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07 julho 2010

JUDAS ISCARIOTES, O TRAIDOR

JUDAS ISCARIOTES, O TRAIDOR

Textos Bíblicos: Tg 1.12; Jo 2.17; 12.26; Mt 24.26; 1 Co 10.12; Ef 6.12; Gl 6.8; Rm 12.2

Objetivos desta lição: 1. Entender que Judas poderia, se assim o desejasse, ter mudado a história da sua vida; 2. Quanto à salvação, aprouve a Deus oferecê-la nas circunstâncias históricas de que temos conhecimento, entretanto, em sua soberania e poder, poderia tê-la oferecido, de qualquer outra forma.

APRESENTAÇÃO:
O título desta lição, por si só, remete-nos a duas linhas de análise acerca de alguém que ao longo destes últimos dois mil anos tem causado em muitas pessoas repulsa e indignação.
A primeira linha de análise suscita questões que têm sido extremamente controversas ao longo dos séculos, tais como: Judas estava predestinado a trair Jesus? Ou, então, se Judas não tivesse traído Jesus não haveria salvação vicária? (em lugar de).
A segunda linha de análise diz respeito à questões sobre a humanidade de Judas e seu relacionamento com Jesus, tais como: por que Jesus chamou Judas para ser seu discípulo? Ou, por que Jesus deixou Judas traí-lo? Questões como estas fazem pensar sobre um homem, igual a nós, que se dizia servo, mas que traiu o Senhor. É a esta análise que nos deteremos nesta lição.
Antes, porém, de nos determos na humanidade de Judas e seu relacionamento com Jesus, e de que maneira podemos tirar lições para nossas vidas a partir desse exemplo, não posso deixar de esclarecer rapidamente que Judas poderia, se assim o desejasse, ter mudado a história da sua vida antes ou depois da traição. Judas não estava predestinado a ser um traidor. Foi sua opção. No exercício da autonomia de escolha ele escolheu mal, como muitas vezes também o fazemos.
Quanto à oferta da salvação. Que expressa incontestavelmente o amor e a misericórdia de Deus para com todos os pecadores, aprouve-lhe oferece-la nas circunstâncias históricas de que temos conhecimento (At 2.22-23), ressaltando, entretanto, que Deus, devida à sua soberania e poder, poderia tê-la oferecido, em cumprimento à sua vontade, de qualquer outra forma. Ele é soberano.

INTRODUÇÃO:
Filho de Simão Iscaríotes (Jo 6.71; 13.2,26), Judas Iscaríotes, provavelmente nasceu em Queriote, localizada na região de Moabe. Não há no texto bíblico o momento em que Judas se aproximou de Jesus. Os Evangelhos restringem a mostrar Judas sendo escolhido por Jesus para compor o grupo dos doze apóstolos (Mt 10.1ss.; Mc 3.13-19; Lc 6.12-16).
Jesus os escolheu. Chamou-o de apóstolo. Enviou-o a pregar a mensagem de que estava próximo o Reino dos Céus. Revestiu-o de autoridade sobre espíritos imundos (demônios) para os expelir; deu-lhe poder para curar toda sorte de doenças e enfermidades, bem como para purificar os leprosos.
Judas, o traidor, foi escolhido por Jesus e revestido de autoridade e poder espirituais. Por que seu fim foi a morte espiritual? Judas traiu a confiança de Jesus e, como ele, há muitos servos hoje que têm traído a confiança que o Senhor lhes tem depositado.
Nesta lição estudaremos três características que marcaram a vida de Judas e sua relação com Jesus, e como estas características podem estar presentes hoje na vida de cada um de nós, seguidores de Jesus.

1a CARACTERÍSTICA – JUDAS FOI AMADO POR JESUS
Não há dúvida de que não existe discriminação por parte de Jesus. Jesus ama a todas as pessoas, desejando traze-las para junto de si.
Com certeza Jesus conhecia o caráter de Judas e mesmo assim não o deixou de fora do seu ministério. Não olhou para seus defeitos e erros e ensinou-lhe sobre a importância de ter uma vida reta diante de Deus. A escolha final era de Judas. Meu irmão, Jesus conhece seu caráter, seus defeitos e erros; Ele ama você e he tem chamado e ensinado a estar perto dele para viver uma vida reta e agradável diante de Deus. Judas estava perto dele mas não estava com Ele. Muitas pessoas em nossa igrejas são freqüentadores e até participantes de departamentos e ministérios; estão “perto do Senhor” mas não estão com o Senhor. Judas estava perto de Jesus e optou traí-lo ao invés de se tornar dEle. Qual é a sua situação diante do Senhor? Você apenas está perto do Senhor e o tem traído? Suas atitudes expressam fidelidade ao Senhor? LEMBRE-SE: “o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus tem vida eterna” (1 Jo 2.17).

