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ASPECTOS QUANTO À ADMINISTRAÇÃO DA SANTA CEIA
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASILDisciplina: História e literatura do Novo Testamento Trabalho: Recensão: Administração da Santa Ceia Professor: Clóvis Jair Prunzel Aluno: Samuel Fuhrmann |
ASPECTOS QUANTO À ADMINISTRAÇÃO DA SANTA CEIA
A recensão que será desenvolvida está baseada em um artigo da revista Igreja Luterana. O título do artigo é Aspecto Quanto à Administração da Santa Ceia por Gerson Luiz Linden.
O assunto foi introduzido através dos textos de Lc 22.19 e 1Co 11.24,25, mostrando assim que a Santa Ceia é realizada por Ordem de Cristo.
Fazendo paralelos entre alguns textos bíblicos relacionados à Santa Ceia, o autor considerou alguns pontos relacionados à doutrina e prática da Santa Ceia, principalmente quanto a sua administração.
A Santa Ceia e a Congregação: Neste tópico o autor menciona alguns textos bíblicos, os quais, nos mostram que a Ceia do Senhor era realizada sempre no contexto de comunidade. Em Mt 26.20, a Ceia foi instituída entre o grupo dos doze. O contexto congregacional em que era realizada a Santa Ceia, também é evidenciado em 1Co 11.17-34, onde é tratado de problemas particulares daquela igreja em Corinto.
Também foi mostrada a importância do partir do pão na vida de uma comunidade Cristã. Em At 2.42, observamos que a comunidade originada do batismo e da pregação, após o Pentecostes, via na Ceia um dos elementos básicos para suas vidas.
Linden mencionou os capítulos 10 e 11 em primeira a Coríntios apontando para a comunhão da Santa Ceia como sendo uma comunhão com Cristo, e comunhão entre os irmãos.
Também é importante destacar a idéia de que um visitante, para participar da Ceia, deve primeiro fazer parte da comunidade (O Termo “Visitante”, se refere àquelas pessoas que não confessam a mesma fé). Nesse sentido, Linden afirma: “A mesma doutrina confessada é, pois, o critério que uni as pessoas na celebração na Ceia do Senhor”.
Do meu ponto de vista, o autor se posiciona devidamente baseado nas escrituras para afirmar que a Ceia do Senhor, deve ser realizada dentro de uma comunidade que confessa a mesma fé, pois, em At 2.44, vemos que, aqueles que viviam em comunhão, “no partir do pão” (V.42), viviam unidos por causa da fé em comum.
Em função destas reflexões, o autor aborda o tema comunhão fechada. A Ceia do Senhor foi apontada como sendo uma dádiva de Deus, e não um direito de todos. “Sendo do Senhor, a Ceia deve ser administrada pelo povo do Senhor”.
Também foi mostrado que a comunhão fechada traz uma certa proteção ao visitante. Pois, é evitada a participação indigna, sem o “examinar-se a si” e sem o “discernir o corpo”, que estão ligados à instrução na fé.
A instrução na fé Cristã é muito importante para a participação na Santa Ceia, pois, se houver uma divisão na confissão, há também uma divisão no Sacramento. Nesse aspecto, foi mencionado o texto de 1Co 10. 16-17, onde observamos que Paulo associa a união com os irmãos à união do Sacramento.
O Ministério Pastoral e a Administração da Santa Ceia: Neste tópico, o autor traçou os aspectos que diferem a Santa Ceia, do Evangelho proclamado e do Batismo, em relação a sua administração. O Evangelho deve ser anunciado às multidões, assim como Jesus o fez. Já a Santa Ceia, foi oferecida aos Doze discípulos, em uma comunhão fechada, conforme vimos anteriormente.
O autor mencionou alguns textos, mostrando que o próprio Cristo falou aos discípulos sobre a necessidade de orar, para que Deus enviasse trabalhadores para seara do Senhor, e após, Jesus escolheu os doze e os enviou para a obra da pregação (Mt 9.36-40, Mt 10.1).
Em 1Co 4.1 o apóstolo Paulo manifesta a importância do ministério, “...importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo...”. E na carta aos Hebreus vemos que Deus envia pastores para cuidar e alimentar o seu rebanho. “Obedecei aos vossos guias, e sede submissos para com eles; pois velam por vossas almas [...]”.
Também gostaria de destacar que um ministro deve “[...] pregar o evangelho, perdoar pecados, julgar doutrina e rejeitar doutrina que é contrária ao evangelho, e excluir da congregação cristã os ímpios cuja vida ímpia seja manifesta [...]” (CA XXVIII 21,22). O “excluir da congregação”, refere-se à exclusão do Sacramento.
