Pesquisar este blog

31 outubro 2011

REFORMA LUTERANA - VIDEO

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=nZvt_wHh03Q&w=640&h=464]

REFORMA LUTERANA - VIDEO

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=nZvt_wHh03Q&w=640&h=464]

REFORMA LUTERANA

UM TESOURO DESENTERRADO NA REFORMA

TesesEm 31 de Outubro de 1517, um tesouro estava por ser desenterrado. O Monge Agostiniano Martinho Lutero, deu início a um movimento na Igreja de então, denominado "Reforma". Com o intuito de resgatar a dignidade do ser humano, como filho de Deus, na sociedade em que vivia e especialmente na igreja que amava, denunciou e derrubou os muros da exploração e comércio que mais afastavam as pessoas do centro da Igreja Cristã, do que lhes aliviava a consciência. Neste dia Lutero resolveu levar o assunto ao debate, por isso fixou as 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, querendo com isso abrir os olhos das pessoas que ingenuamente eram enganadas com uma Teologia cheia de interesses e barata. Pressionou e desafiou a igreja a cumprir seu papel de apresentar o perdão como um presente de Deus, conquistado na cruz por nosso Senhor Jesus Cristo, e não baseada em obras, sacrifícios, indulgências (Efésios 2.8,9) que cercavam a base do cristianismo.

Ao traduzir a Bíblia para a língua do povo, uma revolução iniciava. Deus, que parecia aprisionado nos mosteiros e templos, passou a fazer parte do quotidiano das pessoas, sendo acessível a todos, em qualquer lugar. rosalutero

Uma pesquisa da Revista americana Life, a respeito dos personagens que marcaram o milênio (1001-2000), Guttenberg e Lutero, contemporâneos, ficaram entre os mais influentes: Guttenberg (1º) que se destacou pela impressão da Bíblia e Lutero (3º) o principal mentor da Reforma, que revolucionou vários conceitos no que diz respeito a Teologia, igreja, educação de boa qualidade, ênfase na família e vida em sociedade (luta por impostos justos e administração pública honesta e transparente). A base desta pesquisa se ateve a quantas pessoas um determinado acontecimento afetou, e sua influência na atualidade. Depois de montanhas de livros consultadas, especialistas em várias áreas do conhecimento elaboraram a lista dos cem nomes.

A descoberta deste homem não pertence apenas aos luteranos, mas a todos os que têm certeza do perdão dos pecados unicamente pela obra de Cristo Jesus, pois Ele é a chave para o céu. A Santa Igreja Cristã é aquela formada por pessoas que "são como um edifício e estão construídos sobre o alicerce que os apóstolos e os profetas colocaram. E a pedra fundamental desse edifício é o próprio Cristo Jesus" (Efésios 2.20).

Rev. Márlon Hüther Antunes

SOLENIDADE MARCA LANÇAMENTO DAS FESTIVIDADES DOS 500 ANOS DA REFORMA


O Ato de Lançamento dos 500 Anos da Reforma Luterana, promovido pela Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) e Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), realizado na noite de terça-feira, 18.10.2011, no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, marcou o início das festividades que se estendem até 31 de outubro de 2017. Cerca de 160 pessoas, entre autoridades civis e eclesiásticas prestigiaram a solenidade.

Os anfitriões da celebração foram os presidentes da IELB, reverendo Egon Kopereck, e da IECLB, reverendo Nestor Friedrich. A cerimônia teve início com a apresentação do Hino Castelo Forte, pelo Grupo Cantabile, lembrando que o canto é uma tradição nas comunidades luteranas. Logo após, o secretário geral da IELB, reverendo Rubens José Ogg e o Assessor Teológico da presidência da IECLB, reverendo Romeu Martini, conduziram um momento de oração responsiva de gratidão.

A mesa foi composta pelos presidentes da IELB e IECLB, pelo prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, pelo secretário do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, adjunto, Gilson de Brum (representando o governador Tarso Genro), pela presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre, Sofia Cavedon e pelo coordenador do Grupo de Trabalho dos 500 Anos da Reforma e presidente da Comunidade Evangélica de Porto Alegre, Zenar Eckert.

História e Reflexão:
Os discursos foram abertos pelo presidente da IECLB, reverendo Nestor Friedrich. Ele relatou, brevemente, as origens do surgimento da Igreja de Confissão e como é desenvolvido o trabalho em todo o Brasil. Lamentou que ainda exista intolerância religiosa em todo o mundo e destacou a bela parceria com a IELB, também, na tradução das Obras de Lutero. O presidente da IELB, reverendo Egon Kopereck falou sobre a trajetória de Martinho Lutero, as ideias e valores que defendia. "Lutero foi um batalhador pela verdade", declarou. Kopereck enfatizou uma das principais bandeiras do Reformador: "ao lado de cada igreja, uma escola", para destacar a importância da educação que dá liberdade e autonomia. Afirmou que a Reforma é um marco na história da humanidade e que seus reflexos são sentidos até hoje. Por fim, disse que a IELB atua firmemente para que todos conheçam a salvação que nos é presenteada pela fé em Jesus Cristo. "Nossa missão é levar Cristo Para Todos e tudo é para honra e glória de Deus", concluiu.

A presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Sofia Cavedon, disse que a Reforma Luterana foi um marco civilizatório e que as celebrações dos próximos seis anos serão uma bonita caminhada até 2017. A vereadora também declarou que apoia a construção da Praça de Lutero, na capital gaúcha. O local é uma das propostas da programação dos 500 Anos. O representante do Governo do RS, Gilson de Brum, elogiou a união da IELB e IECLB, bem como a presença de outras denominações religiosas em momento tão representativo. O coordenador do Grupo de Trabalho dos 500 Anos da Reforma, Zenar Eckert, contou aos presentes sobre a disposição e o andamento dos trabalhos que visam relembrar a toda sociedade sobre a importância da Reforma.

O último a se manifestar foi o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati. Ele disse que a ideia de realizar eventos até 31 de outubro de 2017 remete todos a uma grande reflexão. "É preciso pensar o tipo de sociedade que vivemos hoje, onde o individualismo, o consumismo, a intolerância em vários aspectos e o distanciamento de Deus dominam a vida das pessoas. Devemos relembrar aqueles valores que Lutero defendeu". Fortunati destacou que é preciso mostrar a todos que a Palavra de Deus "é fundamental para nortear nossos caminhos e nos ajudar a construir uma sociedade mais ética, igualitária, justa e inclusiva".

