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EXORTAÇÃO AO SACRAMENTO DO CORPO E SANGUE DE NOSSO SENHOR

Exortação ao Sacramento do Corpo e Sangue de Nosso Senhor.
Contexto Histórico
         Lutero escreveu este texto no ano de 1530. Nesta época ele encontrava-se em Coburgo, no extremo sul do Eleitorado da Saxônia. Neste período só pode acompanhar de longe os trabalhos da Dieta de Augsburgo, isso junho a novembro de 1530. Nesta ocasião os representantes políticos dos luteranos leram em público diante das mais altas autoridades da Alemanha, sua confissão de fé, a Confissão de Augsburgo, e a entregaram ao Imperador Carlos V. Por isso Lutero aproveitou o tempo em que não se envolveu nestas questões para escrever textos, inclusive este sobre a Santa Ceia. Este ele escreveu antes de 17 de outubro de 1530, e foi impresso pela primeira vez em novembro do mesmo ano. Sua intenção com o presente texto foi essencialmente pastoral.

Segunda parte. OS 7 (pp 244 -254)
O proveito que temos ao participar da Santa Ceia
Em primeiro lugar, devemos observar de maneira cuidadosa a palavra “em memória de mim”. Pois é com ela que Cristo nos estimula e chama, a irmos felizes ao Sacramento, ou pelo menos, não se apresente com má vontade. Isso para honra e glória do Senhor que tanto sofreu para nos dar tão grande benefício. Jesus também disse: “dado por vós, derramado por vós”. Essas palavras “De mim” e “vós” são importantíssimas, e deveriam tocar a cada cristão no íntimo a ponto de levá-lo a participar do Sacramento, mesmo que tivesse que andar cem ou mil léguas. Se prestarmos atenção à palavra “De Mim”, quando Cristo diz: “Fazei isto em memória de Mim”, observaremos que é Nosso Senhor e Salvador que sofreu, derramou seu sangue e morreu por nós. Com isto Ele apenas deseja que reconheçamos, creiamos nisso e lhe agradeçamos por ter passado por situação tão terrível em nosso favor.
        O primeiro fruto e proveito que nos sobrevêm do uso do Sacramento é o seguinte: lembrar-nos do benefício e graça, e que nossa fé e  amor sejam estimulados, renovados e fortalecidos, para que não nos esqueçamos ou desprezemos Nosso Amado Salvador e seu terrível e amargo sofrimento. Uma fé pura e verdadeira é extremamente necessária, para continuarmos em Cristo, pois sem fé ninguém o pode.
        Outro proveito do uso do Sacramento: Onde quer que a fé seja assim revigorada e renovada, também o coração sempre será revigorado para o amor ao próximo, fortalecido para todas as boas obras e preparado para resistir aos pecados e a todas as tentações do diabo; porque a fé não pode ficar ociosa, ela tem por característica produzir frutos do amor, fazendo o bem e evitando o mal. Para isso, podemos contar com o Espírito Santo que está sempre presente e não nos deixará ficar preguiçosos.
        Precisamos nos apegar e ater ao Sacramento. Ele é um fogo que consegue acender os corações. Temos que considerar nossa necessidade e carência, e então ouvir e crer na bênção de Nosso Salvador. “De fato ainda não estamos no além, por isso precisamos lutar contra a morte; enquanto vivemos, precisamos ir ao Sacramento, para fortalecer a fé, para que a morte não nos assuste nem leve ao desespero; porque ela é um inimigo cruel e insuportável para os descrentes, sim, mas que também assusta os de pouca fé”. Não só a morte, mas também; a carne, o mundo e o diabo, são inimigos poderosos e que não deixarão o crente verdadeiro ficar ocioso, mas o colocarão em constante batalha, que só pode ser vencida com ajuda de Cristo. O alimento dado por Cristo para fortalecer seu exército é seu próprio Corpo e Sangue, e isto não é apenas um sinal misericordioso, e sim presença real e verdadeira.
        Algo que assusta bastante são as palavras de Paulo em 1Co 11.27-29: “ Quem comer desse pão e tomar desse cálice de forma indigna come e bebe um juízo e é culpado no corpo e sangue do Senhor.” Mas estas palavras foram dirigidas a um grupo específico de pessoas que estavam participando da Santa Ceia, como fosse apenas para encher a barriga e se embriagar. Aos cristãos, Lutero recomenda olhar não para nossa dignidade ou indignidade, e sim para a necessidade, de quanto precisamos da graça de Cristo. Diz que, se vemos e sentimos a necessidade, isto é suficiente para nos tornar dignos e habilitados a participar. Porque Cristo não instituiu a Santa Ceia para nossa desgraça e sim para nosso consolo e salvação.
        Lutero apontou duas formas e razões para receber o sacramento: A primeira: que nele agradeças e louves a Cristo; a segunda: que busques também para ti consolo e graça. Segundo ele, não podemos fazer nada melhor que isso a Deus, nem glorificá-lo de forma mais elevada. E recomendou aos pregadores levarem estas palavras para o meio do povo, a fim de que produza frutos em sua vida. Pois, o próprio Deus diz em Is 55.11: “Minha Palavra não deverá voltar vazia, mas realizará aquilo para que a envio.”
        Segundo Lutero, quando estavam sob o papado, participavam da Ceia apenas por obediência ao Papa, sem ensino nenhum sobre fé, e era oferecido apenas sob uma só espécie e ainda se precisava pagar. Agora que se tem o Sacramento sob as duas espécies  (corpo e sangue)  e de graça, as pessoas se endureceram e não tem mais motivação para participar, trazendo desse modo a ira de Deus sobre si.
ULBRA – UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO: TEOLOGIA
DISCIPLINA: Seminário de Teologia em Lutero
            PROF: Paulo Wille Buss
ALUNO: Geomar Martins 
Relatório sobre: Exortação ao Sacramento do Corpo e Sangue de Nosso Senhor (segunda parte)
Canoas, 01 de Outubro de 2007

LUTERO E A SANTA CEIA

ULBRA – UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO: TEOLOGIA
DISCIPLINA: Seminário de Teologia em Lutero
            PROF: Paulo Wille Buss                     ALUNO: Geomar Martins
            DATA: 22/10/07
Esboço do ensino de Lutero sobre a Santa Ceia
Introdução
        Durante sua vida Lutero escreveu vários artigos, sermões e exortações a respeito da Santa Ceia. Começou a escrever sobre o assunto em 1519, obra cujo título é “Um Sermão sobre o Venerabilíssimo Sacramento do Santo e Verdadeiro Corpo de Cristo e sobre as irmandades,...”. Conforme o Dr. Martim C. Warth, “a Santa Ceia é para Lutero, um dos assuntos centrais para a vida da Igreja.”
       
O desenvolvimento do pensamento de Lutero em seus estudos da Santa Ceia
Seu primeiro escrito sobre a Santa ceia foi o Sermão de 1519, época em que ainda estava influenciado pela teologia católica. Neste ele ainda concorda com a distribuição da Ceia e, apenas uma espécie, mas já sugere o uso dos dois. Em outras palavras ele queria mesmo atacar a doutrina da transubstanciação.
Em 1520, escreveu um Sermão a respeito da Santa Missa, em que falou contra supressão das palavras da instituição e a ausência do cálice. E em 1521, escreveu sobre “O abuso da Ceia”, o qual divide em três partes: 1- a falsa concepção; 2- a ceia em si; e 3: a ceia é sacerdócio de Cristo. Aqui é destacado que tanto a espiritualização do Sacramento quanto a mágica sacramental da missa católica são prejudiciais à realidade da autocomunicação de Deus.
No ano de 1522, escreveu novamente, contra a distribuição da ceia ao povo apenas sob uma espécie. Neste ele deu ênfase na Palavra, à qual diz ser o poder do Sacramento. Entre 1524 e 1526, ele escreveu tratados contra vários teólogos, que o acusaram de ainda crer na ceia como os católicos. Estes textos apesar de terem os nomes dos respectivos teólogos no título, no fundo ainda refletiam sua posição contrária à teologia romana.
Em 1527, escreveu o texto “Que as Palavras de Cristo, isto é o meu corpo etc..., permanecem firmes contra os fanáticos”. Onde mais uma vez argumenta sobre a presença real de Cristo na Ceia. Na primeira parte ataca os ensinos de Zwinglio e na segunda Oecolampádio, na qual da ênfase na autoridade das Escrituras, para firmar sua posição quanto à presença real.
No ano de 1528, escreveu uma grande obra: “Uma confissão a respeito da Ceia de Cristo”. Segundo Sasse, aqui Lutero dá sua palavra final contra Zwinglio e Oecolampádio, os quais não criam na presença real de Cristo. Mais tarde, ele escreveu um texto de título, “Admoestação a respeito do Sacramento do Corpo e Sangue de Nosso Senhor” isto por volta de 1530. Aqui são destacados alguns pontos, entre eles, a comunhão viva e real com o Corpo e Sangue de Cristo.
Como o assunto era muito interessante e importante para a época, Lutero sempre escrevia sobre ele. Outro texto foi escrito em 1533, este é contra o ensino da sacramentalização do Sacerdócio católico. Para isto usou um título bem interessante, “A Ceia privada e a Consagração dos Sacerdotes”. Logo no ano seguinte, ele escreveu a respeito do mesmo assunto, onde diz ensinar tudo de acordo com a instituição de Cristo.
Lutero ainda teve a oportunidade de escrever mais uma vez sobre o assunto, isso em 1544. Nessa oportunidade combateu os ensinos de Bullinger e Schwenckfeld, os quais queriam seguir a idéias de Zwinglio e Carlstadt. Aqui Lutero muito mais experiente, logo percebeu e ratificou seus posicionamentos anteriores.

