DOUTRINA CRISTÃ
EM ESBOÇO
LINDOLFO PIEPER
1. BÍBLIA
1.1.A Bíblia é o mais importante livro que existe, pois é a Palavra de Deus. 1 Co 2.13; 2 Tm 3.16.
1.2.Ela nos foi dada mediante inspiração divina. 2 Pe 1.20,21.
1.3.Um exemplo de inspiração divina encontramos no dia de Pentecostes, quando Pedro e os demais apóstolos, movidos pelo Espírito Santo, falaram das grandezas de Deus segundo o Espírito lhes concedia que falassem. At 2.4,11.
1.4.Atributos:
1.4.1.É poderosa. Rm 1.16; Hb 4.12, 1 Pe 1.23.
1.4.2.Não contém erros. Jo 10.35; Jó 26.7; Is 40.22; Is 53.
1.4.3.É indestrutível. Mc 13.31; 1 Pe 1.23-25.
1.5.Conteúdo:
1.5.1.Lei: que nos diz o que devemos fazer ou deixar de fazer. Mt 22.35-40; Mt 19.17-19.
1.5.2.Evangelho: que nos diz o que Deus fez por nós e continua fazendo por nós. Jo 3.16; Rm 8.32.
1.6.Propósito:
1.6.1.Nos ensinar o caminho da salvação. 2 Tm 3.15; Jo 14.6.
1.6.2.Nos mostrar como viver segundo a vontade de Deus. 2 Tm 3.16,17; Sl 119.9.
1.7.A Bíblia não contém tudo o que o ser humano gostaria de saber, mas traz tudo o que ele precisa saber para a sua salvação, não sendo necessário ser completada por tradições humanas ou novas revelações. Gl 1.8,9; Ap 22.18,19.
1.8.No hino 347 do Hinário Luterano cantamos: “Santa Bíblia meu prazer, meu tesouro deve ser”. Será mesmo? Fazemos realmente uso dela? Não será ela um tesouro oculto na gaveta?
2. DEUS
2.1.Deus existe. Não podemos vê-lo porque ele é espírito. Jo 4.24.
2.2.Existem muitas coisas que não podemos ver, mas que existem, como: o vento, a energia, as ondas de rádio e da televisão.
2.3.Provas:
2.3.1.Criação do mundo. Sl 19.1; Rm 1.19; Hb 3.4.
2.3.2.Preservação do mundo. At 14,15-17; Jr 31.35.
2.3.3.A Bíblia, do começo ao fim. Não apenas nos diz que Deus existe, mas também como ele é.
2.4.Como ele é:
2.4.1.Poderoso. Lc 1.37; Sl 115.3.
2.4.2.Onisciente. Sl 139.1-4; Pv 15.3.
2.4.3.Imutável. Sl 102.27; Is 59.1.
2.4.4.Eterno. Sl 90.1,2; Ap 1.8.
2.4.5.Santo. 1Pe 1.16; Sl 5.4.
2.4.6.Justo. Sl 19.9.
2.4.7.Bom. Sl 145;9; 1 Jo 4.16.
2.5.Consolo. Se Deus fosse apenas poderoso, onisciente e santo, seria terrível. Mas na sua bondade ele usa esses atributos em favor de seus filhos. Ef 3.20,21.
3. TRINDADE
3.1.Nosso Deus é maravilhoso, muito além do que podemos imaginar. Não há nenhum outro igual a ele. Sl 89.6.
3.2.É um único ser, indivisível. Mc 12.29,32; 1 Co 8.4-6.
3.3.Porém há três pessoas distintas. 1 Jo 5.7; Mt 3.16,17; 28.19; 2 Co 13.13; Is 48.16; Jo 15.26.
3.4.Cada uma dessas pessoas é verdadeiro Deus:
3.4.1.Deus Pai. 1 Co 8.6; Jo 17.3.
3.4.2.Deus Filho. João 1.1,14,18; 5.23; 1 João 5.20; Rm 9.5; Hb 1.8; Cl 2.9; Is 9.6.
3.4.2.Deus Espírito Santo. At 5.3,4; 1 Co 3.16.
3.5.Embora a Deus Pai seja atribuída a obra da Criação, a Deus Filho a obra da Redenção e a Deus Espírito Santo a obra da Santificação, as três pessoas sempre agem juntas, com se vê na:
3.5.1.Criação. Gn 1.1,2; João 1.1-3.
3.5.2.Salvação. Jesus busca o perdido (Lc 15.3-7), enquanto o Espírito Santo ilumina o seu coração (Lc 15.8-10) e o Pai o espera de braços abertos (Lc 15.11-24).
3.6.Agradeçamos a Deus pelo fato da Trindade estar sempre trabalhando a nosso favor. Rm 8.31-39.
4. CRIAÇÃO
4.1.A Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, nos relata que Deus (e não a evolução) criou o mundo e tudo o que nele existe. Gn 1.1; Ap 4.11.
4.2.Deus criou o céu e a terra para proclamar a sua glória (Sl 19.1) e assim revelar a sua sabedoria (Sl 104.24), o seu poder (Sl 145.4) e a sua misericórdia (Sl 145.9).
4.3.O primeiro capítulo de Gênesis nos mostra que Deus, ao criar as coisas, procedeu segundo a ordem do menor para o maior, até que por fim fez o homem como coroa do seu poder criador. Gn 1.
4.4.A obra da criação compreende, em geral, três etapas:
4.4.1.A produção do material bruto. Gn 1.1-3.
4.4.2.A separação e disposição de criaturas simples. Gn 1.4-10.
4.4.3.O preenchimento e acabamento do mundo. Gn 1.11-27.
4.5.A criação do mundo é obra do Deus Triúno, em que participaram as três pessoas da Trindade. Gn 1.1,2; Jo 1.1-3.
4.6.De acordo com as Escrituras o mundo foi criado em seis dias de 24 horas e não em milhões de anos. Êx 20.9,11.
4.7.Não aceitamos a teoria da evolução porque contraria as claras declarações das Escrituras a respeito da criação do mundo. Gn 1.1; 2.2; At 17.26.
4.8.Para entender a doutrina bíblica da criação é preciso de fé, os que difundem a teoria da evolução mostram que não têm fé. Hb 11.3.
5. ANJOS BONS
5.1.Os anjos foram criados por Deus. Gn 2.1; Cl 1.16.
5.2.Existem em grande número. Dn 7.10; Hb 12.22; Ap 5.11.
5.3.São muito poderosos. Sl 103.20; 2 Ts 1.7.
5.4.Há várias categorias, como: querubins (G 3.24), serafins ((Is 6.2), arcanjos (Jd 9); principados, potestades, tronos e soberanias (Cl 1.16).
5.5.Sua função:
5.5.1.Louvar a Deus. Is 6.2,3; Lc 2.13,14.
5.5.2.Servir aos homens. Hb 1.14; Sl 91.11; Dn 6.22.
5.5.3.Executar os juízos de Deus. 2 Rs 19.35; At 12.23.
5.5.4.Conduzir as almas do salvos aos céus. Lc 16.22.
5.5.6.Reunir a humanidade no Juízo Final. Mt 24.31.
5.6.Há sempre um anjo amigo ao lado do cristão (Sl 34.7; Mt 18.10), em momentos especiais uma multidão. 2 Rs 6.15-17.
5.7.Por isso Lutero sempre terminava a sua oração dizendo: “Esteja comigo o teu santo anjo para que o inimigo maligno não tenha poder algum sobre mim”.
6. ANJOS MAUS
6.1.São anjos que decaíram. 2 Pe 2.4; Jd 6; Ez 28.12-17; Is 14.12-14; 1 Tm 3.6.
6.2.Existem em grande número. Ap 12.7; Ef 6.12.
6.3.Têm grande poder. Ef 6.12; Jó 1.12,16,19.
6.4.Sua obra:
6.4.1.Tentar o ser humano. Gn 3.1; Mt 4.3; 1 Pe 5.8.