Selo e vídeo:
Após os discursos foi apresentado um vídeo, produzido especialmente para o evento, mostrando acontecimentos históricos da Reforma e seus significados, bem como o momento atual da IELB e IECLB. Para marcar todos os eventos que precederão o aniversário de 500 Anos Reforma, foi elaborado um selo comemorativo. O criador da arte foi o pastor da IECLB, reverendo Claudio Kupka, que explicou todo o processo de criação e desenvolvimento do material. No encerramento do evento todos os convidados receberam um calendário criado para acompanhar todas as atividades, até 2017, bem como uma cópia do vídeo e etiquetas com o selo dos 500 Anos.

Prestigiaram a solenidade o arcebispo da Igreja Católica Apostólica Romana, Reverendíssimo Dom Dadeus Grings, o bispo Metropolitano da Igreja Metodista, reverendo Luiz Vergílio Batista da Rosa, o Vice-presidente do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC – RS), reverendo Carlos Dreher, o moderador do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), reverendo Walter Altmann, o presidente da Convenção das Igrejas Evangélicas e Pastores da Assembléia de Deus no RS, pastor Ubiratan Batista Job, o representante do Consulado da Alemanha, Ditter Fuchsenthaler e o presidente da Câmara Brasil/Alemanha, André Meyer da Silva. Ainda foram registradas as presenças do Diretor Geral da BAND-RS, Leonardo Menegueti e do vice-presidente Executivo do Grupo Record-RS, Veríssimo de Jesus. Os integrantes da Diretoria Nacional da IELB, os presidentes das Ligas e Organizações Auxiliares, diretor e professores do Seminário Concórdia, pastores da IELB e ministros e ministras da IECLB também participaram do evento.

MOISÉS E O BANHO



30 outubro 2011

A CHAVE DO REINO

Dias atrás, numa entrevista com Otávio Mesquita no programa da Hebe Camargo, foi lhe perguntado: "Se você chegar lá em cima e Deus perguntar: - Por que você merece entrar". A isto, respondeu: "Se tem uma coisa que eu não consigo guardar é rancor". Não sei qual a fé deste apresentador de TV, mas não está baseada na Bíblia. Ela diz que ninguém merece entrar no céu. Sobre o rancor, Jesus mesmo explicou que só o fato de chamar alguém de idiota condena ao inferno (Mateus 5.21). E se alguém conseguir cumprir nove dos Dez Mandamentos, "é culpado de quebrar todos" (Tiago 2.10). É o apóstolo Paulo quem mais escreve sobre fé e obras nas suas treze epístolas, sobretudo na carta aos romanos quando diz que "ninguém é aceito por Deus por fazer o que a lei manda, porque a lei faz com que as pessoas saibam que são pecadoras" (3.20).

Surge então a pergunta: Como vou entrar no céu? A lei de Deus, igual a uma tomografia, revela o câncer maligno. Mas o Evangelho – que significa "boa notícia" – aponta para a quimioterapia: "Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus" (Romanos 3.23,24). O monge Lutero descobriu isto num tempo quando a igreja vendia o perdão por dinheiro e sobrecarregava as pessoas com penitências para uma cadeira no céu. No dia 31 de outubro de 1517 ele usou a internet da época e colou 95 teses na porta do castelo de Wittenberg, para discutir o assunto mais importante da fé cristã.

Nesta semana em Porto Alegre foi dada a arrancada no Brasil para lembrar os 500 anos da Reforma Luterana. Nestes tempos de diálogo ecumênico, cabe às igrejas entregarem ao Otávio Mesquita a chave que abre o céu. Foi isto que Lutero tentou – sem a pretensão de criar outra igreja – sobretudo ao defender na tese 60: "Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dados pelo merecimento de Cristo".
Mas, e as boas obras? Tiago responde: "A fé sem obras é morta".
Marcos Schmidt


A CHAVE DO REINO

Dias atrás, numa entrevista com Otávio Mesquita no programa da Hebe Camargo, foi lhe perguntado: "Se você chegar lá em cima e Deus perguntar: - Por que você merece entrar". A isto, respondeu: "Se tem uma coisa que eu não consigo guardar é rancor". Não sei qual a fé deste apresentador de TV, mas não está baseada na Bíblia. Ela diz que ninguém merece entrar no céu. Sobre o rancor, Jesus mesmo explicou que só o fato de chamar alguém de idiota condena ao inferno (Mateus 5.21). E se alguém conseguir cumprir nove dos Dez Mandamentos, "é culpado de quebrar todos" (Tiago 2.10). É o apóstolo Paulo quem mais escreve sobre fé e obras nas suas treze epístolas, sobretudo na carta aos romanos quando diz que "ninguém é aceito por Deus por fazer o que a lei manda, porque a lei faz com que as pessoas saibam que são pecadoras" (3.20).

Surge então a pergunta: Como vou entrar no céu? A lei de Deus, igual a uma tomografia, revela o câncer maligno. Mas o Evangelho – que significa "boa notícia" – aponta para a quimioterapia: "Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus" (Romanos 3.23,24). O monge Lutero descobriu isto num tempo quando a igreja vendia o perdão por dinheiro e sobrecarregava as pessoas com penitências para uma cadeira no céu. No dia 31 de outubro de 1517 ele usou a internet da época e colou 95 teses na porta do castelo de Wittenberg, para discutir o assunto mais importante da fé cristã.

Nesta semana em Porto Alegre foi dada a arrancada no Brasil para lembrar os 500 anos da Reforma Luterana. Nestes tempos de diálogo ecumênico, cabe às igrejas entregarem ao Otávio Mesquita a chave que abre o céu. Foi isto que Lutero tentou – sem a pretensão de criar outra igreja – sobretudo ao defender na tese 60: "Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, a ela dados pelo merecimento de Cristo".
Mas, e as boas obras? Tiago responde: "A fé sem obras é morta".
Marcos Schmidt


