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07 julho 2010

MATEUS O PUBLICANO

MATEUS O PUBLICANO – Lc 5.27,28
(Jó 32.21; Mt 9.9-13; Lc 5.27-32; Mc 2.13-17; At 10.28, 34-35 Sl 51.1-19)

Objetivos desta lição:
a-Demonstrar que Jesus jamais teve qualquer tipo de preconceito racial ou social.
b-Evidenciar a coragem de Jesus para romper com todos os preconceitos de seu tempo, a respeito da reação vigorosa das autoridades religiosas.
c-Mostrar que Jesus deve ser nosso modelo, os preconceitos nos impeçam de levar a mensagem de salvação aos perdidos.

Introdução:
Não é muito fácil falar sobre Mateus. Além do registro de sua vocação por Jesus (Lc 5.27, Mc 2.14 e Mt 9.9) e do banquete que logo em seguida ofereceu aos seus colegas de profissão (Lc 5.29, Mc 2.15-16 e Mt 9.10-11) com o objetivo de colocá-los lado a lado com aquele que mudara os rumos de sua vida, nada mais se diz sobres ele nos evangelhos. Apenas o seu nome é citado na relação dos doze (Mt 10.2-4). Nas narrativas de sua vocação por JESUS, Marcos e Lucas preferem chamá-lo de Levi, o que levou alguns comentaristas a crerem que ele poderia teu um nome duplo, Mateus Levi ou Levi Mateus.
As cartas e o livro de Atos se calam acerca dele. O pouco ou quase nada que se conhece vem da tradição extrabíblica. Eusébio, no seu livro “História Eclesiástica”, fala sobre a tradição de que o seu evangelho teria sido escrito originariamente em aramaico e mais tarde traduzido por ele próprio para o grego. Do pouco que temos, contudo, podemos retirar alguns aspectos para nossa edificação que escolhi dividir em três partes.

1. O PUBLICANO.
Mateus era um publicano, o que por si só, já era um estigma. A profissão era relativamente nova em Israel. Havia sido introduzida pelos romanos que, para não se envolverem na experiência desagradável de cobrar os impostos desumanos que impunham aos seus conquistados, utilizavam pessoas dos próprios povos conquistados na execução dessa função. Conseguir quem se dispusesse a realizar esse tipo de trabalho não era difícil. Primeiro, porque a pobreza era muito grande, provocada pela ausência de dinheiro circulante, em face dos excessivos impostos cobrados pelo Império Romano. Daí a disposição de alguns de se tornarem desprezíveis diante de seu próprio povo (Mt 9.11) para adquirir um sustento seguro e permanente. Segundo, porque, além de segura, era uma atividade fácil de ser desviada para a corrupção. Os publicanos, em sua maioria, cobravam mais do que o devido para com isso enriquecer. Este era mais um motivo gerador do desprezo dos seus irmãos.
Mateus era, portanto, o tipo de indivíduo de quem a sociedade não se aproximava, Jesus, porém, como sempre, não agiu segundo o conselho dos homens. Ao vê-lo sentado na coletoria, amou-o da mesma forma que amou a Natanael, apesar de não poder dizer de Mateus o mesmo que declarou de Natanael: “Eis um verdadeiro israelita em quem não há dolo” (Jo 1.47). Apesar da diferença de caráter, ambos foram chamados a ser seus discípulos e, mais tarde, apóstolos. O chamado do Senhor jamais tem qualquer coisa a ver com a nossa aparência ou maneira de ser. Ele concede a mesma oportunidade a todos, indistintamente.
Como disse Pedro em Atos 10.34: “Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas”. A vida de Jesus foi um exemplo para a eternidade de ausência absoluta de qualquer preconceito humano, porque tinha o poder para transformar a vida de qualquer ser humano, detivesse a justiça que procede da prática da Lei, como Natanael, ou estivesse profundamente mergulhado no pecado, como Mateus.