6.4.2.Conservar o ser humano na ignorância. 2 Co 4.3,4.
6.4.3.Impedir a pregação do Evangelho. 2 Co 11.14,15.
6.4.4.Anular o efeito da Palavra na mente da pessoa. Lc 8.12.
6.4.5.Acusar o cristão diante de Deus. Ap 12.10.
6.4.6.Atormentar o ser humano. Jô 2.7; Mc 1,23-26.
6.5.Seu destino: logo de fogo. Mt 25.41; Ap 20.10.
6.6.Nosso dever: resistir-lhes. 1 Pe 5.9; Tg 4.7.
6.7.As armas com as quais podemos vencê-los: Palavra e oração. Ef 6.11,12; Mt 4.4, 26.41
6.7.Consolo: só podem ir até onde Deus permite. Jó 1.12; 2.6; 1 Jo 5.4,18.
7. SER HUMANO
7.1.É a principal criatura de Deus. Sl 8.4,5; 139.14.
7.2.Deus o criou no sexto dia. Gn 1,26.
7.3.Colocou nele uma alma, que o distingue das outras criaturas. Gn 2.7; Ec 12.7.
7.4.Deu-lhe uma esposa, com a ordem de povoar a terra. Gn 1.27,28.
7.5.Recebeu o domínio sobre toda a criatura. Sl 8.6-8.
7.6.Originalmente era perfeito, isto é: foi criado à imagem de Deus, e como tal:
7.6.1.Tinha pleno conhecimento de Deus. Cl 3.10.
7.6.2.Tinha perfeita justiça e santidade. Ef 4.24.
7.7.Com a queda em pecado ele perdeu essa perfeição (imagem divina), o que lhe afetou tanto física como espiritualmente. Ef 2.1; Rm 8.20-22.
8. LEI DE DEUS
8.1.A Lei é a doutrina divina que revela a santa vontade de Deus, que ordena como o homem dever ser (1 Pe 1.16), o que deve fazer (Tg 4.17) ou deixar de fazer (Lc 12.18).
8.2.A única maneira pela qual o homem pode conhecer a vontade de Deus é através do estudo da Bíblia. Sl 119.9.
8.3.Os Dez Mandamentos são um resumo da vontade de Deus. Êx 20.1-17.
8.4.Deus escreveu os Dez Mandamentos em duas tábuas de pedras, mostrando o nosso dever:
8.4.1.Para com ele. Mt 22.37,38.
8.4.2.Para com o próximo. Mt 22.39.
8.5.Podemos classificar a lei em:
8.5.1.Lei civil: válido só para o povo de Israel. Mt 5.38; 19.7.
8.5.2.Lei cerimonial: válida só para os judeus. Cl 2.16,17.
8.5.3.Lei moral: válida para todos. Mt 22.34-40.
8.6.Deus implantou a lei também no coração do ser humano. Rm 2.14,15.
8.7.Propósito da Lei:
8.7.1.Freio: conter a explosão de pecados. Sl 32.9.
8.7.2.Espelho: mostrar a pecaminosidade. Rm 7.7.
8.7.3.Norma: servir como guia. Sl 119.9,105.
8.8.O cristão e a lei: o cristão não guarda a lei para ser salvo (Rm 3.20,28; Gl 5.4), mas porque é salvo. 1 Jo 2.3-6; 4.2,3; Gl 3.24.
9. PECADO
9.1.Pecado é a transgressão da lei (anomia). 1 Jo 3.4.
9.1.1.É fazer o que Deus proíbe. Gn 2.17.
9.1.2.É deixar de fazer o que Deus pede. Tg 4.17.
9.1.3.É não ser como Deus quer. Mt 5.48; 1 Pe 1.16.
9.2.Nada é pecado por si, uma coisa só se torna pecado quando estiver em desacordo com a Palavra de Deus. 1 Sm 15.3; Êx 3.22.
9.3.Causa do pecado:
9.3.1.Externa: o diabo e o mundo. Ap 19.9; 2 Co 11.3.
9.3.2.Interna: o coração depravado. Mt 15;19; Tg 1.4.
9.4.Diferença entre pecado original e pecado atual:
9.4.1.Pecado original: é o pecado que herdamos de Adão através de nossos pais, que é a completa corrupção da natureza humana. Sl 55.5; Rm 5.19.
9.4.2.Pecado atual: é a transgressão da lei divina por pensamento, palavras e ações. Tg 4.17; Mt 15.19.
9.5.Conseqüências do pecado: castigo temporal e a condenação eterna. Rm 5.12; 6.23.
9.6.Cristo pagou a culpa dos pecados e nos livrou da condenação eterna, mas não das conseqüências temporais, como doença, dificuldades e morte, as quais temos que arcar na terra. Gn 3.15-19.
10. PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO
10.1.O que é?
É a retirada do Espírito Santo do coração de uma pessoa que teimosamente resiste a sua obra, respondendo com malícia, ódio e blasfêmia. Mt 12.22-32.
10.2.Quando isso acontece?
10.2.1.Quando se luta contra a verdade, respondendo com ódio e malícia. Mt 12.31.
10.2.2.Quando se resiste teimosamente ao Espírito Santo, não dando ouvidos a sua voz. At 7.51; 1Sm 16.14.
10.2.3.Quando se vive voluntariamente em pecado, abusando de Deus. Hb 10.26-29.
10.2.4.Quando se brinca com a vida espiritual, não a levando a sério. Hb 6.4-6; 12.14-17.
10.3.Por que não há perdão para ele?
10.3.1.Não porque Deus não queira perdoar ou que seja demasiadamente grande.
10.3.2.Mas pelo fato de ele tornar impossível o arrependimento, visto dirigir-se contra cada esforço do Espírito Santo para convertê-lo. At 7.51.
10.4.Como saber se alguém pecou contra o Espírito Santo?
É difícil saber se uma pessoa pecou contra o Espírito Santo. Porém, pode-se saber quando não pecou: aquele que se perturba com essa idéia ou se preocupa de alguma forma com o seu destino eterno, prova de que ainda não pecou contra o Espírito Santo.
11. JESUS
11.1.Jesus já existia antes de nascer. Jo 1.1-3; 8.58.
11.2.É verdadeiro Deus. Jo 1.1.14,18; 20.28, 1 Jo 5.20.
11.3.Se fez homem para que pudesse, como nosso substituto, cumprir a lei, padecer e morrer. Gl 4.4,5; Mt 3.15; Hb 2.14,16,17.
11.4.Tinha, porém, ao mesmo tempo ser Deus para poder expiar a ira de Deus, vencer o pecado, a morte e o diabo. Sl 49.7,8; 2 Co 5.19.
11.5.Jesus, embora tivesse sido humano, nunca foi maculado pelo pecado, tendo sido concebido de maneira sobrenatural (Lc 1.34,35) e vivido de maneira santa. 2 Co 5.21; Jo 8.46.
11.6.Na execução da obra redentora, a Escritura nos apresenta Cristo em dois estados:
11.6.1.O estado da humilhação, que vai da concepção ao sepultamento, o qual consiste em que ele não usou sempre e inteiramente da majestade divina que possuía na natureza humana. Fp 2.5-8.
11.6.2.O estado da exaltação, que começou com a sua vivificação e continua para sempre, o qual consiste em ele sempre e inteiramente usa a sua majestade divina na sua natureza humana. Fp 2.9-11.
11.7.Cristo, para efetuar a obra Redentora, tomou sobre si três ofícios:
11.7.1.Profético: pregando e enviando apóstolos. Mc 1.14-17; Mt 28.18,19.
11.7.2.Sacerdotal: sacrificando-se e intercedendo por nós. Hb 9.11-14; 1 Jo 2.1,2.
11.7.3.Real: governando em sei reino tridimensional: do poder (Mt 28.18), da graça (Mt 21.5) e da glória (Mt 25.31).
