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IGREJA – ESTUDO

I G R E J A

Uma das perguntas que a igreja cristã, ao longo de sua história, sempre de novo precisou responder, é a indagação a respeito de sua própria identidade. Na medida em que a igreja perde a clareza a respeito de sua própria identidade ela também perde de vista a razão de sua existência aqui neste mundo.

No decorrer dos anos, a medida em que a igreja foi se desenvolvendo como organização, muitos passaram a confundir a estrutura da mesma com a igreja propriamente dita. Na época do racionalismo, por exemplo, a igreja passou a ser considerada a livre associação daquelas pessoas que, tendo a mesma fé, resolveram se reunir e organizar uma igreja. Passou a ser considerada uma organização humana, como tantas outras, a qual tem seu modo de ser e objetivos determinados por aqueles que a compõem.

Mas afinal, o que é igreja? Como a Bíblia a apresenta?

No Novo Testamento a palavra “ekklesia” é usada para indicar: igreja universal; igreja local; igreja de determinada região ou área; igrejas que se reúnem em casas. No entanto, fica claro que ela não é resultado de decisão humana, mas é obra de Deus. A raiz da palavra significa: “chamados para fora”, ou seja, aquelas pessoas que são chamadas para fora da incredulidade, do distanciamento de Deus, para serem aquelas que ouvem a sua voz. Quando falamos da igreja, falamos da obra do Espirito Santo nos e através dos homens. Assim, também, se queremos saber quais são os objetivos que Deus propôs para a igreja cristã, precisamos conhecer os objetivos de Deus, pois a igreja é de Deus e, por isso, não são são os homens que estabelecem os seus propósitos, mas Deus.

Lutero diz que “a igreja é um santo grupinho e congregação composto apenas de santos, sob uma só cabeça, Cristo, grupo congregado pelo Espirito Santo, em uma só fé, mente e entendimento, com diversidade de dons, mas unânimes no amor, sem seitas e sem cismas... Pelo Espirito Santo a ela fui levado e incorporado através do fato de haver ouvido e ainda ouvir a palavra de Deus, que é o princípio para nela se entrar. Pois antes de haver chegado a esta congregação, pertencíamos totalmente ao diabo, como pessoas que nada sabiam de Deus”.

Se, por um lado salientamos que a igreja é obra de Deus, por outro, temos que salientar que a igreja sempre se manifesta de maneira local em todo o NT, seja através de uma congregação local ou de um grupo de congregações. A igreja é um conceito concreto que se manifesta de forma visível. A igreja sempre é reconhecível porque ela se manifesta pela administração e uso da palavra e dos sacramentos. É algo concreto e visível.

Uma congregação local tem todos os direitos e deveres da igreja cristã. Este direitos não ficam aumentados nem restringidos pelo fato de haver uma organização eclesiástica regional, nacional ou internacional. Pode haver, com vistas a uma melhor organização de trabalho, delegação de tarefas, mas isto não tira de nenhuma congregação local os seus direitos e deveres de igreja.

Esta igreja cristã é reconhecível através de certas marcas características pelas quais se manifesta e age. Destacamos as seguintes características especiais:

1. Pelo fato de possuir a palavra de Deus. Onde esta palavra é ensinada, crida e confessada, ai está a igreja cristã.

2. Pelo sacramento do santo Batismo. Ele é meio da graça e, onde ele está presente, ali está presente a igreja cristã.

3. Pelo sacramento do Altar, a Santa Ceia. Também é meio da graça e ninguém o utiliza, conhece ou distribui a não ser a igreja cristã.

4. Pela Absolvição. Estas são as Chaves, que podem ser utilizadas de forma pública ou particular-Mt 18.15 e seguintes.

5. Pelo fato de ordenar ou chamar servos da igreja. O que deve ser valorizado e honrado é o ministério, independentemente da pessoa que o exerce.

6. Pelo fato de que publicamente ora, louva e agradece a Deus. São meios de santificação que o Espirito Santo utiliza para santificar o povo de Cristo.

Na Confissão de Augsburgo, no artigos VII e VIII temos definições como: “A igreja é a congregação dos santos, na qual o evangelho é pregado de maneira pura e os sacramentos são administrados corretamente. E para a verdadeira unidade da igreja basta que haja acordo quanto à doutrina do evangelho e à administração dos sacramentos.” E na Apologia destes artigos, Melanchton afirmou o seguinte: “ A igreja não é apenas sociedade de coisas externas e ritos, como acontece em outros governos, senão que é, principalmente, sociedade de fé e do Espírito Santo nos corações, sociedade que possui, contudo, notas externas, para que possa ser reconhecida, a saber: a pura doutrina do evangelho e a administração dos sacramentos de acordo com o evangelho de Cristo”.

Portanto, a igreja é o povo que ouve a voz do bom Pastor, ou seja, todos aqueles que confiam no Salvador Jesus. É reconhecida pela pregação do puro evangelho e administração correta dos sacramentos. E para isto Deus instituiu na igreja o santo ministério.

Não há uma ordenação divina quanto à maneira como a igreja deve se organizar. Portanto, neste ponto, não há motivos para intransigências. A organização deve servir a igreja para que o evangelho seja anunciado com maiores facilidades. Se a organização dificulta a pregação, deve haver uma reorganização, pois o que nunca deve ser afetado é a pregação do evangelho. A organização da igreja deve ter em mente os objetivos para os quais a igreja existe. Por exemplo: Se a congregação tem como objetivo pregar de forma intensa a palavra de Deus, ela providenciará em seu meio o santo ministério, suas instalações sejam apropriadas, haja material didático adequado, pessoas encarregadas de dar todo o amparo necessário. Todas as condições e o mínimo de interferência ao anúncio da mensagem. Por outro, pela organização de uma igreja poderemos analisar seus objetivos e preocupações. Por exemplo, se uma igreja constrói ao lado de seu pequeno templo um grande salão. Ou uma congregação que tem melhores instalações para realizar um almoço do que para dar uma aula de escola bíblica, etc. demonstra que não se organizou adequadamente para seus objetivos primários e básicos.

DANIEL

ESTUDO NO LIVRO DE DANIEL

Introdução (Baseada em Hernandes Dias Lopes pp. 13-16)

“Hoje, no início do século 21, o mundo diz à igreja que enfrente os seus próprios pecados. A igreja evangélica cresce em número, mas não em vida; toma de assalto a nação, mas não produz transformação moral; tem os meios de comunicação nas mãos, mas tem pouca mensagem de Deus para pregar ao povo; parece que está mais interessada em granjear as riquezas do mundo que em oferecer ao mundo as riquezas do céu. Estamos no fragor de uma crise avassaladora, a crise de integridade... na família, nas instituições públicas, na educação, no comércio, na política” (p.13s.)

Estes problemas não são apenas periféricos, mas sintomas de abalo nos critérios da própria verdade e seus absolutos.

A mensagem de Daniel é necessária para nossos dias, embora soe desagradável, devido à perda dos critérios morais e espirituais.

Daniel viveu num tempo em que a verdade estava sendo pisada e a religião tinha perdido a sua integridade, pois neste tempo o rei Jeoaquim queimou o rolo da Palavra de Deus que continha as mensagens do profeta Jeremias e mandou prender o mensageiro (Jr 36.20-26). Jeoaquim era também assassino. Porque as mensagens do profeta Urias eram contrárias aos seus interesses, ele mandou matá-lo. Urias fugiu para o Egito, mas Jeoaquim mandou seqüestrá-lo. Ele foi trazido à sua presença e morto à espada (Jr 26.20-23)

Cenário Político

As maiores potências na época eram Egito e Assíria.

O Rei do Egito subira para batalhar contra a Assíria. Josias, rei de Judá, resolveu atacá-lo no caminho, mas morreu na batalha de Carquemis (608aC), então o rei do Egito impôs pesado tributo sobre Judá e constituiu a Jeoacaz em seu lugar (2 Rs 23.31-35)

Conteúdo do Livro

Trata da soberania de Deus na história e o cuidado que ele tem daqueles que o temem.

