RECENSÃO DO LIVRO ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA
No inicio falarei um pouco sobre o autor Martin P. Ralph, e sua obra “adoração na igreja primitiva”, lançada em 1982, pela sociedade religiosa e edições vida nova. Destacarei um pouco sobre o enfoque e sobre a adoração na igreja primitiva.
Martin P. Ralph é catedrático de Novo Testamento no seminário Fuller na Pasadena em Califórnia. Mediante muitos estudos graduou-se como Ph.D. pela Universidade de Londres e é autor de numerosos livros e artigos, entre eles o livro ”Adoração na igreja primitiva”.
Este livro, lançado em 1982 pela sociedade religiosa edições vida nova, possui um grande enfoque na cultura primitiva que adorava Deus e a obra salvífica através de Jesus Cristo. Ele nos traz o modo de como a comunidade no tempo apostólico adorava na igreja, exemplificando o verdadeiro significado do termo adorar que é um ato especial de louvor.
Martin trata neste livro alguma revelação do Deus vivo para salvar o seu povo. Martin revela que Deus é Deus de amor, único, paciente, Todo-Poderoso e misericordioso. Martin diz que adoração cristã é a mistura feliz de oferecer à Deus, nosso criador e redentor mediante Jesus Cristo, não somente aquilo que lhe devemos, mas também aquilo que desejamos dar-lhe.
Jesus Cristo mostra uma atitude diferente aos costumes judaicos. Revela que a construção de um templo é plano secundário e a mensagem do Evangelho supera qualquer lei referente aos costumes de purificação, tais como o jejum, sábados, etc., ou seja, costumes judaicos.
Costumes de adoração na igreja primitiva
As orações eram feitas individual e coletivas, ou seja, orava-se pela igreja e pessoas como também para si próprio. Jesus deixou orações registradas nos evangelhos que servem como modelo. Há registro no uso de palavras usadas nas orações, tais como maranatha que é parecido com o nosso atual amém.
Os cânticos não eram uma novidade naquela época, pois o povo do Antigo Testamento louvavam a Deus com hinos, e a igreja primitiva herdou esta forma de louvor. Assim temos vários registros de hinos, por exemplos os salmos, Lucas 1.68-79 que é chamado o Benedictus. É importante notar que o tema que soava nos hinos do Novo Testamento é a certeza de que Cristo é vencedor de todos os inimigos do homem e é adorado, com toda a razão, como a imagem de Deus que está acima de tudo.
As confissões são um resultado da fé que surgiu mediante a pregação do evangelho. Confessar que Jesus é o Senhor é crer na salvação que recebemos do Senhor, com isso muitos foram martirizados. Nem sempre a palavra de Deus foi aceita, mas entre os judeus era dedicado o tempo nobre para ouvir a mensagem divina.
Paulo deixa claro que a coleta era para manter a igreja. Cada um podia dar o que fosse de livre vontade para contribuir na edificação da igreja. A dádiva é santificada e a adoração é concretizada à medida que o fruto do nosso trabalho é trazido e oferecido. Paulo diz que a oferta deve ser feita de coração para que ninguém se glorie. A oferta entregue com motivos de glória pessoal era um ameaça contra o Deus Eterno.
Martin trata também sobre a importância do batismo para o cristão, pois é uma forma visível de fé para a igreja e para ser reconhecido como filho regenerado diante de Deus. O batismo não nem um rito humano, mas baseia-se na autoridade do próprio Jesus Cristo. Desta forma, deve-se batizar em nome de Jesus Cristo, pois só Nele é que se deve depositar a fé.
A morte e a ressurreição de Jesus Cristo é o cumprimento da obra divina de salvar o homem dos seus pecados. Podemos perceber em relatos bíblicos que houve muita preparação antes desse acontecimento. A celebração da páscoa e todo o cenário têm referencia ao Êxodo no Antigo Testamento, sendo Jesus o cordeiro que tira o pecado do mundo. A Ceia do Senhor foi um momento especial, o fermento que está ausente no pão significa o mal. Assim devemos lembra de Jesus Cristo que teve sua vida pura e nos chama para fazermos parte dela.
O pão e o vinho instituídos para Paulo, são os portadores da presença de Cristo, portanto, a Ceia deve ser feita em nome de Jesus Cristo.