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AULA DE CATECISMO DIFERENTE

MISSÃONa última sexta feira, 31/05 os alunos de catecismo, turma da manhã, da Comunidade Concórdia, tiveram uma experiência diferente do habital, pois a aula foi sobre o tesmunho e a missão de Deus.

O objetivo foi entregar convites da programação dos nossos cultos e também folhetos sobre a doutrina bíblica de determinados assuntos.

Fazer missão é uma ordem essencial e sublime dado por Cristo à sua igreja, pois Cristo veio a este mundo para nos libertar da condenação!

Eu vim não para ser servido, mas para servir e dar a vida por resgate de muitos" (Mc 10,45). 

Mesmo que alguns alunos quase foram mordidos por cachorros ao final da entrega eles perguntaram quando seria a próxima vez…

Obs.: Em pouco mais de 40 minutos foram entregues 87 reflexões com convites de Cultos e 85 folhetos com a doutrina do que cremos.

EVANGELISMO

Evangelismo

Missão e Evangelismo

DIA DAS MÃES EM SÃO LUIS

O ponto de atendimento da vila São Luis, ainda não tem propriamente um local exclusivo para culto. Os cultos são realizados nas casas de membros e visitantes, perfazendo assim um rodízio de casa em casa.

No dia das mães deste ano, as mães da Vila São Luis receberam de seus filhos, uma pequena homenagem que as crianças prepararam juntamente com a professora Zenaide Barros, que ensaiou com as crianças 03 musiquinhas e apresentaram e ao final do culto as crianças entregaram as suas respectivas mães, uma rosa como símbolo de gratidão por tudo que as mães fizeram.

Mas também não foram somente as mães das crianças que receberam homenagem, mas sim todas as mães presentes neste culto. Eis algumas fotos.

DEUS SEJA LOUVADO!

Vila São LuisVila São LuisVila São LuisVila São Luis IELBVila São Luis IELBVila São Luis IELBVila São Luis IELBVila São Luis IELBVila São Luis IELBVila São Luis IELBVila São Luis IELBVila São Luis IELB

O PAPEL DE UM PASTOR NO CONTEXTO MISSIONÁRIO

"O papel do pastor, em um contexto missionário"
Início do Seminário
Uma teologia adequada para a missão.
1. Dois extremos no pensamento teológico (missiológico).
Extremo 1: Idéia do passado missionário. Aquele que foi para o exterior (para o trabalho em uma congregação). Eles cobram muito tempo de trabalho e não deixar os líderes empezaren a surgir. O costume não é para ver o valor das pessoas locais.
Extremo 2: O missionário não pode ser um pastor de adoração. Deve estar por trás da liderança local.
Resumo: Buscamos um equilíbrio entre os dois extremos [isto é bom luterana].
Jesus treinou e trabalhou diretamente.
"Um pastor pastor, mas já não tem que criar líderes locais para trabalhar eficazmente.
Ordens em Atos 20.17, 28 (junção dos termos)
Presbítero
Bispo
Pastor
Diácono
Professor
Padre
Evangelista
Há um número de funções no NT. Às vezes não é fácil saber o papel de cada.
Realidade do Paraguai
Eugene Wagner: "O pastor está realizando o trabalho. Ele passa a ser visto como um empregado. Esse é o seu trabalho.
Douglas Rutt: A maneira de fazer missão é capacitar as pessoas para se tornar parte do trabalho.
1 Pedro 2.5: o dever de todos os crentes é falar de Cristo.
Muitas vezes, necessário para capacitar (empowering) pessoas.
Autoridade
Faculdade
Capacidade
Capacidade
Dê permissão
Walter sermão aos 18 anos e logo
Lutero bem disse, quando um cristão sabe que Cristo os seus corações são alteradas e ele começa a trabalhar.
Deus dá dons espirituais para pastores apenas.
Falando de comunicades necessidades
Eles falam dos leigos:
Os membros são usados ​​para ouvintes estar.
O que você faz para mudar isso?
Nossa igreja é muito tradicional. A única maneira de convencer os membros é a Palavra.
Temos de ter um trabalho contínuo.
Pastores devem ser líderes. Tal como no início são mais trabalho.
Não escolha um ou outro (ou o múnus pastoral de todos os crentes).
O que fez Lutero?
Temos o poder para falar de Cristo, mas nem todos são ministros. Mas todos podem ensinar e admoestar.
Ministério Público, que é, falando em nome do público, em nome da congregação.
No entanto, persiste a idéia de que o ministro ordenado é aquele que faz tudo funcionar.
Modelos Pedagógicos
Servos de apoio maturidade para se desenvolver. Isto é necessário.
Uma pedagogia apropriada
Na missão da Igreja é ensinada aos adultos. Em seguida, a "Pedagogia" deve ser "andragogical". Este regime passa a seguinte: ação-reflexão / / ação.
Habitus Practicus
É importante para uma experiência na estudo.
Educação de adultos:
1) auto-dirigida
2) motivada para excel
3) são experimentados
4) procurar soluções
5) buscar uma aplicação direta
Fatores que toma como ensinou aos adultos.
João 4.1ss
Os fins de taxonomia experimentais
1) Introdução (Apresentação do tema). Quando o ouvinte decide a questão vale a pena ou não.
2) Participação (O aluno vê a relevância do tema)
3) Integração (O aluno começa a usar os ensinamentos e começa a conversar com outros alunos)
4) Internalização (Ele ensinou começando a fazer parte da visão de mundo do aluno).
5 Spread) ou Spread (É o objetivo final e ensino).
Termos utilizados na educação teológica
Educação: Casual
Non-Formal (flexibilidade do método e tempo)
Formal (Hard Quanto ao método, o tempo. É flexível como para o alvo).
Exemplo de Jesus e metodologia
Um equilíbrio entre ser um pastor e um instrutor.
Matt. 4:18-21 - desde o início Jesus chama os outros para ajudar.
João 1:35-51 - Agora no capítulo 1 de João, Cristo treinou seus discípulos. Por exemplo e palavras.
Matt. 13 - O Semeador.
Matt. 10:05 ss
Para fazer a nossa parte, temos de encontrar formas de capacitar as pessoas. Van falhas ocorrem, mas Judas não.
O que mudaria (avaliar) para um programa dinâmico de educação?
Sistema (Alterar?)
Treinamento
Empowerment
Nossa interpretação luterana do ministério é bom. Mas a Bíblia fala mais, outras formas.
Um auxiliar de escritório. Seria bom?

PRIMEIRO INDIO BATIZADO NA PARÓQUIA

Família Indígena
Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinado-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. (Mateus 28.18-20).

Obs. A criança de camiseta azul foi o primeiro índio batizado na paróquia pelo pastor Arsildo Wendler

PROJETO EVANGELÍSTICO

INSTITUTO CONCÓRDIA DE SÃO PAULO

ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA

DISCIPLINA: Missiologia 2

PROFESSOR: Ari Lange

ALUNO: Claudio Ramir Schreiber 5° Teológico

Projeto Evangelístico à partir de congregação já formada...

Definição do Projeto

Este projeto evangelístico é a partir de um local onde já temos duas famílias luteranas (cidade de Missal, PR). Sendo assim, teremos o apoio da Paróquia SS. Trindade de Medianeira, que de certa forma, será a paróquia mãe deste novo ponto de pregação, sendo que o apoio maior virá da congregação de Itaipulândia, que fica mais perto de Missal (10 Km). Podemos dizer que este projeto é um projeto a ser avaliado dentro de um ano, e poderá ser cumprido dentro de dois anos.

Justificativa:

Bíblica

Tendo por base o próprio ministério de Jesus, ou até o de Paulo, nos quais mostraram qual é o objetivo de todos nós, trazer as pessoas a fé verdadeira, bem como a ordem de Jesus a todos nós: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os... ensinando-os...” (Mt 28.19), assim trabalhamos, sabendo que Cristo nos guia e nos orienta na missão. Isso para os cristãos é um prazer, pela fé, assim como Cristo, queremos a salvação de todas as pessoas.

Também pegamos por base Jo 3.16, onde está a declaração do amor de Deus pela humanidade: “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

2 Pe 3 vemos relatado que o Senhor não quer que nenhum se perca, mas que todos cheguem ao arrependimento.

Seguindo também o exemplo de quem evangelizava. Filipe, por exemplo (At 8.40 “Filipe evangelizava todas as cidades...”)

Teológica
Todos nós como pastores temos o nosso ministério como a nossa vida, ou seja, vivemos pelo evangelho, assim também o sacerdócio universal de todos os crentes, onde todos os que tem fé participam da ordem de Cristo, e fazem “missão”.
A fé que Deus nos dá, pela Palavra e pelos Sacramentos, nos motiva a amar o próximo, e também faz com que nós nos preocupemos com as outras pessoas em todos os sentidos, principalmente o de trazer cada vez mais pessoas a fé verdadeira. Nós amamos o próximo, e queremos anunciar Cristo.
Na Fórmula de Concórdia (Art XI, Parágrafo 28, vemos que a salvação é universal, é por isso que Cristo ordenou que se pregasse em seu nome arrependimento e e remissão de pecados a todas as nações.

No Catecismo Maior, na explicação do terceiro artigo do credo, vemos que por causa do Espírito Santo, o Evangelho foi anunciado. E é ele que motiva a Igreja de Cristo na terra a continuar a pregação deste evangelho de salvação.

Eclesial

A Igreja de Cristo não pode acabar, é evidente que ela não acabará, pois Deus nos dá dons e capacidades para trazer as pessoas para Cristo, nós como Igreja somos instrumentos de Deus em sua missão. Por isso queremos fazer com outras pessoas possam sentir este prazer, o de trabalhar pela Igreja, por Cristo.

Olhando também para o próprio lema da IELB, Cristo para todos, e sabendo que esta missão é de Deus, mas o desafio é de todos nós que fazemos parte da Igreja. Sabemos que a Igreja como um todo (IELB), por este lema, quer levar a mensagem de Cristo a todos. Nós como membros desta Igreja, pelos distritos e congregações, também nos engajamos neste missão, confiando na ação do Espírito Santo!

Objetivos

Estabelecer uma nova congregação na cidade de Missal, já que lá temos duas famílias Luteranas, que se deslocam para Itaipulândia sempre que temos culto neste local. A partir daí, trazer outras pessoas ao evangelho. Usar a residência do Sr. Fulano para os cultos e estudos Bíblicos.

Deixar conhecida também nesta cidade a Igreja Luterana, mas principalmente, anunciar Cristo também neste lugar.

Metas e Cronograma

è a principal meta é conseguir cumprir o nosso objetivo, citado acima. Evidentemente temos outros:

è Conseguir local adequado para fazer os cultos, estudos bíblicos, escola bíblica.

è Despertar nos membros a vontade de manter uma congregação onde a Palavra de Deus é pregada.

è Assim que o trabalho estiver andando bem, chamar um segundo pastor para a Paróquia, justamente para que esta “missão” seja olhada com mais atenção, não só esta missão, mas também as congregações de Itaipulândia, Santa Rosa d’Ocoi, Portão d’Ocoi.

è Formar lideranças em todas as áreas.

è A partir de Escola Bíblica, iniciar a evangelização com as pessoas que não são da Igreja.

.

O cronograma deste projeto é o seguinte:

Ano: 2001

Janeiro è Queremos começar o atendimento com culto e estudos bíblicos na casa de um dos membros.

