Estudo G1 – Seminário de Teologia e Filosofia
Aula 2: 06/03 – Cristianismo e História, questões metodológicas. (Dreher, Martim. História da Igreja em Debate).
- Houve uma transição da história da pedagogia para a história da educação.
- Muitos ideais de Lutero sobre a educação acabaram não vindo a ocorrer ou não foram aplicados.
- História da Educação surgiu no século XIX – Iluminismo, queria-se colocar a escola como uma instituição responsável pela formação de pessoas, enfatizando a razão.
- A maior influência da história da educação vinha da Filosofia;
- O problema da história da educação é que há uma ênfase para as teorias sem preocupação com a aplicação prática.
- Começa a fazer parte da história da educação: Teorias, hábitos educativos, infância, imaginário infantil e adulto.
- Correntes: Marxismo; Nova História (França – história total); Psicanálise; Estruturalismo (Cientistas sociais franceses Fouquot); Pesquisa quantitativa (estatísticas);
- Marxismo: Destacou a importância das estruturas econômicas, sociais, políticas, cultura, sociedade para a educação. O autor que mais influenciou foi A. Gramasci, que dedicou vários de seus trabalhos à educação, como a distribuição da riqueza na sociedade.
- Aufklärung: iluminismo alemão, movimento paralelo ao pietismo.
- Bossuet: defensor do absolutismo e da providência divina;
- Vigo, Kant, Hegel: abrem mão da providência divina, centram-se no livre arbítrio, deísmo.
- Hegel: Espírito;
- Marx: Materialismo;
- Voltaire: Razão;
- Teologia cristã secularizou e se concentrou na humanidade.
Aula 3: 13/03 – Experiência cristã e educação na Antiguidade (Agostinho)
- Agostinho: fé cristã veio pela conversão, é uma pessoalidade para todos os pensadores, 1º a pensar a subjetividade do indivíduo;
- Ênfase na consciência pessoal;
- Adolf Von Harnack: membro do positivismo histórico, desenvolveu a teoria de que o cristianismo na passagem para o contexto cultural helênico (NT – grego) se dá um processo de corrupção da mensagem cristã original;
- Pensa que a cultura grega interfere mais no Evangelho do que vice-versa;
- O Evangelho surge no contexto judaico (semítico), que não acha que Deus seja um Deus ou ente, ele é uma força que age na história e que está por trás dos acontecimentos.
- Via negatoris: onisciência de Deus ninguém conhece, só sabemos o que não é a onisciência;
- O Império Romano precisa ser visto sobre o prisma do helenismo;
- O Evangelho sofrendo inculturação grega se modifica principalmente no que concerne as terminologias e conceitos, pois, o contexto helênico é totalmente diferente do judaico. Ex: João – Logos e que o Evangelista propõem uma reinterpretação do conceito de Logos;
- A educação está estritamente ligada à cultura, pois, a transmissão desta (socialização) se dá através da educação.
- No contexto helênico e judaico, se dá no lar, ele é oral.
- Foco maior no judaísmo (hoje) memorização da Tora.
- Tertuliano foi o grande tradutor dos conceitos cristãos do grego no NT para o latim utilizado em Roma.
- Procura vocábulos que estão associados à linguagem jurídica, justiça, absolvição, condenação, pena, imputação, culpa, crente (réu) x Deus (juiz) x Jesus (advogado).
- O evangelho não existe separado dos contextos culturais, ele sempre está ligado e se encerra em direitos culturas;
- Âmago do Evangelho, Deus se torna humano e estes têm características culturais.
- Mundo helênico – tentam explicar a fé cristã sob termos filosóficos;
- Missio – envio de uma tropa;
- Tradução semítica – envio de uma tropa;
- Tradução grega: imortalidade.
- Objetivos de educação na Antiguidade (humanitas) modo de ser baseado nas virtudes históricas, domínio próprio, coragem, justiça, temperança, personalidade virtuosa para alcançar a realização de vida.