12. SALVAÇÃO
12.1.Todos querem ir para o céu, pois sabem que vão morrer (Hb 9.27) e que o céu é um lugar bonito. Ap 21.1-4.
12.2.Mas será que todos vão para o céu? Jesus diz que não. Por que? Veja Mt 7.13,14.
12.3.Para ir a algum lugar é preciso saber o caminho. E qual o caminho do céu? Jesus. Jo 14.6; At 4.12.
12.4.Caminho é o meio de se ir a algum lugar. Jesus é o meio pelo qual Deus nos salva. 1 Pe 1.17,18.
12.5.A salvação de nossa alma é obra de Deus. Ef 2.8,9; Rm 3.28; At 16.30,31; Jo 3.14-16.
12.6.É muito simples. Por que é tão simples?
12.6.1.Porque Deus quer a salvação de todos. 2 Tm 2.4.
12.6.1.Porque Deus muda a vida de quem crê. 2 Co 5.17.
12.7.Se a salvação é obra de Deus e é tão simples, por que nem todos se salvam? A razão humana não encontra resposta para esta questão. A Bíblia afirma apenas o seguinte:
12.7.1.Aqueles que são salvos o são pela graça de Deus. Ef 2.8,9, Rm 3.28.
12.7.2.Aqueles que se perdem o fazem por culpa própria, por rejeitarem obstinadamente a obra do Espírito Santo. Os 13.9; Mt 23.37.
13. JUSTIFICAÇÃO
13.1.Justificação é o ato divino pelo qual o pecador é declarado justo diante de Deus quando ele crê nas promessas do Evangelho. Rm 3.23,24.
13.2.A Escritura descrê a justificação como um ato declarativo, no qual o pecador é declarado justo em virtude da justiça de Cristo. At 13.38,39.
13.3.No ato da justificação Deus perdoa os pecados e atribui fé para justiça do pecador. 2 Co 5.19; Rm 4.3.
13.4.A Bíblia exclui toda e qualquer obra humana como causa da justificação. Rm 3.28; Rm 4.1-5; Gl 2.16.
13.5.A doutrina da justificação pela fé em Cristo é a doutrina central da religião cristã, para qual todos os ensinamentos se convergem. Gl 2.16; Rm 3.28; 4.16.
13.6.Podemos resumir a doutrina da justificação com as seguintes palavras: “Pela graça sois salvos, por amor a Cristo, mediante a fé” (Ef 2.8,9).
13.7.E como resultado da justificação o pecador passa a ter:
13.7.1.Paz com Deus. Rm 5.1,2.
13.7.2.Uma boa consciência. Rm 8.5.
13.7.3.Conforto na aflição. Rm 5.3,4.
13.7.4.Esperança da vida eterna. Tt 3.7.
13.8.Mediante a fé o cristão justificado recebe o Espírito Santo, que passa a habitar no seu coração. Jo 14.23; 1 Co 3.16.
14. FÉ SALVADORA
14.1.O que é a fé?
14.1.1.Não é um mero conhecimento intelectual da Bíblia ou crença na existência de Deus. Tg 2.19.
14.1.2.Mas é a certeza e confiança de coração nas coisas invisíveis e espirituais que Deus nos prometeu na sua Palavra. Hb 11.1,3.
14.1.3.É a confiança pessoal nas promessas do Evangelho. Mc 16.15,16; Rm 10.9.
14.2.O objeto da fé é o Evangelho (Mc 1.15), ou simplesmente Cristo, contido no Evangelho. At 16.31.
14.3.A fé salva porque é o meio pelo qual o pecador recebe a graça de Deus. Rm 3.23,24,28.
14.4.A Bíblia declara que a fé salvadora também pode existir nas criancinhas. Mt 18.6; Lc 1.44 Mt 21.16; Hb 11.6.
14.5.Flutuações da fé:
14.5.1.Nem todos tem a mesma fé, ela pode variar de pessoa para pessoa e na mesma pessoa. Mt 14.31; 15.28.
14.5.2.Tanta a fé pequena como a fé grande salva, pois a salvação não depende do tamanho da fé. Porém os fortes resistem mais facilmente à tentação, se alegram mais com a salvação e produzem mais boas obras, enquanto os fracos logo sucumbem. Mt 25.1-13; Lc 8.13.
14.6.É possível cair da fé?
14.6.1.Muitos dizem que não, mas a Bíblia diz que sim. Lc 8.13; Gl 5.4; 1 Tm 1.19,20; 1 Co 9.27; 2 Pe 2.20.
14.6.2.Causas:
14.6.2.1.Negligência no uso dos meios da graça. 1 Co 11.30.
14.6.2.2.Auto-justiça, que faz a pessoa confiar em si. Lc 18.9-12.
14.6.2.3.Orgulho filosófico, que não quer submeter-se à autoridade da Palavra de Deus. 1 Tm 6.20,21.
14.6.2.3.Mundanismo, que leva a pessoa a amar mais o mundo do que a Deus. 1 Jo 2.15; 2 Pe 2.20-22.
15.6.2.4.Vida pecaminosa, que destrói a fé. Hb 10.26,27.
14.7.Sabendo que uma pessoa pode cair da fé, cuidemos, orando sempre dizendo: “Eu creio: Ajuda-me na minha falta de fé”. Mc 9.24; 1 Co 10.12.
15. ESPÍRITO SANTO
15.1.O Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade. Mt 28.19; At 5.3,4; 1 Co 3.16.
15.1.1.Nos convence do pecado. Jo 16.8.
15.1.2.Nos regenera. Jo 3.5,6, Tt 3.5.
15.1.3.Nos faz entender a Bíblia. 1 Co 2.14.
15.1.4.Nos consola quando estamos tristes. Jo 14.6.
15.1.5.Nos assiste nas nossas fraquezas. Rm 8.26.
15.1.6.Nos conserva na fé. Ef 1.13.
15.1.7.Nos santifica. 1 Co 6.11.
15.1.8.Nos concede dons. At 1.8; Gl 5.22,23.
15.1.9.Nos guia em toda a verdade. Jo 16.13.
15.1.10.Nos ressuscitará no último dia. Rm 8.11; Ez 37.5-7.
15.2.O Espírito Santo nos quer ajudar. Para isso ele nos convence do pecado e nos guia em toda a verdade. Mas se o resistirmos obstinadamente, ele poderá se retirar de nós. Gl 5.16; Ef 4.30.
15.3.Por isso a nossa constante oração: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito”. Sl 51.10,11.
16. CONVERSÃO
16.1.A conversão é a completa transformação pelo que passa o ser humano quando o Espírito Santo opera a fé no seu coração, que passa do reino das trevas para o reino da luz. 2 Co 5.17; Cl 1.13.
16.2.Para efetuar essa mudança de coração o Espírito Santo produz arrependimento, oferece graça e opera fé. Rm 7.24,25; Mt 11.28.
16.3.A Escritura usa sinônimos para a conversão, como:
16.3.1.Regeneração. Tg 3.5,6.
16.3.2.Novo nascimento. Jo 3.5,6 .
16.3.3.Vivificação. Ef 2.5,6.
16.3.4.Ressurreição. Cl 2.12.
16.3.5.Iluminação. 2 Co 4.6.
16.3.6.Arrependimento. Lc 15.7.
16.4.O autor da conversão é o Espírito Santo (Jr 31.18), que usa meios:
16.4.1.Palavra. Rm 10.17; 1 Pe 1.23.
16.4.2.Batismo. At 2.38; Jo 3.5,6; Tt 3.5
16.5.A conversão envolve três aspectos:
16.5.1.Conhecimento. Rm 10.14,17.
16.5.2.Aceitação. At 2.41.
16.5.3.Confiança. 2 Tm 1.12.
16.6.Uma pessoa convertida pode cair da fé (Lc 8.13,14; 1Tm 1.19). Para ser salva precisa ser reconvertida (conversão reiterada). Lc 22.32,61,62; 2 Sm 12.13.