2a CARACTERÍSTICA – JUDAS FOI CHAMADO POR JESUS
Jesus, para realizar sua obra precisou contar com a ajuda de homens que, apesar de falhos e pecadores, seriam muito importantes para a consecução de seu intento: anunciar o amor de Deus para como todos os homens, proclamando-lhes a salvação. Jesus chamou Judas, como tem chamado a cada a cada um de nós. Judas não aproveitou o chamado do Senhor para ser bênção; traiu Jesus e perdeu a oportunidade de seu um grande colaborador e propagador do Reino de Deus. Meu irmão, como você tem aproveitado o chamado e as oportunidades que o Senhor lhe tem dado? Você tem dedicado sua vida ao Senhor? Você tem sido fiel ou O tem traído? Disse Jesus; “se alguém me serve, siga-me, e onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará” (Jo 12.26). “Bem –aventurado aquele servo a quem seu senhor, quando vier, o achar fiel” (Mt 24.26).

3A CARACTERÍSTICA – JUDAS RECEBEU PODER DE JESUS
Há quem questione Deus por Ele permitir que haja manifestação de poder na vida de certas pessoas que não dão bom testemunho. Ora, Deus é soberano e “a manifestação do Espírito é concedida a cada um, visando a um fim proveitoso” (1 Co 12.7). Se uma mula foi usada (a mula de Balaão), porque Deus não usaria, ainda que eventualmente, “mulas” teimosas, empacadas e rebeldes, como muitos de nós têm-se mostrado ser? Entretanto, Deus nos chamou para vivermos uma vida espiritual intensa. Como Judas, porém, há muitos “irmãos e irmãs” que tão somente têm provado das coisas espirituais (Hb 6.4 e 5); não experimentaram e não sabem ainda o que significa o intenso poder espiritual que Deus tem para dar aos que lhe são fiéis. Outros têm mantido a chama do Espírito Santo apagada, contrariando a orientação do apóstolo Paulo (1 Ts 5.19). Como quem coloca a ponta da língua em uma laranja para saber se ela está doce, ou não, sem degusta-la, sem aproveitar tudo que ela tem para dar (saúde, vitalidade, força, resistência às doenças), há muitos irmãos e irmãs que não têm se alimentado do Espírito Santo de Deus, por isso não têm saúde espiritual, são desanimados, fracos e não têm resistência às enfermidades espirituais. Como aconteceu com Judas, o fim dessas pessoas é a morte (distanciamento) espiritual. Como está a sua vida espiritual? Você tem apenas provado ou está se alimentando das coisas espirituais? LEMBRE-SE: “aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia” (1 Co 10.12); “a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e, sim, contra principados e potestades, (...) contra as forças espirituais do mal, (...)” (Ef 6.12); “e não vos conformeis com as coisa deste mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

CONCLUSÃO
A partir do exemplo de Judas aprendemos que, de alguma maneira, é possível que estejamos agindo como traidores de Jesus. Contudo, Deus se coloca à nossa disposição com seu amor e misericórdia para que sejamos espiritualmente diferentes e revestidos de poder e autoridade, dando-nos a liberdade de escolha entre o que é certo ou errado aos seus olhos.

Vimos que:
1.Jesus conhece o caráter das pessoas e, mesmo sendo más e pecadoras, ele ama a todas e quer salvá-las.
2.Jesus dá oportunidade a todos de realizarem sua obra, anunciando o amor e a salvação que Deus oferece, sendo preciso, entretanto, dispor-se a realizá-la.
3.Deus coloca a autoridade e poder espirituais à disposição de todos, e quem se mantiver em comunhão e intimidade com Deus experimentará com muita intensidade as coisa espirituais, e não apenas eventualmente.
4.A escolha errada nos afasta de Deus, impedindo-nos de desfrutar da vida eterna com Ele, como ocorreu com Judas, “porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna” (Gl 6.8).
Portanto, irmãos, “sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que no Senhor, o vosso trabalho não é vão”. ( 1 Co 15.58).

