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DEUS PAI O CRIADOR

CREDO APOSTÓLICO

DEUS PAI O CRIADOR

A palavra “credo” significa: eu creio. O Credo Apostólico não é uma oração, mas uma Confissão.

Confessar significa fazer uma declaração do que nós cremos. Quando confessamos a fé da igreja cristã nas palavras do Credo Apostólico, nós confessamos nossa crença na Santa Trindade e naquilo que Deus tem feito por nós e em nós. Existem 3 Credos: Apostólico, Niceno e Atanasiano.

Não se tem certeza se foram ou não os apóstolos que escreveram este Credo (Apostólico). Entretanto, este credo reproduz autenticamente o ensino dos apóstolos, fundamentado nas verdades das Escrituras (1Co 8.6; 12.13; Fp 2.5-11; 1Tm 3.16).
Com as palavras do Credo Apostólico, cristãos através dos séculos têm confessado a sua fé em Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
O credo é composto de três artigos os quais mostram o trabalho de cada uma das três pessoas da trindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Pai nos criou e nos mantém; O Filho, Jesus Cristo, deu a sua própria vida para nos salvar e o Espírito Santo cria a fé em nossos corações e nos mantém na única e verdadeira fé em Jesus Cristo.
Neste nosso primeiro estudo queremos meditar no 1º Artigo do Credo que diz: Creio em Deus Pai Todo Poderoso, Criador do céu e da terra.
Que significa isto?
Creio que Deus me criou a mim e a todas as criaturas; e me deu corpo e alma, olhos, ouvidos e todos os membros, razão e todos os sentidos, e ainda os conserva; além disso me dá vestes, calçados, comida e bebida, casa e lar, esposa e filhos, campos, gado e todos os bens. Supre-me abundante e diariamente de todo o necessário para o corpo e a vida; protege-me contra todos os perigos e me guarda de todo o mal. E tudo isso faz unicamente por sua paterna e divina bondade e misericórdia, sem nenhum mérito ou dignidade da minha parte. Por tudo isto devo dar lhe graças e louvor, servi-lo e obedecer-lhe. Isto é certamente verdade. Amém
Que há um “deus” é uma verdade conhecida por todos os seres humanos. Apenas um tolo diz: “ Não há deus” (Sl 53.1).
O que de Deus se pode conhecer, é manifesto até mesmo entre as pessoas que não são cristãs, porque o próprio Deus se manifesta entre eles.
O poder de Deus pode ser percebido claramente por meio das coisas que foram criadas. Dizendo isto em outras palavras: Podemos reconhecer Deus através da criação do mundo.
Como o mundo veio a existir? Gn 1
A Bíblia nos mostra que Deus criou o mundo em 6 dias e no sétimo dia Deus descansou (Deus terminou de criar).
A palavra de Deus é clara: “No princípio, criou Deus os céus e a terra”.
Mas, para muitos estas palavras são estórias. O que muitos realmente acreditam é na Evolução do Mundo.
O que ensinam os Evolucionistas?
Criação através de uma explosão.
Não sabemos qual é a idade do Mundo. É inaceitável que pessoas afirmem que o homem veio do macaco. Então por que existem macacos ainda hoje e nenhum deles evoluiu até a espécie humana?
E o que dizer a respeito dos milhões de anos da terra?
Como pode alguém provar que uma arcada humana tem 1 ou 5 milhões de anos?
Isto parece brincadeira, mas não é. Muitos acreditam nestas coisas. E muitos em nosso meio social são tentados a crer nisto também.
O credo é uma resposta e confissão dos cristãos fundamentados no 1º Mandamento “Eu sou o Senhor teu Deus, não terás outros deuses diante de mim”
Martinho Lutero escreveu: “Eis o meu Deus: em primeiro lugar, o Pai, que fez o céu e a terra. Fora desse único Deus, a nada considero como Deus, porque outro não há que pudesse criar céus e terra.
Vamos deixar Deus ser Deus. A Bíblia toda é inspirada por Deus (1Pe 1.10; 2Pe 1.21; 2Tm 3.16 e Ap 22.18-19).
“Pois nenhuma mensagem profética veio da vontade humana, mas as pessoas eram guiadas pelo Espírito Santo quando anunciavam a mensagem que vinha de Deus” 2Pe 1.21.
“Pois toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver” 2Tm 3.16.
“Eu, João, aviso solenemente aos que ouvem as palavras proféticas deste livro: se alguma pessoa acrescentar a elas alguma coisa, Deus acrescentará ao castigo dela as pragas descritas neste livro. E, se alguma pessoa tirar alguma coisa das palavras proféticas deste livro, isto é, a sua parte da fruta da árvore da vida e também a sua parte da Cidade Santa” Ap 22.18-19.
A questão não é que as pessoas não crêem em nenhum deus, mas que elas são tentadas a crerem em um deus que não é o Deus Verdadeiro.
Muitas pessoas são tentadas a colocarem no lugar do Deus verdadeiro, deuses da nossa cultura, como dinheiro, sucesso, popularidade ou prazer.
O primeiro artigo do credo nos ensina que não há nenhum outro do que o Único Deus que fez os céus e a terra, e tudo o que existe. Mas muito mais do que isto, Ele é o nosso Pai que providencia e cuida de nós como um pai cuida e se preocupa com os seus filhos amados.
Deus criou o mundo, porém Ele continua a cuidar e nos manter aqui neste mundo. Deus está conosco todos os dias até o a consumação dos séculos Mt 28.20.
Nós cremos que Deus nos fez e tem nos dado todas as boas coisas que nós temos nesta vida. Deus nos dá o Pão Nosso de cada dia, isto é, Ele nos dá todo o necessário tanto para o corpo como para a alma.
Isto Deus tem feito puramente pelo amor que Ele tem por nós como nosso Pai. Ele não apenas nos dá a vida, Ele nos defende, nos guarda e nos protege durante esta vida.
Não há nada que nos faça merecedores das boas coisas que Deus nos dá. Mas o Nosso Deus é um Deus de amor e de graça. Ele sabe que por nós mesmos não seríamos capazes de conseguir nada.
Que bom é saber que o mesmo Deus que criou o céu, a terra é o mesmo que nos criou e cuida e se preocupa com cada um de nós diariamente.
Tudo o que nós somos e temos pertence a Deus. Nós, seus filhos, somos seus administradores.
“Tudo, tudo o que eu tenho, Senhor! Tudo o que eu sou Senhor! Todo o universo é teu, é teu, Senhor. Todo o tempo que tiver ao Senhor vou consagrar. Este tempo ele me deu para amar, servir e louvar.
Os meus dons eu vou usar no trabalho do Senhor. Estes dons ele me deu para amar, servir e louvar. Vou ser administrador dos bens que eu recebi. Pois, os bens ele me deu para amar, servir e louvar”. (Todos os Povos o Louvem Nº 116).
- Como Deus criou todas as coisas? Gn 1
“É pela fé que entendemos que o Universo foi criado pela palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi feito daquilo que não se vê” Hb 11.3.
- De que maneira Deus te sustenta?
“ Todos os seres vivos olham para ele com esperança, e ele dá alimento a todos no tempo certo. Quando os alimenta, o Senhor Deus é generoso; ele satisfaz a todos no tempo certo” Sl 145.15-16.
“Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois ele cuida de vocês” 1Pe 5.7
- De que maneira Deus te governa?
“Ponha a sua vida nas mãos do Senhor, confie nele, e ele o ajudará” Sl 37.5.
“Você fez do Senhor Deus o seu protetor e, do Altíssimo, o seu defensor; por isso, nenhum desastre lhe acontecerá, e a violência não chegará perto da sua casa” Sl 91.9-10.
“Por acaso não é verdade que dois passarinhos são vendidos por algumas moedinhas? Porém nenhum deles cai no chão se o Pai de vocês não deixar que isso aconteça. Quanto a vocês, até os fios dos seus cabelos estão contados” Mt 10.29-30.
- Por que Deus faz tudo isto?
“Como um Pai trata com bondade os seus filhos, assim o Senhor é bondoso para aqueles que o temem” Sl 103.13.
- Que deves por tudo isto ao Pai Celeste?
“Que posso eu oferecer a Deus, o Senhor, por tudo de bom que ele me tem dado” Sl 116.12.
“Dêem graças a Deus, o Senhor, porque ele é bom e porque o seu amor dura para sempre” Sl 118.1.
Lutero disse a respeito credo Apostólico: “A verdade cristã não poderia ter sido resumida numa exposição mais clara e breve”.