Fevereiro è Iniciar uma pesquisa de campo, para saber as possibilidades de se montar uma Escola Bíblica na cidade.

Março è Iniciar a Escola Bíblica, com uma equipe que será formada em Itaipulândia.

Abril è Iniciar visitas missionárias na casa de amigos dos membros, a fim de termos cada vez mais pessoas participando. Programa especial de Páscoa para toda a cidade (com ajuda de toda a Paróquia)

Maio - Dezembro è Continuar mantendo este trabalho, agora com a liderança também dos próprios membros!

Fazer programações especiais para crianças, a fim de alcançar os seus pais também!!

Visitar a família das crianças de Escola Bíblica.

Montar programações especiais (Dia das mães, pais, crianças, Natal...)

Ano: 2002

Janeiro è Férias

Fevereiro è Início da Programação e avaliação do projeto.

Estratégia

A estratégia que usaremos é a seguinte: o trabalho começará a ser feito na casa de seu Fulano, os membros de Missal convidarão seus amigos e/ou parentes, para que desta forma já tenhamos sempre maior número.

Uma pesquisa na cidade, para que possa ser vista a possibilidade de iniciar o trabalho com mais intensidade no local, os próprios membros se encarregariam disso.

A escola bíblica terá inicio com os professores distribuindo convites a serem feitos pela paróquia, a partir da escola bíblica queremos chegar nos adultos, fazendo visitas a eles.

As visitas missionárias citadas antes serão em primeiro lugar a pessoas conhecidas dos membros, que em um primeiro momento mostraram interesse.

Os membros trabalharão em prol do crescimento (em quantidade da nova congregação), a partir do trabalho deles o crescimento fica mais fácil...

Com as programações especiais, as pessoas da cidade estarão em contato com a IELB, com o possível interesse, teremos participação maior nos cultos e demais programações...

Procurar sempre estar visitando doentes de outras denominções também, mostrar o interesse da IELB por todas as pessoas.

Para que seja formada uma liderança nesta congregação, é preciso que seja dado um curso de capacitação para os envolvidos na liderança, o próprio pastor daria este curso.

Recursos
Material para trabalho: Bíblia Sagrada (NTLH); Folhetos comprados da SBB; Livros ou manuais para missão que as editoras Concórdia,sinodal e outras oferecem.
Humanos: Os membros de Missal (2 famílias); os membros de Itaipulândia; os membros de Medianeira (principalmente professores de Escola Bíblica); Pastor

Financeiros: Caixa Paróquial (30% dos gastos); Caixa da Congregação de Itaipulândia (30% dos Gastos); Distrito (30% dos gastos); Membros do local (10% dos gastos); mais eventuais ofertas especiais dos membros da Paróquia.

Avaliação

15/02/2002 – Reunião em que estarão presentes: Pastor; Diretoria Paroquial; Diretoria da Congregação de Itaipulândia; As duas famílias que iniciaram os trabalhos em Missal. E demais pessoas que participam deste projeto.

Nesta reunião trataremos o seguinte: Os objetivos e metas foram alcançados? Quais os pontos positivos e negativos? O que pode ser melhorado? Todos trabalharam? O projeto tem futuro? Fazer o relatório para mostrar na Assembléia Paroquial.

CENSO MISSIONÁRIO

Censo missionário

12) Material – Alguns folhetos, podem ser da Sociedade Bíblica, com carimbo no verso da congregação e horários. Ou prepara alguns folhetos próprios. Tenho aproveitado os dias festivos da igreja: Natal, Paixão, Páscoa, Pentecostes, Reforma, para tornar a Congregação e seu conteúdo principal, conhecida na região a ser trabalhada. – Prepare a Ficha para levantamento, (Veja o material do Projeto Filipe na Concórdia). Pessoas. Selecione um rapaz e uma moça, ou um casal jovem ou de meia idade, dispostos a te acompanharem. Destaque a área a ser trabalhada, de preferência em torno da congregação, ou um lugar que vocês queiram trabalhar. Visita. Você fará as perguntas, as pessoas que te acompanham observam. O primeiro diálogo poderá ser desenvolvido na cerca, na porta. A) Apresentação: Vocês se apresentam como membros da Congregação luterana que estão fazendo um pequeno censo religioso. Se permitem, posso lhe perguntar: - Vocês tem uma Bíblia em casa? (Um dos acompanhantes assinala a resposta (Sim ou não) na ficha. – Vocês lêem e compreendem? – Participam de um culto ou grupo de estudo da Bíblia? - Vocês gostariam de compreender melhor a Bíblia? – Vocês têm perguntas sobre a Bíblia que gostariam de clarificar?

Por estas perguntas saberão a situação da pessoa ,se ela é cristã ativa numa igreja, se pertence a uma religião não cristã. Se gostariam de conhecer melhor a Bíblia.

Nós não fazemos proselitismo, isto é, buscar uma pessoa que está numa religião cristã e á ativa ali. Mas pessoas que se julgam cristãos só de nome, mas não participam, pessoas que não tem religião, pessoas que pertencem a uma religião não cristã como espíritas, Testemunhas de Jeová, islâmicos, etc. (se bem que estes últimos requerem um bom preparo por parte do visitador). Marcamos como prospectos e perguntamos se gostariam ou permitem outra visita para explicar a Bíblia. Se sim, marcamos data e hora.

Após diversas visitas, perguntamos as pessoas que nos acompanham, se gostariam dirigir o diálogo, e os incentivamos para isso. Não precisam ter medo, auxiliaremos. Depois de algumas visitas, se eles se sentem seguros, poderão tomar outro casal e irem sozinhos.

Depende o número de prospectos que tivemos, paramos a continuação e procuramos atender os prospectos. Conforme o interesse deles os convidamos para os cultos e após para uma instrução mais, que começa com uma rápida leitura do evangelho de Marcos com pequenas explicação, para terem uma visão melhor da vida e obra de Jesus, antes de entrar no assunto das doutrinas sistemáticas, via o Livro Boas Novas, etc. Se numa rua tivermos dois ou três prospectos, após termos lido com eles dois ou três capítulos de Marcos, tentaremos juntas estas famílias, ora numa casa, ora na outra para a continuação da leitura de Marcos.

Bem, isto é por alto. Qualquer outra informação estou à disposição.

Abraço Horst R. Kuchenbecer

IDENTIDADE E MISSÃO DA IELB


Identidade e Missão da IELB[1][1]

Introdução


“A Igreja tem por fim propagar o evangelho de Jesus Cristo.” É o que diz nosso Estatuto, em seu artigo 4o. Está aí colocado o objetivo da “Igreja”. Mas que Igreja? Estamos aí falando da Igreja que confessamos no Credo: “Creio ... uma santa igreja cristã e apostólica”? Ou estamos falando da IELB?
Duas observações iniciais:
1) Em nosso Estatuto (tanto no antigo, como no recém aprovado), em todo o texto sempre há a referência à IELB; somente no artigo 4o, citado acima, fala-se em “Igreja”. Entendo que com isto estamos fazendo uma diferenciação entre IELB e “Igreja”, o que penso ser muito correto. A IELB não é a Igreja cristã confessada nos Credos. A Igreja são todos aqueles que, no mundo inteiro, crêem em Jesus Cristo – a “comunhão dos santos”. Por outro lado, ao se colocar “Igreja” no artigo que trata da finalidade da IELB (porque é o Estatuto da IELB) também estamos dizendo que a IELB não quer ser algo diferente da Igreja cristã no mundo. Ela se entende como Igreja, não de forma exclusiva. Somos Igreja de Cristo, não porque somos de uma organização chamada IELB, mas porque fomos incorporados à família de Deus por meio do batismo. Somos Igreja porque o “Espírito Santo nos chamou pelo evangelho, iluminou com seus dons, santificou e conservou na verdadeira fé.” (Catecismo Menor de Lutero; Explicação do Terceiro Artigo do Credo) Assim, sendo um conjunto de congregações – onde efetivamente está a Igreja, a finalidade da IELB não é outra senão a finalidade da Igreja de Cristo em todos os tempos e em todos os lugares: proclamar o Evangelho de Jesus Cristo.
2) Este assunto é tão importante que está colocado em um dos artigos irreformáveis do Estatuto, juntamente com o 3o, que fala de nosso fundamento doutrinário, a Escritura Sagrada, e sua exposição correta, as Confissões Luteranas. Não podemos mudar nossa finalidade, nosso objetivo, assim como não podemos mudar nosso fundamento doutrinário. Fazendo-o, estaríamos mudando nossa essência, estaríamos deixando de ser quem nós somos.
De fato, ao falarmos hoje sobre o “Objetivo da Igreja” entendo que o assunto está diretamente ligado (assim como o Estatuto o demonstra) ao que nós somos. Nosso objetivo está ligado à nossa identidade.
Por isso escolhi como abordagem para esta conferência uma breve análise do que considero serem peculiaridades da teologia luterana que, ao menos em tese, a IELB tem crido, ensinado e confessado nestes 100 anos. Coloco como questão básica a nos guiar na primeira parte de nossa reflexão:  o que caracteriza a teologia luterana frente ao contexto religioso em que a IELB está inserida? Mais adiante trarei alguns questionamentos no que se refere a nossa aderência a estes aspectos da teologia luterana. Ao final estarei sugerindo algumas pistas para nossa caminhada como instituição que quer manter sua identidade e ser fiel ao seu objetivo.
Proponho, assim, uma investigação sobre nossa identidade! Com isto estarei enfatizando aspectos nos quais a IELB (como conjunto de comunidades que abraçam a teologia luterana) é diferente de outros grupos (denominações) cristãos. Não estou negando que haja semelhanças entre o que cremos e o que outros cristãos crêem. Mas, como já disse, meu foco será aquilo que nos distingue, que nos caracteriza.

I. O que tem a teologia luterana de peculiar e que serve como contribuição para as igrejas cristãs (inclusive as luteranas!)


Inicio com duas afirmações. Primeira, a IELB é Igreja cristã, mais propriamente uma denominação cristã – o que estabelece um contraste marcante com o contexto pagão no Brasil (Espiritismo, umbanda, religiões orientais, superstições, etc.). Neste contexto, a IELB tem uma função fundamentalmente evangelizadora. O evangelho de Jesus Cristo continua sendo escândalo e loucura para o mundo, como o foi no tempo do apóstolo Paulo (cf. 1 Co 1.18-25). Não pode haver comunhão entre luz e trevas. Em nossa identidade, pautamos nossa vida e testemunho pelo “escândalo da particularidade” – há um só caminho, uma só verdade, uma só vida: Jesus Cristo, Deus e homem, Salvador do mundo.
A segunda afirmação inicial: visto que a IELB vive em um contexto onde há outras denominações cristãs, nossa identidade nos diferencia também frente a este contexto cristão. Com muita alegria e gratidão a Deus reconhecemos com os confessores que há cristãos em toda parte onde o evangelho é “pregado puramente e os santos sacramentos são administrados de acordo com o evangelho” (Confissão de Augsburgo  VII: 1). Graças a Deus, a Igreja cristã não está restrita às Comunidades luteranas. Por outro lado, entendemos que temos algo a oferecer de contribuição a outros cristãos.
Correndo o risco de ser incompleto (e subjetivo) nesta análise, sugiro alguns pontos em que a teologia luterana tem uma contribuição a dar no contexto cristão, alguns aspectos que nos caracterizam como Denominação cristã que somos. É importante lembrar que não estou me referindo à fé das pessoas individualmente, mas ao que a teologia luterana entende e confessa. Também é importante dizer que o que cito abaixo não são doutrinas que necessariamente só os luteranos crêem, ensinam e confessam; até porque não são doutrinas que pertencem à teologia luterana, são doutrinas da Igreja cristã. No entanto, tenho a convicção de que em cada um dos aspectos citados, a teologia luterana têm, por graça de Deus, uma clareza tal que merece ser refletida e testemunhada. Além do mais, arrisco dizer que somente a teologia luterana, conforme expressa no Livro de Concórdia de 1580, afirma ao mesmo tempo todos estes pontos importantes da doutrina cristã.

