Dia 31 de maio de 2013 é uma data muito importante para a Juventude Evangélica Luterana do Brasil, pois é neste dia onde iremos comemorar nosso aniversário de 88 anos, onde nosso bondoso Deus nos ajudou e nos guiou em todos os momentos. É com imensa alegria que celebramos esta data pois sabemos que nosso trabalho é para a honra e a glória do nosso querido Pai.
31 maio 2013
30 maio 2013
29 maio 2013
QUARTO MANDAMENTO
Quarto Mandamento
Honrarás a teu pai e a tua mãe, para que vás bem e vivas muito tempo sobre a terra.
Que significa isto?
Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não desprezar, nem irritar nossos pais e superiores; mas devemos honrá-los, servi-los, obedecer-lhes, amá-los e querer-lhes bem.
28 maio 2013
1 REIS 8.22,23-27-30,41-43
SEGUNDO DOMINGO APÓS PENTECOSTES
18 de junho de 1995
1 Rs 8.(22-23, 27-30) 41-43
O tema central das leituras já se encontra expresso no Sl 117: Grande é a misericórdia do SENHOR para todos os povos (não somente para os judeus). Na leitura do Antigo Testamento, texto do presente estudo, Salomão pede que Deus atenda as orações que, no templo, os estrangeiros vierem a lhe dirigir. Na epístola, a salvação operada através do Cristo foi oferecida aos Gaiatas, que eram gentios. Eles a aceitaram, por isto "a ele seja a glória pelos séculos dos séculos" (Gl 1.5). No evangelho, o próprio Jesus atende o pedido de um gentio (centurião) e elogia sobremaneira a sua fé.
O contexto
O trecho de 1 Rs 8.41-43 faz parte da oração proferida por Salomão na ocasião festiva da dedicação do templo de Jerusalém. A construção deste santuário foi uma das grandes aspirações do rei Davi, seu pai, mas que este, por ordem do SENHOR, foi impedido de realizar. O seu descendente, este sim, iria concretizar esta aspiração (2 Sm 7.1-12). O que o SENHOR havia prometido, Salomão o reconhece, isto agora estava ali diante de seus olhos e diante dos olhos de todo o povo (w. 20,21).
Salomão "estendeu as mãos para os céus" (v. 22) em atitude de oração (Êx 9.29; SI 143.6), o que corresponde ao nosso juntar as mãos e dobrar a cabeça.
"Não há Deus como tu" (v. 23), nenhum outro deus agiu na história como o fez o Deus de Israel, dirigindo o curso dos acontecimentos de tal forma que suas promessas se cumpram à risca.
Vv. 27-30. Salomão reconhece que o SENHOR é Deus infinito, maior do que o universo e não poderia caber em nenhuma construção edificada pelo homem. Assim mesmo ele pede que o SENHOR, neste lugar, atenda as suas orações naquele instante bem como as que ele e o povo ali haveriam de fazer no futuro.
O pedido por perdão (v. 30) está numa posição de destaque, pois o homem pecador somente pode esperar ser atendido, caso seus pecados estiverem sido perdoados. O atendimento da oração começa com o perdão dos pe- cados. Jesus diz "se pedirdes alguma cousa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome" (Jo 16.23). Somente aquele que tiver fé em Jesus possui perdão e pode orar em o nome dele.
Até o v. 30 a oração de Salomão volta-se para temas gerais. A partir do v. 31 são abordados sete assuntos mais específicos que, quando fossem objeto de oração, Salomão pede que o SENHOR atenda, a saber, vv. 31,32 quanto a juramentos, vv. 33,34 quando Israel for subjugado por inimigos, vv. 35,36 quando não houver chuva,vv. 37-40 quando houver pragas, vv. 41-43 quando os estrangeiros orarem no templo, w. 44,45 quando Israel sair à guerra e vv. 46-50 quando aqueles que estiverem longe orarem voltados para Jerusalém e para o templo. Percebe-se que o afastamento da lei do SENHOR traz toda a sorte de males. À volta, necessariamente, precisará passar pelo arrependi- mento e pelo retorno ao SENHOR, confiando no seu perdão.
O texto
V. 41. Salomão tem como certo que estrangeiros virão a Jerusalém e irão orar no templo (Is 60.3). Este foi o caso do alto oficial de Candace, rainha dos etíopes (At 8.27). Moisés já havia permitido que os estrangeiros que viviam em Israel oferecessem sacrifícios da mesma forma como os israelitas (Nm 15.14). Salomão, refletindo sobre a estrutura desta construção, conclui que poderia durar séculos, avançando para dentro do Novo Testamento. Não conta com sua futura destruição.
V. 42. A maior parte deste versículo encontra-se entre parênteses, expli- cação da expressão "por amor do teu nome". Mais uma vez Salomão não pensa apenas nos feitos de Deus ao libertar Israel do Egito, mas profeti- camente enxerga para dentro do tempo do Novo Testamento, quando acon- teceria a salvação através do "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Não foi ali que manifestou Deus a "sua mão poderosa" e o seu "braço estendido" como nunca antes havia acontecido?
V. 43. O motivo pelo qual Deus deveria ouvir as orações dos estrangeiros era "a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo Israel, e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome". Deus quer ser conhecido através de seus feitos de amor em favor de seu povo. Isto se refere tanto ao seu povo do Antigo quando do Novo Testamento. Portanto se o templo, como diz Salomão, é "chamado pelo teu nome", isto pressupõe um Deus que nele age. Por isso é que Deus deveria atender as orações dos estrangeiros. Esta é a confissão de Salomão, o SENHOR é um Deus vivo, atuante. O mesmo pensamento é expresso em Dt 28.10; 1 Rs 18.37; Jr 14.9 e Is 63.19. Deus atua, por excelência, através de sua Palavra. Por ela pecadores são conver- tidos a Jesus e se tornam povo de Deus, a sua igreja.
A salvação de todos os povos - este é o desejo de Deus. Quando os cristãos estão ocupados em divulgar o evangelho, eles estão fazendo exatamente aquilo que Deus deseja. É assim que podem dizer "Somos cooperadores de Deus” (lema da IELB).
Propostas homiléticas
Salomão roga ao SENHOR que atenda as orações daqueles que o invocam
1. Tanto de judeus
2. Como de gentios
IGREJA LUTERANA - NÚMERO 1 - 1 995
59
Oramos com Salomão
1. Que o SENHOR conduza os gentios ao arrependimento
2. Que os gentios confiem no amor perdoador de Deus através de Jesus
A salvação de todos os povos. Este é o desejo
1. De Deus
2. De Salomão
3. Da IELB
Christiano Joaquim Steyer
Igreja Luterana, Volume 54, Junho 1995, Nº01
14 de junho de 1998
Gálatas 1.1-10
Introdução
A Epístola aos Gálatas é considerada pelo reformador Martinho Lutero uma apologia vigorosa da doutrina da justificação pela fé. Igualmente o Reformador encontrou nesta carta uma defesa da liberdade cristá garantida no Evangelho contra a escravidão da Lei. Em última análise, em Gálatas temos uma fortaleza inexpugnável contra todo e qualquer ataque à essência própria do Evangelho - o senhorio amoroso de Jesus Cristo.
