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1º CAMINHADA DA REFORMA

Contando com a realização da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e Igreja Evangélica de Confissão Luterana (IECLB) de Alto Alegre dos Parecis, realizou-se na tarde e início da noite do dia 30 de outrubro pelas principais ruas da cidade a 1ª Caminhada da Reforma Protestante para lembrar e comemorar os 498 anos deste grande evento que marcou a cisão entre os cristãos no mundo.

Ocorrida na Alemanha do Século XVI(31/10/1517) e capitaneada por Martinho Lutero a Reforma Protestante fundamentou as bases de uma nova doutrina religiosa de cunho cristã baseada nas premissas bíblicas paulinas do "justo viverá pela fé".

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CULTO DE REFORMA

No dia 31 de outubro de 2014, na parte da tarde, realizou-se o Culto especial de Reforma, lembrando e agradecendo a Deus pelos 497 anos da Reforma protestante.
Após o Culto, foi realizado um piquenique, onde os membros foram convidados a trazerem doces, salgados para a confraternização.





REFORMA DO TEMPLO–COMUNIDADE CONCÓRDIA

Esperamos muito para começar a Reforma de nosso Templo. Agora, começamos esta obra. Quem vai a frente, abrindo portas, abençoando, edificando, é o Próprio Deus, para que seu povo possa louvá-lo, pois Ele é digno de Louvor, Honra e Glória.

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REFORMA LUTERANA

No dia 31 de outubro comemora-se a Reforma Luterana. Nesta mesma data em 1517, o Dr. Martinho Lutero pregou às portas da Catedral da cidade de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses que marcam o início do movimento do qual nasceu a Igreja Luterana.

Mas não são as teses de Lutero o motivo pelo qual a Reforma é lembrada. Isto se deve porque o movimento da Reforma restabeleceu o conceito bíblico sobre as três colunas básicas do cristianismo, que são: As escrituras, a graça e a fé.

A respeito das escrituras – a Bíblia Sagrada – cremos ser ela a Palavra de Deus em que o próprio Deus nos diz quem ele é, quem somos nós, e tudo quanto ele nos oferece. Por isso reconhecemos a Bíblia como única e suficiente norma de fé e conduta cristã. O apóstolo Paulo fala da Bíblia como sendo “as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus”. (2 Timóteo 3.15)

A respeito da graça de Deus, conforme o claro testemunho da Bíblia, cremos que Deus oferece, através de Cristo, o perdão dos pecados e a salvação eterna, sem exigir de nós qualquer pagamento, porquanto Cristo, mediante a sua vida santa e o seu sacrifício expiatório, pagou total e integralmente o preço da redenção de nossas almas. E tendo sido desta forma satisfeita a justiça de Deus. Deus oferece de graça, tanto o perdão total dos nossos pecados, como a salvação eterna a todos os que crêem. O apóstolo Paulo diz: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.” (Romanos 3.23 e 24)

A respeito da fé, cremos ser ela a certeza de que tudo quanto a Bíblia diz sobre nós e sobre Deus é verdade. A fé, pois, aceita a graça de Deus, confia no perdão e espera a salvação. A fé é um dom de Deus. O apóstolo Paulo diz: “Justificados mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus cristo. E gloriemo-nos na esperança da glória de Deus.” (Romanos 5.1 e 2)

A compreensão bíblica dessas três colunas do cristianismo é um dos grandes motivos porque os luteranos comemoram a Reforma. Escrituras, graça e fé são também o fundamento sobre o qual os filhos de Deus edificam suas vidas; são os parâmetros que nos orientam em meio a tantos desvios de conduta que presenciamos diariamente em nossa sociedade. Escrituras, graça de Deus e fé em Deus, são fontes da “esperança da glória de Deus”. Amém.

Pastor Paulo Kerte Jung

REFORMA LUTERANA

No dia 31 de outubro comemora-se a Reforma Luterana. Nesta mesma data em 1517, o Dr. Martinho Lutero pregou às portas da Catedral da cidade de Wittenberg, na Alemanha, as 95 teses que marcam o início do movimento do qual nasceu a Igreja Luterana.

Mas não são as teses de Lutero o motivo pelo qual a Reforma é lembrada. Isto se deve porque o movimento da Reforma restabeleceu o conceito bíblico sobre as três colunas básicas do cristianismo, que são: As escrituras, a graça e a fé.

A respeito das escrituras – a Bíblia Sagrada – cremos ser ela a Palavra de Deus em que o próprio Deus nos diz quem ele é, quem somos nós, e tudo quanto ele nos oferece. Por isso reconhecemos a Bíblia como única e suficiente norma de fé e conduta cristã. O apóstolo Paulo fala da Bíblia como sendo “as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus”. (2 Timóteo 3.15)

A respeito da graça de Deus, conforme o claro testemunho da Bíblia, cremos que Deus oferece, através de Cristo, o perdão dos pecados e a salvação eterna, sem exigir de nós qualquer pagamento, porquanto Cristo, mediante a sua vida santa e o seu sacrifício expiatório, pagou total e integralmente o preço da redenção de nossas almas. E tendo sido desta forma satisfeita a justiça de Deus. Deus oferece de graça, tanto o perdão total dos nossos pecados, como a salvação eterna a todos os que crêem. O apóstolo Paulo diz: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus.” (Romanos 3.23 e 24)

A respeito da fé, cremos ser ela a certeza de que tudo quanto a Bíblia diz sobre nós e sobre Deus é verdade. A fé, pois, aceita a graça de Deus, confia no perdão e espera a salvação. A fé é um dom de Deus. O apóstolo Paulo diz: “Justificados mediante a fé, tenhamos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus cristo. E gloriemo-nos na esperança da glória de Deus.” (Romanos 5.1 e 2)

A compreensão bíblica dessas três colunas do cristianismo é um dos grandes motivos porque os luteranos comemoram a Reforma. Escrituras, graça e fé são também o fundamento sobre o qual os filhos de Deus edificam suas vidas; são os parâmetros que nos orientam em meio a tantos desvios de conduta que presenciamos diariamente em nossa sociedade. Escrituras, graça de Deus e fé em Deus, são fontes da “esperança da glória de Deus”. Amém.

Pastor Paulo Kerte Jung

OUTUBRO–MÊS DA REFORMA

Outubro, sem dúvidas é um mês especial, afinal celebra-se a reforma protestante, data especial e de extrema importância para nós luteranos, bem como todos os cristãos. Comece a meditar sobre esse mês, tão importante, fundamentando nossas vidas e lembrando sempre : Sola Gratia, Sola a Scriptura, Sola Fide é possível chegar aos céus.

Que Deus seja louvado!

