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JOÃO 9.1-41 - KRETZMANN

A Cura Do Homem Que Nasceu Cego. João 9. 1-41.
O milagre: V. 1) Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. 2) E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3) Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus. 4) É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. 5) Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. 6) Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego, 7) dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se, e voltou vendo. Esta história simplesmente é a continuação da narrativa prévia, pois os acontecimentos, aqui relatados, ocorreram quando Jesus passou, provavelmente já fora do templo, próximo dos portões onde era comum se reunirem muitos mendigos. Foi assim que seus olhos se fixaram num cego. É uma das peculiaridades da providência de Deus que ele, muitas vezes, manifesta seu poder em pequenos incidentes que nos parecem acontecimentos do acaso. O homem que despertara a atenção de Jesus fora um cego de nascença. Os discípulos, que também notaram o pobre e desafortunado homem, expressaram a opinião do povo em geral, quando perguntaram Jesus, se sua aflição fora devida a um pecado que ele mesmo cometeu ou a alguma falta de seus pais. A pergunta deles oferece a Jesus uma oportunidade para repudiar a crença popular de que é possível traçar cada doença ou tristeza peculiar a algum pecado específico. De fato, em geral é verdade, que o pecado tem sido seguido por toda sorte de males e fraquezas físicas, que por si mesmas são só os precursores da morte, que é o salário do pecado. Também é verdade que certos pecados, especialmente aqueles da impureza, vão trazer punição direta ao corpo. Mas querer apontar como conseqüência de pecado excepcional sempre que alguma desgraça séria ou alguma doença acerta uma pessoa ou uma família, isso é invariavelmente, quase sempre, uma injustiça e prazer em julgar e condenar, algo que o Senhor previne. Cf. Lc. 13. 1-5. Por isso Jesus ensinou aos seus discípulos a verdade que diz respeito a este homem e a todas as demais pessoas desafortunadas. Neste caso especial, por exemplo, deviam manifestar-se a obra de Deus, seu poder e força. E o Senhor acrescentou que ele, ou, conforme alguns manuscritos, nós, os seus seguidores, junto com ele, temos a obrigação de trabalhar, de realizar as obras daquele que o enviou ao mundo. Não há qualquer compreensão falsa quanto à natureza e o escopo da obra e do ofício que precisamos realizar no mundo, também não há a menor hesitação quanto ao empreitar-nos nesta obra com toda disposição que tem um coração unido à vontade de Deus. O tempo de hoje é o dia de Cristo; agora é o tempo da graça; agora ele precisa estar naquilo que é a tarefa tanto dele como de seu Pai. Este mesmo espírito precisa viver nos seguidores de Cristo, esse precisa caracterizar todos os seus esforços
em prol da difusão do reino e todos o seu trabalho em favor do reino de Deus. Mesmo o menor espaço de tempo e cada restinho de vigor devem ser empenhados nesta mais importante das tarefas. Pois logo virá a noite da morte, e isto porá um ponto final a todo o empenho com e pelo Senhor. Jesus afirma, quanto a si mesmo, que sua escolha e as obrigações desta lhe eram claras; enquanto ele está no mundo, não deve cessar seu ofício de ser a luz do mundo. Esta obra ele expusera em detalhe aos judeus, e aqui o rumo da conversa relembrou esta explanação. A referência tendia ao reforço da ênfase de sua disposição de agir em benefício e pela salvação do mundo. A seguir Jesus, na doçura de sua mensagem evangélica, deliberadamente, prosseguiu na operação do milagre da cura do cego, o qual, sem dúvida, ouvira todas as palavras da conversa. Com o umedecer com cuspe de sua boca um pouco de barro, ele formou uma pasta, que colocou sobre os olhos do cego, e então o mandou ao tanque de Siloé para se lavar. O tanque de Siloé era aquele do qual era tomada a água no dia do grande Hosana, que era o último dia da festa dos tabernáculos, e cujo derramamento simbolizava o envio do Espírito. No caso atual Jesus arranjou os detalhes tão pormenorizadamente, para enfatizar que a cura fora realizada por ele. O cego, cuja fé em Jesus, enquanto isto, fora firmemente estabelecida, não hesitou por um instante em cumprir a ordem de Cristo. Foi e se lavou e voltou enxergando.
A comoção causada pelo milagre: V. 8) Então os vizinhos e os que dantes o conheciam de vista, como mendigo, perguntavam: Não é este o que estava assentado pedindo esmolas? 9) Uns diziam: É ele. Outros: Não, mas se parece com ele. Ele mesmo, porém, dizia: Sou eu. 10) Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos? 11) Respondeu ele: o homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui, lavei-me e estou vendo. 12) Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei.
O cego retornara à cidade, ao seu lar. Enquanto isto, Jesus continuou nalgum outro lugar. O povo da vizinhança, vendo o antigo cego andando por aí com a manifesta habilidade do uso da visão, estavam tomados de grande surpresa. Havia outros que estavam prontos a identificá-lo como o homem que anteriormente estava empenhado na vocação de mendigo. O milagre foi tão singular que todos estavam, um tanto, duvidando da sua identidade, havendo alguns que diziam que era realmente ele, mas outros, que só se parecia com ele. Mas o anteriormente cego resolveu a discussão mantendo com franqueza que ele o era realmente. Notemos como a narrativa prossegue de modo instantâneo, distinto e fiel à realidade. Os vizinhos e quantos se reuniram passam a pressioná-lo insistentemente com perguntas sobre a maneira como recuperou sua visão. E ele o relatou fielmente. Ele jamais vira a Jesus, mas ouvira seu nome. Sabia que Jesus colocara uma espécie de pasta sobre seus olhos amortecidos, descobrindo ele depois que isso fora barro. Mas, como este fora feito, não lhes pode dizer, porque não o vira. Sabia que seguindo as orientações, lhe fora dada visão, e ele ainda estava tomado de admiração pelo fato. Quanto a outras perguntas sobre o paradeiro de seu benfeitor, o anterior cego honestamente só sabe dizer que não o sabe. Mesmo que Jesus, naquele tempo, era bem conhecido em muitas partes da Palestina, houve muitas pessoas que ainda não o conheciam. Talvez tivessem ouvido dele de modo vago como o grande profeta e curador, mas seu nome e sua pessoa não eram bem conhecidos em Jerusalém.
A pesquisa dos fariseus: V. 13) Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego. 14) E era sábado o dia em que Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. 15) Então os fariseus por sua vez lhe perguntaram como chegara a ver; ao que lhes respondeu: Aplicou lodo aos meus olhos, lavei-me e estou vendo. 16) Por isso alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles. 17) De novo perguntaram ao cego: Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos? Que é profeta, respondeu ele. 
O caso foi de tal monta, que o povo julgou necessário conduzir o homem aos chefes do povo, dentre os quais os fariseus eram os mais proeminentes. A estes obstinados por formas e observações externas o ponto mais importante foi, certamente, que a cura fora realizada num sábado. Na avaliação deles, mexer barro era tarefa dum pedreiro, e a ordem do homem para que fosse e se lavasse não era trabalho necessário. Por isso os fariseus prontamente tomaram o homem e em minúcias o inquiriram sobre como recebera sua visão. Mas não foi possível abalar o testemunho do homem. Deu-lhes a mesmo relato que dera aos vizinhos. E estes hipócritas imediatamente se agarraram ao fato que a cura fora feita no sábado; esta foi a acusação contra quem o curara. Jesus, como parece, propositalmente realizara o milagre no sábado, para ofender aos fariseus. Deu a estas pessoas maldosas, as quais se recusavam em aceitar a verdade, razões para se ofenderem sem mais e, desta forma, encher a medida de suas transgressões. A auto-obstinação do coração é o castigo terrível da incredulidade. Mas alguns dos membros do sinédrio, cuja compreensão espiritual ainda não se perdera, fizeram a observação vacilante: Como pode um
pecador realizar tais sinais? Sentiam que Deus não permitiria que um transgressor público de sua santa lei saísse impune, muito menos que lhe daria estes poderes especiais de realizar milagres. O resultado de toda a discussão foi que ocorreu uma divisão no conselho, e já não conseguiram chegar a um acordo em seu juízo sobre o caso. Numa digressão, perguntaram ao antigo cego o que pensava sobre seu benfeitor. Este não hesitou um só momento em confessar Cristo, a quem jamais vira, como sendo um grande profeta enviado por Deus, atribuindo assim sua cura a Deus. os inimigos de Cristo estão sempre a espreitar por alguma maneira de desacreditar os milagres do evangelho, mas eles não vão ter sucesso. A Palavra de Deus está firme demais. 