1º MANDAMENTO EM LUTERO

O Primeiro Mandamento

Contexto histórico dos catecismos.
Lutero escreveu dois catecismos, o “Catecismo Menor” e o “Catecismo Maior”, completando ambos em 1529. No prefácio do Catecismo Maior, Lutero explica o termo “catecismo”, tem como finalidade de que sirva de instrução a crianças e pessoas simples. Por isso desde a antiguidade se lhe chama em grego de catecismo, que tem por significado, instrução para crianças. Lutero diz que todo cristão o deveria conhecer.
Os jovens deveriam se exercitar e ocupar com o Catecismo, para que assim possam aprender toda a doutrina. Por isso, diz Lutero aos pais de família, que é deles o dever de pelo menos uma vez por semana, sentar com seus filhos e empregados domésticos, e tomar-lhes a lição, para verificar o seu conhecimento e sua aprendizagem, e caso não souberem de algum assunto, se empenhar com eles no estudo. Então, Lutero usou o termo “catecismo” em vários sentidos, como ensino básico na religião cristã, 1º como ato, depois como determinado material de instrução.
Em um de seus sermões, Lutero diz o seguinte: “catecismo é instrução ou ensino cristão”, que deve estender-se, após o Batismo, a todas as crianças e aos jovens e adultos sem preparo na doutrina cristã, pois cada cristão precisa necessariamente conhecer o Catecismo, “doutrina cristã”.
                            
                             Primeiro Mandamento
Não terás outros deuses.
Ter um Deus, diz Lutero, é confiar e crer Nele de coração. É em quem nós devemos esperar todo o bem e nos refugiar em momentos de dificuldades. E assim sendo, se a nossa fé e confiança forem verdadeiros, então, também é verdadeiro o nosso Deus, pois fé e Deus não se separam. Então nós devemos ter cuidado, onde nós vamos prender o nosso coração e a nossa confiança.
Este mandamento nos mostra em quem deve estar apegado a nossa confiança de coração, é no único e verdadeiro Deus. Lutero diz, se te faltares alguma coisa material para a vida, peça-o a Deus, e se estiveres em sofrimento, tristeza, recorre a Deus, pois Ele é o único que pode te dar e ajudar nessas coisas.
Talvez hoje, um dos ídolos ou deuses mais conhecidos em nosso meio, é o dinheiro e os bens. As pessoas que tem bastante dinheiro sentem-se seguro, alegre, como se não fosse precisar de nada mais e de ninguém. Da mesma forma, aquela pessoa que se gaba de sua inteligência, poder, honra, e nisso põe a sua confiança, também disso faz um deus, porém não o verdadeiro e único Deus. E por outro lado, uma pessoa que nada possui, está em desespero, como não existisse Deus para ela. Mas são poucas pessoas que não possuem nada, e que tem bom animo e não reclamam de nada. Por isso, ter um Deus diz Lutero, significa ter algo em que o coração confia inteiramente.
Lutero menciona a respeito do papado, onde eles, quando em alguma dificuldade , doença, tragédia, ou coisa assim, procurava ajuda nos vários santos, ou ainda aqueles que fazem pacto com o diabo, para ganhar mais dinheiro e cuidar dos seus bens. Põe a sua confiança em coisas que não são de Deus. Enquanto, que este mandamento nos mostra que Deus quer o coração todo dos homens, pois só Nele o coração do homem encontrará consolo e confiança.
Lutero também fala a respeito dos falsos cultos a Deus e da idolatria, por exemplo: os gregos criaram para si o deus supremo, Júpiter, deus do poder e domínio, a deusa do amor, Afrodite, e as mulheres grávidas, Diana ou Lucina. Então cada um criava um deus e rendia culto a eles. Portanto, para os pagãos ter um Deus também significa confiar e crer, embora esse confiar seja errado e falso. E Lutero cita ainda um outro culto falso, e esse todos nós praticamos, que diz respeito a nossa consciência, ou seja, quando queremos nos justificar, obter a salvação através das obras, pelo nosso próprio esforço, e não querendo nada gratuitamente de Deus. Mas o que deve ser lembrado, que o sentido desse mandamento é que só de Deus devemos esperar as coisas boas, inclusive, a salvação. No 1º Artigo, Lutero diz que é Ele quem nos dá o corpo, vida, comida, bebida, saúde, bens, proteção, paz, tudo o que necessitamos tanto para a vida física como espiritual, e nos protege de todos os perigos. Criatura nenhuma poderia nos dar todas essas coisas. As criaturas são a mão de Deus, pelo qual Ele nos concede estas coisas.

Explicação do apêndice ao 1º Mandamento.
“Porque eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus Mandamentos”.
Como podemos ver estas palavras se referem a todos os mandamentos, mas é o 1º Mandamento que encabeça os demais, pois é importante que o homem tenha a cabeça no caminho certo, pois sendo assim, toda a sua vida está indo para o caminho certo. Vimos portanto, que Deus se ira contra aqueles que confiam em qualquer coisa que não seja Ele, mas também é bondoso e gracioso com aqueles que confiam Nele de coração. Deus quer era temido e não desprezado.
“Os que me aborrecem”, Lutero diz que são aqueles que continuam em sua soberba, insolência, que não querem ouvir quando são repreendidos. Por isso, diz Lutero, Deus castiga duramente, a ponto de não esquecer os filhos dos seus filhos. Por mais sombria que seja essa ameaça, mais poderoso é o consolo na promessa daqueles que confiam Nele, é neles que Deus quer demonstrar as coisas boas e os benefícios.
Mas a visão que se tem no mundo de hoje, é que se não tiver dinheiro, no terá poder, honra, prestigio. Lutero diz o seguinte, no passado o que alcançaram aqueles que amontoaram muito dinheiro ou bens? Vejamos alguns exemplos bíblicos: Saul foi um grande rei, escolhido por Deus, mas seu coração foi tomado por sua coroa e seu poder, resultado: pereceu com tudo o que tinha, e seus filhos todos morreram. Davi, por outro lado, era pobre, mas que se tornou rei, no lugar de Saul. Então em resumo, Deus no 1º mandamento quer mostrar que só Nele devemos confiar e esperar todo o bem, pois onde o coração está bem-vindo com Deus e onde se guarda esse Mandamento, aí o cumprimento dos demais se segue por si.

                       Aplicação
Como vimos Lutero nos deixa bem claro em sua explanação do 1º Mandamento, que o nosso coração e confiança devem estar unicamente em Deus, que tudo nos dá para o sustento da vida, tanto física como espiritual, e nos protege e consola nos momentos difíceis, pelas quais passamos. Tudo que vemos hoje é completamente igual à época de Lutero, ou seja, as pessoas procuram ajuda em algo fora de Deus, como por exemplo: benzedeiras, horóscopo, macumbeiras, e assim poderíamos citar vários outros “recursos” que as pessoas procuram para resolver problemas financeiros, familiares, problemas de saúde, e assim por diante.
Portanto, assim como Lutero queria que as pessoas estudassem e conhecessem a Santa Doutrina através dos Catecismos. Assim também devemos nós procurar ensinar as pessoas a conhecerem o verdadeiro Deus, para que assim, também elas possam de coração confiar Nele, e a buscar ajuda somente Nele.

Catecismo maior: 2º parte do credo

1)            Contexto Histórico:
O Catecismo Maior e o Catecismo Menor foram escritos simultaneamente em abril de 1529, com o nome de Deutsch Katechismus, esse título era apenas para diferenciar essa obra do catecismo latino. Lutero ao criar os Catecismos tinha como intuito e a finalidade de instruir as crianças e as pessoas simples.
O termo “catecismo” é muito antigo na igreja. Tertuliano e Agostinho usaram o termo catechizare na Igreja da África para descrever o ensino oral na pregação para os catecúmenos que iam se convertendo na igreja. Lutero usa o termo com vários sentidos, primeiramente como ensino básico da igreja cristã, ou seja, como ato, depois determinando o conteúdo do livro e finalmente como o próprio livro.
Lutero entende que a essência do que é necessário para ser um cristão depende dos Dez Mandamentos, como expressão da vontade de Deus e espelho da alienação do homem que se relaciona ao primeiro artigo do Credo que fala da criação e do interesse de Deus pelo seu mundo criado, especialmente pela sua humanidade que Deus ama.  O segundo artigo é o centro da mensagem cristão, pois fala da salvação em Jesus Cristo. Pelo Espírito Santo, dito no terceiro artigo,  que chama, ilumina e congrega a santa igreja cristã.