O LEIGO COMO SACERDOTE

 O Leigo Como Sacerdote
1. Na Congregação – Na Congregação o leigo tem uma ótima oportunidade de exercer o seu sacerdócio. Alguém poderia até dizer que o pastor receber ordenado para este fim, mas é engano. (1ºPe 2.9). Isto é uma garantia de que somos capacitados para exercer o cargo a nós confiado por Jesus Cristo. Também em Mt 28.19 quando Deus nos diz "Ide"

Com isso Deus está nos dizendo que temos a capacidade de falarmos da palavra de Deus, que nós podemos liderar um grupo do PEM e convidar visinhos para falar da palavra de Deus em nossa casa. Será que estamos fazendo isso?
O leigo ainda pode ser sacerdote estando na porta da igreja no culto e convidar os visitantes para sentar-se, lhe oferecer, Hinário, Bíblia, fazer apresentações aos membros e al pastor e outros, e convida-lo para uma próxima oportunidade.
O leigo ainda é líder na diretoria, pode procurar o irmão faltoso nos culto e convida-lo fraternalmente. Pode procurar zelar pela propriedade da igreja. Estar sempre atento para ver se não está faltando nada. Ajudar a guardar os utensílios do culto. A sua presença deve ser de respeito para com as coisas de Deus (Ec 5.1, Lc 11.28). A presença constante do leigo nos cultos e nas reuniões de leigos é fundamental para o crescimento da igreja.
Também os leigos devem zelar pela pregação da palavra de Deus aqui na terra, por isso ele é responsável pelo sustento do seu guia espiritual. O maior exemplo de um cristão está no campo espiritual, demonstrando uma vida devota e piedosa, buscando sempre a paz, harmonia, e o bem estar da igreja.
2. No Lar – O leigo dentro do lar tem a maior oportunidade, e por não dizer a obrigação de praticar o seu sacerdócio com a sua esposa, com os seus filhos, com os seus familiares e seus empregados (Dt 6.7-9). Devem zelar para que seus filhos tenham a oportunidade de aprender as sagradas escrituras, assim como ele as aprendeu na infância.
Hoje é mais fácil crescer no conhecimento da palavra de Deus, porque hoje as oportunidades existem dentro da congregação, onde o pastor luta para por em prática os estudos bíblicos em grupos, departamentos e cultos. Cada Pai deve capacitar seus filhos na palavra de Deus (Como o chefe de família deve com toda simplicidade em sua casa).
É fundamental que cada pai cristão dê uma boa educação cristã a seus filhos desde a meninice, para formar novos líderes da igreja de amanhã (Pv 22.6, 15). Em que situação o seu filho se encontra: entre os que aprenderam dos pais a prática da oração e do estudo da palavra de Deus, ou entre os que nem nas refeições fazem a sua oração?
Dentro do sacerdócio no lar também não podemos esquecer da esposa, pois é juntamente com a esposa que o leigo tem a oportunidade de exercer o seu verdadeiro sacerdócio. Isto de muitas maneiras: conduta pessoal – seu testemunho. Se for a igreja, ela também vai, se fizer oração ela também faz, se ler a bíblia ela também lerá. Se a esposa vem de uma outra religião o pai deverá leva-la ao conhecimento da palavra de Deus.
Não deixe a sua esposa ir sozinha na igreja, enquanto você vai pescar, caçar, o jogar futebol. A igreja como o nosso lar é um ambiente familiar em que a família: pai, mãe e filhos se reúnem (Dt 6.9).

Comente essa afirmação: "Não mande seus filhos a igreja, leve-os"!

  1. Como cada leigo pode participar do estudo bíblico em grupo?

  2. Quais para e educação de nossos filhos?

TADEU, O HOMEM DE PALAVRA.

TADEU, O HOMEM DE PALAVRA.
Texto base: João 14.16-31
Texto Áureo: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e será amado por meu pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele”. João 14.21