A consulta aos pais: V. 18) Não acreditaram os judeus que ele fora cego e que agora via, enquanto não lhe chamaram os pais, 19) e os interrogaram: É este o vosso filho, de quem dizeis que nasceu cego? Como, pois, vê agora? 20) Então os pais responderam: Sabemos que este é nosso filho, e que nasceu cego; 21) mas não sabemos como vê agora; ou quem lhe abriu os olhos também não sabemos. Perguntai a ele, idade tem; falará de si mesmo. 22) Isto disseram seus pais porque estavam com medo dos judeus; pois estes já haviam assentado que se alguém confessasse ser Jesus o Cristo, fosse expulso da sinagoga. 23) Por isso é que disseram os pais: Ele idade tem, interrogai-o. 
Os chefes dos judeus, tendo achado o testemunho do antigo cego fraco demais para permitir algum questionamento, agora tentaram invalidar sua afirmação colocando em dúvida sua anterior cegueira. Por isso, no esforço de desacreditar tudo, convocaram os pais diante de seu tribunal. Vejam como procede um governo tipicamente hierárquico. Os pais foram perguntados se estavam certos da identidade deste homem, e também se sabiam a maneira pela qual ele recebera a visão. Podemos, facilmente, imaginar a cena; como os tímidos anciãos recuam e se encolhem diante da maneira opressora dos inquisidores, conseguindo só com dificuldade abrir a boca, por medo de dizer algo que pudesse ofender a estes poderosos. Tiveram condições de testemunhar a respeito que seu filho nasceu cego, mas foram cautelosos em ficar absolutamente neutros, em conservar uma atitude desinteressada sobre qualquer possível milagre, visto que os judeus haviam ameaçado com a excomunhão a quantos fossem confessar Cristo ou fossem falar a seu favor. Eles referiram os fiscais ao próprio homem. Este era de maior idade, e estava plenamente capaz de falar em favor de si mesmo. Não queriam ariscar-se na excomunhão, visto que isto os teria excluído de quase todo o intercurso com qualquer pessoa, a não ser a classe mais baixa de pessoas. O acordo entre os membros do sinédrio foi que os confessores de Cristo fossem expulsos da igreja. “Havia três graus de excomunhão: a primeira durava por trinta dias; a seguir vinha uma ‘segunda admoestação’, e, quando impenitente, o réu era punido com mais trinta dias; e, se ainda impenitente, era colocado sob o cherem, ou excomunhão, que era de duração indefinida, a qual o separava completamente das relações com as demais pessoas. Era tratado como se fosse um leproso. Para pessoas pobres como os pais deste mendigo, isto significaria ruína e morte.”5). Notemos: É um juízo terrível sobre a incredulidade, que os descrentes não conseguem ver os fatos mais evidentes e certos que lhes são colocados diante dos olhos. A ressurreição de Cristo, a inerrância da Bíblia, e dúzias de outros fatos que têm ao seu lado o testemunho das melhores testemunhas no mundo, são ainda questionados por pessoas que se têm por imparciais. Mas sua cegueira é tão densa que já não conseguem ver a luz.
Uma segunda entrevista com o que antes fora cego: V. 24) Então chamaram pela segunda vez o homem que fora cego e lhe disseram: Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador. 25) Ele retrucou: Se é pecador, não sei; uma coisa sei: Eu era cego, e agora vejo. 26) perguntaram-lhe, pois: Que te fez ele? como te abriu os olhos? 27) Ele lhes respondeu: Já vo-lo disse, e não atendestes; por que quereis ouvir outra vez? porventura quereis vós também tornar-vos seus discípulos? 28) Então o injuriaram e lhe disseram: Discípulo dele és tu; mas nós somos discípulos de Moisés. 29) Sabemos que Deus falou a Moisés, mas deste nem sabemos donde é. 
Os fariseus se encontravam num dilema. Caso se espalhassem os fatos sobre este milagre, a fama de Cristo cresceria e se difundiria em todas as direções, mas o prestígio deles receberia um golpe sério. Por isso fizeram outra tentativa para abalar o testemunho do homem, esta vez, porém, de um modo tal que o homem fosse obrigado a negar que tivesse ocorrido um milagre. Num ar santimônio eles o admoestam a dar glória só a Deus dizendo unicamente a verdade, e não algo que fosse uma peça de ficção que fora inventada para beneficiar a Jesus. Sempre há algum tempero de ameaça nas palavras: Nós sabemos que este homem é pecador. A dedução foi que devia ser impossível realizar o que o homem afirmava fora feito. O homem, porém, tenazmente se ateve à verdade; ele não estava preocupado com a pecaminosidade ou santidade de seu benfeitor. Ele sabia uma coisa: Tendo sido cego, agora podia ver. Esta mesma fé singela e esta tenaz perseverança deviam caracterizar a confissão dum cristão sobre Cristo. Quando descrentes tentam abalar o testemunho sobre conversão ou regeneração, o singelo aderir a esta uma verdade: Conheço a experiência de meu próprio coração e da minha mente; não é alguma ilusão, mas a convicção mais firme que pode haver no mundo, isso, muitas vezes, fará que os inimigos precisem recuar. Os judeus, no empenho de abalar a estabilidade deste testemunho, novamente o perguntaram sobre a maneira em que seus olhos haviam sido aberto. É muito compreensível que o assunto estava irritando ao homem e que ele lhes respondeu de modo muito acre. Já lhes havia dito uma vez, mas eles, evidentemente, não haviam escutado com atenção; por que deveria ele repetir o mesmo testemunho repetidas vezes? A tola tentativa deles de engambelá-lo a alguma afirmação inconsistente foi uma estratégia vergonhosa. Mas o sarcasmo do homem sobre se desejassem ser discípulos de Jesus feriu-os em lugar muito melindroso. De modo irritado o insultaram, acusando-o de ser um discípulo deste homem. Colocaram Jesus na mesma classe dos excluídos com os quais não queriam nada em comum. Mas quanto a eles, eram discípulos de Moisés, afirmam piamente. No caso de Moisés, estavam certos, que Deus falara com ele; mas no caso deste homem tinham nada definido em que pudessem basear sua opinião, nem ao menos sabiam da sua origem. Isto era, em parte, proposital ignorância, e, em parte, blasfema maldade. Haviam tido as mais amplas oportunidades para conseguir a informação que desejaram, se ao menos tivessem estado dispostos a seguir a orientação de Jesus, cap. 7. 17. Notemos: Os descrentes que querem ser, ao mesmo tempo, espertos e sarcásticos, atiram calúnias sobre o nascimento de Cristo duma virgem, colocando desta forma sua origem em dúvida, enquanto que uma simples leitura da Escritura os convenceria, se não resistissem tão obstinadamente ao Espírito Santo. 
A conclusão correta do homem que anteriormente estivera cego: V. 30) Respondeu-lhes o homem: Nisto é de estranhar que vós não saibais donde ele é, e contudo me abriu os olhos. 31) Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende. 32) Desde que há mundo, jamais se ouviu que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. 33) Se este homem não fosse de Deus, nada poderia ter feito. 
O método escolhido pelos fariseus, longe de tornar o homem indeciso e temeroso em sua afirmação, ao contrário, o firmou em sua posição quanto ao homem que lhe dera o grande dom da visão. A admiração do homem estava bem fundamentada. Os chefes dos judeus deviam ter conhecido um curador tão maravilhoso. Em sua opinião era procedimento tolo hesitar sobre a origem de alguém que realizava curas tão maravilhosas e que manifestava um poder divino tão grande, e ele não hesita em dizer isto aos líderes judeus. Era correto que um pecador não podia realizar tais feitos; Deus não podia ser induzido a dar tal poder a uma pessoa que deliberadamente transgredia sua vontade. Todavia o feito que ocorrera foi uma evidência do poder de Deus no que o curara. Por isso este homem Jesus não podia ser um pecador, mas deve ser de Deus. Jamais se ouviu que um milagre desta grandeza tenha ocorrido no mundo. Por isso, se Jesus tinha o poder de realizar tais milagres, então ele deve vir de Deus. Esta foi a conclusão correta, e aquela que derrotou completamente aos chefes dos judeus. Este homem inculto sabia argumentar com muito maior exatidão e força do que eles próprios, visto que ele tinha a verdade ao seu lado. O Cristo mais singelo, da mesma foram, aderindo estritamente à verdade das Escrituras, é capaz de confundir aos descrentes mais agudos e hábeis que tentam afastá-lo de sua fé em seu Salvador.