Texto
A Saudação 1.1-5
Diante de conceitos e preceitos judaizantes que estavam invadindo as igrejas da Galácia, o Apóstolo reafirma em primeiro lugar a origem de seu ministério apostólico. Estes judeus, para fazer valer sua "verdade", haviam colocado em xeque a origem divina do ministério de Paulo. Ele o faz de uma maneira singular: "Paulo, apóstolo, não da parte ..., nem por parte do homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus o Pai, que o ressuscitou dentre os mortos " (v. 1).
Paulo chama a si mesmo "apóstolo de Jesus Cristo" e "por vontade de Deus", certamente para indicar seu ofício como chamado direto de Deus para ser seu embaixador. Só pode ser Apóstolo alguém que é chamado e comissionado diretamente por Deus. Os judaizantes haviam atacado o apostolado de Paulo, negando sua origem direta de Cristo.
Provavelmente o apóstolo, ao escrever as negativas "apóstolo, não da e nem por homens" (v.]), cita o que os próprios judaizantes estavam apregoando, entre os Gálatas, quanto a origem de seu ofício. O que pretendiam os judaizantes, em última análise, ao negarem a origem divina de seu apostolado? Sua pérfida intenção era fazer ver com quem estava a verdade. Só podia ser com eles, pois o apostolado de Paulo, sendo de origem humana, carecia de legitimidade. Enquanto sua "doutrina", com aparência de verdade, baseava-se no que o próprio Deus, por intermédio de seu servo Moisés, legara ao seu povo na lei. Agora podemos entender um pouco melhor o uso das negativas "não e nem por homem algum". Não eram os homens que o haviam comissionado para o apostolado. Ele não representava nenhum poder humano. A autoridade que dava respaldo a sua mensagem não era humana. O apóstolo coloca Jesus Cristo, ao lado de Deus Pai, como verdadeiro Deus. "Graça ... e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo ..." (v.3). O que já fizera no primeiro versículo, ele o reforça defendendo a legitimidade de sua missão. E ao defender a legitimidade divina de seu ministério apostólico, conseqüentemente a pregação, o ensino, a instrugáo, o conteúdo de que era portador era verdadeiro. É o que o apóstolo, de forma resumida mas sublime, coloca na saudaçáo. Aqui temos tudo o que Deus fez para resgatar os homens "da maldiçio da lei" (G1 3.13).
Vejamos, por partes: A quem cultuam os cristáos? A Jesus Cristo, o seu Senhor. O motivo para este culto é Jesus Cristo ser verdadeiro Deus que, na plenitude dos tempos, assume a natureza humana. A mensagem principal deste culto é o Senhor que vive. A centralidade de nossa fé cultual é: "..por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos" (v.1). Sem a ressurreigão de Jesus Cristo, não teríamos nada para crer, estaríamos sem esperança no mundo, vivendo sob a maldiçáo da lei. Sem a ressurreição de Jesus Cristo, nosso evangelho seria huinano, portanto falso e falho como os homens, não haveria Igreja ou coinunháo de santos, pois permaneceríamos malditos em nossos delitos e pecados, não haveriam sacerdotes reais e nem santos ministros. Mas de fato Jesus Cristo ressuscitou para ratificar nosso resgate e reunir sob o Evangelho vivo um povo redimido. Mas para alguém ressuscitar é preciso que antes morra. A morte de cruz era a mais humilhante. Pois Cristo assumiu o que náo era dele: os pecados de todos. "Jesus Cristo ... se entregou a si mesmo pelos nossos pecados" (v.4). E em sua forma de Servo Sofredor, se humilhou, aceitando a morte de um crucificado (G1 3.1). Em tudo ele nos substitui, foi o homem perfeito e santo, único que cumpriu a lei em todas as suas formas e até suas últimas conseqüências. Ele é a encarnaçáo da graça salvadora de Deus o Pai, que traz nos braços de sua redenção muitos dons, entre os quais o melhor: a única e verdadeira paz, paz com Deus, paz com o próximo. Esta ordein não pode ser alterada, graga é o "favor Dei", ela é fundamental, e a paz é o maravilhoso resultado do amor de Jesus Cristo (v.3).
Toda esta ação salvífica em nosso favor tem um propósito. Deus em seu Evangelho o revela. Jesus Cristo tira, remove, livra dos pecados, que nos amarram a este tempo do mundo e nos condenam à morte eterna. Livres dos nossos pecados e, em conseqüência, libertos do mundo mau, pela graça de Deus ein Cristo, toda nossa vida será um culto, onde o tema permaniente é: "Glória seja dada pelos séculos dos séculos a Deus Pai, Filho e Espírito Santo" (v.5). Como povo de Deus, este é o nosso canto, ao qual diariamente acresceiitamos amim, sim, isto é certamente verdade.
A admoestação 1.6-10
A reprovaçao é conforme a clara informação que o apóstolo recebera do que estava acontecendo nas igrejas daquela região. Infidelidade para com aquele que em grande amor os chamou por sua graça da perdição para a salvação. E este não é outro a não ser Cristo, que é, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A centralidade do verdadeiro Evangelho é Cristo e sua açáo graciosa na salvaçao da humanidade. E é este Cristo que havia chamado os gálatas para sua santa vocação. Por isso, a admiraçáo e a urgente advertência do pastor preocupado com a grave infidelidade de seu povo para com o Evangelho que lhes anunciara. Este engano, que ocorreu entre os Gálatas, se repete também em nossos dias. Um evangelho diferente por vezes é oferecido, quando na realidade não há outro.
Neste caso apenas se retém o nome evangelho, sendo que Cristo com sua graça em sua morte expiatória é substituído pela lei, na forma de suas exigências. Assim, as obras da lei aparecem como meios de salvação. O povo aceita e aplaude, e como os gálatas, é enganado tão rápida e facilmente. Os judaizantes, também, tinham muito a dizer a respeito de Cristo quando o transformaram em outro Moisés. Assim, perverteram o próprio Evangelho, desacreditando a Cristo, para que os gálatas não o cressem mais como Senhor que os chamou a verdadeira liberdade (vv. 6 e 7).
