ÍNDICE
O Mundo do Antigo Testamento. 3
O Crescente Fértil 3
O Texto do AT. 4
Gêneros Literários. 4
Classificação dos Livros do AT. 5
O Livro de Gênesis. 6
O Livro de Êxodo. 7
O Livro de Levítico. 7
O Livro de Números. 8
O Livro de Deuteronômio. 8
O Livro de Josué. 9
O Livro de Juízes. 9
O Livro de Rute. 9
O Primeiro Livro de Samuel 10
O Segundo Livro de Samuel 10
O Primeiro Livro dos Reis. 10
O Segundo Livro dos Reis. 11
O Primeiro Livro das Crônicas. 11
O Segundo Livro das Crônicas. 12
O Livro de Esdras. 12
O Livro de Neemias. 13
O Livro de Ester 13
O Livro de Jó. 13
O Livro dos Salmos. 14
O Livro de Provérbios. 15
O Livro de Eclesiastes. 15
O Livro de Cânticos. 15
O Livro de Isaías. 16
O Livro de Jeremias. 16
O Livro de Lamentações. 17
O Livro de Ezequiel 17
O Livro de Daniel 18
O Livro de Oséias. 18
O Livro de Joél 18
O Livro de Amós. 19
O Livro de Obadias. 19
O Livro de Jonas. 19
O Livro de Miquéias. 20
O Livro de Naum.. 20
O Livro de Habacuque. 20
O Livro de Sofonias. 21
O Livro de Ageu. 21
O Livro de Zacarias. 21
O Livro de Malaquias. 22
A Palestina na época de Cristo. 23
A Infância de Jesus. 23
A Galiléia na Época de Jesus. 23
O Ministério de Cristo na Galiléia. 24
Jerusalém na Época de Jesus. 24
O Cristianismo Antes de Paulo. 24
A Viagem de Paulo a Damasco. 24
As Viagens Missionárias de Paulo. 24
O Evangelho de Mateus. 26
O Evangelho de Marcos. 27
O Evangelho de Lucas. 27
O Evangelho de João. 28
O Livro de Atos dos Apóstolos. 28
A Carta de Paulo aos Romanos. 29
A Primeira Carta de Paulo aos Coríntios. 30
A Segunda Carta de Paulo aos Coríntios. 30
Carta de Paulo aos Gálatas. 31
Carta de Paulo aos Efésios. 31
A Carta de Paulo aos Filipenses. 32
A Carta de Paulo aos Colossenses. 32
A Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses. 33
A Segunda Carta de Paulo aos Tessalonicenses. 33
A Primeira Carta de Paulo a Timóteo. 34
A Segunda Carta de Paulo a Timóteo. 34
A Carta de Paulo a Tito. 34
A Carta de Paulo a Filemom.. 35
A Carta aos Hebreus. 35
A Carta de Tiago. 36
A Primeira Carta de Pedro. 36
A Segunda Carta de Pedro. 37
A Primeira Carta de João. 37
A Segunda Carta de João. 38
A Terceira Carta João. 38
A Carta de Judas. 38
Apocalipse ou a Revelação de Deus a João. 38
O MUNDO AO ANTIGO TESTAMENTO
O testemunho da própria Bíblia é de que ela é a palavra de Deus (Os 1.1; Jl 1.1). Foi inspirada por Deus e tem autoridade divina (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). E, como tal, tem características divinas que vão além da racionalidade humana. Pela Escritura Deus vem aos homens para estar com eles e habitar no meio deles. Do vasto material contido na Bíblia, um aspecto se destaca: é a distinção que se faz entre lei e evangelho.
Mas também segundo o testemunho da mesma Bíblia, ela também é palavra de homens. Afirma-se isto no sentido que Deus usou instrumentos humanos para compilar o texto santo. Assim sendo, a Bíblia tem características humanas. Ela é compreensível ao bom senso. A sua redação levou 15 séculos (desde Moisés até o apóstolo João). Os seus autores humanos cobrem variadas profissões: reis, sábios, administradores, lavradores, pescadores, etc. Como livro humano, a Escritura apresenta as variações lingüísticas e estilísticas que caracterizam os escritos humanos.
O propósito fundamental da Bíblia é ser a revelação do Deus verdadeiro ao homem a fim de trazer o homem de volta a Deus (Jo 5.39; 2 Tm 3.15‑17). Daí surge a pergunta: Como alguém volta a Deus? A resposta é uma só: através de Cristo! (Jo 14.6; At 4.12) A Escritura é um livro cristocêntrico. Um "fio vermelho" atravessa toda a Bíblia: Jesus Cristo! Tire Cristo da Bíblia e esta perde o seu elemento fundamental.
Portanto, a Bíblia é "terra santa", é "chão sagrado". Ao abrirmos a Escritura estamos diante do próprio Deus. A exemplo de Moisés, precisamos "tirar as sandálias dos pés!" e aproximar-nos da Bíblia com muita humildade e reverência.
Da perspectiva geográfica, o Oriente Próximo é o ponto de encontro de três continentes (Ásia, África e Europa) e de três culturas (oriental, africana e ocidental). Ali estava a esquina do mundo de então. Crises, mudanças e progressos num continente afetavam, direta ou indiretamente, toda a região. É nesta área que a Terra Santa está situada.
Crescente Fértil é o nome que se dá àquela faixa de terra em forma de "C" (ou dum quarto crescente) caracterizada exatamente por sua fertilidade. (É daí que surge o nome "Crescente Fértil"). É a faixa verde e fértil que vai da Suméria (junto ao Golfo Pérsico) até o Egito (cobrindo toda a faixa banhada pelo Rio Nilo). (Confere, ao final, o mapa do Crescente Fértil.)
Ao norte desta região se acha o berço da civilização ocidental. Ali está a Mesopotâmia (com os rios Tigre e Eufrates). Ali desenvolveram-se muitas superpotências (Assíria, Babilônia, Média-Pérsia, etc.). No centro está a Palestina. Ao sul se acha o Egito e o milenar rio Nilo. A oeste está o mar Mediterrâneo (no AT também é denominado de "Grande Mar"). Ao leste está a região desértica e inóspita da Arábia. Todas estas regiões, umas mais outras menos, estão intimamente ligadas ao texto bíblico.
Em números redondos, as dimensões de Israel são 240 km (na direção norte-sul) por 80 km (na direção leste-oeste, do rio Jordão ao mar Mediterrâneo). A área geográfica de Israel tem regiões bem distintas. As principais são as seguintes:
1. Neguebe. É o deserto que se encontra ao sul de Israel. Até hoje é zona inóspita, não tem água. Ali não se mora, é lugar de trânsito. Em geral, é deserto não de areia, mas de terra socada. É a zona que se acha entre Israel e o Egito.
2. Judá. Trata-se da região montanhosa ao norte do Neguebe que chega até o Mar Morto. Esta região tem partes férteis. Ali também se acha o deserto da Judéia (entre Jerusalém e Jericó). Judá é uma região isolada lá no alto, com tendência a ser fechada, "provinciana". De Judá, o acesso ao "mundo" não era tão fácil nos tempos do AT. A rodovia internacional não passava por ali. Descendentes de Judá e Benjamim habitavam nesta região. A grande capital, Jerusalém, é a cidade que se destaca nesta região.
3. Samaria. A Samaria também é conhecida no AT como a "região montanhosa de Efraim". Localiza-se na parte central de Israel. É uma zona com muitas montanhas e terreno rochoso. É de fácil defesa, tem muito refúgio. É um bom local para fins militares. As tribos que ali predominavam eram Efraim e Manassés (que mantinham permanente rivalidade com Judá). Esta região é mais aberta ao Norte, às influências estrangeiras. A cidade de Samaria foi a capital do reino do Norte.
4. Galiléia. Está no norte de Israel. Foi o quartel-general de Cristo. Ali tem muita água, a fertilidade é muito grande. Cultivava-se cereais, frutos, etc. A rodovia internacional cruzava a Galiléia. Conseqüentemente todos os impérios internacionais passaram por ali deixando suas marcas de destruição. Ali se localiza o mar da Galiléia (que, na verdade, é um grande lago). A Galiléia tinha muito contato internacional. Era aberta às novas idéias. Foi também a primeira região a cair sob o império assírio.
5. Filístia. A Filístia é uma planície que se acha a sudoeste, na região costeira de Israel. Ali moraram os filisteus. Por algum tempo foi uma espécie de "terra de ninguém". Vivia sob constante ameaça pois tratava-se de um região estratégica para o domínio da rodovia internacional. Em virtude disto, a Filístia sempre esteve na mira do Egito.
6. Planície de Sarom. Está ao noroeste de Israel junto à região costeira. É uma região plana, fértil, bonita, e cultivada. Ali se acha o porto de Cesaréia.
7. Transjordânia. Fica do outro lado (lado leste) do rio Jordão. Esta zona é composta de planícies e montanhas. Lá moravam as tribos de Rubem, Gade e Manassés (meia tribo). Já que ao leste desta região não havia defesa natural, esta era uma área aberta e exposta a infiltrações e ataques.
8. Vale do Rio Jordão. O rio Jordão é a linha verde que cruza Israel de norte a sul. O vale do Jordão é depressão mais funda do globo terrestre. O rio Jordão nasce no monte Hermon, acima do mar da Galiléia, e deságua no mar Morto. Em linha reta, tem uma extensão de cerca de 120 km. O rio Jordão desempenhou papel importante nos episódios bíblicos.
9. Mar Morto. As dimensões do mar Morto são 77 km na direção norte-sul e 10 a 15 km no sentido leste-oeste. A superfície da água acha-se a 385 metros abaixo do nível do mar, e no ponto mais profundo do mar acrescente-se mais 390 metros (o que dá quase 800 metros abaixo do nível do mar). Uma característica do mar Morto é o seu alto índice de salinidade: 8 vezes mais que o normal!
1. Língua. O texto original do AT foi redigido em duas línguas: a maior parte em hebraico e cerca de 9 capítulos em aramaico (Ed 4.8‑6.18; 7.12‑26; Dn 2.4b‑7; Jr 10.11). Infelizmente não temos mais os autógrafos originais do AT. Estes se perderam. O que hoje existe são cópias de cópias. Mas é preciso lembrar que os israelitas eram extremamente cuidadosos na transmissão do texto. Isto nos dá segurança quanto à fidelidade aos originais das cópias que possuímos.
A Bíblia contém diferentes gêneros literários. A distinção básica está entre a poesia e a prosa. Mas mesmo assim reconhece-se diferentes gêneros literários. Os principais são os que seguem:
1. Narrativa. Apresenta história, biografia, episódios individuais ou coletivos. Acha-se especialmente nos livros históricos do AT, nos evangelhos e em Atos dos Apóstolos.
2. Lei. É o gênero composto de material legislativo, judicial, de regulamentações. Contém lei moral, civil (doméstica), cerimonial. É encontrado especialmente em Êx, Lv, Nm, Dt.
3. Poesia. Na Bíblia esta tem estrutura própria. Caracteriza-se pela expressão de sentimentos, pela utilidade didática, pela liberdade poética, pelo paralelismo (repetição e contraste) de pensamentos. Às vezes tem fundo histórico. Era utilizada no culto e na proclamação dos profetas.
4. Literatura Sapiencial. O sábio tinha lugar de destaque na sociedade de Israel. Os anciãos eram a liderança do povo e reuniam-se à porta da cidade. Os sábios enunciavam provérbios, dizeres, comentários sobre a vida e o seu dia-a-dia, princípios universais. Tinham algo a dizer sobre o relacionamento homem-Deus e homem-homem. Este tipo de literatura tem a sua expressão clássica nos livros de Pv e Ec.
5. Profecia. O profeta é alguém que, em nome de Deus, proclama o conselho de Deus. Esta proclamação pode incluir predição. Nas profecias é preciso levar em conta o fundo histórico, o gênero literário utilizado, o objetivo original do profeta, o cumprimento no NT, etc. Há diferentes tipos de profecias. Os exemplos clássicos deste gênero literário são os profetas do AT e o livro de Ap.
6. Parábola. A parábola é uma realidade divina enunciada em figuras humanas. Com freqüência Cristo respondia questões com o uso de parábolas. Também era usada como ilustração de um tema. É preciso atentar para o ponto de comparação da parábola e ter cuidado com a alegorização. Encontramos parábolas nos evangelhos, nos livros históricos e proféticos do AT.
7. Epístola. As epístolas eram a correspondência pastoral dos apóstolos. Ao interpretá-las, é preciso atentar para o seu propósito, autor, argumento ou tema, destinatário. Os exemplos deste gênero são as cartas do NT.
O texto original do AT (a Bíblia Hebraica) dispõe os documentos de forma diferente que as atuais versões. A classificação hoje usada foi adotada pela LXX e tem como critério o conteúdo dos livros. É essa a disposição que temos em nossa Bíblia, na tradução de João Ferreira de Almeida, edição revista e atualizada no Brasil. Os livro bíblicos são assim classificados:
1. Livros Históricos. O Pentateuco (que é composto pelos 5 livros de Moisés, Gn a Dt) e os livros "históricos propriamente ditos" (Js a Et). Ao todo, são 17 documentos.
2. Livros Poéticos. São 5 livros: de Jó a Ct.
3. Livros Proféticos. Este conjunto é composto pelos Profetas Maiores (Is, Jr e Ez), os livros de Dn e Lm, e os Profetas Menores (Os a Ml, tecnicamente chamados de "os Doze"). A soma dá 17 documentos nos livros proféticos.