Com esses textos mencionados pelo autor, considero importante ressaltar a questão sobre os meios da Graça (no que se refere à administração) em relação ao ofício ministerial. Pois, o Evangelho deve ser anunciado a todas as pessoas, e esta missão foi dada aos discípulos, os quais também deviam batizar as pessoas. Tanto a pregação como o batismo, operam a fé. A Santa Ceia, é oferecida pelo próprio Cristo, para aqueles que são unidos pela mesma fé. Com isso, é ressaltada a idéia de “comunhão fechada”, mencionada anteriormente.
Outra consideração importante, é a afirmação de que o Ministério instituído por Cristo tem por finalidade conduzir a igreja no crescimento espiritual (Ef 4. 11-16) Com isso, a idéia de proteção ao “visitante” é ratificada, pois uma participação indigna na Ceia não trará Bênçãos, mas sim, Juízo.
Os Elementos Visíveis da Santa Ceia: Nesta parte o autor mostrou de maneira simples e objetiva que, assim como a água usada por Cristo no batismo, não pode ser substituída por outro elemento, assim também a Santa Ceia deve ser realizada com o pão e o vinho, seguindo fielmente a ordem de Cristo.
Conforme Mt 26. 26-29; Mc14.22-25, os elementos visíveis da Santa Ceia são o pão e o vinho. Embora haja uma discussão sobre o que seria de fato o fruto da videira (genematos tes ampelou), o vinho é o elemento legitimamente referente para expressão “fruto da videira”.
Sobre este assunto, considero importante a referencia da páscoa para mostrar que o vinho é de fato o elemento escolhido por Jesus.
Também é importante mencionar a importância do pão e do vinho no ritual das refeições Judaicas. Por exemplo: o jantar do Shabat.
No final do artigo o autor deixa claro que o assunto aqui discutido não se resolve tão facilmente, pois, sérios estudos acadêmicos dos mesmos textos, têm mostrado outros posicionamentos em relação à administração da Santa Ceia. O que determina estes estudos não são apenas questões exegéticas, mas envolvem questões Hermenêuticas.
Contudo, considero importante ressaltar o texto já mencionado: “Eu afirmo a vocês que nunca mais beberei deste vinho até o dia em que beber com vocês um vinho novo no Reino do meu Pai” (Mt 26.24). Só irão estar no Reino de Deus, aqueles que tem a fé em Cristo Jesus. A estes, que são unidos pela mesma fé, é que deve ser dado a Ceia do Senhor.
Bibliografia:
LINDEN, Gerson Luiz. Aspectos Quanto à Administração da Santa Ceia. Igreja Luterana, São Leopoldo, n.1, p.5-12, jun. 2001, vol.60.
SANTA CEIA – PARTES
As partes da liturgia eucaristia e as devidas explicações?
O que acontece com o pão e o vinho na Eucaristia? Antes da distribuição dos elementos, pão e vinho, ambos são consagrados. Mas muitos não sabem qual é o significado da consagração o verdadeiro significado é tornar sagrado ambos os elementos, o antigo testamento nos ajuda a entender melhor, para o povo daquela época e também para nós hoje é tirar fora do uso comum, e dedicar exclusivamente a Deus para que Deus use como veículo da sua graça. Os Luteranos acreditam que Cristo está no pão e no vinho, que o pão é o verdadeiro corpo de Cristo e o vinho o verdadeiro sangue de Cristo derramado na cruz em favor de nossos pecados.
Por que o nome Eucaristia? Desde o início do século II é usado este termo. Eucaristia tem sua origem grega que significa ações de graças, expressão usada devido a formula de oração dirigida à mesa pelos judeus, na qual serviu de fonte nas celebrações Eucarísticas nas igrejas cristãs.
Desvios na prática da ceia do Senhor - lamentavelmente muitas igrejas e tradições se desviaram da prática da Ceia do Senhor, como se fosse algo individual, um acontecimento para beneficio próprio de cada pessoa. Outro desvio é que a Ceia do Senhor é celebrada como se fosse à morte de Jesus na cruz e sua vida, sua ressurreição, seus ensinamentos se quer é mencionados. A celebração em favor de um morto muda totalmente seu significado.