2. TESTEMUNHA
Embora os textos que falam da chamada de Mateus não se aprofundem, é relativamente fácil perceber a conversão dramática por que ele passou. Logo após o seu encontro com Jesus, ele sentiu em seu coração o desejo de que seus colegas de profissão conhecessem aquele que transformara o seu ser, dando-lhe alegria e paz que sempre almejara, mas nunca encontrara. Para isso, reuniu-os no que Lucas diz ter sido um grande banquete (Lc 5.29), embora o próprio Mateus se limite a comentar o que aconteceu durante o evento sem chamá-lo sequer de jantar. Apenas a expressão “à mesa” (Mt 9.10) deixa entrever que era uma refeição. O destaque está em que Mateus não esperou muito para começar a anunciar a salvação que Jesus oferecia, talvez não o tenha feito com tanta presteza quanto à mulher samaritana, mas a sua demora se deu por motivos justos, o tempo necessário para chamar os convidados e o acerto de uma data que atendesse a todos. Essa deveria ser a atitude natural de todo aquele que conhece a Jesus, a experiência de regeneração é algo tão extraordinário, que não pode ser descrita com palavras. Ela revoluciona o interior daquele que é visitado pela graça, dando-lhe alegria, paz, segurança, esperança, direção e, acima de tudo, a convicção da presença do Espírito do Senhor em sua vida. Testemunhar, ou seja, empenhar-se em levar outros a ter a mesma experiência, deveria ser algo tão natural quanto comer ou beber, seja pela palavra, seja pela vida.

3. O ESCRITOR
O autor do primeiro evangelho não se identificou, da mesma forma que os autores dos outros três. Sem dúvida, a iniciativa foi intencional. O objetivo da obra era chamar a atenção para a pessoa do Senhor Jesus, e qualquer coisa que, na visão do autor, pudesse desviar essa atenção para outro objetivo foi omitida, contudo, a igreja, desde os seus primórdios, jamais colocou dúvida quanto à sua autoria, atribuindo-a a Mateus.
Alguns comentaristas modernos discordam dessa tradição, uma das restrições prende-se ao fato dele ter sido um simples publicano. Os autores dessa alegação se esquecem, ou ignoram, que, para exercer aquela profissão, era necessário conhecer pelo menos três idiomas: o seu próprio (no caso de Mateus, o aramaico), o latim (para poder se relacionar com os patrões, incluindo a responsabilidade de fazer relatórios e demonstrações contábeis) e o grego, que era a língua corrente da região que margeava o lado oriental do Mar Mediterrâneo. Os judeus que viviam fora de Israel, em sua grande maioria, já não dominavam mais o idioma materno, porém, além da língua falada nos países em que viviam, dominavam o grego. Daí o publicano ter de conhece-lo.
Mateus não era, portanto, alguém sem cultura, como desejam fazer crer os que combatem sua autoria do primeiro evangelho. Isso se manifesta em toda a sua obra. O seu evangelho é o mais completo dos quatro. Nele há um equilíbrio perfeito entre as narrativas dos atos e dos discursos de Jesus. É o único que registra na íntegra o Sermão do Monte. Todos os discursos de Jesus são dispostos em blocos muito bem distribuídos no corpo da obra, é ainda o único que anota alguns ensinamentos sobre o comportamento da Igreja (Mt 18). Por esses motivos, foi o mais importante dos quatro evangelhos durante a maior parte da vida da Igreja Cristã. Aos poucos, os demais foram conquistando seu espaço, sem que o de Mateus perdesse o reconhecimento de seu valor.
A contribuição de Mateus para a vida da Igreja Cristã é inestimável.
Qual tem sido a nossa contribuição? Temos perguntado ao Senhor o que ele reservou para cada um de nós fazer? Temos procurado fazer?

CONCLUSÃO:
Conquanto disponhamos de pouco materiais sobre a vida de Mateus, o pequeno registro de sua chamada, seguida do banquete que ofereceu, deixa-nos dois grandes desafios: atender prontamente ao chamado do Senhor para assumir a vocação que tem reservada para os seus; e nos entregar de imediato à obra de conquistar outros para Jesus. Amém!
SOLI DEO GLÓRIA!

NATANAEL, O VERDADEIRO ISRAELITA (João 1.43-51).