17. SANTIFICAÇÃO
17.1.A santificação vem imediatamente depois da justificação. Incluiu toda a ação de Deus pela qual separa o pecador do mundo e faz dele propriedade exclusiva a fim de que glorifique o seu nome. 1 Pe 2.9; 2 Co 6.14-19.
17.2.O poder para viver uma vida santificada vem de Deus Espírito Santo. 1 Ts 5.23,24.
17.3.O meio pelo qual Deus nos dá forças para viver vida santificada é a sua Palavra. Sl 119.9.
17.4.A santificação envolve três aspectos:
17.4.1.Renovação do coração. Ez 11.19,20; Rm 12.2.
17.4.2.Luta conta o pecado. Gl 5.24; Rm 6.4; 7.18-23.
17.4.3.Prática de boas obras. Tg 2.17; Jo 15.5,8.
17.5.Embora a santificação deva ser o alvo de todo cristão, ninguém, no entanto, consegue viver uma vida completamente santa aqui na terra. Fp 3.12-14; Rm 7.18,19.
17.6.Na vida podemos escolher muitas coisas. Porém, em matéria de santificação não há escolha, aí Deus é claro: a sua vontade é a nossa santificação. 1 Ts 4.3; Hb 12.14; 1 Pe 1.16.
18. BOAS OBRAS
18.1.Boas obras são frutos da fé. É tudo aquilo que o cristão faz como cristão: quer na família, na igreja, e na sociedade, seja por palavras, pensamentos ou ações. Hb 11.4-39.
18.2.Para que uma obra seja boa diante de Deus não necessárias duas coisas:
18.2.1.Deve de estar de acordo com a vontade de Deus. Mt 5.9; Dt 5.32; 1 Sm 15.22.
18.2.2.Deve de proceder de motivo certo, que é o amor de Deus. Mt 6.1-5.
18.3.Só pode fazer boas obras quem tem fé, quem não tiver fé verdadeira não pode praticar uma única obra agradável a Deus. Hb 11.6; Rm 14.23.
18.4.As boas obras são necessárias:
18.4.1.Não para a salvação, pois não somos salvos 80% pela fé e 20% pelas obras, e sim 100% pela fé. Rm 3.28.
18.4.2.Mas por causa:
18.4.2.1.De Deus, que exige. 2 Co 9.5,8; 1 Ts 4.3; Mt 5.16.
18.4.2.2.Do próximo, que necessita do nosso amor. Gl 6.10.
18.4.2.3.De nós mesmo, que provam nossa fé. Tg 2.17,18; Gl 5.22,13; 1 Jo 3.14; Mt 7.16.
18.5.Recompensa:
18.5.1.Nada merecemos, pois não fazemos nada além do nosso dever. Lc 17.10.
18,5.2.Contudo, Deus, na sua graça, nos promete recompensar, nesta vida e na do além. Hb 6.10; 1 Tm 4.8; Pv 19.17; Ap 14.13; Dn 12.3; 1 Co 15.41,42.
19. TENTAÇÃO
19.1.O cristão, enquanto estiver no mundo, está sujeito a tentação. Por isso Cristo nos ensina a orar: “Não nos deixes cair em tentação”. Mt 6.13.
19.2.Não é pecado ser tentado, mas cair na tentação. Hb 4.15.
19.3.Deus permite a tentação para provar a nossa fé. 1 Pe 1.7; Tg 1.2,3,12.
19.4.Ele, no entanto, não permite que sejamos tentados além de nossas forças. 1 Co 10.13.
19.5.O agente da tentação é o diabo, que usa:
19.5.1.O mundo. Tg 4.4.; 1 Jo 2.15-17.
19.5.2.A nossa carne. Tg 1.14.
19.6.É do dever do cristão resistir a tentação. 1 Pe 5.8,9; Tg 4.7.
19.7.Com a Palavra de Deus e a oração podemos vencer a tentação. Ef 6.17; Mt 4.10,11; 26.41.
19.8.Como não se pode evitar que surjam tentações, deve-se prevenir contra elas. Pois, conforme Lutero: “Não podemos evitar que os pássaros voem sobre a nossa cabeça, mas podemos evitar que façam ninho nela”.
20. A CRUZ DO CRISTÃO
20.1.O que não é:
20.1.1.Cruz não é o castigo dos ímpios ou as conseqüências externas do pecado. Sl 32.10.
20.1.2.Nem os açoites disciplinares de Deus. Hb 12.5-11.
20.2.O que é: É tudo aquilo que o cristão sofre por ser um seguidor de Cristo, como:
20.2.1.Perseguição. 1 Pe 4.14; Mt 10.22; 2 Tm 3.12.
20.2.2.Negação de si mesmo. Mc 8,34; Lc 14.33; Fp 3.8.
20.2.3.Mortificação da carne. Gl 5.24; Cl 3.5; Rm 6.11.
20.3.Propósito da cruz:
20.3.1.Tornar-nos humildes. 2 Co 12.7-9.
20.3.2.Afogar o velho homem. 1 Pe 4.1,2.
20.3.3.Fortalecer a fé. 1 Pe 1.6,7.
20.3.4.Incitar-nos à oração. Is 26.16.
20.3.5.Desviar a nossa atenção do mundo. 2 Co 4.16-18.
21. SOFRIMENTO
21.1.Todos estão sujeitos ao sofrimento, também o cristão. Jo 16.33; At 14.22.
21.2.O sofrimento é uma conseqüência do pecado. Gn 3.16-19.
21.3.Deus sujeitou o mundo ao sofrimento no propósito de salvá-lo. Rm 8.20,21.
21.4.Ao cristão, particularmente, Deus permite sofrer para:
21.4.1.Chamá-lo ao arrependimento. Lc 13.1-5; Ap 2.22.
21.4.2.Corrigi-lo como Pai. Hb 12.10,11.
21.4.3.Mantê-lo humilde. 2 Co 12.7-9.
21.4.4.Aproximá-lo de si. Lc 15.17-19.
21.4.5.Fazê-lo desejar o céu. Fp 1.23; Rm 8.22,23.
21.5.Embora uma pessoa possa sofrer em conseqüência de um pecado, ela, contudo, não está pagando com isso nenhum pecado, pois este Cristo já pagou. Is 52.4,5.
21.6.Como o sofrimento veio ao mundo por causa do pecado, ele só deixará de existir quando este for totalmente removido.
22. ORAÇÃO
22.1.A oração é um ato de adoração pela qual, com os lábios e o coração, rendemos louvor a Deus e lhes expomos as nossas necessidades. Sl 19.14; Fp 4.6.
22.2.Por ser um ato de adoração, as nossas orações devem ser dirigidas apenas a Deus, em nome de Jesus. Mt 4.10; Ap 22.8,9; Sl 65.2; Jo 16.23.
22.3.Devem induzir-nos à oração o mandamento e a promessa de Deus, como as nossas necessidades. Mt 7.7-11; Sl 50.15.
22.4.Podemos pedir a Deus tudo o que for para o nosso bem e o do próximo, tanto bênçãos materiais como espirituais. Mc 11.24; Fp 4.6.
22.5.Sempre quando pedirmos uma bênção material, devemos submeter-nos a vontade de Deus. Mt 6.9; 26.42
22.6.Exemplos de orações atendidas:
22.6.1.De Moisés, que demoveu a Deus a que não destruísse o povo de Israel. Êx 32.7-14.
22.6.2.De Ezequias, que conseguiu mais quinze anos de vida da parte de Deus. 2 Rs 20.16.
22.6.3.De Elias, que fez chover depois de três anos e meio de seca. Tg 5.16-18.
22.7.Para que a oração seja atendida, ela precisa vir acompanhada de:
22.7.1.Fé. Mt 21.22; Tg 1.5-7.
22.7.2.Comunhão com Deus. Jo 15.7.