1 - Justificação pela fé – somos aceitos por Deus não por merecimento nosso, mas por sua graça, por causa de Jesus, por meio da fé – esta é a mensagem central da Escritura e característica fundamental da Igreja cristã. “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Por isso, o apóstolo anuncia: “O justo viverá por fé” (Rm 1.17); “todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.23,24). Nossas Confissões também testemunham a centralidade desta verdade (CA IV; Ap IV; FC  III). Note-se a expressão, já consagrada entre nós, e que vem de nossa “certidão de nascimento” (a Confissão de Augsburgo): “pela graça, por causa de Cristo, mediante a fé”. Nossa justiça perante Deus é fruto da graça de Deus – esta graça é universal, séria e eficaz; por causa de Cristo – vemos aí a centralidade da doutrina de Cristo e sua obra – nada pode tomar este centro em nossa teologia e vida; mediante a fé - não como obra, mas como dádiva do próprio Deus, por meio do evangelho – é a confiança em Jesus, no que ele fez por nós para nos dar o perdão de todos os pecados, ao ponto de Deus não mais nos considerar pecadores condenáveis, mas perdoados e justos.
Assim como na época da Reforma, também hoje a doutrina central da fé cristã continua sendo ameaçada, manchada, deformada. Há quem sugira, no contexto cristão, que a pessoa deva participar de algo, deve fazer a sua parte, para de alguma maneira conquistar a justificação; uma maneira sutil de dizer isso é o que chamo de “teologia da decisão”: “Deus fez tudo por ti; cabe a ti decidir se aceitas ou não a Jesus como teu Salvador pessoal.” A fé acaba sendo apresentada como obra nossa, com isto desprezando a graça de Deus que em Cristo é suficiente. Ainda há os que, dentro de denominações cristãs, sustentam que Deus não quer salvar a todos, mas apenas a alguns; aos outros Deus estaria predestinando para a condenação.
A doutrina da justificação pela fé continua sendo a doutrina pela qual a Igreja fica de pé, ao confessá-la, ou cai, ao negá-la. Dela jamais poderemos nos sentir saciados, ao ponto de não precisarmos mais estudá-la. E mais, nossos irmãos, cristãos de outras denominações, precisam deste ensino, com toda a clareza. Não estou sugerindo aqui que nosso objetivo seja tornar todos os cristãos em luteranos. Estou dizendo que mesmo permanecendo em suas igrejas, faremos bem em trabalhar para que estes irmãos estejam firmemente enraizados na doutrina fundamental da fé cristã, para que não sejam abalados mortalmente em sua estrutura espiritual.

2 - Lei e evangelho – sua correta distinção e aplicação. Não me refiro aqui a “lei e evangelho” como uma doutrina específica, mas como a ferramenta pela qual a Escritura como um todo é melhor compreendida e ensinada; trata-se de uma chave para abrir as doutrinas, olhando-as não de forma estática, mas dinâmica; para perceber como as verdades reveladas “funcionam” na prática. O teólogo luterano Holsten Fagerberg observa que as Confissões Luteranas, ao tratarem de Lei e Evangelho, procuram “ajudar o leitor da Bíblia e o pregador em entender o que a Bíblia diz – freqüentemente através de passagens aparentemente contraditórias – a respeito de fé e obras, justificação por graça e vida em santidade.”[2][2] Em outras palavras, a correta distinção entre lei e evangelho permite que se leia a Escritura, particularmente os seus temas fundamentais, com entendimento.
Alguns de nossos pastores e professores já tiveram experiência de compartilhar com cristãos, mesmo ministros religiosos, de outras denominações cristãs, a distinção entre lei e evangelho. Os que o fizeram poderiam dar seu testemunho aqui. Algumas situações que conheço demonstraram que tal ensino é, pelo menos na prática, desconhecido ou, quem sabe, pouco valorizado, em outras tradições cristãs. E que impacto traz sobre a pregação e o ensino a correta distinção entre o juízo de Deus e a graça de Deus; entre sua acusação e a absolvição, entre a morte e a vida.
Quanta confusão há entre pregadores e ouvintes cristãos no que se refere à palavra de Deus, em sua dinâmica. Há mensagens em que o evangelho propriamente dito – do amor de Deus revelado em Jesus – nem mesmo é mencionado. A lei é usada como fonte de força, de motivação. Ao invés de se apontar para a cruz de Cristo, as pessoas são levadas a olhar para si próprios e são movidos ou pelo medo ou pelo orgulho.
Certa vez um pastor experiente afirmou, em uma palestra que assisti, que cada pastor da IELB deveria ler, ao menos uma vez por ano, o livro “Lei e Evangelho”, de C. F. W. Walther. Que revolução haveria nesta igreja – a IELB – se este ensino fosse, cada vez mais, tanto na teoria como na prática, a grande marca registrada de nossos sermões e ensino. Temos seu resumo em Português, com o título “Lei e Evangelho”. Em breve a obra completa deverá ser lançada pela Concórdia Editora.
A distinção entre lei e evangelho não sugere apenas que tanto a lei como o evangelho sejam necessários na pregação. Ela ainda é mais radical. Cito Walther, em sua última tese, quando diz: “... a palavra de Deus não é aplicada corretamente, quando aquele que ensina a palavra de Deus não permite que o evangelho tenha predomínio geral neste seu ensino.”[3][3] Isto quer dizer que a distinção entre lei e evangelho permite e insiste que o evangelho tenha o peso maior na pregação. Esta característica luterana afirma que a mensagem cristã por excelência não é a lei, mas a boa nova do amor de Deus em Cristo, a única mensagem que salva, que vivifica, que consola e que move os cristãos para a vida piedosa no dia a dia.
Esta centralidade do evangelho é afirmada no artigo específico da Fórmula de Concórdia: “Como a distinção entre lei e evangelho é luz de particular brilho, que serve ao propósito de dividir corretamente a palavra de Deus e explicar e entender apropriadamente os escritos dos santos profetas e apóstolos, devemos conserva-la com especial diligência, a fim de não serem misturadas uma com a outra essas duas doutrinas, ou para que não se transforme o evangelho em lei, com o que se obscurece o mérito de Cristo e as consciências perturbadas são despojadas de seu consolo, que de outro modo possuem no santo evangelho, quando esse é pregado genuína e puramente, e com o qual em suas maiores provações podem sustentar-se contra os terrores da lei.” (FC DS  V: 1; Livro de Concórdia, p. 598)

3 - Objetividade e eficácia dos meios da graça - o fazer do Evangelho, mais do que simplesmente um informar. A teologia luterana leva a sério o que diz o apóstolo a respeito do poder e eficácia da palavra de Deus: “o evangelho é o poder de Deus para a salvação” (Rm 1.16); “a fé vem pela pregação” (Rm 10.17); “a palavra de Deus ... está operando eficazmente em vós, os que credes” (1 Ts 2.13); etc.
Gerhard Forde, teólogo luterano, em um livro que sustenta que a Teologia existe para proclamação[4][4], mostra que há dois diferentes paradigmas no que se refere à maneira como consideramos o efeito da proclamação da palavra de Deus. Um deles é o paradigma da “livre escolha”. Quando se trata da palavra de Deus como se fosse tão somente de caráter informativo, o pressuposto pode ser que a pessoa que recebe a mensagem tem agora a liberdade de escolher – por um ato de vontade ela optará ou não por aceitar a mensagem de Cristo. Esta forma de olhar o assunto é equivocada, lembra Forde, porque ignora a realidade da natureza humana, a necessidade da ação do Espírito Santo e a própria característica da palavra de Deus. Vem então o segundo paradigma, aquele que Forde está propondo: “Proclamação está mais para um sacramento do que para outra comunicação oral, como o ensinar e informar.” (p. 147) Ele argumenta: “No administrar dos sacramentos não estamos simplesmente dizendo algo, não estamos meramente trazendo informação; estamos fazendo algo ... Não estamos explicando Cristo ou o evangelho, ou descrevendo a fé, ou dando instruções sobre como alguém pode ser salvo. ... O paradigma para isto não é a existência continuada do sujeito supostamente livre, mas a morte do velho e a ressurreição do novo. Somos batizados na morte de Cristo, para sermos renascidos na novidade da vida da ressurreição na fé. Comemos e bebemos o corpo e o sangue do Crucificado e Ressurreto, proclamando sua morte até que Ele venha. A continuada existência do sujeito é, de fato, corporalmente interrompida. ... A palavra proclamada é tanto um fazer quanto o é o sacramento. A pregação, para Lutero, é derramar Cristo em nossos ouvidos, assim como nos sacramentos somos batizados nele e Ele é derramado em nossas bocas. ... A palavra proclamada não apenas explica ou informa, mas ela também dá – ela termina o velho e inicia o novo, ela leva à morte e traz para a vida. ... Sem este caráter sacramental, a palavra degenera para informação a respeito da qual o velho ser que ainda existe deve fazer algo.” (pp. 148,9)
Infelizmente o paradigma da livre escolha é muito popular. A teologia luterana, porém, confessa que a palavra de Deus (particularmente, o evangelho – a boa nova da salvação em Cristo) é poderosa para realizar aquilo que promete, ou seja, criar uma nova realidade, a partir da ressurreição de Cristo, uma realidade de absolvição do pecado, vida com Cristo, aqui e na eternidade. Nossas Confissões o afirmam. No artigo V da Confissão de Augsburgo é afirmado que pelo evangelho e sacramentos, Deus “nos dá o Espírito Santo, que opera a fé, onde e quando lhe apraz, naqueles que ouvem o evangelho  ...” (Confissão de Augsburgo V: 2;  Livro de Concórdia, p. 30). E no artigo XII da mesma Confissão se diz que por meio dos sacramentos a fé é despertada e fortalecida (Confissão de Augsburgo XIII: 1;  Livro de Concórdia, p. 34). Tal convicção se reflete na prática, por exemplo do batismo de crianças e na comunhão fechada na Santa Ceia.

4 – Afirmação dos princípios material e formal da teologia.  A teologia luterana ensina que o centro de sua fé e teologia é o Evangelho de Jesus Cristo. A justificação do pecador, pela graça de Deus, por causa de Cristo, mediante a fé é o “principal artigo” da fé cristã e o “artigo pelo qual a igreja fica em pé ou cai” (articulus stantis et cadentis ecclesiae). O Evangelho é descrito como o Princípio material do Luteranismo. Por outro lado, a teologia luterana igualmente insiste que a única fonte, regra e norma para sua doutrina e vida é a Escritura Sagrada. Somente as Escrituras são a fonte e norma para nossa doutrina - este é o Princípio formal do Luteranismo.
Tal afirmação dupla é importante, porque coloca juntas duas verdades que não se excluem e que são harmônicas. Além disso, o contexto de outras denominações cristãs mostra dificuldades em afirmar concomitantemente os dois princípios. Dois problemas específicos se fazem notar (dos quais não estamos livres, por influência que temos, em nossa situação vivencial, de outras teologias). Por um lado, existe a chamada posição “fundamentalista” ou  “biblicista”. Para esta visão, tudo o que está na Escritura é igualmente importante, de modo que o evangelho (a boa nova da salvação em Cristo) não é considerada a mensagem fundamental. Por outro lado, existe também a posição denominada “minimalista” ou de “reducionismo ao Evangelho”. Isto significa que tudo o que não é diretamente evangelho (mensagem da salvação) poderia ter sua veracidade questionada (por exemplo, o relato da criação, milagres, ordenanças bíblicas, etc.).