Isto perfaz um total de 39 livros no AT. O critério para a classificação dos livros proféticos em Profetas "Maiores" e "Menores" não é a qualidade da teologia do livro, mas a extensão, o tamanho do texto.
O ANTIGO TESTAMENTO
O Antigo Testamento é o conjunto de livros que formam as Escrituras Sagradas dos judeus. Esses livros fazem parte também da Bíblia Sagrada dos cristãos. A palavra “testamento,” quando usada no título das duas divisões da Bíblia Sagrada, quer dizer acordo ou pacto. Para os cristãos, estas Escrituras Sagradas dos judeus são o “Antigo Testamento,” por falarem do antigo acordo que Deus fez com o seu povo por meio de Moisés; já o “Novo Testamento” fala do novo acordo, feito por meio de Jesus Cristo. Jesus estudou esses livros sagrados, e os seus seguidores os liam nas suas reuniões de adoração. Os escritores dos livros do Novo Testamento citam passagens do Antigo Testamento a fim de mostrarem que Jesus de Nazaré é de fato o Messias que Deus havia prometido enviar (cf. 2Tm 3.15-16).
Os primeiros cinco livros do Antigo Testamento são chamados de “Os Livros da Lei” ou “Pentateuco” (nome que quer dizer “cinco volumes”). Eles falam da criação do mundo e da humanidade e contam a história dos hebreus, começando com a chamada de Abraão e continuando até a morte de Moisés, que aconteceu quando o povo de Israel estava para entrar em Canaã, a Terra Prometida.
Os doze livros seguintes, de Josué até Ester, são livros históricos, que contam a história dos israelitas desde a entrada deles na Terra Prometida até o tempo em que as muralhas de Jerusalém foram reconstruídas, depois da volta dos israelitas do cativeiro na Babilônia, uns quatrocentos e quarenta e cinco anos antes de Cristo.
Os livros de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos são chamados de livros poéticos.
Os últimos dezessete livros do Antigo Testamento são os livros dos profetas, que contêm as mensagens de Deus anunciadas ao povo de Israel pelos profetas, os mensageiros de Deus que condenavam os pecados do povo, exigiam o arrependimento e prometiam as bênçãos de Deus. Alguns deles falaram a respeito do Messias, aquele que Deus iria enviar para salvar o seu povo.
O Antigo Testamento termina com a promessa de que Deus enviaria ao povo o profeta Elias antes que chegasse o grande e terrível dia do Senhor Deus, o dia que traria castigo para os maus e salvação para os que obedecem a Deus (Ml 4.1-6). Essa promessa se cumpriu com a pregação de João Batista, anunciando a vinda do Reino do céu (Mt 3.2).
A palavra Gênesis quer dizer “começo”. Este livro conta como tudo o que existe começou e como surgiram os seres humanos, o pecado e o sofrimento. E conta como Deus, no começo, apareceu às pessoas e mostrou como deveriam ser obedientes a ele.
O livro de Gênesis se divide em duas partes. A primeira, do capítulo 1 ao 11, conta como Deus criou tudo o que existe, incluindo a raça humana. Encontram-se aqui as histórias de Adão e Eva, Caim e Abel, Noé e o dilúvio e a torre de Babel.
A segunda parte, do capitulo 12 ao 50, conta a história dos patriarcas hebreus: Abraão, Isaque, Jacó e os seus doze filhos, que foram o começo das doze tribos de Israel. E o livro termina com a história de José, um dos filhos de Jacó, que fez que os seus irmãos e o seu pai fossem morar no Egito.
No livro de Gênesis Deus age. Ele cria o mundo, cuida das pessoas e mostra interesse pelo seu povo. Deus julga e castiga os maus e abençoa os que lhe obedecem.
Esboço
· A criação do universo e da raça humana – caps. 1-2
· O começo do pecado e do sofrimento – cap. 3
· De Adão até Noé – caps. 4-5
· Noé e o dilúvio – caps. 6-10
· A torre de Babel – 11.1-9
· De Sem ate Abrão - 11.10-32
· Os patriarcas: Abraão, Isaque e Jacó – caps. 12-35
· Os descendeates de Esau – cap. 36
· José e seus irmãos – caps. 37-45
· Os israelitas no Egito – caps. 46-50
Êxodo quer dizer “saída", e este livro trata do acontecimento mais importante da história do povo de Israel, isto é, a saída dos israelitas do Egito, onde eram escravos. O livro tem quatro partes principais: 1) A libertação dos hebreus; 2) a viagem até o monte Sinai; 3) O acordo de Deus feito com o seu povo no monte Sinai, onde Deus lhe deu as leis morais, civis e religiosas; 4) a construção de um lugar de adoração para o povo de Israel e as leis a respeito do sacerdócio e da adoração de Deus.
Acima de tudo, este livro descreve o que Deus fez, como ele libertou o seu povo e como, daquela gente, ele formou uma nação cheia de esperança no futuro.
A figura humana central·do livro é Moisés, o homem a quem Deus escolheu para tirar o seu povo do Egito. No capitulo 3 lemos como Deus chamou Moisés e lhe revelou o seu nome sagrado “EU SOU QUEM SOU”. O trecho mais conhecido do livro é a lista dos dez mandamentos, no capítulo 20.
Esboço
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Os israelitas são libertados da escravidão no Egito – 1.1-15.21
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1. A escravidão no Egito – cap. 1
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2. O nascimento de Moises e a primeira parte da sua vida – caps. 2-4
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3. Moisés e Arão e o rei do Egito – caps. 5-11
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4. A páscoa e a saída do Egito – 12.1-15.21
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Do mar Vermelho ao monte Sinai – 15.22-18.27
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A Lei e o acordo – caps. 19-24
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A Tenda Sagrada e as instruções para a adoração – caps. 25-40
No livro de Levítico estão as leis e os mandamentos que Deus mandou Moisés dar ao povo de Israel, especialmente as leis a respeito das reuniões de adoção, dos sacrifícios que o povo devia oferecer a Deus e dos deveres dos sacerdotes. Todos que serviam no Templo eram da tribo de Levi, tanto os sacerdotes como os seus ajudantes, os levitas.
A lição principal do livro é que o Deus do povo de Israel é santo. Portanto, esse povo que ele escolheu precisava ser santo também, isto é, precisava ser completamente fiel a Deus.
Neste livro encontra-se o mandamento que Jesus chamou o Segundo mais importante de todos: “Ame os outros como você ama a você mesmo” (Lv 19. 18).
Esboço
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Leis a respeito de ofertas e sacrifícios – caps. 1-7
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A ordenação de Arão e dos seus filhos para serem sacerdotes – caps. 8-10
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Leis a respeito de pureza e impureza cerimoniais – caps. 11-15
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O Dia do Perdão – cap. 16
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Leis a respeito da vida santa e adoração santa - caps. 17-27
Este livro se chama Números porque nele há duas contagens do povo: a primeira, feita quando os israelitas saíram do Egito (cap. 1); e a outra, feita quarenta anos mais tarde, antes de entrarem na terra de Canaã (cap. 26). No período entre as duas contagens, os israelitas chegaram até Cades-Barneia, no sul de Canaã, porém não conseguiram entrar por ali na Terra Prometida. Eles passaram muitos anos nessa região e depois foram até a zona montanhosa que fica a leste do rio Jordão. Uma parte do povo ficou ali, e a outra se preparou para atravessar o rio Jordão e entrar na Terra Prometida.
O livro de Números é a história de um povo que muitas vezes ficou desanimado e com medo diante das dificuldades e que se revoltou contra Deus e contra Moisés, o homem que Deus escolheu para ser o líder deles. É também a história da fidelidade de Deus, do seu cuidado constante para com o seu povo, que muitas vezes era fraco e desobediente. Este livro fala da firmeza de Moisés, que às vezes perdia a paciência, mas sempre mostrava ter um espírito de dedicação a Deus e ao seu povo.
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Os israelitas se preparam para sair do monte Sinai – caps. 1-9
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1. A primeira contagem do povo – caps. 1-4
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2. Várias leis e regulamentos – caps. 5-8
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3. A segunda Páscoa – cap. 9
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Do monte Sinai até Moabe – caps. 10-21
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O que aconteceu em Moabe – caps. 22-32
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Resumo da viagem do Egito até Moabe – 33.1-49
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Deus prepara o povo antes da travessia do rio Jordão - 33.50-36. 13
No livro de Deuteronômio estão os discursos que Moisés fez quando o povo de Israel estava na terra de Moabe, a leste do rio Jordão. Depois de terem caminhado quarenta anos pelo deserto, os israelitas estavam prontos para atravessarem o Jordão e tomarem posse da terra de Canaã.
Nesses discursos Moisés faz o povo se lembrar do que Deus havia feito nesses quarenta anos, como os havia livrado da escravidão do Egito e os havia levado pelo deserto para a Terra Prometida. Ele manda o povo obedecer a Deus e cumprir a sua parte do acordo que Deus havia feito com eles e avisa que serão castigados novamente se forem desobedientes. Moisés entrega os dez mandamentos e fala da importância do primeiro mandamento, que ordena que o povo de Israel adore somente o Senhor, o Deus dos seus antepassados. Moisés também chama a atenção do povo para as outras leis e ordens que devem governar a vida dos israelitas.
Finalmente Moisés escolhe Josué para ficar no seu lugar e, obedecendo a ordem de Deus, sobe o monte Pisga, de onde vê a terra de Canaã, no outro lado do rio Jordão. Ali no monte morre Moisés, o maior de todos os profetas de Israel.
Acima de tudo o livro de Deuteronômio mostra amor que Deus tem pelos israelitas. Deus os escolheu para serem o seu povo. Portanto, eles devem ama-lo e obedecer aos seus mandamentos para que continuem a receber as bênçãos de Deus na terra onde vão morar.
A passagem-chave do livro se encontra em 6-4-6. Ali está o mandamento que Jesus chamou o mais importante de todos: “Amem o Senhor, o nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças.”
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O primeiro discurso de Moisés – 1.1-4.43
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O segundo discurso de Moisés – 4.44-28.68
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O terceiro discurso de Moises - caps. 29-30
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Os últimos conselhos de Moisés – caps. 31-32
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A bênção de Moisés – cap. 33
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A morte de Moisés – cap. 34
No livro de Josué, conta-se a história de como os israelitas invadiram a terra de Canaã e passaram a morar nela. A conquista de Canaã foi comandada por Josué, que ficou no lugar de Moisés como guia do povo de Deus.
Esboço
O livro de Juizes conta a história de Israel desde a conquista da terra de Canaã até o começo da monarquia, Nesse tempo surgiram os “Juízes” que eram principalmente chefes militares, mas também resolviam as questões legais do povo.
Este livro ensina que o povo de Israel só continuaria a existir se fosse fiel a Deus, enquanto que a infidelidade sempre levaria à desgraça. Porém há mais do que isso: Mesmo quando a nação era infiel, e a desgraça vinha, Deus estava sempre pronto a salvar o seu povo quando eles se arrependiam e voltavam para ele.
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Acontecimentos depois da morte de Josué – 1.1-2.10
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Os juízes de Israel – 2.11-16.31
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Vários acontecimentos – caps. 17-21
A história de Rute passa-se no tempo em que o povo de Israel era governado por juízes. Rute, uma jovem do país de Moabe, casa-se com um israelita. Este morre, e então Rute se apega à sua sogra, demonstrando profunda devoção ao Deus de Israel. Depois de algum tempo, Rute casa-se de novo, agora com um parente do seu primeiro marido. E foi por causa desse segundo casamento que Rute veio a ser bisavó de Davi, o maior rei de Israel.
As histórias dos juízes mostram as desgraças que vieram quando o povo de Deus se afastou dele. Este livro conta as bênçãos que recebe uma estrangeira quando se volta para o Deus de Israel e assim passa a fazer parte do seu povo.
Esboço
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Noemi volta com Rute para Belém – cap. 1
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Rute conhece Boaz – caps. 2-3
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Boaz casa-se com Rute – cap. 4
O Primeiro Livro de Samuel registra a passagem do período dos juizes para o dos reis. Esta mudança da vida nacional de Israel gira principalmente em torno de três nomes: Samuel, Saul e Davi. Samuel foi o último dos juizes. Saul foi o primeiro rei de Israel, e Davi, o segundo.
Da leitura deste livro, bem como da dos outros livros históricos do Antigo Testamento, aprendemos que a fé em Deus traz bênçãos enquanto que a desobediência leva à desgraça. Esta verdade foi dita pelo próprio Deus ao sacerdote Eli: “...respeitarei os que me respeitam, mas desprezarei os que me desprezam” (1Sm 2.30).
No principio o povo de Israel não entendeu bem o que queria dizer ter um rei. Deus era considerado o verdadeiro rei de Israel, mas, em resposta ao pedido do povo, ele escolheu um rei para eles. Tanto o rei como o povo viviam debaixo da autoridade e do julgamento de Deus. (1Sm 2.7-10). Os direitos de todo o povo, ricos e pobres, eram garantidos pelas leis de Deus.
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Samuel como juiz de Israel – caps. 1-7
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Saul se torna rei – caps. 8-10
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Os primeiros anos do reinado de Saul – caps. 11-15
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Davi e Saul – caps. 16-30
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A morte de Saul e dos seus filhos – cap. 31
Segundo Samuel é a continuação de 1 Samuel. Neste livro se conta a história de Davi, que foi rei primeiro de Judá, no Sul (capítulos 1-4). Depois ele foi rei de toda a nação, incluindo Israel, no Norte (capítulos 5-24). 2 Samuel narra as lutas de Davi contra os inimigos de dentro e de fora, para se firmar no poder e para estender o seu reino. Davi era homem de profunda fé e devoção a Deus e como líder foi capaz de conquistar a lealdade do seu povo. Mas ele também cometeu pecados de crueldade e violência, que a Bíblia não esconde. Porém, quando Natã, o profeta, apontou a Davi os seus pecados ele os confessou e aceitou o castigo de Deus.