Bibliografia
LUTERO, Martinho. Obras Selecionadas I.  Porto Alegre, Concórdia, e São Leopoldo, Sinodal, 1987.
LUTERO, Martinho. Obras Selecionadas II.  Porto Alegre, Concórdia, e São Leopoldo, Sinodal, 1996.
LUTERO, Martinho. Obras Selecionadas IV.  Porto Alegre, Concórdia, e São Leopoldo, Sinodal, 1996.
LUTERO, Martinho. Obras Selecionadas VII.  Porto Alegre, Concórdia, e São Leopoldo, Sinodal, 2000.
Livro de Concórdia/[Editado por] Darci Drehmer. Traduzido por Arnaldo Schüler. 5.ed. – São Leopoldo: Sinodal; Canoas: Ulbra; Porto Alegre, Concórdia, 2006.
PRUNZEL, Clóvis J. Estudos na Teologia de Lutero. São José dos Pinhais, Adesão Editora, 1996.
LOHSE, Benhard. Martin Luther. An introduction to his life and work. Robert C. Schultz, trad. Philadelphia: Fortress Press, 1986.
SASSE, Hermann. Isto é o meu corpo. Tradução de Mário L. Rehfeldt. 2 ed. Porto Alegre, Concórdia, 2003.

A FÉ ATIVA NO AMOR

Relatório: Fé Ativa no Amor
        I - Introdução
        Forell fala que é costume datar o início da Reforma no dia 31 de outubro de 1517. Época em que Lutero pregou as 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg. Mas o que não se fala é do sentimento de responsabilidade social que o levou a fazer isso. Lutero estava muito mais preocupado com o povo simples que corria o risco de ser desencaminhado da fé do que qualquer outro pensador de sua época. Neste tempo ele se preocupou também em mandar cartas simultaneamente ao Arcebispo de Mainz e ao Bispo de Branderburg. Lutero não se contentou em ficar no mosteiro vendo tudo o que estava acontecendo de errado. Ele partiu para o trabalho, toda sua vida foi uma ação social, diz Forell.
        Neste livro também é tratado o assunto da ética social de Lutero. Ele entendia que o cristão deve ter a percepção das oportunidades que tem de ajudar os outros a viver melhor neste mundo. Segundo Forell, os princípios que nortearam Lutero a viver desta forma são muito mais importantes que as próprias declarações do que fez. Pois tinham sua fonte diretamente nas convicções teológicas do reformador.
        Toda a convicção teológica de Lutero a partir de 1517 gira em torno de sua descoberta pessoal do perdão dos pecados através da graciosa justificação por Deus. Sua ética social é uma parte integral de sua ética cristã, e por isso é impossível separar sua ética social da sua ética individual. Seu princípio ético geral é fundamental para compreender sua ética social.
        Lutero ao ensinar princípios éticos ao povo estava perfeitamente consciente de que os cristãos podiam servir a Deus na sociedade. Para compreender seu pensamento, é preciso entender seu ensino sobre os dois reinos da existência humana, o secular e o espiritual, pois para ele o secular também era o reino de Deus.
        Às vezes fica difícil compreender alguns escritos de Lutero, principalmente por estarmos vivendo numa sociedade moderna, totalmente diferente da realidade de sua época. Sendo assim, a ética social de Lutero deve ser compreendida em relação com seu método teológico, os seus padrões éticos básicos, a sua compreensão prática da estrutura do mundo e o pano de fundo escatológico de toda a sua vida. 
ULBRA – UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO: TEOLOGIA
DISCIPLINA: Seminário de Teologia em Lutero
            PROF: Dr. Paulo Wille Buss
ALUNO: Geomar Martins
Disciplina: Exegese do Antigo Testamento
Professor: Dr. Acir Raymann
Alunos: Geomar Martins e Miquéias Eller
Data: 11/10/07


A Narrativa Babilônica do Dilúvio: Similaridades e Contrastes
De todas as tradições antigas que se relacionam com o Antigo Testamento, a estó­ria do Dilúvio babilônico, incorporada à Epopéia de Gilgamesh, manifesta a mais impressionante e minuciosa semelhança com a história do dilúvio da Bíblia. Ela está baseada na tradição suméria, sua antecessora, porém muito mais ampla. Constitui o décimo - primeiro livro da famosa Epopéia assírio-babilônica de Gilgamesh. O texto, na forma existente, vem da biblioteca do rei assírio Assurbanípal (669-626 a.C.), mas fora transcrito de originais muito mais antigos.

Similaridades
  1. Ambas as narrativas sustentam que o dilúvio foi divinamente planejado.
Deus decide destruir a humanidade por meio do dilúvio. /Os deuses decidem destruir os seres humanos.
  1. Concordam que a catástrofe iminente fora divinamente revelada ao herói do dilúvio.
Deus avisa a Noé. / Ea, deus da sabedoria, avisa Utnapistim.
  1. Relacionam o dilúvio com a corrupção da raça humana.
Porque todos homens tinham se pervertido. /Os deuses não suportavam o ruído produzido por eles
  1. Falam da libertação do herói e sua família.
Entraram na arca Noé, sua esposa, seus filhos e suas noras./ Entraram Utnapistim , sua família e os artesãos que o ajudaram na construção da barca.
  1. Afirmam que o herói do dilúvio fora instruído divina­mente para construir um enorme barco para preservar a vida.
Deus ordena Noé construir uma arca para que se salvem./  Ea manda Utnapistim criar uma barca para que se salvem
  1. Indicam as causas físicas do dilúvio.
Romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram (Gn 7: 11)./ Babilônica: chuvas torrenciais e ventos destruidores acompanhados por relâmpagos e trovões, rompimento de diques, canais e reservatórios.
  1. Especificam a duração do dilúvio.
Iniciou o dilúvio, que durou quarenta dias e quarenta noites./ O dilúvio durou sete dias e sete noites
  1. Citam o lugar onde o barco encalhou.
A arca repousou nas montanhas do Ararate./ A barca repousou no monte Nisir.
  1. Descrevem atos de adoração praticados pelo herói depois do seu livramento.
Noé levantou um altar e ofereceu sacrifícios a Deus./ Utnapistim ofereceu um sacrifício de ação de graças aos deuses.
  1. Falam de bênçãos especiais dadas ao herói, depois do desastre.
Deus abençoa Noé e sua família./ Enlil abençoa a Utnapistim e permite que deixe de ser mortal.
Contrastes

1.       As duas narrativas estão em grande contraste, quanto às suas concepções teológicas.
Enquanto na narrativa bíblica impera o monoteísmo, na babilônica encontramos provas de um politeísmo forte. Em vez de atribuir o Dilúvio ao Único e Eterno Deus, como está registrada no livro de Gênesis, a narrativa babilônica inclui uma grande quantidade de divindades que não se dão uma s com as outras.
2.      Estão em grande contraste quanto às suas concepções morais.
Na narrativa babilônica não é apresentada uma posição clara sobre o pecado e por fim o dilúvio aparece apenas como um capricho dos deuses. Já o relato bíblico o dilúvio é um julgamento moral justo enviado por Deus. E por isso pune o pecador impenitente mesmo que isto acarrete destruição do mundo, mas salva aquele que se arrepende dos grandes pecados com seu poder e de forma divina.
3.       Estão em contraste quanto às suas concepções filosóficas.
A narrativa babilônica confunde matéria e espírito tornando ambos eternos. Desse modo falha em diferenciar espírito de matéria, e o espírito finito do Espírito infinito. Mostra o dilúvio como sendo vários fenômenos físicos em forma de divindades e ainda é ignorante quanto aos princípios causais.
O relato Bíblico atribui o dilúvio ao Criador de todas as coisas, o qual coloca as forças naturais de sua criação para atingir seus objetivos.


Explicações das semelhanças
  1. Os babilônicos se apropriaram da narrativa hebraica.
Provavelmente no período do exílio Babilônico
  1. Os hebraicos se apoderaram da narrativa babilônica.
Um dos principais argumentos é o suposto colorido da história do Dilúvio Hebraico.
  1. Tanto a narrativa hebraica como a babilônica provém de uma fonte comum de fato, que se originou de uma ocorrência verdadeira.
Ambas as narrativas provém de uma origem comum entre os semitas, onde uns foram para a Babilônia enquanto outros foram para a Palestina levando consigo estas tradições.

Paralelos entre o relato Bíblico e o babilônico do Dilúvio

                      Relato bíblico                                                            Epopéia de Gilgamés
                    (Gn 6.1—9.17 )                                                                (Tablete XI)

Motivo
Deus decide destruir a humanidade por meio do dilúvio, porque todos tinham se pervertido (Gn 6.13).
Os deuses não suportavam o ruído produzido pelos seres humanos; decidem destruí-los por meio do dilúvio.

