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02 agosto 2010

ACONSELHAMENTO PASTORAL - LIVRO COLOSSENSES

Instituto Concórdia de São Paulo
Escola Superior de Teologia
Disciplina: Aconselhamento Pastoral Centrado em Cristo
Professor: Rogers Hake Aluno: Jarbas Hoffimann

Análise de Livro

Livro de Colossenses
  1. O livro, como as outras cartas de Paulo, ensinam que a oração é muito importante. Assim como é importante a oração no aconselhamento.
  2. [1.13-14]: Nós já fomos libertados do pecado e estamos em Cristo (para atormentados em seus pecados).
  3. [1.10-12]: somos fortalecidos diariamente, pelo poder de Deus, para produzirmos toda espécie de boas obras. Deus está nos guiando a todo momento.
  4. [1.17]: Em Cristo tudo subsiste, ele não nos deixa cair sozinhos. (consolo em momentos de aflição).
  5. [1.18]: Cristo é a primazia entre os ressuscitados. Nele todos ressuscitaremos (enlutados).
  6. [1.18-20]: Fomos reconciliados com Deus através de Cristo (consolo em momentos de fé vacilante).
  7. [2.4]: Não sejam enganados. Permaneçam na fé em Cristo (fé vacilante).
  8. [2.5]: Neste versículo, como em muitos outros, Paulo mostra-se preocupado com seu povo em todo tempo, mesmo quando está longe (ensina-nos a ter cuidado com aqueles que Deus pôs a nossos cuidados).
  9. [2.6-7}: Incentivo à firmeza na fé.
  10. [2.9]: Deus pode tudo. Pode sanar qualquer problema (ensina confiar que Deus pode me ajudar).
  11. [2.16-19]: Deus me libertou, eu não preciso estar atormentado com o julgamento dos outros.
  12. [3.5]: Alerta à pessoas que estão envolvidas com este tipo de problema.
  13. 3.9]: Contra a fofoca e a mentira.
  14. [3.11]: Contra discriminação. Em Cristo não há diferença.
  15. [3.13]: Perdoar-nos sempre uns aos outros.

A PRATICA DA CONVERSAÇÃO PASTORAL

 INSTITUTO CONCÓRDIA DE SÃO PAULO
Escola Superior de Teologia
Aconselhamento Pastoral
Prof. Dr. Erni Walter Seibert
Aluno: Waldemar G. Carvalho Júnior

Recensão

FABER, Heije & SCHOOT, Ebel Van Der A Prática da Conversação Pastoral Trad. Sílvio Schneider. São Leopoldo, Sinodal, 1985.


