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01 julho 2011

MENSAGEM – SANTÍSSIMA TRINDADE

Sermão Domingo da Santíssima Trindade. 07/06/2009

Leituras bíblicas: Sl 29; Is 6.1-8; At 2.14a, 22-36; Jo 3.1-17

Texto: Salmo 29/ Tema: O Deus Triúno abençoa o seu povo com paz.

Davi, o autor do Salmo 29, começa esse salmo mostrando-nos os céus abertos e Deus sendo louvado pelos anjos a palavra diz no v.1: “Atribuam ao Senhor, ó seres celestiais, abribuam ao Senhor a glória e força”. E termina esse salmo, mostrando-nos a terra, criada e cuidada por Deus, na qual Deus demonstra todo o seu poder e onde o povo de Deus é abençoado com a paz do Senhor, o v.11 nos diz: “O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor dá o seu povo a bênção da paz”.

Neste Salmo Davi nos orienta a dar glórias a Deus. Teríamos motivos para dar glória a Deus? Davi responde essa pergunta no Sl 29, dizendo que: - A voz do Senhor é ouvida sobre as águas;

- A voz do Senhor é cheia de poder e majestade;

- A voz do Senhor quebra os cedros;

- A voz do Senhor faz brilhar o relâmpago;

- A voz do Senhor faz tremer o deserto;

- A voz do Senhor faz dar cria as corças.

Com isso, o salmista está dizendo que a voz do Senhor, isto é, a Palavra de Deus, está sobre tudo. A voz de comando do Deus Criador; a voz do Deus que nos dá uma nova vida e orienta esta nova vida; a voz do Deus que tem todo o poder nos céus e na terra; a voz do Deus que nos oferece suas bênçãos gratuitamente, principalmente a bênção do perdão, que está disponível para todos os que crêem.

O salmista deixa claro que as forças do mundo se dobram diante da voz de Deus. Tudo pertence a ele. Você também pertence a ele. Por isso você também é convidado a render glórias a ele por tudo o que ele fez e faz por você.

Davi conclui o Salmo 29 dizendo que “O Senhor abençoará o seu povo com paz”. Deus abençoa o seu povo dando-lhe tudo o que é bom. A palavra shalom geralmente é traduzida por paz, e não só quer dizer a ausência de inimizades e brigas, mas inclui também tranqüilidade, segurança, saúde, felicidade e bem estar material e espiritual para todos. Por tudo isso, o Sl 29 nos convida a meditar sobre o tema: O Deus Triuno abençoa o seu povo com paz.

Você reconhece que tem sido abençoado por Deus com paz? Não é assim que, muitas vezes, nos momentos difíceis da vida, quando vêm as dificuldades, as angústias, as crises, nós não conseguimos enxergar a paz com a qual Deus nos abençoa? Em conseqüência, sentimos medo do dia de amanhã, medo do nosso futuro, medo do que pode nos acontecer.

Sabemos que o mundo inteiro procura paz. Mas que paz o mundo procura? Uma paz superficial, baseada apenas na satisfação pessoal, no prazer, nas alegrias passageiras deste mundo. Não é por acaso que todo o mercado de consumo e toda a máquina de propaganda prometem a satisfação pessoal como condição para paz e felicidade. Não é por acaso também que grupos religiosos crescem prometendo a satisfação pessoal como condição de paz e felicidade.

O que esses grupos religiosos prometem? Prometem o direito de viver sem sacrifícios, sem doenças, sem pobreza, sem renúncia. Não é verdade que o direito de ter sempre o máximo foi o sonho que iludiu Adão e Eva e contaminou a todos nós? Por sermos pecadores, nunca nos livraremos desse sonho. Até a morte, estaremos com ele, como um vírus mutante que não conseguimos eliminar da nossa vida. Ele é a causa da ruína de todos os relacionamentos, de todos os bons projetos que temos.

Por que o mundo se apega a essa proposta de paz passageira e rejeita a proposta de paz que Deus faz? Porque a proposta de paz que Deus oferece está atrelada a voz de Deus, a sua Palavra, que é poderosa, que quebra os cedros, ou seja, denuncia todo o pecado, todo o orgulho, todo o egoísmo, toda a justiça própria.

É, portanto, uma proposta de paz que mexe no mais íntimo do nosso ser e expõe as nossas fraquezas, os nossos pecados, as nossas culpas. Estes precisam ser tratados por Deus, pois se não o forem, nós jamais teremos paz. Podemos ter alegrias passageiras nesse mundo, mas um inferno de tristezas na eternidade.

O Deus Triúno abençoa o seu povo com paz. Que paz é essa? É o estado de perfeito equilíbrio com Deus. Lembram aquela balança antiga, de dois pratos, onde, em um deles era colocado o produto e, no outro, o peso? . . .