É um livro histórico e profético (descreve a história antes de acontecer. É a antecipação do futuro) – Olha para o passado, interpreta o presente e descobre o futuro. Revela-nos como podemos ser íntegros na adversidade ou na prosperidade e que devemos confiar em Deus não apenas pelo que ele faz, mas, sobretudo, pelo que ele é. Mostra que em vez de correr atrás de milagres, deveríamos buscar avidamente a integridade; em vez de buscar as bênçãos deveríamos buscar o Deus das bênçãos. O Doador é mais importante que a dádiva. Aqueles que conhecem este Deus jamais se inclinam diante dos homens.

Este livro também tem grande Evangelho. Ele mostra como Deus está governando a sua igreja para um final vitorioso mesmo através de vales escuros, estradas com espinhos, prisões, etc. Sua igreja, embora pequena, será vitoriosa.

Este livro é chamado de Apocalipse (Revelação) do Antigo Testamento. Seu conteúdo aponta para a vitória final de Cristo e de sua igreja.

Do Prefácio ao Livro de São Daniel (Martinho Lutero. OL Vol 8, pp 61-98)

Alguns anos antes da destruição de Jerusalém, Daniel chegou à Babilônia, sob o rei Joaquim, o qual o rei Nabucodonozor mandara prender; levou também alguns dos melhores homens e vasos do templo (Dn 1.1s.) (Cf 2 Rs 24.1-17 e 2 Cr 36.5-8).

Dn 1.1s.

O capítulo 1 fala da integridade de Daniel como homem santo, temente a Deus, de grande e corajosa fé em Deus em meio ao depravado ambiente pagão na Babilônia. Ele manteve-se fiel. Por isso Deus lhe demonstra grande graça e o exalta em termos espirituais, dotando-o de sabedoria e entendimento acima de todas as pessoas, e também o eleva em termos profanos, realizando por seu intermédio, grandiosos prodígios e obras.

Com isso Deus demonstra a todos nós o quanto ele ama e aprecia os que o temem e nele confiam, estimulando-nos, com esse grande exemplo e com muita amabilidade, ao temor e à fé para com Deus.

vv. 1-21 = apresenta os personagens que vão protagonizar os episódios relatados nos capítulos seguintes e os propõe como modelo de fidelidade ao Deus de Israel. A corte real da Babilônia tem um ambiente completamente pagão. Daniel e os seus companheiros de exílio decidem não se contaminar comento alimentos que a lei de Moisés declara impuros, e Deus, em recompensa lhe concede uma saúde excelente (v.15) e uma sabedoria superior a dos magos e encantadores do rei (v.17, 20). O relato mostra como o Senhor protege aqueles que se mantêm fiéis a ele, mesmo em circunstâncias adversas (Cfme. 3.19-30).

v.1 = ano de 606 aC (cfme. 2 Rs 23.36-24.6). Nesta época Nabopolasar, pai de Nabucodonozor, ainda reinava na Babilônia, mas visto que estava muito velho e doente, o filho já assumia o comando visto ser o príncipe herdeiro e chefe supremo do exército. Ele assumiu ganhou o título de rei no ano 605 aC quando houve a batalha de Carquemis que assegurou aos babilônios do domínio sobre a Síria e a Palestina (Jr 46.2), onde ele é aclamado rei antes que o fosse plenamente.

v.2 = “O Senhor lhe entregou nas mãos... utensílios da Casa do Senhor Deus... levou-os para a terra de Sinar (= Babilônia, cfme. Gn 11.2, o mesmo nome que há no relato da torre de Babel), para a casa do seu deus”. Isto prepara o relato odo banquete de Belsazar (Dn 5.2-3).

v.3 = “chefe dos eunucos”. Chefes do serviço do palácio. Cfme. Jr 29.1-2: “Oficiais”; inicialmente eram designados com este nome os servos que haviam sido castrados. A sua função era atender e cuidar do harém. Mas os eunucos chegaram a ter tanta importância nas cortes dos reis, que o termo deixou de ser usado exclusivamente no seu sentido literal e passou a designar também os funcionários de máxima confiança do rei. No texto de Gn 39.1, assim era chamado Potifar, que era casado.

v.3-4 = “a cultura e a língua”. Os jovens deviam receber uma educação especial que os capacitaria para exercer as funções de magos e encantadores do rei (Dn 2.2-4). Para isto tinham de conhecer a cultura e a língua (aramaico 2.4), isto é, a literatura dos caldeus, especialmente os textos antigos relativos à magia, astrologia e adivinhação.

“caldeus”. Este vocábulo designava originalmente uma tribo do sul da Babilônia, que chegou a dominar todo o país, e dela procedia a dinastia de Nabucodonozor (Gn 11.28; cfme. Dn 5.30 e 9.1). Mas mais tarde quando os astrólogos e adivinhos da Babilônia se tornaram famosos por toda parte, o termo foi usado para designar também os magos e as pessoas iniciadas nas ciências ocultas (Dn 2.4; 4.7; 5.7-11).

v.7 = A mudança de nome era interpretada no Antigo Oriente como uma afirmação de domínio (Gn2.19-20; 41.45; 2 Rs 23.34; 24.17).

Beltessazar (Daniel), parece ser a transcrição de um nome babilônico que significa “ele protege a sua vida”, subentendendo-se que o sugeito da frase é um deus como Bel ou Marduque.

Abede Nabu, que significa “servo de Nabu”.

O significado dos nomes Sadraque e Mesaque ainda não se pode determinar.

A respeito dos deuses:

Marduque era o principal deus da cidade e do império babilônico O mais famoso dos mitos da Babilônia se baseia em Gn 1.21 [“Criou, pois Deus os grandes animais marinhos”]. Segundo o mito babilônico, a criação do mundo fora precedida pelo nascimento de várias gerações de deuses e pela vitória do deus Marduque sobre o monstro marinho, que era a personificação do caos original. Gênesis, ao contrário, fala de um único Deus, que existe desde sempre e que, por si mesmo, cria o universo pelo poder da sua palavra. Como tudo que existe foi criado por Deus, já não há mais lugar para a adoração de fenômenos da natureza ou de qualquer outro ser animado ou inanimado.

Bel é o mesmo que Baal em Is 46.1, significa Senhor ou dono. Na Babilônia esse título era dado a vários deuses;

Nebo em Is 46.1 é o nome hebraico de Nabu, outro dos deuses babilônicos. Considerado filho e intérprete de Marduque, era venerado como deus da escrita e da sabedoria. A dinastia reinante na Babilônia o cultuava de forma especial, como o testemunha, entre outras coisas, no próprio nome do rei Nabucodonozor.

v.8 = “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei”. Esta decisão se deve ao fato de que as iguarias que eram servidas na mesa do rei podiam estar preparadas com a carne de animais impuros (Cfme. Lv 11; Dt 14.3-21) ou de que não se tirara o sangue conforme as prescrições rituais (Dt 12.23-24). Além do mais, os jovens não queriam se expor ao perigo de comer alimentos ou beber vinho que, talvez, pudessem ter sido antes oferecidos aos ídolos (Dt 32.38; 1 Co 10.21).

v.16 = O escritor bíblico não usa os nomes pagãos, mas retoma os nomes originais dos filhos de Judá.

v.17 = A interpretação de sonhos tinha grande importância no Antigo Oriente, porque eram considerados um meio para entrar em contato com a divindade. A Bíblia, por sua vez, mostra que Deus pode se utilizar deles ocasionalmente, para revelar a sua vontade e os seus desígnios (Nm 12.6; 1 Rs 3.5; Jl 2.28; Mt 1.20; 2.12) mas não deixa de advertir contra os sonhos enganosos e puramente ilusórios (Jr 23.25, nota; Zc 10.2).

v.21 = “primeiro ano do rei Ciro”, isto é, o ano 538 aC (Ed 1.1). Isso não significa que Daniel tenha morrido nessa data, já que no terceiro ano de Ciro está ainda em plena atividade (Dn 10.1). O texto dá a entender, melhor, que ele ainda estava na corte real da Babilônia, quando esse império passou para as mãos dos persas (Is 41.2, nota), o que equivale a 68 anos de atividade na Babilônia.

