O que é a Velhice ( Autor desconhecido)
A mãe conta que seu filho pequeno - com a curiosidade de quem ouviu uma nova palavra mas ainda não entendeu seu significado - perguntou-lhe:
- "Mamãe, o que é a velhice?"
Na fração de segundo antes da resposta, a mãe fez uma verdadeira viagem ao passado. Lembrou-se dos momentos de luta, das dificuldades, das decepções. Sentiu todo peso da idade e da responsabilidade em seus ombros. Tornou a olhar para o filho que, sorrindo, aguardava uma resposta, e disse-lhe:
"Olhe para meu rosto, filho", disse ela. "Isso é a velhice".
E imaginou o garoto vendo as rugas, e a tristeza em seus olhos. Qual não foi sua surpresa quando, depois de alguns instantes, o menino respondeu:
- "Mamãe! Como a velhice é bonita!"
CONTANDO O TEMPO
Norma Emiliano
O despertar trouxe presságio e mal estar. Ainda ouvia a voz do pai que na noite anterior, ao telefone, reclamava de dores musculares e da apatia da mulher, sua mãe.
O envelhecimento paterno provoca-lhe sentimentos antagônicos; desejo de aproximação e afastamento.
As lembranças da infância e adolescência lhe remetem à disposição, união e comprometimento paterno e profissional que cada um dos pais expressava. Havia alegria. Não tinham amigos. A família lhes bastava. Pela manhã, todos à mesa, comentavam diversos assuntos do dia anterior, enquanto a mãe apressadamente beijava-os na saída para o trabalho.
O tempo embaçou não só aqueles rostos queridos, mas também o seu cotidiano. Reagindo, levanta-se e no espelho observa os vincos em seu rosto que a passagem do tempo trouxera.
O silêncio que lhe envolvia a alma se quebra. Ao lado, vozes, sons do despertar familiar. Seus filhos falam e riem trazendo vida à casa. Apressa-se, deixando os pensamentos de lado indo ao encontro do seu mundo, no qual muito tem a fazer.
Quando tudo se aquieta, com tranqüilidade, traz aos pensamentos o pequeno recorte matutino. Percebe o medo que o confronto com o envelhecimento paterno lhe traz. Pergunta-se: por que sente pena e culpa? Por que não sente o prazer de ainda tê-los, de usufruir o carinho que lhe dedicam e de poder compartilhar a alegria de ser hoje a pessoa que ela é? Teve tantos bons exemplos e não consegue aceitar as mutações naturais pelas quais estão passando.
Sabe que seu pai mesmo reclamando de dores ainda participa do coro da Igreja, faz artesanatos em madeira e se dedica afetuosamente à mulher que já não consegue ser mais tão ativa, mas demonstra seu companheirismo cuidando para que o lar se mantenha ordenado e confortável. Nessas reflexões busca entender que passagem do tempo é inevitável e as mudanças fazem parte da vida. Todos têm altos e baixos e os obstáculos, em qualquer etapa da vida, podem ser encarados como ponto para evolução pessoal.
De volta ao espelho, olha-se e esboça um sorriso. Reconhece seus receios, pega o telefone e carinhosamente pergunta a mãe como foi o seu dia.
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Aprender a envelhecer - Sempre Ativos
Clara Janés / Luz María dela Fuente
Clara Janés / Luz María de
Azeitada e preparada a engrenagem física, a nossa atenção deve concentrar-se na atividade. Nem um só instante da nossa vida é desprezível, e por isso temos obrigação de permanecer ativos.
Que atividades se podem desenvolver depois dos sessenta e cinco anos? Muitas, muitíssimas mais do que se pode imaginar. E não obstante, como vimos, quando chega o momento de aposentar-se, cai-se com freqüência - sobretudo os homens - num vazio intransponível.
Ter um objetivo concreto que cumprir neste mundo não somente nos ocupa e nos satisfaz, como nos incita a continuar a viver. E até há ocasiões em que as próprias necessidades materiais que obrigam de repente uma pessoa de idade a pôr-se a trabalhar fazem com que ela se supere e, em vez de entrar num estado depressivo, consiga ampliar os seus horizontes de felicidade amoldando-se com inteligência às suas novas circunstâncias.
