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QUEM É O ESPÍRITO SANTO?
CREIO… NO ESPÍRITO SANTO
“Creio... no Espírito Santo”
Existe uma realidade espiritual? O Espírito Santo existe? Quem é ele? Qual é a Sua importância em nossa vida? Estas são algumas das perguntas que muitos fazem.
Reflitamos sobre o tema proposto.
Sabemos que a limitação e finitude são características do ser humano pecador. Devido a esta realidade, o homem não consegue entender os mistérios de Deus.
Mesmo sendo limitados, os cristãos podem afirmar a respeito da existência e realidade do Deus Trino (três pessoas em um só Deus), em linguagem muito simples: Deus Pai está acima e infinitamente além de nós, Deus Filho (Jesus Cristo) está ao nosso lado, como Salvador, e Deus Espírito Santo está em nós.
O Espírito Santo está em nós. Reflitamos sobre esta verdade.
A inteligência humana se debate com várias questões ao longo dos tempos. Uma delas é proposta pela epistemologia, que é a filosofia ou a teoria do conhecimento. Este ramo da filosofia estuda a origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento humano. Durante séculos, filósofos debateram o significado de realidade, o que é real e o que não é real. Alguns deles insistiram em que apenas as coisas materiais são reais. Outros entenderam que a única realidade é a espiritual. No entanto, a Bíblia nos informa que tanto as físicas como as espirituais são reais. Há duas realidades, a natural e a espiritual. Ambas são reais, existentes.
No reino da realidade física, a conquista e o domínio da sabedoria depende em grande parte da capacidade mental do homem. Alcançam sabedoria mais elevada, normalmente, aqueles que têm poderes e atributos intelectuais e habilidades superiores aos demais, devido à boa educação e instrução escolar, além de um amplo treinamento e experiências adquiridas ao longo de suas vidas de atentos observadores.
Este, no entanto, não é o caso do reino da realidade espiritual. Aqui lidamos com uma sabedoria superior, a qual não é encontrada, necessariamente, entre os homens letrados e sábios do mundo. Um homem pode estar intelectualmente bem dotado para entender e resolver questões científicas. Pode também ser uma autoridade em conhecimentos políticos e históricos, e, ao mesmo tempo, ser uma nulidade ou totalmente ignorante a respeito da “sabedoria que não é deste mundo”.
Uma elevada inteligência e uma boa educação secular de maneira nenhuma são impedimentos para que alguém adquira a sabedoria espiritual, mas também não são nenhuma garantia ou condição imprescindível para obtê-la. Quando Deus, em sua misericórdia, revelar a sabedoria que é “lá do alto”, então os sábios do mundo reconhecerão que anteriormente eram cegos e tolos em questões espirituais (Ap 3.17). Neste ponto é bom abrir a Bíblia e ler o texto de 1 Co 1.18-25. Aqui o Ap. Paulo fala da mensagem da cruz e mostra um contraste entre a sabedoria humana e a sabedoria de Deus, a sabedoria espiritual. O Apóstolo conclui o texto, dizendo: “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens”.
Conhecimento espiritual, perspicácia espiritual e vida espiritual são coisas reveladas pelo Espírito Santo. Entendemos as verdades da Palavra de Deus e cremos em Cristo, não porque somos melhores, mais sábios ou mais religiosos do que outros, mas porque Deus agiu em nós com o Seu Espírito, capacitando-nos. “Ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo” (1 Co 12.3). Conhecimento e perspicácia espiritual são dons (presentes) do Espírito Santo. Conhecemos e cremos em Cristo somente porque o Espírito Santo interveio em nosso mundo e na vida de cada um de nós. Ele mora em nós e é o poder espiritual em nós. Somente assim somos capazes de crer e de compartilhar com as pessoas a nossa fé e esperança em Jesus Cristo.