O capítulo 2 inicia com a glória de Daniel originada pelo sonho do rei, o qual Daniel interpreta por meio de revelação divina. Isto torna Daniel um potentado, bispo e superior de todos os clérigos e eruditos. Isto também serve para consolo do povo judeu, para que não desespere ou se impaciente no exílio, como se Deus o tivesse repudiado, anulando sua promessa de Cristo. O governo da Babilônia está a cargo de um judeu cativo, não cabendo esta glória a um babilônico. Tão espantosa é a maneira de como Deus conduz os seus crentes, proporcionando muito mais do que a pessoa pode desejar!

O sonho e a imagem estão retratados no próprio texto e tratam dos quatro reinos, que são: 1º assírios ou babilônicos; 2º dos medos e persas; 3º Alexandre Magno e dos gregos, e, 4º romanos – isto tudo é demonstrado pelo desenrolar da história. O 4º é como as coxas de ferro que começam a se dividir nos dedos dos pés como três aspectos referentes ao império romano. A saber: 1) os artelhos estão divididos como a origem do pé de ferro, assim também o império romano está dividido em Espanha, França e Inglaterra. Aí foi a origem, tendo sido transplantado desde os gregos até os alemães, preservando, mesmo assim, a natureza férrea, embora venha a ser um reino dividido, ele terá raiz, planta ou estirpe de ferro. 2) Esses artelhos divididos são desiguais, parte de ferro, parte de barro, o que ele próprio interpreta no sentido de que será um reino dividido, em parte poderoso, em parte fraco. 3) Esses reinos estarão divididos, desiguais e confundidos uns com os outros, de modo que será um império tão fraco que ficará continuamente buscando alianças, só que não encontrará fidelidade. Ou seja, terá que ter a sua força e vitória exclusivamente pela providência de Deus.

A montanha da qual a rocha é arrancada sem auxílio de mãos humanas, alguns interpretam como sendo a virgem Maria, da qual nasceu Cristo, sem participação humana, o que não deixa de ser uma formulação cristã. Mas a montanha bem poderia ser todo o reino judaico, do qual veio Cristo, sendo sua carne e sangue, mas que foi arrancado do seio deles, vindo a ter com os gentios, onde se tornou Senhor em todo o mundo, em todos esses quatro reinos, e também continuará sendo.

O capítulo 3 descreve mais uma vez, um grande e prodigioso sinal de fé: os três homens sendo preservados na fornalha ardente. Dessa forma, Deus se tornou conhecido e exaltado pelo rei em todo o reino, inclusive por meio de mensagens escritas. Isso sucede mais uma vez para conforto dos judeus cativos,, os quais, juntamente com seu Deus, eram totalmente desprezados na Babilônia e nada representavam entre os tiranos e falsos deuses. Mas aqui seu Deus é sumamente exaltado, acima de todos os deuses. Isto para que não deixem de crer firmemente que ele pode e quer resgatá-los a seu tempo e, enquanto isso, se confortem atendo-se a essa sua glória e prodígio.

O Capítulo 4 aponta para o excelente exemplo contra os desatinados e tiranos. A ânsia pelo poder o fez enlouquecer. Deus o castiça levando-o a loucura, mas lhe devolve a razão quando ele levanta os olhos ao céu em sinal de submissão à soberania do Deus único (v.34).

Deus derrubou do seu trono os poderosos e acatou os humildes (Lc. 1.52).

v.10 = Ezequiel também compara Faraó com um imenso cedro do Líbano, abatido por Deus por causa da sua soberba (Ez 31.2-12; cf Is 1’4.4-20; Ez 29.1-19).

v.16 = “Coração” não são os sentimentos, mas significa o uso da razão

“Sete tempos”, significa períodos ou anos.

v.30 = A ciência moderna conhece uma forma de paranóia crônica que apresenta os sintomas aqui descritos, chamada de cinantropia e licantropia.. O atacado desta enfermidade costuma vagar de noite, bramindo como animal. Este fenômeno é descrito por Eusébio de Cesaréia sobre “Patologia Grega”.

v.34 = é a prática do que disse em 2.21: “E Deus quem remove e estabelece reis”.

Capítulo 5. Aqui o tirano empedernido e impenitente, seguro e contente em sua maldade, é punido sem qualquer misericórdia

O Capítulo 7. Iniciam as profecias sobre os reinos futuros, principalmente sobre o reino de Cristo. É idêntico ao de 2.31-43, só que agora com 4 animais

Animal 1: Leão com duas asas de águia = império da Assíria e Babilônia. As duas asas são as duas partes do reino (Assíria e Babilônia). Tinha mente de homem, quer dizer um coração bom.

Animal 2: Urso = reino na Pérsia e na Média, que destruiu o da Babilônia, arrancando-lhe as asas. Entre os dentes havia 3 costelas, i. é., três grandes e longos dentes, que são os 3 grandes reis: Ciro, Dario e Xerxes, que comeram muita carne, i. é., conquistaram muitas nações.

Animal 3: Leopardo, de 4 asas e 4 cabeças = reino de Alexandre Magno na Grécia, deste surgiram 4 reinos conforme o capítulo 8.

Animal 4: com dentes de ferro = império romano com o qual o mundo chegará ao fim, pois aqui Daniel fala sobre o juízo final e os santos que sucedem este reino.

Os 10 chifres são 10 reinos: Síria Egito, Ásia, Grécia, África, Espanha, Gália, Itália, Germânia e Inglaterra.

O pequeno chifre que expulsará 3 dos 10, é Maomé ou o turco que dominará o Egito, Ásia e a Grécia.

“Ancião de Dias”, aqui se refere a Deus.

O Capítulo 8. Esta visão refere-se somente aos judeus.

V14. Os 1.150 dias que durou a profanação do templo de Antioco IV em Jerusalém entre 168 e 165 aC. Este homem foi também interpretado como o anticristo. Ele morreu de desgosto quando foi buscar dinheiro na Pérsia e Judas Macabeu derrotou os judeus nesse período. Morreu em terra estranha sem o auxílio de mãos humanas.

ESTUDO - O LIVRO DE FILIPENSES

      ESTUDO - O LIVRO DE FILIPENSES

Autoria e Local e Data
     Paulo (1.1).
     Não se sabe com certeza o local (cidade, região).  Paulo estava na prisão (1.7).
     A data também é incerta.  Calcula-se que por volta do ano 60 d.C.
Motivo
     - Paulo havia recebido informação de que havia sérias dificuldades entre os cristãos de Filipos, e estava preocupado também por saber que alguns líderes tinham ficado contra ele.
     - Ao mesmo tempo, Paulo havia recebido ajuda dos filipenses e escreve também para agradecer pela ajuda.
Filipos
     - Filipos ficava na província romana da Macedônia, região que hoje faz parte da Grécia. 
     - Ser uma colônia romana era uma grande honra para uma cidade (habitantes, trabalhadores, isenções, exércitos...).
     - A cidade recebeu seu nome de Alexandre, o Grande, também conhecido como Filipe II, que a conquistou para Roma em cerca de 360 a.C.
A Igreja em Filipos
     - Foi a primeira fundada por Paulo na Europa, em sua 2ª viagem missionária (detalhes: Atos 16.12-40).