Como apóstolo e representante de Cristo e de Deus, o Pai, Paulo pronuncia o veredito sobre os falsos pregadores: "seja anátema" ou "que seja maldito" ou ainda "seja amaldiçoado". Paulo repete o veredito que Jesus pronunciara contra os fariseus (Mt 23.13-39). E no texto de Mateus se observa este veredito especialmente nos vv. 15 e 33. Qualquer que promulgar um evangelho diferente e contrário é maldito, não porque nós o designamos como tal, mas porque Cristo o declara, e nós apenas repetimos o seu juízo. Os judaizantes conheciam o verdadeiro Evangelho. Conhecendo o Evangelho, determinaram em sua perversa açáo destruir este verdadeiro Evangelho. E o fizeram não se opondo ou perseguindo frontalmente este Evangelho. Mas usaram a maneira mais sórdida, que é própria de Satanás, falsificaram o Evangelho, pregando seus preceitos com aparência de "verdade".
O pregador, para preservar seu povo de falsos ensinamentos, deve sempre apontar para a essência do Evangelho verdadeiro, Cristo e sua obra redentora. O ensino que não tem em Cristo o seu começo, meio e fim, é falso. A palavra de qualquer criatura, mesmo que seja "um anjo vindo do céu", continua sendo palavra falível de criaturas. O verdadeiro Evangelho Palavra do Criador, portanto, a única capaz de, em meio a morte, criar Vida. Este Evangelho é a fonte da fé, norma de vida e autoridade decisiva na Igreja. Sua falsificaçáo é duplamente condenada, não só porque condena seus falsificadores, mas porque tanto estes, como os que Ihes derem crédito, estarão condenados ao inferno (vv. 8 e 9).
Poderíamos resumir a doxologia desta perícope, dizendo tão-somente que aquele que prega o autêntico Evangelho com certeza nem sempre vai agradar seus ouvintes. Partindo desta diretriz, o pastor deve estar ciente, ao anunciar a Palavra de Deus, que a reação nos ouvintes será de "cheiro de morte para morte" ... ou .... "aroma de vida para a vida" ... (2 Co 2.16).
Foi este pastor que os galatas encontraram em Paulo. Sua postura não mudara, era um homem sem medo, sem favoritismos, sem bajulaçóes. Esta postura do apóstolo foi uma prova contra a destruidora calúnia dos judaizantes. Em Paulo, encontraram no passado e podem perceber hoje, um homem com os olhos fitos somente em Deus e em Cristo. Assim, a doxologia termina como foi introduzida: "Paulo, apóstolo, náo da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai ..." ( v.1 ). A postura daquele que é servo de Cristo, com sua mensagem, seu trabalho não procurará o favor dos homens, como também jamais poderá alcançar o favor de Deus. O favor de Deus está no presente da salvaçáo, envolvido na graça de Cristo, revelada no Evangelho (v. 1 O).
Textos da Perícope
Lucas 7. 1- 10: No relato da cura do servo deste centuriáo, destacamos a admiraçáo positiva de Jesus, quanto a fé deste gentio (v. 9). Basta "uma palavra" ... tua Senhor ... "e o meu rapaz será curado" (v. 7). O contrário do que aconteceu com os gentios da galacia, que estavam num perigoso processo de abandono de seu primeiro amor, a graça de Cristo, revelada em sua Palavra que cura da terminalidade pecadora para a eternidade salvadora. Por isso justifica-se a admiraçáo negativa do apóstolo. O fato a ressaltar sempre é Cristo como essência e poder da sua Palavra transformadora.
Salmo 117: Nos lembra o motivo para nosso diário louvor, a misericórdia e a fidelidade do Senhor que é permamente. Israel era o portador desta mensagem aos gentios e a todos os povos do seu tempo.
1 Reis 8.(22-23,27-30) 41-43: Repete a universalidade da graça de Deus, que não se restringe a uma nação. "Ao estrangeiro ... que vier ... por amor de teu nome" (v. 41), ouve, ... para que todos te conheçam, temam e saibam onde teu nome é anunciado, na casa (igreja), que é chamada pelo teu nome" (v.43 ). Que grandioso significado tem esta verdade para o nosso Culto.
Nele Deus se faz presente em sua Palavra e sacramentos. Nosso culto é significativo não por vontade humana, mas pela presença amorosa de Deus Pai, Filho e Espírito Santo nos seus santos sacramentos.
Proposta homilética
Um só Evangelho
I. Centrado em Cristo
11. Kealizado por Cristo
111. Oferecido por Cristo.
Orlando N. Ott
Igreja Luterana, Volume 57, junho 1998, Volume 01
GÁLATAS 1.1-10
14 de junho de 1998
Gálatas 1.1-10
Introdução
A Epístola aos Gálatas é considerada pelo reformador Martinho Lutero uma apologia vigorosa da doutrina da justificação pela fé. Igualmente o Reformador encontrou nesta carta uma defesa da liberdade cristá garantida no Evangelho contra a escravidão da Lei. Em última análise, em Gálatas temos uma fortaleza inexpugnável contra todo e qualquer ataque à essência própria do Evangelho - o senhorio amoroso de Jesus Cristo.
Texto
A Saudação 1.1-5
Diante de conceitos e preceitos judaizantes que estavam invadindo as igrejas da Galácia, o Apóstolo reafirma em primeiro lugar a origem de seu ministério apostólico. Estes judeus, para fazer valer sua "verdade", haviam colocado em xeque a origem divina do ministério de Paulo. Ele o faz de uma maneira singular: "Paulo, apóstolo, não da parte ..., nem por parte do homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus o Pai, que o ressuscitou dentre os mortos " (v. 1).
Paulo chama a si mesmo "apóstolo de Jesus Cristo" e "por vontade de Deus", certamente para indicar seu ofício como chamado direto de Deus para ser seu embaixador. Só pode ser Apóstolo alguém que é chamado e comissionado diretamente por Deus. Os judaizantes haviam atacado o apostolado de Paulo, negando sua origem direta de Cristo.
Provavelmente o apóstolo, ao escrever as negativas "apóstolo, não da e nem por homens" (v.]), cita o que os próprios judaizantes estavam apregoando, entre os Gálatas, quanto a origem de seu ofício. O que pretendiam os judaizantes, em última análise, ao negarem a origem divina de seu apostolado? Sua pérfida intenção era fazer ver com quem estava a verdade. Só podia ser com eles, pois o apostolado de Paulo, sendo de origem humana, carecia de legitimidade. Enquanto sua "doutrina", com aparência de verdade, baseava-se no que o próprio Deus, por intermédio de seu servo Moisés, legara ao seu povo na lei. Agora podemos entender um pouco melhor o uso das negativas "não e nem por homem algum". Não eram os homens que o haviam comissionado para o apostolado. Ele não representava nenhum poder humano. A autoridade que dava respaldo a sua mensagem não era humana. O apóstolo coloca Jesus Cristo, ao lado de Deus Pai, como verdadeiro Deus. "Graça ... e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo ..." (v.3). O que já fizera no primeiro versículo, ele o reforça defendendo a legitimidade de sua missão. E ao defender a legitimidade divina de seu ministério apostólico, conseqüentemente a pregação, o ensino, a instrugáo, o conteúdo de que era portador era verdadeiro. É o que o apóstolo, de forma resumida mas sublime, coloca na saudaçáo. Aqui temos tudo o que Deus fez para resgatar os homens "da maldiçio da lei" (G1 3.13).