A obra lida é dividida em duas grandes partes a primeira é escrita por Heije Faber e a segunda é escrita por Ebel Van Der Schoot e tem por objetivo o aperfeiçoamento e uma melhor conversação pastoral. A conversação é mais do que palavras, estão envolvidos os sentimentos e isto tem influência direta e decisiva no aconselhamento e conclui afirmando que o "seu sucesso ou fracasso não depende só das palavras que são trocadas, mas também dos sentimentos dos dois interlocutores, tanto mútuo como em relação a si próprio"1. Não são só palavras pronunciadas, mas os sentimentos que são exteriorizados ou escondidos que determinam o andamento de uma conversação.
Utilizando-se de um exemplo prático vivido por pastores vai conduzindo o leitor a compreender como a conversação pastoral se desenvolve. Afirma que intuição não basta, e que é mais importante o hábito, a atitude pastoral. Alerta para o perigo de se tomar partido.
Uma frase que chamou-me atenção foi "Parece que as pessoas aprendem muito mais daquilo que elas próprias descobrem numa conversação confidencial do que aquilo que lhes é dito ou que lhes perguntam"2 deixando clara a importância do aconselhamento não diretivo.
O pastor deve sentir e pensar como a pessoa que o procura e assim dar-lhe oportunidade para desabafar. Não deveríamos emitir juízos, não rejeitar nada do que ela.
No capítulo sobre Ouvir e responder na Conversa Pastoral introduz algumas idéias de Carl Roger que é um psicoterapeuta para esclarecer a estrutura e os trabalhos do contato pastoral. Defende a idéia que o pastor deve ser "non. directive" em relação ao aconselhando. Ou seja rejeita a idéia da pessoa como objeto, pois acredita que o que busca o conselho deve permanecer responsável por sua própria vida.
O autor define o trabalho do pastor como uma ajuda para um bom relacionamento do homem com Deus, sendo a relação de sujeito para sujeito ou seja de igual para igual.
Coloca a reflexão, ou seja o conselheiro formula novamente os sentimentos do aconselhado de forma tal que a pessoa percebe que ali há alguém que o compreenda, ou seja como um espelho que reflete nitidamente a nossa imagem.
Para o autor refletir não é repetir as palavras, mas sentir em si os problemas do outro. Destaca o termo empatia na página 32 - sentir em si os sentimentos do outro, e o termo: Sistema de Referência dos sentimentos e pensamentos do outro num determinado momento .
O autor vê um grande problema entre os pastores de quererem moralizar ou dogmatizar isto gera problemas à poimênica.
Afirma que os pastores nada mais precisa fazer do que ouvi-las e acompanhar-lhes o pensamento.
Vê a Poimênica como um processo, vê que uma conversação pastoral corre em duas etapas: 1º. Vem o impulso mais ou menos longo, no qual o pastor, ao pensar empaticamente com o cliente, o auxiliará a ter uma visão de sua situação. 2º. Abre-se a perspectiva pessoa; para Deus.
O objetivo do livro é ensinar a compreender perguntas, reconhecer erros e desenvolver certos hábitos, este livro se propõe a desafiar os leitores a praticarem a autocrítica e a apurarem sua intuição muitas vezes indolente.
O livro é muito interessante por interagir com o leitor que através de formulação de respostas vai se auto-criticando e treinando a intuição e pelo uso de relatórios pastorais para fazer análises.
É contra a atitude diagnóstica na conversação. Escreve também sobre a transição do aspecto pastoral para o restrito.
Na 2ª parte escrita por Ebel Van Der Schoot repete alguns conceitos que defende uma conversação não diretiva. Diferencia a conversação pastoral das outras conversações pelo específico de "sempre gira em torno da redenção do homem" 3.
Aborda questões relativas ao pastor, congregação e liturgia como recursos poimênicos como também a oração.
Chamou a atenção a quentão da liberdade na Conversação pastoral "livre para fazer tudo o que possa ajudar o outro"4.
E para ajudar os outros é importante o uso da técnica adequada, pois "o pastor quer ajudar o outro a aprender a ver a sua vida à luz de Deus"5.
Cita Kinget-Rogers que dá características importantes para a conversação como sinceridade, simpatia, aceitação.
Utiliza exemplos de visitas é conseqüências que demonstram os resultados de uma conversa diretiva e não diretiva ficando no meu entender claro que a não diretiva produz melhores frutos. Apesar disso aborda as dificuldades do método não diretivo que reside na atitude no interior do dirigente da conversação. "É necessário que nos desacostumemos de pretender convencer alguém de algo com que nada pode fazer."
O livro termina como relato de 5 casos de épocas diferentes a impressão que ficou é de realmente não confiar na intuição, achar que temos receitas prontas para o problema e sim que o importante é se aperfeiçoar no ouvir, sentir e estar ao lado do outro, sem julgar, dogmatizar, generalizar, mas refletir e cooperar para que a pessoa supere o problema ou se for o caso apenas desabafe.
Uma obra excelente e de grande valia para o pastor que deveria fazer parte de sua biblioteca e também da sua prática pastoral no dia-a-dia de seu ministério.

1 Página 7
2 Página 22
3 Página 137
4 Página 162
5 Página 163

50 PONTOS PARA O ACONSELHAMENTO

INTITUTO CONCÓRDIA DE SÃO PAULO
Escola Superior de Teologia
Disciplina: Aconselhamento Pastoral Centrado em Cristo
Professor: Rogers Hake Aluno: Elieu Radins