27 outubro 2011

ENVELHECER

1 -  Estamos refletindo por esses dias sobre o tempo que passa e os anos de nossa vida que se vão.
2 - A existência humana nos possibilita o exercício de múltiplos sentimentos, experiências e realizações.
1 - Acertamos e erramos o alvo da vida digna e plena, ao escrevermos a nossa história através da vivência diária.
2 - As contradições são marcantes e revelam a nossa dificuldade em entender a vida como dádiva e a buscar toda a sua plenitude.
1 - Celebramos mais um aniversário! Todos cantam: "Parabéns a você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida".
2 - Muitos anos de vida? Quantos anos? Ah! É claro! Não é polido perguntar quantos anos se tem, ou melhor, quantos anos não se tem mais!
1 - Somos contraditórios! Desejamos muitos anos, mas não queremos assumir e proclamar tantos anos.
2 - Mas seriam os anos bênção e dádiva ou castigo e fardo?
1 - Tudo depende de como entendemos a possibilidade de vida. Quais os valores que orientam este entendimento.
2 - Se valemos pelo que produzimos, como determina a ideologia ocidental, quanto mais envelhecemos e declinamos na capacidade produtiva, menos valor terá a vida.
1 - Se valemos pelo que somos e por aquilo que Deus nos torna a cada dia, resgatamos o valor da vida à medida em que não vivemos mais só para nós mesmos, afundados em nossos conceitos e preconceitos, mas à medida em que nos sentimos como instrumentos de Deus, ali onde vivemos.
2 - Deus ama a cada ser humano. Neste amor, descobrimos o amor à vida. Aprendemos que cada pessoa é importante para Deus, que tem o seu valor e a sua contribuição a dar.
1 - Oremos sempre para que Deus nos lembre do valor e da transitoriedade de nossa vida.
1 e 2 – juntos: Senhor tu nos dás a vida, mas nós temos dificuldades em administrá-la. Lembra-nos sempre, Senhor, do valor da vida e daqueles que nos cercam e que ela tem um início, um meio e um fim. Que nunca haja um tarde demais para amar perdoar e servir Amém.
INSTITUTO CONCÓRDIA DE SÃO PAULO
ESCOLA SUPERIOR DE TEOLOGIA 

OS IDOSOS 
Trabalho apresentado ao Professor David Coles Ward, em cumprimento parcial aos requisitos da disciplina de “Evangelização e Serviço Social”.


Aluno: Clomerio Carlos Junior
São Paulo
Junho de 2000
ÍNDICE

INTRODUÇÃO.......................................................3O ANCIÃO E A SOCIEDADE...........................................4
O ANCIÃO NA BÍBLIA...............................................6
AS CAUSAS DOS PROBLEMAS NA VELHICE...............................8
MINISTRANDO CUIDADO PASTORAL AOS IDOSOS.........................12
PERSPECTIVA PASTORAL............................................13
CONCLUSÃO.......................................................15BIBLIOGRAFIA....................................................17

INTRODUÇÃO

     O presente trabalho de pesquisa pretende apresentar, de forma sucinta, a situação em que se encontra os idosos no Brasil, atualmente. Serão mencionados alguns dos principais problemas, como por exemplo: o preconceito, o abandono, crescimento do número de dependentes, etc. Mas a pesquisa apontará também dicas que, poderão reduzir esses problemas que os idosos enfrentam, principalmente, quanto ao preconceito e quanto ao desprezo por parte da maioria da sociedade.
     A pesquisa estará apontando também os valores e a importância que era vista no ancião dos tempos bíblicos. Desse modo pretende-se mostrar se, os idosos dos tempos atuais, (no Brasil) recebem o mesmo tratamento que recebiam os idosos dos tempos bíblicos.
     O objetivo principal da pesquisa é mostrar que, o idoso é uma pessoa especial, no entanto merece respeito e consideração. Além do mais, querendo ou não, o idoso faz parte da sociedade, logo deve ser tratado como tal. Ele faz parte também do povo escolhido de Deus, porém carece do amor cristão, amor que Cristo deseja ver em todo ser humano.
     A pesquisa não se limitará apenas em livros, pois, contará, com pelo menos, uma visita a um abrigo de idosos. Isto ajudará, sem dúvida, conhecer mais de perto, a realidade em que vivem os idosos no Brasil. Esse conhecimento e/ou experiência servirá de auxílio para quem deseja trabalhar como um futuro pastor, que estará se preocupando com o bem estar: espiritual, físico e emocional de seus membros inclusive os idosos.

O ANCIÃO E A SOCIEDADE

     A velhice, para muitas pessoas têm sinônimo de final de "carreira", tristeza, dor, solidão e outras características negativas que se juntam em virtude do cansaço ao longo da vida. A maioria das pessoas tem medo de se envelhecer, temendo enfrentar esse preconceito tão incutido na nossa sociedade.
     É fácil notar esse medo presente nas pessoas, quando se pergunta a idade de alguém, principalmente, quando esse alguém já se aproxima da fase adulta. Normalmente observa-se uma má vontade, da parte do entrevistado(a), em responder a pergunta com sinceridade. Mas por que predomina esse conceito negativo nas pessoas? Há quem diga que:

a velhice, em si, não é doença nem fim de linha, nós implantamos em nossa mente a crença de que velhice é doença. Esta imagem é formada desde a infância, a partir de atitudes e comportamentos dos adultos na presença de crianças, na convivência com seus avós"[1].


     Esta afirmação é, sem dúvida, uma grande verdade. Ninguém nasce já carregado com esses preconceitos, dos quais estão agregados nas pessoas mais adultas, como se percebe na nossa sociedade atual. É a própria sociedade, ou os pais quem contribuem para essa realidade. Seus comportamentos, perante as crianças, as transformam em futuras pessoas cheias de preconceitos. Pode-se notar que, uma criança brinca com um idoso, uma criança de cor clara brinca com uma criança de cor escura, sem revelar qualquer preconceito.
     É preciso que se faça alguma coisa, para mudar a concepção negativa que a sociedade possui em relação ao idoso, para que as pessoas possam, cada vez mais aceitar a velhice como uma dádiva de Deus, ter esperança e desfrutá-la com uma “dose” de felicidade. Vale mencionar desde já que, o preconceito não é algo novo. A situação dos idosos tem se agravado nos últimos tempos, mas não é uma inverdade afirmar que, desde os tempos bíblicos já existia o preconceito em relação ao idoso, claro talvez com menos intensidade, se comparado com os tempos atuais.
Uma referência de preconceito dos tempos bíblicos, que é um pouco parecida com a de nossa sociedade atual, em relação ao idoso, pode ser vista nas palavras do salmista: "Não me rejeite na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desampares"[2]. Como se percebe, o preconceito em relação aos anciãos já existe desde os tempos bíblicos, mas o ancião dos tempos bíblicos era um tipo de pessoa que possuía um maior prestígio, se comparar com o idoso de nossa sociedade atual.
O próximo capítulo, se ocupará em mostrar algumas características e a importância dos idosos nos tempos bíblicos, tanto no A.T. quanto no N.T.