A vida e as realizações de Davi impressionaram profundamente o povo de Israel. Tanto assim que, mais tarde, nos tempos de angústia, quando precisavam de outro rei, eles pediam “um filho de Davi”. Desejavam um rei descendente de Davi, que fosse igual a ele.
Esboço
A história dos reis israelitas começa nos livros de Samuel e continua no Primeiro Livro dos Reis. Este livro pode ser dividido em três partes: 1) O começo do reinado de Salomão em Israel e em Judá e a morte do seu pai Davi. 2) O reinado e as realizações de Salomão, especialmente a construção o do Templo em Jerusalém. 3) A divisão da nação em dois reinos, o do Norte e o do Sul, e a história dos reis que os governaram até a metade do século nove antes de Cristo.
Nos dois livros dos Reis cada rei é julgado de acordo com a sua fidelidade a Deus: o progresso da não depende da fidelidade do seu rei, ao passo que a idolatria e a desobediência levam a desgraça. Os reis do Reino do Norte falharam todos nessa prova, enquanto que em Judá alguns reis falharam, e outros não.
No Primeiro Livro dos Reis aparecem os profetas de Deus, homens corajosos que falavam em nome dele e que diziam ao povo que não adorasse ídolos nem desobedecesse a Deus. Especialmente notáveis são Elias e a história da sua discussão com os profetas de Baal (capítulo 18).
Esboço
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O fim do reinado de Davi – 1.1-2. 12
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Salomão tonia-se rei – 2. 13-46
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O reinado de Salomão – caps. 3-11
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1. Os primeiros anos – caps. 3-4
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2. A construção do Templo – caps. 5-8
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3. Os últimos anos – caps. 9-11
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Os dois reinos – caps. 12-22
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1. A revolta das tribos do Norte – 12. 1-14.20
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2. Os reis de Judá e de Israel – 14.21-16.34
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3. O profeta Elias – caps. 17-19
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4. O rei Acabe – 20.1-22.40
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5. Os reis Josafá e Acazias – 22.41-53
O Segundo Livro dos Reis é a continuação da história dos dois reinos israelitas. Este livro começa onde a história parou em 1 Reis. O livro de 2 Reis pode ser dividido em duas partes: 1) A história dos dois reinos, desde o ano 850 antes de Cristo até a queda de Samaria e o fim do Reino do Norte, em 721 antes de Cristo. 2) A história do Reino de Judá, desde a queda do Reino de Israel até a conquista e destruição de Jerusalém pelo rei Nabucodonosor, da Babilônia, em 586 antes de Cristo. O livro termina com a história de Gedalias como governador de Judá e conta como o rei Joaquim foi libertado da prisão na Babilônia.
A queda dos reinos de Israel e de Judá acontece porque os reis e o povo foram infiéis Deus. A destruição de Jerusalém e a ida de grande parte do povo de Judá para o cativeiro marcam um momento decisivo na história israelita.
Esboço
Os livros de 1 e 2 Crônicas contam novamente os acontecimentos já registrados nos Livros de Samuel e Reis, mas de um ponto de vista diferente. A história dos reis israelitas, como aparece nos livros das Crônicas, tem dois propósitos principais:
1. Mostrar que, embora tivessem caído desgraças sobre os reinos de Israel e de Judá, Deus mantinha as promessas que havia feito à nação e continuava a realizar o seu plano para o seu povo através das pessoas que moravam em Judá. Como base para esta afirmação, o escritor conta as conquistas de Davi e Salomão, as reformas de Josafá, Ezequias e Josias e fala do povo que continuou fiel a Deus.
2. Descrever o inicio da adoração a Deus no Templo de Jerusalém e especialmente a organização do trabalho dos sacerdotes e dos levitas, que eram os encarregados do culto. Davi é apresentado como aquele que planejou o Templo e o culto embora tivesse sido Salomão quem veio a construir o Templo.
Esboço
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Genealogias e listas – caps. 1-9
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A morte de Saul – cap. 10
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O reinado de Davi – caps. 11-29
O Segundo Livro das Crônicas, que é a continuação do Primeiro Livro das Crônicas, começa com a narração dos acontecimentos do reinado de Salomão em Israel e Judá. Depois da morte do rei Salomão, a nação se dividiu em dois reinos, o do Norte e o do Sul (cap. 10). Daí em diante, conta-se a história de Judá, o reino do Sul, até a queda de Jerusalém no ano 586 antes de Cristo, quando os judeus foram levados como prisioneiros para a Babilônia. O livro termina falando do decreto de Ciro, rei da Pérsia, que deixou que os judeus voltassem para Jerusalém e reconstruíssem o Templo.
Esboço
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O reinado de Salomão - caps. 1-9
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1. Os primeiros anos – cap. 1
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2. A construção do Templo – 2.1-7.10
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3. Os últimos anos – 7.11-9.31
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A revolta das tribos do Norte – cap. 10
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Os reis de Judá – 11.1-36. 12
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A tomada de Jerusalém – 36. 13-23
O livro de Esdras é continuação do Segundo livro das Crônicas. Ele descreve a volta de alguns dos israelitas que estavam prisioneiros na Babilônia, a vida deles em Jerusalém e a adoração no Templo. Esses acontecimentos são apresentados na seguinte ordem:
1) O primeiro grupo de israelitas volta da Babilônia, por ordem de Ciro, rei da Pérsia.
2) O Templo é reconstruído e inaugurado, e o Deus Eterno é adorado de novo em Jerusalém.
3) Anos depois, outro grupo volta para Jerusalém, dirigido por Esdras, um estudioso da Lei de Deus. Esdras ajuda o povo a reorganizar a sua vida religiosa e social a fim de que as tradições espirituais de Israel sejam conservadas.
· O primeiro grupo volta da Babilônia – caps. 1-2
· O Templo é reconstruído e inaugurado – caps. 3-6
· Esdras volta com outro grupo – caps. 7-10
O Livro de Neemias
O livro de Neemias pode ser dividido em três partes: 1. A história da reconstrução das muralhas de Jerusalém, dirigida por Neemias, que foi mandado pelo rei da Pérsia para governar Judá. Neemias realizou também várias reformas sociais e religiosas. 2. A leitura por Esdras, da Lei de Deus e a confissão de pecados pelo povo. 3. Outras atividades de Neemias como governador de Judá. Neemias sempre dependeu de Deus e foi um homem de oração.
Esboço
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Neemias volta para Jerusalém – caps. 1-2
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A reconstrução das muralhas de Jerusalém – caps. 3-7
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A leitura da Lei e a renovação do acordo – caps. 8-10
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Outras atividades de Neemias – caps. 11-13
Este livro conta a história de Ester, a moça judia que se tornaria rainha por causa do seu casamento com Xerxes, rei da Pérsia. Hamã, o primeiro ministro do reino, planeja acabar com todos os judeus do reino, mas Ester e o seu primo Mordecai conseguiu fazer fracassar o plano perverso de Hamã e ele acaba morrendo na forca que havia mandado construir para enforcar Mordecai. Para festejarem a sua vitória contra os seus inimigos, os judeus começaram a comemorar festa de Purim, o que fazem até hoje.
Esboço
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Ester se torna rainha – caps. 1-2
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Hamã planeja a morte dos judeus – caps. 3-5
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Hamã é denunciado e morto – caps. 6-7
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Os judeus acabam com os seus inimigos – 8.1-9.19
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A Festa de Purim – 9.20-10.3
O livro de Jó trata do sofrimento humano. Jó era um homem bom, rico e feliz, mas Deus permitiu que da noite para o dia perdesse os filhos e tudo o que tinha e que fosse atacado por uma doença dolorosa e nojenta. Depois Jó e os seus amigos conversam, em diálogos poéticos, procurando achar explicação para tanta desgraça. No fim Deus aparece e dá a resposta.
Pensava-se, naquele tempo, que o sofrimento é sempre resultado do pecado. Para os amigos de Jó, Deus sempre recompensa os bons e castiga os maus. Portanto, se Jó está sofrendo, é porque pecou, mesmo que tenha sido em segredo. Mas Jó reage contra esta explicação. Ele não entende como Deus deixou que tamanha desgraça caísse sobre ele, visto que sempre foi um homem bom e honesto. Neste estado de angústia e de dúvida, Jó chega a desafiar a Deus. Ele exige uma explicação para que finalmente possa ser aceito por Deus e considerado pelos outros como um homem bom e correto.
E Deus tem a última palavra. Ele não responde as perguntas de Jó, mas fala do seu próprio poder e sabedoria. Humildemente Jó reconhece que ele não é nada diante de um Deus tão poderoso e sábio e se arrepende de haver usado palavras duras e violentas.
No final fica provado que Jó tinha razão e que os seus amigos estavam errados. Ele tinha toda a razão de rejeitar o modo de pensar dos seus amigos. E para Jó tudo vai melhor ainda do que no começo da história. Deus repreende os amigos de Jó por não haverem entendido a razão do seu sofrimento e por haverem defendido idéias erradas a respeito de Deus. Jó, ao contrário, mesmo com a sua impaciência, as suas reclamações e os seus protestos, conservou a fé num Deus que é justo. Ele reconheceu que os seres humanos não podem compreender tudo nem explicar bem a razão por que às vezes também os inocentes sofrem.
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Jó posto à prova – caps. 1-2
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Jó e os seus amigos – caps. 3-37
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1. A queixa de Jó – cap. 3
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2. O primeiro diálogo – caps. 4-14
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3. O segundo diálogo – caps. 15-21
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4. O terceiro diálogo – caps. 22-27
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5. Elogio da sabedoria – cap. 28
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6. A defesa final de Jó – caps. 29-31
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7. As falas de Eliú – caps. 32-37
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A primeira resposta de Deus – 38.1-40.2
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A primeira resposta de Jó – 40.3-5
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A segunda resposta de Deus – 40.6-41.34
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A última resposta de Jó – 42.1-6
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A cena final – 42.7-17
Salmos é o livro de hinos e de orações da Bíblia. Os salmos foram escritos por diferentes autores, durante um período de mais ou menos oitocentos anos, e foram usados pelo povo de Israel nas suas reuniões de adoração a Deus.
Há vários tipos de salmos hinos de louvor a Deus; orações pedindo ajuda, proteção e salvação; pedidos de perdão; canções de agradecimento pelas bênçãos de Deus; orações em favor de rei; canções para ensinar as pessoas a praticarem o bem; súplicas para que Deus castigue os inimigos; e outros. As orações são pessoais c nacionais: algumas mostram os sentimentos íntimos de uma pessoa, enquanto outras representam as necessidades e os sentimentos de todo o povo de Deus.
A forma geralmente usada na poesia dos salmos se chama paralelismo, que é a repetição de uma idéia, com outras palavras, na linha ou nas linhas seguintes. O paralelismo, nas suas várias formas e a riqueza de comparações dão graça e beleza a poesia hebraica.
Jesus cantou salmos e os citou várias vezes. Eles foram citados mais de cem vezes pelos escritores do Novo Testamento. Através dos séculos os salmos tem sido uma fonte de inspiração e devoção nas reuniões da Igreja Cristã e no seu trabalho missionário.
Os salmos estão agrupados em cinco livros, assim:
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Primeiro Livro – Salmos 1-41
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Segundo Livro – Salmos 42-72
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Terceiro Livro – Salmos 73-89
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Quarto Livro – Salmos 90-106
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Quinto Livro - Salmos 107-150
Provérbios é um livro de sabedoria prática. Ensina que a religião está ligada aos problemas comuns da vida. Começa lembrando que, “para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus”. Trata também de assuntos de moral, de bom senso e de boas maneiras. Os provérbios revelam a sabedoria dos antigos mestres israelitas sobre o que a pessoa sábia deve fazer em certas situações. Alguns provérbios são a respeito das relações de família;outros, sobre o comportamento nos negócios. Alguns tratam de boa educação nas relações sociais; e outros, da necessidade de a pessoa saber se controlar. Entre outras coisas, eles ensinam a humildade, a paciência, o respeito pelos pobres e a lealdade para com os amigos.
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Elogio da sabedoria – caps. 1-4
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Conselhos contra o adultério e outros pecados – caps. 5-7
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A Sabedoria e a falta de juízo – caps. 8-9
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Primeira coleção de provérbios – 10.1-22.16
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Trinta provérbios dos sábios – 22.17-24.34
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Segunda coleção de provérbios – caps. 25-29
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Provérbios variados – 30.1131.9
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A esposa ideal – 31.10-31
No livro de Eclesiastes estão registrados os pensamentos do “Sábio”, um homem que meditou profundamente sobre a vida humana, com as suas injustiças e decepções, e concluiu que “tudo é ilusão”. O Eclesiastes é o livro do homem sem Deus. Deus não acusa esse homem, mas deixa que ele fale dos seus sucessos e insucessos, do seu pessimismo e otimismo, da sua esperança e desespero.