Vejamos, por partes: A quem cultuam os cristáos? A Jesus Cristo, o seu Senhor. O motivo para este culto é Jesus Cristo ser verdadeiro Deus que, na plenitude dos tempos, assume a natureza humana. A mensagem principal deste culto é o Senhor que vive. A centralidade de nossa fé cultual é: "..por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos" (v.1). Sem a ressurreigão de Jesus Cristo, não teríamos nada para crer, estaríamos sem esperança no mundo, vivendo sob a maldiçáo da lei. Sem a ressurreição de Jesus Cristo, nosso evangelho seria huinano, portanto falso e falho como os homens, não haveria Igreja ou coinunháo de santos, pois permaneceríamos malditos em nossos delitos e pecados, não haveriam sacerdotes reais e nem santos ministros. Mas de fato Jesus Cristo ressuscitou para ratificar nosso resgate e reunir sob o Evangelho vivo um povo redimido. Mas para alguém ressuscitar é preciso que antes morra. A morte de cruz era a mais humilhante. Pois Cristo assumiu o que náo era dele: os pecados de todos. "Jesus Cristo ... se entregou a si mesmo pelos nossos pecados" (v.4). E em sua forma de Servo Sofredor, se humilhou, aceitando a morte de um crucificado (G1 3.1). Em tudo ele nos substitui, foi o homem perfeito e santo, único que cumpriu a lei em todas as suas formas e até suas últimas conseqüências. Ele é a encarnaçáo da graça salvadora de Deus o Pai, que traz nos braços de sua redenção muitos dons, entre os quais o melhor: a única e verdadeira paz, paz com Deus, paz com o próximo. Esta ordein não pode ser alterada, graga é o "favor Dei", ela é fundamental, e a paz é o maravilhoso resultado do amor de Jesus Cristo (v.3).
Toda esta ação salvífica em nosso favor tem um propósito. Deus em seu Evangelho o revela. Jesus Cristo tira, remove, livra dos pecados, que nos amarram a este tempo do mundo e nos condenam à morte eterna. Livres dos nossos pecados e, em conseqüência, libertos do mundo mau, pela graça de Deus ein Cristo, toda nossa vida será um culto, onde o tema permaniente é: "Glória seja dada pelos séculos dos séculos a Deus Pai, Filho e Espírito Santo" (v.5). Como povo de Deus, este é o nosso canto, ao qual diariamente acresceiitamos amim, sim, isto é certamente verdade.
A admoestação 1.6-10
A reprovaçao é conforme a clara informação que o apóstolo recebera do que estava acontecendo nas igrejas daquela região. Infidelidade para com aquele que em grande amor os chamou por sua graça da perdição para a salvação. E este não é outro a não ser Cristo, que é, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A centralidade do verdadeiro Evangelho é Cristo e sua açáo graciosa na salvaçao da humanidade. E é este Cristo que havia chamado os gálatas para sua santa vocação. Por isso, a admiraçáo e a urgente advertência do pastor preocupado com a grave infidelidade de seu povo para com o Evangelho que lhes anunciara. Este engano, que ocorreu entre os Gálatas, se repete também em nossos dias. Um evangelho diferente por vezes é oferecido, quando na realidade não há outro.
Neste caso apenas se retém o nome evangelho, sendo que Cristo com sua graça em sua morte expiatória é substituído pela lei, na forma de suas exigências. Assim, as obras da lei aparecem como meios de salvação. O povo aceita e aplaude, e como os gálatas, é enganado tão rápida e facilmente. Os judaizantes, também, tinham muito a dizer a respeito de Cristo quando o transformaram em outro Moisés. Assim, perverteram o próprio Evangelho, desacreditando a Cristo, para que os gálatas não o cressem mais como Senhor que os chamou a verdadeira liberdade (vv. 6 e 7).
Como apóstolo e representante de Cristo e de Deus, o Pai, Paulo pronuncia o veredito sobre os falsos pregadores: "seja anátema" ou "que seja maldito" ou ainda "seja amaldiçoado". Paulo repete o veredito que Jesus pronunciara contra os fariseus (Mt 23.13-39). E no texto de Mateus se observa este veredito especialmente nos vv. 15 e 33. Qualquer que promulgar um evangelho diferente e contrário é maldito, não porque nós o designamos como tal, mas porque Cristo o declara, e nós apenas repetimos o seu juízo. Os judaizantes conheciam o verdadeiro Evangelho. Conhecendo o Evangelho, determinaram em sua perversa açáo destruir este verdadeiro Evangelho. E o fizeram não se opondo ou perseguindo frontalmente este Evangelho. Mas usaram a maneira mais sórdida, que é própria de Satanás, falsificaram o Evangelho, pregando seus preceitos com aparência de "verdade".
O pregador, para preservar seu povo de falsos ensinamentos, deve sempre apontar para a essência do Evangelho verdadeiro, Cristo e sua obra redentora. O ensino que não tem em Cristo o seu começo, meio e fim, é falso. A palavra de qualquer criatura, mesmo que seja "um anjo vindo do céu", continua sendo palavra falível de criaturas. O verdadeiro Evangelho Palavra do Criador, portanto, a única capaz de, em meio a morte, criar Vida. Este Evangelho é a fonte da fé, norma de vida e autoridade decisiva na Igreja. Sua falsificaçáo é duplamente condenada, não só porque condena seus falsificadores, mas porque tanto estes, como os que Ihes derem crédito, estarão condenados ao inferno (vv. 8 e 9).
Poderíamos resumir a doxologia desta perícope, dizendo tão-somente que aquele que prega o autêntico Evangelho com certeza nem sempre vai agradar seus ouvintes. Partindo desta diretriz, o pastor deve estar ciente, ao anunciar a Palavra de Deus, que a reação nos ouvintes será de "cheiro de morte para morte" ... ou .... "aroma de vida para a vida" ... (2 Co 2.16).
Foi este pastor que os galatas encontraram em Paulo. Sua postura não mudara, era um homem sem medo, sem favoritismos, sem bajulaçóes. Esta postura do apóstolo foi uma prova contra a destruidora calúnia dos judaizantes. Em Paulo, encontraram no passado e podem perceber hoje, um homem com os olhos fitos somente em Deus e em Cristo. Assim, a doxologia termina como foi introduzida: "Paulo, apóstolo, náo da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai ..." ( v.1 ). A postura daquele que é servo de Cristo, com sua mensagem, seu trabalho não procurará o favor dos homens, como também jamais poderá alcançar o favor de Deus. O favor de Deus está no presente da salvaçáo, envolvido na graça de Cristo, revelada no Evangelho (v. 1 O).