- Sem tal educação seria impensável (Cassiodoro) – estudo das artes liberais: gramática; retórica, dialética, aritmética, geometria, música, astronomia.
- Agostinho procura estabelecer educação baseada na Escritura sagrada, a bíblia é o espelho diante do qual as pessoas devem se colocar.
- Cada pessoa será vista como tendo direito à educação religiosa e moral, inclusive as meninas.
- Id. Média: educadora (mosteiros) influenciam pedagogos, coberta da criança.
- Criança compreendida como criatura com personalidade própria.
- Não há separação entre instalação e educação (os professores são ao mesmo tempo mestres e pastores).
- Na Renascença procura-se retomar os valores humanitas (antiguidade), no entanto de uma maneira bastante crítica.
- Diálogo entre cristianismo e a cultura clássica
- O cristianismo (oriental) tinha pouco e com a sabedoria clássica (grega).
- O cristianismo não conseguiu se isolar do contexto cultural dominante, citado sempre eruditas e intelectuais se convertendo ao cristianismo.
- Clemente de Alexandria (160-220). Atenas: educação na filosofia grega, freqüentou a Escola de Panteno (Academia de Alexandria) se tornou grande centro de estudos superiores. A razão para ele é a base fundamental do conhecimento humano, mas precisava ser iluminada pela fé.
- Pedagogo: é dirigido aos neófitos, 1º tratado de educação Cristã no Mestre (Logos) quando o Logos encaminha as pessoas à verdade ele se torna o logos pedagogo, quando ensina a verdade se torna (diasko);
- 3 partes principais do Pedagogo:
1) Conseqüência da pedagogia aprendida pelo Logos;
2) Traz as conseqüências morais de ensino;
3)
- Como as pessoas aprendem do Cristianismo, podem se avaliar e aplica-las a seus diferentes cultos: alimentação, sexualidade.
- Por meio da Escritura sagrada que Deus se apresenta como pedagogo às pessoas;
- Orígenes fundou em Alexandria lugar voltado à educação;
- Estudantes deveriam conhecer artes liberais, conhecer a filosofia antes da exegese e da filosofia;
- Juliano, o apóstata proibiu o magistério para os cristãos, pois, eles achariam que as narrativas de Homero e outros são do diabo?
- Agostinho (354-430) morreu em Hipona (Argélia) teve formação clássica;
- Juliano, o apóstata proibiu o magistério para os cristãos, pois, eles achariam que as narrativas de Homero e outros são do diabo?
- Agostinho (354-430) morreu em Hipona (Argélia) teve formação clássica pagã (maniqueísta) se converteu ao cristianismo por influência de Ambrósio de Milão (mão Mônica), seu batismo aconteceu com 33 anos. A partir de Agostinho o cristianismo passa a ser visto como meio de disciplina e a pedagogia como meio de contemplação.
- De magistro (Cartago 389) – Quer educar seu filho Adeodato (16 anos) quer transmitir ao seu filho princípios religiosos sem negligenciar a instrução da Escola, 1º ponto que se preocupa é a linguagem. Adeodato é interlocutor (inteligente – sabe argumentar);
- Não se sabe quem ensina e quem aprende. Dividido em 14 capítulos em que são tratados vários termos, linguagem, sinais, Cristo (como verdade) que ensina a pessoa anteriormente.
- Só se aprende Cristo por experiência pessoal (interior); é Deus quem dá esta possibilidade, esta possibilidade or); peris, Cristo (como verdade) que ensina a pessoa anteriormente ia como meio de contemplaç o logos é responsa.