Aviso
Deus avisa a Noé, o único que fazia a vontade divina, de sua decisão. Ordena construir uma arca para que se salvem Noé, sua família e os animais (uns poucos de cada espécie) (Gn 6.9,11-21).
Ea, o deus das águas doces (e um dos criadores da humanidade), avisa Utnapistim da decisão dos deuses. Manda-o criar uma barca para que se salvem ele e a semente de toda a vida. Indica-lhe o que dizer se lhe perguntarem o que estava acontecendo.

Construção
da
Arca
Noé obedeceu a Deus; construiu a arca nas medidas que Deus lhe deu. Entraram Noé, sua esposa, seus filhos e suas noras, e os animais (Gn 6.22—7.9).
Utnapistim obedeceu a Ea; construiu a barca com as medidas que lhe deram. Entraram ele, sua família e os artesãos que o ajudaram na construção da barca, e os animais. Utnapistim levou consigo suas riquezas.

O dilúvio
Deus fechou a porta da arca. Iniciou o dilúvio, que durou quarenta dias. Deus faz com que as chuvas cessem. As águas cobriram a terra por quase um ano. A arca repousou no monte Ararate (Gn 7.10-8.14).
Utnapistim fechou a porta da barca. O dilúvio durou sete dias; foi tão terrível que os próprios deuses se espantaram e fugiram para o mais alto dos céus. As águas cobriram a terra por pouco mais de um mês. A barca repousou no monte Nisir.

Saída
da
Arca
Noé, sua família e os animais saem da arca à ordem de Deus (Gn 8.15-20).
Utnapistim vê o estado da terra. Abre as portas da barca e todos saem, menos ele, pois viu os cadáveres espalhados por toda a terra, convertidos em barro. Sente-se desamparado. Com o tempo sai.

O sacrifício
e seus
efeitos
Noé levantou um altar e ofereceu sacrifícios a Deus. Os sacrifícios agradaram ao Senhor, que prometeu não voltar a amaldiçoar a terra por causa da humanidade, nem voltar a destruir todos os animais (Gn 8.20-22).
Utnapistim ofereceu um sacrifício de ação de graças aos deuses, os quais acudiram rapidamente e se juntaram como moscas ao redor do sacrifício. A deusa Istar convidou todos os deuses a participarem do sacrifício, menos Enlil (o deus que causou a devastação, inesperada para os outros deuses). Enlil se enfureceu porque alguns seres humanos escaparam. Logo ao dialogar com outros deuses, Enlil se tranqüilizou.

A bênção
divina
Deus abençoa Noé e sua família. Diz a eles que encham a terra e lhes dá poder sobre os animais. Poderão comer todos os animais e verduras que queiram. Não podem comer carne com sangue. Deus pedirá contas pela vida de cada ser humano (Gn 9.1-7).
Enlil abençoa a Utnapistim e permite que deixe de ser mortal e se converta em um semelhante aos deuses.

A aliança
de Deus
com o
ser humano
Deus fez uma aliança com Noé e com seus descendentes (ou seja, com toda a humanidade): não voltar a destruir o ser humano nem os animais por meio de um dilúvio. (Gn 9.8-17)





Bibliografia

Bíblia de Estudo Almeida. São Paulo, Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
KIDNER, Derek. Gênesis: Introdução e Comentário. São Paulo, Vida Nova e Mundo Cristão, 2005.
HEIDEL, Alexander. The Gilgamesh Epic and Old Testament Parallels. ed. 2, Chicago. University of Chicago Press, 1949.
UNGER, Merril F. Arqueologia do Velho Testamento. Trad. Yolanda M. Krievin. São Paulo, Imprensa Batista Regular, 1989.
MORRIS, Henry. Criação ou Evolução? São Paulo, Fiel, s.d.

VIDA EM JOÃO

ULBRA – UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO: TEOLOGIA
DISCIPLINA: História e Literatura do Novo Testamento
            PROF: Clóvis Jair Prunzel
ALUNO: Geomar Martins

Vida em João
  Canoas, 25 de Junho de 2007


Introdução

Neste trabalho quero apresentar um estudo sobre a visão de João quando este trata do tema vida em seus escritos. O termo “vida” quer dizer, funcionamento orgânico das plantas, dos animais e dos homens. Ao falarmos de vida devemos ter sempre em mente o seu oposto que é a morte, e nós sabemos que a tendência natural de todas as coisas vivas é morrer, e que conosco não vai ser diferente. De todos os tipos, a vida humana é a mais especial, e é única e exclusiva em seu gênero. Em grego se faz distinção entre os termos usados para designar vida; a palavra ““zwh, ”é usada quando vida tem um significado de força vital e natural, “bi,oj este te m mais valor ético e também significa “maneira de viver” e por último, “yuch,”que também pode ser traduzida por alma ou corpo. (NDITNT, p.748- Vida)
Todos esses termos são usados por João, mas o que ele mais usa é o termo zwh,”, não somente no sentido de vida restrito apenas a este mundo, ele fala muito mais numa dimensão espiritual, salvífica e escatológica.
 João conforme vemos em seus escritos tem grande interesse na maneira com que somos participantes na nova vida que nos é possibilitada pela obra de Deus realizada por Jesus Cristo. Ele ao escrever está muito interessado em tudo o que envolve a decisão de viver a vida cristã. Vida é um termo extremamente importante em todos os escritos de João. Para se ter uma idéia da importância, aparece 36 vezes no quarto evangelho, 13 nas cartas e 17 em Apocalipse. Além dos textos de João, o maior número que encontramos é 14 em Romanos e 7 em Mateus. Isso quando João usa o termo grego “”zwh,. Para tanto analisarei os vários termos que são usados pelo evangelista, desde os que aparecem no Evangelho de João, o qual possui uma linguagem mais simples, até suas cartas e o Apocalipse, cuja linguagem é de difícil interpretação.
A vida segundo a teologia joanina tem duas características fundamentais: 1) Possui forma dualista: a vida vem somente do alto, do mundo celeste e espiritual, no mundo terreno, ou seja, embaixo, o que reina é a morte; 2) Tem fundamento claramente cristológico: Neste, a vida nos é dada bondosamente, por Cristo, o Filho de Deus. Essa segunda é a mais interessante, e a que mais aparece nos escritos de João, principalmente no evangelho. Nesse, Cristo que é o centro de toda a Escritura, aparece mais do que nunca como o autor e doador da vida.

  
Capítulo 1 – zwh,- vida

Zwh,, “vida”; temos no vocabulário grego, várias palavras que derivam dessa, tais como: za,w, “viver”; zw/on, “ser vivente”; zwogone,w,” procriar”, “dar vida a”, “conservar vivo”; zwopoie,w, “vivificar”, “dar vida a”. (NDITNT)
Neste vou tratar sobre vida, mas mais precisamente quando estas aparecem no texto grego na forma de zwh,. Este termo é usado por João em seu evangelho 36 vezes, enquanto nos sinóticos só aparece 17 vezes. Ainda falando do Evangelho, um teólogo chamado Wilbur White chegou a organizar o livro do seguinte modo: 1- Vida; 2- Para que tenhais vida; 3- Para que tenhais vida em Seu nome. João usou elementos do AT e do judaísmo em seus escritos, mas dando ênfases em outros pontos e não exatamente no que o judaísmo ensinava. Isso mostra a importância que João dá à vida, não somente em um âmbito terreno, simples, falho, mas com um sentido de vida verdadeira, vida com Cristo.
A respeito da diferença de linguagem entre João e os sinóticos vamos ver o que está escrito no Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, (NDITNT, p.758).
   
Ao se examinar mais atentamente os conteúdos do Reino, nos Sinóticos, e Vida em João, descobre-se, contudo, que ambos pertencem à mesma categoria teológica, e são sinônimos. De acordo com C.K. Barrett, “zwh, ai=w,nion”, em João, corresponde a Reino de Deus dos evangelhos sinóticos. “Aquilo que é, propriamente, uma bênção futura torna-se um fato presente em virtude do futuro em Cristo” (The Gospel According to St. John, 1955, p. 179). Tanto o Reino de Deus quanto Vida Eterna são conceitos soteriológicos,   teocêntricos, messiânicos e escatológicos, ambos em “processo de concretização”, trazidos por Jesus Cristo. Reino de Deus e Vida Eterna têm igualmente implicações éticas de largo alcance, que distinguem os que recebem as suas bênçãos daqueles que apenas pensam que as receberam. Finalmente, ambos são conceitos exclusivos. Só há um Reino de Deus e só uma Vida Eterna, e somente em Cristo é que os homens os encontram, não há outro caminho (Jo 14:6; cp. At 4:12).- Reino de Deus; G.E. Ladd, op.cit., pp. 254-285.
                                           