O ANCIÃO NA BÍBLIA

     A Bíblia revela em muitas passagens, tanto no A.T. quanto no N.T., características dos anciãos. Características estas que são similares às dos anciãos dos tempos atuais, as quais aparecem em virtude do desgaste ocorrido ao longo da vida, como por exemplo: cabelo branco (Sm 12.2), visão curta (Gn 27.1; 1 Sm 3.2; 4.15), enfraquecimento (1 Sm 4.18) e a morte como uma possibilidade iminente (Gn 19.31). Mas mesmo sendo pessoas com capacidades físicas limitadas pelo “cansaço”, os idosos eram pessoas que possuíam muito respeito, ou pelo menos deveriam ser respeitados, como mostra em Lv 19.32: “Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR”.
     A Bíblia aponta para uma consideração especial para com os mesmos e que jamais despreze o idoso (Pv 23.22). Olhando para os relatos do profeta Zacarias (8.4), nota-se que, na sociedade hebraica normal, meninos, meninas, jovens e velhos freqüentavam as ruas. Parece que não havia tanto preconceito entre eles. Todas as pessoas, independente de suas idades, faziam parte da sociedade em que viviam (Êx 10.9; Js 6.21; 2 Cr 36.17; Et 3.13).
     O ancião tinha um valor importante, tanto é que a Bíblia fala para conceder honra ao idoso (Lv 19.32; Lv 5.12). Sua importância destacava-se principalmente como conselheiro (Ez 7.26; Jr 26.7). É fácil notar que, os idosos eram pessoas que ofereciam muitas contribuições à sociedade, em virtude de seu acúmulo de experiências ao longo de sua vida.
Era de costume, o idoso sentar-se à porta da cidade para esclarecer dúvidas quanto à virgindade (Dt 22.15), ratificavam acordos sobre propriedades (Rt 4.9,11), julgavam caso de homicídio (Dt 19.12; 21.1ss; Js 20.4). Um outro fato, que mostra o valor que era dado aos anciãos do A.T., é que, estavam lado a lado com os juízes perante a arca na cerimônia da leitura da Lei (Js 8.33; 23.2; 24.1)[3].
     Há muitos outros exemplos revelados na Bíblia, os quais mostram o quanto o ancião era participativo na sociedade. Sua importância se estendia tanto na área religiosa quanto na área civil. Exemplo de sua influência pode ser visto nas passagens: (2 Sm 17.4,15 e 2 Sm 19.11.{12}), em que Absalão e Davi dependeram da permissão dos anciãos para que, voltarem aos seus tronos.
     No Novo Testamento, também pode ser vista a importância do ancião. Em Tg 5.14, era incumbido de visitar enfermos. Embora os anciãos não fossem pregadores da Palavra, eles trabalhavam em favor da mesma, ensinava a doutrina (1 Tm 5.17). Tinham como tarefa principal, supervisionar a congregação. “Paulo e Barnabé delegaram ordens aos anciãos em toda as igrejas da Ásia (At 14.23)”[4].
     Fala-se que no N.T., a autoridade dos anciãos aumentou, pois esta abrangia a área religiosa e civil, e pode ser vista nas seguintes passagens: Mt 15.2; 21.23; 26.3; At 4.5. Na ocasião em que a Igreja primitiva se organizou instituiu-se a nomeação de anciãos, seguindo o modelo da sinagoga (At 14.23; 1 Tm 4.14; Tt 1.5; 1 Pe 5.1)[5]. Observa-se atualmente que, muito se perde dos idosos, quanto às qualidades e os valores que os mesmos têm a oferecerem. Percebe-se que ao invés de contribuírem, eles acabam sendo um “problema”, não por si mesmos, mas por causa do desrespeito que a sociedade tem para com os tais. É verdade que com a idade surgem alguns problemas, mas esses seriam menos complicados se fossem mais bem cuidados.

AS CAUSAS DOS PROBLEMAS NA VELHICE


     Collins, em sua obra “Aconselhamento Cristão” menciona diversas causas, as quais acarretam problemas para as pessoas idosas. Estas “podem ser de origem física, mental, econômica, interpessoal, de alto-estima e espiritual-existencial”[6].

Causas de origem físicas: São as mudanças que ocorrem no corpo,e que aos poucos, vão se tornando mais nítidas, podendo causar dificuldades e, às vezes, constrangimento para os idosos, como por exemplo:

1.Aparência física: A pessoa não tem mais a mesma “beleza” de quando era jovem.

2.Sensação de movimento: Não tem mais as mesmas capacidades de ouvir, ver, sentir, locomover-se, resistir a dores, etc.

3.Mudanças sexuais: Embora diminua a capacidade de reprodução, não quer dizer que o interesse pelo sexo também deva diminuir, os idosos também necessitam do contato humano e de uma boa atividade sexual. Segundo Collins, para alguns idosos, a atividade e satisfação sexuais aumentam quando envelhecem”[7].

4.Enfermidade e doença: Uma minoria dos idosos doentes (os que têm mais de 65 anos) tem as doenças mais comuns como: artrite, doenças cardíacas, hipertensão, diabetes. Estas podem gerar ansiedade e desânimo.

Causas mentais: Geralmente a capacidade de raciocínio dos idosos é mais lenta e nem sempre se consegue compensar essas perdas.

Causas econômicas: Para alguns, a aposentadoria pode trazer frustrações, se antes tiveram boas condições financeiras para se manterem. O próprio afastamento do trabalho pode causar sensação de invalidez afetando assim, a alto-estima.

Causas interpessoais: O ser humano, geralmente precisa muito um do outro para trocar idéias, se sente bem. Mas se isso lhe for tirado, o que às vezes acontece quando se aposenta, ficando mais isolado. Daí passa a sentir-se menos útil, o que pode comprometer sua saúde e consequentemente sofrerá com a depressão, a qual poderá levá-lo ao desespero ou até á morte.

Causas de auto-estima: Geralmente esta é mais afetada por causa do preconceito. Há os que afirmam que, os mais velhos já não conseguem mais desenvolver trabalhos, idéias, etc. Novamente pode se dizer que, a aposentadoria que, poderia ser uma ajuda, a qual não deixa de ser, pode causar diferentes situações na vida das pessoas. Situações essas que, podem variar de pessoa para pessoa.
Alguns acolhem a aposentadoria como uma época de gozar a velhice, outros passam a ter ocupações significativas, e por último, há os que não conseguem um ajuste na vida. Segundo Collins:

Os que se adaptam melhor à velhice são os que já eram bem ajustados antes da aposentadoria, que possuíam uma visão realista de seus pontos fortes e fracos, e que mantinham um auto conceito positivo em seus anos de juventude.[8]