Mas esse homem se volta para Deus e descobre verdades consoladoras. O “Sábio” aconselha os jovens a se lembrarem do seu Criador nos dias da sua mocidade, antes que o corpo volte para o pó da terra, e o espírito volte para Deus, que o deu (12.7). E no final do livro o “Sábio” afirma: “De tudo o que foi dito, a conclusão é esta: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos porque foi para isso que fomos criados. Nós teremos de prestar contas a Deus de tudo o que fizemos e até daquilo que fizermos em segredo, seja o bem ou o mal” (12.13-14).
Cântico dos Cânticos é uma coleção de poemas de amor, a maior parte em forma de canções, próprias para festas de casamento (Jr 33.11). Em algumas traduções, o livro é chamado de “O Cântico de Salomão”.
Estas canções de amor têm sido muitas vezes interpretadas pelos judeus como um retrato de Deus como esposo do seu povo (Os 2·16-20). Alguns cristãos entendem que se trata de uma figura do relacionamento entre Cristo e a Igreja (Ap 21.2, 9). Na opinião de outros, este livro ensina a dignidade e a beleza do amor humano. Cântico dos Cânticos foi incluído entre os livros sagrados da Bíblia porque trata da pureza e da santidade do casamento, que foi instituído por Deus. O povo tende a considerar a infidelidade como coisa sem importância, mas o verdadeiro amor permanece fiel, apesar de todas as dificuldades e tentações.
Esboço
Isaías, um dos maiores profetas do Antigo Testamento, anunciou as suas mensagens ao povo do Reino de Judá e aos moradores da cidade de Jerusalém entre 742 e 687 antes de Cristo. Os temas principais das mensagens do profeta são o poder do Deus de Israel sobre todas as coisas e a sua santidade perfeita. O livro de Isaías pode ser dividido em três partes:
1. Os capítulos 1-39 falam do tempo em que Judá, o Reino do Sul, está sendo ameaçado pela Assíria. O profeta insiste em que os maiores perigos que a nação corre e que podem leva-la ao desastre são o pecado, a desobediência e a falta de fé em Deus. Com palavras e por meio de atos simbólicos, o profeta faz um apelo ao povo e às autoridades do país para que vivam uma vida de honestidade e de justiça. Isaias anuncia a futura vinda de um descendente de Davi, que será o rei ideal, e fala de uma época de paz e de prosperidade para o mundo inteiro.
2. Os capítulos 40-55 falam de um povo que tem sofrido a desgraça e que está fora do seu pais, humilhado, explorado e sem esperança. E nessas condições que o profeta anuncia a libertação dos israelitas, garantindo que Deus os trará de volta do cativeiro para que possam começar uma vida nova na terra de Israel. Assim Deus se mostra o Deus da História, aquele que tem um plano para o seu povo, o qual terá a missão de ser uma bênção para todas as nações da terra. As passagens a respeito do “Servo do Senhor” estão entre as mais conhecidas do Antigo Testamento.
3. Os capítulos 56-66 trazem, na sua maior parte, conselhos para aqueles que já haviam voltado do cativeiro para Jerusalém. Deus aconselha que eles vivam uma vida de honestidade e de justiça e insiste em que respeitem o sábado, que se dediquem à oração e que lhe apresentem os sacrifícios que ele exige. Os versículos um e dois do capítulo sessenta e um foram usados por Jesus, no princípio do seu ministério, para anunciar a sua missão no mundo. (cf. Lc 4.16-21).
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Avisos e promessas – caps. 1-12
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O castigo das nações – caps. 13-23
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Deus julga o mundo – caps. 24-27
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Mais avisos e promessas - caps. 28-35
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O rei Ezequias, de Judá, e os assírios – caps. 36-39
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Mensagens de promessas e de esperança – caps. 40-55
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Avisos e promessas – caps. 56-66.
O profeta Jeremias, que era de uma família de sacerdotes, começou a anunciar mensagens de Deus no ano 627 antes de Cristo e morreu por volta de 580, provavelmente no Egito. Ele anunciou que Deus ia fazer cair uma·terrível desgraça sobre os israelitas como castigo pelos seus pecados. Jeremias ainda vivia quando as suas profecias se cumpriram. Ele estava presente quando o rei Nabucodonosor destruiu a cidade de Jerusalém, incendiou o Templo e levou como prisioneiros para a Babilônia o rei de Judá e grande parte do povo. Mas Jeremias disse que um dia os israelitas iam voltar e que seriam de novo uma nação.
Jeremias amava profundamente o seu povo. Não era por prazer mas por obrigação que ele anunciava que Deus ia castigar os israelitas. Mas a palavra de Deus era como um fogo no seu coração, e ele não podia ficar calado (20.9). Por outro lado, as autoridades e o povo não recebiam bem as mensagens de Jeremias. Ele foi rejeitado, perseguido e preso.
O livro de Jeremias fala de um tempo, no futuro, em que Deus faria um novo acordo com o seu povo. Esse acordo seria cumprido de livre e espontânea vontade, pois a lei de Deus estaria gravada no coração das pessoas (31.31-34).
Esboço
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A chamada de Jeremias – cap. 1
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Mensagens dos tempos de vários reis – caps. 2-25
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Episódios da vida de Jeremias – caps. 26-45
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Mensagens contra as nações – caps. 46-51
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A tomada de Jerusalém – cap. 52
Lamentações é uma coleção de cinco poemas nos quais se chora a destruição da cidade de Jerusalém no ano 586 antes de Cristo. O país havia sido arrasado, e o povo havia sido levado prisioneiro. Embora neste livro se fale muito de coisas tristes, não deixa de haver nele uma nota de confiança em Deus e de esperança no futuro. Esses poemas são recitados pelos judeus, com jejum e orações, para lembrarem todos os anos a destruição de Jerusalém.
Esboço
· As tristezas de Jerusalém – cap. 1
· Deus castiga Jerusalém – cap. 2
· Castigo, arrependimento e esperança – cap. 3
· Jerusalém arrasada – cap. 4
· Oração pedindo misericórdia – cap. 5
No tempo do profeta Ezequiel, no ano 586 antes de Cristo, a cidade de Jerusalém foi tomada pelos babilônios. O profeta viveu na Babilônia, para onde os israelitas tinham sido levados como prisioneiros. Ezequiel pregou mensagens de Deus dirigidas ao povo que estava ali na Babilônia e também aos moradores de Jerusalém.
Deus falou a Ezequiel por meio de visões. O profeta falou ao povo a respeito dessas visões e também anunciou mensagens de Deus por meio de ações simbólicas. Ele ensinou que cada um é responsável pelos seus próprios pecados e que todos devem se renovar no seu íntimo, no coração. Ele também esperava que a própria nação de Israel começasse a viver uma vida nova na presença de Deus. Sendo ao mesmo tempo sacerdote e profeta, Ezequiel mostrou interesse pelo Templo de Jerusalém e também ensinou que Deus exige que os seus adoradores vivam uma vida de santidade.
Esboço
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Chamada de Ezequiel – caps. 1-3
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Castigo de Jerusalém – caps. 4-24
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Condenação das nações – caps. 25-32
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Promessas de Deus ao seu povo – caps. 33-37
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Condenação de Gogue – caps. 38-39
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O futuro Templo e a futura terra de Israel – caps. 40-48
O livro de Daniel foi escrito em tempos de perseguição e sofrimento para o povo judaico. Por meio de histórias e de visões, o autor procura explicar ao povo por que eles estão sendo perseguidos e também os anima a continuarem fiéis a Deus. Chegará o tempo em que Deus acabará com o domínio dos pagãos, e mais uma vez Israel será uma nação livre e independente.
O livro se divide em duas partes:
1. Histórias a respeito de Daniel e de alguns dos seus patrícios, que estão vivendo na Babilônia, para onde foram levados como prisioneiros. Eles continuam firmes na sua fé em Deus e obedecem às suas leis, e por isso ele os salva do sofrimento e da morte.
2. As visões de Daniel, que tratam de vários impérios que aparecem e depois desaparecem. Essas visões deixam bem claro que os perseguidores serão derrotados e que a vitória final será do povo judaico.
· Histórias de Daniel e dos seus companheiros – caps. 1-6
· As visões de Daniel – caps. 7-11
1. Os quatro monstros – caps. 7
2. O carneiro e o bode – caps. 8-9
3. O mensageiro do céu – caps. 10-11
· O tempo do fim – cap. 12
O profeta Oséias anunciou a mensagem de Deus ao povo de Israel, o Reino do Norte, depois do tempo do profeta Amós e antes da conquista da cidade de Samaria pelos assírios em 721 antes de Cristo. Oséias avisa aos israelitas que Deus vai castigá-los por estarem adorando ídolos. Mas Deus não os abandonará e estará sempre pronto para salvá-los.
A experiência dolorosa do profeta coma sua esposa levou-o a descrever a relação entre Deus e o povo de Israel como a de um marido fiel e a sua mulher infiel. Israel foi infiel a Deus quando começou a adorar os ídolos, os deuses Falsos. Deus está irado e castigará Israel. Mas o amor de Deus não tem fim, e ele não pode rejeitar o seu povo. Deus diz: “Israel, como poderia eu abandoná-lo? Como poderia desampará-lo?·O meu coração está comovido, e tenho muita compaixão de você” (11.8).
Esboço
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Oséias, a sua esposa e os seus filhos – caps. 1-3
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Mensagens contra Israel – caps. 4-13
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Apelo ao arrependimento e promessa de salvação - caps. 14
O ponto de partida da mensagem do profeta Joel é a terrível praga de gafanhotos e a seca que arrasaram a terra de Judá. Para o profeta essas desgraças são sinais do dia em que Deus julgará os povos de todas as nações e castigará os pecadores. O profeta apela aos israelitas para que se arrependam e voltem para Deus, que assim os abençoará e lhes dará de novo tudo o que os gafanhotos e a seca destruíram. Mais uma vez o povo será próspero e feliz, e em Jerusalém o Deus Eterno habitará com eles.
Não há no livro de Joel nenhuma indicação do tempo em que o profeta anunciou a sua mensagem. Pensa-se que o livro foi escrito entre 450 e 350 antes de Cristo, durante o tempo em que a Pérsia dominava Israel.
A promessa de Deus de que enviaria o seu Espírito sobre todo o seu povo (2.28-32) é citada pelo apóstolo Pedro no dia de Pentecostes (At 2.17-21). Naquele dia o Espírito Santo desceu sobre os seguidores de Jesus reunidos em Jerusalém.
Esboço
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A praga de gafanhotos e a seca – 1.1-2. 17
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Deus promete abençoar novamente a terra – 2. 18-27
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O dia do Senhor – 2.28-3.21
Amós era pastor de ovelhas em Tecoa, pequena cidade de Judá, o Reino do Sul, mas foi chamado por Deus para anunciar a sua mensagem em Israel, o Reino do Norte. Isso foi lá pelo ano 750 antes de Cristo durante o reinado próspero de Jeroboão II. A situação de Israel era muito boa, mas havia pecado também.
Em nome de Deus, Amós denuncia a injustiça, a corrupção e a opressão que reinavam no pais. O povo não era sincero na prática da religião, e por toda parte havia injustiça e desonestidade. O profeta apela ao povo para que se arrependa e que todos voltem para Deus fazendo o que é bom e odiando o que é mau. Por meio de visões, Deus revela a Amós que castigara o seu povo, mas não o destruirá. Em tempos futuros Deus fará que a nação volte a gozar da paz e da prosperidade que tinha quando Davi era rei do povo de Deus.
Esboço
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O castigo das nações vizinhas – 1.1-2.5
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O castigo de Israel – 2.6-6. 14
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As visões de Amós – 7.1-9.15
Jerusalém foi conquistada pelos babilônios no ano 586 antes de Cristo. Os edomitas, povo que morava no país de Edom, ao sul de Judá, não somente se alegraram com a com a derrota dos israelitas, mas também ajudaram o inimigo e aproveitaram a oportunidade para roubar e levar consigo os bens dos moradores de Jerusalém. O profeta Obadias denunciou o pecado dos edomitas e anunciou que seriam castigados e derrotados, junto com os outros povos que eram inimigos do povo de Deus. E Israel voltaria a ser próspero e poderoso novamente.
Esboço
No livro de Jonas conta-se a história de um profeta desobediente e sem compaixão. Deus mandou que ele fosse pregar em Nínive, a capital do grande império da Assíria, nação inimiga mortal do povo de Israel. Mas Jonas não foi anunciar a mensagem de Deus naquela cidade. Ele sabia que os seus moradores poderiam se arrepender dos seus pecados, e assim Deus não cumpriria a promessa de destruir a cidade Jonas desobedeceu foi castigado e, finalmente, acabou obedecendo. E ficou profundamente desapontado quando viu que as suas ameaças de destruição não se cumpriram.
Este livro mostra que Deus domina o mundo inteiro: o céu, o mar, a terra, os animais, os seres humanos. Ele é também Deus de amor e compaixão, sempre pronto a perdoar e a salvar tanto as pessoas que fazem parte do povo de Israel como as que são de outras nações.
Esboço
· Jonas foge de Deus – cap. 1
· A oração de Jonas – cap. 2
· Jonas em Nínive – cap. 3
· A raiva de Jonas e a misericórdia de Deus – cap. 4
Miquéias, um dos grandes profetas do oitavo século antes de Cristo, viveu no tempo de Isaias. Natural de uma pequena cidade de Judá, o Reino do Sul, ele viu que Judá corria o perigo de sofrer o mesmo castigo que Israel, o Reino do Norte, havia sofrido. Miquéias fala contra os pecados do povo de Judá e de Israel. Mas ele também fala da bondade de Deus: o Deus que castiga o seu povo é o Deus que perdoa.
