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2º ARTIGO DO CREDO - REDENÇÃO
E EM JESUS CRISTO, SEU ÚNCIO FILHO
E em Jesus Cristo, seu único Filho.
Muitas pessoas têm dificuldades para compreender a diversidade de denominações que existem no cristianismo. Tanto os cristãos como os não-cristãos têm estas dificuldades. O grande questionamento que fazem é: se existe apenas um Jesus Cristo, fundamento sobre o qual é construída a Igreja, por que têm de haver tantos grupos diferentes de cristãos e sendo até mesmo competidores entre si?
Nós também temos esse mesmo problema. Vemos igrejas que são litúrgicas e outras não-litúrgicas; aquelas que acentuam os sacramentos e outras que não os valorizam; algumas que colocam ênfase nas doutrinas e outras que dão mais importância à vida cristã ou à santificação. Algumas igrejas usam uma interpretação literal das escrituras e outras acham muito difícil crer em algumas coisas que a bíblia apresenta; algumas são mais sentimentalistas, valorizando as emoções, e outras têm uma abordagem mais “fria”, intelectual. Isso faz com que muitos fiquem confusos sobre esses assuntos. Qual é o certo? O que é ser um cristão em nossos dias?
Na análise deste assunto, precisamos tomar a coragem e, inicialmente, cortar incisivamente aquilo que apenas é adiáforo ou acessório (o que não é dogma ou doutrina bíblica) e chegar ao coração do assunto. O cerne de tudo é somente Cristo, o Deus humanado, Unigênito Filho de Deus. O próprio Salvador mostrou a importância desse assunto, quando perguntou a seus discípulos: “O que pensam sobre o Cristo?”. Por mais popular ou apeladora que uma igreja ou um pregador possa ser, o homem será levado à fé e edificado como cristão somente através da proclamação e ensino correto sobre Cristo, sua obra e sua palavra!
Um escritor chamado C.S.Lewis, em seu livro “Simplesmente Cristianismo”, diz: “Se um simples homem dissesse as coisas que Jesus disse, ele não seria considerado um grande professor de Moral e Ética. Ele seria um lunático”.
Se Jesus não fosse o Filho de Deus, ele seria um homem qualquer ou, talvez, coisa pior. O autor citado tem razão. Se Jesus Cristo não é Deus e Salvador, tudo perde o seu sentido. No entanto, Ele é o centro da fé e da igreja porque Ele realmente é Filho de Deus. “Verdadeiramente és Filho de Deus” (Mt 14.33). Pedro confessa: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16). Cada pessoa precisa tomar uma decisão diante de Jesus: Ou crê que Ele é Filho de Deus ou que Ele é um enganador. Aquele que confessa que Jesus Cristo é o seu Deus Salvador, este está salvo. Baseados na Palavra de Deus, nós confessamos: “Creio em Jesus Cristo, seu único Filho”.
Nós cremos que Ele é o Filho de Deus! Cremos que através de Jesus Deus mesmo interveio na história e passou o tempo de uma vida humana
entre os homens para redimir o mundo e trazê-lo de volta para perto de si.
Mais do que isso, nós não apenas acreditamos que Jesus Cristo é Deus, mas cremos em Jesus Cristo. Não somente cremos que ele é Deus, mas cremos que Ele é O NOSSO DEUS. Não somente confessamos como Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, mas também confessamos como Tomé: “Meu Senhor e meu Deus!”. Esta é a convicção pessoal e que nos torna CRISTÃOS. Isto é essencial e fundamental na fé salvadora e na existência da igreja.
Uma pessoa ou uma igreja que confessa esta verdade salvadora é cristã.
Abra a sua Bíblia e veja esses versículos e o que eles falam de Cristo: 2 Coríntios 4.6, João 1.1, Colocenses 2.9, Marcos 4.41, João 13.19.
Questões para debate
1. Você acha que o envolvimento das pessoas com Deus e com a igreja
de Deus na terra pode variar, dependendo do que crêem a respeito de
Cristo?
2. O que significa, em nosso dia a dia, confessar: “Jesus Cristo é meu
Senhor”?
3. Quem não crê em Jesus assim como a Escritura o ensina, terá
salvação?