5 - Visão realista do ser humano - simul iustus et peccator – ao mesmo tempo pecador e justo – 100% pecador em si mesmo; 100% justo por causa de Cristo. Tal visão é realista: evita tanto o desespero de uma vida confrontada apenas pela lei; evita também o orgulho de se pensar que, sendo cristãos, passamos a ser pessoas melhores em nós mesmos. Isto também é importante para a ética cristã. Luteranos ensinam uma ética que parte da perfeição que temos em Cristo; não uma ética que está em busca da perfeição. Uma ética que evita o perfeccionismo e que não coloca o cristão no céu antes do tempo, mas o traz ao chão, para viver de forma encarnacional.
Há quem diga que os luteranos têm normalmente pouco a dizer – e agir – no que se refere à santificação. Talvez haja um tanto de verdade nisso, se examinarmos nossa prática. No entanto, a teologia luterana é rica na abordagem da vida cristã. O foco, porém, é diferente daquele presente em outras denominações cristãs. Harold L. Senkbeil, pastor luterano nos EUA, escreveu um livro com o sugestivo título: “Santificação: Cristo em Ação”.[5][5] Segundo ele, a ênfase luterana na ação de Deus por meio da Palavra externa (que está, portanto, fora de nós, na palavra e sacramentos) não está em oposição, pelo contrário, dá a melhor base para a nova vida em Cristo. Segundo ele, para Lutero, “paradoxalmente, quanto mais externa for a base para a salvação, tanto mais interiores seus resultados. Na medida em que as promessas objetivas de Deus em Cristo são enfatizadas, nesta medida os frutos subjetivos do evangelho crescem na vida cristã.” Senkbeil exemplifica isto com a explicação de Lutero ao 2o artigo do Credo, no Catecismo Menor.[6][6]

6 - Os dois regimentos. Deus governa o mundo de duas formas. Por um lado, com o evangelho Deus traz seu reino da graça, cria a Igreja e oferece gratuitamente a vida eterna, que já se inicia aqui pela comunhão com Deus, através da fé. Mas Deus também se manifesta através do poder neste mundo, em que Ele, por meio de instituições humanas, mantém a ordem, evita o caos, fomenta a vida, a paz, o bem-estar da criação. O reconhecimento de que os cristãos vivem sob o duplo reinar de Deus leva ao entendimento da santidade das vocações nas ordens criadas por Deus. Isso significa que como cristãos não estamos tão somente pensando no dia em que iremos para o céu.
Harold Senkbeil, já mencionado acima, discute as implicações da encarnação de Deus, em Cristo, para a vida de santificação.[7][7] Ele lembra que no 5o século da era cristã, um homem chamado Nestório, foi acusado de ensinar “dois Cristos”, um divino e um humano. Senkbeil sugere que os cristãos em nossa época têm especial dificuldade de relacionar as coisas celestes e as terrenas. Com freqüência se cai na tentação de separar o humano do divino, de modo que apenas coisas ditas espirituais passam a importar aos cristãos. Coisas deste mundo, terrenas, materiais são consideradas como de pouca importância. A alternativa, então, é tentar cristianizar o ambiente em que se está, para nele viver com um pouco mais de tranqüilidade. Ao invés de ser transformados pela renovação da mente (Rm 12.2), estes cristãos tentam transformar a terra em um céu. Temos exemplos disso também no Brasil, entre evangélicos. Fala-se de comprar produtos cristãos, em lojas cristãs, de comerciantes cristãos; fazer consertos com profissionais cristãos; votar em um candidato cristão, ouvir apenas música cristã, olhar programas cristãos na televisão, etc. Senkbeil faz a pergunta: não estamos com isso sugerindo um novo movimento monástico, de nos isolarmos do mundo, criando nosso mundinho cristão? Não será esta uma negação prática da encarnação? Senkbeil sugere positivamente que ao invés de criarmos um muro em volta de nós, como indivíduos ou como igreja, que assumamos um papel ativo no mundo real, “aproveitando as oportunidades” (Cl 4.5).
Vivemos cada dia na certeza de que Deus tem um trabalho para nós aqui no mundo. Por um lado, como testemunhas do evangelho, pelo qual o Espírito Santo faz o reino vir aos corações. Por outro lado, temos um compromisso de participação naquelas instituições que estão aí para preservar a vida e valorizar a criação de Deus. Lembro a família, o governo, o trabalho, a escola. Estes são lugares em que os cristãos têm muito o que fazer e viver sua vida diária, para o bem do próximo.

7 - A distinção entre o ministério e o sacerdócio. Todo o cristão é sacerdote de Deus, podendo receber a palavra e os sacramentos e servir a Deus, como indivíduo e em conjunto com os irmãos na Igreja; aqueles que são chamados ao ministério (pastoral) estão no ofício instituído por Deus, para servir à Igreja com o evangelho, anunciado e repartido nos sacramentos.
Pelo batismo todos os cristãos são sacerdotes de Deus. Assim, têm acesso a Deus e dele recebem dons preciosos através da palavra e sacramentos. Este fato libera os crentes para servirem a Deus e ao próximo, sem precisarem se preocupar em, com este serviço, buscarem mérito perante Deus. Fagerberg mostra que as Confissões Luteranas enfatizam a vida cristã na vocação, isto é, no chamado que cada crente tem para exercer seu sacerdócio.[8][8] Na igreja medieval o ideal colocado para a vida cristã era a vida monástica, longe do mundo. Os luteranos, porém, mostraram que a vida cristã se dá em meio às instituições, como o governo civil, a ordem política e o casamento, onde é preciso que “cada qual, de acordo com sua vocação, mostre, em tais ordenações, amor cristão e obras verdadeiramente boas.”[9][9] Assim, a vida no sacerdócio agradável a Deus não se dá no exercício de funções que o ministro tem ao seu cuidado, através do chamado, mas pelas funções que recebemos especialmente na família e na sociedade.

8 - Valorização da tradição, sem canonizá-la - os luteranos se vêem na linha da Igreja cristã de todos os tempos, e não como uma nova igreja. Na conclusão aos primeiros 21 artigos de doutrina, a Confissão de Augsburgo afirma: “... essa doutrina se fundamenta claramente na Sagrada Escritura, e além disso não é contrária nem se opõe à igreja cristã universal, e, na verdade, tampouco à Igreja Romana, quanto se pode coligir dos escritos dos Pais, pensamos também que os nossos oponentes não podem estar em desacordo conosco nos artigos acima indicados.” (CA Conclusão aos Artigos I-XXI, 1 – Livro de Concórdia, p. 39,40). E ao final dos artigos onde havia controvérsia, a mesma CA novamente garante: “Relatamos apenas aquilo que julgamos necessário aduzir e mencionar, a fim de que daí se pudesse tanto melhor perceber que, em doutrinas e cerimônias, entre nós nada se recebeu que seja contra a Sagrada Escritura ou a igreja cristã universal. Porque deveras é público e manifesto havermos evitado, diligentissimamente e com a ajuda de Deus (para falar sem vanglória), que se introduzisse, alastrasse e prevalecesse em nossas igrejas qualquer doutrina nova e ímpia.” (CA Conclusão 5; Livro de Concórdia, p. 62). Note-se o empenho em mostrar que os luteranos não estão fundando uma nova Igreja. Por isso, valorizam a palavra dos pais, ainda que reconheçam que eles se enganaram muitas vezes. Nem por isso, ignora ou despreza o valor da tradição. A Escritura Sagrada, porém, é a única fonte e norma de doutrina, pela qual todos os escritos dos pais são julgados (FC Epítome Da Suma 1; Livro de Concórdia, 499).

Há quem possa questionar se os luteranos “ielbianos” de fato testemunham, confessam e ensinam o que acima foi observado. Também faço esta pergunta. Mais adiante quero compartilhar uma tentativa de resposta a ela.

II. Duas questões para uma análise crítica


1) Tais características – nossa identidade – servem ou atrapalham o objetivo da igreja? O que somos combina com o que temos a fazer? Roberto Bellarmino, teólogo católico romano do final do século XVIII, acusou os luteranos de não desenvolverem uma atividade missionária séria. Segundo ele, os luteranos “não converteram pagãos ou judeus à fé, mas apenas perverteram cristãos.” Enquanto isso, argumenta Bellarmino, os católicos converteram a muitos, no século XVI, nas colônias do novo mundo (especialmente América Latina).[10][10] Seria esta uma acusação válida ainda hoje? É claro que há exemplos na História das Sociedades missionárias luteranas,  que iniciaram missões em diversos lugares do mundo. Mas a pergunta que fazemos é se nossa teologia é apropriada para uma prática missionária arrojada!
Minha convicção é que a teologia luterana, que abraçamos, é a mais apropriada para o trabalho que temos a fazer – porque é biblicamente correta e, sobretudo, porque é evangélica. Arrisco dizer mais: mesmo quando os luteranos deixam de ser tão enfáticos como deveriam, no que se refere à obra missionária, a teologia luterana, se corretamente confessada, é missionária em si!
Se é verdade que nossa identidade corresponde ao que a Escritura pronuncia a respeito da Igreja de Jesus, então não devemos temer estar no caminho errado. As aparências podem até mesmo indicar o contrário. Pode parecer que não haja espaço para denominações religiosas com características doutrinárias fortes, como a IELB. Afinal, vivemos em tempos de pluralismo religioso, tempos de tolerância e de fomento ao ecumenismo. Penso que, de fato, é preciso que a IELB se dedique mais à questão do diálogo ecumênico. É uma triste realidade que no mundo o paganismo está crescendo, seja pelas seitas orientais, seja pelo islamismo; no Brasil, principalmente, pelo espiritismo de diversas formas. Os cristãos precisam dialogar; não podemos nos excluir disso. Naturalmente, por respeito à palavra de Deus, todo diálogo precisa ser pautado pelo estudo da Escritura. Acordos só podem ser feitos a partir da confissão comum da mesma fé. Parece-me que estamos longe de chegar a acordos assim com outras denominações; mas isto não nos deveria impedir de seguir em frente no diálogo, digo novamente, em busca da confissão comum da fé.
Mas a questão aqui é outra. Nossa identidade de maneira nenhuma nega a unidade da Igreja, que confessamos no Credo. Afinal, esta unidade, que é objeto de fé, não de constatação visível, é produzida pelo evangelho – a boa nova da salvação em Cristo. A identidade da IELB é evangélica; tem seu centro no Cristo Salvador. Não devemos temer que esta identidade possa prejudicar o objetivo missionário da Igreja. Este não é o caminho mais fácil. Mas é o correto.
Talvez seja por demais óbvio o que direi agora, mas o digo assim mesmo. Ao longo deste estudo, tenho insistido que temos um tesouro dado por Deus – na doutrina pura do evangelho – que podemos (e devemos) compartilhar com outros cristãos – isso sem mencionar aqueles que ainda não são cristãos e que precisam urgentemente conhecer a verdade salvadora. Bem, se isto é verdade, então estou sugerindo que a IELB seja uma denominação muito aberta e pronta ao diálogo com outras denominações cristãs. Afinal, como iremos compartilhar com outros uma mensagem se não conversarmos com eles. Este é um assunto controvertido entre nós. Há exageros tanto de um lado como do outro – os extremos são sempre perigosos. Mas creio que há espaço para um maior diálogo com outros cristãos. Perseverança na doutrina e apego às Confissões não implica isolacionismo, mas o desejo sincero de testemunhar a verdade que cremos, com humildade, amor e firmeza.  Não creio que devêssemos ter como meta imediata fazer acordos e protocolos, mas estudar a palavra de Deus, orando para que o Espírito Santo use esta palavra e edifique sua Igreja.
Volto a enfatizar o ponto de vista colocado no ponto acima: nossa identidade confessional é muito apropriada para que sejamos, de fato, uma Igreja missionária e ecumênica (no melhor sentido desta palavra).