Como é bom que Jesus prometeu e enviou o Espírito Santo! “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador (o Espírito Santo), a fim de que esteja para sempre convosco” (Jo 14.16). Jesus ainda disse: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim; e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio” (Jo 15.26-27). No dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi dado em medida especial aos discípulos. A partir de então, eles testemunham vigorosamente e a igreja cristã cresceu no mundo. Tudo isto somente foi possível porque o Espírito Santo os firmou na fé e os capacitou para testemunharem a respeito da salvação em Jesus Cristo. “Todos ficaram cheios do Espírito Santo” (At 2.4).
O Espírito Santo habita em cada cristão: ”Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1 Co 3.16). E em 1 Co 6.19: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”.
Quem é o Espírito Santo? Ele é Deus, como o Pai é Deus e o Filho Jesus Cristo é Deus. São três pessoas em um só Deus.
Já vimos nos estudos anteriores que o Pai é Deus e que Jesus Cristo é Deus (1 Jo 5.20). A divindade do Espírito Santo também é claramente ensinada nas Escrituras Sagradas. Por exemplo, em At 5.3 o Ap. Pedro, falando com Ananias, diz: “Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo?”. Logo adiante, no v. 4, Pedro diz: “Não mentistes aos homens, mas a Deus”. Fica claro, então, que o Espírito Santo é Deus. Além disto, encontramos inúmeras passagens bíblicas que atribuem ao Espírito Santo qualidades que só pertencem a Deus. São provas inequívocas da divindade do Espírito Santo. (Ver questões para debate).
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Questões para debate
1. Qual é a importância do Espírito Santo na vida do cristão?
2. De acordo com 1 Co 6.11, qual é a participação do Espírito Santo no processo de salvação do cristão?
3. Que qualidades divinas são atribuídas ao Espírito Santo nos seguintes versículos: 1 Co 2.10 e Sl 139.7-10?
4. Analisando 1 Co 6.19-20 e Ef 2.10, qual deve ser o tipo de vida dos cristãos aqui no mundo?
CREIO… NA SANTA IGREJA CRISTÃO, A COMUNHÃO DOS SANTOS
“Creio... na Santa Igreja Cristã, a comunhão dos santos”.
Santa Igreja Cristã
Livros, revistas e jornais das diversas igrejas apresentam idéias conflitantes a respeito do tema proposto. Porém, o que interessa é a verdade bíblica, sintetizada no Credo Apostólico.
Como ponto de partida, precisamos distinguir claramente entre igrejas e a igreja. Quando nos referimos à Igreja Católica Romana, à Igreja Luterana, à Igreja Presbiteriana ou a outra qualquer, falamos de igrejas. Quando falamos na verdadeira igreja católica (no original: católica = universal), falamos da igreja.
A igreja abrange a comunhão de todo o povo de Deus, isto é, de todos os que têm a fé verdadeira em Jesus Cristo, como Salvador e Senhor. A Escritura Sagrada fala deste povo como sendo o corpo de Cristo, do qual Jesus é a cabeça. Todas as pessoas que estão Nele pela fé e amor, também estão unidas numa maravilhosa comunhão cristã, num companheirismo cristão. São pessoas que crêem em Jesus Cristo, que se apegam à conquista de Cristo na cruz do Calvário e na mensagem da sepultura aberta na Páscoa. Todos estes são filhos de Deus e, por isso, também receberam a condição de irmãos entre si, formando a maior e mais abençoada fraternidade na terra.
Não encontramos esta comunhão em nenhum outro lugar porque é uma comunhão baseada em fatores completamente diferentes dos que ordinariamente unem pessoas em grupos sociais. Estamos unidos uns com os outros na igreja não porque somos colegas de trabalho ou de estudo, ou porque somos da mesma faixa etária, ou porque temos os mesmos interesses sociais ou econômicos, nem mesmo porque somos todos luteranos. Estamos unidos uns com os outros porque somos irmãos em Cristo. Na igreja de Cristo encontramos as pessoas que abraçam a mesma fé verdadeira, sem desvios da Palavra de Deus, que compartilham as mesmas necessidades espirituais, que vivem na mesma esperança e têm os mesmos propósitos de vida.
