1. Propósito da Carta: Paulo se encontrava na sua segunda prisão em Roma e não teve mais esperança de absolvição. Somente Lucas estava com ele. Ele sente saudades de Timóteo e, desejando vê-lo mais uma vez, manda que venha a Roma o quanto antes, fazendo um parada em Trôade a fim de trazer a capa, os livros e pergaminhos que lá deixara (4.13). Podemos considerar a epístola a última vontade de Paulo e seu testamento.

3.2. Características.
3.2.1. Semelhança de 2Tm com Tt:
a.    A fé e vida das igrejas (de Éfeso e de Creta) estavam ameaçadas pelo surgimento de falsos mestres de um pré-gnosticismo.
b.    Ambas as cartas têm a finalidade de encorajar pastores jovens em seus campos de trabalho.
c.     Ambas sublinham as necessidades da sã doutrina.
d.    Em ambas há a admoestação de evitar argumentos tolos.
e.    Paulo lembra-se do papel de Cristo como Redentor, Mediador e Conquistador.
f.      Em ambas há a exortação de viver a fé.


XVI. A Epístola de Paulo a Tito.
1. Propósito da carta: O propósito era de encorajar a Tito de realizar a difícil tarefa que lhe fora confiada em Creta. A epístola devia ajudá-lo a combater a heresia ameaçadora, de orientá-lo na tarefa de organizar e edificar as igrejas e de dar à presença e obra de Tito a sanção e suporte da própria autoridade apostólica de Paulo.


XVII. A Epístola de Paulo a Filemom.
1.                 Circunstâncias: Além da visita de Epafras, Paulo recebeu ainda outra visita de Colossos. Era um escravo,  chamado Onésimo (o nome significa "útil" ou "proveitoso"). Este havia fugido de seu dono Filemom, de Colossos, após haver provavelmente roubado bens do seu senhor (Fm 18). De qualquer maneira, entrou em contato com o apóstolo Paulo. Foi convertido e tornou-se útil ao apóstolo, que gostaria de ter ficado com ele. Mas Paulo resolveu enviá-lo de volta a seu dono com Tíquico, o portador da epístola aos Colossenses (Cl 4.7-9), enviando com ele uma carta a Filemom, pedindo que o recebesse como irmão caríssimo (Fm 16). Há uma indicação de que Filemom fará mais do que Paulo pede, talvez lhe desse até alforria (Fm 21).


XVIII. A Epístola aos Hebreus.
1. Autor: Hebreus não é uma epístola anônima no sentido de que o autor fosse desconhecido a seus leitores, mas apenas no sentido de que o nome não foi indicado. O escritor pede orações de seus destinatários em favor

2. Propósitos da Epístola:
1.    Havia perigo de que os destinatários recaíssem no judaísmo e, por isso, o autor se empenha em mostrar quão superior é a fé cristã e apela para que rompessem definitivamente com sua antiga fé.
2.    O autor os conclama a alcançar o mundo todo com a mensagem cristã, que não deve ser restringida.
3.    O autor exorta a fim de combater a heresia pré-gnóstica que fez alguns apostatar da fé.
4.    O autor se empenha em mostrar a Cristo como todo-suficiente Salvador e supremo Senhor sobre todos os outros poderes.

2.    Características: A Epístola apresenta três características fundamentais:
1.    Sua mensagem está, em primeiro lugar, fundamentada sobre o AT. Num sentido, toda a epístola é uma variação do tema de Paulo: As instituições sacras do AT são somente "sombra daquilo que há de vir; porém o corpo é de Cristo" (Cl 2.17). 
2.    A mensagem é cristocêntrica: Cristo, o Filho de Deus, domina o todo, e Cristo colore cada parte do todo. 
3.    A mensagem é marcada pela consciência dos últimos dias: Cristo apareceu no fim do tempo para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado (Hb 9.26). É o começo do fim. O novo mundo de Deus tornou-se uma realidade e os homens "... provaram os poderes do mundo vindouro" (6.5). Aquilo que eras passadas possuíram em forma imperfeita, agora se tornou em forma perfeita: uma melhor aliança (7.22).