4. Jesus é meu Salvador - Jesus é meu Senhor. Por que essas duas
declarações devem vir acompanhadas? Qual o problema em acentuar
uma em detrimento à outra?
Oração
Todo-poderoso Deus, que nos deste teu Único Filho, Deus verdadeiro, para tornar-se da mesma natureza humana, faz com que possamos ser renovados diariamente pelo teu Espírito Santo, nós que somos teus filhos por adoção e que por tua infinita graça sempre dependemos de ti. Mantém-nos na fé em Jesus Cristo. Pelo nome de Jesus, nosso Senhor. Amém
QUE FOI CONCEBIDO PELO ESPÍRITO SANTO, NASCEU DA VIRGEM MARIA
...que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria...
Há muitas décadas atrás, biólogos e cientistas já demonstravam à humanidade leiga que cada vez mais os laboratórios e centros de pesquisa assombrariam o mundo com seus experimentos fantásticos e com os resultados alcançados. As novas conquistas não estavam, até então, ao alcance do conhecimento do homem comum. Não faz muito tempo que um biólogo francês, chamado Jean Rostrand, conta sobre as técnicas para produzir sapos cujos pais eram dois machos ou duas fêmeas. Isso é possível pela injeção de hormônios no embrião, enquanto eles ainda estavam nos primeiros estágios de desenvolvimento. Quem poderia imaginar isto há poucos anos?
Existem pessoas que olham para esses desenvolvimentos da ciência e começam a desvalorizar o milagre do nascimento de Jesus, ou seja, começam a suspeitar que o que ouve não foi sobrenatural, mas que a própria ciência poderia, talvez, chegar a explicar como uma mulher virgem daria à luz um filho. O que alguns antigamente simplesmente declaravam como impossível de acontecer, agora, pela evolução galopante da ciência, começam a pensar no evento de Belém como um fenômeno que até mesmo possa ter acontecido e ser reproduzido num laboratório humano!
Aqui precisamos relembrar duas coisas. Não importa o que hoje pode ser comprovado num laboratório de biogenética. As novas experiências em nada afetam o nascimento virginal de nosso Senhor. Este é um evento único na história humana. Nada parecido aconteceu antes e nada semelhante acontecerá de novo. Trata-se aqui de uma descida do próprio Deus tangenciando a história da humanidade, através de uma concepção imaculada, para que ELE FIZESSE POR NÓS EXATAMENTE AQUILO QUE NÃO PODERÍAMOS JAMAIS FAZER POR NÓS MESMOS. O mais importante é compreender a razão/motivo para Jesus ter nascido entre nós. O fato de Jesus ter nascido da Virgem Maria recebe valor e importância somente quando entendemos POR QUE ele nasceu da Virgem Maria.
Não nos atrevemos a nos aproximar da manjedoura de Belém com mentes céticas ou questionadoras. A Escritura Sagrada afirma que em determinado tempo na História e em certo lugar nosso Senhor nasceu de uma virgem. Isso é um MILAGRE, quase inacreditável! Mas se Deus é onipotente, por que seria difícil para Ele dar vida a um óvulo não fertilizado por um homem, se Ele mesmo criou o ser humano do pó da terra e lhe deu alma vivente? Será que Deus é um ser limitado, especialmente
quando se trata de realizar seus propósitos? O texto bíblico revela alguma limitação de seu poder em algum momento ou circunstância? O anjo Gabriel disse a Maria na Anunciação: “Para Deus nada é impossível”. A grandiosidade da onipotência e do amor de Deus nos deixa estupefatos. Em parte alguma da Bíblia e em nenhum outro evento da vida do Jesus encarnado podemos ver isso tão de perto como em Belém. Por isso nós, cristãos, chegamos perto da manjedoura com admiração, assombro e temor reverencial.
Mesmo que a ciência hoje seja capaz de injetar hormônios em embriões, precisamos entender que em Maria houve um ato impossível para a ciência: “... o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.20). Acrescento: Amém! Jesus tem, portanto, as duas naturezas: a humana e a divina!
Questões para debate
1. Leia os seguintes textos: Isaias 7.14; 9.6; Mateus 1.20; Lucas 1.31; João 1.14.
Quais textos formariam pares, considerando o assunto de que tratam?