     CAPÍTULO 1
1.1,2 - Introdução
- As primeiras linhas indicam os nomes dos remetentes e recipientes da carta, de acordo com o sistema comum na época - adicionado de elementos cristãos.
- Timóteo é incluído por causa de sua ligação com Filipos (já tinha estado lá 2 x).  E também porque Paulo tinha planos de enviá-lo (no cap. 2) como emissário.
- Servos de Jesus Cristo: A palavra "servos" é muito rica em significado cristão.
     - Na verdade, o termo significa "escravo"
     - Ele dá a idéia de alguém que foi COMPRADO (1 Co 6.20)por Cristo, que PERTENCE a Cristo, que SERVE a Cristo.
     - O serviço cristão é um serviço feito por um servo -um salvo - e sem pagamento, voluntariamente.
     - Mc 10.43,44: Quem pensa ser grande e primeiro, que sirva, seje servo!
     - Jesus foi o maior de todos os servos (Is 52.13-53.12)
- Todos os santos em J.Cristo   
     - Santos porque foram tornados santos, santificados pelo sangue de Cristo.  Revestido de Cristo, o cristão se acha justo, santo diante de Deus.
     - Ninguém é santo por conta própria.
     - Santos, porém ainda pecadores!
- Bispos e diáconos
     - Bispo significa um supervisor - líder da igreja, pastor (tb. chamado de presbítero - At 20.17,18).
     - Diácono era o ajudante, assistente do pastor-bispo. Também poderia atuar como evangelista.
- Graça e paz...
     - Graça é o amor (perdão, nova vida, salvação) de Deus – que não merecemos, que não podemos comprar (caso contrário não seria um presente).
     - A graça de Deus é oferecida a todos por Cristo e por causa dele.  E é aceita através da fé em Cristo como Salvador.
     - Paz é o resultado da graça de Deus.  Somente pode ter paz,e paz com Deus, aquele que tem e vive a graça de Deus.

1.3-11 - Uma Oração de Paulo
- Nesta oração Paulo expressa sua gratidão e súplica a Deus pelo sustento oferecido pelos Filipenses.  Esta participação deles na missão de Paulo é uma participação na própria pregação do Evangelho.
- 3: Aqui, graça é agradecimento.  Sempre que Paulo pensa nos Filipenses, ele agradece a Deus.
     - Meu Deus - Um Deus pessoal, não abstrato.
- 4:  A alegria (de Paulo, em meio ao sofrimento), é um dos principais temas desta carta (cf. 1.18,25; 2.2,17,18,28,29; 3.1,4;4. 1,4,10).
- 5: Cooperação - Cf. 1.29 (sofrer por Cristo) e 4.15-18 (com ofertas).
     - A cooperação é um outro tema importante desta carta.
     - A cooperação dos filipenses é contínua - desde o primeiro dia até agora.
     - Até agora: Perseverança!
- 6: Aquele que começou a boa obra
     - Boa obra é o trabalho da salvação de Deus.  Este trabalho,por sua vez, resulta em boas obras como a cooperação, o serviço cristão.
     - Este trabalho começou por Deus - é Deus que inicia o processo de salvação, e não o homem (por graça somos salvos!)
     - Aperfeiçoará  - é Deus quem realizará completamente (a vida eterna) a salvação do homem.  A perfeição somente acontecerá no dia de Cristo Jesus. Por enquanto somos imperfeitos, pois ainda somos pecadores.
- 7: Vos trago no coração - Aqui Paulo demonstra o profundo afeto que tem pelos Filipenses. Estão juntos, por causa da fé comum.
     - Nas algemas - tanto na prisão
     - Na defesa e confirmação - tanto na prisão como nos 
procedimentos legais pelos quais Paulo tem que passar está passando.  São termos técnicos: defesa (jurídica, perante as autoridades); confirmação (defesa com evidência, provas em favor da inocência de alguém).
       - Mas estas palavras também podem ter o sentido de defesa do Evangelho pregado por Paulo, e a confirmação da autenticidade dele através do modo de agir e viver, comportamento.
     - Sois participantes da graça comigo - Identifica a mesma fé no mesmo Salvador, que resulta na mesma salvação e esperança eterna - Paulo e os filipenses participam das mesmas coisas.
- 8:  Novamente a profundidade do amor de Paulo pelos filipenses.
  Para comprovar a verdade de seu sentimento, Paulo faz uma espécie de juramento, invocando Deus por testemunha.
- 8,10: Na LH: Peço que o amor de vocês aumente cada vez mais, junto com o verdadeiro conhecimento e perfeita compreensão para que possam escolher o melhor.  Então, no dia em que Cristo voltar, vocês estarão livres de toda impureza e culpa.
  As suas vidas estarão cheias das boas qualidades que só Jesus pode produzir.

12-18: A Situação de Paulo e o Progresso do Evangelho
- 12: A linguagem do vers. sugere que Paulo desejava assegurar aos filipenses que tudo estava bem com ele, apesar de estar preso.  Ao invés de se lamentar por causa de sua situação, enxerga motivos para alegrar-se em sua prisão - como o PROGRESSO DO EVANGELHO.  Como?  vv. 13,14.
- 13,14.
     - 1) Porque o aprisionamento de Paulo tornou-se muito
       conhecido - pelos guardas do palácio (pretoriana) e
       muitos outros; e, por causa disso, o nome de Cristo, o Evangelho.
       - Cadeias em Cristo - Paulo não era um prisioneiro civil, nem preso político, mas por causa de Cristo.
     - 2) Outros cristãos, ao verem Paulo na prisão, sua coragem, sua confiança em Deus, sua alegria - animaram-se para, com maior coragem, proclamar o Evangelho.
- 15-17:  Mas NEM TUDOS eram motivados pelas melhores intenções, motivos.  Alguns eram sinceros e de boa vontade, MAS outros anunciavam o Evangelho por interesse pessoal, por ciúme, por rivalidade, como se estivessem em competição com Paulo - pensando que assim aumentariam o sofrimento dele na prisão (porque, preso, não podia defender a si mesmo, nem o Evangelho pregado por incumbência divina).
- 18:  Este vers. conclui a exposição de Paulo neste trecho.
  Apesar do problema, O IMPORTANTE era que Cristo estava sendo proclamado!
     - Mesmo que alguns pregassem o Evangelho por pretexto, por inveja, rivalidade, fingimento, e mesmo que isso trouxesse ainda mais sofrimento para Paulo, ele reconhece  que o MAIS IMPORTANTE era que Cristo fosse pregado.
     - Regozijo: Novamente o tema da alegria (16 x na carta, contando-se sinônimos, verbos e substantivos).

19-26 - A Dúvida de Paulo
- 19,20: Paulo espera ser libertado da prisão através de dois tipos de assistência (com uma fonte única): a) as orações dos Filipenses (a Deus, que ouve e atende), b) a ajuda do Espírito Santo (dando coragem, paciência e perseverança).
     - LH: O meu profundo desejo é a minha esperança de nunca falhar em meu dever, para que, sempre e especialmente agora, eu tenha muita coragem.  E assim poderei honrar a Cristo com todo o meu ser, tanto na vida como na morte.
- 21: Viver é Cristo - Total dedicação da vida a Cristo.
     - Morrer é lucro - Pois estar com Cristo no céu é melhor para Paulo do que permanecer na terra, na vida, na prisão, sofrendo.
- 22 - 26:
     - De outro lado, Paulo se preocupa com a sua missão: se morrer, sua missão não poderá seguir adiante.  Se continuar vivendo, poderá ainda realizar algum trabalho - e isso TAMBÉM É LUCRO, FRUTO!
     - Assim, a dúvida: Fazer o quê?  O que é melhor para ele ou o que é melhor para os outros?
     - Os vv. 23 e 24  repetem o dilema de Paulo.
     - Os vv. 25 e 26 revelam a conclusão a qual Paulo chegou: é melhor ficar e continuar o trabalho!  É melhor ficar para o bem dos filipenses, do Evangelho - ajudar os filipenses a progredir na fé e ter alegria nela.
     - Paulo demonstra seu despreendimento, dedicação e amor pelo Evangelho, por Cristo, pelo trabalho e pelos filipenses.
      
27-30: Que os Filipenses Permaneçam Firmes na Fé!
     - 27-28: Paulo exorta aos filipenses para que a)vivam de acordo com o Evangelho; b) continuem firmes num só propósito; c) unidos com uma só alma; d) lutando juntos pela fé que se baseia no Evangelho (a fé cristã); e) sem medo dos adversários.
         - A coragem diante dos adversários será para eles um sinal de que serão derrotados (condenação eterna) e de que os filipenses serão vencedores (a vida eterna)              - vitória dada por Deus.
     - 29-30: Crer em Cristo é uma graça (favor divino), e assim também sofrer por Cristo, por causa da fé nele.
          - Tanto Paulo como os filipenses sofriam por amor a Cristo.





