Então, quando ambos se equivaliam, ela ficava equilibrada. Assim é a nossa situação com Deus, num prato da balança Deus coloca tudo o que ele exige de nós, e, no outro prato da balança, ele coloca o seu próprio filho Jesus Cristo e seus méritos conquistados e, assim, ambos os pratos da balança de Deus encontram-se em perfeito equilíbrio.

Também é só assim que podemos viver em perfeito equilíbrio com Deus, e viver em paz. Apenas Deus pode nos dar essa paz. Portanto, a paz que podemos aspirar é a de sermos perdoados, novamente aceitos por Deus e abençoados por ele. Isso não é sonho. Isso é tão real quanto é real o Cristo que morreu e ressuscitou por nós.

A Bíblia nos relata o episódio em que Pedro foi ao encontro de Jesus, andando por sobre as águas. Por breve tempo, enquanto ele confiou na Palavra de Jesus, ele conseguiu andar por sobre as águas. Mas, ao olhar para o lado e ver o tamanho das ondas, temeu, e sua confiança vacilou. Então começou a afundar. Jesus o tomou pela mão e o levou ao barco, onde estava em paz novamente.

Por isso, nas dificuldades, não tenha medo. A mão de Jesus também está estendida para você. Ele conhece os problemas, as suas angústias, as suas enfermidades, as suas aflições e, no evangelho, oferece todas as forças que você precisa para superar esses momentos e viver em paz. É Jesus quem dá forças ao seu povo e abençoa o seu povo com paz.

O Deus Triuno abençoou o profeta Isaías com essa paz, quando lhe garantiu que todos os seus pecados estavam perdoados. Isso motivou o profeta a se colocar ao serviço de Deus, dizendo: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

O Deus Triuno abençoou a Pedro com essa paz. Ele que, no passado, havia negado a Jesus; mas, agora, perdoado e em paz com Deus, deu um vibrante testemunho do evangelho para milhares de pessoas.

O Deus Triuno abençoou a Nicodemos com essa paz. Ele que estava vivendo longe de Deus e, nesse encontro com Jesus, teve a sua vida transformada.

Assim como o Deus Triuno abençoou a Isaías, a Pedro e a Nicodemos com a paz, ele também quer abençoar a mim e a você. Confiemos nas suas promessas. Amém! Pr. Nivaldo Schneider

IELB HISTÓRIA

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O início da missão luterana no Brasil

A “profissão” da Igreja: pregar o Evangelho!

Textos Bíblicos:

Marcos 16.15 / 1 Timóteo 2.3,4 / Marcos 4.30-32

Introdução

No ano 2004, a IELB completou 100 anos de atividade pastoral e missionária no Brasil. A primeira congregação, fundada no dia 10 de julho de 1900, contava com apenas 17 famílias. Hoje, a IELB soma cerca de 220 mil almas e se acha representada em todos os estados brasileiros. No presente estudo, queremos ver "como tudo começou" - e como dar continuidade à herança legada pelos nossos pais. Servimo-nos de três textos bíblicos acima indicados. Marcos 16.15 e 1 Timóteo 2.3,4 nos conscientizam de que a profissão da Igreja é pregar, testemunhar, expandir o Evangelho. E o texto de Marcos 4.30-32 exemplifica, através da parábola do grão de mostarda, como aquela pequena semente lançada em 1900, nos confins do Rio Grande do Sul, se desenvolveu na estável organização eclesiástica denominada de IELB.

História

Em 1847, imigrantes luteranos, na sua maioria saxões, sob a liderança de Carl Ferdinand Wilhelm Walther, fundaram nos Estados Unidos, no estado de Missouri, a Igreja Luterana - Sínodo de Missouri, dando continuidade, assim, ao Luteranismo confessional no Novo Mundo. O objetivo inicial da jovem Igreja, devido às circunstâncias da época, era arrebanhar os luteranos dispersos pelo vasto território norte-americano. Cientes de que, também na América do Sul, havia famílias alemãs luteranas sem atendimento pastoral, as atenções do Sínodo de Missouri se voltaram principalmente para o Brasil, Argentina e Chile, países que concentravam o maior contingente de imigrantes europeus. Entrementes, um pastor chamado Johann Friedrich Brutschin, que residia em Novo Hamburgo, RS, querendo retomar para a Alemanha por motivos de saúde, dirigiu-se à direção do Sínodo de Missouri nos Estados Unidos solicitando um pastor para assumir sua congregação. Assim foi enviado o pastor Christian J. Broders. Como o pastor Brutschin, a pedido da sua congregação, resolveu permanecer mais alguns anos no Brasil, o pastor Broders passou a percorrer as colônias alemãs no RS, com o objetivo de reunir famílias alemãs luteranas, sem atendimento pastoral, em congregações. Encontrou um ambiente hostil e adverso. Os longos anos sem atendimento pastoral levaram a um estado de grande indiferentismo para com a Palavra de Deus. Além disso, no Estado do Rio Grande do Sul, já se havia formado, desde 1886, uma organização eclesiástica com o nome de Sínodo Rio-Grandense. Um Sínodo de cunho unionista e étnico; bastava ser alemão e não católico, para a respectiva filiação. O fator étnico que era decisivo, pouco importando a confessionalidade. E a