Pertencemos à igreja de Jesus Cristo. E é por isso que nos unimos com os companheiros de fé em uma igreja cristã visível. Convivemos em unidade de fé e comunhão cristã. Esta comunhão faz nossa participação da igreja local ser tão significativa. Nos envolvemos com a vida e o trabalho desta igreja. Vamos à igreja, ofertamos e a servimos, não porque encontramos lá pessoas que se identificam conosco em algum aspecto social, econômico ou político. Também não vamos à igreja para encontrar pessoas respeitáveis e perfeitas. Na igreja encontramos pessoas que, como nós, estão preocupadas com seus pecados, que necessitam da graça divina e que entregam suas vidas aos cuidados do Pai amoroso e que crêem que Jesus Cristo é o Salvador e Senhor de suas vidas. Pessoas que têm o propósito de se unirem num esforço coletivo de levar o Evangelho de Jesus Cristo ao mundo, numa ação corporativa e cooperativa.
A igreja, ou a nossa congregação, passa a ser muito importante para nós quando temos estes pensamentos e esta mentalidade.
Não existe outra comunhão mais profunda do que esta na face da terra. Como é maravilhosa a verdadeira comunhão de cristãos! É na igreja local, nas suas programações coletivas, que é promovida a melhor e mais proveitosa comunhão do mundo.
Comunhão dos santos
Acreditamos na comunhão dos santos. Os cristãos são santos, sim! Não são santos porque são perfeitos e sem pecados, mas porque são santificados pela graça do perdão de Deus, pela obra de Jesus Cristo. Por isso, a igreja é a comunhão dos santos. Nós cristãos somos um povo santo, graças a Deus.
Isto não significa que os cristãos têm alcançado a perfeição. Absolutamente não! Continuamos sendo atormentados com a imperfeição. Estamos constantemente envolvidos com pecados, seja de ação ou de omissão. Enfrentamos problemas morais. Somos pecadores, sim! É por isso que o cristão busca diariamente o perdão através do arrependimento e fé no Senhor Jesus. Porém, somos pecadores redimidos, perdoados e tornados santos pela graça de Jesus Cristo. Então, esta santidade que temos não vem de nós mesmos, mas é algo que recebemos gratuitamente de Deus.
Santos são todas as pessoas, vivas ou já falecidas, que foram purificadas pelo perdão de Cristo, como diz o texto bíblico: “...e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7).
Em alguns segmentos da igreja (igrejas organizadas) os santos têm sido erroneamente promovidos a uma posição de deificação e adoração. Em outras áreas da igreja cristã, não são suficientemente reconhecidos e vivenciados o significado e a importância da santificação dos cristãos. Neste caso, as pessoas não se sentem resgatadas do pecado e, por isso, não desenvolvem uma vida santificada como Deus espera. Nenhum destes dois casos está em harmonia com da vontade de Deus.
Todos os santos de Deus, os que já morreram e os que ainda vivem, formam uma magnífica e gloriosa comunhão ou associação. Somos todos membros do corpo de Cristo, indistintamente. A única diferença entre os cristãos é que, enquanto vivos, fazem parte da igreja militante, ainda lutando contra os pecados, enfrentando muitos problemas, dificuldades e males de nosso mundo. Os que morreram, no entanto, já passaram da igreja militante para a igreja triunfante, onde eles agora descansam de seus labores, onde eles têm deposto suas armas de batalha e têm recebido a coroa da vida eterna. Estes estão louvando e servindo a Deus por toda a eternidade.
A condição eterna dos salvos serve de encorajamento ao encararmos as lutas da vida cristã aqui no mundo. Mesmo quando as tentações procurarem nos desviar da comunhão com Deus e com os irmãos, Deus está conosco. O Apóstolo Paulo garante: “...Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Co 10.13).
Os santos que agora estão na igreja triunfante também passaram por dificuldades e lutas rigorosas, semelhantes às que estamos enfrentando hoje. Eles lutaram com a fé e foram vencedores. Permaneceram “fiéis até a morte” e receberam a “coroa da vida” (Ap 2.10). Agora estão desfrutando da vitória do Salvador Jesus Cristo pela humanidade. Sejamos nós firmes e fervorosos na fé para que um dia compartilhemos com eles a coroa da vida, herdada gratuitamente pela graça de Jesus Cristo.