22.7.3.Louvor. At 16.25,26.
22.8.Deus quer que sejamos persistentes na oração. Lc 11.5-8; 18.1-8; Gn 32.22-29.
22.9.Sabendo da importância da oração, façamos da nossa vida uma vida de oração. 1 Ts 5.17.
23. MILAGRES
23.1.Milagre é um acontecimento sobrenatural, que contraria as leis da natureza. Neste sentido só Deus pode fazer milagre. Sl 72.18; 136.4.
23.2.Embora só Deus possa fazer milagre, em ocasiões especiais ele pode conceder esse poder:
23.2.1.Aos anjos. Dn 6.22; At 12.9.
23.2.2.Aos homens. Mc 16.20; Hb 2.3.
23.2.3.Ao diabo e seus agentes, para juízo dos incrédulos e advertência dos cristãos. 2 Ts 2.11,12; 1 Rs 22.21-23.
23.3.Jesus fez milagres, os apóstolos também. E hoje, ainda se pode haver milagre? Uma vez que Deus continua o mesmo (Sl 102.27), com o poder de sempre (Is 59.1), podemos dizer que sim:
23.3.1.Havendo necessidade. Houve épocas na história em que houve necessidade de muitos milagres, em que Deus até conversava com os homens. Houve, no entanto, períodos em que houve muito poucos milagres, como no período interbíblico e no fim do período apostólico. Gn 3.8.
23.3.2.Quando for da vontade de Deus. Embora a fé seja capaz de transportar montes e os apóstolos pudessem, pela fé, tomar veneno e pegar em cobras, eles não andaram fazendo isso. Mt 4.3,4,7.
23.3.3.Dependendo da fé. Mc 9.23; Mt 21.22.
23.4.Quando se trata de curas, é preciso saber ainda o seguinte:
23.4.1.A doença é um sinal do juízo de Deus por causa do pecado (Gn 3.16-19; Rm 5.12) e tem como propósito nos manter humildes. 2 Co 12.7-9.
23.4.2.Sempre quando pudermos fazer uso dos meios que Deus colocou a nossa disposição, devemos fazê-lo. 1 Tm 5.23; Cl 4.14; 2 Tm 4.11.
23.5.Observações:
23.5.1.Fazer milagre não é apenas curar e expulsar demônios, a lista é bem maior. Mc 16.17,18.
23.5.2.A maioria das curas que hoje acontecem podem ser explicadas psicologicamente. Os pretensos milagreiros não são capazes de curar nem uma gripe, muito menos uma fratura exposta. Lc 1.37.
23.5.3.Jesus nunca mandou pregar curas, mas o Evangelho. Mt 28.19; 8.4.
23.5.4.Nem todo o que faz milagre é de Deus. Mt 7.22,23; 24.24.
23.5.5.O cristão deve aprender a submeter-se à vontade de Deus e a carregar com paciência a sua cruz. Mt 6.10; 26.39.
24. ADIÁFOROS
24.1.Adiáforos são coisas que Deus não ordenou e nem proibiu.
24.2.Embora sejamos livres para proceder nestas coisas como nos agrada, pecamos, no entanto, quando o usa da liberdade:
24.2.1.Dá ocasião à carne e pretexto à malícia, como: jogar na loteria para ajudar o governo, ajudar a igreja com rifas, não contribuir porque é livre. Gl 5.13; 1 Pe 2.16.
24.2.2.Serve de tropeço para os mais fracos, como: tomar bebida alcoólica, comer carne na Sexta-feira Santa e trabalhar num dia de feriado religioso. Rm 14.1-23.
24.2.3.Me domina ou se torna em vício, como: o jogo de sinuca, a televisão, o fumo e a bebida alcoólica. 1 Co 6.12.
24.2.4.Implica numa confissão, como nos usos e costumes eclesiásticos, que se tornaram praxes na igreja, opondo-me ao fanatismo e caprichos pessoais. Gl 2.3-5; At 16.3.
24.2.5.Contraria o princípio da ordem e decência, como a ordem do culto e resoluções da assembléia. 1 Co 14.40.
24.3.Em tudo o que fizermos, lembremo-nos sempre da recomendação do apóstolo: “Quer comais, que bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”. 1 Co 10.31.
25. BATISMO
25.1.O batismo é uma ordenança divina, instituída por Jesus. Mt 28.18-20.
25.2.Deve ser feito em nome do Deus Triúno e com água.Jo 1.33; At 10.47.
25.3.Embora a água seja essencial no batismo, o modo de aplicá-la é indiferente:
25.3.1.Pois o valor do batismo está na Palavra e não na água. Ef 5.26; Tt 3.5.
25.3.2.Se não fosse assim Cristo o teria especificado, uma vez que a palavra ‘batizar’ tanto pode significar lavar, regar, purificar como imergir. Mc 7.4; Lc 11.38; Hb 9.10.
25.3.O batismo é um meio de graça que, na conversão, representa a morte da velha natureza. Rm 6.3,4.
25.4.1.Lava os pecados. At 22.16; Ef 5.25,26.
25.4.2.Oferece a salvação. 1 Pe 3.21; Mc 16.16.
25.4.3.Regenera. Jo 3.5,6; Tt 3.5.
25.4.4.Reveste da justiça de Cristo. Gl 3.26,27.
25.4.5.Oferece o dom do Espírito Santo. At 2.38.
25.5.O batismo deve ser administrado apenas uma vez (Ef 4.5), mas vale para a vida toda. Rm 6.4.
26. PEDOBATISMO
26.1.Por que batizamos crianças? Batizamos crianças porque:
26.1.1.Cristo ordenou. Mt 29.19; At 2.39.
26.1.2.Têm pecado. Rm 3.10-12,23; 6.23; 5.12.
26.1.3.Nascem em pecado. Sl 51.5. Gn 8.21; Sl 58.3.
26.2.Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus, eles morreram espiritualmente Gn 2.16,17.
26.2.1.Desde então todos os homens:
26.2.1.1.Nascem espiritualmente mortos. Ef 2.1-3.
26.2.1.2.Estão no reino das trevas. Cl 1.13.
26.2.1.3.São carne nascidas da carne. Jo 3.6.
26.2.2.Conseqüentemente, não podem agradar a Deus (Rm 8.7,8) e nem herdar o reino de Deus. 1 Co 15.20.
26.3.Sendo, por isso, necessário o novo nascimento, sem o qual ninguém entra no céu. Jo 3.3.
26.3.1.E a única maneira disso acontecer é através da água e do Espírito (Palavra e Batismo). Jo 3.5,6; Rm 10.17; 1 Pe 1.23.
26.3.2.Como a criança não pode entender a pregação do Evangelho, ela precisa do batismo para nascer de novo. Tt 3.5; 1 Pe 3.21; Ef 5.26; At 2.38,39.
26.4.O argumento de que a criança não precisa nascer de novo “porque dela é o reino dos céus”, não tem fundamento, visto o reino de Deus ser de todos, também dos pobres (Lc 6.20, Tg 2.5), mas que nem por isso podem dispensar os meios da graça (Mc 16.16; Hb 11.6). Para que uma pessoa possa fazer parte do reino de Deus ela precisa ser trazida a Cristo: pela palavra ou através do batismo (água e Espírito).
26. SANTA CEIA
26.1.A Santa Ceia é uma ordenança divina. M 6.26-28.
26.2.Foi instituída por Cristo para que através dela se lembrasse a sua morte. 1 Co 11.23-26.
26.3.Além das palavras da instituição, deve-se usar pão e vinho na celebração. Mt 26.26,27; Mc 14.22,23.
26.4.Junto com o pão e o vinho recebe-se, de maneira sobrenatural, o corpo e sangue de Cristo. 1 Co 10.16; 11.26-28.
26.5.A Santa Ceia é um meio da graça que nos oferece:
26.5.1.Fortalecimento da fé. 1 Co 11.30.