Introdução: Existem pessoas que participam e fazem parte da construção da história sendo uma engrenagem não tão visível nesse processo. Entretanto, a visibilidade externa de forma nenhuma deve ser o padrão máximo de avaliação, ao contrário. Pense em um relógio de corda. Os ponteiros, visíveis. Marcam aquilo que as engrenagens internas, invisíveis, lhe indicam, a vida do apóstolo Judas Tadeu, certamente pode ser contada entre estas, afinal muito pouco temos registrado a seu respeito na Bíblia. Talvez você possa se identificar com ele nesse aspecto. Talvez haja pouca coisa visível ou que chame a atenção externamente em sua vida. Mas, veja, aquilo que não é necessariamente visível para os homens é visível para Deus. Afinal, Deus não vê como vê o homem. O homem vê o exterior; Deus vê o interior. Jesus vê em Judas Tadeu a possibilidade do apostolado e a oportunidade e disposição para a transformação e o serviço. Pode-se vislumbrar alguns aspectos sobre a vida de Judas Tadeu, que veremos a seguir:
1. A Construção Dinâmica de um Caráter Pessoal: Caráter pode ser considerado como um conjunto de marcas ou traços que nos identificam. São as propriedades que distinguem a singularidade e individualidade de alguém. Nesse sentido, Judas Tadeu precisa vencer algumas barreiras na construção de sua identidade.
a) A primeira barreira a ser vencida é a de ser conhecido e identificado por quem ele não é. Jo 14.22 registra: Judas, não o Iscaríotes. Se não ser o Iscaríotes por um lado era um alívio – não é o traidor – por outro lado, não fala nada diretamente a respeito dele. Não o individualiza, a não ser, como não sendo o outro. Não é o Iscaríotes, mas também não é o Paulo, nem o Pedro, nem o João. É necessário maturidade para ser identificado por aquilo que não somos sem se perder naquilo que somos. Existem pessoas que se debatem tanto em torno daquilo que gostariam de ser que perdem o olhar de gratidão e compreensão por aquilo que são. O que você foi no passado, pode te permitir passos melhores hoje. O que você é hoje pode te permitir passos melhores amanhã. Em 1Co 15.9-10 temos: “porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus. Mas pela graça de Deus, sou o que sou...”. Aquilo que somos, somos pela graça de Deus. Isto não elimina o passado – era perseguidor da igreja, isto traz uma identidade e individualidade presente – eu sou o que sou, insto traz uma possibilidade para o futuro – sou o que sou não de uma forma rígida e inflexível; mas como um projeto inacabado nas mãos de Deus e como tal por sua graça o amanhã me reservam possibilidades maiores e melhores.
b) A segunda barreira é a de transforma aquilo que não se entende em um instrumento para construção de uma compreensão mais aprofundada de Deus e de si mesmo. Diante do inusitado, do complexo Judas não se cala, lança uma pergunta para Jesus, com humildade, com desejo de comunhão e encontro (Jo 14.22). Há os que se calam diante do não sabido porque acham que não saber é um atestado de inferioridade. Há os que até sabem muito “sobre” Jesus, mas não aprenderam nada “de” Jesus. Jesus disse aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração (Mt 11.29). Judas Tadeu lança-se no empreendimento de aprender de Jesus e nessa jornada ele tem a possibilidade de refletir sobre sua vida.
c) A terceira barreira é entender que a ação de Deus é mais pessoal e interna do que geral e externa. O principal foco da ação divina são os corações e não os olhos. Talvez Judas Tadeu também esperasse uma ação libertadora nacional de Jesus. Daí a pergunta: “Donde procede, Senhor, que estás para manifestar-te a nós e não ao mundo?”. Em nossa pressa podemos pretender que Deus se manifeste a nós e ao mundo, mas o projeto de Deus é manifestar-se ao mundo através de nós. Jesus reafirma: amarei e me manifestarei a quem me ama.