XIX. A Epístola de Tiago.
1. Autor: Quem é este Tiago que se apresenta com a simples designação de "servo de Deus e do senhor Jesus Cristo"? (Tg 1.1). Tiago ocupou uma posição importante na igreja (At 12.17; 15.13-21) como presidente do Concílio de Jerusalém, e era ele com certeza o autor da mensagem dirigida às igrejas gentílicas (At 15.22-29).

2. Tiago e Paulo: Alguns afirmam que há contradição entre as epístolas de Paulo e de Tiago. Consideramos, porém, o que segue:
1.    Paulo escreve contra o homem que tem justiça própria, que não quer ser justificado, nem salvo somente pela graça de Deus em Cristo, mas insiste em que as boas obras são necessárias para a salvação. Tiago, porém, escreve contra aqueles que esperam que uma mera fé intelectual e a aceitação de verdades religiosas, sem boas obras, vai salvá-los.
2.    Tanto Paulo como Tiago crêem no que diz a Escritura: "Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça." (Tg 2.23; Rm 4.3). Ambos, dessa forma, crêem que a fé foi o instrumento pela qual Abraão foi justificado.
3.    Ambos ensinam que a fé não é vazia, mas cheia de obras. Assim escreve Paulo a Tito (3.8; 2.14) e aos Gálatas (5.6). Paulo define a verdadeira fé, "fé que atua pelo amor". Tiago diz o mesmo: "fé sem obras é inoperante" (Tg 2.20,26; 2.14).
        A Escritura ensina também a justificação na base de obras. É um sentido mais amplo. A verdadeira justificação  pela qual o pecador vem a ser filho de Deus sucede pela fé, sem as obras da lei (Rm 3.20,22). Tal fé, porém, só é conhecida de Deus; perante os homens permanece invisível. Por este motivo Deus justifica os seus santos crentes perante os homens mediante as suas obras; vale dizer, prova a sua fé e justificação pelos seus frutos (Lc 7.47; Jo 13.55; Mt 12.37; 25.34-40). Assim também todos os cristãos deverão reconhecer o seu estado de graça pelos frutos que o Espírito Santo operou nos seus corações (1Jo 3.14; 2.3,4; 2Pe 1.10; Mt 6.14).


XX. A Primeira Epístola de Pedro.
1. Propósito da Epístola: É uma epístola de consolo e de admoestação. Ele os admoesta de viver uma vida que expressa essa grande esperança, uma vida que proclame a salvação que eles possuíam em um mundo odioso e perdido. Ele queria que seus leitores aflitos vissem as dimensões eternas da graça de Deus a fim de que permanecessem firmes nela (5.12).

2. Características: A Primeira Epístola de Pedro é muitas vezes chamada “a carta da esperança”. E ela de fato expressa a esperança do cristão que, firme em sua fé, confia em Cristo e supera todas as dificuldades.


XXI. A Segunda Epístola de Pedro.
1. Alguns pontos a salientar:
a. Os falsos mestres referidos na epístola: Estes falsos mestres eram os "que seguiam fábulas engenhosamente inventadas" (1.16). Eles interpretavam a Escritura conforme seu entendimento particular (1.20,21), fazendo-o de tal maneira que negavam a Jesus Cristo, especialmente sua obra redentora. O ensino mais insidioso era em torno da vida cristã, porque ensinavam uma liberdade que evoluía para a libertinagem, Eram membros da igreja e assim infeccionavam todo o corpo dos crentes.
b.                 O ensino escatológico: Os falsos mestres negavam a parousia. Como para eles não havia um dia do juízo final, podiam viver à vontade de acordo com suas paixões. Escarneciam daqueles que o aguardavam (3.3ss). Por isso Pedro se opôs a eles e mostrou a certeza da segunda vinda de Cristo.



XXII. A Primeira Epístola de João.
1. Autor: Embora o apóstolo João não revele o seu nome no livro, ele começa dizendo que era uma testemunha ocular da história de Jesus e que tinha contato íntimo e pessoal com o Senhor (1.1-4). Existe uma grande afinidade entre esta epístola e o Evangelho de João. Basta comparar algumas passagens para chegar a esta conclusão como, por exemplo, 1Jo 1.1,2 com Jo 1.1,2; 1Jo 4.14 com Jo 1.14; 1Jo 1.4 com Jo 15.11; 1Jo 2.8 com Jo 13.34; etc.