Causas espirituais-existenciais: Quando idosos que, às vezes já estão com a saúde em declínio sofrerem perdas de amigos e/ou parentes tornam-se mais vulneráveis a sentimentos de culpa. Se preocupam com a sua existência e podem ficar inseguros quanto a vida após a morte. Então deve entrar a ação da igreja em favor dos mesmos para que suas esperanças sejam renovadas, pois eles fazem parte da igreja. “Membros idosos, não importa qual seja sua idade, são partes da igreja como um todo”[9], logo, o idoso merece cuidado por parte da igreja. É justamente sobre isso que será estudado no próximo capítulo. Mas antes disso, vale ressaltar que, o percentual de idosos no Brasil está aumentando.
     Em 1990, as pessoas com mais de 65 anos representavam 4% da população total. Hoje, a expectativa de vida das pessoas aumentou nas últimas décadas. O percentual de pessoas da terceira idade no Brasil, é atualmente de 14 milhões. A perspectiva para 2025 é que aumente para 34 milhões”[10].
     O Brasil, que é considerado um país jovem, está perdendo esta característica. É preocupante, pois o reflexo dessa mudança se dará em diversos setores no país. No setor econômico, por exemplo crescerá o número de dependentes, os quais poderão encontrar mais dificuldades para sobreviverem, já que terão, também mais dificuldades de se aposentarem. Muitos dos idosos “serão obrigados” a pedirem esmolas nas ruas ou a até mesmo terão que se submeterem a trabalhos físicos, sem ao menos, possuírem a força necessária.
     E o que é pior, quanto mais idosos, dentro de uma sociedade despreparada, no que se refere ao preconceito, desrespeito, etc., maiores serão as dificuldades e os desafios, tanto para os próprios idosos quanto para os líderes que trabalharem em benefício dos mesmos. Estes são ainda uma minoria no país, comparado com o número dos dependentes.
     Como não poderá ser diferente, a igreja também estará enfrentando os desafios com o aumento do número de idosos. Afinal, esta certamente não se limitará em ajudar somente os idosos membros, mas será também desafiada a ajudar aqueles que poderão ser futuros indigentes nas ruas, vítimas do preconceito, e do desrespeito por parte da maioria da sociedade.


MINISTRANDO CUIDADO PASTORAL AOS IDOSOS

     Na obra “teologia pastoral” se encontra boas práticas que poderão ser aplicadas em favor dos idosos. “A prioridade do pastor em ministrar cuidado aos idosos é aquela de suprir suas necessidades com uma aproximação holística (1 Jo 3.17)”[11], a recomendação é a seguinte:
- Integração: Esforçar-se para manter os adultos idosos integrados em todos os aspectos da vida e do ministério da igreja. Sem dúvida, isso pode oferecer vantagens tanto para os idosos que, certamente se sentirão mais felizes, quanto para a igreja, a qual terá mais alívio por causa diminuição dos problemas dos mesmos, sem contar que, a experiência do ancião pode ser de grande proveito para a igreja.
- Adaptação: Adaptar ou desenvolver instalações e serviços que vão ao encontro tanto das necessidades quanto das capacidades dos adultos idosos individual e coletivamente.
- Compreensão: O cuidado pastoral integral envolve as necessidades espirituais, emocionais, sociais e físicas de todas as pessoas da congregação.
     O pastor deve estar atento para melhor servir o idoso, procurando dar ao mesmo fortalecimento espiritual e emocional, por meio da palavra de Deus. Mas é preciso também, observar se as dependências da congregação atendem suas exigências. Pode acontecer que, um idoso não se sinta bem ao sentar-se nos bancos tradicionais da igreja, então deve se providenciar bancos adequados para que eles se sintam bem. Mas este último é apenas um pequeno detalhe de como deve ser cuidado o ancião na igreja especialmente, mas muito mais deve ser observado e procurar oferecer sempre o melhor para ele.

PERSPECTIVA PASTORAL

Foi muito comentado, quase que em todo o trabalho, a respeito da concepção negativa que, de um modo geral, as pessoas expressam em relação aos idosos. Particularmente eu vejo isso como um dos principais fatores, senão o principal, causador de boa parte dos sofrimentos dos anciãos. Para tentar entender a angústia que um ser humano pode estar passando é preciso se colocar em seu lugar. Como pode ficar o sentimento de alguém que, passou a vida toda investindo suas forças, suas idéias, etc., para ver um “mundo melhor”, e que ao final, acaba num “profundo abismo” doente, rejeitado, sem abrigo e acima de tudo, visto com desprezo?
O que eu penso para meu futuro trabalho como pastor, é fazer com que todas as pessoas, principalmente os mais jovens sintam-se motivados a ajudar os necessitados, e de um modo especial, os idosos. Pretendo mostrar a eles que, a concepção que a maioria das pessoas tem em relação aos idosos,(ultrapassado, que não sabe nada, etc.) não tem coerência com os relatos da Bíblia, os quais ensinam que devemos valorizar a saberia dos anciãos (Is 9.15).
Quando Deus diz que devemos amar o nosso próximo, com certeza Ele se refere também ao idoso, não somente o que é jovem (1 Ts 3.12). Com certeza, o amor de Deus nos motivará a exercitarmos o amor fraternal para com todos. Pretendo mostrar aos membros de minha congregação que, amar ao próximo é uma graça de Deus.
     Penso que, uma das boas maneiras de fazer isso, é desafiá-los a fazerem constantes visitas a asilos,(caso tenha no local) e aos próprios idosos da localidade. Permitir que os jovens desenvolvam “festinhas” com os idosos, procurando ao máximo respeitar suas opiniões. Penso que é importante dar liberdade aos idosos para que apliquem suas habilidades no trabalho da igreja, mas que façam conforme os dons que possuem, como por exemplo: jardinagem, marcenaria, pintura, paramentos, etc.
     Não tenho dúvida de que, educando os mais jovens e colocando-os mais próximos dos idosos, se formará uma futura geração mais preparada para enfrentar a velhice, a qual a receberá como um presente de Deus. O peso da idade será bem menor quando mais pessoas entenderem que, velhice não é sinônimo de doença, fracasso e infelicidade. Será bem menor quando mais pessoas dedicarem mais amor para com os idosos.