LITURGIA PARA CULTO DE REFORMA

1. SAUDAÇÃO -- Caros irmãos e irmãs em Cristo Jesus. Rendamos com alegria e gratidão este culto ao Deus triúno, pela sua vinda, presença e ação do Espírito Santo conosco. Por ter preparado diante de nós um lindo banquete de festa de casamento, a Santa Ceia que está sobre o altar. E por ter orientado e encorajado o servo Lutero na redescoberta do evangelho. Todos sejam bem vindos a este momento de adoração, para receber perdão e salvação de Deus.

2. HINO – Refúgio e fortaleza Deus sempre é. / Socorro bem presente nas tribulações. / E mesmo se os montes vierem a estremecer, em Jesus eu quero sempre crer.

:: Deus conosco está, sim, está. Filho de Davi. O Senhor dos exércitos nosso refúgio é. ::

Refúgio e fortaleza Deus sempre é. Existe uma cidade do Deus de Jacó, jamais será abalada, jamais sucumbirá. Vida eterna e salvação jorrará.

:: Deus conosco está, sim, está. Filho de Davi. O Senhor dos exércitos nosso refúgio é. ::

3. INVOCAÇÃO –

O: Em nome de Deus, o Pai,

C: que nos criou e nos dá todas as coisas.

O: Em nome de Deus, o Filho,

C: que nos salvou com seu santo e precioso sangue.

O: Em nome de Deus, o Espírito Santo,

C: que nos chamou pelo evangelho e nos congregou, iluminou, santificou e enviou para proclamar a salvação.

O: A Ele seja dado toda hora e toda glória hoje e para sempre.

C: Amém.

4. CONFISSÃO E ABSOLVIÇÃO –

O: Amados no Senhor! Hoje nos reunimos na presença do Senhor nosso Deus para um culto de louvor. Queremos celebrar os feitos do Senhor. Queremos relembrar como Deus restaurou a pregação do

Evangelho em sua igreja e louvá-lo por ter-nos preservado este precioso dom. Somos indignos dessa graça, por isso lhe suplicamos que não nos lance fora de sua presença, nem retire de nós a sua palavra, mas nos seja misericordioso e aceite o nosso louvor.

O: Elevamos nossos olhos para os montes, onde está o socorro?

C: Está no Senhor que fez o céu e a terra.

O: Pois, dizia eu: confessarei ao Senhor as minhas transgressões.

C: E Deus, em e por amor a Cristo perdoou toda a maldade do meu pecado.

O: e C: Ó misericordioso Deus e Pai! Eu, pobre ser humano pecador, confesso a ti que não somente pequei por pensamentos, palavras e ações, mas também fui concebido em pecado, de modo que a minha natureza inteira e todo o meu ser são culpados e condenáveis perante a tua justiça. Lamento de todo o coração os meus pecados e estou sinceramente arrependido. Abrigo-me em tua insondável misericórdia e, pela inocente e amarga paixão e morte de teu amado Filho Jesus Cristo, suplico-te que me perdoes e me fortaleças por teu Santo Espírito, melhore a minha vida e me converta a ti verdadeiramente. Ó meu Deus, confio em tua graça; tem compaixão de mim e concede-me a tua paz! Amém.

O: O onipotente e misericordioso Deus teve compaixão de nós. Ele entregou o seu único Filho a morte por nós e, por amor a Ele, nos perdoou todos os pecados e nos considera seus filhos e herdeiros do seu reino e nos prometeu o Espírito Santo. Por isso, quem crer e for batizado, será salvo. Deus nos salve e conduza à vida eterna.

C: Amém.

O: O Deus Trino nos dê a graça de adorarmos neste culto com corações e lábios puros, por amor do seu santo nome e da nossa salvação.

C: Amém.

5. SALMO – 46

O: “Castelo forte é o nosso Deus, defesa e boa espada. E este Deus por nós batalha e irá vencer e o céu será a nossa herança”. Essa era a certeza de Lutero no meio das batalhas da Reforma, baseado no salmo 46. E essa também é a nossa convicção ao batalharmos motivados por Cristo. Louvemos, pois, a Deus lendo este salmo de forma responsiva.

6. GLORIA PATRI E KYRIE

O: e C: Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Santo Espírito, como era no princípio agora é e por todo sempre há de ser. Amém.

Senhor, tem piedade de nós. Cristo, tem piedade de nós. Senhor, tem piedade de nós.

7. SAUDAÇÃO

O: O Senhor seja convosco.

C: E com o teu espírito.

8. ORAÇÃO –

9. LEITURAS – Antigo Testamento: Jr 31.31-34

– Epistola: Rm 3.19-28

10. HINO -- 381

11. LEITURA – Evangelho: Jo 8.31-38

12. CONFISSÃO DE FÉ RESPONSIVA (Hino 233)

O: Nós cremos todos num só Deus, criador de céu e de terra.

C: Um Pai que a nós, os filhos seus, com amor no peito encerra.

O: Dá-nos sempre o mantimento, alma e corpo nos ampara.

C: Em perigos traz alento, proteção na trilha amara;

O: Pois nada nos molestará,

C: Com seu poder nos guardará.

O: Nós cremos num só Salvador, que é Jesus, seu Filho amado;

C: É Deus igual ao Criador e também com Ele honrado.

O: Veio ao mundo por Maria como um homem verdadeiro;

C: Viu-se em dores e agonia e expiou no vil madeiro;

O: Porém dos mortos ressurgiu

C: E nossas almas redimiu.

O: Nós cremos no consolador, Santo Espírito Divino;

C: Conforta o pecador com seus dons e seu ensino;

O: Edifica a cristandade, conservando-a em harmonia,

C: E perdoa a iniqüidade.

O: Vindo o derradeiro dia, da tumba havemos de sair

O: e C: E a glória celestial subir. Amém.

13. HINO – 371

14. MENSAGEM

15. RECOLHIMENTO DAS OFERTAS

16. ORAÇÃO GERAL

17. PAI NOSSO

18. PALAVRAS DA INSTITUIÇÃO

O: Nosso Senhor Jesus... em memória minha.

19. O: A paz do Senhor seja convosco para sempre!

C: Amém.

C: Cordeiro divino, morto pelo pecador, sê compassivo. Cordeiro divino, morto pelo pecador, sê compassivo. Cordeiro divino, morto pelo pecador, a paz concede. Amém.