Ainda falando do Evangelho, um teólogo chamado Wilbur White chegou a organizar o livro do seguinte modo: 1- Vida; 2- Para que tenhais vida; 3- Para que tenhais vida em Seu nome.
Já no capítulo 1 versículo 4 do evangelho de João, aparece o termo vida, mostrando assim a grande importância que o autor dá a vida. Na teologia joanina os dois conceitos vida e luz, têm conexão, mas o principal é o de vida. Para ele é preciso compreender que a comunicação da vida divina é manifestada aos homens, primeiramente, sob a forma de uma iluminação. O logos é a fonte de tudo o que pode levar os homens a ter vida abundante, tanto a física quanto a que teremos depois no céu com Deus. De forma simultânea João apresenta Jesus como a luz, à qual ilumina os corações humanos e lhes mostra o caminho verdadeiro.
No capítulo 3, João fala de vida, mas num sentido mais amplo, como podemos ver no versículo 15, “Para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna.“. Ele usa a expressão “vida eterna”, segundo estudiosos para substituir a palavra “reino”, dando assim um significado mais espiritual à expressão. Mas o que é vida eterna para que João a mencione tantas vezes em seus escritos? Com uma visão terrena, podemos incluir tudo o que faz parte da nossa caminhada aqui no mundo como cristãos. Por outro lado, do ponto de vista mais espiritual, vida eterna é glorificação da alma e uma participação na natureza e imagem do Filho de Deus. Vida eterna, nós temos com certeza em Cristo, através da fé, mesmo que estejamos sujeitos a cair, podemos nos considerar participantes desta Vida que pertence a Deus e Ele a dá a quem crê que Jesus Cristo é o Salvador. Deus entregou seu próprio Filho ao mundo, para que sofresse e morresse por todos nós, para dar-nos Vida Eterna, isso Ele fez porque nos ama e muito. Pois apesar de sermos terríveis, desobedientes e não merecermos faz de tudo para nos salvar da condenação eterna que é nosso destino natural sem Cristo. Em Jo 3. 36, o autor repete o mesmo ensino que havia passado às pessoas no v.16 desse mesmo capítulo, ele diz: “Quem crê no Filho tem a vida eterna.” Isto é uma promessa maravilhosa, pois não precisamos nos sujeitar às obras da lei, basta somente crer em Jesus e sua obra em favor de todos nós. Se eu crer em Cristo por meio da fé, não caminharei para a perdição, nem serei lançado para as trevas. Em suma tanto o v.16 quanto o36 falam do mesmo assunto, vida com Cristo e em Cristo, para a ”Salvação” e sem Cristo, para a “condenação.”.
No capítulo 4, Jesus em um diálogo com a mulher samaritana, diz que quem beber da água que Ele der, nunca mais terá sede, pois de dentro dessa pessoa jorrará água, como de uma fonte, e essa lhe será para a vida eterna. A princípio a mulher, presa às coisas terrenas, às necessidades diárias como é normal de todo ser humano, não entendeu as palavras de Jesus. Principalmente por estar em um contexto, em que a água era tão escassa e que tinha grande valor para todo o povo. Mas a vida que Jesus fala aqui, não é apenas física e temporal, é muito mais que isso, é uma vida de total confiança e dependência de Deus.
 Continuando nesse capítulo, agora no v.36, “... para vida eterna....”. O sentido desse tanto pode ser ter a vida eterna como seu alvo e resultado, como podem ser para dentro da vida eterna, como se tivesse em vista o recolhimento do trigo em um armazém. Assim sendo, o destino de todos os que vivem em Cristo, será o celeiro da vida eterna. A semeadura é realizada mediante a pregação das palavras de vida do Senhor Jesus, acerca do novo nascimento ou regeneração, no fato de que Ele é a luz do mundo e a água da vida. A ceifa consiste na confirmação dessa pregação, em que os homens são plenamente persuadidos da veracidade dessa mensagem, e, dessa maneira o Espírito Santo recebe a oportunidade de produzir a conversão.
No capítulo 5, o ensino de Jesus é para que as pessoas ouçam sua palavra e creiam em quem o enviou, e o que dessa maneira procede tem a vida eterna. Jesus expõe sua união com o Pai, e diz que somente pelo crer somos alcançados pela misericórdia de Deus e Salvação, isso é o que temos visto no decorrer de todo o livro. Assim crendo já não precisamos ter medo da morte, pois uma vez nesta fé, e permanecendo na mesma, a morte não tem mais poder sobre nós. A cada versículo que narra falas de Jesus, percebemos o quanto enfatiza a vida, a qual é realmente o propósito de sua vinda ao mundo, como podemos ver no v.26. Tudo o que Ele faz gira em torno da vida, e quer que todos tenham suas vidas iluminadas por Ele. Aqui mais uma vez aparece uma que é considerada por estudiosos, uma das grandes declarações distintas com respeito à natureza da vida de Deus, que tem sido também denominada ao longo dos tempos de “vida necessária” ou vida independente. Deus tem uma vida que lhe permite viver, sem a necessidade de outra, é possuidor de vida que não tem começo nem fim. E essa vida, Jesus, o Filho também possui, e do mesmo modo não precisa de outro tipo de vida para  continuar vivendo, pois “Ele é Vida”.
 No v.29 está escrito, “... os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida,...”, como podemos ver vida aqui vem precedida do termo ressurreição. Devemos entender a vida como vida eterna e verdadeira com Cristo. Mas esta vem ligada ao fato de perseverar nas obras da fé, procurando a glória de Cristo. A expressão “ressurreição da vida” significa que é mediante a ressurreição que o remido entra na plenitude da “vida eterna”. Lembramos novamente, que vida eterna não tem em vista mera duração de existência, e sim, uma modalidade de vida. Trata-se da vida essencial de Deus, da qual todos os remidos finalmente compartilharão em sua plenitude.
Dando seqüência ao que é ensinado nesse livro acerca da vida e de sua importância, vamos agora ver o que está em 5.39. Jesus fala sobre as escrituras e que nós devemos estudá-la, pois lá nós vamos encontrar testemunho verdadeiro a seu respeito. E crendo nessas palavras da Escritura com certeza teremos a vida eterna, porque através desse contato o Espírito Santo encherá nossos corações com o amor de Deus por nós revelado em seu Filho Jesus. Logo no versículo seguinte, Jesus fala da má vontade das pessoas em irem a Ele para receber a vida. Como é difícil para o ser humano entender os desígnios de Deus e o que Jesus quis dizer com essas palavras. O homem natural resiste ao Espírito Santo e não tem vontade de se entregar aos caminhos do Senhor. As pessoas têm coração duro, e mesmo naquela época vendo o que estava acontecendo e que as Escrituras estavam se cumprindo não queriam crer. E esta vida à qual Ele está falando, começa com Deus e com Seu Filho.
No capítulo 6 encontramos muitas passagens que falam de Jesus e sua relação com a vida, num sentido bem amplo e que foge de nosso conhecimento racional. No v.27, num contexto em que as pessoas estavam acostumadas a viver trabalhando para donos de propriedades que eram muito ricos, mas não estavam interessados em servir ao Senhor. As pessoas não queriam trabalhar pensando em receber bênção espiritual, pois estavam preocupados com as necessidades de cada dia. Por isso Jesus os adverte a trabalhar para alcançar o tesouro eterno. Ao analisar o versículo 33, percebi uma presença muito forte do AT, e uma relação bem profunda com o povo de Israel, que recebia o “pão” (maná), vindo dos céus para saciar a fome deles. Mas agora, Jesus fazendo alusão a esse acontecimento da história do povo de Israel, faz uma referência a si mesmo como sendo o Pão de Deus, que dá vida ao mundo. Mas podemos perceber aí a mão poderosa de Deus que escreveu toda a história do povo de Israel apontando para a vida e Obra Salvadora de Cristo. Logo adiante no versículo 35, Jesus declara com todas as palavras que é o Pão da Vida. Essa fala de Jesus, quer dizer, mas com outras palavras que Ele é o Filho de Deus, e o único capaz de dar vida eterna.
Continuando o estudo nesse capítulo, no qual encontramos a maior quantidade do termo vida. Agora no versículo 40, como sabemos este livro tem seu ensino em forma de espiral, encontramos aqui é muito importante, e parece recapitular tudo o que foi dito até o momento a respeito de Jesus. Nós crentes possuímos o princípio da vida eterna, mas ela só nos será dada, em sua plenitude, por ocasião da nossa ressurreição, no dia do juízo. Este pensamento sobre a certeza da vitória final é o jubiloso refrão dos versículos (39, 40,44 e 54). Quando nosso espírito é unido com a fonte da qual origina toda a vida, somos transformados na própria vida. “Essa vida é maior do que a morte, e não pode jamais ser destruída por ela.” (Ellicott, in loc.).
No v.47, Jesus mais uma vez reforça a idéia de que quem crê nele tem a vida eterna. A incredulidade entre os judeus era tanta que João escreveu este livro com vistas a que o povo lesse e cresse realmente que Jesus é o Filho de Deus e crendo fossem agraciados com a vida eterna. É importante observar o tempo verbal para que tenhamos melhor compreensão de alguns textos.