maioria das famílias alemãs, sem outra opção, se havia filiado a esse Sínodo não-Iuterano. Diante dessa situação, o pastor Broders já havia resolvido retomar aos Estados Unidos. Quando de passagem por Pelotas, ouviu que, no interior do município, na localidade de Colônia São Pedro, havia um grupo de famílias sem atendimento pastoral. Resolveu assim fazer uma última tentativa de organizar uma congregação luterana confesssional. Constatou que aquele grupo de famílias era liderado por um senhor chamado August Gowert. Foi procurá-Io. O Sr. Gowert recebeu inicialmente o pastor Broders com bastante reserva. De início, pensou que o pastor Broders era mais um desses "pastores" que perambulavam pelas colônias, se diziam pastores, mas na verdade eram "lobos devoradores". (Mateus 7.15) O Sr. Gowert, versado na Escritura e nas Confissões Luteranas, logo passou a inquirir teologicamente o pastor Broders, especialmente sua posição confessional. E somente quando se convenceu de que o pastor Broders era realmente um pastor luterano confessional, estendeu-lhe a destra da comunhão e o recebeu como irmão na fé. Assim, logo se firmou entre ambos uma grande afinidade confessional que resultou na fundação da primeira congregação evangélica luterana no Rio Grande do Sul, bem como no Brasil e em toda a América do Sul, com 17 famílias filiadas. Era o dia 1° de julho de 1900, e, em seguida, já no dia 26 de agosto de 1900, foi organizada a primeira escola paroquial do Sínodo de Missouri sob o Cruzeiro do Sul. Obs.: A !ELB viria a ser fundada oficialmente somente em 1904.

O texto bíblico

Cada homem adulto deve ter uma profissão. Através do exercício da sua profissão ele garante o seu "pão", da sua família, e, ao mesmo tempo, promove o progresso do país. O cristão, por sua vez, tem duas profissões, uma através da qual ele obtém o seu sustento material (seria a profissão secular). A outra, "profissão espiritual", como discípulo de Jesus. (Marcos 16.15; Mateus 28.19) Cabe-lhe promover o progresso do Evangelho, da Igreja. Por isso, o cristão está filiado a uma congregação. É através da congregação que o cristão exerce o seu privilégio de ser um auxiliar de Deus na expansão do Evangelho. Assim vai cumprir com o objetivo de Deus "que todos os homens sejam salvos". (1 Timóteo 2.3,4) Os pais fundadores do Sínodo de Missouri bem que poderiam ter restringido o seu trabalho missionário a seu próprio país, os Estados Unidos da América do Norte. Mas então não estariam cumprindo com sua missão de Igreja. Uma Igreja sempre quer "pregar o Evangelho a toda criatura". (Marcos 16.15; Mateus 28.19,20) Assim, baseados no princípio bíblico "façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé"

(Gálatas 6.10), propuseram-se enviar pastores ao Brasil, mais precisamente para o Rio Grande do Sul, onde havia um grande contingente de imigrantes alemães. Mas isso representava um grande investimento financeiro, e não havia recursos disponíveis. A direção do Sínodo expôs esta realidade - da falta de recursos e da necessidade de iniciar a missão luterana confessional na América do Sul, nas revistas da Igreja. Cumpriu-se mais uma vez a profecia: a Palavra de Deus não volta vazia. (Isaias 55.11) O apelo por ajuda encontrou corações cheios de fé e amor pela causa da expansão do Evangelho. Especialmente uma doação anônima de 2 mil dólares, recebida pela direção do Sínodo, possibilitou o envio do primeiro pastor do Sínodo de Missouri para a América do Sul na pessoa do pastor Christian Broders.

No correr dos anos, e em todo esse século que passou, os nossos irmãos luteranos do Sínodo de Missouri fizeram generosas ofertas a favor de sua irmã IELB. Isso possibilitou a sua grande expansão por todo o território nacional. E por que o fizeram? Unicamente movidos pela fé em Cristo Jesus. Compreenderam sua responsabilidade para com seus irmãos de lhes levar o Evangelho. Exerceram sua profissão espiritual.