2. No Brasil, uma grande parcela da cristandade tem uma postura equivocada em
relação à Maria. Seria verdadeiro dizer que o foco está distorcido e que muitos
valorizam muito mais a virgindade de Maria que a obra e pessoa do fruto que ela
carregou em seu ventre, Jesus? A que conseqüências uma fé assim pode levar?
3. O assunto tratado hoje é, na verdade, o cumprimento de uma profecia de Deus.
Qual seria a profecia ainda não realizada por Deus que atualmente causa muita
estranheza e desdém?
4. Veja o que alguns teólogos e pensadores antigos falaram sobre o assunto:
- Valentino acreditava que Cristo foi concebido pelo Espírito Santo, mas pretendia que o Espírito Santo trouxera um corpo celeste que colocou na Virgem Santíssima e que este foi o corpo de Cristo.
- Photino pensava que Cristo tivesse nascido da Santíssima Virgem, mas acrescentou que ele era apenas um simples homem que fazendo a vontade de Deus mereceu tornar-se filho de Deus.
Oração
Nós te louvamos e adoramos, Senhor, por tua graça em nossos corações. Agradecemos pelo conhecimento da encarnação de teu Filho Jesus Cristo. Agradecemos pelo conhecimento da mensagem que o anjo trouxe, revelando teu poder e teu amor. Agradecemos que, pelo sofrimento e crucificação de Jesus, seremos conduzidos para a glória da ressurreição, por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém
PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO
... padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado..
Quando uma pessoa é homenageada, normalmente se faz uma retrospectiva de sua vida destacando pontos positivos e grandes feitos ou virtudes. Mesmo nos sepultamentos de irmãos de nossa igreja isso acontece, ainda que a Igreja Luterana priorize nesses momentos a pregação do Evangelho da salvação e da ressurreição aos enlutados. Mas os fatos da vida do falecido também são lembrados.
O Credo Apostólico, no seu segundo artigo, resume a vida de Cristo. Mas esse resumo parece muito curto, não? Quando começa falando do nascimento de Jesus, logo passa para sua morte! Ele nasceu da virgem Maria, padeceu... foi crucificado, morto e sepultado. Será que isso revela algum significado ou um objetivo especial?
As biografias dos grandes personagens históricos não são escritas assim. O nascimento e a morte quase sempre são vistos apenas como circunstanciais. O que importa é destacar os feitos desses personagens: o que eles escreveram, inventaram, descobriram e desenvolveram em suas vidas, isso queremos saber.
O motivo para essa diferença está no fato de que Jesus Cristo é totalmente diferente do que todos os grandes homens da história. O mais importante de seus feitos pela humanidade foi simplesmente MORRER! Não que a morte de Jesus, em si, tenha sido algo incomum, pois muitos eram crucificados naquela época e talvez na história houvesse outras mortes muito horrendas também, onde a ignomínia também foi um fator presente. Muitos também foram mortos injustamente, não só Jesus. Entretanto, a importância da morte de Jesus repousa sobre um fato: o que Deus estava realizando através desse fato. A interferência histórica de Deus nesse mundo e para com esta humanidade tangencia a cruz, os cravos, a coroa de espinhos de Jesus!
O Apóstolo Paulo diz que se “um morreu por todos, logo todos morreram’”. Ele diz também: “Ele morreu por mim e deu-se a si mesmo por mim”. Na morte de Jesus há um elemento novo, único e exclusivo. É o que se chama de morte vicária. Esta palavra significa “em substituição” de outro. Aquele que substitui o outro no exercício de qualquer função. Então, na verdade, a morte de Jesus era o pagamento da culpa que precisava ser paga para salvar-nos da condenação.
Se nós, que tínhamos perdido a comunhão com Deus, precisávamos ser feitos um com Deus novamente, isso só se daria através da forma como Deus estabeleceu. O que nos afastava de Deus, o pecado e a dívida que possuíamos, tinha que ser apagada. O salário do pecado, que era a morte, tinha que ser pago. Não havia outra maneira. Essa é a maneira de Deus!