O verdadeiro sentido da Ceia do Senhor não é individual, mas sim uma refeição conjunta, é o comer e beber na presença de Deus. A celebração da Ceia não é em favor de um morto, mas um grande momento de louvor e gratidão por toda a obra de Deus em Cristo (nascimento, proclamação, atuação, paixão, morte, ressurreição e ascensão).
A Eucaristia não deixa de ser o pão e o vinho, continua sendo, mas com a presença de Cristo que se dá a nós através dos elementos.
Como lidar com o pão e o vinho? Ante da distribuição, os elementos devem ser consagrados, e se por ventura faltar um dos elementos, deve-se consagra-lo para que a pessoa que está recebendo-o tenha certeza de que realmente é o corpo e o sangue de Cristo, através do pão e do vinho. Para que o imprevisto não aconteça sempre adiciona a quantidade máxima, mais 30%. Após a realização da Ceia, ambos os elementos deixam de ser consagrados, voltando a ser elemento comum, mas mesmo assim devemos tratá-los com dignidade, pois anteriormente foi colocado nas mãos de Deus que o usou.
Confissão de pecados tem lugar na Liturgia da Eucaristia? Sim, logo no início da Liturgia da Eucaristia Luterana, é uma espécie de penitência, ou seja, Confissão de Pecados seguida de Absolvição, essa prática deve ser restabelecida, deve ser superada, para que tenhamos o verdadeiro sentido, o sentido original da Eucaristia.
OS ELEMENTOS DA SANTA CEIA
Os elementos da Santa Ceia
Mensageiro Luterano Dezembro 2010
No Catecismo Menor, aprendemos que “a Santa Ceia é o verdadeiro corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, para ser comido e bebido, sob o pão e o vinho...”. Pão e vinho são os elementos visíveis da Santa Ceia. Porém, as igrejas que proíbem qualquer bebida alcoólica usam vários motivos para justificar o uso do suco em vez do vinho. Há também os que justificam outros elementos em lugar do pão. A seguir, vamos conhecer os principais argumentos.
Fruto da videira
Quando o Senhor Jesus instituiu a Santa Ceia, usou a expressão: “deste fruto da videira” (Mt 26.29). Esta era uma expressão usada pelos judeus para designar o vinho usado em festas solenes e casamentos. Muitos alegam que esta é uma expressão genérica que se refere a todos os derivados da uva, como o suco e até mesmo o refrigerante a base de uva.
Suco de uva
Há os que alegam que a palavra grega para vinho, oinos, teria o significado tanto de vinho, como de suco de uva, este também chamado de mosto ou vinho novo. Com isso, querem dizer que Jesus teria usado suco e não vinho. Porém, em Israel, a colheita da uva acontece por volta de setembro e outubro, e a Páscoa em março e abril. Assim, não havia como impedir a fermentação do vinho durante esse espaço de tempo. Além disso, o mosto era armazenado em odres feitos de couro de cabrito, ou em vazilhas de barro, onde naturalmente fermentava. O sacolejo do transporte e a alta temperatura não evitava o processo de fermentação.
A conservação
Outros alegam que os judeus tinham técnicas de conservação do suco de uva. Eles o
guardavam em recipientes lacrados e depois o colocavam submersos em poços de água em temperatura abaixo de 10ºC, que o conservava por vários meses. Esta seria mais uma comprovação de que Jesus teria usado o suco. No entanto, ainda que o mosto fosse consumido, o vinho velho, chamado de vinho bom, sempre era preferido (Lc 2.1-10).
A fermentação
Jesus instituiu a Ceia durante a Páscoa. A lei da Páscoa (Ex 12.14-20; 13.7) proibia o uso do fermento durante o evento. A fermentação era símbolo da corrupção pecaminosa (Mt 16.6,12; 1Co 5.7,8). Apenas o pão asmo, ou seja, o pão sem fermento, era permitido. Muitos alegam que o vinho, sendo bebida fermentada, também era proibido. Porém, o fermento citado é o do pão acrescentado à farinha, e não o do vinho que é natural dele.
Cultura Judaica
Há também os que alegam que o pão e o vinho eram ingredientes da cultura judaica.
Logo, Jesus teria usado elementos ligados a uma cultura, mas não teria atrelado a Santa Ceia a elementos daquela cultura. Os adeptos desta interpretação dizem que pode-se usar elementos de qualquer cultura. Assim, numa região produtora de cana de açúcar, poderia então se usar cachaça e rapadura na Santa Ceia – os mineiros poderiam usar leite e pãozinho de queijo.