CONCLUSÃO

A pesquisa apresentada a respeito dos idosos se preocupou em mostrar a difícil situação em que se encontra os idosos no Brasil. Mostrou também que, nos tempos bíblicos o idoso era mais valorizado, muito se aproveitava de sua sabedoria, enquanto que hoje, quase nada de suas experiências são aproveitadas. A situação atual dos velhinhos não é confortável e as perspectivas para os próximos anos não são animadoras. Pois foi dito que o número dos idosos no país está crescendo, o que poderá trazer maiores desafios, não só para eles próprios, mas para todos que desejam vê-los recebendo mais respeito e consideração.
A situação é preocupante não simplesmente pelo fato do aumento, mas porque os idosos não recebem o devido carinho e respeito que deveriam receber como cidadãos brasileiros. Ciente desta situação, foi possível mostrar por meio desta pesquisa que, algo deve e pode ser feito em favor dos idosos.
     Com certeza a igreja também enfrentará esse desafio, mas este será bem menor se ela conseguir mostrar aos seus membros, especialmente aos mais jovens, que a velhice também é uma dádiva de Deus. Sem dúvida as dificuldades serão bem menores a partir do momento em que mais pessoas se conscientizarem de que os idosos precisam ser mais valorizados.
     Como complemento da pesquisa fiz uma visita ao abrigo de idosos: “Sociedade Civil Santa Gemma – Asilo lar da Previdência”, fundado em 1985 pelo Pe. Vicente Tobben. O abrigo tem o seguinte endereço: Rua Apolinário Pereira Bujarque, 460, Aragarças-Go,(fone: 062.6381211).
A partir desta visita, realizada a 07/05/00, e também de outras feitas em anos anteriores, fiquei ainda mais convencido de que, os idosos precisam de mais atenção e muito carinho. Esta tarefa, que é uma das diversas da igreja, é também de cada indivíduo, de cada ser humano. O cuidado ao próximo é uma oportunidade que Deus concede a todos, mas cabe ao pastor, mostrar essa motivação aos seus membros, por meio da Palavra de Deus.

BIBLIOGRAFIA

BERGMAN, S. Senhor estou envelhecendo, 1o ed., trad. Ricardo W. R. Porto Al Alegre: Concórdia, 1988.

Bíblia de Estudo. Trad. Almeida. São Paulo : SBB, 1999.

COLLINS, G. R. Aconselhamento Cristão, trad. Neyd Siqueira, 1o ed. São Paulo: Vida Nova, 1984.

CONSTIEN, V. A The Caring Elder. A Training Manual for Serving. St. Louis: Concordia, 1986.

DOUGLAS, J. D. O Dicionário da Bíblia, Trad. João B. 2o ed. São Paulo: Vida Nova, 1995.

HARRIS, R. L., ARCHER, G. L. Jr. & WALTKE, B. K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Tradutores: Márcio L. R., Luiz  A T. S., Carlos Osvaldo C. P. 1o ed. São Paulo: Vida Nova, 1998.

MUELLER, N. H. & KRAUS, G. Teologia Pastoral, tradutores: Paulo e Ivonelde Teixeira.

Pastoral da Terceira Idade e Associação Luiz de Marilac. Um Envelhecimento mais saudável. São Paulo: Imprensa Oficial, Setembro, 1997.



[1] Pastoral da Terceira Idade – Associação Marilac, p.17.
[2] MÜELLER, Norbert H. Teologia Pastoral, p.154
[3] HARRIS, R.L. Dicionário Antigo Testamento, p. 403-405.
[4] DOUGLAS, J.D. O Novo Dicionário da Bíblia, p.134.
[5] Bíblia de Estudo Almeida, São Paulo: SBB, 1999.
[6] COLLINS, G. R. Aconselhamento Cristão, p.230.
[7] Idem, p.231.
[8] Idem, p. 233.
[9] MUELLER, N. H. Teologia Pastoral, p. 155.
[10] Pastoral da Terceira Idade. Associação Luíza de Marilac p. 5.
     
[11] MUELLER, N. H. Teologia Pastoral, p. 155

ORAÇÃO DO DIA DO IDOSO

ORAÇÃO DIA DO IDOSO

       Amado Pai Celeste, ajuda-nos a entender que somos importantes para Ti. Ajuda-nos a ver positivamente o nosso envelhecimento, de maneira que deixemos transparecer o presente recebido, que é a nova vida que tu nos dás.
       Senhor,  tu nos destes pais, esposo ou esposa e filhos, abençoando-nos de várias formas em nosso relacionamento com eles. Também nos abençoaste ao ensinar-nos a enfrentar dificuldades como, por exemplo, a perda de uma pessoa querida, problemas financeiros, solidão, dificuldades no trabalho. Essas dificuldades são uma realidade em nossas vidas, mas, pela fé na morte e ressurreição de Teu Filho Jesus, sabemos que tu nos amas e que todas as coisas são para o bem daqueles que te amam.
       Amado Pai, tu estabeleceste o tempo do nosso nascimento e da nossa morte. Leva-nos a usar o nosso tempo aqui na Terra para a tua glória, pois sabemos que o tempo é dom que vem de Ti. Nós te agradecemos pelo dom do tempo. Também pedimos que perdoes as oportunidades perdidas em nossas vidas. Ajuda-nos a reconhecer que o tempo É um dom que traz muitas oportunidades para adorarmos a ti e sermos testemunhas tuas. Te agradecemos pelos Pregadores da Palavra, que nos são uma bênção. Obrigado, Senhor, por todas as bênçãos que esta Congregação têm recebido de tuas generosas mãos e permita que os projetos em andamento sirvam para o engrandecimento do teu Reino. Permitas, ainda, que andemos sempre em conformidade com a tua santa vontade, servindo-te por todos os dias que nos concederes por tua graça.

       Em nome de Jesus, nosso único e suficiente Salvador. Amém.

QUERIDO IDOSO

Querido Idoso!!!

Neste mundo muitas vezes nós passamos por dificuldades. Mas isto NÃO acontece porque Deus se esqueceu de nós. Muito pelo contrário, é através das dificuldades que Ele nos mostra que nós dependemos dEle, para sermos salvos. Porque o Apóstolo Pedro nos diz , em I Pedro 1. 6 - 9:

“Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que o valor da vossa fé, uma vez confirmado, muito mais precioso do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo, a quem não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indivisível e cheia de glória, obtendo o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.”

 Por isso nós podemos ter certeza de que apesar de todas as injustiças deste mundo, Deus promete um lugar maravilhoso para todo aquele que crê em Jesus Cristo como o seu salvador. Sendo assim aquele que crê em Jesus pode ter certeza que o seu lugar já está pronto no céu. E que Deus já o está esperando. Porque o apóstolo João nos diz em Jo 3.16:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Palavras do Senhor nosso Deus!!!

Igreja Evangélica Luterana da Paz (Osório/fone: 663.6388)

VALORIZAÇÃO DO IDOSO

ESTUDO

COMO ANDA A VALORIZAÇÃO DO IDOSO NA SUA FAMÍLIA E NA IGREJA? 

Texto base: Não me rejeites na velhice: quando me faltarem as forças, não me desampares. Sl 71.9

Introdução: Fazer um levantamento de quan­tos idosos há na congregação. Quantos precisam de um atendimento especial? Quem dá atendi­mento a eles? O que a congregação tem feito pelos seus idosos?