Há alguns anos, passei três semanas procurando uma governanta. Uma agência de empregos mandava-me uma moça diferente cada dia, mas nenhuma delas preenchia as condições que eu desejava naquela que, além de ajudar-me nas lides da casa, seria sobretudo um ser humano com quem teria de conviver diariamente. Estava disposta a esperar o tempo que fosse preciso, na certeza de que uma manhã bateria à porta de minha casa uma mulher de idade imprevisível, simples, segura de si, sem ressentimentos, capaz de trabalhar bem e, ao mesmo tempo, de compreender a minha maneira de ser, e de sentir que o seu trabalho era tão digno como qualquer outro. Numa palavra: um espírito autenticamente livre.
E assim foi. Uma manhã, bateu-me à porta Maria dos Anjos. Com certo temor, disse-me que tinha sessenta anos e que era a primeira vez que se oferecia para semelhante trabalho. Perguntei-lhe por quê. Contou-me que tinha enviuvado dez anos atrás e que o negócio do marido tinha ido de mal a pior, a ponto de lhe ter deixado dívidas pelo valor de vários milhões. Tinha de pagá-las fosse como fosse. Que podia ela fazer? Já os dois filhos se matavam procurando salvar a firma, de modo que ela se decidira a trabalhar, pondo de parte todos os preconceitos.
Maria dos Anjos ficou comigo. Vivi com ela os duros momentos em que tiveram de fechar a empresa, indenizar os operários, conseguir emprego para os filhos... E nunca vi essa mulher exemplar perder o espírito de combatividade.
Com o que lhe pago, contribui para saldar as dívidas e ajudar os filhos. Cumpre com esmero o seu papel de avó e sabe manter-se sempre no seu lugar. Se adoece, sou eu que tenho de obrigá-la a ficar de cama, porque senão viria trabalhar a todo o custo. Mais ainda: Maria dos Anjos trabalha de rosto alegre, e a solicitude com que nos ajuda demonstra que o faz como quem se sente em casa. O emprego que se viu obrigada a assumir reacendeu nela um dinamismo e avivou-lhe uma clareza mental que dariam inveja a muitas pessoas vinte ou trinta anos mais novas que ela.
Isto lembra-me outra mulher excepcional que trabalhou em minha casa. Tinha passado dos cinqüenta anos, era bonita e revelava uma inteligência natural muito aguda. Chamava-se Flora. Num abrir e fechar de olhos, deixava tudo brilhante, para depois, sempre de escova ou de pano de pó na mão, se aproximar da minha mesa de trabalho e trocar breves impressões comigo sobre política ou problemas sociais. Durante a guerra civil espanhola, tinha sido presa num momento em que se achava grávida, e, em conseqüência das brutalidades a que a tinham submetido, nascera-lhe uma filha com uma grave lesão no coração.
Abandonada pelo marido, trabalhava dia e noite para que não faltassem à filha todos os cuidados de que precisava. Quando esta fez dezoito anos, a mãe, consciente de que, nesse estado, não a poderia manter com vida por muito tempo, decidiu arriscar tudo e submetê-la a uma operação. Margarida - assim se chamava a filha - morreu no hospital, e não tinha passado nem um mês quando diagnosticaram à mãe um câncer que em pouco tempo a levou deste mundo. Ao recordar agora o seu choro desesperado, abraçada ao cadáver da filha, cresce em mim a convicção de que essa mulher não morreu de câncer: realizado o objetivo vital, o corpo procurou a desculpa do câncer para morrer.
É parecido o caso de uma cigana que vivia num barraco de latas, debaixo de urna ponte. Descendia diretamente de um "faraó" e não tinha consentido que o seu filho se casasse com uma mulher de casta inferior. Mas não pudera evitar que o rapaz e a moça passassem a viver juntos, e já iam pelos dezoito filhos, nem mais nem menos.
- Tenho oitenta anos e não quero morrer sem resolver este assunto, dizia a velha cigana num lamento. Não quero morrer com este pecado.
Deus sabe o que custou reunir os papéis necessários para fazer o casamento. Nômades como eram, cada um dos netos tinha nascido num povoado diferente e era preciso demonstrar que em nenhuma daquelas ocasiões os pais estavam casados. Finalmente, puderam celebrar a cerimônia e pouco depois a velha cigana morria, tranqüilizada já a sua consciência tão intuitiva e profundamente religiosa.
Mensagem Para o Dia do Idoso - 27/08/07
Nesta data homenageamos a 3ª Idade, a maravilhosa idade da sabedoria, das experiências vividas e do amor desprendido dos avós.