26.5.2.Incremento do amor fraternal. 1 Co 10.17.
26.6.Deve-se preparar antes de ir à Santa Ceia:
26.6.1.Arrependendo-se dos seus pecados.
26.6.2.Crendo no perdão de Deus.
26.6.3.Corrigindo a vida. 1 Co 11.27-29.
26.7.Deixar de ir a Santa Ceia ou participar dela indignamente traz sérios prejuízos à vida espiritual. 1 Co 11.28-30.
26.8.Lutero dizia: “Quem não vai a Santa Ceia ao menos quatros vezes ao ano deve-se desconfiar do seu cristianismo, pois não se devem considerar cristãos os que por tanto tempo se afastam do sacramento”.
27. IGREJA
27.1.O que é:
27.1.1.Uma instituição divina. Mt 16.18.
27.1.2.Comprada com o sangue de Cristo. At 20.28.
27.1.3.Amada por Deus. Ef 5.25.
27.1.4.É o corpo de Cristo. Ef 1.22,23.
27.2.Duplo sentido da palavra igreja:
27.2.1.Congregação local. É o conjunto daqueles que se reúnem num determinado lugar para pregar o Evangelho e administrar os sacramentos. 1 Co 1.2; Rm 16.16.
Neste sentido ela é também chamada de Igreja visível, pois pode-se saber quem a pertence.
27.2.2.Comunhão dos santos. É o conjunto de todos aquele que crêem em Cristo, não importando a denominação que seguem. Ef 2.19.22.
Neste sentido ela é:
27.2.2.1. Invisível. 2 Tm 2.19.
27.2.2.2.Santa. Ef 5.25-27.
27.2.2.3.Universal. Is 55.10,11.
27.2.2.4.Imperecível. Mt 16.18.
27.3.Finalidade da Igreja:
27.3.1.Anunciar o Evangelho e
27.3.2.Administrar os Sacramentos. Em outras palavras: ela serve para abrir e fechar os céus. Mt 16.19; 18.16; Jo 20.21-23.
27.4.Sabendo da importância da igreja: valorizemos a nossa igreja, dando testemunho de nossa fé, ofertando e tomando parte ativa nela. Hb 10.25.
28. OFÍCIO DAS CHAVES
28.1.O que é o Ofício das Chaves?
28.1.1.O Ofício das Chaves é um poder todo especial que Cristo deu à sua igreja na terra para perdoar os pecados aos pecadores penitentes e retê-los aos impenitentes, enquanto não se arrependerem. Mt 16.19; Jo 20.22,23.
28.1.2.Este poder é exercido pela congregação cristã. Mt 18.17,18,20.
28.2.Como a congregação cristã usa publicamente estas chaves?
28.2.1.Ela usa publicamente estas chaves através do seu pastor. 2 Co 2.10; 5.20; Lc 10.16; At 20.28.
28.2.2.Isto é feito pela pregação do Evangelho, na aplicação da disciplina cristã: absolvição e excomunhão.
28.3.Quais os passos a seguir na admoestação cristã?
28.3.1.”Se o teu irmão pecar, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste o teu irmão.
28.3.2.Se, porém, não te ouvir, toma contigo uma ou duas testemunhas, e toda palavra se estabeleça.
28.3.3.E se ele não te ouvir, dize-o à igreja.
28.3.4.E se ele recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano”. Mt 18.15-17.
28.4.Qual o propósito da disciplina cristã?
28.4.1.Salvar a alma. 1 Co 5.3-5; 2 Co 2.5-7.
28.4.2.Eliminar o mal. 1 Co 5.1,2,6,7, 11-13; Js 7.1,24-26.
28.4.3.Impor respeito. 1 Tm 5.20; At 5.11.
29. SÍMBOLOS
29.1.O termo:
29.1.1.Símbolo é algo que representa ou identifica alguma coisa, como: figura, sinal, emblema ou distintivo.
29.1.2.É tanto usado na vida civil (bandeira, escudo, emblema), como na vida militar (senha, brasão, flâmula).
29.2.O simbolismo na Bíblia:
29.2.1.Certos números, como: 3, 4, 6, 7, 10, 12, 40, 1000. Ap 1.20.
29.2.2.Certas cores, como o branco e o vermelho, que simbolizam a pureza e o pecado. Is 1.18.
29.2.3.O fermento, que representa a corrupção. 1 Co 5.6-8.
29.2.4.O sal, que significa integridade. Mt 5.13.
29.2.5.O óleo, que lembra a unção do Espírito Santo. At 45.7.
29.3.Simbolismo na igreja:
29.3.1.A cruz, que representa o sacrifício de Cristo. Gl 6.14; Fp 3.18.
29.3.2.O candelabro, cujo fogo simboliza o Espírito Santo e a Palavra de Deus. Ap 1.12; Sl 119.105; Êx 25.31.
29.3.3.O talar, que representa o ofício sacerdotal do pastor. Êx 28.3,4; Ap 1.13; 19.13.
29.3.4.Os monogramas XP (Christos), IHS (IHEUS), AW (alfa é Omega), que identificam Jesus.
29.3.5.E ainda uma série de figuras, como: a pomba (Mc 1.10), a âncora (Hb 6.9), a videira (Jo 15.6), o cordeiro (Jo 1.29), a coroa (Ap 2.10) e o trigo (Jo 12.24).
15.4.Símbolos ecumênicos, que são as confissões de fé:
15.4.1.O Credo Apostólico.
15.4.2.O Credo Atanasiano.
15.4.3.O Credo Niceno.
15.5.Além destes há ainda os símbolos particulares, que são as Confissões da Igreja.
30. MINISTÉRIO
30.1.O ministério é uma instituição divina. At 20.28.
30.2.É o ofício mais elevado na igreja, visto que lida como o ministério da Palavra, o poder de Deus. Rm 1.16; 2Co 5.18.
30.3.Os ministros são chamados por Deus através da congregação. At 14.23; 13.1-3.
30.4.O ofício do ministério não pode ser entregue às mulheres. 1Co 14.34,35; 1Tm 2.11-14.
30.5.A finalidade desse ofício é a administração dos meios da graça, a fim de salvar almas. 2Co 5.19; 1Tm 4.16.
31. ANTICRISTO
31.1.Anticristo significa aquele que é contra Cristo.
31.2.Sinônimos: a Besta, o Falso Profeta, o Homem da Iniqüidade. 2Ts 2.3; 1Jo 4.1-3; Ap 17.8,15; 20.21; 13.11.
31.3.As marcas pelas quais se pode conhecer o Anticristo:
31.3.1.É alguém que se apóia no poder temporal. Ap 13.12.
31.3.2.Provém da Babilônia. Ap 17.5,9,15.
31.3.3.É da igreja, mas se apostatou da fé. 2Ts 2.3,4.
31.3.4.Toma o lugar de Deus. 2Ts 2.4.
31.3.5.Se opõe a Deus. 2Ts 2.4.
31.3.6.Troca o objeto de culto. 2Ts 2.4; Mt 4.10.
31.3.7.Seu espírito já agia nos dias dos apóstolos. 2Ts 2.7; 1Jo 4.3; Lc 22.24.
31.4.Quem é ele?
Segundo Lutero e a maioria das igrejas cristãs é o papado, pois se enquadra perfeitamente na descrição acima. Senão vejamos:
31.4.1.O papado, desde o início, vem se servindo do poder temporal para se projetar, chegando ao seu auge na Idade Média, e a igreja que ele representa é até hoje, em muitos lugares, a religião do Estado.
31.4.2.Em Roma, denominado de Babilônia em Ap 17.5-9, não há nenhuma poder espiritual que se destaca além do papa.
31.4.3.O papado se afastou da verdade, ensinando doutrina de homens, como o Purgatório, o Celibato e a Transubstanciação. 1Tm 4.1-3.