Aplicação

Esse primeiro século (IELB)nos fez adultos. Recebemos o impulso inicial, temos a base estrutural. Cabe-nos, agora, assumir nossa responsabilidade de levar o Evangelho ao povo brasileiro e aos demais países de fala portuguesa. Essa é nossa primeira responsabilidade. Verdade que a situação econômica atual é bastante difícil. Em geral, todas as congregações lutam pela sua subsistência. Mas isso não nos pode levar a cruzar os braços e à inatividade. Antes achar meios e soluções em exercer nossa profissão espiritual de "levar o Evangelho a toda

criatura". A IELB não pode deixar de marchar avante, pois o Senhor da seara jamais deu a ordem de marcar passo. O "ide e pregai o Evangelho" é uma ordem de trabalho contínuo até o Juízo Final. Se no passado a IELB - devido a sua origem histórica - voltou-se mais aos imigrantes alemães e seus descendentes teutos, agora, entrando para o segundo centenário, chegou a hora de o "ide e pregai o Evangelho” atingir o ser humano luso-brasileiro . Este é nosso trabalho como congregação e Igreja, em cada município e estado.

Festejar um centenário ufana os brios. Ser herdeiro desse passado épico é honroso. Mas por outro lado, impõe uma grande responsabilidade. Cabe aos herdeiros, primeiramente, transmitir a mesma herança doutrinária confessional, mas também suplantar os pais, na expansão, na difusão, no testemunho do "ide e pregai o Evangelho". A IELB já é uma árvore frondosa (Marcos 4.30-32), mas ainda há muito espaço para ela estender seus ramos e atingir todo o território nacional.

A Igreja Cristã primitiva saiu do seu casulo somente quando os apóstolos Paulo e Barnabé resolveram desprender-se das amarras étnicas do farisaísmo judaico da época e partir para o trabalho de cristianizar gregos e romanos, os gentios. (Atos 13.46) A partir dessa resolução, a Igreja Cristã se tornou cada vez mais universal. Atos dos Apóstolos é um relato sucinto dessa expansão através do Império Romano. Nós (IELB) apenas justificaremos o "do Brasil", quando nos desprendermos das folclóricas amarras étnicas germânicas, que nada têm a ver com confessionalidade, e partirmos para um trabalho nacional visando a atingir o coração das pessoas brasileiras. Eis o grande desafio do segundo centenário.

NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO

Que tal assim:

1. NAMORAR. O tempo de namoro é apropriado para conhecer melhor as idéias, família e valores do(a) pretendente. Os namorados devem conversar bastante entre si sobre a situação própria de cada um, seus sonhos, sua atenção, dedicação, afeto e responsabilidade. Após um tempo suficiente para se conhecerem, sendo do agrado de ambos, decidem então que irão casar para formar uma família.

2. NOIVAR. É o compromisso que os jovens, depois de namorar, assumem de casar. Ainda não convivem como marido e mulher, mas já declararam esta intenção e compromisso. Desmanchar o noivado é sinal de coisa muito séria, e, quem o faz está denunciando algo muito grave na vida da outra pessoa ou demonstrando que ela própria tem comportamento irrefletido e leviano. No entanto, havendo evidências que justificam o desentendimento, o fracasso é menor agora do que mais tarde. Mas lembre-se: Somente com Deus se aprende a amar, perdoar e aceitar-se mutuamente.

3. CASAR. O casamento foi instituído por Deus. Os cristãos respeitam e honram a Deus no casamento. A vontade de Deus é que o casamento seja até findar a vida (Gn 2.24). Onde isto não é possível, fica clara a natureza humana pecaminosa. Aí há necessidade de arrependimento e perdão. O casamento deve ser moldado pela sua natureza divina e não pela natureza pecaminosa do ser humano. O matrimônio é digno de honra (Hb 13.4).

4. JUNTAR-SE. Infelizmente, há em todas as igrejas casos evidentes de pessoas que não seguem os ensinos bíblicos e os bons costumes da igreja. Em relação a isto aconselhamos os jovens: “não sejam como eles” (Mt 6.8). Antes de conviver como marido e mulher, casem. “É melhor casar do que viver abrasado” (1 Co 7.9)

5. CONTE CONOSCO. Os que estão vivendo juntos como casados, mas ainda não “de fato”, convidamos para realizar, o quanto antes, o casamento (civil e religioso). Venham conversar com o pastor. A permanência na situação irregular diminui, enfraquece, contraria e desonra o ensino bíblico sobre o casamento. Se a pessoa, nessa situação atípica, ama a Deus e sua igreja, certamente deseja também que o ensino bíblico seja mantido com fidelidade.