As opções eram: a) nós mesmos o faríamos; b) alguém outro o faria por nós. O problema era que nós não tínhamos mais condições de fazê-lo. O Salvador, então, realizou isso por nós na cruz! Quando Ele exclamou “Está consumado”, significou que a grande tarefa que o Pai lhe tinha dado estava agora completa e pronta. Ele tinha morrido por todos. Através dEle, nós todos também morremos. E através da morte dEle também a penalidade de nosso pecado foi completamente paga. A não ser que compreendamos e creiamos nisso, toda a discussão sobre o sofrimento e a morte de Jesus se tornará mero sentimentalismo, emoção ou história vazia, vã e inútil para nós.
Todo mundo sabe que Cristo morreu! Isso é história. É um fato! Somente quando entendo e posso confessar que Cristo morreu por mim, então isso pode ser chamado de FÉ. Então estou salvo.
Leia em sua Bíblia: Rm 5.6-11; Rm 14.9; 1 Co 15.3; 2 Co 5.14-15.
Oração
Deus Pai, todo-poderoso Senhor, enviaste teu Filho para cumprir a lei, sofrer e morrer em meu lugar. Ele não veio para a glória, mas para a crucificação. Ajuda-nos para que possamos andar no caminho da fé Nele, para que encontremos sempre o caminho da Vida e da Paz, através de teu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
Questões para debate
- Leia Isaias 53.9. O profeta Isaías recebeu esta revelação de Deus muito antes do nascimento de Jesus (700 a.C). Que detalhes sobre a morte de Jesus são dados por Isaías?
- Leia João 3.14. Que relação há entre Moisés e Jesus aqui. Atualmente, muitas igrejas (principalmente as evidenciadas pela mídia) enfatizam mais a “teologia da serpente de Moisés” ou a Teologia da Cruz?
- Leia Romanos 5.8. O que foi estudado hoje provoca no ser humano uma reação de fé e conseqüentemente de nova vida. A gratidão a Jesus pelo que ele fez faz parte da boa relação com Deus e da vida do cristão. Como posso mostrar minha gratidão a Jesus?
NO TERCEIRO DIA RESSUSCITOU DOS MORTOS
No terceiro dia ressuscitou dos mortos
Os deuses do antigo Egito e da histórica Babilônia estão mortos. Os deuses dos gregos, dos romanos e de todos os outros povos também estão mortos. O pó em que o corpo de Maomé foi transformado está depositado num caixão em Meca. O coração de Buda está guardado numa urna de ouro na Ilha de Ceilão.
Esta é a verdade: Os deuses dos homens estão mortos! Mas, há uma exceção. Há mais de dois mil anos, surgiu entre os homens uma pessoa que disse ser Ele mais do que um profeta, mais do que um simples mensageiro de Deus. Ele disse que era Deus encarnado. Pode parecer uma estranha pretensão de alguém que nasceu em uma manjedoura e cresceu na pobreza. Era alguém que comia, bebia e dormia. Ele cresceu, teve fome, esteve cansado e fraco fisicamente. Foi morto numa cruz. Mas Ele disse que ressuscitaria. E a afirmação Dele foi confirmada e justificada com a verdade bíblica: NO TERCEIRO DIA RESSUSCITOU DOS MORTOS! Ele VIVE! Que tremendo contraste: os deuses dos homens estão realmente mortos, mas ELE vive! Nós cremos em ALGUÉM que pode dizer: “Eu vivo, vós também vivereis”. (Jo 14.19). Em outras palavras: “Eu sou aquele que foi crucificado e que morreu voluntariamente para pagar a culpa da humanidade diante de Deus. Mas, vejam, estou vivo de novo e para sempre!”. Quem era Ele? É Jesus Cristo, Deus e homem.