Textos da Perícope
Lucas 7. 1- 10: No relato da cura do servo deste centuriáo, destacamos a admiraçáo positiva de Jesus, quanto a fé deste gentio (v. 9). Basta "uma palavra" ... tua Senhor ... "e o meu rapaz será curado" (v. 7). O contrário do que aconteceu com os gentios da galacia, que estavam num perigoso processo de abandono de seu primeiro amor, a graça de Cristo, revelada em sua Palavra que cura da terminalidade pecadora para a eternidade salvadora. Por isso justifica-se a admiraçáo negativa do apóstolo. O fato a ressaltar sempre é Cristo como essência e poder da sua Palavra transformadora.
Salmo 117: Nos lembra o motivo para nosso diário louvor, a misericórdia e a fidelidade do Senhor que é permamente. Israel era o portador desta mensagem aos gentios e a todos os povos do seu tempo.
1 Reis 8.(22-23,27-30) 41-43: Repete a universalidade da graça de Deus, que não se restringe a uma nação. "Ao estrangeiro ... que vier ... por amor de teu nome" (v. 41), ouve, ... para que todos te conheçam, temam e saibam onde teu nome é anunciado, na casa (igreja), que é chamada pelo teu nome" (v.43 ). Que grandioso significado tem esta verdade para o nosso Culto.
Nele Deus se faz presente em sua Palavra e sacramentos. Nosso culto é significativo não por vontade humana, mas pela presença amorosa de Deus Pai, Filho e Espírito Santo nos seus santos sacramentos.
Proposta homilética
Um só Evangelho
I. Centrado em Cristo
11. Kealizado por Cristo
111. Oferecido por Cristo.
Orlando N. Ott
Igreja Luterana, Volume 57, junho 1998, Volume 01
LUCAS 7.1-10
SEGUNDO DOMINGO APÓS PENTECOSTES
Lucas 7.1-10
17 de junho de 2001
CONTEXTO
A narrativa deste milagre segue imediatamente depois do Sermão do Monte. Isto segundo Lucas. Mateus, que é o outro evangelista que relata o milagre, insere ainda entre o Sermão do Monte e a cura do servo do centurião um outro milagre: a cura de um leproso. É um detalhe pouco relevante.
TEXTO
V. 1 – O evangelista relata que o Sermão do Monte fora uma mensagem plena, um ensinamento completo. Tudo o que Jesus queria dizer e ensinar, foi feito. Isto feito, foi para Cafarnaum. Cafarnaum era a cidade ministerial de Jesus. Diríamos: a sede da paróquia. Desta cidade suas saídas para suas atividades era a melhor opção.
V. 2 – O contato de Jesus será com um gentio. Era um centurião, um romano a serviço do exército romano. Como o império romano governava também na Palestina, competia ao imperador zelar pela ordem e cumprimento das leis. Centurião era um que cuidava (normalmente) ou tinha sob suas ordens uma centúria de soldados, ou seja, cem soldados. O mal que inquietava sua alma era a doença que acometia a um dos seus servos, no original, um escravo. Esgotadas todas as possibilidades de ajuda, o servo continua muito doente e, pelo que tudo indicava, iria morrer. Sua inquietação talvez se devesse a um misto de dor e sentimento de perda, por se tratar de um servo de quem o centurião gostava muito.
V. 3 – O centurião já ouvira falar de Jesus, ou seja, ele já conhecia a Jesus. Talvez pelos milagres dos quais ouvira, ou pelo que o povo falava de Jesus. Se à primeira vista pensamos que conhecia Jesus apenas como “um que fazia milagres”, esse conceito a respeito do centurião mudamos quando vemos como Jesus avalia sua fé. O centurião tinha realmente a fé salvadora, pois se não, Jesus não diria dele o que disse. Por outro, este centurião nos lembra um outro, colega seu, que é Cornélio, o centurião do qual nos fala o mesmo Lucas em Atos 10 e que também era crente em Jesus. Um fato curioso, mas perfeitamente normal, é que o centurião de nosso texto se dava com os líderes dos judeus e que até construíra uma sinagoga (casa de culto) para os habitantes de Cafarnaum. Não
é de admirar, pois, que o centurião pede que os anciãos contactem com Jesus em seu lugar, pedindo ajuda. Quando o pecado expõe a natureza humana à morte, surge a vez do poder de Deus, do Evangelho de Cristo e do próprio Senhor Jesus. Ainda hoje é assim. Aproveitemos as portas que Deus abre.
Vv. 4 e 5 – Em si ninguém é digno de receber a ajuda, o socorro, um milagre ou salvação de Jesus. O argumento usado pelos enviados do centurião era um argumento muito humano e até compreensível do ponto de vista humano. Eles queriam convencer a Jesus que fosse com eles para ajudar o servo doente do centurião.
Vv. 6 e 7 – Uma frase linda a primeira desse versículo: “Então Jesus foi com eles”. Jesus sempre vai com os que o buscam em espírito e de verdade. Ele mesmo disse: “Vinde a mim e eu vos aliviarei” ( Mt 11.28). O segundo destaque é a atitude do centurião. Mostra que o fundamento de sua fé é Jesus e a característica da fé verdadeira é a humildade. Ele confiava em Jesus de “olhos fechados”. Nem precisava vê-lo. Mas, sabia que Jesus podia ajudá-lo. E ao mesmo tempo, não se julgava digno de receber a Jesus sob o teto de sua casa. Foi exatamente isto que fez a Jesus dizer que o centurião tinha uma fé como não achara em Israel, sua gente.
O terceiro destaque é a afirmação do centurião: “... manda com uma palavra...”. Atrás da palavra de Jesus estava o próprio Deus porque Jesus é Deus.
V. 8 – É um exemplo que o centurião cita de como ele confia. V. 9 – Temos aqui a avaliação de Jesus da fé do centurião. O povo que estava com Jesus era certamente parte do povo que ouvira o Sermão do Monte. Jesus chama a fé do centurião de “pístis”, isto é, a fé verdadeira, a fé salvadora, a fé operada pelo Espírito Santo através dos meios da graça.
Uma observação quanto à tradução de Almeida: com respeito à fé do centurião, Jesus diz: “tosautéen pístin” ou seja: “fé tão grande” e não somente “fé como esta”, como diz Almeida. Seja como for, Jesus admirou-se da fé no coração do centurião.
V. 10 – O desfecho do milagre de Jesus: o servo estava curado pelo poder de Jesus. Uma recomendação para quem pregar sobre este texto é quanto à discussão dos milagres de Jesus: não deixe de ler o livrete “Curas e milagres” do Dr. Otto Goerl, para uma correta postura teológica frente ao entendimento que devemos ter sobre os milagres de Jesus.