O idoso faz parte de uma família. A família é instituição divina. Quem faz parte da família? No sentido restrito, a família é constituída por mari­do e esposa. No sentido restrito ampliado, compreende pai, mãe e filhos. E no sentido amplo, à família pertencem todos os que estão ligados por algum grau de parentesco. Nesse sentido, o vovô e a vovó fazem parte da família.

Com que idade alguém se torna um ancião? Isso é relativo, pois as pessoas podem envelhecer com diferentes idades, tanto física quanto psico­logicamente. Alguns, aos 50 anos, já parecem ido­sos. Outros, aos 70 anos, ainda estão cheios de vigor.

Que valor tem o idoso, uma pessoa de idade avançada?

Na antiga Grécia, muitos pensavam que a idade avançada era a causa de muitos males. Havia até aqueles que tomavam veneno aos 60 anos para escapar desse período da vida. No entanto, também havia anciãos que eram respei­tados.

Em Roma, consideravam os idosos inúteis para o trabalho. A velhice, inclusive, era encarada como sendo doença.

Entre os israelitas, se valorizava muita a velhice. Junto aos anciãos se buscavam conse­lhos e orientação. Eram os mais velhos que interpretavam as Escrituras e transmitiam a palavra de Deus aos mais novos.

Como está a valorização do idoso na famí­lia e na igreja?

Muitas vezes, são tratados com desprezo. São considerados antiquados e ultrapassados. Até se zomba de pessoas idosas. Há filhos que se envergonham de país idosos.

Na Bíblia, temos uma ordem dada por Deus:
"Fiquem de pé na presença das pessoas idosas e as tratem com todo o respeito" Lv 19.32 BLH. Isso mostra o quanto Deus valoriza pessoas idosas e que devem ser valorizadas também por nós.

O salmista e rei Davi suplicou ao Senhor, cer­tamente quando já não era tão jovem: "Não me rejeites na minha velhice; quando me faltarem as forças, não me desampares" Sl 71.9.

É importante não apenas pessoas idosas faze­rem essa súplica, mas familiares e a igreja pedi­rem isso ao Senhor em favor dos idosos.

E vamos nós, filhos, pedir conselhos e orien­tação a idosos. Assim também no trabalho da igre­ja. É verdade que, em algumas coisas, estão desa­tualizados. É possível que não consigam enten­der certas coisas. Mas em muitos assuntos, podem dar conselhos úteis e proveitosos. já dizia o Senhor, valorizando os idosos: "Na velhice darão ainda frutos; serão cheios de seiva e de ver­dor" S192.14.

Idosos são úteis no mundo e sua vida não fica sem sentido.

Saibamos compreender suas fraquezas e falhas. Mas saibamos também dar o devido valor aos idosos na família e na igreja.

Atividade: Reunir os idosos da congregação (e outros convidados), fazendo uma programação especial na igreja. ( Devoção especial - pode ser envolvido grupo de jovens para fazer uma encenação. Envolver os idosos. Cantar. Fazer sor­teio de brindes. Eles também gostam de ser lem­brados).
Fazer um programa de visita, procurando atingir todos os idosos da congregação, levando uma mensagem previamente preparada (se pos­sível também cantar, o que em geral é muito apre­ciado pelos idosos. Pode-se levar um grupo de crianças da escola dominical para cantar para eles.

As crianças também gostam de fazer pesqui­sa. Montar um esquema de perguntas que elas possam fazer para os idosos. Depois montar uma história com os dados colhidos. Especialmente se estiver relacionado com o trabalho da congre­gação.

Muito da história das congregações se perde, porque não tiramos o tempo para pesquisar junto a quem fez parte da história.

E Deus promete amparar e assistir os idosos. Eis a sua promessa: "Desde que vocês nasceram, eu os tenho carregado; sempre cuidei de vocês. E quando ficarem velhos, eu serei o mesmo Deus; cuidarei de vocês quando tiverem cabelos bran­cos. Eu os criei e os carregarei; eu os ajudarei e salvarei" Is 46.3,4 BLH.

Revista Servas do Senhor, Julho/Ago/Setembro 99:  Pastor Fermino Bündchen
[Idoso_Valorização do] 

22 outubro 2011

MARCOS 13.33-37

1º Advento 99 – Leitura Texto: Marcos 13.33-37

Tema: “Deus deseja e opera a vigilância espiritual”

Em Cristo Jesus, o dono da casa, amigos e irmãos.

Hoje iniciamos um novo Ano Eclesiástico – ano da igreja. Entramos no primeiro período, chamado ADVENTO, o qual anuncia a vinda do Salvador. Meditamos, especialmente, sobre a preparação de Deus para o envio de seu Filho ao mundo, a fim de salvar a humanidade de seus pecados.

Deus se preocupa muito conosco. Sabedor de nossos pecados, angústias, fraquezas e necessidades humanas, Deus deseja e opera a vigilância espiritual em nossos corações.

À medida que avançamos para o fim deste milênio, dia a dia surgem novas opiniões, doutrinas e previsões a respeito da volta de Cristo. Falsos profetas anunciam dia e hora da volta de Jesus, atribulando, assustando e fanatizando milhares com suas pregações perniciosas e antibíblicas! Mais do que nunca, precisamos ouvir o que Deus tem a nos dizer em sua santa palavra.

I – DEUS DESEJA NOSSA VIGILÂNCIA

Deus deseja que estejamos alerta espiritualmente, vigilantes. A razão para essa preocupação divina é evidente: a volta de Jesus, em poder e glória, será repentina e inesperada! Por isso: VIGIAI, porque não sabeis quando virá o DONO DA CASA; se à tarde, se à meia-noite; se ao cantar do galo, se pela manhã!” (35).

Preocupados com o iminente retorno de Cristo, Pedro e João alertam: “Virá como LADÃO o dia do Senhor”! (2Pe 3.10)... “Eis que o Senhor vem como vem o ladrão”! (Ap 3.3;16.15).

Todos sabemos que o ladrão, quando quer assaltar uma casa, não manda aviso, mas invade exatamente quando o dono não sabe nem espera. Se perceber que o seu plano foi descoberto, não assaltará, mas deixará o assalto ou o roubo para outro dia.

“Como ladrão” virá o dia do juízo Final. A vinda do Senhor Jesus para julgar os vivos e os mortos pode ocorrer a qualquer momento: hoje, agora, amanhã, depois! Realmente, não sabemos QUANDO. Mas, certamente acontecerá, pois Deus não é mentiroso. Ele é fiel em todas as suas promessas. Também na promessa do juízo Final. “Não nos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade” (At 1.7). Pois “a

respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai” (Mc 13.32).