Jesus se revela: V. 34) Mas eles retrucaram: Tu és nascido todo em pecado, e nos ensinas a nós? E o expulsaram. 35) Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do homem? 36) Ele respondeu, e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia? 37) E Jesus lhe disse: Já o tens visto e é o que fala contido. 38) Então afirmou ele: Creio, Senhor, e o adorou. A franqueza do homem que estivera cego enfureceu sobremodo aos fariseus. Por isso lhe atiram em rosto a crença popular, que sua cegueira foi devido ao pecado, condenando-o juntamente com sua calamidade. Este é o modo dos descrentes. Quando não são mais capazes de contradizer a fatos claros, seu recurso é para insinuações vis e blasfêmias maliciosas. Mas os fariseus, em adição ao seu novo insulto, expulsam-no da sala onde tiveram sua reunião e tomaram o primeiro passo para expulsá-lo também da congregação. Eles, de modo predisposto e deliberado fecharam os olhos contra os fatos evidentes que havia diante deles; negaram a realidade deles; sufocaram sua própria consciência. Todos os atos deles foram um produto da hipocrisia mais pura e uma blasfêmia que não tinha paralelo. Jesus, que observara com atenção o caso do homem anteriormente cego, logo descobriu que os chefes judeus haviam começado o processo de excomunhão contra ele. Por isso aproveitou a ocasião para apoiar e socorrê-lo de modo mundo maravilhoso. A pergunta de Jesus, se acreditava no Filho de Deus, teve a intenção de operar esta fé no coração do homem, pois esta é sempre a natureza da Palavra de Deus. O homem curado foi um israelita crente; sua fé se fixava no Messias vindouro, do qual sabia que era o Filho de Deus. Por isso, quando foi inteirado da identidade do Filho de Deus com este bendito homem que o curara e que falava com ele, ele confessou alegremente sua fé e o mostrou no ato visível de devoção, dobrando seu joelho em prece cheia de adoração; ele adorou Jesus como Deus. Notemos: Jesus nunca perde de vista aqueles em que ele tomou um interesse pessoal. A solicitude de sua misericórdia salvadora sempre busca aos que receberam seus benefícios.
O juízo sobre a cegueira proposital: V. 39) Prosseguiu Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos. 40) Alguns dentre os fariseus que estavam perto dele, perguntaram-lhe: Acaso também nós somos cegos? 41) Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado. 
Aqui Jesus faz a aplicação, descreve a moral dos eventos ligados com a cura do homem cego. Anuncia que uma função de seu ofício é realizar o juízo, e realizar a execução duma certa separação. Aqueles que eram espiritualmente cegos e que se apercebiam de sua condição deplorável, esses iriam receber visão, enquanto aqueles que acreditavam serem donos de vista espiritual e moral, enquanto que, de fato, eram desesperadamente cegos em coisas espirituais, deviam tornar-se terminantemente cegos em sua vaidade. Cf. Lc. 2. 34. Alguns fariseus, os quais, como sempre acontecia, estavam seguindo suas pegadas e espreitando cada um de suas palavras, sentiram o ferrão da palavra final do Senhor. Com desprezo perguntam: Tu, com certeza, consideras também a nós como cegos! E Jesus não perdeu tempo para lhes dar a resposta. Caso a cegueira deles, sua incapacidade natural em relação a tudo o que é bom diante de Deus, lhes fosse conhecida, então haveria alguma possibilidade para curá-los de sua cegueira. Mas, enquanto não perceberem sua condição miserável, enquanto não conhecem e não querem reconhecer sua própria perversidade e cegueira em coisas espirituais, seu pecado persiste, estão abandonados na condenação de sua cegueira, com condenação futura que envolve. Os fariseus rejeitaram a palavra de Cristo, que unicamente é capaz de dar luz aos cegos. Eles, por isso, e todos quantos seguem seu tolo exemplo, são atingidos pelo juízo de Deus, conforme o qual sua busca graciosa é, finalmente, deixada de lado, e eles são abandonados ao fim que eles deliberadamente preferiram em vez da graça do Salvador. Desta forma os descrentes são entregues ao fim que eles mesmos escolheram, a graça de Deus lhes é tirada, e a Palavra da graça ainda é pregada em sua presença, para que eles se ofendam ainda mais e se tornem ainda mais endurecidos em sua própria perdição.
Resumo: Cristo cura um homem que nascera cego, e ensina aos chefes judeus, que tentem no máximo para macular o efeito do milagre, que ele, a luz do cego, seja isto em sentido interno ou externo, veio para dar vista ao cego e tirar a vista daqueles que se orgulham de seu conhecimento espiritual.

JOÃO 3.1-17

A Visita De Nicodemos. Jo. 3. 1-21.
Uma visita noturna, V. 1) Havia, entre os fariseus, um homem, chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. 2) Este, de noite, foi ter com Jesus e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. 3) A isto respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Temos aqui um incidente, que foi tirado dos acontecimentos desta semana da páscoa, que mostra o amor verdadeiro e profundo do Salvador. Havia em Jerusalém certo homem que pertencia aos fariseus, que era a seita dos judeus que era particularmente zelosa pelo cumprimento das tradições dos anciãos. Os fariseus eram líderes do pensamento judeu, sendo muitos deles, quando não todos, mestres, mas fortemente imbuídos com a idéia da justiça própria. Este homem, que se chama Nicodemos, não fazia parte deste grupo, mas, ainda assim, era um membro do sinédrio, que era o maior conselho da igreja judaica, cap. 7. 50. Este, de noite, veio a Jesus, em parte, porque temia seus colegas cuja inimizade contra Jesus foi evidente deste o começo, e, em parte, porque não queria ser perturbado. Sentia uma crescente insatisfação quanto a maneira em que os líderes judeus condenavam Jesus. Ele acreditava que este novo Mestre tinha uma mensagem maravilhosa e, por isso, devia ser ouvido. Tinha um desejo para saber mais de sua mensagem. Dirigindo-se a Jesus, de modo muito respeitoso, diz-lhe francamente que ele e o grupo que representava, provavelmente algumas poucas almas sinceras no conselho, no mais tão hostil, sabiam e tinham chegado á conclusão, que Jesus era um Mestre vindo de Deus. Reconheceram nele um mestre que tinha um comissionamento divino, o que não significa que tivessem uma compreensão da origem milagrosa de Cristo. Estes judeus, aos quais Nicodemos pertencia, só haviam feito sua conclusão com base naquilo que haviam visto. Deus confirmara o ensino de Jesus por meio de milagres tão fortes que não deixavam qualquer dúvida. Não eram quaisquer performances habilidosas ou de prestidigitação, mas maravilhas tão grandes que, sem qualquer dúvida, apontavam ao poder de Deus. Não havia dúvidas, que Deus estava com o homem que era capaz de realizar milagres tão grandes. O conhecimento de Nicodemos chegou a ponto de reconhecer em Jesus um profeta que estava no mesmo nível dos do Antigo Testamento, mas não chegou a ponto de aceitá-lo como o Messias. Muitos assim