Muitos têm sugerido, ou ao menos insinuado, que o cristianismo deveria trabalhar em harmonia e colaboração com o Islamismo, Budismo e outras religiões que invocam mortos. A todos estes perguntamos: Sobre qual destes deuses, profetas, sacerdotes ou ídolos feitos por mãos humanas, que eles adoram e servem, podemos afirmar: “Ele não está aqui: ressuscitou, como havia dito?”. (Mt 28.6). Se hoje alguém aparecesse e dissesse que baniria, em três dias, a pobreza, as guerras e as doenças do globo terrestre, nenhuma pessoa em perfeitas condições de juízo acreditaria nele. Se, porém, após os três dias, a pobreza, as guerras e as doenças tiverem desaparecidas da face da terra, tendo feito o que prometera, então o mundo se prostraria aos seus pés. Homens e mulheres de todas as nações confiariam e acreditariam nesta pessoa. Todos, com certeza, girariam em torno dele. Infelizmente, não surgirá pessoa capaz de prometer e realizar uma façanha desta magnitude.
Jesus Cristo fez uma promessa muito maior. Ele prometeu ao mundo que veio para morrer e carregar o fardo (a carga) do pecado da humanidade. Prometeu também que romperia os laços da morte. Disse que seria crucificado, morto e enterrado e que no terceiro dia ressuscitaria da morte. Ele prometeu que faria isto. Muitos zombaram dele e o desprezaram. Mas Ele cumpriu com tudo o que prometera. Ele ressuscitou da morte, conforme dissera! Esta é a razão porque cremos Nele! Sabemos que podemos confiar Nele, pois Ele cumpriu e cumprirá com todas as promessas para o futuro. Nós também ressuscitaremos no dia do Juízo Final, conforme Ele prometeu. Sabemos que realmente podemos contar com Ele sempre, porque “Ele ressuscitou, como havia dito” (Mt 28.6).
O Ap. Paulo escreve: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas de fato Cristo ressuscitou
dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos” (1 Co 15.19-21).
A morte já não mais nos assusta. Ela está vencida. Cristo ressuscitou. Ele é o nosso Deus Salvador. A ressurreição Dele garante a nossa ressurreição no futuro, no dia da volta de Jesus Cristo, no dia do Juízo final. Amém.
Leitura recomendada: 1 Coríntios 15 (todo o capítulo).
Oração
Amado Pai, enviaste o teu único Filho ao mundo para socorrer a humanidade. Ele cumpriu com todas as promessas, morreu na cruz e ressuscitou vitorioso no terceiro dia. Ele nos livrou do poder da morte e nos garante a vida eterna. Dá-nos forças, Senhor, através do Espírito Santo, para morrermos diariamente para o pecado e ressuscitarmos sempre de novo para uma vida bonita e agradável a Ti. Somos muito felizes por termos Jesus, o nosso Salvador. Sabemos que Ele estará sempre conosco, por Sua graça e amor. Obrigado, Senhor, pela gloriosa ressurreição! Amém.
Questões para debate
1. O Ap. Paulo escreveu uma carta aos Tessalonicenses. Em 1 Ts 4.18, ele escreve: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras”. A que palavras Paulo está se referindo? Qual é a informação importante que ele revelou e que seria um poderoso consolo para o futuro? (1 Ts 4.13-18).
2. Após a sua gloriosa ressurreição, Jesus apareceu várias vezes aos seus seguidores para se mostrar vivo. Numa destas ocasiões, o Ap. Tomé não estava com os discípulos quando Jesus apareceu. Mais tarde, Tomé voltou ao grupo e os outros lhe disseram: “Vimos o Senhor”. Tomé, no entanto, não acreditou. Oito dias depois, Jesus voltou outra vez e disse para Tomé: “Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos...”. Tomé obedeceu e reconheceu que era Jesus ressuscitado (Jo 20.24-29). Qual é a crítica que Tomé recebeu de Jesus? Qual é a mensagem deste episódio para nós?
Lázaro, irmão de Maria e Marta, tinha morrido. Jesus, amigo da família, é avisado. Ao chegar onde estava a sepultura, ordena que a pedra que fechava o túmulo seja removida. Marta chama a atenção de Jesus e diz: “Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias”. Qual foi a resposta que Jesus lhe deu? (Jo 11.1-46). Tanto neste caso como no de Tomé, Jesus aponta para a importância do crer. Como uma pessoa pode chegar à fé? O que você pode fazer para que alguém creia no Senhor Jesus ressuscitado?