Aula 5: 20/03 - Experiência cristã e educação na Idade Média
1. Séculos VI a VIII
1.1 Vínculo com a educação formal antiga;
1.2 Surgimento das escolas cristãs – as escolas monásticas do séc. VI;
1.3 Escolas paroquiais e diocesanas
1.4 Os mosteiros como centros referenciais nos séculos VII e VIII;
1.5 Métodos pedagógicos cristãos;
1.6 A formação de pessoas leigas;
2. A era Carolíngia (séculos IX e X)
2.1 – Política escolar dos reis carolíngios;
2.2 – O plano de estudos das escolas;
1.1 – Vínculo com a educação formal antiga;
- Procura-se incorporar a educação grega clássica;
- Mudanças (germânicas invasores bárbaros), a forma de educação se perpertuou;
- Ostrogodos (Itália);
- Vândalos (Cartago – norte da África);
- Na Gália e na Espanha as escolas desapareceram, no entanto, na nobreza permanece a formação clássica (grega) até o século VII;
- Estudo objetivava se tornar honrado e distante também dos conquistadores;
- Boécio (manutenção da tradição aristotélica – com elementos cristãos), propõem renascença helênica no sentido de preservarmos os laços com o pensamento oriental;
- presente risco de descaracterização pela influência dos bárbaros,procurando manter vínculo com o Oriente;
- No entanto, o Grego no Ocidente acaba caindo no esquecimento , como também as disciplinas clássicas (Aritmética, Música, Astronomia, Geometria);
- Trivium: lógica (dialética), retórica, gramática, língua);
- Quadrivium: Aritmética, Geometria, Astronomia, Música;
- O trivium é voltado ao ordenamento do pensamento e linguagem;
- Quadrivium é voltado ao estudo das coisas da análise das coisas ao redor;
- Cassiodoro (expoente da igreja ocidental 490-581, fundou escola teológica na cidade de Roma com o objetivo de preservar a literatura clássica e prestar serviço às pessoas (semelhante à escola de Orígenes em Alexandria e outra na Pérsia);
- Estas escolas tinham objetivo dos cristãos aprenderem a se expressar e compreender melhor as escrituras.
- Justiniano (séc. VI) decide reconstruir o Império e avançar com suas tropas no Ocidente. Ele consegue conquistar Roma e renovar as escolas urbanas.
- Nesse contexto é importante Gregório Magno (Patrística) último grande Pai da Igreja foi Papa, era filho da aristocracia romana, tendo formação erudita (gramática (retórica) depois de sua conversão e ida ao monastério, se torna hostil às línguas clássicas que estejam voltadas apenas à erudição;
- Para ele o estudo de tais línguas deve preparar as pessoas para compreensão das Escrituras Sagradas. Bispo deveria se mostrar engajado na formação religiosa, clero.
1.2 Século VI – surgem escolas cristãs (nasceu nos mosteiros);
- Inicia-se na época de Gregório Magno, assim há uma dissolução da estrutura escolar da antiguidade, devido ao domínio político novo que não conhecia tal estrutura, assim os cristãos fundam estas escolas.
- Ocorre discussão no curriculum: por que estudar obras de gentios? (Tácito, Cícero). Se poderia deixar os cristãos mais fracos, ou quem sabe para que a retórica latina? Se o povo não entende.
- Nesse ponto há verdadeiros reformadores educacionais, que se deixam levar pelos ideais monastérios (regra de São Bento), modelo para outros, determinava-se que os monges deveriam aprender a ler os Salmos, era a grande referência;
- Havia como objetivo a memorização dos Salmos, assim os monges tinham que ler integralmente nesse período.
- O ascetismo era uma das grandes características dos mosteiros, fugacidade, vida simples, austera, com o objetivo de maior facilidade conseguir energia na realidade de Deus.
Aula 6: 3/04 – As Universidades na Cristandade Ocidental
1. Os “studia generalia” surgimento e formação;
2. Os “studia generalia” e as ordens monásticas;
3. A educação nos colégios;
4. A crise das universidades nos séc. XIV e XV;
5. A formação de pessoas leigas no fim da Idade Média;
5.1 As “escolas menores”
5.2 Livros pedagógicos
5.3 Educação religiosa
- As Universidades surgem à partir de escolas cristãs (ligadas à ordem monástica);
As “studia generalia” (origem das universidades);
- Instituto de formação básica dos monges em determinada ordem religiosa (dominicanos, franciscanos, beneditinos).