chamados cristãos de hoje compartilham da posição de Nicodemos. Sua confissão a respeito de Jesus se conforma inteiramente com sua razão. Acreditam que ele seja um grande mestre e louvam sua doutrina. Mas não querem reconhecê-lo como o Salvador do mundo. A afirmação de Nicodemos foi uma sondagem. Deu a entender que ele e seu grupo estavam inclinados a avançar no que acreditavam. Sugeriu que Jesus se devia expressar sobre a sua real posição e suas intenções. A idéia do reino messiânico temporal sempre estava em evidência nas mentes dos judeus. Jesus, contudo, declara solenemente, que uma pesquisa sobre esta maneira e com este fim em mente, não tinha sentido, quando faltava uma compreensão sobre o modo de entrar no reino de Deus. A não ser que uma pessoa chega a existir mais uma vez, ou nasce de novo, isto é, é reformada totalmente numa nova criatura, ela não pode entrar no reino de Deus que Jesus prega tão seriamente. Sem esta completa regeneração é impossível qualquer participação nas alegrias do verdadeiro reino de Deus. Sem ser regenerado, ninguém pode ser salvo. Nicodemos, semelhante aos fariseus, acreditou que podia ser salvo pelas obras da lei. Seu ponto de vista é compartilhado por milhões de pessoas desencaminhadas de nossa época. Ser digno do céu por meio dos méritos próprios, esse é o alvo de todos os fariseus modernos. Mas a exigência de Cristo diferencia radicalmente dessa pretensão. Ela aniquila completamente qualquer presunção e orgulho pessoa. Ela insiste sobre uma mudança completa nas condições morais duma pessoa, uma transformação completa e que inclui tudo o que há no coração e na mente, e da vontade duma pessoa, o que também precisa ser evidente numa nova maneira de viver, assim que uma pessoa assim é uma nova pessoa, seja em seu pensar, em seu querer e sentir, em suas palavras e obras. Sem essa regeneração ninguém pode entrar no reino de Deus. Como acontece a regeneração: V. 4) Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? 5) Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6) O que é nascido da carne, é carne; e o que é nascido do Espírito, é espírito. 7) Não te admires de eu te dizer: Importa-vos nascer de novo. 8) O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito. A afirmação de Jesus, simples como foi, ao mesmo tempo foi completamente fora da idéia, geralmente aceita, quanto ao modo de chegar ao céu, que quase suspendeu a respiração do fariseu. Sua pergunta revela sua total incapacidade de entender o mínimo da idéia do Senhor. Sabia, com certeza, que um novo nascer físico era impossível. Compreendeu que a referência de Cristo era a respeito duma transformação espiritual. Mas, bem esta mudança no campo da moralidade lhe parecia algo impossível, algo que beirava o ridículo, o absurdo. Como pode uma pessoa, em especial que já é velho, mudar os hábitos e costumes que seguiu por toda a vida? Se isto deve ser feito, então cada pessoa precisa, na verdade, re-iniciar todo seu viver novamente, tal como aconteceu quando veio ao mundo. Do ponto de vista da razão esta sugestão está fora de cogitação, assim, como á absurda a qualquer pessoa presunçosa a idéia da conversão, da regeneração.É por isso que Jesus, mais uma vez e com ênfase ainda mais solene, expõe que é absolutamente essencial o renascimento da água e do Espírito, sendo um requisito necessário e primordial para se entrar no reino dos céus. A regeneração espiritual pelo batismo, pelo qual é concedido o Espírito de Deus, é fatalmente necessária. O batismo é o meio pelo qual o Espírito Santo efetua a regeneração, o novo nascimento. Por isso a conversão nunca é uma realização do homem, mas é a realização de Deus Espírito Santo. Nascer de novo ou renascer é nascer do Espírito, isto é, receber dele um novo coração, uma nova mente e uma nova vontade. Deus usa, para alcançar este objetivo, o
batismo como um de seus instrumentos. Este sacramento, de fato, opera e dá vida nova. A água não é meramente um símbolo, mas é, por meio da força da palavra, um meio eficiente na operação da salvação. Só quem desta forma foi convertido, e que desta maneira se tornou participante da graça de Deus, entra por meio disso no reino dos céus, na igreja invisível. Pois o reino de Deus e o reino dos céus são idênticos. Que esta exigência duma regeneração absoluta está bem fundamentada, está comprovada pelo fato que todas as pessoas, assim como nascem no mundo, são carne. Sua natureza é pecaminosa e corrupta, alienada de Deus e hostil a Deus.
A inclinação da mente carnal da pessoa natural é inimizade contra Deus. Temos aqui um contraste irreconciliável: dum lado, todas as pessoas nascidas carnalmente, de pais carnais, por natureza são carne e estão cheias das mesmas paixões pecaminosas, como os pais o são em sua natureza, e, do outro lado, aquilo que pela ação criadora do Espírito chega a existir na conversão, a saber, o novo homem, que, pela ação do Espírito e o poder do alto, está cheio de vida divina. Aquele que é nascido do Espírito tem a maneira do Espírito. Seu coração, mente e vontade são orientados para Deus e ao que pertence a Deus. Uma pessoa assim, e só ela, é capaz para o reino de Deus. Só ela pode receber o reino de Deus com seus dons e suas bênçãos celestes. Por isso não devia ser motivo de admiração, que é exigido um novo nascimento para se entrar no reino espiritual. Ao homem natural, de fato, a maneira em que age o Espírito de Deus, é de pasmar e algo que ele nunca consegue esquadrinhar e entender. Mas esta exigência tão indispensável subsiste para todos os que são nascidos da carne: precisam nascer de novo. Nenhum sofismar e argumentar alterará esse fato. O Senhor tenta clarear o significado disso por meio dum exemplo, por um fenômeno da natureza. Eis o vento: ele sopra onde quer; vem, e vai; - seu som é bem conhecido como um conceito físico – mas seu o começo e seu fim, o por que e o para que das leis da natureza são desconhecidos, assim como ao simples homem é impossível entender o poder criativo. O soprar do vento acontece fora da vontade de qualquer pessoa.
Ninguém pode governar e fixar sua direção. Exatamente o mesmo acontece com o agir do Espírito de Deus: O processo da regeneração não pode ser avaliado pela aplicação da percepção, mas é um mistério de Deus. Tão somente os resultados são aparentes, e estes são, não poucas vezes, duma natureza que nos causa maravilha. A pessoa regenerada mostra maneiras totalmente diferentes do que antes de sua conversão. O que evitava anteriormente, agora tenta conseguir; e o que antes buscava e amava, agora detesta. Pelo poder do Espírito é agora uma pessoa nova e diferente. “Tal como o vento é livre, não preso a qualquer lugar, pessoa ou tempo, assim também o é o Espírito Santo. Assim como o vento mexe, impele, refrigera e a tudo penetra, assim também acontece com o agir do Espírito Santo”22). Notemos: O Espírito Santo faz sua obra como e quando o deseja; faz sua obra em sua maneira peculiar. 