SUBIU AO CÉU E ESTÁ SENTADO À DIREITA DE DEUS PAI TODO-PODEROSO
“Subiu ao céu e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso”
a) “Subiu ao céu”
Enquanto esteve aqui na terra, durante os trinta e três anos, Jesus Cristo demonstrou o Seu domínio sobre a natureza de várias maneiras e ocasiões. Ao fazer os milagres, provou que as leis da natureza estavam sujeitas a Ele. Em certos momentos, Ele desconsiderava ou colocava de lado os processos naturais da natureza que nós conhecemos. Revelou, assim, a Sua divindade para que o povo acreditasse Nele e nos propósitos de Sua vinda ao mundo. Porém, em nenhum outro momento demonstrou de maneira mais convincente este domínio sobre a natureza do que no dia de sua Ascensão.
No atual tempo das conquistas interplanetárias, em que a humanidade faz descobertas extraordinárias e parece dominar a natureza, poderíamos ficar em dúvida e amedrontados se não tivéssemos a inabalável certeza de que Jesus Cristo é Deus e Senhor. Sabemos que nenhum ser humano consegue dar ordens à tempestade do mar para que se acalme num instante. Jesus fez isto. Ele subiu ao céu e está acima de todo o espaço e tempo. Ele mostrou que é Deus e Senhor.
A Ascensão de Cristo, porém, tem uma implicação universal muito maior. O Ap. Paulo revela que Ele “subiu, acima e além de todos os céus, para encher todo o universo com a sua presença” (Efésios 4.10 – BLH). Não só isto, mas também para encher todo o universo com o seu santo propósito. Sem a Sua ascensão, talvez seria considerado apenas como um grande líder e professor judeu do 1º século do Novo Testamento. Talvez conhecido como líder com maravilhosos ideais e elevados princípios morais. Mas, ao subir acima de todas as coisas Ele provou definitivamente que é o Senhor!
Jesus foi dado ao mundo pelo Pai: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito...” (João 3.16). Ele veio como servo para salvar a humanidade. Concluída a obra da salvação, “Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fp 2.9-10).
Quando subiu ao céu, Ele não abandonou os seus discípulos. Apenas se retirou visivelmente deles. Continuou com eles e com todos os cristãos de maneira tão real e verdadeira como antes. “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”, foi o que Ele disse e está cumprindo. Esta promessa de sua continuada presença é a base do poder e da força dos cristãos neste mundo. Sabemos que nunca estamos sozinhos. Podemos, eventualmente, ficar separados de familiares que amamos, estar enfrentando solidão, sentir que ninguém nos entende e se preocupa conosco. Mas, nunca podemos esquecer que ao nosso lado está Aquele que nos redimiu e que nos ama muito, Jesus Cristo, o Senhor dos céus e da terra! Deus disse: ”De maneira alguma te deixarei, nunca jamais de abandonarei!” (Hb 13.5). Nunca haverá um momento, nenhum só, na vida dos cristãos em que eles estarão sós. Nunca podemos esquecer isto.
b) “e está sentado á direita de Deus Pai todo-poderoso”
Os tempos dos verbos têm um significado importante numa frase. Um destes exemplos está no Credo Apostólico. Três tempos são empregados no Segundo Artigo do Credo Apostólico, que fala de Jesus Cristo: O passado, o presente e o futuro. A única afirmação que usa o tempo presente é esta: “está sentado á direita de Deus Pai...”. Este fato tem muitas implicações para as nossas vidas. Uma delas é esta: A Sua soberania está completa e interminável. Está sempre presente!
Se nunca tivesse havido um Cristo, se a antiga literatura judaica não contivesse nenhuma promessa de um Messias, se não conhecêssemos nada a respeito do Natal, da Sexta-Feira Santa e da Páscoa, ainda assim teríamos que conceder que Deus rege o mundo. A humanidade reconhece, através do estudo da natureza, que há um ser superior. Na filosofia fala-se de uma “última causa” que deu origem e sustenta todas as coisas, as criaturas. Mas é incapaz de identificá-la. O Ap. Paulo, porém, escrevendo aos Romanos, diz: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas.” (Rm 1.20).