Devemos dar atenção ao tempo verbal presente... não terá, mas tem a vida eterna não está confinada ao mundo futuro, mas é algo sempre presente e se torna nossa logo que nos torna nossa logo que nos apropriamos de Cristo, que é a própria vida eterna. A ressurreição do corpo é apenas a inflorescência completa do que teve começo aqui. (Philip Schaff, in loc., no Lange’s Commentary)
  
 No versículo 48, aparece mais uma vez a frase de Jesus “Eu Sou o Pão da Vida”. Esta parte do texto nos mostra, sobretudo a obra histórica de Jesus e não somente sua natureza pessoal. O pão da vida que Jesus disse, é para muitos sem sentido ou no muito possui significado obscuro, mas alguns versículos da própria Escritura, os quais foram proferidos pelo próprio Senhor Jesus, nos dão uma idéia do que é seu ensino (Mt 26.26-28; Jo 5.25,26; 6.35, 54, 57;).
Jesus ao dizer “Eu Sou o Pão da Vida”, não o diz somente com uma visão terrena, humana, mas sim fazendo referência a algo espiritual que nos alimenta e dá forças para seguirmos em frente na nossa vida. Só Ele pode nos alimentar com o único pão imperecível, para esta vida e a vindoura e “eterna”. Uma grande quantidade de intérpretes protestantes vê a instituição da santa ceia como a principal idéia desse capítulo do Evangelho, apesar de alguns divergirem. No meu ponto de vista, aqui Jesus quer nos mostrar que não precisamos nos preocupar demasiadamente com as coisas deste mundo, porque Nele temos o alimento necessário tanto para a vida terrena como para a celestial.
Já no versículo 51, Jesus diz, “... e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne.” Nesse encontramos uma alusão bem definida ao sofrimento de Cristo e a satisfação vicária pelos nossos pecados. Do modo que Jesus disse essa frase, nos permite pensar que Ele está fazendo uma alusão à santa ceia.  Continuando esse mesmo assunto, mas agora usando da leitura do versículo 53, onde Jesus diz: “... se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes a vida em vós mesmos.” Esta passagem também é usada para fundamentar a instituição da santa ceia. Mas não podemos determinar com certeza que tipo de comer é esse que Jesus está falando, mas ao que tudo indica é a respeito da participação da Santa ceia. A vida que Ele está falando não é simplesmente uma vida física, mas a vida espiritual, já aqui e em preparação à vida eterna.
No v.54, Jesus diz: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna;...”. Suas palavras são ditas aos judeus, mas tem caráter universal, pois o “quem” denota isso, e então podemos concluir que aquelas palavras também servem para nós hoje. “... tem a vida eterna;...” isso mostra que como já vimos no v.47, o crente não precisa ter medo da morte, pois essa o poderá tirar deste mundo, mas não o separará de Cristo. E ainda que morra, será ressuscitado no último dia para viver de forma completa. 
Já em Jo 6.63, “... as palavras que Eu vos tenho dito são espírito e são vida.” Aqui constatamos que Jesus quer dizer que suas palavras não são carnais e sim espirituais e é por meio dessas que os homens chegam ao conhecimento da vida espiritual. Aqui não se distingue duas partes do ser humano, quando se opõe a carne ao espírito, mas sim duas maneiras de viver. O espírito é a força de vida que ilumina o homem, abre seus olhos e lhe permite discernir a Palavra que se pronuncia em Jesus.
No v.68, vemos a confissão de Pedro reconhecendo que Jesus é o Messias, “Tu tens as palavras da vida eterna.” Esse foi sem dúvida o ponto alto da fé de Pedro, ele confessou o que os líderes religiosos e a maioria do povo, insistiam em não aceitar. Isso Pedro fez por ser o porta-voz dos doze e por ter entendido o que Jesus vinha ensinando no decorrer de seu diálogo. Jesus realmente tem as palavras da vida eterna, só precisamos crê-las.
No capítulo 8 só encontramos o termo vida uma vez e esse no v.12, mas não significa que a ênfase de João na vida seja menos importante. Ele faz novamente, menção à luz, assim como fez no capítulo 1,”... terá a luz da vida...”, o ensino aqui parece ter caráter moral. Jesus novamente aponta para si mesmo e chama a responsabilidade da salvação para si. E para ter a luz da vida, as pessoas não precisam seguir leis humanas, é só segui-lo. Que promessa maravilhosa, podemos ser irradiados pela luz de Cristo, “a luz da vida”, e viver eternamente nessa condição de remido por Jesus.
No capítulo 10.10, mais uma vez Jesus mostra a que veio, “... Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” Que declaração maravilhosa essa, quando está em um contexto, em que está falando de pastores de ovelhas, ladrões e salteadores. É bem verdade que os pastores naquela época não tinham boa fama, e eram tachados de ladrões, roubadores e assassinos. Mas Jesus disse ser o bom pastor contradizendo assim a todos os conceitos que o povo tinha de pastor. O que Ele realmente estava falando era dos falsos mestres que só exploravam o povo com leis e mais.
Vou citar algo interessante sobre abundância:

Fica implícita aqui não só a abundância da própria vida, mas igualmente, a abundância da fonte de vida, ou seja, aquilo que nos supre a vida. Há uma grande fonte de vida, que se origina na pessoa de Deus, fonte essa que jamais se extingue, mas que, cada vez em maior abundância flui na direção das verdadeiras ovelhas outorgando-lhes energia espiritual, transformando-as de dentro para fora, até torná-las totalmente diferentes, soerguendo-as para um nível elevadíssimo de vida, a saber, a vida divina. (CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento, interpretado versículo por versículo. V.2, Lucas e João. P.443.).

            Ainda continuando o discurso de Jesus, nesse capítulo agora no v.28, Ele diz: “Eu lhes dou a vida eterna,...”. Isso mostra ainda mais o que nos é dito no decorrer do livro, que Jesus tem poder e autoridade sobre a vida. Vimos que Cristo tem vida em si mesmo e a dá a todos os que ouvem sua voz e o seguem. Dou, com esse verbo Jesus diz que o crente já participa da vida aqui, na perspectiva da vida vindoura, que será divina e completa em Cristo.  
 Agora em Jo 11.25, Jesus diz que é “a ressurreição e a vida”. Como nós sabemos Jesus é a vida no sentido mais completo do termo, tanto espiritual quanto corporal. A idéia central desse capítulo gira em torno dessa declaração de Jesus, onde diz: “Eu Sou a ressurreição e a vida”. Do meu ponto de vista, com essa declaração Ele está querendo dizer que não existe vida fora dele, tanto para mortos quanto para vivos. De acordo com essa palavra as pessoas não precisam ter medo da morte, pois Cristo com seu poder as ressuscitará para a vida eterna. Podemos ter a certeza de que tendo uma relação de confiança com Cristo, aceitando-o de todo o coração como nosso Salvador, encontramos a fonte da verdadeira vida espiritual. E isso é que nos conduz a viver uma estreita união com Ele e viver na certeza de que a morte não tem mais poder sobre nós.
João no capítulo 12.25, apresenta outra palavra do discurso de Jesus, onde está falando sobre a vida terrena, e o valor que é dado à mesma. Diz que a vida eterna é alcançada pelas pessoas que não estão totalmente presas a este mundo, seguindo a tudo o que nos é apresentado como bom. A salvação será o prêmio para as pessoas que rejeitarem as paixões mundanas e servirem ao Senhor com alegria, independente do que aconteça às suas vidas aqui, por causa da fé e do testemunho. Já no v.50, Jesus fala de vida eterna, da seguinte maneira: “ e sei que o seu mandamento é vida eterna.” Jesus diz que o mandamento que recebeu d Seu Pai, é dar a vidao totalmente presas a este mundo, seguindo a tudo o que nos , tranformando-as de dentro para fora, atue, cada vez em maior abun eterna às pessoas. A vida eterna não é somente uma vida futura, como se só fôssemos possuí-la após a ressurreição. É  a vida através de Cristo da qual já somos participantes aqui neste mundo. A vida eterna em seu sentido mais profundo significa uma modalidade da existência, a saber, a vida de Deus.
Jo 14.6, mais uma declaração maravilhosa e confortadora, e ao mesmo tempo um alerta para os cristãos. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jesus é a vida, e não podemos ter dúvidas disso, pois de termos a certeza ou não dessa afirmação depende  a nossa salvação. Como vemos Ele é a vida, e só  podemos chegar ao coração de Deus por meio Dele. Encontramos a vida, fonte de toda a vida, a vida futura, a vida fora do tempo, e esta é Jesus, e realmente podemos ter a certeza absoluta que só teremos vida se permanecermos Nele e Ele em nós.
No capítulo 17, continuando com as palavras de Jesus, o discurso é em relação a quem se dará a vida eterna, “..., para que dê a vida eterna...”. Aqui podemos perceber a aparente autoridade de Cristo, e não restam dúvidas quanto ao seu poder, porque o tem para dar vida eterna a todo o Pai tem lhe dado. E logo no versículo seguinte encontramos o significado desta vida eterna. “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus Verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste.” Existem vários tipos de vida, mas esta com certeza ultrapassam a todos os outros sentidos. Conhecer a Deus é ser agraciado com o dom da vida, quando o conhecemos de forma experimental e espiritual, somos levados a aceitar a Cristo, como Nosso Salvador. Isso é a melhor coisa que pode acontecer em nossa vida, pois quantas bênçãos espirituais recebemos por sermos participantes da Vida.
Como João vem tratando no decorrer desse livro, enfatizando o termo vida, não poderia ser diferente, que ao estar se aproximando do final do mesmo, isso no penúltimo capítulo, onde diz que selecionou discursos de Jesus, especialmente para mostrar a importância e a relação de Jesus com a vida do crente. “... , e para que crendo, tenhais vida em seu nome.” (20.31). Como já vimos em outras partes desse livro, a vida eterna está ligada ao crer em Cristo. Este é um desfecho maravilhoso do livro, como não poderia ser diferente, João o começa falando de vida em Jesus e o termina do mesmo modo. Isso é sem sombra de dúvidas o propósito de João, apresentar que só podemos ser aceitos por Deus por meio da fé em Jesus, que é a fonte da vida verdadeira.