Nós, porém, estamos presos aos meios externos que ele nos deu. Precisamos usar sua palavra e sacramentos, para obter os dons de sua graça. O testemunho do alto: V. 9) Então lhe perguntou Nicodemos: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus: 10) Tu és mestre em Israel, e não compreendes estas coisas? 11) Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que temos visto, contudo não aceitais o nosso testemunho. 12) Se tratando de coisas terrenas não me credes, como crereis, se vos falar das celestiais? 13) Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do homem que está no céu. Nicodemos ainda não conseguiu entender, por isso prosseguiu perguntando por uma explicação humana para um fenômeno divino. Queria saber como estas coisas eram; queria uma exposição plausível. Sua convicção particular era que a Deus e seu Espírito era impossível alcançar esses resultados, de tornar uma pessoa totalmente diferente daquilo que fora antes, regenerá-la realmente. Jesus começa sua explanação com uma exclamação de surpresa sobre o espanto do fariseu. Pois Nicodemos era um mestre em Israel e ocupava a posição dum escriba, do qual se supunha ser versado na lei. o assunto da regeneração é tratado tantas vezes nos Salmos e nas visões dos profetas, assim que um mestre do povo devia estar plenamente familiar com seu significado completo. Já era ruim que o discípulo, ou o israelita comum, fosse tão cego; mas, o que se dirá dum mestre que mostra tanta ignorância! Cf. 51. 21; Ez. 11. 19. Os escribas e fariseus do tempo de Jesus já não mais entendiam as Escrituras. Agarravam-se à letra externa, enquanto lhes permanecia oculto o verdadeiro significado. Por isso o Senhor, de modo muito enfático, declara que o que ele diz não é qualquer ignorância e obtusidade. O seu conhecimento é de fonte original e é completo. As coisas que ele fala, essas ele conhece. E o que ele viu e continuamente enxerga, visto que é o Filho eterno e onisciente de Deus, disso ele testifica. Ele fala com divina autoridade sobre o milagre da regeneração, bem como do mistério secreto do Deus Trino. E de antemão Jesus sabe que seu testemunho não será crido. Não só Nicodemos, mas todas as pessoas que são como ele em sua posição diante da revelação divina, são tão cegadas por sua razão, que não conseguem entendê-las. Jesus falara de coisas que pertence a esta vida e que desafiam a atenção deles, como seja a regeneração e a santificação. Mas, nem a estas eles acreditaram, e, muito menos, crêem em suas palavras. Mas, se não podiam entender o que é mais fácil e mais tangível, aquilo que logo devia prender sua atenção, qual seria o resultado, se Cristo começasse a ensinar a respeito de assuntos não expostos à observação e experiência humanas, de coisas que estão completamente no oculto, e que são da essência e dos propósitos de Deus? Ele, por sua própria experiência pessoal, podia falar e testificar delas. Nenhum ser humano jamais residiu no céu para, assim, conseguir conhecimento das coisas celestes. Só um habitou lá e é capaz de comunicar o verdadeiro conhecimento sobre Deus e de todas as coisas divinas. O Filho do homem, o Deus-homem, em sua grande obra da expiação, desceu do céu para ser uma testemunha das coisas celestes. E ele está para isto plenamente qualificado, porque ele ainda está no céu. Ele está na conecção mais perfeita e íntima com as outras duas pessoas da Divindade, mesmo que seu corpo ande em fraqueza e humildade na terra. Cristo afirma aqui que ele, desde o princípio, estava no céu, pois, do contrário, de lá não podia ter descido. Afirma que ele desceu agora com o objetivo de testificar de coisas celestes. Afirma que ele, como o Filho de Deus, ainda está no céu, também segundo sua natureza humana. Cf. cap. 1. 18. E, finalmente, está chegando o tempo, quando ele retornará ao céu, quando sua natureza humana
será, final e completamente, transportada para a glória e a majestade celeste. “Carne e sangue não podem chegar ao céu. Tão só aquele sobe ao céu que do céu desceu, com o fim de que o governo de tudo esteja em sua mão. Ele, a tudo o que vive, pode matar, e, o que está morto, pode vivificar, e o que é rico ele pode empobrecer. Aqui, desta forma, ficou resolvido que tudo o que é nascido da carne não pertence ao céu. Mas este ascender ao céu e de lá descer
aconteceu em nosso benefício, para que nós, que somos carnais, também pudéssemos chegar ao céu, mas assim, a saber, que primeiro seja morto o corpo mortal”23). O objetivo da vinda de Cristo: V. 14) E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, 15) para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. 16) Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17) Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. O ato de Moisés no deserto, ao erguer a serpente de bronze ante os olhos do povo ferido, foi típico, simbólico, Nm. 21. 1-9. As pessoas que haviam sido mordidas pelas serpentes ardentes e que, então, em fé fixaram o olhar neste símbolo, foram curadas, e o veneno não teve efeito sobre elas. Jesus é o antítipo da serpente de bronze. Conforme o conselho do divino amor, no qual ele participou, o Senhor assumiu a obrigação de que também ele devia ser levantado num tronco diante dos olhos de todo o mundo. Há três pontos de semelhança nesta história entre tipo e antítipo. A serpente de bronze de Moisés tinha a forma e a aparência do réptil venenoso, conforme o qual fora moldado, bem como Jesus fora revelado na forma de nossa carne pecaminosa, tinha as necessidades e maneiras dum ser humano comum, e finalmente foi castigado como um criminoso. Contudo, tal como a serpente de bronze não tinha veneno, mas foi totalmente inofensiva, assim Jesus, mesmo que na aparência semelhante aos pecadores, era sem pecado, mas santo, inofensivo e imaculado. Sobre ele repousava estranha maldição, e pelos pecados de outros, que lhe foram imputados, esteve ele suspenso na cruz. E, finalmente, assim como aquele que na fé olhava a serpente de bronze permaneceu vivo, assim também cada pecador que foi envenenado pelo pecado em suas várias formas, mas que agora olha em fé singela e confiante para o Salvador Jesus, não perecerá e não será punido com a destruição eterna, mas terá a vida eterna. Pois, em Cristo todo pecado foi vencido, e a culpa toda foi tirada: nele há plena redenção. Agora Jesus repete este ensino numa pregação poderosa do evangelho, que não tem seu igual na literatura mundial, a qual, de fato, resume numa breve sentença todo o evangelho. Jesus exclama na mais plena ênfase e encantadora admiração: Porque Deus assim amou o mundo, amou tanto, tão imensamente, tão além de qualquer compreensão humana. A grandeza do amor de Deus é tanta, que provoca do próprio filho de Deus e Salvador este brado de admiração. Deus amou o mundo, Deus é o autor da salvação, 1.Tm. 2. 3. Ele amou o mundo, todas as pessoas que vivem no mundo. Não há nenhuma exceção. Ele provou este amor com um ato tão maravilhoso, tão incomparavelmente belo, que não é possível expressá-lo em palavras humanas de modo suficientemente forte. Deus deu seu Filho unigênito como dom gracioso e presente pelo mundo todo. E sua vontade e intenção são tais, que ele não faz nenhuma exceção: Cada um que nele crê não perecerá, não verá a destruição, mas terá a vida eterna, que é a vida em e com Jesus, a qual não terá fim, mas consiste em bendição e alegria por tempos sem fim. Que contraste: O Deus santo e eterno e seu Filho igualmente santo e eterno dão o mais nobre e melhor pelo mundo, pela humanidade caída e corrupta, pelo inimigo cruel de Deus! A morte do Filho de Deus é o castigo pelos pecados do mundo. O Filho de Deus morre para que o mundo, todas as pessoas no mundo, pudesse viver eternamente. A morte de Deus, o sangue de Deus foi derramado no prato da balança em pagamento pelos pecados do mundo. E não há nada que possa ser feito pelos pecadores, se não só em fé aceitar esta expiação. Pois a fé aceita e apropria a redenção de Cristo. E o que crê, já agora, já no tempo presente, tem a vida eterna. Ele está certo de sua salvação, porque ela está baseada sobre a obra do Salvador Jesus. “O que mais deverá ou poderá ele fazer? Pois, visto que ele dá seu Filho, o que retém ele ainda que também não nos dá? Sim, ele se dá a si mesmo por completo, como diz Paulo, Rm. 8. 