Tal conhecimento não é suficiente. Se um homem souber apenas que Deus é todo-poderoso Criador e é o soberano do universo, e nada mais do que isto, provavelmente se tornaria uma pessoa anti-religiosa ou idólatra. Saber apenas que Deus governa o universo com o Seu poder, pode levar a pessoa a um relacionamento frio e a ter medo de Deus. Pergunto: Como uma pessoa que tem apenas este conhecimento poderia saber se Deus é cruel ou amável? Como poderia saber se Ele está interessado nos seres humanos que vivem no globo terrestre e que, numa comparação com o imenso cosmos, são apenas uma partícula de poeira? Se a humanidade nada mais soubesse a respeito de Deus, entraríamos num desespero total ao ver que a terra está se movendo para um possível caos cataclísmico, que já está sendo predito por alguns cientistas de nosso tempo. Apreciando a terra apenas do ponto de vista humano, cientistas afirmam que este caos não é apenas uma possibilidade, mas uma probabilidade próxima.
O fato da ascensão de Cristo muda todo o quadro. Nosso Deus, soberano deste universo, não é um Deus distante, desconhecido e indiferente para com a humanidade. Ele que “está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso”, isto é, no trono do universo, é aquele Deus que “amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Outro texto, falando de Jesus, diz: “Ele se deu a si mesmo por nós”. Sabendo que este Salvador, que amamos e Nele cremos, é o soberano Senhor do universo, podemos nos alegrar e caminhar de cabeça erguida neste mundo que passa por tempos difíceis e que se encontra à beira do caos e da destruição. Podemos fazer o que sugere Hebreus 12.1: “Corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”.
Aquele que é “O Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.2) nos ama e está sempre conosco. Somos amados, protegidos, seguros e tranqüilos na presença de Deus. Podemos desenvolver uma vida produtiva para Deus e para a humanidade. Louvado seja Deus por termos o Soberano Senhor Jesus Cristo como o nosso Salvador e Amigo. Amém
Questões para debate
a) Se o Senhor Jesus Cristo é o Senhor dos céus e da terra e disse que estaria conosco sempre, por que, então, às vezes, ficamos com medo e desesperados diante de adversidades e dificuldades que surgem em nossa vida?
b) Quando os cristãos demonstram este medo e desespero, que mensagem estão transmitindo aos outros que os estão observando?
c) Como corrigir este mal em nossas vidas?
d) Qual a importância do reconhecimento do senhorio de Jesus Cristo ao
lembrarmos de duas coisas: a) Do caos em que o mundo se encontra; b) Dos
sinais (dificuldades) previstos por Jesus que precederiam a Sua segunda vinda?
CREIO… DONDE HÁ DE VIR E JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS
“Creio... donde há de vir a julgar os vivos e os mortos”.
Estamos num mundo de constantes e profundas mudanças. Numa época assim, também estamos diante de grandes expectativas e de fortes preocupações quando fazemos perguntas como estas: O que nos espera no futuro? O que os próximos tempos nos reservam? Que mudanças tecnológicas serão promovidas nos próximos tempos? Qual será a realidade ou o quadro da política internacional na próxima década? Estaremos vivendo numa era de viagens interplanetárias? Outras tantas indagações fervilham em nossa mente.
Esta questão se torna mais dramática, incisiva e pungente quando as perguntas se tornam pessoais, como estas: O que está reservado para o meu futuro, para minha educação, para a minha profissão, para os meus negócios, para a minha saúde, para o meu casamento, para a minha família e meus descendentes?
Só Deus sabe a resposta para muitas destas indagações. Para nós muitas delas sempre permanecerão uma incógnita. Muitas incertezas permanecerão.
Uma coisa é certa! É esta: O Senhor Jesus Cristo voltará visivelmente para “julgar os vivos e os mortos”. É a segunda vinda de Jesus. Será o dia do grande julgamento final.
Há muitos cristãos que, em suas pregações e ensinos, enfatizam o retorno de Cristo para o julgamento em detrimento de outras doutrinas básicas da graça salvadora. Isto é feito especialmente por aqueles que pertencem às seitas que se baseiam mais nas emoções do que na fé. e são muito legalistas. Acentuam demasiadamente a doutrina do retorno de Cristo para o julgamento e negligenciam, às vezes, o ensino de outros ensinamentos fundamentais da Bíblia. Fazem isto de tal maneira que fica a impressão de que o retorno de Cristo é o fundamento básico da fé cristã. As mensagens deles estão eivadas de legalismo que incutem medo e horror nos ouvintes.