     CAPÍTULO 2
2.1-4: Permanecei Unidos
- LH: Vocês, por estarem unidos com Cristo, são fortes, o
  amor dele anima vocês, vocês participam do E.Santo; vocês são bondosos e misericordiosos uns com os outros.
- ASSIM SENDO, PEÇO:
  - Tenham o mesmo modo de pensar, o mesmo amor
  - Estejam unidos em um só sentimento
  - Não façam nada por interesse pessoal ou para receber elogios
  - Mas sejam humildes
  - Cada um considere os outros superiores a si mesmo
  - Procurem os interesses dos outros, e não somente os seus próprios.
- ILUSTRADO:
2.5-11
- Tenham em vocês o mesmo modo de agir que Cristo teve.
- V.6: Aqui é atestada a divindade de Cristo: subsistindo em forma de de Deus - sempre teve a mesma natureza de Deus.  Mas ele não explorou a sua posição, não insistiu continuar a ser igual a Deus (ao contrário de Adão, que quis usurpar esse lugar - Gn 3.57)
- V.7: Ao contrário, ele se esvasiou, privou-se, abandonou (mas sem renunciar) tudo o que tinha como Deus e assumiu forma de servo - para servir aos pecadores
  - em semelhança de homens - A natureza humana de Cristo. Ele tornou-se totalmente homem - somente assim poderia salvar os homens.
- v.8: Se humilhou, se rebaixou, abandonou voluntariamente as glórias e riquezas celestiais - para viver num mundo de pecado.
  - morte de cruz - A maior prova de humildade que poderia existir no mundo antigo, reservado apenas aos piores
criminosos e aos escravos.
- Por isso - por causa de sua perfeita obediência, porque
cumpriu perfeitamente a sua missão,
  - Deus o exaltou sobremaneira, lhe deu a mais alta honra: é o Salvador de todos os homens, o caminho, a porta; todos dependem dele.
  - o nome: Senhor (v.11)
- v. 10: Em homenagem a Jesus, todos no céu (anjos), na terra (homens), e debaixo da terra (mundo dos mortos; hades; local de habitação dos mortos antes do juízo final) dobrarão seus joelhos - reverência, adoração.

12.12-18 - A luz do mundo
- v. 12: Desenvolvei a vossa salvação - completar
  - Não merecer a salvação, pois é de graça
  - É o exercício da fé, boas obras, vida cristã
  - Tremor - respeito, responsabilidade
v.13: O querer e o realizar são de Deus.

- vv. 14-16:
  - Geração - mundo
  - Luzeiros - Estrelas no céu.  Os cristãos devem brilhar, ser luz em meio às trevas do pecado.
  - Palavra da vida - o Evangelho. Os cristãos têm o dever de segurá-lo firmemente, como que levando uma tocha na mão.
  - Não corri em vão - O trabalho de Paulo de proclamar o Ev.aos Filipenses não foi inútil; frutificou.
-v.17:
  - Alusão à sacrifícios pagãos, em que vítimas eram oferecidas sobre o altar.
  - Libação era um líquido (vinho, perfume ou o próprio sangue da vítima) derramado sobre o altar.
  - Paulo diz que mesmo que tivesse que morrer por causa da fé e do serviço cristão dos filipenses - que nasceu do EV. - ele ficaria contente, pois seria pela causa MAIS nobre.
v. 18:
  - Diante da possibilidade de morte, os cristãos filipenses não deveriam vê-la como derrota, mas que ela poderia resultar em grande glória para Deus - e por isso a alegria.

vv. 19-30 - Timóteo e Epafrodito

     CAPÍTULO 3
3-1-11-A Verdadeira Justiça
v.2: Falsa circunsição -
  - Existiam alguns líderes que defendiam a necessidade.
  - No AT, a maneira de alguém fazer parte do povo de Deus.
  - No NT: batismo.
v.3: Nós é que somos a circuncisão
  - Nós é que estamos certos.
  - A verdadeira é a transformação do coração, pela fé em Cristo.
  - Não confiamos na carne - em cerimônias externas, nas apenas em Jesus.
vv.4-6:
  - É claro que Paulo poderia confiar nessas coisas, pois tinha sido circuncidado, era israelita de nascimento, de puro sangue hebreu.
  - Fariseu - Partido judaico conservador que mais estritamente guardava a lei.
  - Paulo foi perseguidor da igreja
  - Quanto à justiça que se alcança pela obediência aos mandamentos da Lei, Paulo foi irrepreensível.
vv. 8,8: Mas todas essas coisas que eu considerava como lucro,agora, por amor a Cristo, considero perda.
  - Perda - Tudo como completa perda - por causa daquilo que tem muito mais valor: o conhecimento de Cristo.  Por causa dele joguei tudo fora.
  - Não procuro mais ser justo por meio de minha obediência à Lei.
  - Agora tenho a justiça que vem de Deus e é baseada na fé.
vv.10,11:
  - Para mais intimamente estar unido com Cristo, em sua morte e sua ressurreição,
  - Na esperança de que eu mesmo seja ressuscitado da morte para a vida.

12-16 - A corrida para a meta
vv. 12-14: Alvo, prêmio, perfeição: vida eterna.
v. 15: Somos perfeitos: espiritualmente maduros.
  - Sentimento: mesmo modo de pensar.

17-21 - Os inimigos da cruz de Cristo
- Deus delesé o ventre - ventre como símbolo de coiss corporais.
- a glória deles está na sua infâmia - têm orgulho daquilo que deveria ser vergonha.
vv.19-20: Pátria terra x Pátria céus
v.21: Corpo de humilhação - Fraco, mortal.

     CAPÍTULO 4
4.1-9 - Conselhos

v.2: Eródia e Síntique - que façam as pazes como irmãos no
  Senhor.
v.3: Companheiro de jugo...Clemente: Não identificados.
  - Livro da vida - As cidades antigas mantinham registro dos nomes de seus cidadãos.  Esse fato foi transportado para a linguagem espirittual, indicadno que na "cidade celestial" esses registros também são conservados.
    - Significa ter vida eterna.
    - Deve ser metafórico: que realmente pertence ao céu, ao Senhor.
v. 6: Não andeis ansiosos - cf. as palavras de Jesus.
  - petições (pedidos), oração (em geral), súplica (pedidos
    específicos), ações de graças (gratidão a Deus).

4.10- - Agradecimentos e despedida
v.10: A ajuda dos filipenses
v.18: Aroma suave - Serviço e participação sacrificial não só sustentam o trabalho do Senhor, mas são atos de culto que agradam a Deus.
v.22: Os da casa de César - Aqueles a serviço do Impederador que, através do testemunho de Paulo, teriam sido convertidos.
                                          djj, 1993.    

