Plano de aula comentado[1]
Rev. Emerson Carlos Ienke
Identificação:
Data:
Local:
Nome dos professores:
Turma:
Nº de alunos:
Nome da história:
Texto bíblico:
Objetivos: São metas estabelecidas ou resultados previamente determinados. Indicam aquilo que o aluno deverá ser capaz de fazer ou saber. Ao definir os objetivos, em geral coloca-se ênfase na modificação de comportamento do aluno quanto a conhecimentos, habilidades e atitudes que antes ele não era capaz de realizar, ou não realizava tão eficazmente. Ao se tratar da escola bíblica devemos sempre lembrar-nos que o nosso objetivo maior é compartilhar o plano da salvação e revelar o grande amor de Deus pela humanidade, demonstrado em seu filho, Jesus. A rigor, dizemos que existem dois tipos de objetivos: objetivos gerais e objetivos específicos. Os objetivos gerais são aqueles alcançados num período maior, a longo prazo, no final de uma etapa ou período. Já os objetivos específicos são mais simples, mais concretos ou de curto prazo, como os que podem ser alcançados ao final de uma aula, por exemplo.
Estratégias: Chamamos de estratégias os meios que o professor se utiliza para alcançar a aprendizagem de seus alunos e para que os objetivos propostos sejam alcançados. Por isso ele precisa ficar atento para escolher canções e orações que sejam coerentes com os objetivos da lição. É preciso que ele tenha em mente o que gostaria que os alunos aprendessem naquela aula. Tudo deve ser escolhido e preparado com antecedência, a fim de que o professor não corra o risco de “atirar para todos os lados” e não acertar em nada, por causa do improviso.
- Acolhimento: Saudar todas as crianças; perguntar se estão bem; se elas estão felizes; se dormiram bastante, etc... (Cuide para que elas não falem por muito tempo.)
- Oração Inicial: não diga simplesmente: “vamos orar”. Faça uma introdução didática, por exemplo:
- Qual é a primeira coisa que vocês fazem quando levantam?
- Alguém aqui faz oração quando acorda?
- Quem já orou hoje antes de vir para a escolinha?
- Jesus gosta quando a gente ora? Por que Ele gosta que a gente ore?
- Como é que a gente deve fazer com as mãos na hora de orar? E com os olhos?
- Muito bem. Então vamos agora orar bem alegres pedindo que Papai do Céu abençoe a nossa aula de hoje. Eu falo um pedacinho e vocês repetem depois de mim, tá bom?
- Canção: Jesus é o amigo melhor .
Não diga simplesmente: “alguém quer escolher uma canção?” Isso denota improvisação por parte do professor e, o improviso é coisa que só deve ser usado em casos de emergência. Você precisa ter escolhido, em casa, uma canção que vá de encontro com o tema da sua aula do dia. Antes de cantar também é importante dialogar com as crianças. Por exemplo:
- Vocês têm muitos amigos? Vocês gostam deles?
- Por que vocês gostam dos seus amigos?
- Vocês cuidam direitinho dos seus amigos?
- Vocês sabiam que todos nós temos um amigo que é muito legal? Quem adivinha o nome dele? (....) Isso mesmo. O nome dele é Jesus. Ele é o nosso Salvador!
- Por isso, vamos cantar agora uma canção bem legal que fala que Jesus é o amigo melhor. Quem já sabe, canta comigo, e os demais vão aprender rapidinho...
- Obs.: Se as crianças quiserem cantar outras canções de livre escolha, dê a elas esse direito, mas proceda como na canção a cima, e cuide para não perder o foco principal da sua aula. Não fique “cantarolando” sem saber o que pretende com aquela canção, ou simplesmente para passar o tempo mais rapidamente.
- Ensinando o versículo: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.” (Jo 10.10)
Da mesma forma que as estratégias anteriores, você precisará introduzir o versículo de maneira criativa. Um exemplo:
- Jesus é um amigo tão legal, não é mesmo? Quem concorda levante o braço.
- E vocês sabem onde é que nós podemos conhecer melhor sobre Jesus?
- Isso mesmo – na bíblia. A bíblia é a palavra de Deus. Lá tem um versículo muito bonito que eu quero ensinar hoje para vocês.