NATANAEL, O VERDADEIRO ISRAELITA (João 1.43-51).
Introdução:
A.“Ficando ele só; e lutou com ele um homem, até o romper do dia. Vendo este que não podia com ele, tocou-lhe na articulação da coxa; deslocou-se a junta da coxa de Jacó, na luta com o homem. Disse estes; Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. Respondeu Jacó: Não te deixarei ir se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Como te chamas? Ele respondeu: Jacó. Já não te chamarás Jacó, e sim ISRAEL, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste. Tomou Jacó: Dize, rogo-te, como te chamas? Respondeu ele: Por que perguntas pelo meu nome? E o abençoou ali” (Gn 32.24-29).
Qual foi o milagre? O Jacó antes enganador, suplantador, foi transformado em Israel; o seu caráter foi modificado, tornou-se um verdadeiro israelita. Não é verdade que na linguagem dos Evangelhos, pode-se afirmar: Jacó nasceu de novo, ganhou nova vida?

B.A palavra de Jesus dirigida a Natanael não era uma bajulação. Ainda que com amor, o Senhor Jesus sempre foi muito franco nos seus relacionamentos com o homem. Basta ver o que disse ao jovem rico (Lc 18.18-19), a Nicodemos (Jô 3.1-2) e até aos próprios apóstolos: “À vista disto, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já na andavam com ele. Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura quereis também vós outros retirar-vos?” (Jo 6.66-67). Na realidade, ali estava um verdadeiro israelita, isto é, filho do novo Jacó, do novo concerto;

C.A lição objetiva mostrar, a partir da afirmação de Jesus: Eis um verdadeiro israelita em quem não há dolo...,” que não basta ser membro da igreja, ser ativista, rotular-se de crente poderoso. É preciso a experiência do novo nascimento que permita a Jesus afirmar de você: “Eis um verdadeiro crente!”

1. Filipe, o grande instrumento.
A.Não é possível estudar a vida de Natanael sem se falar de Filipe. Na verdade, ele foi o instrumento usado por Deus para o histórico e abençoado encontro de Natanael com Jesus: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas: Jesus, o Nazareno, filho de José...” (Jo 1.45), falou Filipe.
B.A objetividade do convite de Jesus a Filipe foi impressionante. Aliás, foi mais do que um convite foi uma ordem: “Segue-me!” (João 1.43). Não houve apelos emocionais ou promessas mirabolantes. Foi uma ordem a ser obedecida. Filipe estava diante de uma pessoa a quem devia simplesmente obedecer.
C.Aprendemos com Filipe que o seguir a Jesus é dinâmico, é ação. É uma caminhada que não tira a pessoa do mundo, mas o convoca para testemunhar no mundo: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou, não peço que os tido do mundo, e sim que os guarde do mal...” (João 17.14-15). Logo após o seu encontro com Jesus, Filipe levou Natanael. O registro bíblico apresenta uma seqüência maravilhosa no encaminhamento daqueles que resolveram seguir a Jesus.
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo...” (Jo 1.29), falou João Batista; depois vieram André, Pedro, Filipe, e então Natanael.

II.Natanael, o Verdadeiro Israelita.
A.Natanael, presente de Deus, morava em Cana, cidade a uma légua e meia de Nazaré; ao encontra-lo, Filipe foi logo dizendo: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e quem se referiram os profetas, Jesus, o Nazareno, filho de José...” (João 1.45). As credenciais eram irrefutáveis, mas o ceticismo de Natanael o levou a inquirir: “De Nazaré pode sair alguma coisa boa?” João 1.46. Filipe não responde com argumentos, mas lança mão do instrumento mais poderoso para vencer a incredulidade, o testemunho: “Vem e vê!”.
B.Ao aproximar-se de Jesus, a declaração surpreendente: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há dolo...” (João 1.47). “Donde me conheces?” (João 1.48). A resposta foi mais surpreendente ainda: “Antes de Filipe te chamar, eu te vi, quando estavas embaixo da figueira...” (João 1.48). Bastou! Foi o suficiente. Natanael se rendeu à onisciência do Senhor Jesus: “Mestre, tu és o Filho de Deus, teu és o Rei de Israel...” (Jo 1.49).
C.Mas, por que “verdadeiro israelita?”. Porque não vasta pertencer a Israel: “E não pensemos que a palavra de Deus haja falhado, porque nem todos os de Israel são, de fato, israelitas... isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne (Rm 9.6-8). O verdadeiro israelita trás características, algumas qualificações que o credenciam como tal:
a.O dom da adoção, assim como Paulo: “São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendências de Abraão? Também eu”.(2 Co 11.22);
b.Filho do segundo Jacó, Israel. Veja o que Paulo diz em Romanos 9.8: “... isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa.”
c.Vida sem dolo, isto é, sem má fé, astúcia ou armações. Não praticante de uma religião puramente exterior.