APLICAÇÕES HOMILÉTICAS
a) Temos, a partir da doença, um respingo do pecado;
b) somos todos pecadores, doentes no corpo e, especialmente, na alma;
c) o clamor da alma por ajuda, somos necessitados como o centurião;
d) mas a grande notícia é Jesus e o acesso que temos a Ele;
e) todos precisam dele: ajuda para o corpo e, principalmente, a cura
do pecado pelo seu sangue;
f) somos felizes por termos Jesus.
SUGESTÕES DE TEMAS E PARTES
a) A GRANDE FÉ
1 – tem a Jesus por fundamento
2 – tem a humildade por característica
b) DIZE SOMENTE UMA PALAVRA
1 – é a poderosa Palavra de Jesus
2 – ela tem poder para salvar e curar
c) ENTÃO JESUS FOI COM ELES
1 – Ele busca e salva os perdidos
2 – os salvos o seguem.
Benjamim Jandt
Volume 60 - Junho 2001 - Número 1
LUCAS 7.1-10
SEGUNDO DOMINGO APÓS PENTECOSTES
21 de Junho de 1992 Lucas 7.1-10
1) As Leituras do Dia
Salmo 117 — Salmo mundial, de alcance universal, contra- balançando a oração individual do SI 116. A benignidade e a verdade do Senhor são para sempre e para todas as nações.
1 Rs 8.22-23, 27-30, 41-13 — Trata-se de uma oração de Salomão por todas as pessoas, pelo estrangeiro e pelo israelita, em todos os tempos.
Gl 1.1-10 — Deus chama a todos os seres humanos pela sua graça — "na graça de Cristo" — e não pelas obras ou obser- vâncias cerimoniais c/ou litúrgicas. Esse evangelho não pode ser pervertido, sob nenhuma hipótese, mesmo que através de "um anjo vindo do céu".
2) O Contexto
O ministério de Jesus na Galiléia alcançava seu ponto alto, inclusive aumentava sua popularidade. Certa noite, Jesus reti- rou-se para um, monte a fim de orar e "passou a noite inteira orando a Deus" (Lc 6.12). Quando amanheceu, escolheu os 12 apóstolos entre seus discípulos. Na seqüência, Jesus proferiu uma importante e bela mensagem, também conhecida como o Sermão da Montanha. Após o sermão, Jesus retornou a Cafar- naum.
3) O Texto
Em Cafarnaum, Lucas descreve em detalhes a cura do servo de um, centurião. Trata-se, sem dúvida, de um, dos mais impressionantes e maravilhosos milagres de Jesus. Sem ver o paciente, sem tocá-lo, o Mestre restitui a saúde ao moribundo por meio unicamente da sua palavra. Lucas assim quer mostrar que o Senhor Jesus veio como Salvador em sentido universal, para as pessoas de todos os níveis, condições, etnias e de todos os tempos: Judeus, Samaritanos, pagãos, romanos, etc. Desse milagre pode-se aprender, entre outras coisas, que a fé verda- deira prova seu poder e sua vida através de boas obras, na dia- conia e no amor ao próximo.
vv 1-5: O centurião pertencia ao exército romano e, por- tanto, era gentio. Era provavelmente a pessoa do governo mais importante e poderosa em Cafarnaum. Durante sua estadia na Palestina, ele havia conquistado a simpatia do povo judeu, conforme testemunham alguns anciãos enviados a Jesus que disse- ram: "Ele... é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga". Ele afeiçoara-se, de coração, ao Deus de Israel e, portanto, antes de entrar pessoalmente em contato com, Jesus, já era um fiel israelita, reconhecendo neste Jesus o Messias pro- metido. Diz Lutero: "Percebe-se claramente à fé verdadeira des- se centurião no fato de que ele, mesmo não sendo judeu, envia mensageiros a Jesus na plena confiança de que não seria desprezado, porém, seria atendido do jeito e na hora que o Mestre de- terminasse. A fé apega-se sempre ao poder e à graça de Jesus".
Vv 6-8: Além da fé colocada em ação pelo oficial romano, como nos mostra sua dedicação e amor para com seu servo, a humanidade do centurião também é algo a ser destacado: "Se- nhor,... não sou digno de que entres em minha casa". Ele se considerava como pobre gentio, que não podia subsistir na pre- sença do Senhor. Porém, inclui em sua súplica: "Manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado". Quem possui uma fé viva e verdadeira, reconhece sua indignidade e imperfeição, porém, mesmo assim, não vacila e não duvida de que o grande Deus lhe é favorável c lhe fará sempre bem. Provavelmente, o centurião pensou: se eu que sou humano, dou uma ordem, e mi- nha palavra é obedecida, quanto mais será poderosa uma ordem proferida por uma palavra de Cristo. Realmente, uma palavra de Jesus é suficiente para a fé.
Vv 9-10: A fé do oficial romano trouxe agradável admi- ração para Jesus: "Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta". Inclui também, um certo desapontamento pela incredulidade do seu povo escolhido.
A fé apega-se a palavra do Senhor e recebe seus benefícios. "E voltando para casa os que foram enviados, encontraram cura- do o servo".
4) Alguns temas como sugestão: a) A graça do Senhor é para sempre e para todos;
b) Humildade não significa dúvida, pelo contrário;
c) A fé verdadeira prova seu poder e sua vida na diaco- nia, no amor ao próximo;
d) A fé viva apega-se a palavra do Senhor e recebe seus benefícios.
Norberto E. Heine Porto Alegre, RS
Igreja Luterana, VOLUME 51 JUNHO 1992 NÚMERO 1
GÁLATAS 1.1-10
2" DOM. APÓS PENTECOSTES
Gl 1.1-10
Contexto
A carta circular de Paulo, "às igrejas da Galácia" (Gl 1.2), provavelmente foi escrita da cidade de Éfeso, no verão de 55 d.c. (ou de Corinto, ano 50). Estas igrejas (Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe (At 13.14), foram fundadas por Paulo na sua primeira viagem missionária e visitadas por ele novamente na sua segunda (At 15.36 e 16.1 e 6).
Foi muito difícil para Paulo e Barnabé fundar estas igrejas. A oposição foi acirrada. Em Antioquia, onde Paulo proferiu um dos seus mais vigorosos sermões, o sucesso foi tremendo. Mas os judeus, "vendo as multidões, tomaram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava" (At 13.45). Em Icônio, Paulo e Barnabé, "falaram de tal modo que veio a crer grande multidão, tanto de judeus como de gregos" (At 14.1). Mas também aqui, "os judeus incrédulos incitaram e irritaram os ânimos dos gentios contra os irmãos" (At 14.2). Em Listra, após a cura de um aleijado, e grande repercussão deste milagre, os judeus
procedentes de Antioquia e Icônio instigaram as multidões, "e apedrejando a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade dando-o por morto" (At 14.19).