Algumas das passagens notáveis deste livro são: o domínio universal da paz (4.1-4), o futuro rei que ia nascer em Belém e que traria paz ao povo de Deus (5.2-4) e a definição clara e resumida daquilo que Deus exige do seu povo: “O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus” (6.8).
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O julgamento de Israel e de Judá – caps. 1-3
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Salvação e paz – caps. 4-5
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Mensagens de condenação e de esperança – caps. 6-7
O profeta Naum viveu na mesma época em que viveram os profetas Habacuque e Sofonias. O livro de Naum é uma poesia sobre a queda de Nínive, a capital da Assíria. Durante cento e cinqüenta anos a Assíria havia dominado os países do Oriente Médio, mas no ano 612 antes de Cristo os babilônios conquistaram Nínive. O profeta Naum vê a queda de Nínive como o castigo que Deus manda sobre um povo perseguidor e cruel. A linguagem do profeta é brilhante, e por meio de varias figuras ele descreve a queda da grande e poderosa capital da Assíria.
Esboço
O profeta Habacuque viveu na mesma época em que viveram os profetas Naum e Sofonias. Foi nesse tempo no ano 612 antes de Cristo, que os babilônios derrotaram os assírios e se tornaram o império mais poderoso do mundo. O profeta vê o perigo que o seu povo corte corre e não entende como é que Deus pode tolerar os babilônios, um povo mau e cruel. Deus responde que virá o tempo em que ele castigará os inimigos do povo de Israel e que o profeta espere com paciência, confiando na justiça divina. Os maus serão castigados, e aqueles que são fiéis a Deus viverão.
O livro termina com uma oração, em forma de salmo, em que Habacuque louva a grandeza de Deus e ao mesmo tempo mostra a sua fé nele.
Esboço
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As queixas de Habacuque e as respostas de Deus – 1.1-2.4
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Os babilônios serão castigados – 2.5-20
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Oração de louvor a Deus – cap. 3
Sofonias viveu na mesma época em que viveram os profetas Naum e Habacuque. A sua mensagem parece ter sido anunciada antes da reforma religiosa feita por Josias, rei de Judá, no ano 621 antes de Cristo. O profeta fala do dia do Senhor, em que ele vai castigar o povo de Judá e os moradores de Jerusalém. Porém ele castigará também os outros povos, e as cidades dos filisteus serão destruídas. Mas a cidade de Jerusalém, depois de ser castigada, receberá de novo a graça e as bênçãos de Deus.
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O dia do juízo de Deus – 1.1-2.3
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O castigo das nações vizinhas – 2.4-15
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O castigo e a salvação de Jerusalém – cap. 3
No ano 538 antes de Cristo os israelitas começaram a voltar da Babilônia, onde tinham vivido como prisioneiros. Eles construíram as suas casas em Jerusalém, porem não deram atenção ao Templo, que estava destruído. No ano 520 antes de Cristo, o profeta Ageu anunciou algumas mensagens de Deus, ordenando ao povo que construísse de novo o Templo. Os israelitas deviam voltar para Deus, e assim Deus os abençoaria, e eles viveriam em paz e prosperidade. Ageu foi companheiro do profeta Zacarias.
Esboço
O livro de Zacarias se divide em·duas partes:
1) Os capítulos 1-8 dão as mensagens de Zacarias, um profeta que estava entre·os israelitas que voltaram para Jerusalém do cativeiro na Babilônia. Zacarias foi; companheiro do profeta Ageu. As mensagens do profeta, anunciadas entre 520 e 518 antes de Cristo, são uma série de visões que tratam da reconstrução de Jerusalém e do templo, do perdão dos pecados do povo e do futuro, quando o Messias viria.
2) Os capítulos 9-14 são uma coleção de mensagens a respeito do Messias e do juízo final. O versículo 9.9 é citado em Mateus 21.5 e João 12.15, passagens que falam da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
· Mensagens de condenação e de esperança – caps. 1-8
· O castigo das nações vizinhas – 9.1-8
· Prosperidade e paz no futuro – 9.9-14.21
Entre os anos 500 e 490 antes de Cristo, o profeta Malaquias anunciou as mensagens de Deus ao povo de Judá, depois de haver sido reconstruído o Templo de Jerusalém. O povo não estava obedecendo as leis de Deus, e era necessário que eles abandonassem os seus pecados e as suas maldades. Malaquias também falou contra os sacerdotes, pois eles não estavam cumprindo o seu dever de apresentar sacrifícios e ofertas que agradassem a Deus. Malaquias anunciou que o Senhor viria purificar o seu povo, mas antes daquele dia enviaria o seu mensageiro para preparar o caminho. Aqueles que se arrependessem e voltassem para Deus seriam novamente o seu povo.
Esboço
· Os pecados do povo e dos sacerdotes – 1.1-2. 16
· O Deus que castiga e que salva – 2.17-4.6
MUNDO DO NOVO TESTAMENTO
O Senado Romano nomeou Herodes, o Grande, rei da Judéia em 40 a.C. Os partos invadiram, então, a Síria e a Palestina, entronizando o asmoneu Matatias Antígono. Em 37 a.C., no entanto, Herodes conseguiu, por meios próprios, impor-se no trono, governando até sua morte, no ano 4 a.C., quando seu reino foi dividido entre seus 3 filhos. Herodes não era popular entre os judeus, embora tivesse construído de novo o templo de Jerusalém; tinha ascendência edomita (seu pai vinha da Iduméia), era muito favorável à política romana e chegou a erigir altares para os deuses pagãos.
A Palestina tornou-se, então, uma província administrada por tetrarcas (literalmente, “administrador de uma quarta parte”; na prática, eram governantes mais sujeitos a Roma do que um rei). Arquelau, chamado Herodes, o Etnarca, governou a Judéia de 4 a.C. a 6 d.C. Foi exilado pelos romanos depois de várias queixas sobre sua danosa administração. Um romano governou, então, a Judéia até 41 d.C. Herodes Antipas governou a Galiléia e parte da Transjordânia de 4 a.C. a 39 d. C. Herodes Filipe ficou com as terras do norte até 34 d.C.
Decápolis era uma confederalão de dez cidades formada após as guerras de Pompeu (65-62 a.C.). Dava proteção a seus cidadãos gentios, geralmente soldados romanos que falavam grego, contra militantes judeus e tribos árabes.
De acordo com o Evangelho de Lucas, Quirino, governador da Síria, organizou um recenseamento ordenado pelos romanos. Todos tinham de ir à sua cidade natal para se registrar. Assim, José levou Maria a Belém, onde ela deu a luz a Jesus (Lc 2.1-7) Segundo Mateus, magos do Oriente que vinham seguindo uma estrela extraordinária visitaram o rei Herodes pedindo para ver o menino que seria o rei dos Judeus. Preocupado com esse novo rival, Herodes ordenou a matança de todos os bebês em Belém. José e Maria, fugiram então para o Egito a fim de escapar do massacre (Mt 2.1-18)
Após a morte de Herodes, voltaram para Nazaré, sua cidade natal, que estava sob o suave governo de Herodes Antipas. Obedecendo a tradição, Jesus foi apresentado no templo aos 12 anos. Na viagem de volta, horas depois, da partida, seus pais descobriram que Jesus não estava com eles (presume-se que estivessem numa multidão e por isso não notaram). Voltaram correndo para Jerusalém e o acharam debatendo com os doutores (Lc 2.41-52) Finalmente, tomaram o rumo de Nazaré. Os judeus, ao viajar em Belém e Nazaré, costumam cruzar o rio Jordão, a fim de evitar passar por Samaria. A viagem, que seria de três dias a pé via samaria, tornava-se duas vezes mais longa quando feita via transjordânia.
Como região, a Galiléia era muito mais próspera do que a Judéia, e sua população podia ser considerada grande. Os galileus eram, em geral, desprezados pelos líderes religiosos de Jerusalém. Muitos nem sequer eram judeus de sangue; seus ancestrais haviam sido forçados a se converter por Alexandre Janeu. Eles, contudo, provavelmente estavam mais em contato com a realidade do Império Romano, uma vez que pela Galiléia passavam as grandes rotas comerciais que cruzavam o Oriente Médio, e muitos estrangeiros atravessavam a região.
Jesus cresceu em Nazaré, uma cidadezinha sem importância. Rejeitado por seu povo (Lc 4.16-30), mudou-se para as cercanias do lago da Galiléia. Escavações arqueológicas revelam que havia doze cidades junto ao lago. A conservação do pescado com sal e sua exportação para todo o Império Romano era a indústria maior. A cidade de Tiberíades, construída por Herodes Antipas (18 d.C.) em homenagem ao imperador romano, era um dos principais centros de comercialização de peixe.
A maior parte do ministério de Jesus aconteceu ao redor do mar da Galiléia. Algumas vezes ele usava um barco como púlpito, enquanto a multidão ouvia seus ensinos na margem. Travessias “para o outro lado” eram freqüentes, e os primeiros apóstolos de Jesus eram pescadores que viviam ali (Mc 1.14-20). O lago era bastante grande e sujeito a tempestades repentinas, à medida que o vento investia subitamente contra o vale; daí as inesperadas “tempestades no mar”(Mc 4.35-41). O lago mede vinte e um quilômetros de comprimento por onde de largura.
Jesus visitou Jerusalém várias vezes durante seus três anos de ministério, principalmente para celebrar as grandes festas (Jo 2.13; 5.1; 7.10; 10.22-23). Ele se hospedava na casa de Lázaro e de suas irmãs, Maria e Marta (Jo 11)
Após o martírio de Estêvão, acusado de “blasfêmia” (At 6.11), muitos apóstolos deixaram Jerusalém e passaram a pregar em toda parte. Filipe, Pedro e João conseguiram conversões em Samaria (At 8), território quase proibido para os judeus religiosos (ou “zelosos”). A região costeira da Judéia até Cesaréia também foi evangelizada por Pedro e Filipe.
À medida que a perseguição dos judeus contra os cristãos tornava-se mais violenta, os judeus cristãos dispersavam-se em direção ao norte. Chegaram até Antioquia, terceira maior cidade do Império Romano ao tempo em que Paulo começou suas viagens missionárias(At 13).
Algum tempo depois da morte de Estêvão, Paulo (então Saulo), ainda um fariseu, obteve permissão das autoridades do templo para ir a Damasco capturar cristãos (At 9.1-2). Foi na viagem para lá que ele teve a visão do Cristo ressurreto, tão resplandecente que o cegou por algum tempo. Depois de recuperar a visão em Damasco com a ajuda de Ananias, na rua Direita, Paulo tornou-se cristão e viu-se forçado, ele próprio, a fugir para Jerusalém, a fim de salvar sua vida (At 9.23-26). Logo achou-se novamente em perigo, ameaçado pelos judeus helenistas, indo refugiar-se em sua
cidade natal, Tarso, via Cesaréia.
Barnabé, que se encontrava pregando em Antioquia, foi para Tarso e trouxe consigo a Paulo de volta para Antioquia. Depois de uma rápida viagem a Jerusalém, saíram, juntamente com Marcos, para a primeira das três viagens missionárias. Paulo e seus companheiros eram recebidos de diferentes maneiras. Quando realizavam curas, chegavam a ser tratados como deuses. Em outros casos, a pregação ofendia profundamente Judeus tradicionais, e houve vezes em que o apóstolo e seus companheiros eram expulsos da cidade.
Durante a primeira viagem formaram-se novas igrejas na Galácia (At 13-14. É provável que tenha sido essas comunidades que Paulo enviou sua Epistola aos Gálatas. Na segunda viagem, o evangelho foi levado até a Macedônia, e fundaram-se igrejas em Filipos e em Tessalônica. Batizaram-se muitas mulheres. Na sociedade helênica (grega), elas tinham mais liberdade do que na Palestina. Permiti-se, por exemplo, que freqüentassem a sinagoga juntamente com os homens, e assim podem ter ouvido a pregação de Paulo. Na Acaia, Paulo fundou a igreja em Corinto, que lhe traria tantos problemas, e apresentou seus ensinos na mais alta instância filosófica do mundo ocidental: o Areópago em Atenas (At 17.19-34).
Durante a terceira viagem, Paulo permaneceu mais de dois anos em Éfeso, formando ali uma importante comunidade cristã (At 19). O cristianismo espalhou-se pela Ásia Menor, chegando a Colossos e Laodicéia. Ao voltar para Jerusalém, seus inimigos provocaram um tumulto na área do templo, que causou sua prisão e julgamento em Cesaréia perante as autoridades romanas (At 21-26)
A viagem que Paulo fez para Roma, a fim de ser ouvido pelo imperador, resultou num período de dois anos de prisão domiciliar (At 28.30). Segundo a tradição, ele foi libertado e voltou a visitar Trôade, Mileto de Corinto. Outras tradições sustentam que ele foi executado em Roma, em 64 d. C., durante o grande incêndio.
O NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento é o livro que canta a história de Jesus, dos seus apóstolos e de outros seguidores seus. Nele se conta também o nascimento e o crescimento da Igreja Cristã. O Novo Testamento é formado por vinte e sete livros, que foram escritos por uns doze autores durante um período de mais ou menos, cinqüenta anos. Esses livros são aceitos por todas as Igrejas Cristãs como Escrituras Sagradas.