2) Uma questão um pouco mais crítica e, talvez, dolorosa: somos de fato o que pretendemos ser? Ou seja, estamos realmente preservando nossa identidade? Se o que foi dito até aqui retrata com fidelidade elementos centrais do que significa ser cristão luterano, resta a pergunta se estas características realmente se evidenciam em nossa prática como IELB.
Novamente quero assumir o risco de fazer uma avaliação, muito pessoal e, por isso, subjetiva. Com todo o respeito por esta Igreja, que eu amo e à qual pertenço por convicção, preciso dizer que temos algumas áreas nas quais penso estarmos em perigo de negar nossa identidade, se não de maneira formal, mas na prática de nossas ações.
Parece-me que há entre nós um tríplice perigo: 1) falta de clareza quanto ao que somos e cremos; 2) reação apática ou até mesmo de aprovação diante da influência de um contexto estranho a nossa identidade; 3) convicção enfraquecida de que nossa identidade é boa e merece ser preservada, conservada e propagada.
Gostaria de mencionar apenas algumas áreas que parecem indicar que temos problemas com nossa identidade.
Instrução de confirmandos – existem diversos roteiros (manuais) produzidos por pastores da IELB. Vejo isto, por um lado, como algo positivo, pois mostra a preocupação dos colegas em atingir os confirmandos com um ensino aplicado a eles, no seu contexto e para sua idade. Aí os pedagogos têm bastante a nos ajudar. Preocupa-me, porém, que em algumas situações, o Catecismo Menor do Dr. Martinho Lutero deixe de ser o roteiro básico deste ensino. Li há alguns dias a respeito de um professor luterano de um Seminário americano (não da nossa igreja) que diz que em suas aulas – de História da Reforma Luterana – exige que seus alunos memorizem todo o Catecismo Menor! Ele argumenta: “Jovens pastores devem ter na boca as palavras que estão no coração do povo luterano” (James Nestingen; Luther Seminary). Elas estão nos nossos corações e mentes, ainda hoje?
Culto, liturgia e hinódia – quero dizer de imediato, que sou adepto da idéia de que o culto deve ser um momento belo, bem elaborado, alegre, vivo, motivador. Quero também dizer que tenho a convicção de que a liturgia tradicional luterana é tudo isso! E incluo aqui os hinos de nosso hinário. Vejo com muita preocupação adotarmos cânticos de outras tradições cristãs, sem a preocupação em um estudo mais detalhado do conteúdo. Temos muita gente talentosa em nossa IELB – músicos, pastores, jovens (com suas bandas). É preciso incentiva-los, apóia-los e também lembrar-lhes de que a teologia luterana merece ser refletida no que cantamos. Para refletirmos, pergunto: quantos de nossos cânticos contemporâneos trazem textos edificantes a respeito de temas importantes da doutrina – batismo, Santa Ceia, absolvição, por exemplo?
Pregação – o sermão. O Presidente da IELB, pastor Carlos Walter Winterle, tem manifestado preocupação com o assunto, em correspondência aos pastores. Este foi o assunto dos concílios da Igreja no ano passado. Por que será? Temos dificuldades neste assunto de tão grande importância para a vida da Igreja. Lembrando que nossa tendência natural é sermos legalistas, se não tivermos um cuidado muito grande, se não estivermos atentos e não formos críticos conosco mesmos – falo como pastor – nossos sermões tenderão a ser legalistas: falando mais do que as pessoas devem fazer, deveriam deixar de fazer, deveriam estar fazendo ... do que Deus fez, faz e fará por nós, neste mundo e na eternidade.
Ministério e sacerdócio universal. Há um intenso debate, que não é de hoje, na Igreja cristã como um todo, a respeito da relação entre o ministério e o sacerdócio. A IELB não ficou de fora. Vejo que temos alguma confusão a respeito, especialmente por causa de exageros de um ou de outro lado. Temos problemas de relacionamento. Por um lado, parece haver ainda, em alguns lugares, o chamado “pastorcentrismo”, ou seja, tudo centralizado no pastor; pouca participação dos congregados, domínio por parte do pastor, que impõe sua maneira de ver as coisas (que não significa necessariamente a maneira bíblica, mas sua, pessoal) sobre a congregação. Por outro lado, há tendências de tratar o ministro da palavra como um empregado da congregação, a quem se trata simplesmente como um empregado, sem se levar em conta as implicações do ministério ser estabelecido por Deus e exercido a partir de um chamado divino, ainda que mediato através da congregação.
Também temos problemas de clareza quanto às funções. Nós, pastores, precisamos volta e meia reler nosso chamado e a cerimônia litúrgica de ordenação ao ministério. Pregar a evangelho, administrar os sacramentos, perdoar e reter pecados, ensinar ... enfim, ser um servo da Palavra – aí está a nossa função. Quanto aos sacerdotes reais, por vezes parece que exercer o sacerdócio é ter tarefas durante o culto – fazer leituras, orações, até mesmo sermão. Podemos conversar a respeito da possibilidade de que isto ocorra, sem problemas. No entanto, precisamos saber que não é isso o exercício do sacerdócio universal. Somos sacerdotes para viver nossa fé sobretudo no mundo, a começar em nossa família. Antes de querermos dirigir cultos (para o que alguém foi legitimamente chamado) precisamos zelar para que a Palavra de Deus tenha livre curso em nosso lar. Indo além, somos sacerdotes na escola, no trabalho, no clube, lá entre os nossos amigos, no exercício de nossa cidadania. Parece-me que aí nossa presença forte, convicta, marcante ... se faz cada vez mais necessária. Temo que por vezes estejamos querendo substituir nossa atuação – fundamental – como sacerdotes no mundo, pela nossa atuação em tarefas específicas no culto – o que pode ser visto como um acréscimo, uma parte, mas jamais o exercício do nosso sacerdócio.[11][11]

III. Algumas sugestões sobre o que precisamos fazer


1 – “Volta às fontes!” É preciso um estudo continuado, sério e profundo das Escrituras. Ela são nossa fonte básica para fé, doutrina e vida (lembrando que a palavra de Deus não apenas informa, mas faz o que promete). Além de estudarmos as Escrituras, porém, é importante o conhecimento da História da Igreja (não simplesmente da IELB, mas da Igreja cristã no mundo), para conhecermos os desafios que nossos pais enfrentaram, que são muito semelhantes aos que se colocam diante de nós. Além disso, faz-se sempre mais necessário um estudo comprometido com as Confissões Luteranas – onde nossa identidade está expressa. O que temos aí não contradiz, nem acrescenta à verdade bíblica, mas nos dá as “lentes” pelas quais lemos as Escrituras, e que nos diferenciam de outros grupos religiosos, também dos outros grupos cristãos. Não queremos com isso estufar o peito com orgulho, dizendo como somos diferentes! Não é esse o ponto. Queremos, sim, lembrar que temos, como luteranos, uma contribuição a dar, também a nossos irmãos de outras denominações cristãs. Não nos consideramos a única Igreja com cristãos no mundo. Mas estamos convictos de que a doutrina que professamos é correta, porque fundamentada na Escritura e centralizada na pessoa e obra de Jesus, o Salvador do mundo, o Senhor da Igreja.
Vale a pena ouvir o que tem a dizer o teólogo luterano Edmund Schlink, no prefácio à tradução inglesa de seu monumental Teologia das Confissões Luteranas, infelizmente ainda não editado em Português[12][12]:
Este livro teve sua origem no período de provação e perseguições às quais os cristãos na Alemanha estiveram expostos enquanto os Nacional-Socialistas estiveram no poder. De uma maneira nova e urgente, esta situação clamava por uma confissão de fé corajosa e firme, fazendo frente ao estado totalitário e sua visão de mundo. Aqui se tornou evidente a grande ajuda e força para o ato de confissão de hoje que nos é trazido pelas confissões da Igreja antiga e da Reforma. Tentações e heresias assumem novas formas à medida em que a História se desenvolve, mas o Cristo que nos salva e que somos chamados a confessar continua sendo o mesmo. Por esta razão, o ato de confessar [a fé] por parte do indivíduo e a Confissão da Igreja andam lado a lado, ainda que cada indivíduo em sua própria época precise usar palavras novas para confessar o mesmo Cristo. A Confissão da Igreja, no entanto, nunca é simplesmente a confissão dos contemporâneos, ou seja, da comunhão dos irmãos; ela é sempre a confissão dos pais. Pois através de todas as transformações das épocas e em meio a toda a multiplicidade de seus testemunhos atuais, a Igreja sempre permanece uma e a mesma.”

2 - Clareza quanto a nossa razão de ser. Por que somos Igreja de Deus aqui no Brasil? Para que estamos aqui? É preciso sempre mais parar de olhar para nossos próprios umbigos, e olhar para o mundo, no qual estamos e ao qual Deus nos envia. Nossos projetos como Sínodo precisam estar voltados à missão de Deus – a salvação do mundo. Nenhuma congregação pode fazer seu planejamento e conduzir suas atividades, sem levar em conta o amor de Deus pelo mundo.
Uma pergunta que precisamos sempre fazer ao planejarmos as atividades da congregação, distrito, Sínodo é esta: o que temos em mente – a manutenção de nossa estrutura, ou a propagação do evangelho ao mundo? Fui membro por dois anos de uma congregação que tinha uma “Declaração de missão” muitas vezes mencionada publicamente e expressa em todos os boletins informativos; ela dizia: “Proclamar o evangelho de Jesus Cristo e demonstrar o amor de Deus uns aos outros, para a comunidade e para o mundo”. Lembro que a cada ano programações eram feitas com o propósito de ressaltar os três contextos mencionados – a congregação, a comunidade, o mundo. Missionários eram lembrados, por oração e ofertas; projetos evangelísticos eram abraçados fora do país e entre pessoas menos atingidas pelo evangelho no próprio país; etc.
Temos nós, em nossas congregações, clareza quanto a qual é nossa missão? Os congregados sabem a razão bíblica e evangélica para termos uma congregação local ali onde estamos?