Há outros cristãos que não dão a devida importância ou subestimam a segunda vinda do Senhor para o julgamento. Vivem como se esta fato nunca irá acontecer e que a doutrina do retorno de Cristo para o julgamento não faz parte da fé cristã.
Nenhum destes dois extremos é correto. Pois, o Senhor voltará no último dia, é o que os anjos afirmam no dia da ascensão do Senhor Jesus Cristo: “Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o vistes subir”. (At 1.11). Este é um fato inegável na Palavra de Deus. E é um assunto sério e importante da fé cristã.
Esta verdade tem implicações práticas na vida dos cristãos. Em primeiro lugar, dá a resposta às incertezas e mentiras deste mundo. Acalma e tranqüiliza diante das indagações angustiantes quanto ao futuro. Aniquila a desilusão fomentada pela mentira de que com a morte tudo acaba. Anima com a promessa de uma reunião face-a-face com o Senhor Jesus, que nos amou, redimiu e nos fez Sua propriedade. Esta é a realidade dos que vivem como filhos de Deus, firmados na fé no Salvador Jesus Cristo.
Vivendo nesta perspectiva, olharemos tudo de modo diferente. Nossa escala de valores começa a ser subordinada a este grande encontro com o Senhor. Começamos a nos erguer, com a graça de Deus, e viver acima dos aspectos puramente mundanos e materialistas em nossa existência. Desfrutamos nossos prazeres, nossas posses e nossas realizações com equilíbrio, moderação e com entendimento espiritual. Por que? Porque sabemos a quem pertencemos e a quem prestaremos contas.
A certeza do retorno de Cristo deve instalar um sentimento de urgência em nossa vida aqui na terra. Se somos pessoas que amam o Senhor e vivem responsavelmente, sabendo que nossas vidas serão expostas diante do Senhor que nos irá julgar, então viveremos cada momento, atacando cada problema existencial e enfrentando cada desafio como se fosse a última oportunidade de servir ao Senhor.
Sigamos, pois, com alegria e gratidão ao Senhor que nos redimiu. Olhemos firmemente para o alvo, sabendo que o Senhor Jesus Cristo, que sacrificou sua vida para pagar a nossa culpa diante do Pai e nos dá a vida eterna gratuitamente, nos aguarda de braços abertos. Ele, que criará “novos céus e nova terra” (Ap 21.1), receberá todos aqueles que Nele creram para recolhê-los ao eterno lar divino. Amém.
Oração
Querido Pai eterno, que nos amas muito e nos deste teu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador, dá-nos a graça de crermos firmemente em tudo o que dizes e prometes em Tua Santa Palavra. Dá-nos também a graça da presença constante do Espírito Santo para que ele nos capacite a pensarmos nas coisas eternas. Guia-nos para que andemos em teus caminhos e vivamos uma vida agradável a Ti. Quando Jesus vier para o julgamento final, recebe-nos, por graça, e nos faz habitar contigo no lar eterno preparado para os teus filhos. Por amor de Jesus. Amém.
Questões para debate
a) O profeta Daniel escreve: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e horror eterno” (Dn 12.2).
Por que alguns ressuscitarão para vida eterna? Por que outros vão ressuscitar para a vergonha e horror eterno? Será porque alguns são melhores do que os outros e, por isto, merecem o céu? (Consulte: Rm 3.28).
b) “Porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça por
meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando dentre
os mortos” (At 17.31). Quando acontecerá este dia? Algum ser humano sabe
quando esse dia acontecerá? O que você pode dizer a respeito de datas que
algumas seitas já estabeleceram para a volta de Cristo? (Veja: Mt 24.36).
c) Como os cristãos aguardam o dia do retorno de Cristo para o grande
julgamento? Qual deve ser a marca da vida dos cristãos que estão aguardando a
segunda vinda do Senhor?
d) Que sinais precederão a vinda do Senhor e que cuidados devemos ter nestes tempos do fim, de acordo com Mc 13.3-23?
Medo ou alegria? Dúvidas ou certeza?