Na eternidade estaremos numa comunhão perfeita com Deus e todos os salvos. É a glória eterna que Jesus para os seus filhos!
Oração
Querido Pai, graças te damos por nos aceitares como teus filhos, pela graça de Jesus. Enche-nos com o teu Espírito e nos purifica com o teu perdão. Auxilia-nos, por favor, para que permaneçamos sempre em comunhão contigo e com os nossos irmãos.
Auxilia-nos para que nossa vida de serviço a ti e à igreja seja aperfeiçoada pela ação de tua Palavra e teu Espírito em nós.
Mantém-nos em estreita comunhão e solidariedade com os irmãos. Abençoa o trabalho corporativo e cooperativo de tua igreja.
Estamos diante do teu trono, em nome de Jesus Cristo, nosso Salvador. Amém.
Questões para debate
1. Qual é a importância da comunhão dos cristãos na igreja?
2. Quais sãos as dificuldades que impedem o incremento da comunhão cristã na igreja?
3. Como superar as dificuldades e aumentar o trabalho corporativo e cooperativo?
CREIO… NA REMISSÃO DOS PECADOS
“Creio... na remissão dos pecados”.
Qual é a necessidade básica do homem? Sem dúvida, é o perdão dos pecados.
O perdão dos pecados é a mensagem central da igreja cristã. O Evangelho, que é a mensagem do amor de Deus, informa que Deus perdoa completa e gratuitamente todos os pecados da humanidade por causa da obra redentora de Jesus Cristo.
Ninguém de nós merece este perdão e não pode obtê-lo mediante qualquer esforço humano. A Palavra de Deus é categórica: “Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei” (Rm 3.28). No livro de Efésios é dito: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9). Esta é a natureza do perdão: sempre é um oferecimento gratuito do ofendido ao ofensor. Em outras palavras, o santo Deus oferece o perdão aos homens pecadores, através de Jesus Cristo. Em Ef 1.7, o Ap. Paulo informa: “No qual (Jesus Cristo) temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”. E no Salmo 103.10-13 é dito: “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem”.
O perdão é gratuito. Isto não significa que ele é barato. Custou nada menos do que o sacrifício de seu Filho Jesus Cristo, que deu a sua vida em pagamento de nossos pecados, para que acontecesse isto: “as iniqüidades são perdoadas, e pecados são cobertos” (Rm 4.7). O plano da salvação demandou o nascimento do Salvador em uma humilde manjedoura e a morte na horrível cruz. Esta obra removeu completamente a culpa dos pecados de toda a humanidade.
É lamentável que muitos rejeitam esta oferta graciosa do perdão de Deus e não crêem em Jesus Cristo como seu Salvador pessoal. Perdem, assim, a salvação eterna. Pois, somente é salvo aquele que tem o perdão de Deus através de Jesus Cristo.
A obtenção do perdão tem uma grande implicação, não somente na vida eterna das pessoas, mas também na vida terrena delas. Pensemos nisto, por exemplo, em termos da paz de consciência, da alegria e da saúde mental.
As pessoas gostam de alegar que a infelicidade é causada pelo ambiente em que vivem, onde tem que enfrentar dificuldades financeiras, conviver com situações de insegurança, conviver com a situação mundial instável, enfrentar tensões sociais adversas, carregar o fardo de doenças, etc.
No entanto, a maior infelicidade não é originada por causas externas, mas por uma causa interna. Consciente ou inconscientemente a pessoa sofre por abrigar sentimentos de culpa e remorso, por coisas que gostaria ter feito de maneira diferente em sua vida. Esta situação rouba a paz e felicidade da pessoa. Tenta encontrar alívio para as tensões internas. Muitos se lançam aos estudos, viagens, apelo às bebidas alcoólicas/drogas e visitas aos psiquiatras. E assim vivem, dia após dia, na angustiosa rotina da infelicidade, da insegurança e no descontentamento, sem alcançar aquela paz interna que almejam e que é tão importante para uma vida tranqüila, feliz e produtiva. Toda a busca pela paz e felicidade, alicerçada nestas coisas, é ilusória e conduz à frustração, porque elas não oferecem solução. O frustrado, então, reage diante de tudo oscilando entre a apatia e a agressividade, criando mais culpa, mais remorso e mergulhando cada vez mais fundo na infelicidade. Tudo isto acontece porque busca a paz e a felicidade em lugares e coisas erradas.
