“Subiu ao céu e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso”
a) “Subiu ao céu”
Enquanto esteve aqui na terra, durante os trinta e três anos, Jesus Cristo demonstrou o Seu domínio sobre a natureza de várias maneiras e ocasiões. Ao fazer os milagres, provou que as leis da natureza estavam sujeitas a Ele. Em certos momentos, Ele desconsiderava ou colocava de lado os processos naturais da natureza que nós conhecemos. Revelou, assim, a Sua divindade para que o povo acreditasse Nele e nos propósitos de Sua vinda ao mundo. Porém, em nenhum outro momento demonstrou de maneira mais convincente este domínio sobre a natureza do que no dia de sua Ascensão.
No atual tempo das conquistas interplanetárias, em que a humanidade faz descobertas extraordinárias e parece dominar a natureza, poderíamos ficar em dúvida e amedrontados se não tivéssemos a inabalável certeza de que Jesus Cristo é Deus e Senhor. Sabemos que nenhum ser humano consegue dar ordens à tempestade do mar para que se acalme num instante. Jesus fez isto. Ele subiu ao céu e está acima de todo o espaço e tempo. Ele mostrou que é Deus e Senhor.
A Ascensão de Cristo, porém, tem uma implicação universal muito maior. O Ap. Paulo revela que Ele “subiu, acima e além de todos os céus, para encher todo o universo com a sua presença” (Efésios 4.10 – BLH). Não só isto, mas também para encher todo o universo com o seu santo propósito. Sem a Sua ascensão, talvez seria considerado apenas como um grande líder e professor judeu do 1º século do Novo Testamento. Talvez conhecido como líder com maravilhosos ideais e elevados princípios morais. Mas, ao subir acima de todas as coisas Ele provou definitivamente que é o Senhor!
Jesus foi dado ao mundo pelo Pai: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito...” (João 3.16). Ele veio como servo para salvar a humanidade. Concluída a obra da salvação, “Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai” (Fp 2.9-10).
Quando subiu ao céu, Ele não abandonou os seus discípulos. Apenas se retirou visivelmente deles. Continuou com eles e com todos os cristãos de maneira tão real e verdadeira como antes. “Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”, foi o que Ele disse e está cumprindo. Esta promessa de sua continuada presença é a base do poder e da força dos cristãos neste mundo. Sabemos que nunca estamos sozinhos. Podemos, eventualmente, ficar separados de familiares que amamos, estar enfrentando solidão, sentir que ninguém nos entende e se preocupa conosco. Mas, nunca podemos esquecer que ao nosso lado está Aquele que nos redimiu e que nos ama muito, Jesus Cristo, o Senhor dos céus e da terra! Deus disse: ”De maneira alguma te deixarei, nunca jamais de abandonarei!” (Hb 13.5). Nunca haverá um momento, nenhum só, na vida dos cristãos em que eles estarão sós. Nunca podemos esquecer isto.
b) “e está sentado á direita de Deus Pai todo-poderoso”
Os tempos dos verbos têm um significado importante numa frase. Um destes exemplos está no Credo Apostólico. Três tempos são empregados no Segundo Artigo do Credo Apostólico, que fala de Jesus Cristo: O passado, o presente e o futuro. A única afirmação que usa o tempo presente é esta: “está sentado á direita de Deus Pai...”. Este fato tem muitas implicações para as nossas vidas. Uma delas é esta: A Sua soberania está completa e interminável. Está sempre presente!
Se nunca tivesse havido um Cristo, se a antiga literatura judaica não contivesse nenhuma promessa de um Messias, se não conhecêssemos nada a respeito do Natal, da Sexta-Feira Santa e da Páscoa, ainda assim teríamos que conceder que Deus rege o mundo. A humanidade reconhece, através do estudo da natureza, que há um ser superior. Na filosofia fala-se de uma “última causa” que deu origem e sustenta todas as coisas, as criaturas. Mas é incapaz de identificá-la. O Ap. Paulo, porém, escrevendo aos Romanos, diz: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas.” (Rm 1.20).
Tal conhecimento não é suficiente. Se um homem souber apenas que Deus é todo-poderoso Criador e é o soberano do universo, e nada mais do que isto, provavelmente se tornaria uma pessoa anti-religiosa ou idólatra. Saber apenas que Deus governa o universo com o Seu poder, pode levar a pessoa a um relacionamento frio e a ter medo de Deus. Pergunto: Como uma pessoa que tem apenas este conhecimento poderia saber se Deus é cruel ou amável? Como poderia saber se Ele está interessado nos seres humanos que vivem no globo terrestre e que, numa comparação com o imenso cosmos, são apenas uma partícula de poeira? Se a humanidade nada mais soubesse a respeito de Deus, entraríamos num desespero total ao ver que a terra está se movendo para um possível caos cataclísmico, que já está sendo predito por alguns cientistas de nosso tempo. Apreciando a terra apenas do ponto de vista humano, cientistas afirmam que este caos não é apenas uma possibilidade, mas uma probabilidade próxima.
O fato da ascensão de Cristo muda todo o quadro. Nosso Deus, soberano deste universo, não é um Deus distante, desconhecido e indiferente para com a humanidade. Ele que “está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso”, isto é, no trono do universo, é aquele Deus que “amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Outro texto, falando de Jesus, diz: “Ele se deu a si mesmo por nós”. Sabendo que este Salvador, que amamos e Nele cremos, é o soberano Senhor do universo, podemos nos alegrar e caminhar de cabeça erguida neste mundo que passa por tempos difíceis e que se encontra à beira do caos e da destruição. Podemos fazer o que sugere Hebreus 12.1: “Corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”.
Aquele que é “O Autor e Consumador da fé, Jesus...” (Hb 12.2) nos ama e está sempre conosco. Somos amados, protegidos, seguros e tranqüilos na presença de Deus. Podemos desenvolver uma vida produtiva para Deus e para a humanidade. Louvado seja Deus por termos o Soberano Senhor Jesus Cristo como o nosso Salvador e Amigo. Amém
Questões para debate
a) Se o Senhor Jesus Cristo é o Senhor dos céus e da terra e disse que estaria conosco sempre, por que, então, às vezes, ficamos com medo e desesperados diante de adversidades e dificuldades que surgem em nossa vida?
b) Quando os cristãos demonstram este medo e desespero, que mensagem estão transmitindo aos outros que os estão observando?
c) Como corrigir este mal em nossas vidas?
d) Qual a importância do reconhecimento do senhorio de Jesus Cristo ao
lembrarmos de duas coisas: a) Do caos em que o mundo se encontra; b) Dos
sinais (dificuldades) previstos por Jesus que precederiam a Sua segunda vinda?
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