31.4.4.Ele toma o lugar de Deus, dizendo-se infalível e denominando-se de o Santo Padre, o Sumo Pontífice e o Vigário de Cristo. Mt 23.7,8.
31.4.5.Se opõe a Deus, ensinando salvação por obras, proibindo o casamento e negando o cálice aos leigos.
31.4.6.Manda adorar santos, imagens e até defuntos em lugar de Deus, que é o objeto de culto. Mt 4.10.
31.4.7.Segundo a história, foi grande a luta dos bispos das cinco metrópoles da época para se tornar o chefe da igreja, vencendo o bispo de Roma. Lc 22.24; 1Co 1.12.
31.5.Que o deteve?
Duas coisas o deteve para que não se manifestasse antes (2Ts 2.3-7):
31.5.1.O império romano, através das perseguições.
31.5.2.A autoridade dos apóstolos, ainda vivos.
Removidos estes obstáculos, ele se revelou gradativamente, até conseguir assentar-se no santuário, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.
31.6.A existência do anticristo, com os seus prodígios e sinais de mentira (santos milagreiros), é um sinal de juízo de Deus para aqueles que não dá crédito á verdade. 2Ts 2.9-12.
32. FALSOS PROFETAS
32.1.Uma das verdades mais tristes da cristandade é a existência de falsos profetas no seio da igreja cristã. Mt 24.11,24.
32.2.Falso profeta é alguém que se disfarça de ovelha (servo de Deus), mas na verdade é um lobo devorador (servo do diabo). Mt 7.15; Ap 13.11.
32.3.Como conhecer um falso profeta?
32.3.1.Pelos seus frutos. Mt 7.16; Gl 5.22-24.
32.3.2.Pelos seus ensinos. 2Jo 1.9; Gl 1.6-9.
32.3.3.Pelas suas profecias. Mt 7.21-23; Dt 18.21,22.
32.4.Jesus preveniu várias vezes aos seus seguidores sobre o surgimento de falsos profetas. Mt 24,11m24; 2Pe 2.1-3; 1Tm 4.1-5; 2Tm 4.3,4.
32.5.Se Deus sabia do seu aparecimento, por que o permite?
32.5.1.Para provar a sinceridade dos cristãos. Dt 13.1-4; 1Rs 22,21-23.
32.5.2.Para o juízo dos incrédulos. 2Ts 2.9-12.
32.6.O que devemos fazer diante do fato de existirem falsos profetas?
32.6.1.Examinar as Escrituras. At 17.11.
32.6.2.Afastar-nos deles. Rm 16.17; 2Jo 1.8-11.
32.6.3.Zelar pela doutrina. 1Tm 4.16; Gl 1.6-9.
33. SABATISMO
33.1.Porque não guardamos mais o sábado?
33.1.1.Não guardamos mais o sábado porque o mesmo faz parte do antigo concerto, dado exclusivamente aos judeus (Dt 5.15) e não foi repetido no Novo Testamento.
33.1.2.Deus fez um concerto com o povo de Israel (Êx 34.27,28), gravando sua lei em duas tábuas de pedra. Mas como os judeus quebraram a aliança, Deus prometeu fazer um novo concerto, imprimindo a sua lei no coração do homem. Jr 31.31-33.
33.1.3.O novo concerto entrou em vigor com Jesus. Hb 8.6-13; 9.15; 2Co 3.3-14; Lc 22.20.
33.1.4.Portanto, se estamos na nova aliança então não mais estamos no antigo concerto e nem debaixo das leis do Antigo Testamento, mas sim debaixo da graça. Lc l6.16; Rm 10.4; Gl 3.13,24,25; Ef 2.15; Rm 6.14,15.
33.1.5.Na nova aliança o sábado não apenas não foi repetido, mais ainda expressamente abolido (Cl 2.14-17), o que já era predito em Os 2.11.
33.2.Os que querem guardar o sábado com o argumento de que está na Bíblia, devem também guardar outras leis do Antigo Testamento, que eram alianças perpétuas, como: a circuncisão (Gn 17.13), a purificação (Lv 12.6-8), a expiação (Lv 23.26-31), a páscoa (Ex 12.14), e não escolher a dedo o que se deve ou não deve guardar.
33.3.A diferença que se costuma fazer entre a lei moral (inscrita no coração) e a lei cerimonial (festa), só vem complicar ainda mais a situação dos sabatistas, pois sábado trata de cerimônia (festa), dia de culto judaico.
33.4.Guardamos o domingo em memória a ressurreição de Jesus e dos fatos importantes que se deram neste dia. Mc 16.9-11; At 2.1,2.
33.4.1.Em nenhum lugar no Novo Testamento, depois da ressurreição, encontramos os cristãos reunidos no sábado, mas sempre no domingo. Lc 24.13,36; Jô 20.19,26; At 2.1,2; 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10.
33.4.2.É verdade, encontramos Paulo pregando aos judeus na sinagoga no sábado, mas isto para aproveitar a oportunidade em que estavam reunidos. 1 Co 9.19-23.
33.5.Inácio, discípulo de João, escreve: “Aqueles que estavam presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando o sábado, porém vivendo de acordo com o dia do Senhor”.
34. GOVERNO
34.1.É da vontade de Deus que haja governo, a anarquia é contrária a sua vontade. Rm 13.1,2.
34.2.Finalidade:
34.2.1.Proteger a vida, a propriedade e a honra. Rm 13.3,4.
34.2.2.Preservar a ordem e a disciplina. 2 Tm 2.1,2.
34.3.Direito:
34.3.1.Estabelecer leis. 1 Pe 2.13.
34.3.2.Punir os malfeitores. 1 Pe 2.14.
34.3.3.Aplicar a pena máxima. Rm 13.14; Mt 26.52.
34.4.Nosso dever:
34.4.1.Obedecer-lhe. Rm 13.5.
34.4.2.Pagar impostos. Rm 13.6.
34.4.3.Orar por ele. 2 Tm 2.1.
34.4.4.Tomar parte ativa nele. Jr 29.7.
34.5.O governo pode permitir o que Deus proíbe (divórcio), e proibir o que Deus permite (caçar, pescar), mas não pode ordenar o que Deus proíbe e proibir o que Deus ordena. Quando isso acontece devemos obedecer antes a Deus do que os homens. At 5.29.
35. MATRIMÔNIO
35.1.O matrimônio é uma instituição divina. Mt 19.4,5.
35.1.1.Como tal é honroso. Hb 13.4.
35.1.2.Comparado à união de Cristo com a igreja. Ef 5.25.
35.2.É uma união indissolúvel (Mt 5.31; 19.3-8), não dando aos cônjuges direito de separação e um novo casamento. Exceto em casos de:
35.2.1.Infidelidade. Mt 19.9.
35.2.2.Abandono malicioso. 1 Co 7.15.
35.3.Propósito:
35.3.1.Procriação. Gn 1.28.
35.3.2.Companheirismo. Gn 2.18; 26.8.
35.3.3.Evitar a fornicação. 1 Co 7.2-5.
35.4.Novo casamento:
35.4.1.Em caso de divórcio, a parte inocente está livre para casar-se de novo. Mt 19.9; 1 Co 7.15.
35.4.2.A parte culpada não pode se casar enquanto a parte inocente permanecer solteira e haja razão para crer que se possa efetuar uma reconciliação. Mt 5.32.
35.4.3.Com a morte se dissolvem os laços matrimoniais, podendo o que sobreviver casar-se de novo. Rm 7.1-3.
35.5.Nos céus não haverá mais vínculo matrimonial. Mt 22.30.
36. MILÊNIO
36.1.A doutrina do milênio se baseia num único texto, num livro cheio de símbolos. Ap 20-1-6.
36.2.Há dois grupos:
36.2.1.Pré-milenistas: ensinam que Cristo voltará antes do milênio para reinar mil anos sobre a terra.
36.2.2.Pós-milenistas: ensinam que Cristo voltará depois de mil anos de paz sobre a terra.