JOÃO, DÍSCIPULO DE JESUS

João
João era um dos filhos de Zebedeu, pescador da Galiléia, e sua mãe era Salomé (acredita-se que irmã de Maria, mãe de Jesus). João, junto com seu irmão (o Apóstolo Tiago) e os Apóstolos Pedro e seu irmão André, eram sócios em uma empresa de pesca antes de serem chamados por Jesus.
É dito que o João possuía uma casa em Jerusalém e que é possível que o encontro de Nicodemos com Jesus tenha ocorrido lá.
O Apóstolo João alcançou uma posição de influência dentro do cristianismo e logo antes da destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 d.C., foi para Efésios. Ele se tornou o pastor da igreja em Efésios e teve uma relação especial com outras igrejas na região.
O irmão de João, Tiago, foi o primeiro dos Apóstolos a morrer; João foi o último. Todos os Apóstolos tiveram morte violenta, porém João morreu pacificamente em Efésios, a uma idade avançada, ao redor dos anos 100 d.C.
Uma história diz que enquanto João residiu em Efésios esteve com ele Maria, a mãe de Jesus, durante alguns anos.
João foi exilado na ilha chamada Patmos, conhecida como a caverna do Apocalipse, por ordem do imperador romano Domitiano, onde o texto sagrado do livro de Apocalipse foi dado ao Apóstolo João por Jesus. Outros livros do Novo Testamento atribuídos a João são: o Evangelho de João, 1º, 2º e 3º João.
Quando foi liberado do exílio retornou a Efésios, onde viveu até o tempo do imperador romano Trajano. É dito que João, "Fundou e construiu igrejas ao longo de toda a Ásia, trabalhou até a idade avançada, morreu quase centenário e foi enterrado perto de Efésios".
Há uma história que diz que quando João era um velho em Efésios, tinha que ser levado para a igreja nos braços de seus discípulos. A estas reuniões ele costumava dizer não mais que "pequenas crianças, amai-vos uns aos outros". Depois de um tempo os discípulos cansados de sempre ouvir as mesmas palavras perguntaram, "Mestre, por que sempre diz isto?" "É um mandamento do Senhor" foi sua resposta. "E se só isto tiver sido feito, é o bastante".
Há também uma tradição que diz que João passou um tempo em Roma.
Nos Evangelhos os dois irmãos são chamados freqüentemente depois do pai; "os filhos de Zebedeu", e receberam de Cristo o título de Boanerges, "filhos do trovão" (Mc 3:17).
Uma explicação provável é de que eram discípulos de João Batista antes de serem chamados por Cristo. Do círculo de seguidores de João Batista, Pedro e André, se tornaram discípulos (Jo 1:35-42). Os primeiros discípulos voltaram com o novo Mestre, do Jordão para a Galiléia, e aparentemente João e os outros permaneceram durante algum tempo com Jesus (Jo 2:12-22; 4:2-8). Ainda depois do segundo retorno da Judéia, João e os companheiros retornaram ao comércio de pesca até que foram chamados por Cristo definitivamente (Mt 4:18-22; Mc 1:16-20).
Nas listas dos Apóstolos João tem o segundo lugar (At 1:13), o terceiro (Mc 3:17), e o quarto (Mt 10:3; Lc 6:14), contudo sempre depois de Tiago, com a exceção de algumas passagens (Lc 8:51, 9:28, no texto grego; At 1:13).
O nome de Tiago é escrito antes, a conclusão que se tira é que João era o mais jovem dos irmãos. Em todo caso João teve uma posição proeminente no corpo Apostólico. Pedro, Tiago e ele foram as únicas testemunhas dos milagres da filha de Jairo (Mc 5:37), da Transfiguração (Mt 17:1) e da Agonia no Getsêmani (Mt 26:37). Foram enviados somente ele e Pedro à cidade para fazer a preparação para a Última Ceia (Lc 22:8). Na Ceia o lugar dele foi próximo a Cristo, em cujo peito se apoiou (Jo 13:23-25). De acordo com a interpretação geral João era também aquele "outro discípulo" que com Pedro seguiu Cristo depois da apreensão no palácio do sumo sacerdote (Jo 18:15). Somente João permaneceu próximo ao Mestre amado ao pé da Cruz no Calvário, com a Mãe de Jesus e as mulheres piedosas; e levou a desolada Mãe sob seus cuidados como o último legado de Cristo (Jo 19:25-27). Após a ressurreição, João e Pedro foram os primeiros discípulos a irem ao sepulcro; e ele foi o primeiro a acreditar que Cristo verdadeiramente tinha subido (Jo 20:2-10). Quando, mais tarde, Cristo apareceu no Lago de Genesaré, João também foi o primeiro, dos sete discípulos, que reconheceu o Mestre, se levantando na orla (Jo 21:7). O Quarto Evangelista mostra claramente quão íntima era sua relação com o Senhor através do título com que se identifica sem dar seu nome: "aquele discípulo a quem Jesus amava".
Depois da ascensão de Cristo e da descida do Espírito Santo, João e Pedro tomaram a responsabilidade da fundação e direção da Igreja. Nós o vemos na companhia de Pedro curando um homem manco no Templo (At 3:1). Com Pedro ele é também lançado na prisão (At 4:3). Novamente o achamos com o Pedro visitando os convertidos na Samaria (At 8:14).
Não temos nenhuma informação concreta relativa à duração de suas atividades na Palestina. Aparentemente João permaneceu uns doze anos em comum com os outros Apóstolos, neste primeiro campo de trabalho, até a perseguição de Herodes Agrippa I espalhar os Apóstolos pelas várias províncias do Império romano (At 12:1-17). Apesar da opinião contrária de muitos escritores, não parece improvável que João tenha ido pela primeira vez para a Ásia Menor e exercido o seu ofício Apostólico lá, em várias províncias. Em todo caso uma comunidade Cristã já existia em Efésios antes de Paulo chegar (At 18:27) e é fácil de associar uma estada de João nestas províncias com o fato de o Espírito Santo não permitir o Apóstolo Paulo, em sua segunda viagem missionária, de proclamar o Evangelho na Ásia, Mísia, e Bitínia (At 16:6). Há poucos contra aceitar uma terceira viagem missionária de João, mas, em todo caso, a estada de João na Ásia, neste primeiro período, não foi longa nem ininterrupta. Ele voltou com os outros discípulos a Jerusalém para o Conselho Apostólico (cerca de 51 d.C.). Paulo, em oposição a seus inimigos na Galácia nomeia explicitamente João, junto com Pedro e Tiago Menor, como "pilar da Igreja" e faz referência ao reconhecimento de seus Evangelhos Apostólicos recebidos destes três, os homens mais proeminentes da antiga igreja em Jerusalém (Gl 2:9). Quando Paulo veio novamente para Jerusalém, para a segunda e depois a terceira jornada, (At 18:22; 21:17) ele percebe que não encontraria mais João lá. Alguns acreditam que João deixou a Palestina entre os anos 52 e 55.

As mais recentes histórias de João
Os escritores Cristãos do segundo e terceiro séculos testemunham uma história universalmente conhecida e não questionada, de que o Apóstolo e Evangelista João morou na Ásia Menor nas últimas décadas do primeiro século; e de Efésios guiou as Igrejas daquela província. No "Diálogo com Tryphon" Justin Martyr se refere a "João, um dos Apóstolos de Cristo" como uma testemunha que tinha vivido "conosco", que é, em Efésios. Irineu fala em muitos lugares do Apóstolo João e sua residência na Ásia e expressamente declara que ele escreveu seu Evangelho
em Efésios e que tinha vivido lá até o reinado de Trajano. Com Eusébio e outros, somos obrigados a colocar o banimento do Apóstolo para Patmos no reinado do Imperador Domitiano (81-96). Alguns acreditam que esteve exilado na ilha de Patmos entre os anos de 93 e 98.
Antes disso, de acordo com o testemunho de Tertuliano, João tinha sido lançado em um caldeirão de óleo fervente ante a Porta Latina, em Roma, sem sofrer qualquer dano.
Depois da morte de Domitiano o Apóstolo retornou a Efésios, durante o reinado de Trajano, e em Efésios morreu, perto do ano 100, bastante idoso. Morreu quase centenário. Lendas informam muitas características bonitas dos últimos anos da sua vida: que recusou a permanecer debaixo do mesmo teto com Cerinthus, a ansiedade comovedora dele sobre um rapaz que tinha se tornado ladrão, as palavras constantemente repetidas, de exortação, ao término da vida, "pequenas crianças, amai-vos uns aos outros". Por outro lado as histórias contadas nos apócrifos "Atos de João", que apareceram já no segundo século, são invenção sem fundamento histórico.

Festa de São João
São João é comemorado a 24 de junho. No início, consta no Menology de Constantinopla e no Calendário de Nápoles, parece ter sido considerado 26 de setembro como a data da sua morte.

João na arte Cristã
A arte Cristã normalmente representa João com uma águia, simbolizando as alturas para as quais sobe no primeiro capítulo de seu Evangelho. O cálice como simbólico de João, de acordo com algumas autoridades, não foi adotado até o décimo terceiro século, está algumas vezes associado com referência à Última Ceia, novamente associado à lenda de que a João foi dado um cálice de vinho envenenado, do qual, por ser abençoado, o veneno subiu na forma de uma serpente.