Por que usa mos pão e vinho? Quanto ao uso do pão
Está claro nas palavras da instituição: “tomou o pão” (Mt 26.26). Portanto não é possível usar outro elemento em lugar do pão. Jesus usou pães que estavam à disposição, ou seja, o pão sem fermento, pois era festa dos pães asmos (Lc 22.7). O pão com fermento era proibido só na Páscoa; em outras épocas, ele era usado. E os discípulos continuaram celebrando a Santa Ceia com os pães que tinham à disposição, entre eles, o pão fermentado. Assim, não está errado usar pão com fermento, mas, por coerência, é bom usar sempre a hóstia que é um pão sem fermento.
Quanto ao uso do vinho
Nas festas sagradas e nos casamentos, os judeus usavam vinho fermentado. A Bíblia o cita como “bebida forte” (Lv 10.9; Lc 1.15), ou seja, vinho mesmo, não suco. A Bíblia condena a embriaguez, mas não o uso do vinho. Além disso, em Coríntio, os cristãos usaram vinho na Santa Ceia com teor alcoólico, o que até gerou casos de embriaguez (1Co 11.21). Assim, pela tradição da Igreja e crença luterana, na Santa Ceia, usamos o pão e o vinho, de preferência um vinho de boa qualidade.
David Karnopp Vacaria, RS
Mensageiro Luterano Dezembro 2010
SANTA CEIA
Estudo Bíblico
Santa Ceia
1. O que é ceia do Senhor?
Santa ceia outra coisa não é que a celebração da Páscoa, ou seja, relembrar a morte e a ressurreição de Cristo. Êxodo do povo de Israel do Egito – Libertação (Êx 12). Esta ceia somente os Cristãos celebram, onde ao lado do pão e vinho, os cristãos comem e bebem o corpo e o sangue de Cristo. Isto é assim porque Cristo mesmo afirmou ser desta forma. (Mt 26.26-28)
Outros nomes: Santa Comunhão – união do crente com o seu Senhor At 2.42; Mesa do Senhor – temos o alimento celestial 1º Co 10.21; Sacramento do altar – é normalmente celebrada num altar na casa de Deus; Partir do pão – lembramos que o pão foi partido por Cristo At 2.42; 1º Co 10.16 e 17.
Instituição Divina e perene – A Ceia do Senhor foi instituída por Cristo e por isso ela é permanente. Pelas palavras de Cristo nesta instituição serem claras, Devemos tomar o sentido da palavra como Cristo diz, embora não as consigamos entender (Ef 3.20).
Sustentamos que esta instituição é permanente e deve ser observada na igreja até os fins dos tempos em memória de Cristo (Lc 22.19). Fazemos isso até a sua volta (1º Co 11.26).
2. O que está presente na mesa do Senhor?
Os elementos visíveis – Pão. Usamos o pão Asmo porque a Santa Ceia foi instituída na Festa dos Pães Asmos (Lc 22.7). Também se tem uma conexão com o Êxodo (Êx 12)
O vinho. O cálice era o fruto da videira (Mt 26.29). A festa da Páscoa era celebrada com vinho e por isso Jesus usou vinho ao instituir a Santa Ceia. Assim procederam os cristãos primitivos (1º Co 11.21).
Os elementos celestes – São o corpo e o sangue de Cristo que estão presentes verdadeira e essencialmente. Entre esses elementos existe uma união ímpar.
Doutrinas dos elementos da Ceia do Senhor:
Transubstanciação – Doutrina ensinada pela igreja Católica. Na Missa o padre tem o poder de transformar o pão em corpo de Cristo e o vinho em sangue de Cristo. Isso também é chamado de Corpus Cristis. Essa doutrina tornou-se oficial na Igreja Católica no concílio Lateranense de 1215 e foi reafirmada no Concílio de Trento de 1545-1563. Para rebater essa doutrina usamos 1º Co 10.16 e 11.26-28.
Representação – Doutrina ensinada pelos Reformados (Zuinglianos ou Calvinistas) => Presbiterianismo, Quadrangular, Congregacionais. O pão e o vinho simplesmente significam ou representam o corpo e o sangue de Cristo. Têm os elementos da Santa Ceia como um simbolismo. Se realmente fosse assim não teria validade o que Paulo diz em 1º Co 11.27. Ler também: 1º Co 10.15-16; 1º Co 11.26-28.