- Tomás de Aquino (dominicano); Don Scotus (franciscano); Guilherme de Occam (franciscano); Lutero (agostiniano)
- Havia monges que se tornavam sacerdotes, mas nem todos.
- No final do séc. XII o número de alunos e professores cresce e houve rivalidade e enfrentamento com as autoridades, reorganiza-se o estudo na Europa;
- Studio generalia – escola superior que concede títulos com concordância das autoridades seculares e do papado;
- Os títulos eram chamados de privilégio de estudo (valiar em outras Studio generalia);
- Algumas escolas (municipais) também começaram a exercer tais diplomas (como os mosteiros), às vezes até mesmo conseguindo autorização papal.
- A universidade vai se constituir como uma corporação de professores e estudantes;
- Com o passar do tempo as escolas vão sofrer com as autoridades eclesiásticas, e assim, professores e estudantes vão se organizar em espécie de cooperativa (rígido processo de aceitação);
- A primeira instituição neste termo foi fundada em Bolonha (Direito) e depois também em Paris;
- Bula 1231 reconheceu privilégios e estatutos da Universidade de Paris, 1229 (do papa) foi fundada Universidade de Toulouse, com o fim de combater heresias (albingenses). Paris serve de modelo para outras Universidades – Oxford (Inglaterra) e Salamanca (Espanha);
- No século XIII já existira cerca de 20 universidades, algumas continuaram mas outras não.
- Os estudantes se dividiam em faculdades (nações) – Direito canônico, Medicina e Teologia, além da de Artes;
- Intelectuais costumavam fazer faculdade de arte.
- Em Paris havia 4 nações: franceses, picardos, normandos e ingleses.
- Quem dirigia a Universidade era o reitor; em Oxford era o chanceler (tinha que ser professor de Teologia) – divididos em do Norte e do Sul; em Bolonha havia 15 nações;
- Para o ingresso era necessário saber o latim, mas principalmente ter posses;
- Lutero recebeu bolsa para doutorado em Wittemberg do príncipe, mas depois, teria que dar aulas.
- Sinete = carimbo (selo) da Universidade, marca folha de papel com relevo e era dado pelo papa;
- Modalidade de ensino nas Universidades (1)Collatio) – aulas expositivas;
2) lectio: aulas que são ministradas;
3) lente: aquele que lê determinado conteúdo;
4) glossa: principais obras da Idade Média, comentários feitos ao texto pelo professor;
- questiones: debates sobre a questão.
- O professor formula teses, entregava para os estudantes, e os mesmos tinham que defender, do contrário, se não fosse bem defendido, o professor intervinha (disputatio).
- Havia temas preferenciais propostos em que se realizavam debates (2 no ano – Páscoa e Natal).
- O desenvolvimento da Escolástica (ciência Idade Média) se dá na Faculdade de Artes e Teologia.
- O estudante poderia alcançar – baccaralis, magister, doctor;
- O baccaralis só podia lecionar sob a supervisão do magister;
- O magister tinha a licença para ensinar e tinha que ter 2 anos;
- doctor: recebia título por exame público e também é aquele que poderia ter acesso à cátedra.
- cátedra (topo) – os doutores supervisionavam os magister, baccaralis.
- O professor dispunha de livros, e fazia com que alunos copiavam;
- Grandes Universidades, escrivães escreviam preleções de professores;
- Os textos eram alugados, havia cópia com permissão;
- Manuais facilitavam estudo (gramática, lógica, retórica).
- Melanchton foi grande escritor de manuais, sendo que muitos foram usados até o séc. XVIII, inclusive em Universidades Católicas. Incorporou a escolástica (Aristóteles) revisou todos os textos latinos;
- Os jesuítas se destacavam na produção de materiais (manuais) até o séc. XIX.
- Muito dos conteúdos eram memorizados, devido ao alto custo dos pergaminhos;
- A vida estudantil da época é conhecida através de cartas, sermões, poesias críticas, bolhandos (poetas vagabundos) crítica aos estudantes;
2 . Os “studia generalia” e as ordens monásticas;
- Os monges eram avessos aos estudos das artes liberais, diziam que eles não deveriam aprender estudo profano, artes.