Agora vamos ao que o evangelista escreveu em suas cartas especialmente na 1ª. João começa sua carta quase do mesmo modo como começou o Evangelho, dando ênfase em Cristo como a “Palavra da Vida”.
Como podemos ver isso não é um ensino novo, mas é a proclamação do conteúdo original e imutável do Evangelho, o qual ele expõe diretamente contra as novas formas de doutrina. “... e vida foi manifestada...”, ou seja, Jesus se fez presente entre os homens, se tornou homem, nisto consiste sua manifestação. A vida tomou forma na pessoa de Cristo, e isto muitas pessoas puderam presenciar ao vivo. Este mesmo Jesus, “... é a Vida Eterna...”, é o que vimos e ouvimos. Isso disse João, ter presenciado a “Vida Eterna”, que foi enviada pelo Pai em Cristo, para dar a Salvação a todos.
No capítulo 2.25, é falado da promessa de Cristo, “... prometeu-nos, a vida eterna.” Só precisamos crer no sacrifício expiador de Cristo, e ser leal a Ele e ao Pai, e dessa comunhão com Eles e o Espírito Santo, desfrutaremos da “Vida Eterna” prometida.
Em 1Jo3. 14 encontramos uma declaração do autor, “... passamos da morte para a vida...”. Mas isso ele diz num contexto em alta a falta de amor entre as pessoas. Em sua explicação sobre o que Caim fez com seu irmão por estar com o coração cheio de ódio. Usa de sua própria pessoa e diz que se considera agraciado por Deus por não ter ódio de ninguém, e por isso a morte já não tem poder sobre ele e sobre todos os que não deixam seu coração se encher de ódio, mas que crêem no Senhor.  De igual modo no versículo seguinte diz: “... não tem vida eterna nele permanecendo.” Isso mais uma vez é característico de João, enfatizar a vida, mas não só a vida terrena, mas muito mais que isso a vida eterna com Deus nos céus. Só que nesse caso João diz que se alguém odeia a eu irmão, assim como Caim o fez, não será presenteado com esta dádiva de Deus. E na verdade, ele está colocando lado a lado, odiar e ser assassino, por isso é muito bom entendermos que o ódio vai muito além do que imaginamos. Esse é um eco fiel do ensino de Jesus no sermão do monte. Podemos dizer então que todo aquele que odeia a seu irmão é assassino, e sendo assim não tem parte na vida eterna.
Continuando a falar de vida, e como já vimos em outras partes dos escritos de João, aqui também esse termo se encontra nessa relação íntima com o Filho de Deus. O termo vida é usado 4 vezes em dois versículos, nesta relação, isso no capítulo 5. “... Deus deu a nós vida eterna, e esta vida está em Seu Filho.”, isso mais uma vez reforça a idéia que se encontra muito forte em João. Somos vencedores em Cristo, porque a vida eterna nos é dada por Deus nele. Logo a seguir no próximo versículo encontramos que a vida é “de quem tem o Filho”. Mas esse ter também pode ser traduzido por crer, ou seja, termos a Cristo por meio da fé.
No v.13, vemos mais uma vez a expressão vida eterna, “... para que saibais que tendes vida eterna...”. Ao longo da carta, João vem animando os cristãos, pois tinham sido abalados pelos falsos mestres e ficado inseguros quanto ao seu estado espiritual. Mas agora ele fala que eles permanecendo firmes na fé em Cristo, são participantes da vida eterna, e ninguém mais os pode tirar essa dádiva de Deus.
Já no v.16, encontramos, “..., pedirá, e Deus lhe dará vida,...”, isso é um alerta de João para os que virem o irmão pecar, e interceder a Deus por ele. E Deus vai dar a vida a todos quantos pedirem em nome de Jesus. Para isso só existe uma condição, que este pecado não seja pecado de morte, ou seja, pecado contra o Espírito Santo. Para fechar esta carta com chave de ouro e mostrar o significado de vida, o qual quer passar aos leitores, João em seu penúltimo versículo diz: “Este é o Verdadeiro Deus e a Vida Eterna.”. Aqui, como muitos estudiosos, também entendo que o Verdadeiro Deus e a Vida Eterna, é Cristo, o Filho do Deus Vivo. Sendo dessa forma, essa é a mais inequívoca afirmação da divindade de Jesus Cristo no NT.

Agora vou escrever sobre o termo vida no livro de Apocalipse. Como sabemos esse livro tem muitas figuras, e sendo assim não poderia ser diferente encontrarmos o termo vida ligado a essas figuras. Apocalipse, este livro descreve a vida eterna dos que são salvos, usando símbolos tomados do judaísmo.
Como escrevi acima, podemos constatar já em Ap 2. 7, “... darei a ele comer da árvore da vida,...”. A árvore da vida, da qual Adão e Eva comeram o fruto, trouxe o pecado e a morte e todo tipo de desgraça ao homem, isso encontramos no relato de Gênesis. Mas essa mesma expressão foi usada posteriormente no pensamento judeu, como aquela que podia dar ao homem vida verdadeira, como podemos constatar em relatos de Provérbios (3.18; 11.30; 13.12; 15.4;). Comer da árvore da vida significa entrar na bem-aventurança dos justos no Reino de Cristo; e também deleitar-se em todos os gozos que correspondem aos fiéis, quando Cristo vier, supremo, em seu Reino.
 Mais uma expressão figurada aparece, essa no versículo 10, “... e te darei a coroa da vida.”. Esta aparece em várias partes do NT, nesse texto e em Tg 1.12, se trata de coroa da vida, mas em outros textos, não aparece exatamente coroa da vida, mas que tem o mesmo significado, por ex: “Coroa da justiça” (2Tm 4.8), ainda temos em, (1Ts 2.19; 1Pe5.4; 1Co9.25;). Esmirna celebrava jogos anualmente, que eram famosos em toda a Ásia, e o vencedor ganhava uma coroa, à qual era para ele orgulho por toda a vida. Com certeza o evangelista João aproveitou isso para falar ao povo de Esmirna, que aqueles que continuassem firmes na carreira da vida, no final iriam ser coroados, por ser atletas vitoriosos em Cristo, e essa coroa é a vida eterna.
Agora no capítulo 3.5, temos, “... e de modo nenhum apagarei o nome dele do livro da vida...”. Livro da Vida é uma idéia que aparece frequentemente na Bíblia. Moisés estava disposto a ver seu nome apagado do livro da vida para ver seu povo livre do pecado que haviam cometido (Gn32. 32-33). O salmista também usa esse termo em (Sl 69.28), ainda em outras passagens aparece essa expressão. João também a usa para dizer que os que crêem em Cristo e nisto permanecem firmes, não verão a condenação, mas serão salvos.
Em Ap7. 17 encontramos, “... e os guiará para fontes da água da vida,...”, João já havia escrito algo parecido em (Jo 4.14; 6.35; 7.37;). Essa é uma promessa de descanso a todos aqueles que se afadigam no trabalho do Senhor. E ao que tudo indica, João escreveu dessa forma, por membros da Igreja primitiva serem escravos, e falando assim iria fazer muito mais sentido para eles.
Já em 11.11, “..., um espírito de vida, vindo da parte de Deus entrou neles,...”. Esse espírito de vida é a vida da parte de Deus que aqui mais uma vez é mencionada de forma figurada. No capítulo 13.8, mais uma vez aparece à expressão livro da vida, “..., aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto...”. Aqui é dito sobre os que não entrarão no Reino de Deus, por terem adorado a besta.
Em Ap 17.8, vemos mais uma vez a expressão livro da vida, que é bastante comum nesse livro. De novo João está falando sobre os adoradores da besta, os quais não entrarão no Reino, por isso praticam tais abominações. E ainda aparece de novo essa expressão em 20.12, onde João fala das pessoas que têm seus nomes escritos no livro da vida e que serão julgadas segundo suas obras. E no v.15novamente a expressão livro da vida, mas agora falando sobre os que não creram em Cristo e por isso seus nomes não estavam escritos no livro da vida e, portanto seriam condenados.
No capítulo 21.6, aparece como já vimos em 7.17, “... fonte da água da vida;” com certeza, aqui também como vimos antes, significa descanso para os que permanecem firmes na fé em Cristo até o final. Como aparece agora no v.27, os que não tem seus nomes escritos no “livro da vida”, são aqueles que deliberadamente e com os olhos bem abertos, continuam no pecado, mesmo conhecendo o caminho de Cristo. Pessoas que decidem seguir os próprios caminhos, desprezando a graça de Deus, a qual poderia limpa-los de todo o pecado. O que vemos no decorrer desse livro é que João toca bastante nesse assunto, e mostra a preocupação dele com a salvação do povo daquela época, mas não somente com eles, mas também conosco.
No capítulo 22, último capítulo de Apocalipse, encontramos a figura do “rio da água da vida”. Segundo William Barclay, esta imagem tem muitas fontes no AT, “... o rio que regava o jardim do Éden...” (Gn 2.8-16), “... o rio que saía do templo...” (Ez 47.1-7), “... o rio que alegrava a cidade de Deus...” (Sl 46.4) e outros. Alguns estudiosos dizem que assim era mais fácil para o povo da época entender a importância do crer em Cristo, porque para eles a água realmente era sinônimo de vida. No v.2, lemos “... está a arvore da vida, que dá doze frutos por ano..” Segundo estudiosos, esta imagem dos frutos é uma representação simbólica dos dons do Espírito Santo, o qual derrama seus dons sobre os homens a cada etapa de sua vida.
No v.14, encontramos mais uma vez a expressão “árvore da vida”, à qual como já vimos se refere ao Reino de Deus e tudo o que está preparado para o crente. Logo adiante no v.17, encontramos “... e o que tem sede venha, o que quiser receba da água da vida de graça.”. Essas segundo João são palavras de Jesus, às quais está falando a todos, sim a todos os que têm sede, ou seja, a todos quantos pela fé crêem em seu nome, como o único Salvador.
Agora a última vez que encontramos o termo vida no livro de Apocalipse, esse no v.19, “... Deus tirará dela as bênçãos descritas neste livro, isto é, sua parte da árvore da vida, da cidade santa e...”. Do modo que ocorreu por todo o livro, João usou figuras, nessa última vez na qual ele a escreveu não poderia ser diferente, e é exatamente a mesma que usou na primeira vez que falou em vida nesse livro, “árvore da vida”. Esta é cercada de mistérios, a imagem com certeza tem a ver com o conceito de vida que João demonstra no decorrer de seus escritos. É visível a preocupação do mesmo em relação aos crentes aos crentes, pois mesmo em uma época conturbada em que os cristãos estavam vivendo, ele procurou com a ajuda do Espírito Santo, anunciar a Jesus como a única fonte de vida. Esta parte da árvore da vida é a salvação, que só é dada pela fé em Cristo Jesus, Nosso Único e Suficiente Salvador.