- Apresente o versículo e use técnicas diferentes para as crianças memorizarem. Ex. Varal, escrever no quadro e apagar as palavras; dê uma palavra para cada um colar no cartaz quando chegar a sua vez; elabore um quebra-cabeça, etc.... Use sua criatividade para isso. Nesse caso, você pode escrever o versículo dentro da figura de uma ovelha.
- Após trabalhar coletivamente, incentive seus alunos a falar de cor o versículo. Dê a oportunidade para todos. Você pode brindá-los de vez em quando, mas não sempre para não condicioná-los a decorar apenas em troca do brinde. A memorização, mesmo que de textos bíblicos, têm o seu valor, mesmo que as teorias educacionais modernas sejam contrárias.
- Canção: Noventa e nove ovelhas
Atividade em duplas: crie uma introdução para esta canção, tomando como base a técnica do ponto número 3.
- Contar a história: Lc 15.3-7
Ao contar a história também devemos ter o cuidado de fazer uma boa “incentivação”, ou arrumar um “bom gatilho”, que nada mais é do que algo que desperte a atenção das crianças para ouvir o que o professor vai lhes contar. Procure partir de algo corriqueiro no cotidiano das crianças e que vá ao encontro do assunto da história bíblica. Por exemplo:
- Deixe cair propositalmente algo bem pequeno e simule ter perdido, convidando as crianças para ajudar a procurar, ou esconda antecipadamente algum objeto na sala de aula e diga as crianças que você precisa da ajuda delas para procurar. A partir daí trave um diálogo:
- Vocês já perderam alguma coisa? Como vocês se sentiram?
- É bom ou é ruim perder alguma coisa?
- Vocês sabiam que na bíblia tem uma história que Jesus contou de uma ovelha que se perdeu. (Use sua voz e seus gestos e vá contando a história com empolgação. Comece a contar a história com um tom de voz suave. Se você perceber que uma criança começa a conversar, não pare para chamar a sua atenção; dê um jeito de incluir o nome dela na história. Tenha todos sob os seus olhos.)
- Aplicação da história: deve ser sempre bem equilibrada entre lei e evangelho. Cuide para não ser moralista! No final devemos sempre apontar para Jesus como a solução dos nossos problemas e pecados. Exemplo:
- Nós também somos como essa ovelhinha às vezes, não somos?
- Quando é que nós nos perdemos do Bom Pastor Jesus?
- E como Jesus se sente quando suas ovelhas se perdem?
- Será que Jesus abandona as ovelhas teimosas? Por que não?
- Ele nos ama tanto que sempre nos chama de volta, não é?
- Por isso que é legal a gente ir ao culto, vir à escolinha, etc... para aprender a ouvir a voz do Bom pastor Jesus.
- Canção: (opcional – dependendo do tempo poderá ou não ser cantada como encerramento da lição.)
- Avaliação: A avaliação se dá através da atividade preparada, que pode ser escrita, de pintura, de colagem ou até mesmo uma encenação. As crianças adoram se vestir ou imaginar que são outros personagens. Você também poderá montar com eles uma maquete, ou usar a sua criatividade de outras maneiras, como um jogo, por exemplo. Esse é um momento onde você tem a oportunidade de acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e até mesmo de rever algum aspecto e fazer diferente da próxima vez. Você deverá sempre explicar primeiramente a atividade e dizer porquê irão fazer aquilo. O segundo passo é deixá-los fazer sob o acompanhamento do professor. Por último você deverá corrigir a atividade com seus alunos. Nunca dê as respostas prontas. Estimule-os a pensar!
- Encerramento da aula: Você poderá optar em encerrar com uma canção e uma oração, ou simplesmente uma oração e a bênção. Incentive as próprias crianças a dirigir a oração.
[1] Este plano de aula não pretende ser uma receita, mas simplesmente uma pequena orientação para que os professores que estão iniciando na Escola Bíblica possam ter uma pequena base do aspecto pedagógico que envolve a Escola Dominical. É importante atentar para isso, porque faz muita diferença no resultado final. Muitas vezes, como igreja, zelamos bastante pelo aspecto doutrinário, mas “engessamos” isso numa moldura prolixa e cansativa, e não nos damos conta de que estamos com isso contribuindo com aquela falsa imagem de que a igreja é uma coisa chata também.