32. Aquele que não poupou a seu próprio Filho, como não nos dará com ele graciosamente todas as coisas? Certamente tudo precisa ser dado com ele, que é seu Filho unigênito e caríssimo, o herdeiro e Senhor de todas as criaturas. E todas as criaturas nos precisam ser sujeitas, anjos, demônios, morte, vida, céus e terra, pecado, justiça, coisas do presente e do futuro, como são Paulo mais uma vez em 1.Co. 3. 22,23. Tudo é vosso, e vós dois de Cristo, e Cristo de Deus”24). Jesus também enfatiza o glorioso fato da salvação ressaltando a mesma verdade por meio duma afirmação negativa. A missão de Jesus, como o dom de Deus ao mundo, não foi para condenar o mundo, mesmo que este merecia muitíssimo esta condenação. Mesmo que ele seja pessoalmente o Santo de Deus, ele, contudo, não quis, na qualidade do Salvador dos pecadores, julgar e condená-los. O único objetivo de sua vinda foi a salvação do mundo. Nicodemos, desta forma, ouviu da boca de Jesus o completo relato do caminho da salvação, uma salvação que abrange absolutamente a todos. O contraste entre luz e trevas: V. 18) Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. 19) O julgamento é este: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. 20) Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras. 21) Quem pratica a verdade aproxima-se da luz a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque feitas em Deus. Jesus não veio ao mundo para condenar o mundo, mas ainda assim a maioria do mundo está condenada. Isto, contudo, não é a vontade e nem a culpa de Jesus, mas dos próprios descrentes. Aquele que crê aceita a redenção de Cristo, e assim é salvo do juízo condenatório. Assim como a misericórdia recebida é coisa da graça de Deus, assim também o crer é um dom gracioso de suas mãos. Mas, ainda que o mesmo dom foi conseguido e é oferecido ao descrente, este se nega a crer em o nome do Filho unigênito de Deus. E por sua incredulidade o condena. Ele, pela sua incredulidade deliberadamente se exclui da salvação, da vida eterna. A todos quantos o juízo condenatório acerta só têm a si mesmos como culpados, visto que se recusam aceitar ao Redentor e sua expiação. A incredulidade é, por isso, o pecado sobre todos os pecados, pois que rejeita a salvação que foi obtida e que é oferecida para todos os pecados. Para todos há um marco distintivo, uma pedra de toque, no fato que a verdadeira luz, o Salvador Jesus, veio ao mundo, e está ante os olhos de todos. Naquele momento Jesus estava sentado diante de Nicodemos. Tão real e verdadeiramente está ele agora presente em seu evangelho. Mas a maioria das pessoas não passou no teste, e nem hoje passa. Não acha graça na luz e nem na iluminação do evangelho. Preferem as trevas do pecado e da impiedade. Não amam a luz e nem o Autor da luz. Nada querem saber de Cristo seu Salvador. Seu pecado já não é mais o resultado da ignorância, mas duma escolha e preferência deliberadas. Toda sua vida e suas obras são más, pois são o resultado de seu amor às trevas e seus atos. A luz lhes é oferecida, mas preferem ficar em trevas. A salvação lhes é oferecida, mas preferem a condenação. Os que não crêem odeiam a luz, porque suas obras são moralmente corruptas, e não querem expôr-se. Esta é sua objeção idiota, tola e mal-humorada contra a luz a ponto de evitá-la a todo custo.Temem a revelação de seus atos, que são pecaminosos, vergonhosos, vis, feios e vulgares e a subseqüente exprobração. Querem continuar sua atividade comum em densas trevas, onde, como julgam, nenhum raio da luz do alto pode alcança-los. É pena que pessoas preferem o pecado e seus efeitos, mesmo agora, quando Jesus já veio para lhes trazer a redenção de suas algemas. Esta é uma advertência seriíssima para não se submeter à tirania do pecado, e de não servi-la de forma alguma. Doutro lado, aquele que pratica a verdade, que realiza os feitos da verdade, que vive em acordo com as exigências da pureza, da honestidade e da integridade, esse pratica as obras que fluem dum coração regenerado, esse vêm à luz. Este está feliz em ter reveladas as suas obras, a fim de que falem por ele. Pois, na realidade, não são obras suas, não são feitas para sua glorificação, mas são feitas e realizadas em Deus, que concedeu tanto a vontade como o realizar conforme o seu beneplácito. Verdadeiras boas obras são aqueles que são feitas em comunhão com Deus. A força e a habilidade para as realizar precisam ser encontradas em Deus de provir dele. Elas carregam em si o caráter divino. Realizar boas obras é impossível a uma pessoa não regenerada ou a um que não crê. Obras realmente boas só podem ser achadas naquele em que o Senhor acendeu a fé, que vive em e com Deus. Notemos: Esta afirmação de Jesus é um argumento forte para a realização de boas obras. Deus opera a fé.
Deus concede forças para fazer obras verdadeiramente boas. Por tudo isso a glória pertence só a Deus. Isto ele reparte conosco, dando-nos uma medida sempre maior de luz e de entendimento. “Agora não devemos, por outro lado, ficar sem obras, tal como as mentes atrevidas dizem: Ora! Então já não mais farei qualquer boa obra, para que possa ser salvo. Sim, não deves fazer nada mais que sirva para tua salvação, para o perdão dos pecados e para a redenção da consciência. Basta-te a tua fé. Mas o teu próximo não tem o suficiente; é a ele que deves ajudar. É para isso que Deus permite que vives, do contrário, em breve, se te precisaria arrancar a cabeça. Vives, contudo, para isso, para que com tua vida não sirvas a ti, mas ao teu próximo”

A ENTRADA DE CRISTO EM JERUSALÉM

A Entrada de Cristo em Jerusalém, Mt.21.1-11.
V.1) Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao Monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: 2) Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta, e com ela um jumentinho. Desprendei-a e trazei-mos. 3) E se alguém vos disser alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles. E logo os enviará. Jesus, depois do milagre de Jericó, foi direto a Betânia, pequeno povoado no lado leste do Monte das Oliveiras. Havia ressuscitado da morte seu amigo Lázaro, o que intensificou muito o ódio dos fariseus e dos principais dos sacerdotes, Jo.11.23. Nesta ocasião o Senhor chegou num sábado a Betânia e passou o dia na casa de Simão o leproso. No jantar que lá lhe serviram, Maria o ungiu para o seu sepultamento, Jo.12.7. Jesus continuou sua viagem na manhã seguinte. Mas as notícias de sua vinda haviam alcançado Jerusalém, e muitos dos peregrinos, que haviam vindo à festa, deixaram a cidade para encontrá-lo, cantando os hinos jubilosos que eram entoados em ocasiões festivas. “Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em o nome do Senhor,” Jo.12.12,13. Jesus veio com os primeiros da multidão a Betfagé que é a “casa de figos”, uma pequena vila na ladeira sudeste do Monte das Oliveiras, quase vizinha a Betânia, na mesma estrada para Jerusalém. Na entrada deste pequeno povoado, Jesus parou por algum tempo, com o objetivo de enviar dois dos discípulos como delegação sua. Dá-lhes diretrizes claras: Na localidade em frente deles, achariam logo e sem dificuldades, atada uma jumenta tendo consigo o potro. Sem pedirem licença, deviam desatar e trazê-los, como se fossem eles os seus donos. Caso, os donos ou alguma outra pessoa fossem protestar quanto ao seu direito de levar os animais, a simples palavra: O Senhor precisa deles, tendo seus motivos para querê-los, (esta palavra) serviria como senha e faria com que os donos obedecessem em submissão imediata e grata. Três pontos importantes: O Senhor sabia que os animais estavam no lugar indicado, e mais uma vez aproveitou a ocasião para convencer seus discípulos de que nada lhe era oculto. Sua Palavra tem poder e autoridade onipotentes. Tal como as ocorrências do futuro instantaneamente lhe estão manifestas, assim ele, o Senhor a quem todas as coisas pertencem, pode, mesmo à distância, influenciar o coração do dono para que se submeta à
sua vontade. Os dois discípulos estiveram totalmente no escuro quanto à finalidade de sua missão, Jo.12.16, e, sem dúvida, cumpriram com grande relutância a sua ordem, que os poderia colocar em dificuldades desagradáveis. Foram, porém, submissos à sua palavra, porque de experiência souberam que ele removeria quaisquer perigos. Bem da mesma forma os discípulos de Cristo de todos os tempos podem confiar inteiramente na Palavra de seu Senhor onipotente e onisciente, sabendo que, mesmo nos caminhos escuros, sua autoridade os preserva.