2. Propósito: O propósito foi totalmente polêmico, dirigido contra falsos mestres dentro da igreja. "Eles saíram de nosso meio, entretanto não eram dos nossos" escreve o autor em 1.19. No tempo em que João escreveu a carta já se haviam separado da igreja, mas estavam incomodando a igreja. Eles negavam que Jesus era o Cristo (2.22; 5.1). Por outro lado, também negavam que Jesus veio em carne (4.2,3).
        Contra tais homens João concentra todo o seu poder para expor a realidade da encarnação, o fato que vida e comunhão com Deus só se podem encontrar através de Jesus Cristo, que veio e morreu pelos pecados dos homens na carne. A carta é polêmica, mas não meramente polêmica. João também traz o lado positivo da vida cristã, mostrando a rica medida da graça plena e da comunhão com o Pai e o Filho.


XXIII. A Segunda Epístola de João.
1. Propósito: A situação refletida em 2Jo está muito clara. Enganadores que negam a verdadeira humanidade de Cristo (v. 7; cf. 1Jo 4.2) estão procurando infiltrar-se em igrejas sob a responsabilidade do autor. Ele adverte contra a possível chegada de tais homens (v. 9) e aconselha que lhes seja negada a hospitalidade (v. 10). Outro propósito é admoestar para a manutenção do amor fraternal (vv. 5,6).


XXIV. A Terceira Epístola de João.
1. Circunstâncias e motivo da carta: A dedução que se pode obter do conteúdo da carta é que o autor está tentando ajudar a Gaio, que lhe tem permanecido fiel, a resolver uma situação delicada. Diótrefes, arrogando-se toda a autoridade, recusou receber os missionários que o escritor tinha enviado para a sua área. Ele foi tão longe que excluía da igreja aqueles que os hospedavam. Era preciso a ajuda de Gaio a fim de receber os missionários, mesmo caindo nas más graças de Diótrefes, até que o autor viesse em pessoa e tratasse do problema com a congregação. Uma carta que o autor havia escrito à igreja não havia sido acolhida por Diótrefes, por isso a razão desta carta, endereçada a Gaio (v. 9). Demétrio (v. 12) talvez fosse um desses missionários que agora está voltando com a carta. Não fica claro se Gaio e Diótrefes pertenciam à mesma igreja local; se não, suas congregações devem ter estado próximas uma da outra.


XXV. A Epístola de Judas.
1.                 Autor: Em Judas 1 o autor se denomina “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago”. Quando o nome “Tiago” aparece na sua forma simples em o NT, ele repetidamente se refere a Tiago, irmão do Senhor, que se tornou cabeça da igreja em Jerusalém e foi o autor da Epístola de Tiago, conforme argumentos mais convincentes. O autor da presente epístola era, portanto, também irmão de Jesus. Seu nome aparece como último na lista dos irmãos de Jesus em Mt 13.55 e Mc 6.3. Era, portanto, mais novo que Tiago.

2. Os falsos mestres em Judas: Eram homens que perverteram o ensinamento de Paulo a respeito da liberdade cristã e a adaptaram a seus propósitos licenciosos. Encaravam esta liberdade não como uma libertação do pecado, mas como a liberdade para o pecado. Perverteram a graça de Deus em licenciosidade, negando assim seu mestre e Senhor Jesus Cristo, que deseja que seus discípulos o sigam em pureza de coração. E eles pregavam essa perversão dentro da própria igreja. Eram, portanto, semelhantes àqueles referidos em 2Pe.


XXVI. O Livro de Apocalipse.
1. Caracterização: A significação etimológica de “Apocalipse” é desvendar, tirar o véu, descobrir. Vem da palavra grega apokalypso = revelar. Conforme Ap 1.1, é a revelação de Jesus Cristo, que Deus deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer.