Doutrina Bíblica – Na Santa Ceia, quando comemos o pão recebemos o corpo de Cristo; quando tomamos o cálice recebemos o seu sangue (presença real). Os discípulos tomaram as palavras de Cristo no seu sentido simples e natural, a saber, que comeram pão e também o corpo de Cristo, beberam o vinho e também o sangue de Cristo. Isso é afirmado por Paulo em 1º Co 10.16. Não poderia haver comunhão entre o pão e o corpo se o corpo de Cristo não estivesse essencialmente presente. (Lc 22.19-20)
3. O que é necessário para uma instituição ser realmente sacramento?
Quatro coisas são necessárias para ser sacramento:
A) Um ato Sagrado instituído por Deus;
B) Meios externos (Pão e vinho);
D) Devem estar unidos a palavra;
E) Dar perdão de pecados ou outras bênçãos adquiridas por Cristo na cruz. (Mt 26.28)
4. Quais são os objetivos da Ceia do Senhor?
A) Certeza de que os nossos pecados são perdoados pela fé em Cristo Jesus;
B) Dar força e encorajamento para vivermos aqui neste mundo;
C) Lembrar-nos sempre da sua morte que nos deus vida e perdão de pecados;
D) O corpo e o sangue de Cristo foram expiação pelos nosso pecados;
E) Proclamar que somos um em Cristo e um em todos.
Cristo nos deu o seu corpo e derramou o seu sangue para fazer expiação pelos nossos pecados e para proclamar que somos um em Cristo e um em todos. (Lc 22.19-20; 1º Co 11.26; 1º Co 10.17)
5. Todos os que vão a esta Ceia recebem estas bênçãos automaticamente?
Por natureza ninguém é digno da Ceia do Senhor, a dignidade é um dom da graça de Deus. Esta dignidade se concretiza na fé nas palavras “por vós”.
Os que não crêem na presença real, não crêem no perdão dado na Santa Ceia, não confiam em Jesus Cristo como Salvador, esses recebem o sacramento para a sua condenação, pois as palavras “por vós” exigem corações verdadeiramente crentes.
(1º Co 11.27,29,30; Hb 11.6)
6. Quem não deve comer e beber na Santa Ceia?
Aqueles que não podem examinar-se por ignorância; quem não tem nenhuma intenção de abandonar o seu pecado para servir a Deus; aqueles que não são um na doutrina e na comunhão cristã; e aqueles que estão zangados com outros, aqueles que ensinam ou seguem doutrinas falsas. (1º Co 10.21; At 2.42; Mt 5.23-24; Rm 16.17)
7. O que deve ser feito antes de participar desta Ceia? (1ºCo 11.28,29,31)
a) Examinar os nossos corações com muito cuidado;
Na liturgia temos uma breve forma de nos examinarmos:
I. Estai verdadeiramente arrependidos de vossos pecados?
II. Credes em Jesus Cristo?
III. Queres corrigir a vossa vida pecaminosa com o auxílio do Espírito Santo?
b) Nós reconhecemos que o corpo e sangue de Cristo então no pão e no vinho?
c) Nós temos um coração contrito e quebrantado por causa dos nossos pecados e fraquezas?
d) Desejamos nos arrepender dos nossos pecados favoritos?
e) Cremos na vitória de Cristo sobre o pecado?
f) Queremos participar junto com os nossos semelhantes? (Sl 51.17; Mc 1.15)
8. Devemos participar da santa ceia se pecamos ou temos uma fé fraca?
Podemos nós sempre virmos a Jesus: a) Manchados de pecados; b) desanimados; c) deprimidos. Tanto mais razão temos de vir à ceia do Senhor. Jesus irá sempre, com amor, nos receber, perdoar e fortalecer. (Mc 9.23, 24; Jo 6.37)
9. Porque devemos receber a ceia do Senhor com freqüência?
a) Jesus nos disse que assim o fizéssemos, em sua memória;
b) Renovamos a certeza de que todos os nossos pecados estão perdoados;
c) Podemos obter paz e força espiritual;
d) O exemplo dos primeiros cristãos que em todos os cultos celebravam a ceia;
e) Fortalece a nossa comunhão com Cristo e com os irmãos;
f) Testemunhamos a morte salvadora de Jesus.
(1º Co 11.25-26; Lc 22 19-20)
10. O que dizer para uma pessoa que não deseja participar da Santa Ceia?
A) Meter a mão no peito e verificar se ainda tem carne e sangue (Rm 7.18; Gl 5.19-21);
B) Verificar se ainda está no mundo. No mundo não há falta de pecado (Jo 15.18,19; 1ºJo 2.15,16; 5.19)
C) Tem o diabo ao seu redor a todo o momento. (1ºPe 5.8,9; Ef 6.11,12)