2. A Relação com a Palavra (um instrumento da Manifestação de Jesus): Judas Tadeu estava interessado na manifestação de Jesus e Ele apresenta o caminho para Sua manifestação: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra...” (Jo 14.23). O caminho é o amor. Contudo, Jesus traz o amor para além dos afetos, sentimentos e emoções. Jesus introduz o amor também de forma prática, se alguém me ama guardará a minha palavra. Talvez aqui, uma análise pessoal fosse extremamente denunciadora porque pode nos levar à conclusão de que nosso amor por Jesus não é tão grande como deveria. Mas, Paulo diz que o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi outorgado (Rm 5.5). Em Jo 14.16-17, Jesus está falando do Espírito Santo que nos seria dado pelo Pai. O que precisamos fazer então? A resposta é dar espaço ao amor de Deus que nos é dado pelo Espírito. No mesmo texto, Paulo nos fala de faces da vida onde o amor de Deus opera: a perseverança que é produzida pela tribulação, a experiência que é produzida pela perseverança, e a esperança que é produzida pela experiência (Rm 5.3-4).
Jesus disse aos discípulos que aquele que perseverasse até o fim seria salvo (Mt 24.13). Tiago registra que quem considera atentamente na lei perfeita e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, será bem aventurado no que faz (Tg 1.25). Jesus disse: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e vos será feito”.(Jo 15.7).
A perseverança produz experiência. Perseverando e sendo constante na Palavra veremos crescer nossas experiências com Deus. Esta é a principal forma para experimentar de modo mais efetivo a ação de Deus a nosso favor. Em I Samuel temos duas afirmações a seu respeito. A primeira em 3.7, diz que Samuel ainda não conhecia ao Senhor ainda não tinha sido manifestada. A segunda em 3.21, diz que o Senhor continuou a aparecer, enquanto por sua palavra se manifestava a Samuel. Jó, após grandes experiências com Deus, pode dizer: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem”. (Jó 42.5).
A experiência produz esperança. Depois de toda sua experiência, Jó podia dizer com muita propriedade: O Senhor é fiel. A Palavra do senhor é fiel. No salmo 23.4 Davi diz: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo...”. Somente a experiência com Deus permite essas declarações como produto da vida prática e não como teorias teológicas.
Por fim, cabe mencionar a fé. A palavra de Deus deve ser recebida e praticada com fé. Após ter trabalhado toda noite sem resultados concretos, Pedro disse para Jesus: Mestre sob tua palavra lançarei a rede (Lc. 5.5). O mar já não me pode dar mais nada, meus conhecimentos e capacidades demonstraram-se ineficazes, meu trabalho se tornou inoperante, mas sob tua palavra lançarei a rede.

3. OS IMPEDIMENTOS PARA NÃO SE GUARDAR A PALAVRA: Jesus afirmou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama...” (Jo 14.21). A manifestação de Jesus que interessa a Judas Tadeu é demonstrada como conseqüência de se ter e guardar a Palavra. Nossa conduta pode colocar em risco a ação ampla da Palavra de Deus em nós. Falando aos escribas e fariseus Jesus mostra a possibilidade da tradição humana invalidar a Palavra de Deus (Mc 7.13). Falando com a multidão e aos discípulos Jesus mostra a possibilidade de a Palavra ser motivo de vergonha (Mt 8.38). Entretanto, vamos olhar para os riscos apresentados por Jesus em Mc 4.14-19.
I. O primeiro agente apresentado por Jesus que pode interferir na ação da Palavra é Satanás, que segundo o texto age no sentido de tirar a palavra semeada (Mc 4.15). Umas das principais formas de Satanás tentar subtrair a eficácia da Palavra de Deus é relativizando-a. Desde Gênesis isso pode ser observado. Deus dá uma ordem apontando as conseqüências de seu não cumprimento (Gn 2.16-17). Satanás subverte o que Deus falou, levando a desobediência com base em uma falsa esperança (Gn 32.1-5).
II. O segundo agente apresentado por Jesus que pode interferir na ação da palavra de Deus são as angústias e as perseguições por causa da palavra (Mc 4.17). Jesus revela que a palavra de alguma forma pode der fonte de angústias e perseguições. Paulo em Rm 8.35 nos afirma que nem angústia ou perseguição pode nos separar do amor de Cristo.
III. O terceiro agente apresentado por Jesus que pode interferir na ação da palavra de Deus é as ambições, que podem sufocar a palavra de Deus (Mc 4.19). O texto fala de uma concorrência entre a Palavra e os cuidados do mundo, as fascinações da riqueza e demais ambições. Tiago adverte: “... não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”.(Tg 4.4).
Um personagem bíblico que recebeu um duro golpe por não obedecer à palavra de Deus foi Saul. Apesar de inicialmente advertido (1Sm 15.1), Saul opta pela desobediência por seguir seus impulsos e não a palavra de Deus (1Sm 15.22-23). Como conseqüência, os sonhos e projetos de Saul vieram por água a baixo (1Sm 15.26-28).
CONCLUSÃO: Judas Tadeu permitiu que seu caráter e sua vida fossem tocados pela palavra de Deus.Como resultado experimentou a manifestação de Jesus e o amor do Pai. Judas perseverou, guardando a palavra e amando a Jesus. Fontes não confirmadas indicam que após sair pregando o evangelho ele morreu martirizado por sua fé e amor a Jesus. Deus espera que se diga de nós o que foi dito para Elias: Conheço agora que és um homem, uma mulher de Deus e que a Palavra do Senhor na sua boca é verdade (1Rs 17.24). Jesus indica a necessidade de sermos como Judas Tadeu, pessoas de palavra pela operação da palavra de Deus.