JOÃO, O AMADO
O que é que lhe vem à mente quando você pensa no apóstolo João? Talvez algumas imagens lhe venham de imediato à mente: o discípulo amado, aquele que se aconchega a Jesus na Santa Ceia e do qual se diz "aquele a quem Ele amava" (Jo 13.23). Ou então a do apóstolo do amor – aquele que, já avançado em idade, escreve aquelas três epístolas maravilhosas que encontramos no fim do Novo Testamento, onde a palavra chave, tantas vezes repetida, é o amor.
São de João as expressões "filhinhos" e "amados", várias vezes presentes em sua primeira carta e que parecem apontar para uma pessoa paciente, mansa e amorosa. Mas teria sido sempre assim?

I- UM ENCONTRO TRANSFORMADOR
Houve, sem dúvida, na vida de João, um momento que transformou a sua vida e que marcou o início de um percurso de aprendizado com Deus. João era filho de Zebedeu, irmão de Tiago. Era discípulo de João Batista, e um dos dois que estavam com ele quando ele exclamou sobre Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus!" (Jo 1.36). O outro era André (v.40), e juntos foram os primeiros a conhecer Jesus mais de perto, quando este os convidou para ir e ver onde morava (v.39).
Quando, mais tarde, Jesus convoca os doze discípulos que o acompanhariam durante o tempo de seu ministério, João era um deles. Mas é de se estranhar o sobrenome que Jesus lhe atribuiu: "Boanerges, que quer dizer filho do trovão" (Mc 3.17) – uma alusão ao temperamento explosivo e violento que ele parecia ter. Esse tipo de temperamento parece se confirmar quando, ao encontrar homens que não seguiam com eles expelindo demônios, ele os proíbe de fazê-lo em nome de Jesus (Mc 9.38). Numa outra situação, o mesmo João se irrita contra os samaritanos que se recusaram a preparar pousada para Jesus, o que o leva a desejar "mandar descer fogo do céu para o consumir" (Lc 9.54)!
Apesar desses e de outros incidentes que revelam uma visão ainda distorcida do reino de Deus – como aquele em que ele e seu irmão Tiago pedem a Jesus que lhes conceda se assentarem ao Seu lado na glória (Mc 10.35-37), o fato é que o percurso de João já começava a sofrer a influência transformadora do andar com Jesus. O amor de Deus já havia encontrado o caminho do seu coração, e a mudança no caráter de João estava apenas começando...

II. O AMIGO DE JESUS
Apesar de Jesus falar constantemente às multidões e ter por cada pessoa, individualmente, uma terna compaixão, foi com os discípulos que chamou que ele estabeleceu um relacionamento mais chegado. A eles ele se revelava de forma mais clara, de forma gradual, à medida em que eles iam assimilando os valores do Reino. Marcos é claro a esse respeito em seu Evangelho, quando se refere aos ensinamentos de Jesus às multidões e declara: "Com muitas parábolas semelhantes lhes expunha a palavra, conforme o permitia a capacidade dos ouvintes. E sem parábolas não lhes falava; tudo, porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos" (Mc 4.33-34). O próprio Jesus confirma isso, quando, ao explicar a seus discípulos o significado da parábola do semeador, lhes afirma: "A vós outros é dado conhecer os mistérios do reino de Deus; aos demais fala-se por parábolas" (Lc 8.10).
Este grupo de doze homens caminhou, pois, numa relação mais íntima com Jesus. Estavam sendo treinados para liderar a Igreja que nasceria após a morte de Jesus e para expandir o Reino. Estavam tendo também seu caráter lapidado e forjado pelo convívio com o Senhor.
João era um desses doze e, dentre eles, era ainda um dos três mais chegados a Jesus (Pedro, Tiago e ele). Esses três estiveram presentes em momentos de intensa manifestação da divindade de Jesus, como a experiência da transfiguração de Jesus (Mt 17.1-8) e do momento de extrema angústia vivido por Jesus no Getsêmani (Mt 26.36-46). Os evangelhos certamente não relatam nem detalham todas as experiências vividas por Jesus durante o Seu ministério – como o próprio João declara (Jo21.25), mas de alguma forma o estreitamento da comunhão entre João e o Senhor Jesus cresceu tanto ao ponto de, entre os três discípulos mais chegados a Jesus, João ser cinco vezes citado como sendo "o discípulo a quem Jesus amava" (Jo 13.23; 19.26; 20.2; 21.7,20), ou, em outros termos, o amigo mais chegado de Jesus, ao ponto de Jesus conferir-lhe, na hora da morte, a incumbência de cuidar de Maria (Jo 19.26-27). O convívio diário com Jesus fizera certamente desenvolver-se em João um caráter muito especial, que o levou a se tornar o amigo de Jesus!

III. O APÓSTOLO DO AMOR
Depois da morte de Jesus, João dedica seus registros – quer o Evangelho que escreveu, quer as cartas – a enfatizar a verdade e o alcance deste imenso amor de Deus. É ele que nos lembra que o amor consiste "não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados" (1Jo 4.10), chegando ao ponto de definir: "Deus é amor" (v.16). Esta foi certamente a maior verdade que ele aprendeu e viveu a respeito do Reino de Deus. aquilo que Paulo afirma no conhecido texto de 1 Coríntios 13 – quando diz que eu posso falar em mistérios e exercer dons espirituais, mas se não tiver amor, nada disso se aproveitará – Jesus também deixa claro, no relato de João.
É o amor que leva o mundo a discernir os que são, de fato, discípulos de Jesus: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13.35).
João se deixou invadir tão plenamente pelo amor de Deus que hoje podemos nos referir a ele como o "apóstolo do amor". Durante os três anos em que ele conviveu com o Mestre, e à medida em que ia entendendo o amor de Jesus por ele, sua capacidade de amar os outros crescia também.
O mesmo deve acontecer conosco. É um processo natural no Reino de Deus: quanto mais tempo passamos com Jesus e somos transformados pelo Seu amor, tanto mias sensíveis nos tornamos quanto à necessidade que os homens têm de ser alcançados pelo amor de Deus!

CONCLUSÃO:
Ao analisarmos, ainda que tão brevemente, a vida de João e a extraordinária transformação do "filho do trovão" no "apóstolo do amor", que bom é lembrarmos que recebemos do Senhor o mesmo chamado que ele – o de sermos Seus amigos!
A intimidade do Senhor, como diz o salmista, é "para os que O conhecem e O temem, aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança" (Sl 25.14). Jesus confirmou, mais tarde, claramente, o Seu desejo de fazer de cada um de nós Seu amigo pessoal, quando disse aos discípulos, pouco antes de Sua morte: "Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer" (Jo 15.14-15). Atendamos a este chamado e desfrutemos da doce intimidade que Jesus nos oferece, ao ponto de sermos chamados, também nós, Seus amigos – "aqueles a quem Ele ama" (Jo 13.23)! Amém.

5º DOMINGO APÓS PENTECOSTES

5º Domingo após Pentecostes - 27/06/2010
Sl 16 / 1Rs 19.9b-21 / Gl 5.1,13-25 / Lc 9.51-62
Vilson Scholz – Para Igreja Luterana

1.  Contexto litúrgico

            A leitura do AT, em contraponto com o texto de Lucas 9.51-62, sugere uma ênfase no versículo final da leitura do Evangelho, a saber, a questão de pôr a mão no arado e ao mesmo tempo lançar os olhos para trás, numa nítida tentativa de querer reter o melhor de dois mundos. O texto da epístola, mais especificamente o v. 16, “deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana”, toca nessa mesma tensão/tentação de andar para a frente e para trás ao mesmo tempo. A época do pós-Pentecostes sugere essa ênfase no “andar no Espírito”.