20. DISTRIBUIÇÃO DA SANTA CEIA

21. ORAÇÃO DE DESPEDIDA

O: bondoso Deus e amado Pai celestial, depois de nossos olhos contemplarem novamente a tua salvação, a qual preparaste para todos os povos, e, de desfrutarmos as tuas dádivas neste culto festivo da Reforma, só podemos agradecer-te por tudo isso. Rogamos que fiques ao nosso lado em todos os momentos de nossa vida. Só assim seremos bons pais, bons filhos e podermos desfrutar as delícias de uma convivência especial com os irmãos que nos cercam aqui e, um dia, no além, da bendita vida reservada para todos os que são teus. Amém.

22. BENÇÃO

95 TESES DE LUTERO

As 95 Teses:

1 Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2 Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3 No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4 Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5 O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6 O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
7 Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8 Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9 Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10 Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11 Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12 Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13 Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14 Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.
15 Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16 Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17 Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor
18 Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
20 Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21 Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22 Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23 Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24 Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25 O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26 O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27 Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28 Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29 E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.
30 Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31 Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32 Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33 Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.
34 Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35 Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.
36 Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
37 Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38 Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.
39 Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.
40 A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.
41 Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42 Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43 Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44 Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45 Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46 Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47 Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48 Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.
49 Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50 Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51 Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52 Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53 São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54 Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55 A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56 Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57 É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58 Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59 S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60 É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.
61 Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.
62 O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63 Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.
64 Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.
65 Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66 Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67 As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.
68 Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.
69 Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70 Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.
71 Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72 Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73 Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74 muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.
75 A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76 Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.
77 A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.
78 Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.
79 É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.
80 Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.
81 Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.
82 Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?
83 Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84 Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?
85 Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86 Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87 Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?
88 Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89 Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90 Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91 Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92 Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz!
93 Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!
94 Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;
95 e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.

95 TESES DE LUTERO

As 95 Teses:

1 Ao dizer: "Fazei penitência", etc. [Mt 4.17], o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis que toda a vida dos fiéis fosse penitência.
2 Esta penitência não pode ser entendida como penitência sacramental (isto é, da confissão e satisfação celebrada pelo ministério dos sacerdotes).
3 No entanto, ela não se refere apenas a uma penitência interior; sim, a penitência interior seria nula, se, externamente, não produzisse toda sorte de mortificação da carne.
4 Por conseqüência, a pena perdura enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é a verdadeira penitência interior), ou seja, até a entrada do reino dos céus.
5 O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
6 O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.
7 Deus não perdoa a culpa de qualquer pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.
8 Os cânones penitenciais são impostos apenas aos vivos; segundo os mesmos cânones, nada deve ser imposto aos moribundos.
9 Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.
10 Agem mal e sem conhecimento de causa aqueles sacerdotes que reservam aos moribundos penitências canônicas para o purgatório.
11 Essa erva daninha de transformar a pena canônica em pena do purgatório parece ter sido semeada enquanto os bispos certamente dormiam.
12 Antigamente se impunham as penas canônicas não depois, mas antes da absolvição, como verificação da verdadeira contrição.
13 Através da morte, os moribundos pagam tudo e já estão mortos para as leis canônicas, tendo, por direito, isenção das mesmas.
14 Saúde ou amor imperfeito no moribundo necessariamente traz consigo grande temor, e tanto mais, quanto menor for o amor.
15 Este temor e horror por si sós já bastam (para não falar de outras coisas) para produzir a pena do purgatório, uma vez que estão próximos do horror do desespero.
16 Inferno, purgatório e céu parecem diferir da mesma forma que o desespero, o semidesespero e a segurança.
17 Parece desnecessário, para as almas no purgatório, que o horror diminua na medida em que cresce o amor
18 Parece não ter sido provado, nem por meio de argumentos racionais nem da Escritura, que elas se encontram fora do estado de mérito ou de crescimento no amor.
19 Também parece não ter sido provado que as almas no purgatório estejam certas de sua bem-aventurança, ao menos não todas, mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos plena certeza.
20 Portanto, sob remissão plena de todas as penas, o papa não entende simplesmente todas, mas somente aquelas que ele mesmo impôs.
21 Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.
22 Com efeito, ele não dispensa as almas no purgatório de uma única pena que, segundo os cânones, elas deveriam ter pago nesta vida.
23 Se é que se pode dar algum perdão de todas as penas a alguém, ele, certamente, só é dado aos mais perfeitos, isto é, pouquíssimos.
24 Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena.
25 O mesmo poder que o papa tem sobre o purgatório de modo geral, qualquer bispo e cura tem em sua diocese e paróquia em particular.
26 O papa faz muito bem ao dar remissão às almas não pelo poder das chaves (que ele não tem), mas por meio de intercessão.
27 Pregam doutrina humana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28 Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, podem aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
29 E quem é que sabe se todas as almas no purgatório querem ser resgatadas? Dizem que este não foi o caso com S. Severino e S. Pascoal.
30 Ninguém tem certeza da veracidade de sua contrição, muito menos de haver conseguido plena remissão.
31 Tão raro como quem é penitente de verdade é quem adquire autenticamente as indulgências, ou seja, é raríssimo.
32 Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência.
33 Deve-se ter muita cautela com aqueles que dizem serem as indulgências do papa aquela inestimável dádiva de Deus através da qual a pessoa é reconciliada com Deus.
34 Pois aquelas graças das indulgências se referem somente às penas de satisfação sacramental, determinadas por seres humanos.
35 Não pregam cristãmente os que ensinam não ser necessária a contrição àqueles que querem resgatar ou adquirir breves confessionais.
36 Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito à remissão pela de pena e culpa, mesmo sem carta de indulgência.
37 Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgência.
38 Mesmo assim, a remissão e participação do papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino.
39 Até mesmo para os mais doutos teólogos é dificílimo exaltar perante o povo ao mesmo tempo, a liberdade das indulgências e a verdadeira contrição.
40 A verdadeira contrição procura e ama as penas, ao passo que a abundância das indulgências as afrouxa e faz odiá-las, pelo menos dando ocasião para tanto.
41 Deve-se pregar com muita cautela sobre as indulgências apostólicas, para que o povo não as julgue erroneamente como preferíveis às demais boas obras do amor.
42 Deve-se ensinar aos cristãos que não é pensamento do papa que a compra de indulgências possa, de alguma forma, ser comparada com as obras de misericórdia.
43 Deve-se ensinar aos cristãos que, dando ao pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
44 Ocorre que através da obra de amor cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao passo que com as indulgências ela não se torna melhor, mas apenas mais livre da pena.
45 Deve-se ensinar aos cristãos que quem vê um carente e o negligencia para gastar com indulgências obtém para si não as indulgências do papa, mas a ira de Deus.
46 Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgência.
47 Deve-se ensinar aos cristãos que a compra de indulgências é livre e não constitui obrigação.
48 Deve-se ensinar aos cristãos que, ao conceder indulgências, o papa, assim como mais necessita, da mesma forma mais deseja uma oração devota a seu favor do que o dinheiro que se está pronto a pagar.
49 Deve-se ensinar aos cristãos que as indulgências do papa são úteis se não depositam sua confiança nelas, porém, extremamente prejudiciais se perdem o temor de Deus por causa delas.
50 Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.
51 Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto - como é seu dever - a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.
52 Vã é a confiança na salvação por meio de cartas de indulgências, mesmo que o comissário ou até mesmo o próprio papa desse sua alma como garantia pelas mesmas.
53 São inimigos de Cristo e do papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.
54 Ofende-se a palavra de Deus quando, em um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais tempo às indulgências do que a ela.
55 A atitude do papa é necessariamente esta: se as indulgências (que são o menos importante) são celebradas com um toque de sino, uma procissão e uma cerimônia, o Evangelho (que é o mais importante) deve ser anunciado com uma centena de sinos, procissões e cerimônias.
56 Os tesouros da Igreja, dos quais o papa concede as indulgências, não são suficientemente mencionados nem conhecidos entre o povo de Cristo.
57 É evidente que eles, certamente, não são de natureza temporal, visto que muitos pregadores não os distribuem tão facilmente, mas apenas os ajuntam.
58 Eles tampouco são os méritos de Cristo e dos santos, pois estes sempre operam, sem o papa, a graça do ser humano interior e a cruz, a morte e o inferno do ser humano exterior.
59 S. Lourenço disse que os pobres da Igreja são os tesouros da mesma, empregando, no entanto, a palavra como era usada em sua época.
60 É sem temeridade que dizemos que as chaves da Igreja, que lhe foram proporcionadas pelo mérito de Cristo, constituem este tesouro.
61 Pois está claro que, para a remissão das penas e dos casos, o poder do papa por si só é suficiente.
62 O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus.
63 Este tesouro, entretanto, é o mais odiado, e com razão, porque faz com que os primeiros sejam os últimos.
64 Em contrapartida, o tesouro das indulgências é o mais benquisto, e com razão, pois faz dos últimos os primeiros.
65 Por esta razão, os tesouros do Evangelho são as redes com que outrora se pescavam homens possuidores de riquezas.
66 Os tesouros das indulgências, por sua vez, são as redes com que hoje se pesca a riqueza dos homens.
67 As indulgências apregoadas pelos seus vendedores como as maiores graças realmente podem ser entendidas como tal, na medida em que dão boa renda.
68 Entretanto, na verdade, elas são as graças mais ínfimas em comparação com a graça de Deus e a piedade na cruz.
69 Os bispos e curas têm a obrigação de admitir com toda a reverência os comissários de indulgências apostólicas.
70 Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbido pelo papa.
71 Seja excomungado e maldito quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.
72 Seja bendito, porém, quem ficar alerta contra a devassidão e licenciosidade das palavras de um pregador de indulgências.
73 Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,
74 muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram defraudar a santa caridade e verdade.
75 A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes ao ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura.
76 Afirmamos, pelo contrário, que as indulgências papais não podem anular sequer o menor dos pecados veniais no que se refere à sua culpa.
77 A afirmação de que nem mesmo S. Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o papa.
78 Afirmamos, ao contrário, que também este, assim como qualquer papa, tem graças maiores, quais sejam, o Evangelho, os poderes, os dons de curar, etc., como está escrito em 1 Co 12.
79 É blasfêmia dizer que a cruz com as armas do papa, insignemente erguida, equivale à cruz de Cristo.
80 Terão que prestar contas os bispos, curas e teólogos que permitem que semelhantes conversas sejam difundidas entre o povo.
81 Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil, nem para os homens doutos, defender a dignidade do papa contra calúnias ou perguntas, sem dúvida argutas, dos leigos.
82 Por exemplo: por que o papa não evacua o purgatório por causa do santíssimo amor e da extrema necessidade das almas - o que seria a mais justa de todas as causas -, se redime um número infinito de almas por causa do funestíssimo dinheiro para a construção da basílica - que é uma causa tão insignificante?
83 Do mesmo modo: por que se mantêm as exéquias e os aniversários dos falecidos e por que ele não restitui ou permite que se recebam de volta as doações efetuadas em favor deles, visto que já não é justo orar pelos redimidos?
84 Do mesmo modo: que nova piedade de Deus e do papa é essa: por causa do dinheiro, permitem ao ímpio e inimigo redimir uma alma piedosa e amiga de Deus, porém não a redimem por causa da necessidade da mesma alma piedosa e dileta, por amor gratuito?
85 Do mesmo modo: por que os cânones penitenciais - de fato e por desuso já há muito revogados e mortos - ainda assim são redimidos com dinheiro, pela concessão de indulgências, como se ainda estivessem em pleno vigor?
86 Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?
87 Do mesmo modo: o que é que o papa perdoa e concede àqueles que, pela contrição perfeita, têm direito à remissão e participação plenária?
88 Do mesmo modo: que benefício maior se poderia proporcionar à Igreja do que se o papa, assim como agora o faz uma vez, da mesma forma concedesse essas remissões e participações 100 vezes ao dia a qualquer dos fiéis?
89 Já que, com as indulgências, o papa procura mais a salvação das almas do o dinheiro, por que suspende as cartas e indulgências outrora já concedidas, se são igualmente eficazes?
90 Reprimir esses argumentos muito perspicazes dos leigos somente pela força, sem refutá-los apresentando razões, significa expor a Igreja e o papa à zombaria dos inimigos e desgraçar os cristãos.
91 Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido.
92 Fora, pois, com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo: "Paz, paz!" sem que haja paz!
93 Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo: "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!
94 Devem-se exortar os cristãos a que se esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça, através das penas, da morte e do inferno;
95 e, assim, a que confiem que entrarão no céu antes através de muitas tribulações do que pela segurança da paz.

A GUERRA DOS CAMPONESES

introdução
Ao estudarmos a Reforma é importante que analisemos o contexto econômico e social da época e quais as influências destas questões para o movimento religioso. Nesse aspecto, estudaremos a situação dos camponeses e suas reivindicações, qual o motivo da insatisfação desta classe e contra quem estes se voltaram.
Além disso, é importante levarmos em conta o posicionamento das pessoas que estavam à frente destes movimentos - quando digo “movimentos”, me refiro à Reforma religiosa e a revolta dos camponeses – e qual a relação que existe entre ambos.
 Dessa forma, procura-se caracterizar a revolta dos camponeses, como ela se desenvolveu, quais os rumos que ela tomou e como terminou. Finalmente, se pretende mostrar quais as conseqüências da derrota dos camponeses em relação à reforma.