A Palavra “testamento” quando usada no titulo das duas divisões da Bíblia Sagrada, quer dizer acordo ou pacto. O Novo Testamento é o livro que fala do novo acordo que Deus por meio de Jesus Cristo, fez com o seu povo (cf. 1Co 11.25). Nesse acordo Deus oferece a vida eterna a todos os que crêem em Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Portanto, o Novo Testamento não é simplesmente um livro de informações; ele coloca os leitores frente a frente com a mensagem de Deus, exigindo de cada um a decisão de aceitar ou rejeitar a Boa Notícia da Salvação.
Os quatro primeiros livros do Novo Testamento São os Evangelhos, os quais falam a respeito de Jesus Cristo, dos seus ensinamentos, milagres e da sua morte, ressurreição e ascensão para o céu.
Atos dos Apóstolos conta Como o evangelho foi anunciado durante mais ou menos trinta anos, começando em Jerusalém e continuando ate a chegada do apóstolo Paulo a Roma, a capital do Império Romano.
As treze cartas do apóstolo Paulo foram escritas para orientar as igrejas e os cristãos daquele tempo em questões de doutrina e da vida cristã. As outras cartas, chamadas de Cartas Gerais, são oito; elas foram escritas a pessoas ou a igrejas ou aos cristãos em geral.
O último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, é bem diferente dos outros. Foi escrito numa época em que os cristãos estavam sendo perseguidos pelas autoridades romanas e fala da vitória final de Deus e de Cristo sobre todos os poderes do mal. Fala também do novo céu, da nova terra e da Cidade Santa que desce de Deus para a terra. Nessa cidade eterna não haverá mais morte, tristeza ou sofrimento, e nela Deus morará para sempre com o seu povo.
O Evangelho de Mateus apresenta Jesus como o Messias, o Salvador que Deus havia prometido enviar ao mundo. O Evangelho começa com a lista dos antepassados de Jesus, ligando-o assim à história do povo de Deus. Jesus é aquele em quem se cumprem as promessas feitas ao rei Davi e a Abraão, o pai do povo escolhido. Em seguida o autor conta a historia do nascimento de Jesus, citando, passo a passo textos do Antigo Testamento a fim de provar que Jesus é de fato o Messias que Deus enviou (l.23; 2.5-6; 2.15; 2.17-18.23.
Neste Evangelho os fatos da vida de Jesus aparecem na mesma ordem seguida no Evangelho de Marcos. Depois de ser batizado no rio Jordão por João Batista, Jesus é tentado no deserto e em seguida vai para a Galiléia, onde ensina multidões, cura doentes e expulsa demônios.
Mateus dá muita importância aos ensinamentos de Jesus e os junta em cinco grandes discursos:
1) O sermão do monte, em que Jesus fala a respeito ao caráter, dos deveres, dos privilégios e do destino daqueles que pertencem ao Reino do céu (caps. 5-7);
2) Instruções dadas aos doze apóstolos para a sua missão de anunciar a vinda do Reino do céu e de curar os doentes (cap. 10);
3) Os segredos do Reino do céu, apresentados em forma de comparações (cap. 13);
4) Ensinamentos a respeito da Igreja, a nova comunidade composta dos seguidores de Jesus (cap. 18);
5) Ensinamentos sobre o fim do mundo e a vinda do Reino do céu (caps. 24-25).
Esboço
· Os antepassados de Jesus e a seu nascimenio – caps. 1-2
· O trabalho de João Batista – 3.1-12
· O batismo e a tentação de Jesus – 3.13-4. 11
· O trabalho de Jesus na Galiléia – 4.12-18.35
· Da Galiléia até Jerusalém – caps. 19-20
· A última semana de Jesus em Jerusalém – caps. 21-27
· A ressurreição de Jesus e as suas aparições – cap. 28
O Evangelho de Marcos, considerado o mais antigo de todos os Evangelhos, dá Boa-Notícia a respeito de Jesus Cristo, fazendo notar principalmente a sua atividade constante e a sua autoridade. Jesus vai de um lugar para outro, anunciando a vinda do Reino de Deus, ensinando multidões, fazendo milagres e curando doentes. Para ajudá-lo, ele escolhe doze homens em quem põe o nome de “apóstolos”. Estes acompanham Jesus por toda parte, aprendem o mistério do Reino de Deus e depois saem para anunciarem a mensagem da salvação e curarem pessoas.
A autoridade de Jesus vem de Deus. Ele é o Filho do Homem, aquele que Deus escolheu e enviou para ser o Salvador de todos (10.45). Portanto, ele tem autoridade para expulsar demônios, curar doentes e perdoar pecados.
Este Evangelho começa com o batismo de Jesus no rio Jordão por João Batista (1.9-11) e termina com a ressurreição de Jesus (16.1-8). O trecho 16.9-20, que aparece entre colchetes, não faz parte do texto original grego.
Esboço
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O começo da Boa-Notícia a respeito de Jesus Cristo – 1.1-13
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Q trabalho de Jesus na Galiléia – 1.4-9.50
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Da Galiléia até Jerusalém – cap. 10
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A última semana de Jesus em Jerusalém – caps. 11-15
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A ressurreição de Jesus – 16.1-8
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As aparições e a ascensão de Jesus – 16.9-20
O Evangelho de Lucas apresenta Jesus não somente como o Messias prometido por Deus ao povo de Israel, mas também como o Salvador de toda a humanidade. Por isso a lista dos antepassados de Jesus vai até Adão, “Filho de Deus” (3.23-38). Logo no começo o autor diz por que motivo escreveu “a história das coisas que aconteceram entre nós” (l.1-4). Por essa razão ele dá importância ao nascimento e infância não só de Jesus como também de João Batista, aquele que veio antes de Jesus para anunciar a sua chegada.
Seguindo a mesma ordem em que os fatos aparecem no Evangelho de Marcos, o autor conta o trabalho de João Batista e o batismo e a tentação de Jesus. Em seguida, vem o trabalho de Jesus na Galiléia, onde ele ensina multidões, faz milagres, cura doentes e expulsa demônios. Este Evangelho salienta o amor de Jesus Pelos pobres e oprimidos, a gente humilde e desprezada. Na casa de oração de Nazaré no começo do seu trabalho na Galiléia, Jesus lê o texto de Isaias 61.1-2, que fala do Servo que Deus enviou para cuidar dos pobres, dos presos, dos cegos dos maltratados. Por isso neste Evangelho aparecem os samaritanos, que eram desprezados pelos judeus; aparecem também cobradores de impostos, mulheres, crianças, viúvas, prostitutas. Aqui se encontram também algumas comparações feitas por Jesus que não aparecem nos outros Evangelhos, como, por exemplo, a do filho perdido, a do bom samaritano, a do rico tolo, a do rico e Lázaro. E há belas canções e orações de louvor, como as de Maria (1.46-55), de Zacarias (1.67-79) e de Simeão (2.28-32), que enfeitam este Evangelho e lhe dão uma beleza fora do comum.
O Evangelho de Lucas começa no Templo de Jerusalém, onde o anjo de Deus anuncia ao sacerdote Zacarias que ele e Isabel a sua mulher vão ter um filho (1.5-22) e termina também no Templo, onde os seguidores de Jesus passam o tempo todo louvando a Deus (24.53);
Esboço
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Apresentação – l.l-4
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Nascimento e infância de João Batista e de Jesus – 1.5-2.52
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O trabalho de João Batista – 3.1-20
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O batismo e a tentação de Jesus – 3.21-4.13
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O trabalho de Jesus na Galiléia – 4. 14-9.50
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Da Galiléia até Jerusalém – 9.51-19.27
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A última semana de Jesus em Jerusalém – 19.28-23.56
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A ressurreição, as aparições e a ascensão de Jesus – cap. 24
O Evangelho de João é diferente dos outros. Neste Evangelho Jesus é apresentado como a Palavra de Deus, o Verbo divino, que existiu desde a eternidade com Deus e que se fez um ser humano, mostrando assim o amor e a verdade de Deus. O autor diz que o propósito deste Evangelho é fazer que os leitores creiam que Jesus e o Messias, o Filho de Deus, e que, por meio desta fé, tenham vida (20.31)
Na primeira parte do livro o autor trata principalmente dos milagres que Jesus fez. Esses milagres são sinais, isto é, eles mostram quem Jesus é e a razão por que ele veio ao mundo. O maior desses milagres é a ressurreição de Lázaro, pela qual Jesus mostra que ele é a ressurreição e a vida. Outros milagres demonstram que Jesus é o pão da vida, a luz do mundo, é aquele que da vida às pessoas e provam que ele recebeu autoridade de Deus para julgar todos os seres humanos.
A segunda parte deste Evangelho fala da ligação que existe entre Jesus e os seus seguidores. Fala também dos ensinamentos que ele lhes deu e da promessa de que, depois que ele fosse embora, viria o Espírito Santo para ensinar-lhes toda a verdade a respeito de Jesus.
Esboço
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Introdução – 1.1-18
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João Batista e os primeiros discípulos de Jesus – 1.19-51
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O trabalho de Jesus na Galiléia e na Judéia – caps. 2-12
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A última semana de Jesus em Jerusalém – caps. 13-19
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A ressurreição e as aparições de Jesus – caps. 20-21
Atos dos Apóstolos é o livro que continua a história de Jesus e da Boa-Notícia do Evangelho, história esta que começa no Evangelho de Lucas. O autor conta como a mensagem de Cristo foi anunciada “em Jerusalém como em toda a região da Judéia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra” (1.8). Começando na terra dos judeus, o evangelho chega até Roma, a capital do império romano, tornando-se uma religião para o mundo inteiro, pois Jesus Cristo é o Salvador e Senhor de todos.
Neste livro destacam-se duas pessoas: os apóstolos Pedro e Paulo. Pedro dirige o trabalho cristão em Jerusalém e na Samaria (1.12-8.25)e também em Lida, Jope e Cesaréia (9.32-11.18). Do capitulo 13 em diante o livro fala especialmente de Paulo e das suas muitas viagens pelo império romano. Outros líderes são Estevão, o primeiro mártir cristão; Filipe, que anunciou a Boa-Notícia ao oficial etíope; Barnabé, Timóteo e Silas, companheiros de Paulo; e Lídia, da cidade de Filipos.
Mas o papel principal e do Espírito Santo, pois é ele quem guia e fortalece os seguidores de Cristo nos trabalhos das igrejas e no serviço de anunciar a Boa-Notícia do Evangelho pelo mundo inteiro.
Esboço
· O começo da Igreja Cristã – 1.1-2.42
o 1. A última aparição de Jesus e a sua ascensão – 1.1-11
o 2. A escolha do substituto de Judas – 1.12-26
o 3. A vinda do Espírito Santo – 2.1-42
· O evangelho anunciado em Jerusalém – 2.43-8.3
· O evangelho anunciado no resto do país e na Síria – 8.4-12.25
· O trabalho missionário de Paulo – caps. 13-28
o 1. A primeira viagem missionária – caps. 13-14
o 2. A reunião em Jerusalém – 15.1-35
o 3. A segunda viagem missionária – 15.36-18.22
o 4. A terceira viagem missionária – 18.23-21.16
o 5. Paulo prisioneiro em Jerusalém, Cesaréia e Roma – 21.17-28.31
O apóstolo Paulo procurou anunciar a Boa-Notícia de salvação por todo o império romano. Por isso ele fez planos para visitar Roma, a capital do império, onde já havia uma igreja cristã. Dali ele pretendia seguir até a Espanha e esperava que os cristãos de Roma o ajudassem naquela viagem (15.22-24). Paulo queria que eles ficassem sabendo como é que ele entendia a mensagem a respeito de Jesus Cristo. Na Carta aos Romanos aparece a mais completa e ordenada apresentação da mensagem de Paulo. Depois de saudar os leitores e falar do seu grande desejo de conhecê-los pessoalmente, Paulo anuncia a doutrina básica: O Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos os que o aceitam, pois “O Evangelho mostra que Deus nos aceita por meio da fé, do começo ao fim” (1.16-17).
Na primeira parte da sua carta (1.18-11.36), Paulo mostra que todos, judeus e não-judeus, precisam da salvação, pois todos pecaram e estão afastados de Deus. Depois Paulo mostra como Deus, por causa do seu grande amor, salva as pessoas que crêem em Jesus Cristo. Essas pessoas, libertadas do poder do pecado, agora têm uma vida nova, uma vida de paz com Deus e com os seus semelhantes. Numa das mais bonitas passagens escritas por Paulo (cap. 8), ele descreve como é a vida que é governada pelo Espírito Santo e como é forte o amor de Deus, amor que é nosso por meio de Jesus Cristo, o nosso Senhor. Depois Paulo procura explicar a parte que cabe aos judeus e aos não-judeus no plano divino de salvação da humanidade.
Na segunda parte da carta, Paulo mostra como os cristãos devem tratar uns aos outros e quais são os seus deveres para com as autoridades. A carta termina com uma série de saudações pessoais e uma oração de louvor a Deus.
Esboço
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Introdução – 1.1-17
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A humanidade precisa de salvação – 1.18-3.20
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Como Deus salva as pessoas – 3.21-4.25
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A nova vida em união com Cristo – caps. 5-8
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O povo de Israel no plano de Deus – caps. 9-11
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A vida cristã – 12.1-15.13
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Palavras finais e saudações – 15.14-16-27
Paulo escreveu esta carta aos cristãos da cidade de Corinto a fim de tratar de vários e sérios problemas que tinham aparecido na igreja. O próprio Paulo havia fundado a Igreja de Corinto na sua segunda viagem missionária, quando passou dezoito meses naquela cidade (Atos 18.1-18). Os problemas eram a respeito de doutrinas e da vida cristã. A igreja tinha se dividido em vários grupos, e Paulo procura leva-los a resolver as suas diferenças e voltarem a ser unidos, como uma igreja de Cristo deve ser.