Por outro lado, há muitos que ignoram e desprezam a volta de Cristo para o juízo. Esquecem-se de que, com a morte física, já inicia o JUÍZO e, por que não terem se preocupado com a vigilância espiritual, mas dedicado toda sua vida ao “deus ventre” e “às coisas terrenas”, o destino deles é a perdição” (Fp 3.19).

E nós? Quantas vezes vivemos despreocupadamente, negligenciando o cuidado com a nossa fé? A palavra de Deus, a santa Ceia e o culto têm sido prioritários em nosso vigiar cristão?

Há grandes e terríveis inimigos investindo contra a nossa vigilância espiritual. Nosso velho homem, a nossa natureza carnal, é uma verdadeira “fábrica de pecados”! Precisamos reconhecer nossa pecaminosidade a exemplo de Isaías: “Te iraste, porque pecamos; por muito tempo temos pecado... todos nós somos como o IMUNDO, e todas as nossas JUSTIÇAS como trapo da imundícia... já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha...” (Is 64.6,7).

Outro problema grave que representa uma séria ameaça à nossa vigilância é o pouco conhecimento da palavra de Deus. O apóstolo Paulo lembra aos Efésios que é preciso “crescer em tudo naquele que é o cabeça, Cristo, seguindo a verdade em amor, até que todos cheguemos ao pleno conhecimento do Filho de Deus... para que não sejamos mais como meninos, agitados e um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro” (Ef 4.13,14). Precisamos estar bem preparados para responder a todos aqueles que pedem a razão da nossa esperança em Cristo Jesus (1Pe 3.15).

Além desses perigos, o maior de todos é resultado da mentira, da astúcia sagacidade do diabo, o pai do engano, o homicida desde o princípio. Com suas ciladas e enganos, procura, de todas as maneiras, esfriar ou, se possível, destruir a fé em Jesus. Para ilustrar a artimanha de Satanás, ouçamos a seguinte (ilustração): “Conta uma lenda que, certa vez, o diabo convocou uma Assembléia Geral, a fim de ouvir relatórios de seus missionários, anjos do mal, a fim de darem conta de suas tarefas. Um disse: “u soltei as feras do deserto e elas se lançaram famintas sobre uma caravana de cristãos e agora, deles, nada mais resta senão os ossos brancos espalhados nas dunas”.

O diabo objetou, descontente: “Que adiantou isso? Suas almas estão todas salvas”.

Outro disse: “Eu soltei vento furioso sobre o mar e um navio cheio de peregrinos cristãos naufragou, morrendo todos no meio do desespero indescritível”.

O diabo objetou, descontente: “Que adiantou isso? Suas almas estão todas salvas”.

Então um terceiro se levantou e disse: “Levei dez longos anos, tentando um cristão ativo para que caísse no sono da indiferença e inatividade na igreja e, finalmente consegui. Agora ele não freqüenta aos cultos, não contribui, e ainda critica e ataca os outros que trabalham para a glória de Deus e felicidade dos outros”.

Ao ouvir isso, o diabo exultou de contentamento e toda a Assembléia se ergueu para aplaudir demoradamente o herói de tamanho feito diabólico: conseguir fazer um cristão adormecer!

Diante dos ataques e ciladas do maligno, precisamos nos fortalecer no Senhor e na força do seu poder revestindo-nos de toda a armadura de Deus, para podermos ficar firmes no dia mau, e, depois de termos vencido tudo , permanecer inabaláveis.

Tomemos também o capacete da salvação e a espada do Espírito , que é a Palavra de Deus, com roda a oração e súplica” (Ef 6). E quando tentados pelo inimigo, rechacemos suas investidas, assim como Jesus fez: ESTÁ ESCRITO’ Mt 4.1..

Para uma verdadeira vigilância espiritual, um bom começo, sem dúvida, é reconhecermos nosso pecado e indignidade, confessando todos os dias: “Eu, pobre e miserável pecador, pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos! (Sl 51.4). “Desventurado homem que sou!”Rm 7.25. E, então, confiar de coração na graça perdoadora e salvadora de Deus em Cristo Jesus.

II – DEUS OPERA NOSSA VIGILÂNCIA

Além de desejar a vigilância espiritual, é Deus quem a OPERA em nossas vidas. Pois, “Deus é quem efetua em nós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).

Assim como necessitamos de alimento para o sustento e saúde física, também necessitamos de alimento espiritual para sustento da fé e saúde espiritual. O “pão da vida” e a “água da vida” que somente Jesus pode oferecer, recebidos através do batismo, da palavra e da Santa Ceia, são indispensáveis para uma vigilância espiritual. Sem o perdão de Deus, enfraquecemos, adoecemos e morremos espiritualmente. Desprezar, ignorar ou rejeitar o alimento para a alma é suicídio espiritual, que nos colocará diante do julgamento condenatório, por ocasião do retorno de Cristo.

Na epístola do dia (1Co 1.3-9), Paulo afirma que, no aguardarmos a revelação ou volta de Cristo, não nos falte nenhum dom. O DOM indispensável, que não pode faltar em hipótese alguma, é o DOM da fé em Jesus. É este dom que nos capacita a sermos vigilantes. Não é qualquer fé que garante salvação. A única fé que nos torna cuidadosos e vigilantes é a fé criada e preservada por Deus Espírito Santo através do santo evangelho.

Irmãos, VIGIAI! – Eis a ordem e recomendação do dono da casa, o Senhor Jesus. O objetivo está claro: para que, vindo o dono da casa inesperadamente, não vos ache dormindo! Pois, “o que vos digo, digo a todos VIGIAI”.

Sabedores do desejo do dono da casa, que quer vigilância permanente, vamos aproveitar mais e melhor as oportunidades de culto e adoração, estudo, meditação e participação ativa na Santa Ceia. Acordemos logo, enquanto é tempo; coloquemos a casa em ordem, enquanto o dono da casa não tiver chegado. Não sabemos quando ele virá! Mas ele é pontual e não falha. Ele mesmo afirma: “Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa! Aquele que perseverar até o fim, este será salvo” Ap 3.11. “Andemos com prudência, não como néscios e, sim como sábios, remindo o tempo”( Ef 5.15).

Aguardamos a volta do Filho do homem, Jesus Cristo, em prontidão e vigilância espiritual. Deus cumpriu com absoluta precisão, as promessas da primeira vinda de Jesus, para “buscar e salvar o perdido”. Deus certamente cumprirá todas as promessas com respeito à Segunda vinda de Jesus, para julgar os vivos e os mortos”! O Senhor garante: “Certamente venho sem demora. Amém” (Ap 22.20). E nós, que o aguardamos preparados e vigilantes, oramos: “Vem, Senhor Jesus”. A graça do Senhor Jesus seja com todos”. Amém.