3 – Uma leitura correta da realidade. Estamos no Brasil, no século XXI. Isso diz muita coisa. Não estamos nos EUA, no século XIX. Não estamos na Alemanha, no século XVI. Estamos no Brasil, no século XXI. Isso não pode e não deve mudar em absolutamente nada o que cremos, ensinamos e confessamos. Mas certamente deve dizer algo sobre que assuntos temos diante de nós, alguns dos quais não existiam no tempo de nossos pais. Precisamos perceber que problemas estão diante de nós e exigem nossa resposta, nossa ação, nossa participação.
Há questões difíceis para tratarmos, a partir da palavra de Deus. O que diremos sobre os temas éticos candentes de nossa época, envolvendo a definição da vida e a manipulação genética, por exemplo? O que temos a dizer sobre a multidão de desempregados no Brasil (também em nossas congregações), sobre os que não têm onde morar, sobre as crianças de rua? Não tenho respostas sobre o que temos de dizer sobre cada um destes e de outros temas. Mas creio que não podemos nos omitir de discutir, estudar, debater tais questões e agir concretamente, sob o risco de nos tornarmos uma Igreja que fala da verdade eterna, mas que parece não tocar na vida diária das pessoas. A encarnação de Cristo leva à “encarnação” da Igreja, se posso dizer assim.

4 – Sermos auto-críticos, sem sermos auto-destrutivos. Como em muitos outros aspectos da vida, temos uma tendência ao exagero e a atitudes extremadas. Novamente reconheço que estou sendo bastante pessoal neste caso. Posso eu mesmo estar exagerando na minha análise, mas arrisco-me a, assim mesmo, compartilhar alguns pensamentos. Analisarei com carinho e de bom grado as correções que me forem propostas em relação ao meu posicionamento.
Por vezes temos uma postura triunfalista, como se tudo o que fizéssemos fosse o melhor e impossível de ser questionado, criticado e melhorado. Tornamo-nos arrogantes, orgulhosos, vaidosos, por colocarmos o foco do louvor no lugar errado. Quando alguém nos faz uma crítica, ficamos irritados, nos sentimos desvalorizados e desmotivados. Acabamos pensando que os que criticam o fazem por maus motivos e, por isso, nem mereceriam ser ouvidos.
Por outro lado, também corremos o risco de sermos por vezes tão severos conosco mesmos, ao ponto de quase negarmos o que somos. O que fazemos é sempre ruim; nossas instituições são lentas, fracas, indecisas; nossas diretorias e comissões são incompetentes; nossas congregações estão paradas; nossos pastores são relaxados e preguiçosos; não fazemos missão; não nos preocupamos com as necessidades materiais das pessoas; nossos cultos são frios e parados; nossas publicações perdem em qualidade para as de outras denominações; etc. Olhamos para o lado e parece-nos que os outros são melhores do que nós em tudo isso – eles cultuam melhor, pregam melhor, trabalham mais, decidem melhor, se organizam, etc.
Acredito que pode haver alguma verdade nisso. Temos algo a aprender com outras denominações cristãs. Não vejo problema nisso. O problema é nos tornarmos tão negativos, que acabemos exagerando e deixando de ver e reconhecer as coisas muito boas que temos. E aqui não me refiro somente aos aspectos que citei acima – as contribuições teológicas que a teologia luterana tem a oferecer. Refiro-me também à prática presente em nossa Igreja. Temos excelente literatura, que serve de referência para outras Igrejas. É pouca? Pode ser; então vamos melhorar, mas não deixemos de reconhecer o que temos. Nossos líderes são reconhecidos positivamente em encontros interdenominacionais. Poderiam ser melhor preparados? Pode ser; quem sabe devemos investir mais no seu preparo! Mas o fato é que pessoas de outras Igrejas reconhecem nossos líderes – direção de Igreja, líderes de comissões, representantes da Igreja em encontros – como tendo algo a oferecer de positivo, de construtivo. Nosso culto traz consigo a riqueza da tradição litúrgica da Igreja cristã, tem um balanço correto de lei e evangelho, está centralizado no amor de Deus em Cristo e tem dado espaço para contribuições contemporâneas. Poderia ser melhor? Talvez. Então vamos estudar nosso culto, com carinho, mas não vamos despreza-lo. Outras denominações cristãs que apelaram para o “Louvorzão” e para um culto sem ordem litúrgica estão refletindo sobre sua prática e algumas estão voltando atrás, valorizando mais o estudo da tradição cristã.
Cuidado: não estou aqui propondo que saiamos daqui hoje com o peito estufado de orgulho, por sermos “tão bons”. Lembramos com o apóstolo o alerta: “Quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1 Co 4.7) Estou sugerindo, sim, que sejamos realistas e, por isso, críticos. Precisamos ser os nossos maiores críticos. Isso significa que estamos dispostos a aprender, a repensar, a ouvir o que outros têm a nos dizer, a voltar – como disse acima – às fontes, para renovar nossa prática. Mas não podemos ser destrutivos. É preciso valorizar o que temos, com carinho e com gratidão a Deus. E com o sentimento de que somos devedores de compartilhar, repartir o que temos.

Conclusão


Certa vez ouvi que uma boa pergunta já traz consigo a resposta, ou ao menos uma indicação da resposta correta. O tema que me foi proposto dizia: “CRISTO PARA TODOS – O OBJETIVO DA IGREJA”. Se a pergunta era: “Qual o objetivo da Igreja?” a resposta já estava expressa: “Cristo para Todos”. De fato, não é outro o objetivo, a finalidade, a razão de existir da Igreja neste mundo, também a razão de existir da IELB. Estamos vivendo o tempo de Epifania – a manifestação do Salvador ao mundo. Um dos episódios mais belos relatados pela Escritura – a vinda dos magos – serve de referência para este período. O Salvador traz na sua pessoa e obra algo tão precioso, o que há de mais precioso no universo, que é digno de ser compartilhado com o mundo inteiro. Ele veio pelo mundo inteiro. Sua manifestação é manifestação do amor de Deus pelo mundo. A Igreja não pode ter outra perspectiva, outra finalidade, outro objetivo, do que manifestar, em seu testemunho, em sua ação, em sua vida o Salvador Jesus ao mundo. Ontem, hoje e sempre Ele é o mesmo: nosso Redentor e do mundo inteiro. Amém.

Gerson Luis Linden
São Leopoldo, RS





[1][1] Estudo apresentado originalmente sob o título: “O Objetivo da Igreja”, na 58a Convenção Nacional da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, em 15 de janeiro de 2004, em Canela, RS.
[2][2] A New Look at the Lutheran Confessions, traduzido por Gene J. Lund, St. Louis, Concordia, 1972, p. 63.
[3][3] Lei e Evangelho, 2 ed., traduzido por Vilson Scholz, Porto Alegre, Concórdia, 1998, p. 143.
[4][4] Theology is for Proclamation (Fortress Press: Minneapolis, 1990).
[5][5] Harold L. Senkbeil, Sanctification: Christ in Action – Evangelical Challenge and Lutheran Response, Milwaukee, Northwestern, 1989.
[6][6] Senkbeil, Sanctification, 116.
[7][7] Sanctification – Christ in Action, p. 125,6.
[8][8] A New Look at the Lutheran Confessions, p. 283.
[9][9] CA XVI  5; Livro de Concórdia, p. 35.
[10][10] Apud Stephen Neill, História das Missões (São Paulo: Vida Nova, 1989), p. 226.
[11][11] É significativo como nas cartas apostólicas, nas “parêneses” (exortações) pouco é dito sobre a atuação dos crentes no âmbito da igreja; mas muito no que se refere à atuação na família e no mundo.
[12][12] Edmund Schlink, Theology of the Lutheran Confessions, traduzido por Paul F. Koehneke e Herbert J. A. Bouman, Philadelphia, Fortress Press, 1967, p. v. 