36.3.Observa-se que nem Cristo, nem os apóstolos falaram dum milênio material. 1 Ts 4.15-17; Mt 24.29-31; 25.31-46; 2 Pe 3.7-10.
36.4.Os mil anos de Ap 20.4 é simbólico, representam o período da graça, que vai da morte de Cristo até o seu retorno.
36.4.1.O acorrentamento de Satanás: começou com o ministério público de Cristo (Lc 11.20-22; Lc 10.17-19), culminando com a sua morte na cruz. Ap 12.7-9; Jó 12.31-33; Hb 2.14,15; 1 Pe 3.18,19.
36.4.2.O reinado de mil anos: não é um reinado temporal, mas espiritual, que teve início com a exaltação de Cristo (Fp 4.9-11).
34.4.3.Se refere primeiramente aos mártires, estendendo-se a todos os cristãos que, pela fé em Cristo, já estão reinando (Ef 2.5,6; 2 Tm 2.11,12).
34.4.4.Observe-se que quem reina são as almas e os tronos estão nos céus.
35.1.As duas ressurreições:
35.1.1.A primeira ressurreição é a ressurreição espiritual, que ocorre na conversão (Cl 2.12,13; 3.1-4; Ef 2.1,5,6; Jo 5.24,25).
35.1.2.A segunda ressurreição é a ressurreição do corpo para a vida eterna, que ocorre na volta de Cristo (Jô 5.28,29; 4.40).
35.1.3.A segunda morte é a condenação eterna (Ap 20.10,14).
35.1.4.Assim: quem não fizer parte da primeira ressurreição (conversão), também não fará parte da segunda (vida eterna).
37. MORTE
37.1.Morte é a separação da alma do corpo. Ec 12.7; Lc 12.20; Mt 27.50.
37.2.A causa da morte é o pecado. Rm 6.23; Gn 2.17.
37.3.Como todos são pecadores, todos são atingidos pela morte. Rm 5.12; Hb 9.27.
37.4.As almas dos mortos não voltam a terra para se comunicar com os vivos, nem mesmo para dar uma mensagem especial. Ec 9.6; Lc 16.27-29.
37.5.Na morte a alma recebe o seu destino (Lc 16.22,23; Hb 6.9), enquanto o corpo aguarda na sepultura o dia da sua ressurreição. Jo 5.28,29; Dn 12.2.
37.6.O destino do homem se decide na hora da morte, depois não há mais oportunidade de salvação. Pv 11.7; Hb 9.27; Lc 16.22,23; Jô 5.24.
38. RESSURREIÇÃO
38.1.Muitos procuram negar a ressurreição do corpo, pois a acham impossível. 1 Co 15.12,35; At 17.32; Mt 22.29.
38.2.Mas a Bíblia, tanto o Antigo como o Novo Testamento, afirma que haverá ressurreição. Mt 22.31,32; Jô 11.25,26; Is 26.19.
38.3.A doutrina da ressurreição pertence aos artigos fundamentais da religião cristã, sem os quais não pode existir fé. 2 Tm 2.17,18; 1 Tm 1.19,20.
38.4.A ressurreição situa-se além da concepção humana, é um milagre da onipotência divina, como a criação, que deve ser aceita pela fé. Rm 4.16,17; Mt 22.29; Hb 11.3.
38.5.De acordo com a Bíblia, todos ressuscitarão, tanto crentes como incrédulos. Dn 12.2: Jô 5.28,29; At 24.15.
38.6.Essa ressurreição se dará no último dia, por ocasião do retorno de Cristo. Jo 6.40; 1 Co 15.22-24.
38.7.Na ressurreição teremos o mesmo corpo que tivemos aqui na terra, sendo, porém perfeitos. Jó 19.26,27; Ez 37.5-12; 1 Co 15.42-44; Fp 3.20,21.
38.8.A doutrina da ressurreição é fonte de consolo e alegria, que deve confortar o cristão, especialmente nas horas de tribulações. 1 Ts 4.13-18; Ap 14.13.
39. SEGUNDA VINDA DE CRISTO
39.1.Cristo voltará, é o que diz a Palavra de Deus. At 1.11.
39.2.Como?
39.2.1.Visivelmente. Ap 1.7.
39.2.2.Com poder e grande glória. Mt 24.30.
39.3.Quando?
39.3.1.Ninguém sabe, só Deus. Mt 24.36,42.
39.3.2.Mas não demorará. 1 Pe 3.9,10; Mt 24.44.
39.4.Sinais:
39.4.1.No mundo. Mt 24.6,7.
39.4.2.Na natureza. Mt 24.7,29.
39.4.3.Na igreja. Mt 24.10-14.
39.5.O que fazer?
39.5.1.Evitar o pecado. Rm 13.11-14.
39.5.2.Abastecer a fé. Mt 25.10.
39.5.3.Vigiar e orar. Mt 24.42; 26.41.
40. JUÍZO FINAL
40.1.A idéia do juízo final assusta, especialmente aos incrédulos, para quem será um dia terrível. Rm 2.15,16; Ap 6.15-17.
40.2.Quem será julgado? Todos serão julgados, tanto os vivos como os mortos. 2 Co 5.10; Mt 8.29.
40.3.Quem vai julgar? Jesus, o mesmo que esteve aqui na terra e foi julgado sob Pôncio Pilatos. At 10.42; Jo 5.27; Rm 2.15.
40.4.Com que critério serão julgados os homens?
40.4.1.Não a base da lei e das obras. Sl 130.3; 142.2.
40.4.2.Mas de acordo com o Evangelho de Cristo. Jo 12.48; Mc 16.16.
40.5.Como e para que será?
40.5.1.Não será para saber quem é salvo ou não, pois já se encontram separados no momento do julgamento. Jo 6.64; 2 Tm 2.19.
40.5.2.Mas para declarar publicamente a sentença de cada um, que inclui punição e recompensa. Mt 25.34,41; 2 Co 5.10; Rm 2.6-10.
41. FIM DO MUNDO
41.1.O nosso mundo, mesmo que alguns o neguem, um dia acabará. 2 Pe 3.4; Lc 21.23; Is 65.17; Hb 1.10-12.
41.2.O dia em que este mundo vai ser destruído será por ocasião da segunda vinda de Cristo. 2 Pe 3.4; Mt 24.29,31; Ap 6.12-17.
41.3.O meio que Deus usará para destruir este mundo é o fogo. 2 Pe 3.6,7,10,12; Ap 20.7-9.
43.4.O mundo será destruído para por fim a maldade que há na terra, a fim de dar lugar ao novo céu e a nova terra. Ap 20.7-9; 21.1-4; Rm 8.18-23.
42. VIDA ETERNA
42.1.Todos querem viver para sempre, e Deus nos dá essa possibilidade. Jo 3.16; 2 Tm 1.10.
42.2.Em que consiste?
42.2.1.A Bíblia usa figuras de linguagem para descrevê-la, como: bodas (Mt 25.10), banquete (Lc 22.30), mansão (Jo 14.2), cidade (Ap 21.10) e paraíso (Ap 2.7).
42.2.2.É estar para sempre com Deus, de corpo e alma. Jó 19.25-27; 1 Jo 3.2.
42.2.3.Enfim: é um lugar de alegrias eternas, onde não há sofrimento, pecado e nem dor. Ap 21.4; 1 Co 2.9; 12.4.
42.3.Como posso alcançá-la? É a pergunta mais importante que se pode fazer: Como alcançar a vida eterna?
42.3.1.Não por esforço próprio. Rm 3.20,28.
42.3.2.Mas pela fé em Cristo. Jo 5.24; Ef 2.8,9.
42.4.A vida eterna deve ser o nosso grande alvo. Infeliz daquele que não faz da vida eterna o seu alvo. Mt 16.25,26; Lc 10.20.
Rev. Lindolfo Pieper
Pastor da Igreja Luterana