2. Atitudes Interpretativas do Apocalipse:
a.    Preterista: Esta atitude interpreta o livro em termos do que já aconteceu no tempo em que foi escrito. Não vê nenhuma profecia nele, mas apenas uma interpretação de acontecimentos passados em forma de predições.
b.    Futurista: Tudo ainda há de acontecer, com exceção dos primeiros três capítulos, pertinho do fim do mundo. Desta maneira o livro era irrelevante para os destinatários.
c.     Historicista: Os acontecimentos abrangem toda a era da igreja cristã desde a era apostólica até o juízo final. Assim, o abrir dos selos representaria a queda do Império Romano; os gafanhotos simbolizariam a invasão muçulmana; a besta, o papado, etc. Mas os intérpretes divergem muito nos símbolos interpretativos.
d.    Idealista: Renuncia a todas as tentativas de relacionar a mensagem do livro diretamente aos acontecimentos históricos e reduz tudo a princípios gerais que simbolizam o conflito entre o bem e o mal, entre a igreja e o paganismo com o triunfo eventual do cristianismo.
        Uma interpretação verdadeira admitirá que cada uma dessas atitudes é unilateral. É preciso reconhecer que existem fatos contemporâneos no livro, pois foi escrito para o conforto daquela época, mas o livro não se restringe apenas àquela época mas a todo o espaço de tempo entre a ascensão de Jesus e sua Segunda Vinda. O verdadeiro intérprete não verá nele apenas um relato histórico, mas o dedo de Deus que guia o homem através da história e de seu julgamento até o fim.

2.                 Conteúdo: O livro é cuidadosamente estruturado em torno do número sete. Seu núcleo forma uma série de sete visões e todas elas, com exceção da primeira, representam toda a dispensação entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Estas sete visões podemos agrupar em duas seções maiores, a primeira de três e a segunda de quatro visões.


PARALELISMO PROGRESSIVO:

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a igreja com Cristo em seu meio, no mundo – cap. 1-3
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                                                candeeiros

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A IGREJA
A igreja sofrendo julgamento e perseguição – cap. 4-7

clip_image010clip_image011                                                               selos
E O MUNDO
A igreja vingada, protegida, vitoriosa – cap. 8-11

clip_image012                                                                     trombetas

Cristo é enfrentado pelo dragão e seus auxiliadores – cap. 12-14
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                                                                       Cristo e Dragão
CRISTO
Juízo final sobre os impenitentes – cap. 15-16
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                                                                         vasos
E
A queda da Babilônia e das bestas – cap. 17-19
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                                                                       Babilônia
O DRAGÃO
    A condenação do Dragão, a vitória de Cristo e da igreja – cap. 20-22
clip_image016                                                                    
                                                                                  consumação