1. a guerra dos camponeses

A guerra dos camponeses foi marcada por várias revoltas que se estenderam durante o período que vai do final da Idade Média até o século XVIII. De uma forma geral, fala-se em guerra dos camponeses, pois estes tiveram uma maior participação, contudo, também estiveram presentes nestas revoltas, pessoas de outras classes, como artesãos, artistas e religiosos.
A guerra dos camponeses alemã se intensificou em junho de 1524, na margem sudeste da Floresta negra, próximo a fronteira com a Suíça.[1] No mesmo ano também aconteceu uma revolução na Suábia, durante a qual foram escritos os Doze Artigos, uma espécie de escrito programático que reuniu as queixas das aldeias próximas a Baltringen, no sul da Alemanha. A partir destes artigos se formou a maior e mais poderosa milícia de rebelados.
No centro da Alemanha a revolta ficou concentrada em torno da cidade de Mühlhausen e contou com a participação de Tomás Müntzer.

1.1  A situação economica, social e política

A grande característica da Idade Média foi o feudalismo. A maioria das pessoas vivia no campo. Como afirma Martini,
“As relações entre senhores feudais e servos eram reguladas pelo direito clássico medieval. Através dele os servos tinham seus deveres determinados e direitos garantidos, como o da caça, pesca, acesso à madeira, à moradia e sustento vitalício na área do feudo”.[2]
Mas o Império Sacro Alemão estava passando por diversas mudanças. O crescimento do comércio, das cidades, a invenção da pólvora e da imprensa juntamente com a insatisfação dos camponeses acabou introduzindo um novo modelo econômico. Estava acontecendo a transição do Feudalismo para o capitalismo mercantil.
A classe dos camponeses foi a que mais sofreu durante a Idade Média. Ela  estavam vivendo num regime de semi-escravidão. Nesse sentido, os camponeses não podiam ser vendidos para outro senhor feudal muito menos sair do feudo de forma voluntária. A lei determinava que, caso alguém nascesse camponês era obrigado ser camponês para o resto da vida, não era permitido que alguém mudasse de classe.
Além disso, os senhores feudais não estavam cumprindo seus deveres para com os camponeses, ou seja, eles não permitiam que estes caçassem, pescassem e recolhessem a lenha necessária para a sua sobrevivência. Tudo isto contribuiu para a instabilidade econômica, social e política, e causou diversos movimentos, alguns violentos.
Outra causa da insatisfação dos camponeses foi o aumento dos impostos. Segundo os camponeses, o dízimo era o imposto a ser pago, conforme o direito divino. Por isso, os camponeses protestaram contra os abusos dos príncipes, pois havia uma cobrança de impostos acima do que estipulava a “Lei Divina”. Esta cobrança excessiva constituía no grande dízimo direcionado à igreja, o dizimo ao Senhor Feudal, e o dízimo sobre as pequenas coisas.
Não fossem apenas os impostos, os camponeses ainda eram obrigados a trabalhar de graça quatro dias por semana. Tudo isso trouxe descontentamento e deixou as classes menos favorecidas revoltadas.
Este descontentamento também se direcionava ao clero e ao papado, pois estes também eram favorecidos pelo aumento dos impostos. Havia uma estreita relação entre a Igreja e o Império. O papado tinha sob seu domínio o poder econômico e político.
Foi neste contexto de insatisfação que Lutero iniciou seu movimento. É importante ressaltar a relação que existia entre a Reforma religiosa proposta por Lutero e a reforma social idealizada pelos camponeses.
Nesse sentido, percebe-se que Lutero não tinha a intenção de criar uma nova igreja, muito menos causar uma revolução social. Ele tinha em mente a restauração das verdades bíblicas. É certo também, que em seus escritos, Lutero criticou a nobreza e o clero por manter sob condições indignas as pessoas de classes inferiores. Por outro lado, ele sempre afirmou que era preciso obedecer às autoridades, pois estas eram instituídas por Deus e tinham a função de manter a ordem. 

1.2  os doze artigos

Trata-se de um manifesto que continha as principais queixas dos camponeses, a partir das quais se formou a maior e mais poderosa milícia de rebelados. Pode-se resumir assim os doze artigos:
“1) aborda o direito de cada comunidade de eleger e demitir seu pastor; 2) trata da abolição do pequeno dízimo e da revisão do destino do grande dízimo; 3) questiona o sistema de servidão a partir do sacrifício de Jesus, que, com seu sangue, conquistou a liberdade para todos; 4) defende o direito de caça e pesca para os pobres; 5) defende o direito à lenha; 6) reclama a retribuição por trabalhos compulsivos; 7) fala do direito de não serem sobrecarregados pelos senhores, embora admita o dever de prestarem eventuais serviços; 8) reclama dos tributos que pesam sobre os bens que alguns camponeses possuem; 9) exige que se pare de modificar constantemente os regulamentos que determinam os castigos aos servos; 10) condena a apropriação indevida de áreas de pastagem que pertencem à comunidade; 11) quer abolir o imposto sobre herança que pesa sobre viúvas e órfãos; 12) manifesta a decisão de revogar os artigos que eventualmente sejam contra a vontade divina.”[3]
É certo que todas estas reivindicações eram justas e necessárias para que os camponeses pudessem viver de forma digna. Por outro lado, Lutero não deixou de criticar os camponeses, pois estes afirmavam estar agindo em nome do evangelho. Apesar disto, pode-se perceber que critérios bíblicos estão presentes em quase todos os artigos.
Nesse sentido, deve-se ter em mente que estes camponeses estavam lutando pelos seus interesses e utilizavam passagens da Bíblia para criticar o clero e os príncipes. Contudo, eles não estavam preocupados se estavam utilizando o nome de Deus de forma indevida, o que eles queriam era se mostrar contrários à classe dominante e conquistar seus direitos.
Os artigos mais significativos certamente são aqueles que dizem respeito ao dízimo. O segundo artigo trata desta questão e admite que se cobre o dízimo, contudo, afirma que o dinheiro deve ser destinado, segundo a vontade da comunidade, ao sustento do pastor e amparo aos pobres. Isto com certeza preocupou os príncipes e o clero, pois eles eram mantidos pelo dízimo.
Lutero critica duramente este artigo afirmando que através deste os camponeses queriam apoderar-se de algo que não lhes pertencia, além de estarem desrespeitando as autoridades. Diz também que, se os camponeses quisessem ajudar os pobres deveriam fazer isto com seus próprios recursos.[4]
O terceiro artigo também foi alvo das criticas de Lutero. Ele questionou a afirmação da liberdade dizendo que isto significa transformar a liberdade cristã em coisa meramente carnal. Dessa forma, “Um escravo pode muito bem ser cristão e gozar de liberdade cristã, tal como um prisioneiro ou enfermo é cristão, mas não é livre... pois o reino secular não pode subsistir onde não houver desigualdade das pessoas...”.[5]
Portanto, é evidente que os interesses dos camponeses eram meramente sociais, ou seja, eles estavam lutando para resolver suas questões de sobrevivência e seus problemas de ordem material. Para tanto, utilizaram como base a Escritura e afirmaram estar sob esta autoridade para exigir tais mudanças. Por isso, Lutero se manifestou de forma tão severo as suas afirmações.