- Francisco de Assis era avesso ao estudo acadêmico, há a idéia de pobreza espiritual (não se coaduna à erudição).
- Com o tempo as ordens religiosas incorporaram os estudos, devido a seus estudantes fazerem o mesmo.
- Inclusive Congregação cristã, início da Assembléia de Deus não se queria estudar.
- Com o passar dos tempos dos dominicanos e franciscanos chegam na universidade e entram em conflito com o clero secular (padres, bispos);
- Há sacerdotes que não são de ordem religiosa;
- Professores famosos: Tomás de Aquino e outros reúnem número grande de alunos.
- Em pais membros do clero secular reagem a isso; a atividade docente dos monges acaba tendo respaldo do rei e do papa.
- A maioria dos formados para sacerdotes eram oriundos de ordem.
- Com o tempo o corpo docente passou a ser formado por pessoas ligadas a essas obras.
- Universidades espontâneas: Chamam-se assim, pois, nascem de escolas: Chamam-se assim, pois, nasceu de escolas pré-existentes. As de Paris e de Bolonha são exemplos de Universidades espontâneas.
- Universidades criadas: são aquelas que de fundação que definia a priori seus estatutos e privilégios. Porém, no séc. XIII tais Universidades tiveram resultados medíocres em relação as espontâneas, somente nos séculos XIV e XV.
Aula 7: 10/04 – Lutero e sua repercussão na educação
1. Termos relacionados à educação e seus usos. Fingere, formare, escolare, perpolina, erudira, eruditio.
2. Concepções pedagógicas fundamentais
2.1 Erasmo de Roterdã
2.2 Martinho Lutero
- Formatio – estava relacionado ao renascer religioso da pessoa. Não existe termo educação como hoje, alguma expressão que cubra o significado de educação de hoje, isso no alemão da época. Mas em latim tem.
- O termo mais usado é o da erudição (eruditio);
- O 1º sentido é como alguém alcança a erudição, estudando a tradição (processo);
- O 2º sentido é o resultado alcançado pela pessoa em decorrência desse processo (se torna eruditio);
- O 3º uso faz referência aos conteúdos;
- Mas muitos autores não consideravam o termo eruditio suficiente, fazendo uso de eloquentia, pois, não adianta a pessoa ter conhecimento e não ter a capacidade de difusão e convencimento de conhecimento.
- Final do séc. XV, começo do séc. XVI, começo da Era Moderna. O grande movimento cultural e intelectual é o Renascimento (se relacionando com todas as manifestações de cultura).
- Dentro da Renascença se usa o termo humanismo para falar do estudo da humanidade (atual Ciências Humanas). Ele queria reviver, renovar o estudo das Ciências Humanas (clássicos grego, romano, Aristóteles, Platão, Sêneca, etc.). Assim, esses grandes filósofos e literários foram re-estudados e re-interpretados.
- Lutero tem formação humanista.
- Foi uma época de choques entra concepções pedagógicas, e ao mesmo tempo vemos que os atividades da Igreja em termos de educação não vive sem concepções da antiguidade;
- A partir do séc. XVI começa a se substituir um ideal da humanidade por um conjunto de doutrinas. (Era Confesional – Reforma x Catolicismo, Calvinista x Luteranos).
- Nisso, o objetivo da educação passa a fazer com que a pessoa se identifique com um grupo religioso.
- Em que medida aquilo que é cristão pode ser modificado pelo Humanismo;
- Erasmo de Roterdã – visitou e viveu em vários lugares, como a Inglaterra;
- Na época que vivia na Inglaterra resolveu-se dedicar à Teologia sendo ele humanista.
- Erasmo queria uma Reforma da Igreja, sendo que entendia que esta deveria acontecer através de uma erudição cristã e humanista, pois através disso, a Igreja vivia a ser renovada.
- Paidea Grega: pela educação que o ser humano se tornou humano. A instrução nas artes liberais é descrito como cultura da alma, por meio de desenvolvimento de atos nobres, literários, ética. Por tudo isso, haveria refinamento, cultura.