2)            Esboço do escrito, destacando e analisando seus temas relevantes:
A primeira parte da doutrina cristã mostra tudo quanto Deus quer que façamos ou deixamos de fazer, por sua vez, o Credo nos apresenta tudo o que devemos esperar e receber de Deus. O Credo é dividido em três artigos principais, que corresponde a três pessoas da trindade, nas quais refere-se a tudo que cremos. De forma tal que o primeiro artigo, de Deus Pai, explique a criação, o segundo do Filho, a redenção e o terceiro do Espírito Santo, a Santificação. Um só Deus e uma só fé, porém três pessoas, e por isso também três confissões de fé. Porém, vou comentar apenas o primeiro artigo que se refere à Criação.
3)            Significado histórico e/ou teológico: 
Creio em Deus, o Pai Todo-Poderoso, CRIADOR do céu e da terra, nessas palavras fica traçado o que é a essência, à vontade, a atividade e obra de Deus Pai. Contudo o Credo,  não é nada a mais do que a confissão dos cristãos fundamentadas no primeiro mandamento. Este Credo se baseia nas palavras: “Criador do céu e da terra”, mas o que significa: “Creio em Deus, Pai onipotente, criador?”  Quero dizer que sou uma criatura de Deus, que ele me deu e ainda mantém, corpo, alma e vida, pequenos e grandes membros, todos os sentidos, razão e inteligência, comida, bebida, vestimenta, mulher e filhos, empregados, casa e lar. Além de por todas as suas criaturas a nosso favor: o sol, a lua, estrelas, o dia e a noite, o ar, o fogo, a água, a terra, e tudo o que subsiste nela e pode produzir: animais, cereais e todo tipo de plantas existentes, e os restantes bens corporais e temporais: bom governo, paz e segurança.
Entretanto, devemos aprender que nenhuma das coisas enumeradas acima, não está sob nossa capacidade de conservar, pois tudo é compreendido pela palavra “Criador”. Além disso, confessamos de mesma forma, que Deus Pai não nos deu apenas tudo o que possuímos e temos diante de nossos olhos, mas ainda nos preserva e defende, diariamente, de todo o mal e adversidade. E ele faz isso unicamente pelo seu amor e bondade, imerecidos por nós, mas ele faz como um Pai amoroso, que cuida de seus filhos, para que nenhum dano nos sobrevenha.
Portanto, nos resta amá-lo, louvá-lo e agradecer-lhe todos os dias sem cessar, em resumo, dedicar tudo isso a seu serviço, conforme ele mesmo o exige e ordena nos Dez Mandamentos.
 
4)            Significado prático, teológico e/ou homilético para os dias atuais:
O próprio Lutero já nos adverte que poucas pessoas crêem no conteúdo deste artigo, pois, se o cressem de coração, também agiriam de acordo, desde o tempo de sua vida, até nos dias atuais não mudou muita coisa, pois, se as pessoas acreditassem que Jesus é seu Salvador, não andariam por aí orgulhosos, como se tivessem eles mesmos o poder da vida, a riqueza, a soberba. E dessa forma que se fundamenta o pervertido no mundo,  que não quer enxergar e ainda usa todos os dons de Deus, unicamente para sua soberba e avareza, prazer e diversão, sem ao menos lhe agradecer e reconhecer-lhe como Senhor e Criador.

Da vontade cativa

Contexto

No início de 1524, Erasmo de Roterdã publicou sua "Diatribe sobre o livre-arbítrio". Nela posicionou-se abertamente contra uma afirmação central da teologia de Lutero: sua antropologia. Com essa publicação, Lutero tinha contra si o posicionamento do mais respeitado estudioso da época. Lutero teve que se posicionar. Para ele estava claro que a questão era fundamental. Em muitos sentidos, porém, a discussão entre Lutero e Erasmo não passou de episódio. Não provocou o debate das massas, mas colocou-o no centro da discussão da intelectualidade. Essa discussão não foi concluída. Em seu centro está a concepção humanista e reformatória do ser humano.

Da vontade cativa

Nós não devemos ocultar a palavra de Deus das pessoas, não podemos deixar que entendam de forma equivocada sobre a salvação, para que não façamos com que as pessoas a que ensinamos e também nós vamos para o inferno.
  Precisamos saber que precisamos de duas coisas muito importantes: Primeira que devemos ser humildes, Deus promete a sua graça aos humildes, e sem Deus não poderemos ser humildes. O segundo é nossa própria fé, o grau supremo de nossa fé crer que é clemente quem salva a poucos e que condena a tantos, isso não é possível compreender, pois se compreendêssemos não necessitaríamos de fé.
  Lutero agora começa a falar contra o livre-arbítrio que é defendido por Erasmo de Roterdã. Tudo o que fazemos não é por livre-arbítrio, mas o fazemos por sua necessidade. Nós necessitamos de Deus para tudo, sem o Espírito Santo agir em nós não podemos ser salvos. Quando o homem faz coisas erradas ele não é contra a sua vontade, mas o faz por prazer. Quando o Espírito Santo age nas pessoas nas pessoas, elas são estimuladas a querer o bem e negar o mal, assim sendo não há livre-arbítrio. O ser Humano não tem escolha quando pratica o bem é porque Deus faz com que ele o faça, quando ele faz o mal é o diabo quem manda no ser humano.
  Lutero agora prova que Erasmo está errado, com as próprias palavras de Erasmo que di que o livre arbítrio é uma força limitada que depende do poder de Deus, então não é livre arbítrio.
  Não deveria ser falado muito sobre o livre-arbítrio, pois as pessoas podem entender errado o que nós estamos querendo dizer, devemos ensinar que se use de boa fé, de tal modo que se conceda ao ser humano um livre-arbítrio não com respeito ao que lhe é superior, mas apenas ao que lhe é inferior, isso é: ele deve saber que em relação a suas faculdades e posses tem o direito de usar, fazer e omiti-las segundo o livre-arbítrio, embora também isso seja regido unicamente pelo livre-arbítrio de Deus como lhe aprouver.
  Lutero finaliza essa parte falando que isso tudo sobre o livre-arbítrio também o impressionou muito quando ele descobriu isso.

DEIXA DEUS SER DEUS

Deixa Deus Ser Deus

 O livro intitulado Deixa Deus ser Deus começa fazendo a relação entre os metodistas, em especial John Wesley com Lutero. Seus pontos de vista eram semelhantes sob o aspecto da salvação pela fé, eles combatem especialmente o fundamento do papado. Seus escritos têm contribuições a favor da religião, em que contém informações doutrinárias, mas ele não se preocupa apenas com detalhes particulares da fé cristã, porque em sua análise cada doutrina em particular está interligada com os outros artigos de fé, a saber, o que Lutero diz e crê que na mesma forma como “na filosofia um pequeno erro no princípio é um grande abominável erro no fim, assim também na teologia um pequeno erro subverte a doutrina inteira”[1].
 Mas, o ponto essencial que separa Lutero dos teólogos medievais é a maneira em que ele separa Lei e Evangelho e quando ele descreve a doutrina da justificação. Ele defende a doutrina verdadeira e protege a unidade da igreja em que procurava corrigir os erros do papado, por não interpretarem a Escritura em seu sentido pleno, tirando o foco que é Cristo, trazendo para o poder papal.
 Lutero entra no mosteiro com um objetivo único, a fim de salvar a sua alma. Ele queria um correto relacionamento com Deus, desejando estar seguro de suas atitudes perante Deus. Porém, muitas dúvidas perturbavam sua cabeça, não compreendendo a graça divina. Tudo era lei perante ele, temia o julgamento justo de Deus porque estava convencido que Cristo, também, era um juiz severo. Mas a partir do ponto em que leu Rm “O Justo viverá por fé” caiu o véu que cegava seus olhos, isto é, conseguiu distinguir entre lei e evangelho, adquiriu um novo conceito sobre Deus. Seu  novo conceito centralizava na fé em Deus, o teólogo deve encarar Deus como aquele que justifica o homem pecador, compreendendo as suas vontades e afeições divinas entendendo no seu relacionamento com o homem. Ele vê os aspectos do mundo a luz do conhecimento e da glória de Deus, sendo seu lema soli Deo Gloria, em que baseia toda a sua doutrina e propõe mudar o poder papal, porque na sua visão rouba a glória de Deus.
Para Lutero o perdão dos pecados significava muito mais do que uma doutrina que deva ser crida, ou mesmo uma experiência subjetiva, mas é um verdadeiro ato de Deus, por meio de Cristo pela qual o próprio Deus num amor puro e imerecido da nossa parte estabelece uma comunhão com o homem pecador. E isso se tornou o seu tema dominante e seu pensar e viver. Como para Lutero, saber que Deus perdoa nossos pecados por meio de Jesus Cristo na cruz é ter a certeza da salvação, essa certeza temos que ter em nossos dias. Deus é gracioso para conosco, um Deus justo, que perdoa os pecados para aqueles que se arrependem, e promete vida e salvação para aqueles que nele o crêem. É nesta promessa que devemos ter como base em nossa vida.
   Lutero foi um homem de profunda inteligência que expressava seus sentimentos, e tinha uma teologia, que hoje em dia foge de qualquer descrição. Ele sem dúvidas foi um grande pensador da idade média, deixando grandes problemas a serem resolvidos, entre eles o seu próprio pensamento. O nosso objetivo a respeito deste grande homem, como o próprio autor salienta, é entendê-lo observando-o com seus próprios olhos. Tendo como foco principal Cristo, que é nosso salvador.
Cap. 2 – O motivo do pensamento de Lutero