O VERDADEIRO ISRAELITA CONCLUIU:
A) Jesus não é um simples produto de Nazaré, donde na sua opinião não podia vir coisa boa, mas é o grande e onisciente Mestre, capaz de penetrar no mais incrédulo coração e transforma-lo num coração de fé.
B) Jesus na é apenas o filho de José, mas o Filho de Deus, o Rei de Israel.

CONCLUSÃO:
A-Natanael não era mais filho do primeiro Jacó (carnal, astucioso, espertalhão). Ele agora é filho do segundo Jacó – Israel, transformado, sem dolo, o que viu e creu.
“O homem que vendia achas de lenha se converteu, mas pouca gente acreditou. Um mais afoito, afirmou: Só creio se ele deixar medir as achas que vende, as achas antes só tinham noventa centímetros, mas agora tinham realmente um metro. O homem não era mais filho do primeiro Jacó. E você?
B- Um verdadeiro israelita fala por analogia do verdadeiro crente; não do membro da igreja, daquele que abraça uma religião, mas de quem realmente nasceu de novo. Não basta o espetáculo exterior, o Senhor Jesus quer ver mesmo é o coração: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mt 15.8-9). Representa um grande perigo à falta de sintonia entre o exterior e o que se é realmente.
“Caiu uma barreira na linha férrea. O sinaleiro pegou a bandeira e correu para avisar do perigo ao terem que se aproximava. O maquinista, porém, olhou a bandeira e foi em frente. O desastre foi fatal. Mas, o que teria acontecido que o maquinista não parou se o sinaleiro estava no seu posto? A bandeira tas desgastada pelo tempo não era mais vermelha, parecia branca, o que não evitou o desastre. “Quando não se é um verdadeiro crente, provoca-se mais desastre do que solução.
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas (do primeiro Jacó) já passaram; eis que se fizeram novas (do segundo Jacó, Israel) – 2 Co 5.17”;
C- Convém reafirmar que o seguir a Jesus envolve sacrifício, tem um preço. A idéia tão generalizada hoje de que seguir a Jesus é moleza, é só receber, não está na Bíblia. Basta ler Mateus 11.28-29, para se perceber que o Jesus que convida: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei...”, é o mesmo Jesus que diz: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração...”
D-O verdadeiro crente é aquele que pode afirmar, em qualquer situação: “Eu sei em quem tenho crido!”

DAVI E JÔNATAS - AMIZADE

DAVI E JÔNATAS – Os Jovens Amigos
Leia 1 Samuel 18
Falar sobre a amizade é falar sobre dois mundos que procuram identificar-se, cativar-se, fundir-se num movimento constante para serem um só mundo. Ela é uma força invisível que aproxima pessoas, junta esperanças e toca corações. Mas falar sobre a amizade nem sempre é bonito e gostoso, pois existe, também, às vezes, o egoísmo, o interesse e a falsidade para atrapalhar e estragar tudo.