- Através da educação se leva uma pessoa a se tornar educação e através desta a pessoa se torna sábia nas questões humanas e nas questões divinas.
- Erasmo (influenciado pela idéia acima), acha que o ser humano é influenciado pela educação formal e diz que “As pessoas não nascem, mas são formadas”.
- Por um lado Erasmo se refere ao ser humano como uma massa sem forma, e apenas pela educação ele assume a forma humana.
- Desta a bondade do ser humano mesmo sem a educação; em outros textos ele achava que alguém por natureza tinha algo que fosse para o mal.
Aula 8: 17/04 – Melanchton e sua repercussão na educação
- Nasceu em 1479 e morreu em 1560;
- Influência do Humanista João Renchlin.
- Entrou em choque com os dominicanos que exerciam a inquisição;
- Os humanistas costumavam traduzir o nome ou para o latim ou para o grego.
- Melanchton propõem mudanças na educação para os jovens;
- Melanchton casa devido aos constantes problemas de saúde;
1528 = visitações, comissões feitas pelo príncipe eleitor da Saxônia, para fazer visitações às Igrejas. Melanchton faz o documento “Instrução dos visitadores” (v. 7 OS)
- Principal documento confessional do séc. XVI, tem reconhecimento como confissão de fé ecumênica pela Igreja Católica (Confissão de Augsburgo);
- 1530 – Assembléia de Augsburgo;
- Melanchton sempre se destacou pela capacidade de redigir documentos de grupos com diferentes pontos de vista;
- Dizem que os escritos de Melanchton e sua contribuição foram mais decisivos para a Igreja evangélica do que os de Lutero.
- Loci Communes 1521
- Divisão temática de Melanchton;
- Gramática e Livros didáticos;
- Manuais de lógica e retórica;
- “Loci theologici” (1521, 1535, 1543-1559);
- Comentários bíblicos e edições de textos bíblicos;
- Comentários e edições de autores latinos;
- Edições, traduções, e comentários de autores gregos;
- Obras de Ética, Política e Direito;
- Obras de Antropologia e Física;
- Obras de História e Geografia;
- Obras polêmicas, e de história contemporâneas;
- Tratados de Doutrina e Praxe-eclesiástica;
- Escritos acadêmicos (declarativas, orationes);
- Poesias
Sumário
1. Introdução
- Vida e Obra
2. Melanchton e a educação/pedagogia
A. Compreensão de pedagogia;
B. Essência de educação;
C. Objetivos pedagógicos;
D. Compreensão do ser humano;
E. Formação lingüística;
F. Educação Moral;
G. Educação Religiosa;
H. Princípios didáticos;
I. Organização escolar;
J. Professores
3. Repercussão das idéias de Melanchton sobre educação/pedagógica;
2.A. Compreensão da pedagogia
- Artes (ciências) – pedagogia;
- lógica – pensamento
- gramática, dialética e retórica
- Orientadores – comportamento, filosofia moral, história, literatura;
- Melanchton traduziu dos livros apócrifos, assim como Lutero, assim, a 1ª Bíblia Evangélica tinha os livros apócrifos.
- O pedagógico de Melanchton pertence as artes liberais (ciências);
- Educação está no contexto antropológico, é o que diferencia o ser humano dos animais;
- Educação: Honra, Honestidade e Pobridade;
- Para ele fé é um vínculo entre educação e religião;
- Educação (1ª disciplina externa) moldar os jovens: orientação, elogio, premiação, treinamento.
b) instrução, ensino, compreensão das coisas, uso que se pode fazer das coisas;
- Estudo das letras (línguas), pois, com o estudo de uma língua se abre todo o universo;
C – Objetivo pedagógico – formação (eruditio), vida de fé.
- A vida de fé é imprescindível e a formação intelectual se apóia mutuamente, quando uma se desenvolve a outra é engrandecida.