A Revolução Copernicana de Lutero

            Como na mudança copernicana que, é a mudança do pensamento geocêntrico (Terra), para heliocêntrico(Sol). No presente capítulo se enfatiza uma outra revolução, o pensamento de Lutero, em que ele passou do pensamento antropocêntrico para o teocêntrico, no que se refere ao relacionamento entre Deus e o homem.
            Porém, mesmo nas religiões ou igrejas cristãs que já admitiram Deus como centro, fica difícil abrir mão do egocentrismo, em virtude deles ainda possuírem o pensamento de colaboração humana na salvação. No entanto, na religião teocêntrica tudo depende da vontade de Deus, e todas as coisas devem convergir para ela, pois, nem sequer algo que o ser humano faça é suficiente para lhe assegurar alguma coisa.
           
A Consciência do Ponto de Vista de Lutero

            Dessa forma surge-nos o título do Livro, “Deixa Deus ser Deus” em que nós devemos nos esvaziar e ter a consciência de que a salvação só vem dele, como na citação de Lutero: “Deus quer salvar-nos não pela interna, mas pela externa justiça e sabedora, não por aquilo que vem e brota de nós, mas por aquilo que vem de outro lugar para dentro de nós, não pelo que se origina em nossa terra, mas pelo que desce do céu. Cabe a nós sermos instruídos numa justiça inteiramente externa e alheia. Por isso é necessário que a nossa própria justiça interna seja desarraigada”.
            O autor também nos faz refletir a respeito das orações, pois, mesmo na oração ensinada por Cristo, o “Pai-Nosso”, podemos ter uma atitude egocêntrica. Devemos por isso estar cientes de que, as três primeiras estrofes se referem a “teu” e só nas outras ao “nós” e “nosso” denotando a centralidade em Deus.
            Há quem diga que não há razão de orarmos, já que, Deus de qualquer forma nos beneficia e nos dá vida, comida, vestes, etc. Porém, em resposta a isso podemos afirmar que, o próprio Deus nos mandou orar e pedir o que fosse necessário para nossa vida. Além do mais, por orarmos nos colocamos na condição de humildes criaturas totalmente dependentes de Deus.
            Lutero salienta que, a verdadeira fé não se concentra em nossa experiência religiosa, ou de vida, mas na inteira confiança em Deus em toda e qualquer situação. Como na explanação do 1° Mandamento: “Já que eu sozinho sou Deus, deves depositar toda a tua segurança e confiança e fé em mim somente e não em algum outro”.
            Nós devemos nos concentrar na ênfase que Lutero dá a vontade e bênção de Deus, pois, na sua visão, muitas pessoas só conseguem ver a bênção de Deus se centralizar na ocorrência de sua própria vontade, como ele mesmo diz:”.. ser abençoado significa querer a vontade de Deus e sua glória e não desejar nada do que é seu nem nesta vida nem na eternidade”.
            Lutero argumenta e vai mais longe, na sua visão quem tenta fazer a vontade de Deus buscando méritos e recompensas não passa de um simples mercenário assemelhando-se aos ímpios. O cristão que deseja fazer a vontade de Deus deve fazê-la unicamente porque Deus é bom e misericordioso, sem esperar nada em troca, pois, ele já recebeu o bem mais precioso, a salvação.
            Há ainda críticos que indagam que se não é por obras que conquistamos salvação, então qual a necessidade e o ganho de se fazer boas obras? Contra tais futilidades, Lutero é taxativo, dizendo que não há necessidade de qualquer coisa impelir o justo a realizar boas obras, pois, já está em sua natureza.
            Por tudo isto exposto, podemos dizer que um dos grandes marcos da teologia de Lutero é a centralidade em Deus e não no homem. Pois, Deus criou a tudo e a todos e mantém toda sua criação, assim como conquistou a nossa salvação pelo sangue de Cristo, não há mais nada que possamos conquistar e tudo está preparado.   







      
Relatório: Deixa Deus ser Deus
Capitulo 2, a segunda parte.

Lutero em Contraste com os Escolásticos.

            Até aqui vimos que não é nada estranho comparar a obra de Lutero, com a de Copérnico, pois Lutero sustenta uma visão teocêntrica, é contra o antropocentrismo, sendo assim mudou a visão que a igreja tinha até então. O que surge agora é que Lutero havia apenas reproduzido o pensamento dos escolásticos da época. Burnaby afirma que Lutero quando fala do amor Deus e amor do homem ele esta apenas reproduzindo as palavras já ditas e escritas por Aquino. De forma nenhuma podemos descartar que o reformador nada tenha aprendido com os escolásticos, pois viveu entre eles por muito tempo até se lhe abrirem os olhos. Quando Burnaby diz que Lutero aprendeu também de Scotus, outro escolástico da época, ele esquece de mencionar pontos de vista diferentes.
            A afirmação de que Lutero apenas teria parafraseado aos escolásticos perde força quando é analisado mais profundamente. No caso de Scotus vemos ainda uma visão legalista, de mérito e recompensa, antropocêntrica assim como a maioria dos escolásticos, e sabemos bem que essa visão não fecha com a idéia do reformador.
            Outra questão levantada por Burnaby é que Lutero não entendeu a São Tomas de Aquino na formulação de sua tese, e por isso teria formulado outra doutrina, essa afirmação vem sobre a questão da Fides caridate formala, mas o que pode ser visto é que Lutero viu uma falha na formulação que havia sido feita, pois novamente havia aqui uma visão antropocêntrica, que é de fazer algo para merecer o amor de Deus. Em muitas vezes nos parece que Lutero parafraseia Aquino, mas será que há uma mesma linha de pensamento.
            Quando se fala em amor humano e amor de Deus ambos Lutero e Aquino têm uma mesma forma de falar sobre eles, dizendo que não são iguais, Aquino diz que: “Nosso amor é suscitado pela bondade, real ou imaginária do seu objeto, enquanto o amor de Deus infunde e cria a bondade nas coisas”, e Lutero diz: “o amor de Deus não acha seu objeto, mas o cria, enquanto que o amor do homem é criado pelo objeto”, aparentemente quer se dizer a mesma coisa, mas analisando a fundo vê-se que predomina em Aquino uma concepção egocêntrica do amor humano. A concepção de Lutero é a justificação pela fé, Deus revela seu amor em Cristo, em Tomás ainda predomina mesmo que menos do que em outros escolásticos o pensamento de fazer algo em troca da Graça de Deus.
             Outro ponto que produz controvérsias é a respeito do lema de Lutero o “Soli Deo gloria”, é o mesmo lema dos escolásticos, e de Calvino, que era glorificar a Deus acima de tudo. O ponto é que agora esse agora tem um outro sentido para Lutero, reformador, do que tinha para o Lutero monge. Pois novamente os escolásticos tinham uma visão do homem, como centro, ele teria que fazer as obras boas a Deus para assim ser aceito. Sendo assim a ação esta no homem, que não deixa Deus ser Deus.
             Lutero cavou fundo para colocar as pessoas sobre uma doutrina pura, e não sobre tradições, é difícil vermos no decorrer da historia alguém fazer isso, mas ele procurou libertar os homens do egocentrismo, se devotando somente a gloria de Deus. Deixa Deus ser Deus é todo o teor da reforma de Lutero. Depois de ver a rocha firme sobre a qual se fundamenta o cristianismo ele propôs uma reconstrução na vida espiritual das pessoas. O reformador coloca que não basta uma mudança de cerimônias ou ritos se a base não estiver sobre um alicerce firme.
            A “Justificação” significa a maneira que a vontade de Deus é feita, e centro da teologia de Lutero, sob essa ótica é feita à vontade de Deus. A fé que na visão de Lutero demonstra o nosso relacionamento com Deus, é entendido muitas vezes de forma equivocada e é colocada em uma função de troca, eu dou para Deus para desta forma receber algo em troca, a fim de receber a graça de Deus.
            Pode talvez haver semelhanças de palavras quando olhamos os escritos feitos por pessoas como Aquino ou Scotus, mas o teor que as palavras e escritos  de Lutero trazem, tem um  significado muito mais profundo. Desta forma quando se lê Lutero não se esta lendo algo que esta lá no passado já esquecido, mas esta se dando um passo para frente, em busca de um alvo a ser atingido. O problema que esta no coração do homem que é o egocentrismo, que na maioria das vezes não deixa Deus ser Deus.   
No capítulo 3 do livro “Deixa Deus ser Deus”, da autoria de Philip Watson, é comentado a respeito da revelação de Deus. Como conhecemos a Deus?
            Devemos ter sempre em mente o seguinte, quando se trata da Revelação de Deus: Ela designa o fato de Deus mesmo se revelar e revelar seu plano de salvação.
            Para Lutero existem duas espécies de conhecimento de Deus: o geral e o revelado.
            # Conhecimento Geral: também pode ser chamado de conhecimento natural. Todos os homens o possuem. Sabem que há um Deus, isso porque a natureza prova a Sua existência, ainda que não possamos ver Deus, mas temos conhecimento dele a partir de suas obras e é transmitido ao ser humano pela preservação e manutenção do próprio Deus de Sua criação. A outra forma que prova a existência de Deus é a consciência do ser humano. A Lei divina está escrita no nosso coração, por isso quando fizemos algo de errado, a nossa consciência nos acusa, considerando o ser humano responsável por seus atos a um poder superior a ele (Deus).
            Aquilo que Lutero chama de conhecimento geral de Deus, não é o resultado de nenhuma investigação humana a respeito de Deus, mas é anterior a toda a pesquisa humana e é dado pelo próprio Deus. O conhecimento geral de Deus nas mãos do homem causa a origem somente de toda a idolatria.
            O conhecimento geral ou natural tem propósitos, entre eles: manter disciplina entre as pessoas para que conheçam o Deus de poder e amor, e também mover o ser humano ao conhecimento revelado, aquilo que Deus pensa e quer de nós. Não somos salvos pelo conhecimento geral, mas este requer a complementação do conhecimento particular.
Deixa Deus Ser Deus. Cap. 3.