Cinqüenta Pontos Importantes no Aconselhamento


1-Estar disposto a ouvir muito.
2-Reconhecer no aconselhando uma criatura feita por Deus.
3-Estar ciente de que o aconselhando é a pessoa mais importante nesse relacionamento.
4-Precisamos estar dispostos a mudar nossos paradigmas.
5-A oração é fundamental. Orar particularmente e com o aconselhando.
6-Amar a pessoa que nos procura para o aconselhamento.
7-Eu não sou superior àquela pessoa que busca o aconselhamento.
8-Jesus é o centro do nosso aconselhamento.
9-Não podemos tomar decisões pela pessoa.
10-O problema não é nosso.
11-Orientar para que o aconselhando tome as decisões.
12-Uma técnica de aconselhamento é: Ouvir, encorajar, dizer de novo, refletir.
13-Outro método é o científico: formular uma pergunta de pesquisa baseada em um problema, desenvolver uma hipótese, testar a hipótese.
14-O ouvir ativo é muito importante. No ouvir ativo ouvimos normalmente, ouvimos analisando e ouvimos com empatia.
15-No ouvir ativo existe o PARE: para, atender, refletir e explicar.
16-Existem falhas no ouvir ativo. Essas falhas são: O ouvir é pseudo ouvir, ouvir falso, reagir muito cedo, enfocar assuntos irrelevantes, ouvir defensivamente e centralidade da mente.
17-Nós nos comunicamos de maneira não verbal. As categorias de comunicação não verbal são: emblema, ilustrador, manifestação de carinho, reguladores e adaptador.
18-93% do que transmitimos é comunicado de maneira não verbal.
19-Cinco passos de aproximação para resolver um problema: estar ciente de que o problema existe, entender a natureza do problema, reunir informações relevantes, formular e desenvolver uma solução e avaliar a solução.
20-Existem três tipos de líderes: autoritários, democráticos e lessey fair.
21-No trabalho em grupos encontraremos pessoas individualistas. Precisamos tratar a situação com empatia.
22-Quando lermos a bíblia, sempre procuremos aspectos de aconselhamento em nossas meditações.
23-Nós temos personalidades múltiplas.
24-Nunca devemos agir negativamente com pessoas que estão revoltadas com Deus.
25-O pastor não pode não ser um conselheiro.
26-O pastor não é o dono da verdade. Com essa visão o trabalho fica muito mais fácil.
27-Nós estamos sempre nos conhecendo a nós mesmos.
28-O nosso aconselhamento é baseado em lei e evangelho.
29-No aconselhamento, especialmente de casais, a Santa Ceia é fundamental.
30-O aconselhamento deve ser norteado pelo perdão de Deus.
31-Precisamos de um pequeno repertório para podermos começar o aconselhamento, mas, com o passar do tempo, esse repertório precisa crescer.
32-Toda mensagem deve possuir três aspectos: áudio, visual e sinestésico.
33-Nós nos expressamos de maneiras diversas. Uma delas é pela expressão facial. Com ela podemos expressar: ira, alegria, insatisfação, surpresa, medo, tristeza.
34-Os nossos valores são baseados em crenças, atitudes a hábitos.
35-São três os elementos de um problema: presente indesejável, alvo e obstáculo no caminho do alvo.
36-São seis os estágios de aconselhamento: construir um relacionamento, tentar compreender e diagnosticar o problema, formular alvos ou metas a serem alcançados, intervir e solucionar o problema, término e acompanhamento do aconselhando e avaliação.
37-As pessoas tem um mecanismo de defesa onde elas se retraem e fecham-se em si mesmas dificultando o trabalho.
38-Existem chaves para o ouvir efetivo: achar áreas de interesse comum, julgar o conteúdo da conversa, não ir logo adiante na conversa, organizar nossas idéias, ser flexível, trabalhar o escutar, resistir a distrações, exercitar nossa mente, deixar a mente aberta e analisar os fatos do pensamento de quem você está aconselhando.
39-Lutero antecipou a tarefa do pastor como conselheiro.
40-É fundamental para o aconselhamento cristocêntrico andar humildemente com o meu Deus.
41-No aconselhamento pastoral cristocêntrico o pastor está envolvido pelo amor ágape em todas as dimensões da comunicação.
42-O aconselhamento pastoral requer tempo. Precisamos ter tempo para o aconselhamento.
43-Cada pergunta tem atrás de si uma afirmação.
44-O conselheiro não vai salvar almas.
45-Nunca devemos dizer para o aconselhando "eu sei o que você está sentindo".
46-Cada caso é um caso. Não existe fórmula mágica e muito menos um padrão que funciona em todos os casos.
47-Os problemas tratados com o aconselhando devem ficar nesse esfera. O conselheiro nunca deveria levar esses problemas para dentro da sua casa.
48-Quando um casal tem problemas não podemos logo aconselhar que se separem.
49-Precisamos sempre ser persistentes, nunca devemos desistir.
50-No trabalho em grupo temos vários tipos de indivíduos: belicoso, positivo, sabe-tudo, falante, acanhado, não coopera e não aceita, desinteressado, desdenhoso e perguntador persistente.
51-Algo que certamente poderemos enfrentar são os problemas com os vícios. Precisamos estar preparados para essa desafio.