Origem do Dia do Idoso
O Dia Nacional do Idoso foi estabelecido em 1999 pela Comissão de Educação do Senado Federal e serve para refletir a respeito da situação do idoso no País, seus direitos e dificuldades.
A população no mundo está ficando cada vez mais velha e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), por volta de 2025, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta.
O Brasil, que já foi celebrado como o país dos jovens, tem hoje cerca de 13,5 milhões de idosos, que representam 8% de sua população. Em 20 anos, o País será o sexto no mundo com o maior número de pessoas idosas. O dado serve de alerta para que o governo e a sociedade se preparem para essa nova realidade não tão distante.
O avanço da medicina e a melhora na qualidade de vida são as principais razões dessa elevação da expectativa de vida em todo o mundo. Apesar disso, ainda há muita desinformação sobre as particularidades do envelhecimento e o que é pior: muito preconceito e desrespeito em relação às pessoas da terceira idade, principalmente nos países pobres ou em desenvolvimento. No Brasil , são muitos os problemas enfrentados pelos idosos em seu dia-a-dia: a perda de contato com a força de trabalho, a desvalorização de aposentadorias e pensões, a depressão, o abandono da família, a falta de projetos e de atividades de lazer, além do difícil acesso a planos de saúde são os principais.
Segundo pesquisa do IBGE, em 1999, apenas 26,9% do total de idosos no País possui algum plano de saúde, sendo que em algumas regiões como o Nordeste essa taxa ainda cai para 13%. As mulheres são ainda mais afetadas, porque vivem mais tempo e, em geral, com menos recursos e menos escolaridade.
Diante desse quadro, o governo brasileiro precisa elaborar, o mais rápido possível, políticas sociais que preparem a sociedade para essa mudança da pirâmide populacional.
(Fonte: Jornal A Voz da Serra, de Nova Friburgo-RJ).
Em Portugal, o dia do idoso é comemorado no primeiro dia do mês de Outubro.
POEMA PARA O DIA DO IDOSO
I
Hoje é o dia do idoso.
Não posso deixar passar
sem pedir a todos os jovens
para os seus velhinhos respeitarem.
Não posso deixar passar
sem pedir a todos os jovens
para os seus velhinhos respeitarem.
II
Mesmo por força maior
que tenham de ir para o lar,
pelo menos uma vez por semana
peço-vos que os vás visitar.
que tenham de ir para o lar,
pelo menos uma vez por semana
peço-vos que os vás visitar.
III
Este pedido que vos faço
e me deveis obedecer,
lembrai-vos que hoje sois jovens
amanhã, idosos ides ser.
e me deveis obedecer,
lembrai-vos que hoje sois jovens
amanhã, idosos ides ser.
IV
Mesmo que sejas emigrante
e longe dos vossos pais,
com um pequeno telefonema
os vossos velhinhos alegrais.
e longe dos vossos pais,
com um pequeno telefonema
os vossos velhinhos alegrais.
V
Eu seria muito feliz
e teria gosto de viver
se ainda tivesse os meus pais
para companhia me fazerem.
e teria gosto de viver
se ainda tivesse os meus pais
para companhia me fazerem.
Jaime Afonso – Alturas do Barroso - Portugal
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Descobrindo a Felicidade na maturidade
A felicidade é a condição humana mais rara, mais valorizada e mais incompreendida. Ela é conseqüência de aprendizagem e exige um espírito aparelhado. Na verdade, a felicidade duradoura depende do grau de maturidade que cada pessoa tenha conseguido alcançar.
A relação entre felicidade e maturidade é absolutamente contrária às idéias da maioria das pessoas, pois, segundo estas, a felicidade é juventude e, naturalmente, diminui com o tempo.
Na verdade, as pessoas realmente felizes podem ter qualquer idade acima de 20 anos. Digo isto porque:
- As crianças têm apenas momentos de felicidade, pois a punição dos adultos as mantém sempre na espera de aceitação. Sentem-se inseguras por dúvidas sobre si mesmas e desanimam facilmente diante de sua confusão interior.
- Os jovens usam a felicidade aparente como forma de proteger-se contra a sua insatisfação. Sentem-se inseguros pelos erros que estão cometendo e pelas más escolhas que estão fazendo apenas para contrariar os mais velhos, que consideram o contrário absoluto de seu sonho de felicidade. Por isso dizem: nem me entende!