1.       CONHECIMENTO NATURAL DE DEUS DA PARTE DO HOMEM:

a.       Criaturas como máscaras de Deus
b.      Deus como um Deus de poder e justiça


Criaturas como máscaras de Deus : Tomás de Aquino e outros, afirmavam que a realidade da existência de Deus deveria ser concluída através de argumentos, ou seja, através da razão.
Este pensamento não poderia ser aceito para fins de justificação. Ele não fala nada sobre um Deus de amor. Segundo Lutero, é inútil querer conhecer a Deus através de sua majestade (teologia da glória), sem antes conhecê-lo na sua humildade revelada por seu Filho, nosso salvador e mediador (teologia da cruz).
Quando se fala em máscaras de Deus, a idéia inicial pode ser de um ocultar.  Mas vai além disso. Máscaras de Deus sugere também uma forma pela qual Deus utiliza para ter um relacionamento com o homem, que pode ser chamada de direta. As máscaras são na verdade todas as ordenações criadas de Deus, e segundo Lutero, todas elas contém a Cristo. Para Lutero, as criaturas de Deus  são a mão, o canal,  instrumentos, pelo qual Deus nos concede todas as coisas que necessitamos.


O Deus de poder e justiça


Para Lutero, esta é a idéia básica que um conhecimento geral de Deus proporciona. A idéia que se tem de Deus é esta: um Deus irado que castiga os ímpios e ama os corretos. Um Deus que não deixa impune os transgressores. Deus é totalmente poder e lei, segundo este pensamento. Desta maneira, o homem acaba caindo no grave erro de pensar que é justificado através de suas obras, e não através do amor e misericórdia de Deus. Neste exercício, surge a idéia de que deve-se sempre fazer aos outros o que gostaríamos que os outros fizessem para nós (Mt 5.27). O problema de tudo isso, é que não podemos esquecer que boas obras não podem reslver o nosso problema acerca da salvação, visto que nós próprios não temos a capacidade de sermos justificados por outro meio a não ser por intermédio de Cristo. Lutero entendia que o conhecimento geral de Deus, torna o ser humano indesculpável, visto que ao cometer algum erro, ele sabe que o que faz não é agradável aos olhos de Deus, mas mesmo assim comete. Lutero também não descarta o conceito de predestinação como fortemente presente na visão de conhecimento geral de Deus. A partir de todas estas visões, Lutero acusa o conhecimento geral de Deus de ser fonte de idolatria. O importante aqui é saber distinguir que o erro não está no conhecimento em si. O erro está no próprio ser humano que toma para si princípios errôneos, baseados em seu conhecimento geral de Deus.


2.       FALSA  RELIGIÃO DO HOMEM NATURAL:

Lutero caracteriza como falsa religião aquela que não fundamenta sua crença e  esperança na justificação por intermédio único de Cristo, mas antes, centra seu foco em conceitos antropocêntricos no qual julgam corretos. Falsa é a religião que busca utilizar da razão para explicar coisas que dizem respeito ao Deus de amor revelado na pessoa de Cristo. Através disso, Lutero acusa a razão de ser a “prostituta do diabo”. Jonh Wesley, através dos tempos, acusa Lutero de repudiar ao pensamento racional. Na verdade, o que Lutero adverte, não é contra o pensamento racional em si, e sim, quando este pensamento é utilizado para tentar explicar coisas que dizem respeito a Deus. Primeiramente, porque buscaremos Deus antes em sua majestade, e não em sua humilhação por nós, o que para Lutero, seria inútil.
Aqui importante é também, salientar o aspecto das boas obras. O homem quando pratica alguma obra, tem a natural tendência de “colocar na ponta do lápis” o que fez para cobrar de Deus. Esquece-se o homem que Deus não lhe deve nada. O homem sim é que está em contenda com Deus e jamais poderia lhe retribuir pela salvação que o Pai lhe concede


3.       O CONHECIMENTO DE DEUS REVELADO EM CRISTO:


Este sim, segundo Lutero é o verdadeiro conhecimento de Deus. Conhecer Deus por intermédio de Cristo, é conhecer a Deus como Deus realmente é: um Deus de amor, de compaixão, misericórdia e que cuida da sua criação e a preserva, ou seja,  este conhecimento remove a ignorância humana acerca da vontade de Deus e lhe torna conhecedor de como Deus o ama. Todavia, é importante salientar que o conhecimento particular não se opõe ao conhecimento geral de Deus, mas se opõe sim, ao conhecimento errôneo que foi transformado pela mente humana. Todavia, se não devemos buscar a Deus em sua majestade sem o buscar na cruz, ao mesmo tempo o Deus da majestade foi revelado na cruz.
                
                 



No capitulo IV, o escritor justifica seu argumento sobre a teologia da cruz, fazendo um desenvolvimento teológico em que ele partindo desde a causa necessária de nossa redenção, segue até culminar na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. A linha de desenvolvimento procura deixar claro que em nossa condição, automaticamente necessitávamos de um salvador, e como todos se encontravam na mesma condição, este salvador teria que ser de uma natureza tal que não estivesse manchada pelo pecado. Assim somente Deus poderia salvar-nos de nossa condição de pecadores. É desta ordem que trata a teologia da cruz.  


                 Desenvolvimento da teologia da cruz

           Lutero centraliza a teologia sobre a divindade de Cristo que de acordo com o credo Niceno, ele é o verdadeiro deus, o único deus.
 Sua teologia é Cristocêntrica, o mesmo significa que sua Cristologia é Teocêntrica. Rictsh diz que Lutero trouxe uma nova maneira de ver Jesus historicamente. Só que este Jesus histórico não traduz o mesmo sentido que os modernos tentam produzir, ele diz que Cristo quando lido historicamente, temos um grande homem que em obras e palavras nos deixa estupefatos de ânimo, mas as escrituras não são uma simples história dedicada ao registro, elas são um testemunho de como Deus se manifestou em carne, e indo até este Jesus histórico acabamos sendo direcionados a uma esfera não esperada: a do Jesus divino.                Daí entendemos porque ele enfatiza que a religião Cristã começou do ponto mais baixo.
          Na humanidade de Cristo, Deus se revelou, se assim não fosse nunca haveria como o homem ter contato com Deus. Esta foi à forma que o Deus oculto se manifestou. Desta maneira Deus se manifestou em obras e ocultou-se em seu sofrimento.
          No entanto, o Deus oculto para Lutero não era somente a parte que não se revelou em Cristo, mas sim a parte que muitas vezes até mesmo em Cristo guardou silêncio e nada revelou. Deus é, portanto oculto e revelado ao mesmo tempo. Só que em Cristo a divindade se revela de maneira mais clara. Portanto, se Deus se revela em Cristo, é somente em Cristo que podemos conhecer a Deus.
          Cristo é segundo Lutero um exemplo e um sacramento. Como exemplo, ele incorpora o máximo da lei, desta maneira ele deve ser apresentado ao impenitente, a fim de que se arrependa e encontre Cristo como sacramento. Desta forma ele media e salva.
          Em Cristo, seus milagres devem ser considerados ofício acidental ou excedente, pois os apóstolos também o fizeram, assim também os profetas. Em exemplos Cristo é um exemplo máximo de vida Santa, mas vida Santa também podemos tomar como exemplo Abraão, Isaías, João Batista e muitos outros, mas o que Cristo nos traz que  nenhum outro traz é: perdoados estão os teus pecados.
 --Mas somente Deus pode perdoar pecados!
 --Exatamente, em Cristo Deus estava reconciliando consigo o mundo, ali era Deus perdoando pecados.
           Somente Deus pode conceder perdão, graça, justiça e vida eterna, portanto Cristo  deve ser entendido como verdadeiro Deus por natureza.