A Palavra de Deus nos conta que a causa geradora de toda a nossa infelicidade é o pecado. Concluímos, então, que aquilo que os nossos mais pesados fardos, na realidade, são apenas sintomas de nosso maior fardo, o fardo do pecado e da culpa.
A Palavra de Deus nos informa que não há necessidade de continuarmos carregando indefinidamente este fardo da culpa pelo pecado. É que Jesus Cristo, na cruz do Calvário, “tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si ... ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5-6). Foi lá na cruz que ele, ao morrer em nosso lugar, conquistou para nós e para toda a humanidade o perdão para todos os nossos pecados. Somente se entendermos e crermos nisto, estaremos aptos a encontrar a “paz de Deus, que excede todo o entendimento, (e que) guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus” (Fp 4.7).
“Justificados, pois, mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1). Amém.
Oração
Eterno e todo-poderoso Deus Pai, obrigado por teres enviado teu Filho Jesus Cristo para cumprir toda a lei, sofrer e morrer em meu lugar. Ele pagou a minha culpa diante de Ti. Mantém-me sempre com um coração penitente e confiante em tua graça. Dá-me o perdão de todos os meus pecados. Renova-me constantemente com a ação do teu Santo Espírito. Ajuda-me a aperfeiçoar a minha vida. A Ti seja toda a honra e glória. Amém.
Questões para debate
1. Leia o texto de 1 Jo 1.5-10 e responda:
a) O texto fala de um possível engano cometido por pessoas. Qual é este engano?
b) De acordo com este texto, qual é a condição para que se obtenha o perdão?
2. Leia Rm 6 e responda: Se perdão é dado por graça de Deus, sem a participação
do nosso esforço ou obras, podemos continuar pecando voluntariamente?
3. Em Lc 19.1-10 encontramos a história de Zaqueu. Observando os acontecimentos
dessa história, que tipo de vida leva uma pessoa que está feliz por ter sido
agraciada com o perdão e salvação em Jesus?
CREIO… NA RESSURREIÇÃO DA CARNE
“Creio... na ressurreição da carne”.
Sobre o que estamos falando ao confessar: “Creio na ressurreição da carne”? Referimo-nos a uma certeza específica dos cristãos. Não estamos dizendo que cremos meramente numa “imortalidade da alma”, numa desconhecida “vida futura” ou uma imaginária “existência pós-túmulo”. Qualquer pessoa, cristã ou não, acredita em uma mera sobrevivência após a morte terrena, sem ter noção e convicção clara sobre a realidade após a morte. Estas pessoas vivem em angústia permanente, pois não sabem o que os espera e como enfrentar a morte. Podem chegar ao desespero total.
No Credo Apostólico falamos da ressurreição do corpo. O Novo Testamento é absolutamente claro sobre isto. Veja o que diz a Palavra de Deus:
“Vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão” (Jo 5.28).
“Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12.2).
Estes e outros textos bíblicos fazem uma inequívoca referência à ressurreição do corpo. Os que morreram voltarão a viver como seres completos, com corpo e alma, após o Juízo Final.
Há pessoas que não crêem na ressurreição física. Acham que é impossível aceitar tal fato. Aceitam a idéia de que Deus é capaz de realizar um milagre espiritual, mas não crêem que pode fazer um milagre físico. Até chegam a aceitar a idéia da imortalidade da alma, mas não crêem na ressurreição do corpo.