- A formação cria sensibilidade quanto a dimensão mais profunda (sentido da existência);
- Centro da formação deve estar nas letras;
- O ideal do ser humano: que há hierarquia:
1) Razão com propriedade (qualidade de pessoas) que orienta todas suas capacidades, e que se baseiam nos princípios éticos;
2) Vontade que deve estar subordinada à razão e que dirige toda a vida afetiva da pessoa. A vontade deve estar submetida à razão, pois, em algumas situações é preciso ter limite.
- Também o Evangelho exige da pessoa um modo de vida civilizada.
- Sem as letras a Igreja não consegue florescer, por isso, teólogos também devem ter formação sólida nas Artes Liberais.
- A preocupação de Melanchton é com as escolas e com a Igreja;
- É fundamental também o estudo da dialética (filosofia), Aristotélica, porque, na Teologia é preciso formular conteúdos claros e que sejam ordenados teologicamente.
- O que mais ameaça uma Igreja é um ensino ruim.
Formação Lingüística
- Linguagem (instrumento mais importante do espírito), quem tem dificuldade de expressão e de entendimento (tem mal dissernimento);
- prudência e eloqüência estão interligadas;
- Nada é mais difícil do que se expressar de maneira precisa e clara.
- Com muita freqüência a verdade é perdida quando a língua é mal usada.
- Toda formação científica deve estar embasada na linguagem;
- Apenas quem escreve pode avaliar outro que escreve;
- Melanchton dá maior importância para o latim (princípio da alfabetização, leitura e escrita);
- O latim (uso diário), grega (paixão de Melanchton);
- Todos deveriam aprender o grego, porque é sagrado;
- Texto grego (abençoado, bonito, elegante).
- Agir corretamente, depende das virtudes que são hábitos que levam a pessoa a se inclinar à obediência das virtudes.
- hábito = exercício, costume.
- Ensino: fundamental para ação ética;
- Melanchton sabe que a pessoa às vezes é afetada por sentimentos negativos, que podem ser compensados por sentimentos positivos.
2 H. Princípios didáticos:
1) Ênfase na motivação primeira;
2) Não-dispersão;
3) Sistematização coerente;
4) Respeito para capacidade de assimilação;
- Uma pessoa só se dá bem no ensino se interessar-se pelo assunto e não meramente com o dinheiro ou fama;
3. Repercussão sobre educação/pedagogia
1) Diferenciação clara entre pregação e educação;
2) compreensão da fé;
3) Pedagogia moral e pedagogia religiosa;
4) Base geral para Ciências específicas;
5) Importância do estudo de línguas;
- Todo o estudo de Teologia tinha que estar fundamentado na filosofia;
- O Evangelho não pode se transformar em um instrumento de moralização.
- Para Melanchton a educação não pode ser encarada como caminho para a salvação.
- A educação pode ser perniciosa ou até mesmo promover a fé de alguém;
- Preciso compreender a fé com base na instrução que se tem;
- A perspectiva ética pode motivar à ação.
- Não se pode relacionar os conhecimentos se só estudar a Bíblia, por isso, deve-se agregar conhecimento histórico, antropológico, sociológico.
Cont.
- Juliano, o apóstata proibiu o magistério para os cristãos, pois, eles achariam que as narrativas de Homero e outros são do diabo?
- Agostinho (354-430) morreu em Hipona (Argélia) teve formação clássica pagã (maniqueísta) se converteu ao cristianismo por influência de Ambrósio de Milão (mão Mônica), seu batismo aconteceu com 33 anos. A partir de Agostinho o cristianismo passa a ser visto como meio de disciplina e a pedagogia como meio de contemplação.
- De magistro (Cartago 389) – Quer educar seu filho Adeodato (16 anos) quer transmitir ao seu filho princípios religiosos sem negligenciar a instrução da Escola, 1º ponto que se preocupa é a linguagem. Adeodato é interlocutor (inteligente – sabe argumentar);
- Não se sabe quem ensina e quem aprende. Dividido em 14 capítulos em que são tratados vários termos, linguagem, sinais, Cristo (como verdade) que ensina a pessoa anteriormente.