Os cristãos de Corinto haviam escrito a Paulo, pedindo a sua opinião sobre vários assuntos, e do capitulo 7 em diante Paulo diz o que pensa a respeito desses assuntos. Uma das questões mais discutidas era a respeito dos dons do Espírito Santo, e nos capítulos 12-14 Paulo trata desses assunto. É nesse contexto que aparece o “hino ao amor” (cap.l3), uma das passagens mais conhecidas do livro. O capítulo 15 é uma bela apresentação da doutrina a respeito da ressurreição.
Além de questões a respeito de doutrinas, Paulo se preocupa também com a oferta que ele está conseguindo para levar aos cristãos necessitados da Judéia. O apóstolo termina a carta com saudações pessoais.
Esboço
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Introdução – 1.1-9
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Grupos na igreja – 1.10-4.21
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Imoralidade e questões sobre o casamento – caps. 5-7
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Relação entre cristãos e pagãos – 8.1-11.1
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Problemas na igreja – 11.2-14.40
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A ressurreição de Cristo e dos que crêem nele – cap. 15
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A oferta para os cristãos necessitados da Judéia – 16.1-4
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Saudações e palavras finais – 16.5-24
Paulo escreveu pelo menos quatro cartas aos cristãos de Corinto. Duas delas fazem parte do Novo Testamento. Em 1 Coríntios 5.9-13 Paulo fala de uma carta que ele havia escrito antes de escrever 1 Coríntios; e em 2 Coríntios 2.3 e 7.8 ele faz referência a outra carta, que havia feito os leitores ficarem muito tristes.
As relações entre Paulo e os membros da igreja de Corinto pioraram depois que eles receberam a carta de Paulo. Alguns dos elementos mais exaltados de Corinto estavam dizendo que Paulo não era realmente apóstolo e, portanto, não tinha autoridade para resolver os problemas da igreja. Paulo reage com firmeza e, nos capítulos 10-12, ele defende a sua autoridade como verdadeiro apóstolo de Jesus Cristo. Paulo trata de outros assuntos da vida cristã, inclusive a nova relação que Deus, por meio de Jesus Cristo, cria com as pessoas. Ele diz: “Deus nos transforma de inimigos em amigos dele. E Deus nos dá a tarefa de fazer que os outros sejam também amigos dele” (5.18). Mais uma vez Paulo insiste na necessidade de ajudar os cristãos necessitados da Judéia (caps. 8-9). Apesar das suas palavras duras, Paulo termina a carta com palavras de amor e carinho.
Esboço
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Introdução – 1.1-11
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Paulo e a Igreja de Corinto – 1.12-7.16
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A oferta para os cristãos necessitados da Judéia – caps. 8-9
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Paulo defende a sua autoridade como apóstolo – 10.1-13.10
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Palavras finais – 13.11-13
Quando a Boa-Notícia do Evangelho se espalhou pelo império romano e muitos não-judeus começaram a aceitar Jesus como Salvador, surgiram logo discussões sobre a necessidade de os não-judeus seguirem as leis dos judeus, especialmente a que mandava que todo homem fosse circuncidado (cf. At 15.1-33). Essa mesma discussão apareceu nas igrejas que o apóstolo Paulo havia fundado na província romana da Galácia, que ficava numa região que hoje faz parte da Turquia. Várias pessoas estavam dizendo aqueles cristãos que eles precisavam obedecer à Lei de Moisés para poderem ser aceitos por Deus.
A Carta aos Gálatas é a resposta que Paulo dá a essa falsa doutrina. Com argumentos fortes e palavras às vezes chocantes, Paulo denuncia esse outro “evangelho” que está sendo anunciado e procura trazer de volta à fé verdadeira aqueles que estão se desviando do caminho certo. Ele fala da sua própria experiência cristã e defende a sua autoridade como apóstolo. Mostra também como, na reunião dos líderes cristãos em Jerusalém, ele tinha recebido a aprovação deles para continuar a anunciar a mensagem de que a salvação depende somente da fé e não daquilo que a Lei de Moisés manda fazer. Em defesa da sua posição, Paulo cita o Antigo Testamento e falada experiência de Abraão, o pai do povo escolhido. Ele mostra que Abraão foi aceito por Deus não por causa das suas obras, mas por causa da sua fé. Na última parte da carta Paulo fala da liberdade que tem aqueles que crêem em Cristo e como essa liberdade se torna realidade na vida cristã.
Todos os cristãos de todos os tempos devem se lembrar sempre desta declaração do apóstolo: “Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Por isso, continuem firmes nessa liberdade e não se tornem novamente escravos” (5.1).
Esboço
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Introdução – 1.1-10
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A autoridade de Paulo como apóstolo – 1.11-2.21
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A Boa-Notícia da graça de Deus – caps. 3-4
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Liberdade e responsabilidade cristãs – 5.1-6.10
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Palavras finais – 6.11-18
Na sua terceira viagem missionária, o apóstolo Paulo passou quase três anos na cidade de Éfeso (At 19.1-20.1). Essa cidade se tornou um centro importante do trabalho cristão na província romana da Ásia, que ficava numa região que hoje faz parte da Turquia. A Carta aos Efésios foi escrita quando Paulo estava na prisão (4.1). O assunto principal da carta é o plano de Deus de re “unir, no tempo certo, debaixo da autoridade de Cristo, tudo o que há no céu e na terra” (1.10). A carta não trata de nenhum problema particular dos leitores, mas fala de um modo geral do que é a Igreja e a vida cristã. E, ao contrário do que acontece nas outras cartas, no fim desta não aparece nenhuma saudação pessoal; é bem possível que a carta tenha sido escrita não somente para os cristãos de Éfeso, mas também para os de outros lugares. A falta da frase “da cidade de Éfeso” (1.1) em alguns dos melhores manuscritos gregos também indica essa possibilidade.
Na primeira parte da carta (caps. 1-3), o apóstolo fala de como os cristãos são um só povo por causa da morte de Cristo na cruz e de como o Espírito Santo lhes dá o poder de continuarem a viver em união. Na segunda parte (caps. 4-6), ele fala da nova vida que os seguidores de Cristo têm por estarem unidos com ele. E fala também de como essa vida se manifesta nas relações que eles têm uns com os outros.
A fim de ilustrar a união do povo de Deus, o apóstolo; usa três figuras para a Igreja: a de um corpo,·do qual Cristo é a cabeça (1.22-23); a de um edifício, do qual Cristo e a pedra fundamental (2.20-21); e a de um casal, no qual a igreja é a esposa, e Cristo é o esposo (5.25-32).
Esboço
Filipos era uma cidade que ficava na província romana da Macedônia, região que hoje faz parte da Grécia. A igreja de Filipos foi a primeira fundada na Europa por Paulo, na sua segunda viagem missionária (Atos 16.12-40). Anos depois, quando estava na prisão (1.7), Paulo escreve esta Carta aos Filipenses. Ele havia recebido noticias de que havia sérias dificuldades entre os cristãos de Filipos e estava muito preocupado com as falsas doutrinas que alguns ensinavam lá. E estava preocupado também por saber que alguns lideres da igreja tinham ficado contra ele. Ao mesmo tempo ele havia recebido ajuda dos Cristãos de Filipos e escreve a carta não somente para tratar dos sérios problemas da igreja como também para agradecer aos filipenses tudo o que tinham feito em seu favor.
A carta mostra o grande amor que Paulo tinha pelos filipenses e fala da confiança, alegria, união e firmeza que devem ser marcas dos seguidores de Jesus Cristo. Paulo diz que, acima de tudo, todos devem imitar o exemplo do próprio Cristo, que seguiu o caminho da humildade e da obediência a Deus, caminho este que o levou à morte na cruz e à altíssima posição de Senhor de todos. (2.5-11).
É com um carinho todo especial que Paulo se despede dos seus queridos amigos de Filipos. (4.1-9)
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Introdução – 1.1-11
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A situação de Paulo – 1.12-30
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A nova vida em união com Cristo – 2. 1-18
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Planos de Timóteo e de Epafrodito – 2.19-30
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Conselhos e avisos – 3.1-4.9
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Paulo e os filipenses – 4.10-20
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Saudações finais – 4.21-23
A cidade de Colossos ficava na província romana da Ásia, região que hoje faz parte da Turquia. A igreja dali não tinha sido fundada por Paulo, e, pelo que parece, ele ainda não havia estado lá quando escreveu a Carta aos Colossenses. É provável que Epafras, companheiro de Paulo, tenha sido o primeiro a anunciar a Boa-Notícia do Evangelho em Colossos (1.7; 4.12)
Paulo, na prisão (4.3,10,18), tinha recebido noticias das falsas doutrinas que estavam sendo ensinadas aos cristãos de Colossos (2.8,16-23) e por isso escreve esta carta para combater esses falsos ensinamentos e trazer os colossenses de volta a verdadeira fé que Epafras havia anunciado. Somente Jesus Cristo pode salvar, somente por meio dele e que os pecados são perdoados. Portanto, que os colossenses continuem fiéis, tendo a sua fé construída sobre um alicerce firme e seguro, e que não sigam atrás de ensinamentos inventados por qualquer um. Paulo fala da nova vida que os seguidores de Cristo tem por estarem unidos com ele e como essa vida se manifesta especialmente no amor de uns para com os outros. (3.12-14)
Nas saudações finais (4.7-17) Paulo pede que esta carta seja enviada a igreja de Laodicéia, uma cidade vizinha, e que os cristãos de Laodicéia enviem aos colossenses a carta que Paulo tinha escrito ou pretendia escrever a eles. A carta aos colossenses foi levada a eles por Tíquico, e com ele foi Onésimo (4.7-9), em favor de quem Paulo escreveu a Carta a Filemom.
Esboço
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Introdução – 1.1-8
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A pessoa e a missão de Cristo – 1.9-2.19
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A nova vida em união com Cristo – 2.20-4.6
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Saudações finais – 4.7-18
Tessalônica era a capital da província romana da Macedônia, região que hoje faz parte da Grécia. A igreja de Tessalônica tinha sido fundada pelo apóstolo Paulo durante a sua segunda viagem missionária (At 17.1-10). Os judeus daquela cidade se colocaram fortemente contra os cristãos, de modo que Paulo e Silas foram forçados a fugir para a cidade de Beréia. Mais tarde, na cidade de Corinto, Paulo recebeu de Timóteo, seu colega de trabalho, noticias a respeito da situação dos cristãos em Tessalônica (1Ts 3.6).
Paulo então escreve a Primeira Carta aos Tessalonicenses para lhes dizer como está contente com o progresso espiritual deles e para animá-los a continuarem firmes na fé em Cristo, a viverem de maneira a agradar a Deus. Ele recomenda que não se preocupem com questões sobre quando os mortos iriam ressuscitar e quando Jesus Cristo iria voltar. Paulo pede que confiem no amor de Deus, o qual “não nos escolheu para nos castigar, mas para nos dar a salvação por meio do nosso Senhor Jesus Cristo” (5.9). Com carinho e amor Paulo termina a carta com saudações para os seus queridos irmãos e irmãs de Tessalônica.
Esboço
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Introdução – 1.1
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Palavras de alegria e louvor – 1.2-3.13
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Conselhos sobre a vida cristã – 4. 1-12
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A vinda do Senhor Jesus Cristo – 4.13-5.11
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Conselhos e saudações finais – 5.12-28
Mesmo depois de terem recebido a primeira carta de Paulo, os cristãos de Tessalônica continuaram discutindo sobre a vinda do Senhor Jesus Cristo. Alguns até diziam que o Dia do Senhor já havia chegado, enquanto outros estavam tão certos de que Jesus voltaria logo, que estavam largando os seus empregos e vivendo às custas dos outros.
Então Paulo escreve a Segunda Carta aos Tessalonicenses a fim de corrigir esses falsos ensinamentos e atitudes. Ele diz que antes da vinda de Cristo haverá um tempo de maldade e de pecado. Paulo fala também de um poder misterioso, a quem ele chama de “o Perverso” que chefiará uma revolta mundial contra Deus. Mas Deus vencerá, e os que são escolhidos por ele para a salvação ficarão sempre seguros. Paulo pede que os leitores continuem firmes na fé e não andem atrás de ensinamentos falsos.
É nesta carta que se encontra o famoso ditado: “Quem não quer trabalhar não coma” (3.10).
Esboço
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Introdução – 1.1-2
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Palavras de louvor e conselhos – 1.3-12
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A vinda do Senhor Jesus Cristo – 2.1-12
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Conselhos sobre a vida cristã – 2. 13-3.15
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Palavras finais – 3.16-18
Timóteo era o colega e auxiliar mais querido do apóstolo Paulo. A mãe de Timóteo era uma judia que tinha aceitado a fé cristã, e o pai dele era grego (At 16.1-3). As duas cartas a Timóteo e a carta a Tito são chamadas de “Cartas Pastorais” por tratarem dos deveres dos “pastores” do povo de Deus, isto é, os dirigentes da Igreja.
A Primeira Carta a Timóteo previne o jovem pastor (4.12) contra as doutrinas falsas que estavam sendo espalhadas entre os cristãos. Diziam os falsos mestres (1.3)que era proibido comer certos alimentos e que casar era errado (4.3-5). Essas proibições se baseavam na idéia de que o mundo material é mau e que a salvação se alcança por meio de certas verdades que só alguns poucos privilegiados podem aprender.