                           Cristo como intérprete da lei

            A lei é entendida por Lutero como ofício acidental ou excedente, mas que para nós possui um valor significativo. Vejamos como Lutero não concebe a lei:
·         1. Lei natural= conhecimento que deus pôs no homem no princípio.
·         2. Decálogo= a que se ressalta de maneira escrita a lei natural obscurecida pelo pecado.
·         3. Amor evangélico= ama a Deus e o próximo.
            A lei, no entanto é construída sobre o fundamento do amor, e só existe de maneira verbal por que o pecado obscureceu este amor no coração do homem.
            Assim da lei encontramos dois pontos importantes para a hermenêutica: a observância moral e a espiritual. Destes dois temos à prática das obras da lei e o cumprimento da lei. Assim a lei exige muito mais do que uma observância externa, mas sim uma real e verdadeira atitude de coração e um amor que está muito longe da natureza humana. Desta maneira a lei torna mais clara a condição de pecadores, pois mesmo que pratiquemos as obras da lei, nosso coração é mau.
           Cientes de que não conseguimos observar a lei como ela exige que a observemos, Lutero ressalta a importância dela na hora de colocar freio na vida dissoluta dos homens, e como ela intensifica a pecaminosidade no coração destes. Ele também deixa claro que o ímpio quando começa a observar a lei exteriormente, começa a encher-se de orgulho e acha que pelo que ele é, conseguirá justificar-se diante de Deus, atitude esta que Lutero diz ser de um homem possuído pelo diabo. E quando este homem cai em si, que não consegue observar a lei de maneira correta, ele se desespera da misericórdia de Deus, e isto é pecado supremo e imperdoável. Assim o homem se atira ao pecado.
            Lutero usa o exemplo de Santo Agostinho quando ele compara a ação da lei sobre a condição Humana com o efeito da água sobre a cal. há na cal, diz ele, certa substância ardente e causticante que é atiçada quando a água é derramada sobre ela. Isso não é culpa da água, mas da cal, cujas qualidades latentes são assim estimuladas para a atividade. Numa maneira semelhante, a lei estimula nossa vontade humana e pecaminosa. Opondo-se a nós com suas exigências e proibições, contrárias a nossos desejos, consegue apenas atiçá-los. Pois, como Lutero observa, somos todos, por natureza, tais homens que desejam mais aquelas coisas que nos são proibidas. Nisto não é evidente a culpa da lei boa, justa e Santa, mas da nossa natureza e pecaminosa, que não deseja o que a lei prescreve, mas antes deseja, se fosse possível, que não houvesse lei. Mas desejar que não haja lei (aqui é uma expressão da vontade de Deus) é desejar virtualmente que não haja legislador e que não exista o próprio Deus.
            A lei acaba e estimulando nossos apetites carnais. Em contrapartida a este exemplo Lutero exemplifica o evangelho como o óleo que estanca o caos que acontece ao se aplicar água sobre a cal.


            A lei da natureza e de Cristo

            Agora veremos três maneiras de se entender à lei segundo Lutero:
1. Lutero interpretava a os dez mandamentos sob a ótica do sermão do monte.
2. A lei é sempre um imperativo moral e, o melhor imperativo divino do amor em todas as relações humanas, e isto sempre foi assim.
3. A lei natural não é um equipamento interior e psicológico da natureza humana, mas algo em e com a consciência teológica.
           Neste sentido a lei em instante algum abre espaço para que através dela o homem possa se justificar diante de Deus.
          Através do evangelho, Deus gera através de Cristo uma nova maneira de ver a lei, e em nossos corações começamos a amá-la e buscar nela não justificação, mas uma maneira de como melhor servir ao próximo.


                   Cristo como mediador e Salvador

           Como mediador e Salvador, Lutero enfatizam a doutrina Paulina da justificação, onde Cristo media a causa do homem para com Deus, e pagando a dívida do homem torna-se seu salvador. Pode-se dizer que é o verdadeiro e próprio ofício de Cristo contender com a lei, com o pecado, com a morte e todo o mundo e contender de tal maneira que ele tem de sofrer e a suportar todas essas coisas e, ao sofrer elas em si mesmo, derrotar, abolir e livrar por esses meios os crentes da lei e de todos os males.

                       O redentor humano e divino

            Lutero enfatiza a divindade de Cristo de tal forma que parece muitas vezes não dar importância para sua o humanidade, mas a humanidade é em Lutero muito bem destacada, além do mais, ele preserva a doutrina calcedoniana das duas naturezas.
            Para responder perguntas como: como pode Deus ser crucificado e morrer? Ou como pode Cristo sendo homem criar o mundo? Ele recorre à antiga doutrina da comunicatio idiomatum, e apesar de nestes pontos temer muito uma asseguração errada, ele compara a união da divindade com a humana ao casamento, onde Deus compartilha de seus dons com a natureza humana e dela recebe suas fraquezas e males, libertando todos aqueles que estão unidos a ele.
 O que ele faz, é o que Lutero expressa como: fazendo uma troca feliz conosco... tomou sobre si a nossa pessoa pecaminosa e  nos deu a sua inocente e  vitoriosa pessoa... pois ele, carregando assim o pecado do mundo inteiro foi preso, padeceu, foi crucificado, morto e tornou-se maldição em nosso lugar. Mas porque ele era uma pessoa divina e eterna, era impossível que a morte ou retivesse. Por isso ele ressuscitou no terceiro dia da morte e agora vive para sempre. E não mais se encontram nele o pecado nem a morte, mas pura justiça, vida e eterna bem aventurança.
           É marcante a figura desenhada do proto evangelho onde a serpente morde o calcanhar do filho da promessa e este lhe pisa a cabeça.



                         A majestade de um amor incriado

             Lutero não acha nenhum outro motivo que cativasse Deus a fazer o que fez se não o amor, amor tal que não se encontra em nenhum homem como nós, este amor era puro e divino, pois não buscou seus interesses, amou a todos indistintamente, tanto amigos quando inimigos.
            Neste amor que na Cruz demonstrou como é Grande e divino, Cristo demonstrou a todos que por mais fortes que sejam os adversários do homem e de Deus, ele triunfou sobre todos, e por mais fortes que sejam, não conseguiram impedir que a obra de Deus se manifestasse em Cristo. O diabo e os ímpios jamais querem reconhecê-lo como Deus e deixá-lo ser Deus, mas ele o é. E graças a este amor incriado temos salvação, pois ele é o próprio Deus. Refletindo com João vemos esse amor que nos foi dado: Deus amou mundo de tal maneira que deu seu único filho, a fim de que todo aquele que nele crer, não pereça, mas a tenha a vida eterna. Também sabemos que o filho de Deus é vindo, e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e o a vida eterna.

                                        Conclusão

            Deus olhando para a terra, não viu um justo sequer, ninguém que buscasse a Deus, e na eternidade exclamou: quem irá por nós? E o filho exclamou: eis me aqui Para fazer, ó Deus a tua vontade! Poderíamos encerrar nossa leitura com estas palavras de reflexão, onde Deus se importou por sua criação ao ponto de entregar seu único filho por nós, e de fundo esta é a mensagem que está oculta por traz de todo o texto que nós lemos. Graças a Deus que nos dá vitória por intermédio de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.