A persistência de Paulo e Barnabé, no entanto, garantiu a fundação destas igrejas. Não cederam espaço ao inimigo malgino. Mesmo perseguidos, apedrejados e sob grande perigo de vida, retornaram ousadamente a Listra, Icônio e Antioquia, fortalecendo os irmãos, exortando-os a permanecer firmes na fé, "e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus" (At 14.21,22). E para suprir a ausência deles (Paulo e Barnabé), uma vez que eram missionários itinerantes, promoveram entre eles a eleição de presbíteros e os encomendaram ao Senhor em quem li haviam crido (At 14.23).
Entrementes, o inimigo maligno também não se deu por vencido. Pelo contrário, a ausência agora de Paulo e Barnabé, lhe deu ensejo de executar seu plano destruidor. As recém fundadas congregações sofreram o ataque dos assim chamados judaizantes. Partido que queria transformar o cristianismo numa seita judaica, ou seja, exigir especialmente dos cristãos de origem gentílica, o cumprimento de leis, ritos, tradições judaicas, como por exemplo, a circuncisão. A doutrina que pregavam achamos registrada em At 15.1: "Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos". E para se promoverem especialmente perante os judeus convertidos ao cristianismo, e confundi-los na sua fé, atacaram a pessoa de Paulo. Segundo os judaizantes, Paulo não era um apóstolo, uma vez que não fazia parte do grupo original dos doze (Lc 6.13). Conseqüentemente, segundo eles, Paulo carecia de autoridade, conhecimento doutrinário e credibilidade.
Texto
Infelizmente, as igrejas da Galácia, deixaram-se iludir pelos judaizantes. Ingenuamente lhes deram crédito. Abandonaram o evangelho da graça em Cristo e seguiram as práticas da lei mosaica. Paulo passa então a escrever-lhes. A epístola é mais que uma advertência. Na verdade Paulo, ao contrário das suas demais epístolas, repreende severamente as igrejas da Galácia. Extravasa toda a sua decepção com a inconstância espiritual dos gálatas, que tão estupidamente passaram "para outro evangelho" (v. 6). A severa repreensão de Paulo faz sentido. Trata-se de doutrina e não de uma prática de santificação. A doutrina da justificação (v. 4 e 5) estava sendo desprezada pelas igrejas da Galácia. Por isto mesmo Paulo usa de tanta severidade, franqueza, objetividade, para mostrar que se os gálatas voltassem ou seguissem a lei mosaica, não seriam salvos (Gl 5.4 e 9), e todo o seu trabalho e sofrimento a favor dos gálatas teria sido em vão (Gl 4.11). E assim Paulo faz um último esforço e tentativa para convencer os gálatas da autenticidade do seu apostolado(v. 1 e 2), e do próprio evangelho por ele anunciado (v.8 e 9). Não há outro evangelho, a não ser este da graça de Cristo (v. 4 e 6; cf. At 2.36 e Dt 4.2; Jo 8.31; Ap 22.18,19). Por isto mesmo, ele, Paulo é servo de Cristo. A serviço do único Salvador. A sua pregação, portanto, é a pregação de Jesus, e Paulo seu apóstolo.
Disposição
1 - EU SOU SERVO DE CRISTO JESUS
I — Porque fui chamado para o ministério
II — Porque eu anuncio o único evangelho
III — Porque eu recebi autoridade para repreender
2 - SEJA ANÁTEMA
I — Quem procurar e pregar "outros evangelhos"
II — Quem desprezar e rejeitar o "único evangelho de Cristo".
Walther O. Steyer
Igreja Luterana ANO 48 — N.° 01 JAN — JUN/89
27 maio 2013
CONGRESSO DE LEIGOS
Neste ultimo final de Semana (25 e 26 de maio) tivemos o Congresso da Liga de Leigos - DIRIMA - RO, foi um encontro gostoso, produtivo e abençoado.
No sábado pela manhã tivemos a palestra realizada pelo pastor Conselheiro dos Leigos, Rev. Cleides Kloss que palestrou sobre o tema: “Moises, um líder de atitude”. Lembrou que todos nós somos líderes e chamados por Deus para a liderança cristã. A função do testemunho cristão é de todos, desde a criança até ao idoso!
Após o almoço de sábado, tivemos uma gincana realizada pelo pastor Leandro Figur, seguida da tarde de lazer.
Sábado a noite tivemos a noite artítistica liderada pelo secretária da Liga, Adriano Albuquerque.
Para o domingo tivemos o culto e encerramento do congresso e seguido com o almoço.
Queira Deus continuar abençoando nossos leigos e chamando os demais que não puderam participar, para juntos com Jesus marchar no trabalho do Senhor!
Observação 1: Alimentação: Havia muita comida, fartura… parabéns
Observação 2: Alojamento: Lugar muito bem cuidado, higienico e bem estruturado… Escola Nilo Coelho
Observação 3: Cidade: Calçadas preparadas para deficientes visuais, rampas para cadeirantes, área para descanso junto as calçadas… Parabéns prefeito!!!
24 maio 2013
SOU PEQUENO, MAS AMADO
Em espanto, o salmista exclamou a Deus: “Quando olho para o céu, que tu criaste, para a lua e para as estrelas, que puseste nos seus lugares — que é um simples ser humano para que penses nele? Que é um ser mortal para que te preocupes com ele?” (Sl 8.3,4). Pequenos, aparentemente insignificantes diante do tamanho do Universo, podemos nos sentir perdidos no espaço, nas mãos de um contraditório caos ordenado. Mas não é assim: estamos nas mãos de um Deus que se preocupa conosco, que fez o ser humano, uma criatura maravilhosa.
Ao olhar para o céu, não se sinta perdido. Sinta-se achado, vendo a grandeza de Deus no mundo inteiro e o seu amor por você.
Oração: Deus, você é tão grandioso e mesmo assim enviou Jesus para dar salvação ao ser humano. Obrigado por cuidar de mim. Amém.
Leia em sua Bíblia o Salmo 8.
Hora Luterana
22 maio 2013
TERCEIRO MANDAMENTO
Terceiro Mandamento
Santificarás o dia do descanso.
Que significa isto?
Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não desprezar a pregação e a sua Palavra; mas devemos considerá-la santa, gostar de a ouvir e estudar.
19 maio 2013
SEGUNDO MANDAMENTO
Segundo Mandamento
Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
Que significa isto?
Devemos temer e amar a Deus e, portanto, em seu nome não amaldiçoar, jurar, praticar a feitiçaria, mentir ou enganar; mas devemos invocá-lo em todas as necessidades, orar, louvar e agradecer.