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1 CO 1.18-25 1 CO 12.2 1 CO 15.20-28 1 CO 15.50-58 1 CO 2.1-5 1 CO 6.12-20 1 CO2.6-13 1 CORÍNTIOS 1 CR 28.20 1 JO 1 JO 1.1-10 1 JO 4.7-10 1 PE 1.13-21 1 PE 1.17-25 1 PE 1.3-9 1 PE 2.1-10 1 PE 2.18-25 1 PE 2.19-25 1 PE 2.4-10 1 PE 3.13-22 1 PE 3.15-22 1 PE 3.18-20 1 PE 4.12-17 1 PE 5.6-11 1 PEDRO 1 RS 19.4-8 1 RS 8.22-23 1 SM 1 1 SM 2 1 SM 28.1-25 1 SM 3 1 SM 3.1-10 1 TIMÓTEO 1 TM 1.12-17 1 Tm 2.1-15 1 TM 3.1-7 1 TS 1.5B-10 10 PENTECOSTES 13-25 13° APÓS PENTECOSTES 14° DOMINGO APÓS PENTECOSTES 15 ANOS 16-18 17 17º 17º PENTECOSTES 1CO 11.23 1CO 16 1º ARTIGO 1º MANDAMENTO 1PE 1PE 3 1RS 17.17-24 1RS 19.9B-21 2 CO 12.7-10 2 CO 5.1-10 2 CO 5.14-20 2 CORINTIOS 2 PE 1.16-21 2 PE 3.8-14 2 PENTECOSTES 2 TM 1.1-14 2 TM 1.3-14 2 TM 2.8-13 2 TM 3.1-5 2 TM 3.14-4.5 2 TM 4.6-8 2 TS 3.6-13 2° EPIFANIA 2° QUARESMA 20º PENTECOSTES 24º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 25º DOMINGO PENTECOSTES 27-30 2CO 8 2º ADVENTO 2º ARTIGO 2º DOMINGO DE PÁSCOA 2TM 1 2TM 3 3 3 PENTECOSTES 3º ARTIGO 3º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 3º DOMINGO DE PÁSCOA 3º DOMINGO NO ADVENTO 4 PENTECOSTES 41-43 4º DOMINGO APÓS PENTECOSTES 4º DOMINGO DE PENTECOSTES 4º FEIRA DE CINZAS 5 MINUTOS COM JESUS 5° APÓS EPIFANIA 500 ANOS 5MINUTOS 5º DOMINGO DE PENTECOSTES 5º EPIFANIA 5º PENTECOSTES 6º MANDAMENTO 7 ESTRELAS Abiel ABORTO ABSOLVIÇÃO ACAMPAMENTO AÇÃO DE GRAÇA ACIDENTE ACIR RAYMANN ACONSELHAMENTO ACONSELHAMENTO PASTORAL ACRÓSTICO ADALMIR WACHHOLz ADELAR BORTH ADELAR MUNIEWEG ADEMAR VORPAGEL ADMINISTRAÇÃO ADORAÇÃO ADULTÉRIO ADULTOS ADVENTISTA ADVENTO ADVERSIDADES AGENDA AIDS AILTON J. MULLER AIRTON SCHUNKE AJUDAR ALBERTO DE MATTOS ALCEU PENNING ALCOOLISMO ALEGRIA ALEMÃO ÁLISTER PIEPER ALTAR ALTO ALEGRE AM 8.4-14 AMASIADO AMBIÇÃO AMIGO AMIZADE AMOR André ANDRÉ DOS S. DREHER ANDRÉ L. KLEIN ANIVERSARIANTES ANIVERSÁRIO ANJOS ANO NOVO ANSELMO E. GRAFF ANTHONY HOEKEMA ANTIGO TESTAMENTO ANTINOMISTAS AP 1 AP 2 AP 22 AP 22.12-17 AP 3 APOCALIPSE APOLOGIA APONTAMENTOS APOSTILA ARNILDO MÜNCHOW ARNILDO SCHNEIDER ARNO ELICKER ARNO SCHNEUMANN ARREBATAMENTO ARREPENDIMENTO ARTHUR D. BENEVENUTI ARTIGO ASAS ASCENSÃO ASCLÉPIO ASSEMBLEIA ASTOMIRO ROMAIS AT AT 1 AT 1-10 AT 1.12-26 AT 10.34-43 AT 17.16-34 AT 2.1-21 AT 2.14a 36-47 AT 2.22-32 AT 2.36-41 AT 2.42-47 AT 4.32-37 AT 6.1-9 AT 7.51-60 ATANASIANO ATOS AUDIO AUGSBURGO AUGUSTO KIRCHHEIN AULA AUTO ESTIMA AUTO EXCLUSÃO AUTORIDADE SECULAR AVANÇANDO COM GRATIDÃO AVISOS AZUL E BRANCO BAIXO BATISMO BATISMO INFANTIL BELÉM BEM AVENTURADOS BENÇÃO BENJAMIM JANDT BIBLIA ILUSTRADA BÍBLIA SAGRADA BÍBLICO BINGOS BOAS NOVAS BOAS OBRAS BODAS BONIFÁCIO BOSCO BRASIL BRINCADEIRAS BRUNO A. K. SERVES BRUNO R. VOSS C.A. C.A. AUGSBURGO C.F.W. WALTHER CADASTRO CAIPIRA CALENDÁRIO CAMINHADA CAMPONESES CANÇÃO INFANTIL CANCIONEIRO CANTARES CANTICOS CÂNTICOS CANTICOS DOS CANTICOS CAPELÃO CARGAS CÁRIN FESTER CARLOS CHAPIEWSKI CARLOS W. WINTERLE CARRO CASA PASTORAL CASAL CASAMENTO CASTELO FORTE CATECISMO CATECISMO MENOR CATÓLICO CEIA PASCAL CÉLIO R. DE SOUZA CELSO WOTRICH CÉLULAS TRONCO CENSO CERIMONIAIS CÉU CHÁ CHAMADO CHARADAS CHARLES S. MULLER CHAVE BÍBLICA CHRISTIAN HOFFMANN CHURRASCO CHUVA CIDADANIA CIDADE CIFRA CIFRAS CINZAS CIRCUNCISÃO CL 1.13-20 CL 3.1-11 CLAIRTON DOS SANTOS CLARA CRISTINA J. MAFRA CLARIVIDÊNCIA CLAÚDIO BÜNDCHEN CLAUDIO R. SCHREIBER CLÉCIO L. SCHADECH CLEUDIMAR R. WULFF CLICK CLÍNICA DA ALMA CLOMÉRIO C. JUNIOR CLÓVIS J. PRUNZEL CODIGO DA VINCI COLÉGIO COLETA COLHEITA COLOSSENSES COMEMORAÇÃO COMENTÁRIO COMUNHÃO COMUNICAÇÃO CONCÓRDIA CONFIANÇA CONFIRMACAO CONFIRMAÇÃO CONFIRMANDO CONFISSÃO CONFISSÃO DE FÉ CONFISSÕES CONFLITOS CONGREGAÇÃO CONGRESSO CONHECIMENTO BÍBLICO CONSELHO CONSTRUÇÃO CONTATO CONTRALTO CONTRATO DE CASAMENTO CONVENÇÃO NACIONAL CONVERSÃO CONVITE CONVIVÊNCIA CORAL COREOGRAFIA CORÍNTIOS COROA CORPUS CHRISTI CPT CPTN CREDO CRESCENDO EM CRISTO CRIAÇÃO CRIANÇA CRIANÇAS CRIOULO CRISTÃ CRISTÃOS CRISTIANISMO CRISTIANO J. STEYER CRISTOLOGIA CRONICA CRONOLOGIA CRUCIFIXO CRUZ CRUZADAS CTRE CUIDADO CUJUBIM CULPA CULTO CULTO CRIOULO CULTO CRISTÃO CULTO DOMESTICO CULTO E MÚSICA CULTURA CURSO CURT ALBRECHT CURTAS DALTRO B. KOUTZMANN DALTRO G. TOMM DANIEL DANILO NEUENFELD DARI KNEVITZ DAVI E JÔNATAS DAVI KARNOPP DEBATE DEFICIÊNCIA FÍSICA DELMAR A. KOPSELL DEPARTAMENTO DEPRESSÃO DESENHO DESINSTALAÇÃO DEUS DEUS PAI DEVERES Devoção DEVOCIONÁRIO DIACONIA DIÁLOGO INTERLUTERANO DIARIO DE BORDO DICOTOMIA DIETER J. JAGNOW DILÚVIO DINÂMICAS DIRCEU STRELOW DIRETORIA DISCIPLINA DÍSCIPULOS DISTRITO DIVAGO DIVAGUA DIVÓRCIO DOGMÁTICA DOMINGO DE RAMOS DONS DOUTRINA DR Dr. RODOLFO H. BLANK DROGAS DT 26 DT 6.4-9 EBI EC 9 ECLESIASTES ECLESIÁSTICA ECUMENISMO EDER C. WEHRHOLDT Ederson EDGAR ZÜGE EDISON SELING EDMUND SCHLINK EDSON ELMAR MÜLLER EDSON R. TRESMANN EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO CRISTÃ EF 1.16-23 EF 2.4-10 EF 4.1-6 EF 4.16-23 EF 4.29-32 EF 4.30-5.2 EF 5.22-33 EF 5.8-14 EF 6.10-20 ÉFESO ELBERTO MANSKE Eleandro ELEMAR ELIAS R. EIDAM ELIEU RADINS ELIEZE GUDE ELIMINATÓRIAS ELISEU TEICHMANN ELMER FLOR ELMER T. JAGNOW EMÉRITO EMERSON C. IENKE EMOÇÃO EN ENCARNAÇÃO ENCENAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE CRIANÇA 2014 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2015 ENCONTRO DE CRIANÇAS 2016 ENCONTRO PAROQUIAL DE FAMILIA ENCONTROCORAL ENFERMO ENGANO ENSAIO ENSINO ENTRADA TRIUNFAL ENVELHECER EPIFANIA ERA INCONCLUSA ERNI KREBS ERNÍ W. SEIBERT ERVINO M. SPITZER ESBOÇO ESCATOLOGIA ESCO ESCOLAS CRISTÃS ESCOLÁSTICA ESCOLINHA ESCOLINHA DOMINICAL ESDRAS ESMIRNA ESPADA DE DOIS GUMES ESPIRITISMO ESPÍRITO SANTO ESPIRITUALIDADE ESPÍSTOLA ESPORTE ESTAÇÃODAFÉ ESTAGIÁRIO ESTAGIÁRIOS ESTATUTOS ESTER ESTER 6-10 ESTRADA estudo ESTUDO BÍBLICO ESTUDO DIRIGIDO ESTUDO HOMILÉTICO ÉTICA EVANDRO BÜNCHEN EVANGELHO EVANGÉLICO EVANGELISMO EVERSON G. HAAS EVERSON GASS EVERVAL LUCAS EVOLUÇÃO ÊX EX 14 EX 17.1-17 EX 20.1-17 EX 24.3-11 EX 24.8-18 EXALTAREI EXAME EXCLUSÃO EXEGÉTICO EXORTAÇÃO EZ 37.1-14 EZEQUIEL BLUM Fabiano FÁBIO A. NEUMANN FÁBIO REINKE FALECIMENTO FALSIDADE FAMÍLIA FARISEU FELIPE AQUINO FELIPENSES FESTA FESTA DA COLHEITA FICHA FILADÉLFIA FILHO DO HOMEM FILHO PRÓDIGO FILHOS FILIPE FILOSOFIA FINADOS FLÁVIO L. HORLLE FLÁVIO SONNTAG FLOR DA SERRA FLORES Formatura FÓRMULA DE CONCÓRDIA Fotos FOTOS ALTO ALEGRE FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2010 FOTOS CONGRESSO DE SERVAS 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇA 2012 FOTOS ENCONTRO DE CRIANÇAS 2013 FOTOS ENCONTRO ESPORTIVO 2012 FOTOS FLOR DA SERRA FOTOS P172 FOTOS P34 FOTOS PARECIS FOTOS PROGRAMA DE NATAL P34 FP 2.5-11 FP 3 FP 4.4-7 FP 4.4-9 FRANCIS HOFIMANN FRASES FREDERICK KEMPER FREUD FRUTOS DO ES GÁLATAS GALILEU GALILEI GATO PRETO GAÚCHA GELSON NERI BOURCKHARDT GENESIS GÊNESIS 32.22-30 GENTIO GEOMAR MARTINS GEORGE KRAUS GERHARD GRASEL GERSON D. BLOCH GERSON L. LINDEN GERSON ZSCHORNACK GILBERTO C. WEBER GILBERTO V. DA SILVA GINCANAS GL 1.1-10 GL 1.11-24 GL 2.15-21 GL 3.10-14 GL 3.23-4.1-7 GL 5.1 GL 5.22-23 GL 6.6-10 GLAYDSON SOUZA FREIRE GLEISSON R. SCHMIDT GN 01 GN 1-50 GN 1.1-2.3 GN 12.1-9 GN 15.1-6 GN 2.18-25 