A Doutrina da Palavra

Lutero diz que não é possível compreender Deus sem a palavra, e em toda a Escritura tanto em textos ou frases fáceis como em difíceis, Cristo está presente ali. Cristo também está presente no Antigo Testamento, pois as leis e os profetas não são proclamamos e entendidos diretamente se não encontramos Cristo neles.
 Vemos também que as pregações dos apóstolos no Novo Testamento nos levam sempre de volta para os ensinamentos de Moisés. Lutero diz que no Antigo Testamento é Escritura e no Novo Testamento é pregação, pois apóstolos escrevem muito pouco. Na maioria das vezes se preocuparam em escrever para combater algum mal que estava acontecendo em algumas igrejas.
Em o prefácio aos dois testamentos Lutero afirma que o Novo Testamento é primordialmente evangelho e o chama de testamento por que Jesus deixa seus ensinos para serem pregados em todo o mudo. Lutero diz que no Antigo Testamento primordialmente é lei e chama de testamento por que Deus dá para o seu povo a terra de Canaã.
 O Antigo Testamento se relaciona com o Novo Testamento primeiramente por causa da promessa do Messias e em segundo lugar por mostrar através dos mandamentos que o povo necessita de um Salvador, ou seja, lei e evangelho. Cristo é o interprete da lei e promulga o evangelho.
A palavra fundamental é Cristo mesmo que muitas vezes em exegeses não estão  muito claras. As palavras de Deus escritas ou faladas são um meio de comunicação criativo que Deus usa para falar conosco.
A palavra de Deus nos vem com duas fontes como lei e como evangelho, e é essencial para um teólogo saber a diferenciar um do outro,  a lei deve sem interpretada pelo evangelho e não o evangelho ser interpretado pela  lei por que ai estaria sendo cometido um grade erro.
Quando Lutero percebeu que do modo com que ele falava da lei parecia que blasfemava ele explicou melhor a sua posição a respeito do uso da lei e do uso do evangelho. Em seu comentário do livro de Gálatas, Lutero fala que a lei é “Santa, justa e boa”, mas a lei deve ser aplicada com muito cuidado e de forma correta para não virar uma falsa doutrina.
Para Lutero a lei é tanto boa como má, tanto divina como diabólica. Como ele afirma cuidadosamente ela é em diversos sentidos. Ela é como expressão da vontade divina  de Deus, mas se é usada para mostrar os caminhos da salvação então ela é diabólica, por isso é que Lutero fala que a lei deve ser aplicada com muito cuidado.
Quando Lutero fala da lei que é irrelevante ele só esta repudiando o legalismo religioso, e a opinião de que ela justifica diante de Deus. Mesmo que o homem conseguisse cumprir toda a lei ele não seria salvo, pois estaríamos  rejeitando a maneira que Deus quer usar para que sejamos saltos.
 Quando Lutero opõe de uma maneira rigorosa lei, devemos ter  dois pontos de vista primeiro: que Lutero não estava se opondo a  ética da religião, e  em segundo: ele  reafirma que a lei não é útil para a salvação como já foi falado acima.
 Lutero diz que há dois usos da lei: como civil ou política, e como espiritual.  A lei mesmo que política é lei de Deus e precisa ser cumprida, mas sem abusos, por isso a lei sempre deve ser cumprida desde que não vá contra o evangelho.
No sentido espiritual é para aumentar as transgressões, pois a lei nos mostra tudo o que nós fazemos de errado. Tanto  no uso espiritual, como no uso político a lei é uma coisa excelente e é serva, não inimigo do evangelho.
Lutero diz que o evangelho possui dois ofícios: o primeiro é interpretar a lei, o segundo ofício é pregar Cristo, o proclamar a obra de Deus. Evangelho no sentido restrito do termo é totalmente  o oposto da lei. Onde a lei exige o evangelho concede e assim por diante.
 Ser crente é não mais viver sob a lei, mas sob a graça. O evangelho anula a lei, mas não é por isso que podemos fazer tudo o que a lei proíbe que façamos, pois a lei civil continua a valer.
Tudo deve ser entendido a luz da obra própria de Deus. Quando isso é feito à lei perde o seu valor legal. Para Lutero, tanto lei como evangelho são a justiça que condena e justiça que salva e são de um mesmo Deus gracioso, cuja natureza mais profunda é o amor. Lutero vê a lei incluída no evangelho e o evangelho incluído na lei, os dois apesar de serem opostos sempre estão juntos.
Lutero nos mostra que sempre Deus falou com o seu povo, que sempre houve uma religião correta, pois havia sempre crentes para continuar a levar à pregação da palavra a diante. Os sinais são o Batismo, Eucaristia e a Absolvição.
Os sacramentos nos livram de dois grandes erros: primeiro o legalismo, e o segundo a orientação puramente da religião. O sacramento é constituído da palavra que o acompanha e lhe dá o seu significado. Em oposição a vários outros teólogos Lutero afirma a presença real de Cristo na Ceia.
Do ponto de vista Zwingliano Cristo não está presente na Ceia, pois não pode estar presente num sacramento na terra, pois seu corpo após ressuscitar foi para a glória no céu, e Lutero responde a esses pensadores dizendo que Cristo não pode estar presente somente no céu, pois Deus é onipresente e por isso está em todos os lugares. Para Lutero esse Deus onipresente é o Deus revelado em Jesus Cristo que nos salvou mediante sua morte na cruz. Então Lutero questiona a explicação de Zwinglio, a respeito das palavras de Cristo: “Isto é o meu corpo”. Pois Zwínglio estava interpretando como “isto representa meu corpo”. Pois se fosse assim diz Lutero, o Sacramento não é mais a manifestação de Deus.
Na visão de Lutero, os Sacramentos são obras de Deus. E não um instrumento nas mãos humanas para influenciar a Deus, ou seja, querem amenizar a sua culpa, assegurar para si o amor e o favor de Deus. O amor e o favor são gratuitos, dados por Deus a nós. Então os Sacramentos não são feitos pela vontade humana, nem pela sua fé recebedora, diz Lutero, mas pela Palavra do Deus encarnado. A Santa Ceia tem a grande importância de alimentar o novo homem. Também podemos identificar a santificação como o crescente domínio do amor divino em nós. Essas obras, porém, o Espírito Santo não realiza onde não há a palavra de Deus, isto é, onde Cristo não está presente.
   Lutero diz que a Igreja Cristã está, onde Cristo está. Para identificar uma igreja realmente cristã, Lutero procura nelas algumas marcas, como a pregação da Palavra, Batismo, Santa Ceia. Mas tudo isso reflete uma única marca, que é a presença da Palavra.
Há quem diga que o motivo de Lutero dar tamanha autoridade às Escrituras é porque acreditava na necessidade de uma autoridade externa na religião. O motivo de escolher as Escrituras estaria baseado no fato de que elas teriam dado a correta interpretação de sua própria experiência religiosa. Tal interpretação, porém, vai contra os princípios de Lutero, o de colocar o foco religioso em Deus. Ele não defendia a autoridade da igreja no sentido de que ela seria responsável por criar a fé. Nem tampouco as Escrituras poderiam realizar tal proeza, pois, se colocadas acima de Cristo, não mais cumpririam mais a sua função, de testemunhar Cristo. Daí a importância de que as Escrituras sejam interpretadas por elas mesmas, e não por argumentos humanos.
Em tudo o que fez Lutero sempre tinha em mente deixar que Deus fosse Deus. Então, vemos que havia sempre um contraste entre Lutero e os teólogos contemporâneos a ele, ou seja, procuravam um Deus egocêntrico, seja pelo esforço próprio ou pelas experiências pessoais. Assim sendo, por nós mesmos, nós realmente somos indignos e temos razão em ficarmos desesperados, mas não pela obra própria de Deus em Cristo, a qual nos é confirmada pelo Espírito Santo.


[1] WATSON, Philip S. Deixa Deus ser Deus. Tradução Paulo F. Flor. Canoas: Editora ULBRA, 2005. p.19. 