Capítulo 2 - yuch, - vida

         Este termo também pode significar alma, corpo ou ainda em ocasiões especiais até seres viventes. Este termo nos textos que vamos estudar abaixo, a palavra vida terá um significado diferente dos que já vimos no capítulo anterior.
            Em Jo 10.11, onde Jesus diz: “Eu Sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” Essa expressão é muito forte, pelo contexto no qual Jesus se encontrava, onde os pastores de ovelhas eram considerados gente de má fama. Mas em cima dessa afirmação, Jesus quer falar ao povo de que tipo de morte ele iria morrer. A cada um de nós Ele considera como ovelha, e na verdade entregou sua vida por todos. Quando usou essa expressão, estava dizendo que entregaria seu corpo à morte, para conquistar a nossa salvação. E logo adiante no v.15, ele usa praticamente a mesma expressão, a qual tem o mesmo significado da que acabamos de ver.
            No v.17, aparece, “..., porque dou a minha vida para retomá-la.” É fantástico como Jesus havia dito a pouco que o bom pastor dá a vida pelas ovelhas, agora Ele diz que a dá, mas que irá reavê-la. É muito importante como o discurso se desenvolve, no primeiro momento dá a entender que Jesus irá morrer e ponto final, mas no decorrer vemos que Ele tem poder para derrotar a própria morte. Mas isso só se pode entender pela fé, pois a razão humana não consegue por ser falha e limitada.
            No capítulo 13.37, vemos Pedro querendo ser o herói sem saber o que realmente estava falando com Jesus, onde ele diz: “por ti darei a minha vida.” Esta vida mais uma vez deve ser entendida no sentido corporal. Entregar-se de corpo e alma para ajudar a Jesus, isso Pedro falou que faria, mas logo a seguir Jesus lhe disse: “Darás a tua vida por mim?” Jesus quis mostrar naquele momento, que o principal era Ele ser morto para que pudesse dar-nos a vida. A vida que Pedro daria como no versículo anterior, era o próprio corpo, ou seja, ele arriscaria a vida para ajudar Jesus a passar por aquele momento.
            Agora no capítulo 15.13, Jesus diz: “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos amigos.” Aqui muitos interpretam erroneamente dizendo que Jesus entregou sua vida somente por poucos que já estão predestinados. Assim como Ele estava vivendo no mundo, sendo homem, falou como homem que dá a vida por seus amigos. A vida, o corpo, a alma como pode ser traduzido este termo grego, que aqui é usado para designar vida, Jesus na verdade assim se entregou, mas não ficou na morte, nem seu corpo experimentou corrupção. Isso Ele fez por nós, para que nele tenhamos vida verdadeira.
            Agora nas cartas, encontramos em 1Jo 3.16, os termos yuch,” e ”yuca,j” . Jesus entregou sua vida por nós e devemos entregar a nossa pelos irmãos. Assim é que João escreve, olhando para o exemplo de amor que Jesus nos mostrou, temos algo que nos impulsiona a também amar nossos irmãos e querer-lhes bem. E isso é nosso dever, pois não podemos odiar a nosso irmão e continuar sendo participantes do corpo de Cristo.
            Em Ap 8.9, também aparece esse termo, e aqui segundo especialistas, significa a vida mais num sentido simples, falando apenas de seres vivos no mar, e não no sentido em que João normalmente fala de vida. E em Ap 12.11, encontramos João falando dos anunciadores da mensagem de Cristo, os quais estavam dispostos a dar a sua vida pela causa do Senhor. Mais uma vez este não é o sentido principal do termo que João usa, mas outra vez é no sentido de entregar o corpo à morte.

Capítulo 3 - bi,oj - vida

bi,oj, denota a “vida” nas suas manifestações externas concretas. Emprega-se geralmente para “curso da vida” ou “duração da vida” (NDITNT)
Só encontrei este termo nas cartas de João, pois é muito raro ainda mais se tratando dos escritos do evangelista, o qual usou muito mais o termo “zwh,”, que é um dos termos centrais de seu ensino. Em 1Jo 2.16, encontramos, “... a soberba da vida,...”, isso quer dizer uma arrogância ou vanglória relacionada com as circunstâncias externas de alguém, seja a riqueza ou a posição social, o vestuário, “ostentação pretenciosa” ( Plummer). Esta vida está relacionada com tudo o que encontramos no mundo para satisfazer nossos desejos pecaminosos. Já no capítulo 3.17, encontramos o termo “”b,i,on”, mas que está traduzido por recursos deste mundo, o que na verdade pode ser a melhor tradução.











Conclusão

           
O objetivo ao escrever esta monografia, foi apresentar a importância que o termo vida tem nos escritos de João. Este foi, dentre todos os evangelistas, o que mais enfatizou este termo, principalmente ao escrever o Evangelho de João. Neste livro o autor selecionou os discursos de Jesus, visando principalmente à compreensão do povo de que Jesus é a vida. Seus escritos giram em torno desse termo, pois vida é o que temos, a partir do momento em que estamos ligados a Cristo. Como já disse antes, entre estudiosos é dito que este termo substitui “reino” encontrado nos outros evangelhos.
É fascinante ler os escritos de João, tendo em vista esta importância que é dada ao termo “vida”. Podemos salientar esta importância, pelo fato de que Jesus mesmo disse que é a “vida”, não precisamos de mais nenhuma declaração de igual modo para podermos ver a “vida” de uma maneira especial. Pois se estamos em Cristo, temos a vida em nós mesmos, e, mesmo que a morte seja algo presente em nosso meio, não teremos medo. É assim que se revela um verdadeiro cristão, na certeza de que Deus, em Cristo Jesus, lhe dá a “Vida Verdadeira”.
João é incrivelmente simples quanto ao uso do vocabulário, isto falando do Evangelho e das cartas de 1,2,3Jo, já em Apocalipse, a linguagem é figurada, isso devido a perseguição que a Igreja vinha sofrendo, mas João precisava escrever para os cristãos sem colocá-los em risco. Vida eterna, esta é a que tem mais espaço nos escritos de João, mas isto foi obra do Espírito Santo, o qual o inspirou para que escrevesse dessa maneira, a fim de todo o que crê tenha “vida” no nome de Jesus. Podemos ser participantes da Vida Eterna já aqui, apesar de sabermos que corremos o risco de cair da fé e sermos condenados. Mas a todos que permanecerem fiéis a Cristo, e o tiverem como seu Verdadeiro Senhor e Salvador, será dada a “Vida Eterna”. Podemos ter a certeza de que somos vencedores em Cristo, o qual é a “Vida Verdadeira”.


BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Almeida. Barueri – SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
Bíblia de Estudo NTLH. Barueri – SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2005.
BAUER, Johannes B. Dicionário de Teologia Bíblica, v.2- 3° edição. Traduzido por Helmuth Alfredo Simon. Edições Loyola, São Paulo, 1983.
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CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento, interpretado versículo por versículo. V.2, Lucas e João. Milenium, São Paulo, 1982.
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.TAYLOR, Willian Carey. O Evangelho de João, tradução e comentário. Casa Publicadora Batista, Rio de Janeiro, 1943.