Esta carta também ensina aos dirigentes da Igreja a maneira de fazerem o seu trabalho. E ao próprio Timóteo o apóstolo dá um conselho que serve para todos os seguidores de Jesus Cristo: Viva uma vida de honestidade, de dedicação a Deus, de fé, de amor, de perseverança e de humildade. Combata o bom combate da fé e ganhe a vida eterna” (6.11-12).
Esboço
A Segunda Carta de Paulo a Timóteo trata principalmente das responsabilidades e dos deveres de Timóteo. O apóstolo sente que a sua vida está chegando ao fim; por isso, com carinho e dedicação, ele dá conselhos ao seu colega e amigo Timóteo para que seja forte na fé e continue sendo um fiel soldado de Jesus Cristo. Ainda mais: que seja zeloso no cumprimento dos seus deveres de dirigente da Igreja “e cumpra completamente o seu dever como servo de Deus” (4.5). O apóstolo fala da sua própria maneira de viver, da sua fé, do seu amor e da sua perseverança, que devem ser imitados pelo seu jovem colega (3.10-11).
Cheio de coragem e confiança, o apóstolo resume assim a sua vida e a sua esperança de servo de Deus: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. E agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado a quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele Dia” (4.7-8).
Esboço
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Introdução – 1.1-2
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Conselhos e elogios – 1.3-2.13
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Deveres de Timóteo como dirigente da Igreja - 2.14-4.5
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A situação do apóstolo – 4.6-18
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Saudaçdes finais – 4.19-22
Tito, um não-judeu que havia se tornado cristão, foi um dos colegas e auxiliares do apóstolo Paulo no seu trabalho missionário (Gl 2.1-3; 2Co 7.6-16). Paulo o havia deixado na ilha de Creta a fim de que ele organizasse e dirigisse o trabalho das igrejas dali (Tito l.5). Na Carta a Tito o apóstolo trata dos deveres e da maneira de agir dos dirigentes das igrejas; fala também das responsabilidades do próprio Tito nas suas relações com os vários grupos de pessoas das igrejas. O apóstolo recomenda que Tito use a sua autoridade para o bem dos membros das igrejas e que a sua maneira de agir sirva de exemplo para todos (2.7). Diz que a vida cristã se torna possível por causa da bondade e do amor de Deus, que nos salvou “não porque fizemos alguma coisa boa, mas por causa da sua própria misericórdia” (3.5).
Esboço
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Introdução – 1.1-4
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Responsabilidades dos dirigentes da Igreja – 1.5-16
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Deveres dos vários grupos nas igrejas – cap.2
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Maneira de agir dos cristãos – 3.1-11
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Palavras finais- 3.12-15
Filemom era um cristão importante, provavelmente membro da igreja de Colossos. Onésimo, que era escravo de Filemom, tinha fugido do seu dono. Não se sabe como ele chegou a conhecer o apóstolo Paulo, mas o certo é que se converteu ouvindo a mensagem do evangelho anunciada pelo apóstolo, que estava na prisão. Paulo decidiu que Onésimo deveria voltar para o seu dono e por isso escreve a Carta a Filemom a fim de lhe fazer um apelo para que receba Onésimo de volta, não somente como escravo, mas também como um querido irmão em Cristo. Parece que a Carta aos Colossenses e a Carta n Filemom foram escritas na mesma época e que as duas foram entregues pelo próprio Onésimo.
Esta pequenina carta é um belo exemplo de cortesia e carinho. Paulo não discute os direitos que as leis daquele tempo davam ao dono de um escravo. Para resolver esta questão de um escravo fugido, Paulo aplica a mais alta lei que existe, a lei do amor cristão.
Esboço
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Introdução – vs. 1-3
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Elogios para Filemom – vs. 4-7
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Um apelo em favor de Onesimo – vs. 8-22
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Palavras finais – vs. 23-25
Os cristãos a quem este livro foi escrito eram de origem judaica, e é por isso que o livro é chamado de Carta aos Hebreus. Eles estavam sendo perseguidos e poderiam abandonar a fé cristã e voltar à religião dos seus antepassados. O livro parece mais um discurso ou um sermão do que uma carta; o autor não diz quem e nem diz a quem está escrevendo. Só no fim do livro e que aparecem umas poucas referencias a pessoas (13.22-24). Ninguém sabe com certeza quem escreveu este belo sermão.
O autor deste livro procura provar aos leitores que é por meio de Jesus Cristo que Deus envia a mensagem mais perfeita a respeito de si mesmo: Jesus é a revelação completa e eterna de Deus. Ele é o Filho de Deus, superior aos profetas do Antigo Testamento, aos anjos e a Moises e Josué. Ele é o eterno Grande Sacerdote que se oferece a si mesmo como sacrifício perfeito a Deus a fim de tirar os pecados da humanidade. É por meio dele que Deus faz o novo e perfeito acordo com o seu povo. E é por meio de Jesus Cristo que se consegue a salvação eterna.
No capítulo 11 o autor cita os nomes dos heróis da fé, as personagens do Antigo Testamento que continuaram firmes na sua fé em Deus mesmo tendo de enfrentar derrotas, perseguições e martírio. Recomenda, pois, que os leitores prestem atenção e não se desviem do caminho da fé, mas prossigam firmes ate o fim. Depois de vários conselhos, o autor termina com uma oração e saudações pessoais.
Esboço
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Introdução: Jesus Cristo, a mais perfeita revelação de Deus – 1.1-3
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Cristo é superior aos anjos – 1.4-2.18
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Cristo é superior a Moisés e Josué – 3.1-4.13
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Cristo, o Grande Sacerdote eterno – 4.14-7.28
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O acordo feito por meio de Cristo é superior – 8.1-9.22
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O sacrifício de Cristo é superior – 9.23-10.39
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Os heróis da fé – cap. 11
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Conselhos – cap. 12
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Como agradar a Deus – 13.1-19
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Oração e saudações – 13.20-25
A Carta de Tiago foi escrita a todos os cristãos do seu tempo e trata de assuntos práticos da vida cristã. O autor fala de pobreza e riqueza; tentação; preconceito; maneira de viver; o falar; o agir, o criticar; orgulho e humildade; paciência, oração e fé. Ele põe acima de tudo a necessidade de não somente crer corno também agir. Não adianta nada alguém dizer que tem fé se não provar por meio das suas ações que a sua fé é viva e verdadeira. “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem ação está morta”. (2.26). A verdadeira fé cristã se manifesta em ações cristãs.
O autor chama a si mesmo de “mestre” (3.1), e este livro tem belas lições para todos os seguidores de Cristo. Com clareza e vigor Tiago nos ensina como devemos agir e viver, se é que queremos ser cristãos.
A Primeira Carta de Pedro foi escrita para os cristãos que viviam em cinco províncias romanas que ficavam numa região que hoje faz parte da Turquia. O apóstolo está em “Babilônia” (5.13), que provavelmente é uma maneira de falar da cidade de Roma (cf Ap 14.8; 16.19; 17.5).
Os leitores estão enfrentando sofrimentos e perseguições por causa da sua fé. Ao procurar animá-los a continuar firmes na sua dedicação a Jesus Cristo, o apóstolo mostra que os sofrimentos servem para provar que a fé que eles têm é verdadeira (1.7). Ele cita o exemplo de Cristo, que suportou o sofrimento e a morte em favor deles; aconselha que eles, por sua vez, sigam o exemplo do Mestre (2.21-25). Recomenda que, acima de tudo, eles vivam uma vida que traga honra e glória para o nome de Deus (1.15-16). E o autor faz lembrar de novo aos leitores a razão de eles terem sido salvos: “Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz” (2.9).
Esboço
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Introdução – 1.1-2
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Como Deus nos salva – 1.3-12
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A vida cristã – 1.13-2.10
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Sofrendo como cristãos – 2.11-4.19
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Humildade e serviço cristãos – 5.1-11
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Saudações finais – 5. 12-14
A Segunda Carta de Pedro foi escrita a todos os cristãos do seu tempo. Ela trata de falsas doutrinas que estavam sendo espalhadas entre eles. Os falsos mestres não somente ensinavam coisas erradas como também se entregavam a todo tipo de imoralidades e vícios e procuravam arrastar os outros consigo. O apóstolo avisa os leitores do perigo que eles correm e os anima a ficar firmes na fé e na vida de pureza e dedicação a Deus. Esses falsos mestres também zombavam da esperança que os cristãos tinham de que Cristo iria voltar; por isso o apóstolo afirma que de fato o Senhor voltaria; Contudo, por ser bondoso, ele tem paciência “porque não quer que ninguém seja destruído, mas que todos se arrependam” (3.9,1S). O apóstolo recomenda que todos façam o possível para estarem em paz com Deus, sem mancha e sem culpa diante dele,” e fiquem esperando aquele dia abençoado em que haverá “um novo céu e uma nova terra, onde mora a justiça” (3.13,14).
O assunto principal da Primeira Carta de João é o amor: o amor de Deus para conosco e o amor que devemos ter uns para com os outros. “Deus é amor. Quem vive no amor vive unido com Deus, e Deus vive unido com ele” (4.16). Deus também é luz, e nós devemos sempre viver na luz e assim estaremos unidos uns com os outros (1.7; 2.9-11). O autor também previne os seus feitores contra a falsa doutrina de que Jesus Cristo não se tornou homem realmente, mas tinha somente a aparência de homem (2.22-23; 4.1-3; 5.6-9). Essa falsa doutrina, diz o autor,vem do espírito do Inimigo, o espírito do erro.
Nem nesta carta e nem nas duas seguintes aparece o nome do autor. Por causa dos assuntos tratados e por causa da maneira de escrever do autor, as três cartas logo começaram a ser chamadas de “Cartas de João”, querendo-se dizer com isso que foram escritas pelo autor do Evangelho de João.
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Introdução – l.l-4
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Deus é luz – 1.5-10
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A verdade e o erro – cap. 2
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Os filhos de Deus e os filhos do Diabo – cap. 3
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O Espírito da verdade e o do erro – 4.1-6
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Deus é amor – 4.7-21
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A fé que vence o mundo – cap. 5
Esta pequena carta foi escrita por um “presbítero”, isto é, um dirigente da igreja. A carta é dirigida aos membros de outra igreja, os quais o autor conhece bem. Ele pede aos leitores que amem uns aos outros e tomem cuidado com certas doutrinas falsas que estão sendo espalhadas pelo mundo.
Esta carta, escrita pelo mesmo “presbítero da Igreja” que escreveu a Segunda Carta de João, é enviada a Gaio, dirigente de uma igreja. O autor elogia Gaio, fala contra a oposição de Diótrofes e fala bem de Demétrio.
Esboço
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Introdução – vv. 1-4
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Gaio é elogiado – vv. 5-8
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Diótrefes é condenado – vv. 9-10
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Demétrio é elogiado – vv. 11-12
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Palavras finais – vv. 13-15
Esta carta foi escrita aos cristãos em geral para preveni-los contra os falsos mestres que estavam espalhando idéias erradas nas igrejas. Esta carta, que é parecida com a Segunda Carta de Pedro, procura animar os leitores a “combater a favor da fé que, uma vez por todas, Deus deu ao seu povo” (v. 3). O autor recomenda que os leitores continuem firmes e não se deixem levar por esses enganadores, pois eles receberão o castigo que merecem.
Esboço
· Introdução – vv. 1-2
· Os falsos mestres – vv. 3-16
· Conselhos – vv 17-23
· Oração final – vv. 24-25
Apocalipse quer dizer “revelação” e, por isso este livro se chama também A Revelação de Deus a João (1.1). Foi escrito durante um tempo em que as autoridades romanas estavam perseguindo os cristãos porque eles não prestavam culto ao imperador Romano, que chamava a si mesmo de “Senhor”e “Deus”. O livro foi escrito por João, que estava preso na ilha de Patmos por ter anunciado a Boa-Notícia do Evangelho (1.9). Ele escreve o seu livro para as sete igrejas da província romana da Ásia (1.4, 11), que ficava numa região que hoje faz parte da Turquia. Ele anima os seus leitores a continuarem fiéis a Jesus Cristo em tempos de perseguições e sofrimentos.
Depois das cartas às sete igrejas (caps. 2-3), João descreve uma série de visões que teve. Elas mostram que as forças do mal não vencerão, que a vitória pertence a Deus e a Jesus Cristo e que os continuarem fiéis na sua fé receberão o prêmio da vida eterna no novo céu que Deus vai preparar. João usa figuras estranhas, símbolos e números que os seus leitores entendiam, mas que não seriam entendidos pelas autoridades romanas. Os leitores de hoje têm dificuldade de compreender completamente as visões de João, mas a lição principal do livro é simples e clara: “Agora o poder de governar o mundo pertence a Deus, o nosso Senhor, e ao Messias que ele escolheu. E o Messias reinará para sempre” (11.15)
Esboço
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Introdução – 1.1-8
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A primeira visão – 1.9-20
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As cartas às sete igrejas – caps. 2-3
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A visão do rolo selado com sete selos – 4.1-8.1
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A visão das sete trombetas – 8.2-11.19
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A visão da mulher e do dragão e a visão dos dois monstros – caps. 12-13
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Outras visões – caps. 14-15
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A visão das taças da ira de Deus – cap. 16
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A destruição de Babilônia e a derrota do monstro, do falso profeta e de Satanás – 17. 1-20.10
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O julgamento final – 20.11-15
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O novo céu, a nova terra e a nova Jerusalém – 21.1-22.5
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Final – 22.6-21