2. lutero e os camponeses

Lutero não tinha em mente uma revolução social, ele apenas queria restabelecer as verdades bíblicas há muito tempo esquecidas pela igreja da época. Por outro lado, as suas afirmações contribuíram para que as manifestações das classes desprivilegiadas tomassem forma. Assim, de certa forma, Lutero teve um papel catalisador, ele não era a causa, mas, ainda assim, equivaleu a um sopro vigoroso sobre o fogo que se alastrava.[6]
Diante das diversas situações irregulares praticadas na Igreja, Lutero protestou e deixou sua opinião em diversos escritos.
Muitas vezes há confusão entre o objetivo de Lutero e o dos camponeses. Lutero pretendia restaurar as verdades esquecidas pela igreja da época. Nesse sentido, criticou o papado e o seu poder político, por escravizar os fiéis com impostos e obras, e principalmente, por privar as pessoas do doce Evangelho. Lutero escreveu “Do cativeiro Babilônico da Igreja”, em 1520, questionando o direito da igreja ao manter cativos seus fiéis.
Nesse sentido Lutero apoiou a revolta dos camponeses, contudo, exortou à prudência e moderação. Segundo Lienharc, Lutero procurou exercer a cura d’almas para com pessoas pertencentes aos dois partidos em questão, num esforço para que a revolta não tomasse direções violentas.[7]  É certo que algumas reivindicações dos camponeses eram justas, pois eles realmente estavam vivendo num regime semi-servil.
Por isso, os camponeses viram em Lutero um líder e inspirador. Eles perceberam que as reformas sociais poderiam se tornar realidade se alguém tão corajoso como Lutero estivesse à frente das revoltas.
As atitudes de Lutero contribuíram para isto: em primeiro lugar ele havia escrito ao Papa Leão X criticando o papado; a seguir, afixou as 95 teses e pregou contras as indulgências; e finalmente, quando acusado de herege, recebeu a Bula de excomunhão, reuniu um grupo de pessoas dentro da Universidade de Wittemberg e em ato público queimou este documento, demonstrando assim a sua coragem. 
Além disso, Lutero escreveu: “À nobreza Cristã da Nação Alemã, acerca da Melhoria do Estamento Cristão”, de 1520. Neste documento, Lutero critica os príncipes e afirma sobre os direitos da autoridade secular, dos seus limites e do desempenho cristão como autoridade.
Em seu escrito “Da Liberdade Cristã”, Lutero enfatizou a questão da liberdade e ao mesmo tempo servidão ao próximo. Esta servidão, por sua vez, era caracterizada pelo amor. Ele também advertiu os pastores para que pregassem contra a usura: “Comércio e Usura”, de 1524.
Tudo isso colaborou para que o poder econômico e político se desestabilizassem ainda mais. O descontentamento dos camponeses era notável. Estes viram em Lutero um aliado na luta por melhorias sociais e econômicas. Segundo Martini,
“pode-se dizer que Lutero tentou fazer a ponte entre partes em litígio: Igreja/príncipes, representando o poder eclesiástico e secular, e a população. Era um confronto que vinha se acentuando há séculos. No entanto, a articulação tentada por Lutero produziu um resultado inverso: acelerou o confronto direto.”[8]
Apesar disto, Lutero nunca incentivou a guerra, nem qualquer manifestação ou desordem que pudesse trazer algum dano a alguém. Ele sempre aconselhou tanto os camponeses quanto os nobres a que resolvesse as questões de forma pacífica, como é próprio dos cristãos.



3. Derrota dos camponeses e                                               as conseqüências para a reforma

Várias são as razões da derrota dos camponeses. A falta de um líder foi uma destas causas. As diferenças que existiam entre os camponeses e o fato deles não terem nenhuma preparação para a guerra tornaram-se causa imediata da derrota.
Além disso, os camponeses eram facilmente enganados pelos oficiais das tropas inimigas. Várias vezes, em momentos decisivos, quando era certa a vitória dos camponeses, os líderes das tropas oficiais faziam propostas de mudanças e melhorias, contudo, tudo isso era apenas pretexto para salvar-se das mãos dos camponeses. As mudanças, por sua vez, nunca ocorreram.
 Outro fator que contribuiu para a derrota foi o fato dos camponeses não terem armas suficientes para a luta nem uma organização para a batalha.
Assim, segundo Martini,
“...os camponeses partiram para uma batalha suicida. Foram incendiados por um líder fanático – ao ver o arco-íris no firmamento Münzer divisou o apoio de Deus aos camponeses - , tornando-se uma massa desgovernada, enraivecida, privada dos recursos e estratégias mais elementares para uma batalha.”[9]
As intenções de Tomás Münzer eram boas, contudo, ele não tinha senso de liderança e impulsionou os camponeses a que agissem de foram radical, se negassem à prestação de serviços e ao pagamento dos tributos feudais. Dessa forma, em pouco tempo a manifestação assumiu proporções violentas. O fanatismo e o ódio passaram a dirigir esta classe a dar forma ao movimento. Os camponeses incentivados por este líder, e em vista das suas necessidades, começaram a saquear, destruir castelos e conventos, matar e estuprar em nome de Cristo.
Em vista disto, Lutero retirou o seu apoio, inclusive, e o que parece estranho, ele incentivou os príncipes para que acabassem com estas manifestações de forma rigorosa, mesmo que fosse por meio da espada.
Tudo isto só pode ser entendido sob os acontecimentos e atitudes dos camponeses, que através de uma reação violenta, e o que mais deve ter causado indignação para Lutero, utilização do nome de Cristo, justificando as suas atitudes. Lutero expressou sua opinião com relação a isto em “Contra as Hordas de Ladrões e Assassinos dos Camponeses”, de 1525.
Lutero escreve:
“Não há nada mais venenoso, de mais nocivo, de mais diabólico do que um rebelde... Toda autoridade, mesmo pagã, tem direito e poder, de punir tais celerados: porque é por isso que ela é detentora da espada e é ministra de Deus contra aqueles que cometem tantas ações maldosas, Romanos 13.”[10]
Mesmo assim, os camponeses estavam ludibriados por Müntzer a conquistar os seus direitos de qualquer forma, inclusive através da espada.
Conforme Dreher,
“Levaram oito pequenos canhões, mas nada de munição! Ao invés da munição, Müntzer ordenou que os camponeses ostentassem uma espada e uma grande bandeira de seda branca. Sobre a bandeira estava desenhado o arco-íris, sinal da aliança de Deus com os eleitos.”[11]
Isto aconteceu na Batalha de Frankenhausen, em 25 de maio de 1525. Nesta batalha morreram aproximadamente cinco mil camponeses e seis soldados das tropas dos príncipes. Sem dúvida, isto demonstra a sua ignorância militar e política.
A derrota dos camponeses trouxe conseqüências negativas para a Reforma. A impressão que muitos tiveram de Lutero foi a de um traidor, de um articulador, pois a principio Lutero se mostrou favorável aos camponeses e depois se demonstrou contrario ao movimento revolucionário.
Segundo Lienharc pode-se dizer que o herói de uma nação inteira já não passava de chefe de um partido.[12] Nesse sentido, o apoio antes demonstrado pelos camponeses com relação à reforma, agora já havia se revertido em oposição.