A profecia cumprida: 
V.4) Ora, isto aconteceu, para se cumprir o que foi dito, por intermédio do profeta: 5) Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em
jumento, num jumentinho, cria de animal de carga. O acontecimento inteiro, com todos os seus incidentes, ocorreu desta forma para que a palavra do profeta, Zc.9.9, fosse cumprida. Cf.Is.62.11. A citação feita pelo evangelista é feita de modo livre, incorporando tudo o que o Antigo Testamento diz da mansidão e humildade deste Rei dos reis. Cristo, com isto, desaprova todas as
idéias e esperanças messiânicas carnais e vulgares. Ele fez sua entrada na cidade que logo mais o rejeitaria por completo, não no modo de um herói conquistador, como o esperavam os habitantes mundanos de Jerusalém, mas num asno, e no potro dum asno. Este foi um último grande dia de misericórdia para a cidade, para que todos os habitantes pudessem conhecer o Redentor, mas eles não consideraram isto como algo que pertencesse à sua paz. Porém, tanto maior seria a impressão que a vinda do Rei da graça faria aos corações de seus crentes. “É isto, a que o evangelista admoesta pregarmos, quando diz: ‘Dizei à filha de Sião: Eis aí o teu Rei vem a ti, manso’. É, como se dissesse: Ele vem para o teu bem, para a tua paz, para a salvação e a alegria do teu coração. E, porque não o creram, ele profetiza que isso devia ser falado e pregado. Todo aquele que crê, que Cristo vem assim, este o tem desta forma. Ó que pregação singular que hoje é quase desconhecida! Assinalem bem cada palavra. A palavra ‘eis’ é uma palavra de alegria e admoestação, e se refere a
algo que ansiosamente se esperou por muito tempo. ‘Teu Rei’, que destrói o tirano de tua consciência, a saber, a lei, e te governa em paz e de modo muito agradável, dando-te perdão dos pecados e a força de cumprir a lei. ‘Teu’, isto é, prometido a ti, por quem tu esperaste, a quem tu, carregado de pecados, clamaste, por quem suspiraste. ‘Ele vem’, de modo voluntário, sem teu mérito, unicamente por grande amor, pois tu não o trouxeste para cá nem foste tu quem subiu ao céu, tu”. não mereceste seu advento, mas ele deixou a sua propriedade e vem a ti que és aquele que é indigno e que sob a compulsão e o domínio da lei mereceste, como retribuição pelos teus pecados, nada mais do que castigo. ‘A ti’ ele vem, isto é, para o teu benefício, com tudo o que dele necessitas. Ele vem para buscar a ti; vem somente para te servir e te fazer o bem. Ele não vem para o seu próprio bem, não para de ti buscar o que é seu, como anteriormente o fazia a lei. Tu não tens o que a lei exige. Por isso ele vem para te dar o que é seu, mas de ti ele não espera nada, a não ser que tu permitas que teus pecados te sejam tirados e tu sejas salvo. ... O evangelista usa só a palavra ‘humilde’ mas omite as palavras ‘justo e salvador’. Pois na língua hebraica a palavra ‘pobre’ esta intimamente relacionada com a palavra ‘humilde’ ou ‘gentil’. Os hebreus chamam de pobre uma pessoa que é pobre, modesta, humilde, inquieta e abatida de espírito. Todos os cristãos são chamados, por isso, pobres nas Escrituras. Pois, de fato, é manso e humilde aquele que não considera o mal que foi feito ao próximo nunca diferente do que sendo feito a ele próprio. Ele sente de modo apropriado o problema e, por isso, tem compaixão do próximo. O evangelista descreve a Cristo como alguém assim, que foi pobre e martirizado em nosso lugar, e que foi realmente humilde, que veio oprimido pelo nosso mal mas que está pronto para nos socorrer com a maior de todas as misericórdias e com amor” 
1). A entrada triunfal: V.6) Indo os discípulos, e tendo feito como Jesus lhes ordenara, 7) trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então puseram em cima deles as suas vestes, e sobre elas Jesus montou. 8) E a maior parte da multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pela estrada. 9) E as multidões, tanto as que o precediam, como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas! Enquanto Jesus esperava junto à entrada de Betfagé, os discípulos cumpriram sua ordem, recebendo, como resultado, a confirmação de sua confiança nele. Obedecer a sua Palavra nunca redundará em vergonha para o cristão. Os animais, quando levados ao Senhor, não estavam areados. Mas, neste momento, um êxtase peculiar se apoderou dos discípulos e da multidão que ia aumentando em número. Despindo, rápido, suas vestes exteriores, que era uma casaca solta, abriram-nas sobre o potro como assento para o Mestre.
O exemplo dos primeiros discípulos foi contagioso. Todos os demais, bem como grande parte do povo, tomaram as vestes e as espalharam sobre o caminho, como para receber um imperador ou rei potente. A agitação, todavia, se espalhou. Visto que muitos dos costumes das grandes festas, de vez em quando, eram transferidos de uma para a outra, o povo não hesitou, também desta vez, de emprestar os hábitos da festa dos tabernáculos. Alguns do povo cortaram ou arrancaram galhos das árvores ao longo da estrada, e os espalharam pelo chão para formarem um tapete de filhas para Ele passar. Mas o auge da exultação se deu no alto do Monte das Oliveiras. Aqui as fileiras dos
primeiros cantores se engrossaram com grandes multidões de recém-chegados. E, enquanto estes iam adiante, outros seguiam após o Senhor. E, numa exclamação antífona a aclamação jubilosa do povo subia ao céu, quando cantavam trechos do grande Aleluia, com a doxologia usada em grandes festas, Sl. 118.25,26. Proclamam-no de público como o Filho de Davi, como o verdadeiro Messias, e lhe desejam bênçãos e salvação do alto. Vindo de toda parte, o povo se juntava nesta demonstração em honra ao humilde Nazareno. Cheios de júbilo ofertavam suas vestes festivas, seus ornamentos de festa, trouxeram ramos de palmeiras e abanavam as verdes capas da incipiente primavera como expressão plena de sua alegria, de sua confissão do Senhor, o Messias. É muitíssimo triste que esta exultação só foi temporária, e que tão de pressa foi esquecida. Contudo, ao menos por breve tempo, o Espírito do Senhor tomou posse do povo. Foi assim que Deus quis testemunhar a respeito de seu Filho, antes que a vergonha e o horror da cruz fosse colocado sobre ele. O fato, ao mesmo tempo, foi profético a respeito do tempo, quando toda língua confessaria que Jesus é o Senhor.
A recepção em Jerusalém: V.10) E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é este? 11) E as multidões clamavam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia. A demonstração diante de Jesus continuou durante todo o trecho da descida do Monte das Oliveiras, sobre o vale do Cedrom, para dentro da cidade de Jerusalém. Como sempre acontece nestas circunstâncias, a agitação se espalhou rapidamente e trouxe consigo a muitos que nada sabiam da real motivação. Até a cidade de Jerusalém, com suas multidões de peregrinos que haviam vindo para a festa, foi em extremo movida, como se fosse por um terremoto. O entusiasmo popular irradiou a todas as classes do povo. Todos se perguntavam sobre a identidade do homem
que, desta forma, entrou na cidade. Os habitantes de Jerusalém haviam tido abundância de oportunidades para conhecê-lo. Muitos, porém, haviam esquecido os grandes milagres realizados em seu meio. Outros haviam vindo de longe, e nunca haviam entrado em contato com a obra e mensagem gloriosa de Cristo. Em toda parte era anunciado publicamente diante dele, que ele era Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia. Seu conhecimento dele não era muito claro, e os que possuíam um conhecimento definido hesitavam confessá-lo como tal em público. Proclamar e confessá-lo como o Messias era uma empreitada perigosa na principal cidade dos judeus, visto que os principais dos sacerdotes e os membros do conselho haviam ameaçado publicamente com a excomunhão aos que o fossem confessar. Da mesma maneira, em nossos dias, muitos que estão suficientemente dispostos a proclamar Cristo em meio à grande multidão, não se dispõem a erguer-se em favor de Jesus, quando a confissão individual lhes possa causar desgosto e perseguição.