Há outras pessoas que de maneira alguma aceitam o que contraria a razão humana. Pensam que Deus não é capaz de realizar o que eles não podem conceber e compreender pela razão humana. Consciente ou inconscientemente tentam reduzir Deus e o seu poder a tal ponto que caiba na limitada e finita compreensão humana. Desta maneira, Deus seria menor do que a razão humana, pois o conteúdo sempre é menor do que o continente. Um Deus que cabe na compreensão humana não seria Deus. O ser humano seria maior do que Ele. Na sua estultícia, estas pessoas ainda acreditam que Deus talvez seja capaz de manipular e reorganizar o hidrogênio, o oxigênio e o carbono, elementos dos quais são feitos os nossos corpos, mas ressuscitar os corpos dos mortos isto é inacreditável.
Nós cristãos cremos na ressurreição do corpo. Esta fé depende do conceito e do conhecimento de Deus. Se crermos que Deus é onipotente e que é capaz de “ressuscitar” uma semente de um cereal que foi plantada no chão, fazendo-a germinar e crescer, por que Ele não seria capaz de realizar o milagre da ressurreição do corpo humano? (1Co 15.35-49). Se Deus é capaz de dar vida a um ser humano no ventre materno, por que não poderia dar novamente a vida ao corpo humano, através de sua poderosa intervenção divina?
Cristo disse que, após a ressurreição, nós teremos um corpo semelhante ao dEle. Também sempre afirmou a verdade evangélica de que Deus nos ama com um amor infinito e perpétuo. Ainda declarou o seu interesse pessoal em cada ser humano em particular. Ele morreu na cruz e ressuscitou da morte por cada pessoa. E um dia, no Juízo Final, ressuscitará a cada um dos mortos e mudará o corpo corruptível dos cristãos em um corpo semelhante ao Seu corpo glorioso. Enquanto estamos nesta vida temos apenas uma compreensão falha de tudo o que Deus preparou para todos nós na ressurreição e na eternidade. Podemos estar certos, no entanto, de que a realidade pós-ressurreição será muito mais gloriosa, mais bonita e mais maravilhosa do que podemos imaginar com a nossa falha e finita compreensão.
Já no Antigo Testamento, o profeta Isaías, projetando a gloriosa ressurreição futura, afirma: “Os vossos corpos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho da vida, e a terra dará à luz os seus mortos” (Isaías 26.19).
Jesus fala: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5.28-29).
O Ap. Paulo, escrevendo aos Tessalonicenses, fala: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1 Ts 4.18). A quais palavras Paulo se refere? Às palavras que relatam a segunda vinda de Cristo, à gloriosa ressurreição dos mortos e ao arrebatamento dos salvos para estarem junto de Cristo para sempre! (Leia: 1 Ts 4.13-18). Que maravilhoso consolo! Que grande certeza Cristo nos dá. Creio nesta promessa! Sei que vou ressuscitar no grandioso dia da Segunda Vinda de Jesus Cristo!
Oração
Todo-poderoso e eterno Pai, eu te louvo e agradeço pela vitória de Jesus Cristo sobre a morte. Sei que Jesus Cristo morreu e ressuscitou para garantir o perdão, a salvação, a ressurreição e a vida eterna para mim e todos os que crêem Nele. Sei que todos os mortos ressuscitarão, crentes e descrentes, no dia da segunda vinda de teu Filho Jesus Cristo. Peço-te que me firmes na fé verdadeira e me mantenhas fiel a Ti. Não deixa que eu vacile em momentos de angústias e sofrimentos, especialmente quando a morte se aproximar. Quero viver contigo e para Ti. Mantém Teu Espírito Santo comigo e com todos os teus filhos. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
Questões para debate
1. Leia: 1 Coríntios 15.
2. Qual é a importância da ressurreição de Jesus Cristo para a pregação do Evangelho e a fé dos cristãos, de acordo com 1 Co 15?
3. Os ressuscitados terão corpos (1 Co 15.35-49)?
4. Qual será a diferença entre os corpos das pessoas vivas e os corpos dos salvos após a ressurreição? (1 Co 15.50-58).
- Qual é a orientação que o Ap. Paulo dá sobre a ressurreição em relação à vida prática do cristão? (1 Co 15.29-34).