conclusão

O movimento da Reforma esteve rodeado de grandes transformações econômicas e sociais. Os movimentos sociais estabelecidos durante este período direcionaram o movimento da Reforma, conduzido por Lutero.
Dessa forma, é importante ressaltar que Lutero estava determinado a restaurar as verdades esquecidas pela igreja da época. Também é certo que ele não concordava com as condições impostas aos camponeses. Além disso, Lutero criticou o papado e os nobres, acusando-os de principais causadores da revolta.
Apesar de tudo isto, Lutero sempre exortou contra a violência e afirmava que todas as questões deveriam ser tratadas pacificamente com ordem e amor. Nestes termos, entende-se porque ele assumiu uma posição contrária ao que havia proposto inicialmente, ou seja, condenou as atitudes violentas dos camponeses, em especial à pessoa que havia estimulado os camponeses a tais atos, Tomás Münzer.
As conseqüências da derrota dos camponeses abalaram o movimento da Reforma de forma significativa. Lutero perdeu o apoio dos camponeses e foi considerado um mero líder de um partido político. Contudo, ele não parou de lutar para restaurar a verdade novamente.
Nesse sentido, percebe-se a mão de Deus agindo em favor da sua igreja. Através de vários movimentos, finalmente a reforma aconteceu. Isto só foi possível porque Deus estava dirigindo tal movimento.



bibliografia

BAITON, Roland H. Martin Lutero. Cupsa: México, 1989.
DREHER, Martín N. A Crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma.  v. 3. São Leopoldo: Sinodal, 1996.
LIENHARD, Marc. Martim Lutero: Tempo, Vida e Mensagem. Sinodal:1998.
LUTERO, Martinho. Guerra dos camponeses. Obras selecionadas. Vol 6. São Leopoldo: Sinodal. p.270-360.
MARTINI, Romeu R. e GROSS, Eduardo. Movimento da Reforma e Contexto Latino-Americano. Série Ensaios e Monografias – Nº 3. São Leopoldo: Sinodal, 1993.




Sumário




[1] Martinho Lutero, Obras selecionadas, v.6, p.274.
[2] Romeu R. Martini, Movimento da Reforma e contexto latino-americano, 1993, p. 6.
[3] Ibidem, p. 10.
[4] Martinho Lutero, op. cit., p. 325.
[5] Ibidem, p. 326.
[6] Marc Lienharc, Martim Lutero: Tempo, vida e mensagem, 1998, p. 358.
[7] Ibidem, p. 362.
[8] Romeu Martini, op. cit., p. 9.
[9] Ibidem, p. 13.
[10] Marc Lienharc, op. cit., p. 364.
[11] Martin N. Dreher, A Crise e a Renovação da Igreja no Período da Reforma, 1996, p. 91.
[12] Ibidem, p. 369.