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1 CO 1.18-25 1 CO 12.2 1 CO 15.20-28 1 CO 15.50-58 1 CO 2.1-5 1 CO 6.12-20 1 CO2.6-13 1 CORÍNTIOS 1 CR 28.20 1 JO 1 JO 1.1-10 1 JO 4.7-10 1 PE 1.13-21 1 PE 1.17-25 1 PE 1.3-9 1 PE 2.1-10 1 PE 2.18-25 1 PE 2.19-25 1 PE 2.4-10 1 PE 3.13-22 1 PE 3.15-22 1 PE 3.18-20 1 PE 4.12-17 1 PE 5.6-11 1 PEDRO 1 RS 19.4-8 1 RS 8.22-23 1 SM 1 1 SM 2 1 SM 28.1-25 1 SM 3 1 SM 3.1-10 1 TIMÓTEO 1 TM 1.12-17 1 Tm 2.1-15 1 TM 3.1-7 1 TS 1.5B-10 10 PENTECOSTES 13-25 13° APÓS PENTECOSTES 14° DOMINGO APÓS PENTECOSTES 15 ANOS 16-18 17 17º 17º PENTECOSTES 1CO 11.23 1CO 16 1º ARTIGO 1º MANDAMENTO 1PE 1PE 3 1RS 17.17-24 1RS 19.9B-21 2 CO 12.7-10 2 CO 5.1-10 2 CO 5.14-20 2 CORINTIOS 2 PE 1.16-21 2 PE 3.8-14 2 PENTECOSTES 2 TM 1.1-14 2 TM 1.3-14 2 TM 2.8-13 2 TM 3.1-5 2 TM 3.14-4.5 2 TM 4.6-8 2 TS 3.6-13 2° EPIFANIA 2° QUARESMA 20º PENTECOSTES 24º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 25º DOMINGO PENTECOSTES 27-30 2CO 8 2º ADVENTO 2º ARTIGO 2º DOMINGO DE PÁSCOA 2TM 1 2TM 3 3 3 PENTECOSTES 3º ARTIGO 3º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 3º DOMINGO DE PÁSCOA 3º DOMINGO NO ADVENTO 4 PENTECOSTES 41-43 4º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 4º DOMINGO DE PENTECOSTES 4º FEIRA DE CINZAS 5 MINUTOS COM JESUS 5° APÓS EPIFANIA 500 ANOS 5MINUTOS 5º DOMINGO DE PENTECOSTES 5º EPIFANIA 5º PENTECOSTES 6º MANDAMENTO 7 ESTRELAS Abiel ABORTO ABSOLVIÇÃO ACAMPAMENTO AÇÃO DE GRAÇA ACIDENTE ACIR RAYMANN ACONSELHAMENTO ACONSELHAMENTO PASTORAL ACRÓSTICO ADALMIR WACHHOLz ADELAR BORTH ADELAR MUNIEWEG ADEMAR VORPAGEL ADMINISTRAÇÃO ADORAÇÃO ADULTÉRIO ADULTOS ADVENTISTA ADVENTO ADVERSIDADES AGENDA AIDS AILTON J. MULLER AIRTON SCHUNKE AJUDAR ALBERTO DE MATTOS ALCEU PENNING ALCOOLISMO ALEGRIA ALEMÃO ÁLISTER PIEPER ALTAR ALTO ALEGRE AM 8.4-14 AMASIADO AMBIÇÃO AMIGO AMIZADE AMOR André ANDRÉ DOS S. DREHER ANDRÉ L. KLEIN ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO ANJOS ANO NOVO ANSELMO E. GRAFF ANTHONY HOEKEMA ANTIGO TESTAMENTO ANTINOMISTAS AP 1 AP 2 AP 22 AP 22.12-17 AP 3 APOCALIPSE APOLOGIA APONTAMENTOS APOSTILA ARNILDO MÜNCHOW ARNILDO SCHNEIDER ARNO ELICKER ARNO SCHNEUMANN ARREBATAMENTO ARREPENDIMENTO ARTHUR D. BENEVENUTI ARTIGO ASAS ASCENSÃO ASCLÉPIO ASSEMBLEIA ASTOMIRO ROMAIS AT AT 1 AT 1-10 AT 1.12-26 AT 10.34-43 AT 17.16-34 AT 2.1-21 AT 2.14a 36-47 AT 2.22-32 AT 2.36-41 AT 2.42-47 AT 4.32-37 AT 6.1-9 AT 7.51-60 ATANASIANO ATOS AUDIO AUGSBURGO AUGUSTO KIRCHHEIN AULA AUTO ESTIMA AUTO EXCLUSÃO AUTORIDADE SECULAR AVANÇANDO COM GRATIDÃO AVISOS AZUL E BRANCO BAIXO BATISMO BATISMO INFANTIL BELÉM BEM AVENTURADOS BENÇÃO BENJAMIM JANDT BIBLIA ILUSTRADA BÍBLIA SAGRADA BÍBLICO BINGOS BOAS NOVAS BOAS OBRAS BODAS BONIFÁCIO BOSCO BRASIL BRINCADEIRAS BRUNO A. K. SERVES BRUNO R. VOSS C.A. C.A. AUGSBURGO C.F.W. WALTHER CADASTRO CAIPIRA CALENDÁRIO CAMINHADA CAMPONESES CANÇÃO INFANTIL CANCIONEIRO CANTARES CANTICOS CÂNTICOS CANTICOS DOS CANTICOS CAPELÃO CARGAS CÁRIN FESTER CARLOS CHAPIEWSKI CARLOS W. WINTERLE CARRO CASA PASTORAL CASAL CASAMENTO CASTELO FORTE CATECISMO CATECISMO MENOR CATÓLICO CEIA PASCAL CÉLIO R. DE SOUZA CELSO WOTRICH CÉLULAS TRONCO CENSO CERIMONIAIS CÉU CHÁ CHAMADO CHARADAS CHARLES S. MULLER CHAVE BÍBLICA CHRISTIAN HOFFMANN CHURRASCO CHUVA CIDADANIA CIDADE CIFRA CIFRAS CINZAS CIRCUNCISÃO CL 1.13-20 CL 3.1-11 CLAIRTON DOS SANTOS CLARA CRISTINA J. MAFRA CLARIVIDÊNCIA CLAÚDIO BÜNDCHEN CLAUDIO R. SCHREIBER CLÉCIO L. SCHADECH CLEUDIMAR R. WULFF CLICK CLÍNICA DA ALMA CLOMÉRIO C. JUNIOR CLÓVIS J. PRUNZEL CODIGO DA VINCI COLÉGIO COLETA COLHEITA COLOSSENSES COMEMORAÇÃO COMENTÁRIO COMUNHÃO COMUNICAÇÃO CONCÓRDIA CONFIANÇA CONFIRMACAO CONFIRMAÇÃO CONFIRMANDO CONFISSÃO CONFISSÃO DE FÉ CONFISSÕES CONFLITOS CONGREGAÇÃO CONGRESSO CONHECIMENTO BÍBLICO CONSELHO CONSTRUÇÃO CONTATO CONTRALTO CONTRATO DE CASAMENTO CONVENÇÃO NACIONAL CONVERSÃO CONVITE CONVIVÊNCIA CORAL COREOGRAFIA CORÍNTIOS COROA CORPUS CHRISTI CPT CPTN CREDO CRESCENDO EM CRISTO CRIAÇÃO CRIANÇA CRIANÇAS CRIOULO CRISTÃ CRISTÃOS CRISTIANISMO CRISTIANO J. STEYER CRISTOLOGIA CRONICA CRONOLOGIA CRUCIFIXO CRUZ CRUZADAS CTRE CUIDADO CUJUBIM CULPA CULTO CULTO CRIOULO CULTO CRISTÃO CULTO DOMESTICO CULTO E MÚSICA CULTURA CURSO CURT ALBRECHT CURTAS DALTRO B. KOUTZMANN DALTRO G. TOMM DANIEL DANILO NEUENFELD DARI KNEVITZ DAVI E JÔNATAS DAVI KARNOPP DEBATE DEFICIÊNCIA FÍSICA DELMAR A. KOPSELL DEPARTAMENTO DEPRESSÃO DESENHO DESINSTALAÇÃO DEUS DEUS PAI DEVERES Devoção DEVOCIONÁRIO DIACONIA DIÁLOGO INTERLUTERANO DIARIO DE BORDO DICOTOMIA DIETER J. JAGNOW DILÚVIO DINÂMICAS DIRCEU STRELOW DIRETORIA DISCIPLINA DÍSCIPULOS DISTRITO DIVAGO DIVAGUA DIVÓRCIO DOGMÁTICA DOMINGO DE RAMOS DONS DOUTRINA DR Dr. RODOLFO H. BLANK DROGAS DT 26 DT 6.4-9 EBI EC 9 ECLESIASTES ECLESIÁSTICA ECUMENISMO EDER C. WEHRHOLDT Ederson EDGAR ZÜGE EDISON SELING EDMUND SCHLINK EDSON ELMAR MÜLLER EDSON R. TRESMANN EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ EF 1.16-23 EF 2.4-10 EF 4.1-6 EF 4.16-23 EF 4.29-32 EF 4.30-5.2 EF 5.22-33 EF 5.8-14 EF 6.10-20 ÉFESO ELBERTO MANSKE Eleandro ELEMAR ELIAS R. EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURA PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS SOPRANO Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENOR TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12