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1 CO 1.18-25 1 CO 12.2 1 CO 15.20-28 1 CO 15.50-58 1 CO 2.1-5 1 CO 6.12-20 1 CO2.6-13 1 CORÍNTIOS 1 CR 28.20 1 JO 1 JO 1.1-10 1 JO 4.7-10 1 PE 1.13-21 1 PE 1.17-25 1 PE 1.3-9 1 PE 2.1-10 1 PE 2.18-25 1 PE 2.19-25 1 PE 2.4-10 1 PE 3.13-22 1 PE 3.15-22 1 PE 3.18-20 1 PE 4.12-17 1 PE 5.6-11 1 PEDRO 1 RS 19.4-8 1 RS 8.22-23 1 SM 1 1 SM 2 1 SM 28.1-25 1 SM 3 1 SM 3.1-10 1 TIMÓTEO 1 TM 1.12-17 1 Tm 2.1-15 1 TM 3.1-7 1 TS 1.5B-10 10 PENTECOSTES 13-25 13° APÓS PENTECOSTES 14° DOMINGO APÓS PENTECOSTES 15 ANOS 16-18 17 17º 17º PENTECOSTES 1CO 11.23 1CO 16 1º ARTIGO 1º MANDAMENTO 1PE 1PE 3 1RS 17.17-24 1RS 19.9B-21 2 CO 12.7-10 2 CO 5.1-10 2 CO 5.14-20 2 CORINTIOS 2 PE 1.16-21 2 PE 3.8-14 2 PENTECOSTES 2 TM 1.1-14 2 TM 1.3-14 2 TM 2.8-13 2 TM 3.1-5 2 TM 3.14-4.5 2 TM 4.6-8 2 TS 3.6-13 2° EPIFANIA 2° QUARESMA 20º PENTECOSTES 24º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 25º DOMINGO PENTECOSTES 27-30 2CO 8 2º ADVENTO 2º ARTIGO 2º DOMINGO DE PÁSCOA 2TM 1 2TM 3 3 3 PENTECOSTES 3º ARTIGO 3º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 3º DOMINGO DE PÁSCOA 3º DOMINGO NO ADVENTO 4 PENTECOSTES 41-43 4º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 4º DOMINGO DE PENTECOSTES 4º FEIRA DE CINZAS 5 MINUTOS COM JESUS 5° APÓS EPIFANIA 500 ANOS 5MINUTOS 5º DOMINGO DE PENTECOSTES 5º EPIFANIA 5º PENTECOSTES 6º MANDAMENTO 7 ESTRELAS Abiel ABORTO ABSOLVIÇÃO ACAMPAMENTO AÇÃO DE GRAÇA ACIDENTE ACIR RAYMANN ACONSELHAMENTO ACONSELHAMENTO PASTORAL ACRÓSTICO ADALMIR WACHHOLz ADELAR BORTH ADELAR MUNIEWEG ADEMAR VORPAGEL ADMINISTRAÇÃO ADORAÇÃO ADULTÉRIO ADULTOS ADVENTISTA ADVENTO ADVERSIDADES AGENDA AIDS AILTON J. MULLER AIRTON SCHUNKE AJUDAR ALBERTO DE MATTOS ALCEU PENNING ALCOOLISMO ALEGRIA ALEMÃO ÁLISTER PIEPER ALTAR ALTO ALEGRE AM 8.4-14 AMASIADO AMBIÇÃO AMIGO AMIZADE AMOR André ANDRÉ DOS S. DREHER ANDRÉ L. KLEIN ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO ANJOS ANO NOVO ANSELMO E. GRAFF ANTHONY HOEKEMA ANTIGO TESTAMENTO ANTINOMISTAS AP 1 AP 2 AP 22 AP 22.12-17 AP 3 APOCALIPSE APOLOGIA APONTAMENTOS APOSTILA ARNILDO MÜNCHOW ARNILDO SCHNEIDER ARNO ELICKER ARNO SCHNEUMANN ARREBATAMENTO ARREPENDIMENTO ARTHUR D. BENEVENUTI ARTIGO ASAS ASCENSÃO ASCLÉPIO ASSEMBLEIA ASTOMIRO ROMAIS AT AT 1 AT 1-10 AT 1.12-26 AT 10.34-43 AT 17.16-34 AT 2.1-21 AT 2.14a 36-47 AT 2.22-32 AT 2.36-41 AT 2.42-47 AT 4.32-37 AT 6.1-9 AT 7.51-60 ATANASIANO ATOS AUDIO AUGSBURGO AUGUSTO KIRCHHEIN AULA AUTO ESTIMA AUTO EXCLUSÃO AUTORIDADE SECULAR AVANÇANDO COM GRATIDÃO AVISOS AZUL E BRANCO BAIXO BATISMO BATISMO INFANTIL BELÉM BEM AVENTURADOS BENÇÃO BENJAMIM JANDT BIBLIA ILUSTRADA BÍBLIA SAGRADA BÍBLICO BINGOS BOAS NOVAS BOAS OBRAS BODAS BONIFÁCIO BOSCO BRASIL BRINCADEIRAS BRUNO A. K. SERVES BRUNO R. VOSS C.A. C.A. AUGSBURGO C.F.W. WALTHER CADASTRO CAIPIRA CALENDÁRIO CAMINHADA CAMPONESES CANÇÃO INFANTIL CANCIONEIRO CANTARES CANTICOS CÂNTICOS CANTICOS DOS CANTICOS CAPELÃO CARGAS CÁRIN FESTER CARLOS CHAPIEWSKI CARLOS W. WINTERLE CARRO CASA PASTORAL CASAL CASAMENTO CASTELO FORTE CATECISMO CATECISMO MENOR CATÓLICO CEIA PASCAL CÉLIO R. DE SOUZA CELSO WOTRICH CÉLULAS TRONCO CENSO CERIMONIAIS CÉU CHÁ CHAMADO CHARADAS CHARLES S. MULLER CHAVE BÍBLICA CHRISTIAN HOFFMANN CHURRASCO CHUVA CIDADANIA CIDADE CIFRA CIFRAS CINZAS CIRCUNCISÃO CL 1.13-20 CL 3.1-11 CLAIRTON DOS SANTOS CLARA CRISTINA J. MAFRA CLARIVIDÊNCIA CLAÚDIO BÜNDCHEN CLAUDIO R. SCHREIBER CLÉCIO L. SCHADECH CLEUDIMAR R. WULFF CLICK CLÍNICA DA ALMA CLOMÉRIO C. JUNIOR CLÓVIS J. PRUNZEL CODIGO DA VINCI COLÉGIO COLETA COLHEITA COLOSSENSES COMEMORAÇÃO COMENTÁRIO COMUNHÃO COMUNICAÇÃO CONCÓRDIA CONFIANÇA CONFIRMACAO CONFIRMAÇÃO CONFIRMANDO CONFISSÃO CONFISSÃO DE FÉ CONFISSÕES CONFLITOS CONGREGAÇÃO CONGRESSO CONHECIMENTO BÍBLICO CONSELHO CONSTRUÇÃO CONTATO CONTRALTO CONTRATO DE CASAMENTO CONVENÇÃO NACIONAL CONVERSÃO CONVITE CONVIVÊNCIA CORAL COREOGRAFIA CORÍNTIOS COROA CORPUS CHRISTI CPT CPTN CREDO CRESCENDO EM CRISTO CRIAÇÃO CRIANÇA CRIANÇAS CRIOULO CRISTÃ CRISTÃOS CRISTIANISMO CRISTIANO J. STEYER CRISTOLOGIA CRONICA CRONOLOGIA CRUCIFIXO CRUZ CRUZADAS CTRE CUIDADO CUJUBIM CULPA CULTO CULTO CRIOULO CULTO CRISTÃO CULTO DOMESTICO CULTO E MÚSICA CULTURA CURSO CURT ALBRECHT CURTAS DALTRO B. KOUTZMANN DALTRO G. TOMM DANIEL DANILO NEUENFELD DARI KNEVITZ DAVI E JÔNATAS DAVI KARNOPP DEBATE DEFICIÊNCIA FÍSICA DELMAR A. KOPSELL DEPARTAMENTO DEPRESSÃO DESENHO DESINSTALAÇÃO DEUS DEUS PAI DEVERES Devoção DEVOCIONÁRIO DIACONIA DIÁLOGO INTERLUTERANO DIARIO DE BORDO DICOTOMIA DIETER J. JAGNOW DILÚVIO DINÂMICAS DIRCEU STRELOW DIRETORIA DISCIPLINA DÍSCIPULOS DISTRITO DIVAGO DIVAGUA DIVÓRCIO DOGMÁTICA DOMINGO DE RAMOS DONS DOUTRINA DR Dr. RODOLFO H. BLANK DROGAS DT 26 DT 6.4-9 EBI EC 9 ECLESIASTES ECLESIÁSTICA ECUMENISMO EDER C. WEHRHOLDT Ederson EDGAR ZÜGE EDISON SELING EDMUND SCHLINK EDSON ELMAR MÜLLER EDSON R. TRESMANN EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ EF 1.16-23 EF 2.4-10 EF 4.1-6 EF 4.16-23 EF 4.29-32 EF 4.30-5.2 EF 5.22-33 EF 5.8-14 EF 6.10-20 ÉFESO ELBERTO MANSKE Eleandro ELEMAR ELIAS R. EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURA PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS SOPRANO Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENOR TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12