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1 CO 1.18-25 1 CO 12.2 1 CO 15.20-28 1 CO 15.50-58 1 CO 2.1-5 1 CO 6.12-20 1 CO2.6-13 1 CORÍNTIOS 1 CR 28.20 1 JO 1 JO 1.1-10 1 JO 4.7-10 1 PE 1.13-21 1 PE 1.17-25 1 PE 1.3-9 1 PE 2.1-10 1 PE 2.18-25 1 PE 2.19-25 1 PE 2.4-10 1 PE 3.13-22 1 PE 3.15-22 1 PE 3.18-20 1 PE 4.12-17 1 PE 5.6-11 1 PEDRO 1 RS 19.4-8 1 RS 8.22-23 1 SM 1 1 SM 2 1 SM 28.1-25 1 SM 3 1 SM 3.1-10 1 TIMÓTEO 1 TM 1.12-17 1 Tm 2.1-15 1 TM 3.1-7 1 TS 1.5B-10 10 PENTECOSTES 13-25 13° APÓS PENTECOSTES 14° DOMINGO APÓS PENTECOSTES 15 ANOS 16-18 17 17º 17º PENTECOSTES 1CO 11.23 1CO 16 1º ARTIGO 1º MANDAMENTO 1PE 1PE 3 1RS 17.17-24 1RS 19.9B-21 2 CO 12.7-10 2 CO 5.1-10 2 CO 5.14-20 2 CORINTIOS 2 PE 1.16-21 2 PE 3.8-14 2 PENTECOSTES 2 TM 1.1-14 2 TM 1.3-14 2 TM 2.8-13 2 TM 3.1-5 2 TM 3.14-4.5 2 TM 4.6-8 2 TS 3.6-13 2° EPIFANIA 2° QUARESMA 20º PENTECOSTES 24º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 25º DOMINGO PENTECOSTES 27-30 2CO 8 2º ADVENTO 2º ARTIGO 2º DOMINGO DE PÁSCOA 2TM 1 2TM 3 3 3 PENTECOSTES 3º ARTIGO 3º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 3º DOMINGO DE PÁSCOA 3º DOMINGO NO ADVENTO 4 PENTECOSTES 41-43 4º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 4º DOMINGO DE PENTECOSTES 4º FEIRA DE CINZAS 5 MINUTOS COM JESUS 5° APÓS EPIFANIA 500 ANOS 5MINUTOS 5º DOMINGO DE PENTECOSTES 5º EPIFANIA 5º PENTECOSTES 6º MANDAMENTO 7 ESTRELAS Abiel ABORTO ABSOLVIÇÃO ACAMPAMENTO AÇÃO DE GRAÇA ACIDENTE ACIR RAYMANN ACONSELHAMENTO ACONSELHAMENTO PASTORAL ACRÓSTICO ADALMIR WACHHOLz ADELAR BORTH ADELAR MUNIEWEG ADEMAR VORPAGEL ADMINISTRAÇÃO ADORAÇÃO ADULTÉRIO ADULTOS ADVENTISTA ADVENTO ADVERSIDADES AGENDA AIDS AILTON J. MULLER AIRTON SCHUNKE AJUDAR ALBERTO DE MATTOS ALCEU PENNING ALCOOLISMO ALEGRIA ALEMÃO ÁLISTER PIEPER ALTAR ALTO ALEGRE AM 8.4-14 AMASIADO AMBIÇÃO AMIGO AMIZADE AMOR André ANDRÉ DOS S. DREHER ANDRÉ L. KLEIN ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO ANJOS ANO NOVO ANSELMO E. GRAFF ANTHONY HOEKEMA ANTIGO TESTAMENTO ANTINOMISTAS AP 1 AP 2 AP 22 AP 22.12-17 AP 3 APOCALIPSE APOLOGIA APONTAMENTOS APOSTILA ARNILDO MÜNCHOW ARNILDO SCHNEIDER ARNO ELICKER ARNO SCHNEUMANN ARREBATAMENTO ARREPENDIMENTO ARTHUR D. BENEVENUTI ARTIGO ASAS ASCENSÃO ASCLÉPIO ASSEMBLEIA ASTOMIRO ROMAIS AT AT 1 AT 1-10 AT 1.12-26 AT 10.34-43 AT 17.16-34 AT 2.1-21 AT 2.14a 36-47 AT 2.22-32 AT 2.36-41 AT 2.42-47 AT 4.32-37 AT 6.1-9 AT 7.51-60 ATANASIANO ATOS AUDIO AUGSBURGO AUGUSTO KIRCHHEIN AULA AUTO ESTIMA AUTO EXCLUSÃO AUTORIDADE SECULAR AVANÇANDO COM GRATIDÃO AVISOS AZUL E BRANCO BAIXO BATISMO BATISMO INFANTIL BELÉM BEM AVENTURADOS BENÇÃO BENJAMIM JANDT BIBLIA ILUSTRADA BÍBLIA SAGRADA BÍBLICO BINGOS BOAS NOVAS BOAS OBRAS BODAS BONIFÁCIO BOSCO BRASIL BRINCADEIRAS BRUNO A. K. SERVES BRUNO R. VOSS C.A. C.A. AUGSBURGO C.F.W. WALTHER CADASTRO CAIPIRA CALENDÁRIO CAMINHADA CAMPONESES CANÇÃO INFANTIL CANCIONEIRO CANTARES CANTICOS CÂNTICOS CANTICOS DOS CANTICOS CAPELÃO CARGAS CÁRIN FESTER CARLOS CHAPIEWSKI CARLOS W. WINTERLE CARRO CASA PASTORAL CASAL CASAMENTO CASTELO FORTE CATECISMO CATECISMO MENOR CATÓLICO CEIA PASCAL CÉLIO R. DE SOUZA CELSO WOTRICH CÉLULAS TRONCO CENSO CERIMONIAIS CÉU CHÁ CHAMADO CHARADAS CHARLES S. MULLER CHAVE BÍBLICA CHRISTIAN HOFFMANN CHURRASCO CHUVA CIDADANIA CIDADE CIFRA CIFRAS CINZAS CIRCUNCISÃO CL 1.13-20 CL 3.1-11 CLAIRTON DOS SANTOS CLARA CRISTINA J. MAFRA CLARIVIDÊNCIA CLAÚDIO BÜNDCHEN CLAUDIO R. SCHREIBER CLÉCIO L. SCHADECH CLEUDIMAR R. WULFF CLICK CLÍNICA DA ALMA CLOMÉRIO C. JUNIOR CLÓVIS J. PRUNZEL CODIGO DA VINCI COLÉGIO COLETA COLHEITA COLOSSENSES COMEMORAÇÃO COMENTÁRIO COMUNHÃO COMUNICAÇÃO CONCÓRDIA CONFIANÇA CONFIRMACAO CONFIRMAÇÃO CONFIRMANDO CONFISSÃO CONFISSÃO DE FÉ CONFISSÕES CONFLITOS CONGREGAÇÃO CONGRESSO CONHECIMENTO BÍBLICO CONSELHO CONSTRUÇÃO CONTATO CONTRALTO CONTRATO DE CASAMENTO CONVENÇÃO NACIONAL CONVERSÃO CONVITE CONVIVÊNCIA CORAL COREOGRAFIA CORÍNTIOS COROA CORPUS CHRISTI CPT CPTN CREDO CRESCENDO EM CRISTO CRIAÇÃO CRIANÇA CRIANÇAS CRIOULO CRISTÃ CRISTÃOS CRISTIANISMO CRISTIANO J. STEYER CRISTOLOGIA CRONICA CRONOLOGIA CRUCIFIXO CRUZ CRUZADAS CTRE CUIDADO CUJUBIM CULPA CULTO CULTO CRIOULO CULTO CRISTÃO CULTO DOMESTICO CULTO E MÚSICA CULTURA CURSO CURT ALBRECHT CURTAS DALTRO B. KOUTZMANN DALTRO G. TOMM DANIEL DANILO NEUENFELD DARI KNEVITZ DAVI E JÔNATAS DAVI KARNOPP DEBATE DEFICIÊNCIA FÍSICA DELMAR A. KOPSELL DEPARTAMENTO DEPRESSÃO DESENHO DESINSTALAÇÃO DEUS DEUS PAI DEVERES Devoção DEVOCIONÁRIO DIACONIA DIÁLOGO INTERLUTERANO DIARIO DE BORDO DICOTOMIA DIETER J. JAGNOW DILÚVIO DINÂMICAS DIRCEU STRELOW DIRETORIA DISCIPLINA DÍSCIPULOS DISTRITO DIVAGO DIVAGUA DIVÓRCIO DOGMÁTICA DOMINGO DE RAMOS DONS DOUTRINA DR Dr. RODOLFO H. BLANK DROGAS DT 26 DT 6.4-9 EBI EC 9 ECLESIASTES ECLESIÁSTICA ECUMENISMO EDER C. WEHRHOLDT Ederson EDGAR ZÜGE EDISON SELING EDMUND SCHLINK EDSON ELMAR MÜLLER EDSON R. TRESMANN EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ EF 1.16-23 EF 2.4-10 EF 4.1-6 EF 4.16-23 EF 4.29-32 EF 4.30-5.2 EF 5.22-33 EF 5.8-14 EF 6.10-20 ÉFESO ELBERTO MANSKE Eleandro ELEMAR ELIAS R. EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURA PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS SOPRANO Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENOR TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12