GN 21.1-20 GN 3.14-16 GN 32 GN 45-50 GN 50.15-21 GRAÇA DIVINA GRATIDÃO GREGÓRIO MAGNO GRUPO GUSTAF WINGREN GUSTAVO D. SCHROCK HB 11.1-3; 8-16 HB 12 HB 12.1-8 HB 2.1-13 HB 4.14-16 5.7-9 HC 1.1-3 HC 2.1-4 HÉLIO ALABARSE HERIVELTON REGIANI HERMENÊUTICA HINÁRIO HINO HISTÓRIA HISTÓRIA DA IGREJA ANTIGA E MEDIEVAL HISTÓRIA DO NATAL HISTORINHAS BÍBLICAS HL 10 HL 164 HOMILÉTICA HOMOSSEXUALISMO HORA LUTERANA HORST KUCHENBECKER HORST S MUSSKOPF HUMOR IDOSO IECLB IELB IGREJA IGREJA CRISTÃ IGREJAS ILUSTRAÇÃO IMAGEM IN MEMORIAN INAUGURAÇÃO ÍNDIO INFANTIL INFERNO INFORMATIVO INSTALAÇÃO INSTRUÇÃO INTRODUÇÃO A BÍBLIA INVESTIMENTO INVOCAÇÕES IRINEU DE LYON IRMÃO FALTOSO IROMAR SCHREIBER IS 12.2-6 IS 40.1-11 IS 42.14-21 IS 44.6-8 IS 5.1-7 IS 50.4-9 IS 52.13-53-12 IS 53.10-12 IS 58.5-9a IS 61.1-9 IS 61.10-11 IS 63.16 IS 64.1-8 ISACK KISTER BINOW ISAGOGE ISAÍAS ISAQUE IURD IVONELDE S. TEIXEIRA JACK CASCIONE JACSON J. OLLMANN JARBAS HOFFIMANN JEAN P. DE OLIVEIRA JECA JELB JELB DIVAGUA JEOVÁ JESUS JN JO JO 1 JO 10.1-21 JO 11.1-53 JO 14 JO 14.1-14 JO 14.15-21 JO 14.19 JO 15.5 JO 18.1-42 JO 2 JO 20.19-31 JO 20.8 JO 3.1-17 JO 4 JO 4.5-30 JO 5.19-47 JO 6 JO 6.1-15 JO 6.51-58 JO 7.37-39 JO 9.1-41 JOÃO JOÃO 20.19-31 JOÃO C. SCHMIDT JOÃO C. TOMM JOÃO N. FAZIONI JOEL RENATO SCHACHT JOÊNIO JOSÉ HUWER JOGOS DE AZAR JOGRAL JOHN WILCH JONAS JONAS N. GLIENKE JONAS VERGARA JOSE A. DALCERO JOSÉ ACÁCIO SANTANA JOSE CARLOS P. DOS SANTOS JOSÉ ERALDO SCHULZ JOSÉ H. DE A. MIRANDA JOSÉ I.F. DA SILVA JOSUÉ ROHLOFF JOVENS JR JR 28.5-9 JR 3 JR 31.1-6 JUAREZ BORCARTE JUDAS JUDAS ISCARIOTES JUDAS TADEU JUMENTINHO JUSTIFICAÇÃO JUVENTUDE KARL BARTH KEN SCHURB KRETZMANN LAERTE KOHLS LAODICÉIA LAR LC 12.32-40 LC 15.1-10 LC 15.11-32 LC 16.1-15 LC 17.1-10 LC 17.11-19 LC 19 LC 19.28-40 LC 2.1-14 LC 23.26-43 LC 24 LC 24.13-35 LC 3.1-14 LC 5 LC 6.32-36 LC 7 LC 7.1-10 LC 7.11-16 LC 7.11-17 LC 9.51-62 LEANDRO D. HÜBNER LEANDRO HUBNER LEI LEIGO LEIGOS LEITORES LEITURA LEITURAS LEMA LENSKI LEOCIR D. DALMANN LEONARDO RAASCH LEOPOLDO HEIMANN LEPROSOS LETRA LEUPOLD LIBERDADE CRISTÃ LIDER LIDERANÇA LILIAN LINDOLFO PIEPER LINK LITANIA LITURGIA LITURGIA DE ADVENTO LITURGIA DE ASCENSÃO LITURGIA DE CONFIRMAÇÃO LITURGIA EPIFANIA LITURGIA PPS LIVRO LLLB LÓIDE LOUVAI AO SENHOR LOUVOR LUCAS ALBRECHT LUCIFER LUCIMAR VELMER LUCINÉIA MANSKE LUGAR LUÍS CLAUDIO V. DA SILVA LUIS SCHELP LUISIVAN STRELOW LUIZ A. DOS SANTOS LUTERANISMO LUTERO LUTO MAÇONARIA MÃE MAMÃE MANDAMENTOS MANUAL MARCÃO MARCELO WITT MARCIO C. PATZER MARCIO LOOSE MARCIO SCHUMACKER MARCO A. CLEMENTE MARCOS J. FESTER MARCOS WEIDE MARIA J. RESENDE MÁRIO SONNTAG MÁRLON ANTUNES MARLUS SELING MARTIM BREHM MARTIN C. WARTH MARTIN H. FRANZMANN MARTINHO LUTERO MARTINHO SONTAG MÁRTIR MATERNIDADE MATEUS MATEUS KLEIN MATEUS L. LANGE MATRIMÔNIO MAURO S. HOFFMANN MC 1.1-8 MC 1.21-28 MC 1.4-11 MC 10.-16 MC 10.32-45 MC 11.1-11 MC 13.33-37 MC 4 MC 4.1-9 MC 6.14-29 MC 7.31-37 MC 9.2-9 MEDICAMENTOS MÉDICO MELODIA MEMBROS MEME MENSAGEIRO MENSAGEM MESSIAS MÍDIA MILAGRE MINISTÉRIO MINISTÉRIO FEMENINO MIQUÉIAS MIQUÉIAS ELLER MIRIAM SANTOS MIRIM MISSÃO MISTICISMO ML 3.14-18 ML 3.3 ML NEWS MODELO MÔNICA BÜRKE VAZ MORDOMIA MÓRMOM MORTE MOVIMENTOS MT 10.34-42 MT 11.25-30 MT 17.1-9 MT 18.21-45 MT 21.1-11 MT 28.1-10 MT 3 MT 4.1-11 MT 5 MT 5.1-12 MT 5.13-20 MT 5.20-37 MT 5.21-43 MT 5.27-32 MT 9.35-10.8 MULHER MULTIRÃO MUSESCORE MÚSICA MÚSICAS NAAÇÃO L. DA SILVA NAMORADO NAMORO NÃO ESQUECER NASCEU JESUS NATAL NATALINO PIEPER NATANAEL NAZARENO DEGEN NEEMIAS NEIDE F. HÜBNER NELSON LAUTERT NÉRISON VORPAGEL NILO FIGUR NIVALDO SCHNEIDER NM 21.4-9 NOITE FELIZ NOIVADO NORBERTO HEINE NOTÍCIAS NOVA ERA NOVO HORIZONTE NOVO TESTAMENTO O HOMEM OFERTA OFÍCIOS DAS CHAVES ONIPOTENCIA DIVINA ORAÇÃO ORAÇAODASEMANA ORATÓRIA ORDENAÇAO ORIENTAÇÕES ORLANDO N. OTT OSÉIAS EBERHARD OSMAR SCHNEIDER OTÁVIO SCHLENDER P172 P26 P30 P34 P36 P40 P42.1 P42.2 P70 P95 PADRINHOS PAI PAI NOSSO PAIS PAIXÃO DE CRISTO PALAVRA PALAVRA DE DEUS PALESTRA PAPAI NOEL PARA PARA BOLETIM PARÁBOLAS PARAMENTOS PARAPSICOLOGIA PARECIS PAROQUIAL PAROUSIA PARTICIPAÇÃO PARTITURA PARTITURAS PÁSCOA PASTOR PASTORAL PATERNIDADE PATMOS PAUL TORNIER PAULO PAULO F. BRUM PAULO FLOR PAULO M. NERBAS PAULO PIETZSCH PAZ Pe. ANTONIO VIEIRA PEÇA DE NATAL PECADO PEDAL PEDRA FUNDAMENTAL PEDRO PEM PENA DE MORTE PENEIRAS PENTECOSTAIS PENTECOSTES PERDÃO PÉRGAMO PIADA PIB PINTURA POEMA POESIA PÓS MODERNIDADE Pr BRUNO SERVES Pr. BRUNO AK SERVES PRÁTICA DA IGREJA PREEXISTÊNCIA PREGAÇÃO PRESÉPIO PRIMITIVA PROCURA PROFECIAS PROFESSORES PROFETA PROFISSÃO DE FÉ PROGRAMAÇÃO PROJETO PROMESSA PROVA PROVAÇÃO PROVÉRBIOS PRÓXIMO PSICOLOGIA PV 22.6 PV 23.22 PV 25 PV 31.28-30 PV 9.1-6 QUARESMA QUESTIONAMENTOS QUESTIONÁRIO QUESTIONÁRIO PLANILHA QUESTIONÁRIO TEXTO QUINTA-FEIRA SANTA QUIZ RÁDIO RADIOCPT RAFAEL E. ZIMMERMANN RAUL BLUM RAYMOND F. SURBURG RECEITA RECENSÃO RECEPÇÃO REDENÇÃO REENCARNAÇÃO REFLEXÃO REFORMA REGIMENTO REGINALDO VELOSO JACOB REI REINALDO LÜDKE RELACIONAMENTO RELIGIÃO RENATO L. REGAUER RESSURREIÇÃO RESTAURAR RETIRO RETÓRICA REUNIÃO RICARDO RIETH RIOS RITO DE CONFIRMAÇÃO RITUAIS LITURGICOS RM 12.1-18 RM 12.1-2 RM 12.12 RM 14.1-12 RM 3.19-28 RM 4 RM 4.1-8 RM 4.13-17 RM 5 RM 5.1-8 RM 5.12-21 RM 5.8 RM 6.1-11 RM 7.1-13 RM 7.14-25a RM 8.1-11 RM 8.14-17 ROBERTO SCHULTZ RODRIGO BENDER ROGÉRIO T. BEHLING ROMANOS ROMEU MULLER ROMEU WRASSE ROMUALDO H. WRASSE Rômulo ROMULO SANTOS SOUZA RONDÔNIA ROSEMARIE K. LANGE ROY STEMMAN RT 1.1-19a RUDI ZIMMER SABATISMO SABEDORIA SACERDÓCIO UNIVERSAL SACERDOTE SACOLINHAS SACRAMENTOS SADUCEUS SALMO SALMO 72 SALMO 80 SALMO 85 SALOMÃO SALVAÇÃO SAMARIA Samuel F SAMUEL VERDIN SANTA CEIA SANTIFICAÇÃO SANTÍSSIMA TRINDADE SÃO LUIS SARDES SATANÁS SAUDADE SAYMON GONÇALVES SEITAS SEMANA SANTA SEMINÁRIO SENHOR SEPULTAMENTO SERMÃO SERPENTE SERVAS SEXTA FEIRA SANTA SIDNEY SAIBEL SILVAIR LITZKOW SILVIO F. S. FILHO SIMBOLISMO SÍMBOLOS SINGULARES SISTEMÁTICA SL 101 SL 103.1-12 SL 107.1-9 SL 116.12-19 SL 118 SL 118.19-29 SL 119.153-160 SL 121 SL 128 SL 142 SL 145.1-14 SL 146 SL 15 SL 16 SL 19 SL 2.6-12 SL 22.1-24 SL 23 SL 30 SL 30.1-12 SL 34.1-8 SL 50 SL 80 SL 85 SL 90.9-12 SL 91 SL 95.1-9 SL11.1-9 SONHOS SOPRANO Sorriso STAATAS STILLE NACHT SUMO SACERDOTE SUPERTIÇÕES T6 TEATRO TEMA TEMPLO TEMPLO TEATRO E MERCADO TEMPO TENOR TENTAÇÃO TEOLOGIA TERCEIRA IDADE TESES TESSALÔNICA TESTE BÍBLICO TESTE DE EFICIÊNCIA TESTEMUNHAS DE JEOVÁ Texto Bíblico TG 1.12 TG 2.1-17 TG 3.1-12 TG 3.16-4.6 TIAGO TIATIRA TIMÓTEO TODAS POSTAGENS TRABALHO TRABALHO RURAL TRANSFERENCIA TRANSFIGURAÇÃO TRICOTOMIA TRIENAL TRINDADE TRÍPLICE TRISTEZA TRIUNFAL Truco Turma ÚLTIMO DOMINGO DA IGREJA UNIÃO UNIÃO ESTÁVEL UNIDADE UNIDOS PELO AMOR DE DEUS VALDIR L. JUNIOR VALFREDO REINHOLZ VANDER C. MENDOÇA VANDERLEI DISCHER VELA VELHICE VERSÍCULO VERSÍCULOS VIA DOLOROSA VICEDOM VÍCIO VIDA VIDA CRISTÃ VIDENTE VIDEO VIDEOS VÍDEOS VILS VILSON REGINA VILSON SCHOLZ VILSON WELMER VIRADA VISITA VOCAÇÃO VOLMIR FORSTER VOLNEI SCHWARTZHAUPT VOLTA DE CRISTO WALDEMAR REIMAN WALDUINO P.L. JUNIOR WALDYR HOFFMANN WALTER L. CALLISON WALTER O. STEYER WALTER T. R. JUNIOR WENDELL N. SERING WERNER ELERT WYLMAR KLIPPEL ZC ZC 11.10-14 ZC 9.9-12