EXEMPLO
O jovem Davi era pastor de ovelhas, guerreiro e músico. Ele era, também, o futuro rei de Israel, escolhido pelo próprio Deus. O seu grande amigo era Jonatas, um príncipe, filho de Saul, o primeiro rei de Israel.
A Bíblia não conta quando Davi e Jonatas se conheceram. Contudo, após a vitória sobre o gigante Golias (veja o capítulo 14), Davi foi levado ao palácio e aí começa a história bíblica da amizade entre os dois jovens. Foi uma amizade tão intensa, profunda e bonita que é descrita com palavras como: “Jonatas, filho de Saul, começou a sentir uma profunda amizade por Davi e veio a amá-lo como a si mesmo.” (1Sm 18.1). Como demonstração de amizade, Jonatas deu a Davi a sua capa, a sua armadura, a sua espada, o seu arco e o seu cinto. (1 Sm 18.4)
Com a derrota do gigante Golias, o jovem Davi era o novo herói do povo de Israel. Ficou conhecido. Todos o admiravam, respeitavam e lhe queriam bem (1Sm 18.5).Menos o rei Saul, pai de Jonatas. Quanto mais o povo amava Davi, mais crescia a inveja e o ódio de Saul. Por causa disso, tentou duas vezes matar Davi com uma lança, obrigando-o, por fim, a fugir (1Sm 18.11; 19.10).
Davi fugiu para o campo e lá ficou escondido. O seu amigo, o príncipe Jonatas, procurou protege-lo dos perigos que o ameaçavam. Ele procurou convencer o pai de que Davi era inocente, e de que era bobagem perseguir e procurar matar um inocente (1Sm 19.1-4). Lá no refúgio do campo, Davi era constantemente informado por Jonatas dos planos de Saul e o amigo lhe dava instruções para garantir a sua vida.
Foi em meio a esse conturbado cenário que os jovens Davi e Jonatas encenaram um dos mais belos atos da sua amizade: diante do trono de Deus, fizeram uma aliança de uma amizade eterna: “...o Senhor Deus nos ajudará a cumpri-la para sempre...” Então eles se beijaram chorando. Jonatas disse a Davi:
Vai-te em paz, porquanto juramos ambos em nome do Senhor, dizendo: “O Senhor Deus fará com que você e eu, e os seus descendentes, e os meus cumpramos sempre a promessa sagrada que nós fizemos um ao outro.” (1Sm 20.23,41,42).
Um dia, um homem chegou correndo até Davi, lançando-se aos seus pés e exclamando: Saul e seu filho Jonatas estão mortos! (2Sm 1.4).Davi não se Conteve: rasgou suas vestes e chorou amargamente a morte do amigo. (2Sm 1.11,12).

A AMIZADE CRISTÃ
Jonatas e Davi demonstraram esta amizade. O verdadeiro amor fraternal une, ajuda, consola, anima, adverte, aconselha aqueles que têm o mesmo Deus, o mesmo Salvador, a mesma fé e a mesma esperança eterna. Ele é a prática do amar os “outros como você ama a você mesmo” (Rm 13.9). Ele cria a amizade sincera, que detesta o mal e apega-se ao bem, que se regozija na esperança, é paciente na tribulação e perseverante na oração; que compartilha as necessidades dos santos e pratica a hospitalidade (Rm 12.12).Ele se alegra com os que estão alegres e chora com os que estão tristes (Rm 12.15). Corrige as faltas com brandura e uns levam as cargas dos outros, em amor (Gl 6.1,2). Lança fora o medo, a amargura, a cólera, a ira, a gritaria, a blasfêmia, a malícia (Ef 4.32). Ele aproxima os cristãos em amizade, fazendo-os parecer uma grande família que está unida, em dias bons e maus e que trabalha unida na igreja de Deus.
Melhor do que um amigo é um amigo cristão, um irmão na fé que é amigo. Mas, mais importante e melhor do que um amigo cristão, é ter Cristo como amigo. Ele disse que a maior prova de amizade e amor é dar-se a si mesmo em favor do outro. Foi o que Cristo fez. Ele disse também que seremos amigos dele, se fizermos o que ele mandar (Jo 15.14). E diz mais: já que ele é nosso amigo e nós somos amigos dele, devemos agora ser amigos das outras pessoas, num amor recíproco (Jo 15.12).

PARA REFLETIR E DEBATER
1.O que mais impressiona na amizade de Jonatas e Davi? Em que sentido ela serve de exemplo para nós?
2.É importante ter amigos? Você tem um amigo especial? Veja Provérbios 17.17 e Eclesiastes 4.9-10.
3.A quem Jesus chamou de amigos? Qual o hino do Hinário Luterano que fala sobre o mesmo assunto? Vamos cantá-lo agora?
4.Como está a amizade cristã em nossa união juvenil? E em nossa congregação? O que você pode fazer para haver um crescimento neste sentido?
5.Pode existe verdadeira amizade entre rapazes e moças?