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MULLER AIRTON SCHUNKE AJUDAR ALBERTO DE MATTOS ALCEU PENNING ALCOOLISMO ALEGRIA ALEMÃO ÁLISTER PIEPER ALTAR ALTO ALEGRE AM 8.4-14 AMASIADO AMBIÇÃO AMIGO AMIZADE AMOR André ANDRÉ DOS S. DREHER ANDRÉ L. KLEIN ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO ANJOS ANO NOVO ANSELMO E. GRAFF ANTHONY HOEKEMA ANTIGO TESTAMENTO ANTINOMISTAS AP 1 AP 2 AP 22 AP 22.12-17 AP 3 APOCALIPSE APOLOGIA APONTAMENTOS APOSTILA ARNILDO MÜNCHOW ARNILDO SCHNEIDER ARNO ELICKER ARNO SCHNEUMANN ARREBATAMENTO ARREPENDIMENTO ARTHUR D. BENEVENUTI ARTIGO ASAS ASCENSÃO ASCLÉPIO ASSEMBLEIA ASTOMIRO ROMAIS AT AT 1 AT 1-10 AT 1.12-26 AT 10.34-43 AT 17.16-34 AT 2.1-21 AT 2.14a 36-47 AT 2.22-32 AT 2.36-41 AT 2.42-47 AT 4.32-37 AT 6.1-9 AT 7.51-60 ATANASIANO ATOS AUDIO AUGSBURGO AUGUSTO KIRCHHEIN AULA AUTO ESTIMA AUTO EXCLUSÃO AUTORIDADE SECULAR AVANÇANDO COM GRATIDÃO AVISOS AZUL E BRANCO BAIXO BATISMO BATISMO INFANTIL BELÉM BEM AVENTURADOS BENÇÃO BENJAMIM JANDT BIBLIA ILUSTRADA BÍBLIA SAGRADA BÍBLICO BINGOS BOAS NOVAS BOAS OBRAS BODAS BONIFÁCIO BOSCO BRASIL BRINCADEIRAS BRUNO A. K. SERVES BRUNO R. VOSS C.A. C.A. AUGSBURGO C.F.W. WALTHER CADASTRO CAIPIRA CALENDÁRIO CAMINHADA CAMPONESES CANÇÃO INFANTIL CANCIONEIRO CANTARES CANTICOS CÂNTICOS CANTICOS DOS CANTICOS CAPELÃO CARGAS CÁRIN FESTER CARLOS CHAPIEWSKI CARLOS W. WINTERLE CARRO CASA PASTORAL CASAL CASAMENTO CASTELO FORTE CATECISMO CATECISMO MENOR CATÓLICO CEIA PASCAL CÉLIO R. DE SOUZA CELSO WOTRICH CÉLULAS TRONCO CENSO CERIMONIAIS CÉU CHÁ CHAMADO CHARADAS CHARLES S. MULLER CHAVE BÍBLICA CHRISTIAN HOFFMANN CHURRASCO CHUVA CIDADANIA CIDADE CIFRA CIFRAS CINZAS CIRCUNCISÃO CL 1.13-20 CL 3.1-11 CLAIRTON DOS SANTOS CLARA CRISTINA J. MAFRA CLARIVIDÊNCIA CLAÚDIO BÜNDCHEN CLAUDIO R. SCHREIBER CLÉCIO L. SCHADECH CLEUDIMAR R. WULFF CLICK CLÍNICA DA ALMA CLOMÉRIO C. JUNIOR CLÓVIS J. PRUNZEL CODIGO DA VINCI COLÉGIO COLETA COLHEITA COLOSSENSES COMEMORAÇÃO COMENTÁRIO COMUNHÃO COMUNICAÇÃO CONCÓRDIA CONFIANÇA CONFIRMACAO CONFIRMAÇÃO CONFIRMANDO CONFISSÃO CONFISSÃO DE FÉ CONFISSÕES CONFLITOS CONGREGAÇÃO CONGRESSO CONHECIMENTO BÍBLICO CONSELHO CONSTRUÇÃO CONTATO CONTRALTO CONTRATO DE CASAMENTO CONVENÇÃO NACIONAL CONVERSÃO CONVITE CONVIVÊNCIA CORAL COREOGRAFIA CORÍNTIOS COROA CORPUS CHRISTI CPT CPTN CREDO CRESCENDO EM CRISTO CRIAÇÃO CRIANÇA CRIANÇAS CRIOULO CRISTÃ CRISTÃOS CRISTIANISMO CRISTIANO J. STEYER CRISTOLOGIA CRONICA CRONOLOGIA CRUCIFIXO CRUZ CRUZADAS CTRE CUIDADO CUJUBIM CULPA CULTO CULTO CRIOULO CULTO CRISTÃO CULTO DOMESTICO CULTO E MÚSICA CULTURA CURSO CURT ALBRECHT CURTAS DALTRO B. KOUTZMANN DALTRO G. TOMM DANIEL DANILO NEUENFELD DARI KNEVITZ DAVI E JÔNATAS DAVI KARNOPP DEBATE DEFICIÊNCIA FÍSICA DELMAR A. KOPSELL DEPARTAMENTO DEPRESSÃO DESENHO DESINSTALAÇÃO DEUS DEUS PAI DEVERES Devoção DEVOCIONÁRIO DIACONIA DIÁLOGO INTERLUTERANO DIARIO DE BORDO DICOTOMIA DIETER J. JAGNOW DILÚVIO DINÂMICAS DIRCEU STRELOW DIRETORIA DISCIPLINA DÍSCIPULOS DISTRITO DIVAGO DIVAGUA DIVÓRCIO DOGMÁTICA DOMINGO DE RAMOS DONS DOUTRINA DR Dr. RODOLFO H. BLANK DROGAS DT 26 DT 6.4-9 EBI EC 9 ECLESIASTES ECLESIÁSTICA ECUMENISMO EDER C. WEHRHOLDT Ederson EDGAR ZÜGE EDISON SELING EDMUND SCHLINK EDSON ELMAR MÜLLER EDSON R. TRESMANN EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ EF 1.16-23 EF 2.4-10 EF 4.1-6 EF 4.16-23 EF 4.29-32 EF 4.30-5.2 EF 5.22-33 EF 5.8-14 EF 6.10-20 ÉFESO ELBERTO MANSKE Eleandro ELEMAR ELIAS R. EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURA PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS SOPRANO Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENOR TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12