Esquina Na maturidade, homens e mulheres podem dobrar uma esquina e parar perplexos ante o milagre de descobrir que são felizes. Nada precisa ser diferente, mas tudo parecerá ser (diferente, ou como realmente o é).
A personalidade reuniu experiência suficiente para apreciar pequenas coisas e vitalidade para amar cada vez mais. É como se fosse um estalo que não pode ser ouvido, seguido de um estado de felicidade que nem sempre é bem percebido. >>E então nos perguntamos: por que estou assim como estou?? – Não se sorrio ou se choro.
Não nascemos felizes, mas conquistamos a felicidade da mesma forma que aprendemos a amar. As pessoas infelizes geralmente culpam seus empregos, seus casamentos, seus pais, Deus ou o destino. No entanto, a verdadeira causa é a incoerência de suas vidas. Confusos, não temos calor para dar, nem à família, nem ao trabalho, nem ao lazer, nem à nossa própria vida.
Elixir - O amor é o elixir da vida e, como sua fonte é Deus, jamais irá se esgotar. Podemos sentir tanta alegria amando alguém, que, às vezes, nos sentimos quase na obrigação de agradecer.
> Nada no mundo torna a felicidade menos atingível do que procurar encontra-la. O segredo é reconhecer a felicidade que temos.
O historiador Will Durant conta que procurou a felicidade viajando, estudando, escrevendo. Mas só encontrou desilusão. Um dia, viu uma mulher esperando em seu carro com uma pequena criança adormecida em seu colo. Um homem desceu do trem, aproximou-se e beijou delicadamente a mulher e depois a criança. O carro partiu levando a família e deixando em Durant uma compreensão atordoada da verdadeira natureza da felicidade. Acalmou-se e fez a descoberta de que "toda função normal da vida encerra algum prazer." > Plena felicidade.
São as coisas pequenas e simples da vida que dão um colorido todo especial para nossa vida. É o perceber estas coisas e aprecia-las, que nos faz CANTAR, LOUVAR e AGRADECER. Sl 100;
Faça a conta das coisas boas de sua vida. Faça pausas para apreciá-las e não se deixe atormentar por lamentações, sentimento de culpas e recriminações. Este é o segredo para tornar a felicidade duradoura e sempre presente em nossa vida, a final de contas, "somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. É o Deus fiel e Misericordioso que cuia de nós e dos nossos queridos. Preocupações sim, mas apenas com o mais necessário: VIVER.
Viver bem! Viver em comunhão com o Pai Celeste, mediante a fé no Salvador Jesus.
Receba o amadurecimento com mais satisfação. Se já o alcançou, comemore. Agora que você é capaz de identificar e aproveitar os momentos de verdadeira felicidade.
ENCONTRO DE IDOSOS - CEL "DA PAZ" (para 15/04/07)
Descobrindo a Felicidade na maturidade
Salmo 100
Aprenda a curtir seus Anos Dourados
Idoso é quem tem o privilégio de viver uma longa vida... velho é quem perdeu a jovialidade.
A idade causa a degenerescência das células... a velhice causa a degenerescência do espírito.
Você é idoso quando sonha... você é velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende... você é velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando se exercita... você é velho quando somente descansa.
Você é idoso quando tem planos... você é velho quando só tem saudades.
Para o idoso a vida se renova a cada dia que começa... para o velho a vida se acaba a cada noite que termina.
Para o idoso o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida... para os velhos todos os dias parecem o último de uma longa jornada.
Para o idoso o calendário está repleto de amanhãs... para o velho o calendário só tem ontens.
Que você, quando idoso, viva uma vida longa, mas que nunca fique velho.
A idade causa a degenerescência das células... a velhice causa a degenerescência do espírito.
Você é idoso quando sonha... você é velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende... você é velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando se exercita... você é velho quando somente descansa.
Você é idoso quando tem planos... você é velho quando só tem saudades.
Para o idoso a vida se renova a cada dia que começa... para o velho a vida se acaba a cada noite que termina.
Para o idoso o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida... para os velhos todos os dias parecem o último de uma longa jornada.
Para o idoso o calendário está repleto de amanhãs... para o velho o calendário só tem ontens.
Que você, quando idoso, viva uma vida longa, mas que nunca fique velho.