2.  Texto

O texto de Gálatas 5 é cheio de paradoxos, capaz de fazer um teólogo luterano se sentir bem à vontade. Basicamente, diz que fomos libertos para ficarmos livres, em serviço. Claro está que Lutero não encontrou as teses que resumem seu “Da Liberdade Cristã” escritas no mural do mosteiro!
Com a justaposição dos vs. 1 e 13, o contraste fica evidente: Liberdade sem serviço em amor acaba em nova escravidão. Desta vez não mais à lei, mas à carne, isto é, ao próprio umbigo. Serviço por meio do amor é o cumprimento da lei. Retaliação e “guerra civil” no contexto eclesiástico não têm nada a ver com isso.
Na sequência, entra em cena a “força secreta” que possibilita o cumprimento da lei: o Espírito. Nele se anda ou vive (v.16). Quem pensava, equivocadamente, que se trata de uma “substância difusa”, é surpreendido ao ver que o Espírito aparece como pessoa que deseja (v.17), conduz (v.18), e liberta da lei (v. 18b). Ele tem o seu fruto e nele vivemos.
Ao Espírito se opõe, não o mundo ou o diabo, mas a carne. E assim se configura outra polaridade, entre carne e Espírito. Paulo não explica o que seria essa “carne”. (Aliás, temos aqui um problema com o qual Lutero já lidava, em seu tempo: como impedir que o ouvinte “viaje” para o açougue, tão logo ouve a palavra carne (“Fleisch”)? “Velha natureza humana” sempre é uma solução alternativa.) Essa “carne” faz da liberdade cristã um trampolim para a sua ação. Ela se manifesta no devorar-se mutuamente. Aparece personificada, pois “deseja” (vs. 16,17). A “carne” equivale mais ou menos a fazer o que se quer (v.17). Ela entende a linguagem da lei: coloca-nos sob lei, na medida em que não somos guiados pelo Espírito (v.18). Manifesta-se em obras ou exteriorizações de várias ordens, que resultam em exclusão da herança do reino. Os de Cristo crucificaram essa carne. Por mais que isso seja visto como uma ação realizada (“crucificaram”), ao mesmo tempo a possibilidade de fazer essas coisas é muito real. Do contrário, não haveria por que alertar para o perigo.

3. Aprofundamento

            O intérprete e pregador será atraído, em especial, pela lista de obras da carne e pelo fruto do Espírito. Dificilmente, numa pregação, será possível tratar de todos os elementos das duas listas. Quanto às obras da carne, é possível colocá-las em quatro grupos ou categorias: sensualidade (imoralidade, impureza, ações indecentes), paganismo (adoração de ídolos, feitiçarias), problemas no relacionamento interpessoal (inimizades, brigas, ciumeiras, acessos de raiva, ambição egoísta, desunião, divisões, invejas), excessos à mesa (bebedeiras, farras). Ao acrescentar “outras coisas parecidas com essas”, Paulo deixa claro que não está sendo exaustivo. Ou seja, o pregador poderia muito bem ampliar a lista, ou, por outro lado, selecionar aquilo que for mais evidente no contexto em que vive.
Quanto ao fruto do Espírito, os nove itens da lista podem ser colocados em três grupos: atitude ou postura pessoal (amor, alegria, paz), qualidades no relacionamento interpessoal (paciência, delicadeza, bondade), princípios de conduta pessoal (fidelidade, humildade, domínio próprio). No entanto, o apóstolo não tem necessariamente em vista um esquema lógico, e a sequência dos itens pode até ser aleatória ou determinada por fatores estilísticos (o som das palavras, por exemplo). Também neste caso seria possível argumentar que a lista não é exaustiva.
“Todo jardim tem o seu monturo”, dizia um antigo professor de exegese. Ou seja, a Bíblia tem, também, catálogos de vícios e relatos de coisas vis e condenáveis. Mas ela tem também os “catálogos de virtudes” que, mesmo não sendo tão marcantes quanto os outros (especialmente em contextos mais moralistas), deveriam, talvez, ser alvo de nossa maior atenção.
Seguindo nesta linha, pode-se notar que o texto fala sobre o fruto do Espírito, e não diretamente sobre o fruto da fé. (Em Efésios 5.9, Paulo fala sobre o “fruto da luz”.) Claro, há toda uma “teologia do Espírito” em Gálatas, por mais que a fé seja, também, um tema de destaque. No entanto, “fruto da fé” poderia, ao menos em nosso contexto, sugerir aquilo que nós somos capazes de produzir. Por isso, é bom que seja mesmo o fruto do Espírito. Só assim sabemos que não se trata de simples obras da natureza humana, que é o que realmente conseguimos, por nós mesmos, produzir. Por outro, o fruto do Espírito contrasta com as obras da Lei.
No começo da lista aparece o amor. Isto condiz com a ênfase paulina em 1Coríntios 13, por exemplo. O amor é auto-doação em benefício do(s) outro(s), e não necessariamente uma emoção. É característica de Deus e tem sua maior manifestação no sacrifício de Cristo (Gl 2.20; Ef 5.25).
A alegria é tema na carta aos Filipenses (3.1; 4.4), e é mencionada apenas aqui, na carta aos Gálatas. Aparece como fruto do Espírito também em Rm 14.17.
A paz resulta da justificação (Rm 5.1) e tem, também, uma dimensão comunitária (Cl 3.15).
No segundo grupo aparecem a paciência, a delicadeza e a bondade. A paciência ou longanimidade é característica divina (Sl 103.8), e se manifesta também na vida cristã (1Co 13.4; Ef 4.2; Cl 1.11; 3.12). A delicadeza ou benignidade é, também, acima de tudo uma característica divina (Rm 2.4; Ef 2.7; Tt 3.4), que se manifesta na vida cristã (Ef 4.32). E a bondade se aproxima bastante do amor.
A fidelidade é, também, antes de tudo, característica de Deus (Rm 3.3). A humildade (praytes) é uma combinação de força e mansidão, ou seja, é força sob controle. (“Mansidão” tende a sugerir falta de vigor e coragem, o que faz com que “humildade” seja um termo mais expressivo.) Trata-se da humilde disposição de viver a vontade de Deus. Quanto a domínio próprio, é o que a palavra diz: domínio de si mesmo. Tratava-se de um importante conceito ético no mundo grego. Como diz D. S. Dockery (Dictionary of Paul and His Letters, p. 318), sua colocação no final da lista parece indicar que, assim como o amor, no início, é o cumprimento da Lei, o domínio próprio cristão cumpre o que se poderia esperar do ponto de vista da ética grega.

4. Atualização

            Uma das questões que, talvez, inquiete o pregador é se ele deve apresentar esse “fruto do Espírito”, falando dele, ou esperar que ele se manifeste por si só, levando-o a silenciar a respeito. Em outras palavras, trata-se da já consagrada discussão quanto ao papel da Lei na vida do cristão. Na verdade, quem lê o início da carta aos Gálatas se espanta, até certo ponto, diante do que encontra no final. Parece que Paulo, tendo expulso a Lei pela porta da frente, permite que ela retorne pela janela dos fundos. O exegeta britânico John M. G. Barclay escreveu todo um livro sobre essa questão (Obeying the Truth: Paul´s Ethics in Galatians; Fortress Press, 1991). Vale à pena compartilhar algumas de suas conclusões:
“Paulo argumenta que a justificação pela fé em Cristo tem importantes implicações morais, as quais Pedro, erroneamente, ignorou em Antioquia, e os gálatas corriam o risco de esquecer” (p. 223). Em outras palavras, a justificação pela fé não é uma doutrina moralmente estéril.
“Embora Paulo nitidamente espere que os cristãos da Galácia sejam guiados pelo Espírito, isto não impede que ele explicite o que significa andar no Espírito e que dê instruções bem específicas neste particular. Isto mostra que, na mente de Paulo, não existe uma dicotomia fundamental entre o impulso ‘interno’ do Espírito e a instrução moral ‘externa’.” (229)
“Ao resumir a moralidade cristã numa lista de ‘virtudes’ (o fruto do Espírito), Paulo dá considerável ênfase ao caráter do agente moral, ao invés de, por exemplo, enfatizar a enumeração de seus deveres. (....) ele se preocupa com a demonstração de caráter ético, e não apenas com a observância de um conjunto de deveres”. (231)
Em outros termos, nesta palavra de Deus, Paulo mostra que a liberdade da Lei (na área da justificação) não significa de maneira nenhuma que se está livre de responsabilidades morais. No entanto, essas responsabilidades são moldadas, não pela imposição da Lei, e sim pela ação e suficiente capacitação do Espírito Santo.
                                                                            Dr. Vilson Scholz - São Leopoldo, RS

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EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURA PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS SOPRANO Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENOR TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12