18 maio 2013
VONTADE DO PAI
Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia". João 6:40
PRIMEIRO MANDAMENTO
Primeiro Mandamento
"Eu sou o Senhor, teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim".
Que significa isto?
Devemos temer e amar a Deus e confiar nele acima de todas as coisas.
16 maio 2013
CRISTO: ÚNICA SALVAÇÃO
Deus ama a todos e quer que todos sejam salvos. O maior sacrifício já foi feito: Jesus Cristo morreu na cruz e pagou pelos nossos pecados. Entretanto, Deus não obriga ninguém a fazer o que não quiser. Seguir ao Senhor precisa ser uma decisão pessoal, espontânea e sincera de coração. Não há outro meio de ter a vida eterna, senão por meio de Jesus .
15 maio 2013
GRUPO EXALTAREI FELICITA AS MÃES NA P172
O grupo ExaltaRei da Comunidade Concórdia de Alto Alegre dos Parecis, no último dia 10 de maio felicitou as mães durante o Estudo Bíblico na Comunidade Bom Jesus na linha P172. Foi apresentado duas pequenas peças com o título “o dia esquecido” e “Eu sei que tenho um lugar especial no coração do meu mãe”. Além de terem apresentado também uma coreografia.
Mãe, sempre Mãe. Deus as abençõe sempre cada uma delas!
BEM AVENTURADO…
“Bem-Aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5.6)
Vivemos um tempo de grandes injustiças em todas as áreas. A proposta de Jesus é que não nos conformemos com tais situações. Deve haver em nosso coração um grande ardor pela justiça social, mas, principalmente o desejo de que todos sejam alcançados pela graça salvadora do Senhor. Às vezes o nosso conformismo nos leva a transgredir os mandamentos de Deus e nos faz “dormir” espiritualmente. É tempo de despertar e contribuir para haja mais sensibilidade para as dores daqueles que sofrem.
11 maio 2013
FILHOS OBEDEÇAM TUA MÃE
09 maio 2013
HINÁRIO LUTERANO 206
“No princípio criou Deus os céus e a terra.” (Gn. 1:1).
1. O mundo é Teu, Senhor.
Que grato é perceber
a natureza a Te louvar,
cantando de prazer!
O mundo é Teu, Senhor.
Alegra-me pensar
em Tuas sábias criações:
montanhas, céu e mar.
2. O mundo é Teu, ó Pai.
As aves na amplidão,
o lírio branco, a luz do sol,
feituras Tuas são.
O mundo é Teu, ó Pai.
Em tudo posso ver,
até na folha a farfalhar¹,
Teu divinal poder.
3. O mundo é Teu, Senhor.
Jamais esquecerei
que embora existam erro e mal,
Tu és eterno Rei.
O mundo é Teu, Senhor,
pois Cristo já venceu;
inimizades destruiu,
unindo terra e céu.
08 maio 2013
CONSTRUÇÃO DA COMUNIDADE CONCÓRDIA
07 maio 2013
SALMO 88.2
Que a minha oração chegue diante de ti; inclina os teus ouvidos ao meu clamor
Salmos 88:2
Esta deve ser a nossa esperança, que o Senhor Deus nos ouça quando oramos em busca de socorro espiritual, mas, que também receba a nossa gratidão por tantas bênçãos derramadas sobre nós. Para que sejamos ouvidos, devemos ser sinceros na humilhação, no desinteresse material, na bondade de coração, na fé, na dependência total do Senhor, mas, sobretudo, no entendimento de que a Soberania do Senhor, em Sua vontade, será feita. Não serão as adversidades e sofrimentos que nos afastarão de Seu tão grande amor, ao contrário, farão com que nos aproximemos mais d’Ele, em comunhão.
06 maio 2013
05 maio 2013
O SENHOR DA FORÇA E PAZ AO SEU POVO
A certeza absoluta de que o SENHOR nos concede força e nos abençoa com paz, traz ao nosso coração um grande regozijo e a disposição para continuar a proclamar o evangelho que salva, cura, liberta e restaura. A paz concedida por Jesus (“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”), traz ao nosso coração a alegria necessária e a compreensão para que vivamos segundo o propósito de Deus. Todos nós procuremos fazer a vontade de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e seremos honrados com força e paz de espírito.
04 maio 2013
03 maio 2013
BATIZADO DE VINICIUS PISOLER BOONE TRINDADE
02 maio 2013
PANQUECAS…
A mãe estava preparando panquecas para seus filhos, joãozinho 5, Pedrinho 3. Os meninos começaram a discutir sobre quem iria receber a primeira panqueca. A mãe viu a oportunidade para uma lição moral. "Se Jesus estivesse sentado aqui, Ele dizia: 'Deixe meu irmão ter a primeira panqueca, eu posso esperar." Joãozinho virou-se para seu irmão mais novo e disse: "Pedrinho, você é Jesus!"
01 maio 2013
A PALAVRA QUE ALIMENTA
Certa vez uma pessoa enviou uma carta a um determinado jornal. Ela dizia que não mais participaria dos cultos de sua igreja, pois não conseguia guardar o conteúdo das mensagens. Nas semanas seguintes muitas cartas chegaram ao jornal, algumas concordando e outras rejeitando este posicionamento. Até que outro leitor encerrou a discussão com seu argumento, que dizia: “Estou casado há 30 anos. Neste tempo todo, minha esposa tem preparado as minhas refeições diariamente. Não lembro de todas elas e nem sei quantas foram. Mas o que sei e tenho plena certeza, é que foram todas elas que me mantiveram vivo e saudável até o dia de hoje. Assim também é a Palavra de Deus.”
Esta ilustração retrata a importância de estudar a Palavra de Deus todos os dias e sempre que tivermos oportunidade. É ela que aponta para o amor de Jesus que nos sustenta, orienta e consola, especialmente em nossos dias tão difíceis de se viver.
Os cristãos da cidade de Beréia sabiam disso, e Paulo dá um maravilhoso testemunho desta congregação cristã. Ele ressalta que eles eram mais “bem educados” que os cristãos de Tessalônica. Esta expressão pode ser traduzida por “mais abertos”. Isto é algo importantíssimo, pois eles davam testemunho com amor. Vivemos numa sociedade cheia de crenças e valores diferentes. Conhecemos a verdade e não abrimos mão dela, mas é preciso ter sensibilidade para não afastar ainda mais as pessoas que não creem em Cristo como seu Salvador. A nossa vida, o nosso exemplo, pode ser a única Bíblia que as pessoas que estão à nossa volta leem. Que possamos mostrar a elas o amor de Cristo em nosso viver.
Oremos: Senhor Deus, dá-me forças para viver uma vida dedicada a ti. Enche-me com o teu Espírito Santo e que o meu viver se converta em serviço ao meu próximo. Amém.
HORA LUTERANA