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1 CO 1.18-25 1 CO 12.2 1 CO 15.20-28 1 CO 15.50-58 1 CO 2.1-5 1 CO 6.12-20 1 CO2.6-13 1 CORÍNTIOS 1 CR 28.20 1 JO 1 JO 1.1-10 1 JO 4.7-10 1 PE 1.13-21 1 PE 1.17-25 1 PE 1.3-9 1 PE 2.1-10 1 PE 2.18-25 1 PE 2.19-25 1 PE 2.4-10 1 PE 3.13-22 1 PE 3.15-22 1 PE 3.18-20 1 PE 4.12-17 1 PE 5.6-11 1 PEDRO 1 RS 19.4-8 1 RS 8.22-23 1 SM 1 1 SM 2 1 SM 28.1-25 1 SM 3 1 SM 3.1-10 1 TIMÓTEO 1 TM 1.12-17 1 Tm 2.1-15 1 TM 3.1-7 1 TS 1.5B-10 10 PENTECOSTES 13-25 13° APÓS PENTECOSTES 14° DOMINGO APÓS PENTECOSTES 15 ANOS 16-18 17 17º 17º PENTECOSTES 1CO 11.23 1CO 16 1º ARTIGO 1º MANDAMENTO 1PE 1PE 3 1RS 17.17-24 1RS 19.9B-21 2 CO 12.7-10 2 CO 5.1-10 2 CO 5.14-20 2 CORINTIOS 2 PE 1.16-21 2 PE 3.8-14 2 PENTECOSTES 2 TM 1.1-14 2 TM 1.3-14 2 TM 2.8-13 2 TM 3.1-5 2 TM 3.14-4.5 2 TM 4.6-8 2 TS 3.6-13 2° EPIFANIA 2° QUARESMA 20º PENTECOSTES 24º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 25º DOMINGO PENTECOSTES 27-30 2CO 8 2º ADVENTO 2º ARTIGO 2º DOMINGO DE PÁSCOA 2TM 1 2TM 3 3 3 PENTECOSTES 3º ARTIGO 3º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 3º DOMINGO DE PÁSCOA 3º DOMINGO NO ADVENTO 4 PENTECOSTES 41-43 4º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 4º DOMINGO DE PENTECOSTES 4º FEIRA DE CINZAS 5 MINUTOS COM JESUS 5° APÓS EPIFANIA 500 ANOS 5MINUTOS 5º DOMINGO DE PENTECOSTES 5º EPIFANIA 5º PENTECOSTES 6º MANDAMENTO 7 ESTRELAS Abiel ABORTO ABSOLVIÇÃO ACAMPAMENTO AÇÃO DE GRAÇA ACIDENTE ACIR RAYMANN ACONSELHAMENTO ACONSELHAMENTO PASTORAL ACRÓSTICO ADALMIR WACHHOLz ADELAR BORTH ADELAR MUNIEWEG ADEMAR VORPAGEL ADMINISTRAÇÃO ADORAÇÃO ADULTÉRIO ADULTOS ADVENTISTA ADVENTO ADVERSIDADES AGENDA AIDS AILTON J. MULLER AIRTON SCHUNKE AJUDAR ALBERTO DE MATTOS ALCEU PENNING ALCOOLISMO ALEGRIA ALEMÃO ÁLISTER PIEPER ALTAR ALTO ALEGRE AM 8.4-14 AMASIADO AMBIÇÃO AMIGO AMIZADE AMOR André ANDRÉ DOS S. DREHER ANDRÉ L. KLEIN ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO ANJOS ANO NOVO ANSELMO E. GRAFF ANTHONY HOEKEMA ANTIGO TESTAMENTO ANTINOMISTAS AP 1 AP 2 AP 22 AP 22.12-17 AP 3 APOCALIPSE APOLOGIA APONTAMENTOS APOSTILA ARNILDO MÜNCHOW ARNILDO SCHNEIDER ARNO ELICKER ARNO SCHNEUMANN ARREBATAMENTO ARREPENDIMENTO ARTHUR D. BENEVENUTI ARTIGO ASAS ASCENSÃO ASCLÉPIO ASSEMBLEIA ASTOMIRO ROMAIS AT AT 1 AT 1-10 AT 1.12-26 AT 10.34-43 AT 17.16-34 AT 2.1-21 AT 2.14a 36-47 AT 2.22-32 AT 2.36-41 AT 2.42-47 AT 4.32-37 AT 6.1-9 AT 7.51-60 ATANASIANO ATOS AUDIO AUGSBURGO AUGUSTO KIRCHHEIN AULA AUTO ESTIMA AUTO EXCLUSÃO AUTORIDADE SECULAR AVANÇANDO COM GRATIDÃO AVISOS AZUL E BRANCO BAIXO BATISMO BATISMO INFANTIL BELÉM BEM AVENTURADOS BENÇÃO BENJAMIM JANDT BIBLIA ILUSTRADA BÍBLIA SAGRADA BÍBLICO BINGOS BOAS NOVAS BOAS OBRAS BODAS BONIFÁCIO BOSCO BRASIL BRINCADEIRAS BRUNO A. K. SERVES BRUNO R. VOSS C.A. C.A. AUGSBURGO C.F.W. WALTHER CADASTRO CAIPIRA CALENDÁRIO CAMINHADA CAMPONESES CANÇÃO INFANTIL CANCIONEIRO CANTARES CANTICOS CÂNTICOS CANTICOS DOS CANTICOS CAPELÃO CARGAS CÁRIN FESTER CARLOS CHAPIEWSKI CARLOS W. WINTERLE CARRO CASA PASTORAL CASAL CASAMENTO CASTELO FORTE CATECISMO CATECISMO MENOR CATÓLICO CEIA PASCAL CÉLIO R. DE SOUZA CELSO WOTRICH CÉLULAS TRONCO CENSO CERIMONIAIS CÉU CHÁ CHAMADO CHARADAS CHARLES S. MULLER CHAVE BÍBLICA CHRISTIAN HOFFMANN CHURRASCO CHUVA CIDADANIA CIDADE CIFRA CIFRAS CINZAS CIRCUNCISÃO CL 1.13-20 CL 3.1-11 CLAIRTON DOS SANTOS CLARA CRISTINA J. MAFRA CLARIVIDÊNCIA CLAÚDIO BÜNDCHEN CLAUDIO R. SCHREIBER CLÉCIO L. SCHADECH CLEUDIMAR R. WULFF CLICK CLÍNICA DA ALMA CLOMÉRIO C. JUNIOR CLÓVIS J. PRUNZEL CODIGO DA VINCI COLÉGIO COLETA COLHEITA COLOSSENSES COMEMORAÇÃO COMENTÁRIO COMUNHÃO COMUNICAÇÃO CONCÓRDIA CONFIANÇA CONFIRMACAO CONFIRMAÇÃO CONFIRMANDO CONFISSÃO CONFISSÃO DE FÉ CONFISSÕES CONFLITOS CONGREGAÇÃO CONGRESSO CONHECIMENTO BÍBLICO CONSELHO CONSTRUÇÃO CONTATO CONTRALTO CONTRATO DE CASAMENTO CONVENÇÃO NACIONAL CONVERSÃO CONVITE CONVIVÊNCIA CORAL COREOGRAFIA CORÍNTIOS COROA CORPUS CHRISTI CPT CPTN CREDO CRESCENDO EM CRISTO CRIAÇÃO CRIANÇA CRIANÇAS CRIOULO CRISTÃ CRISTÃOS CRISTIANISMO CRISTIANO J. STEYER CRISTOLOGIA CRONICA CRONOLOGIA CRUCIFIXO CRUZ CRUZADAS CTRE CUIDADO CUJUBIM CULPA CULTO CULTO CRIOULO CULTO CRISTÃO CULTO DOMESTICO CULTO E MÚSICA CULTURA CURSO CURT ALBRECHT CURTAS DALTRO B. KOUTZMANN DALTRO G. TOMM DANIEL DANILO NEUENFELD DARI KNEVITZ DAVI E JÔNATAS DAVI KARNOPP DEBATE DEFICIÊNCIA FÍSICA DELMAR A. KOPSELL DEPARTAMENTO DEPRESSÃO DESENHO DESINSTALAÇÃO DEUS DEUS PAI DEVERES Devoção DEVOCIONÁRIO DIACONIA DIÁLOGO INTERLUTERANO DIARIO DE BORDO DICOTOMIA DIETER J. JAGNOW DILÚVIO DINÂMICAS DIRCEU STRELOW DIRETORIA DISCIPLINA DÍSCIPULOS DISTRITO DIVAGO DIVAGUA DIVÓRCIO DOGMÁTICA DOMINGO DE RAMOS DONS DOUTRINA DR Dr. RODOLFO H. BLANK DROGAS DT 26 DT 6.4-9 EBI EC 9 ECLESIASTES ECLESIÁSTICA ECUMENISMO EDER C. WEHRHOLDT Ederson EDGAR ZÜGE EDISON SELING EDMUND SCHLINK EDSON ELMAR MÜLLER EDSON R. TRESMANN EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ EF 1.16-23 EF 2.4-10 EF 4.1-6 EF 4.16-23 EF 4.29-32 EF 4.30-5.2 EF 5.22-33 EF 5.8-14 EF 6.10-20 ÉFESO ELBERTO MANSKE Eleandro ELEMAR ELIAS R. EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURA PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS SOPRANO Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENOR TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12