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08 dezembro 2011

RECENSÃO: ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA

RECENSÃO DO LIVRO ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA

No inicio falarei um pouco sobre o autor Martin P. Ralph, e sua obra “adoração na igreja primitiva”, lançada em 1982, pela sociedade religiosa e edições vida nova. Destacarei um pouco sobre o enfoque e sobre a adoração na igreja primitiva.

Martin P. Ralph é catedrático de Novo Testamento no seminário Fuller na Pasadena em Califórnia. Mediante muitos estudos graduou-se como Ph.D. pela Universidade de Londres e é autor de numerosos livros e artigos, entre eles o livro ”Adoração na igreja primitiva”.

Este livro, lançado em 1982 pela sociedade religiosa edições vida nova, possui um grande enfoque na cultura primitiva que adorava Deus e a obra salvífica através de Jesus Cristo. Ele nos traz o modo de como a comunidade no tempo apostólico adorava na igreja, exemplificando o verdadeiro significado do termo adorar que é um ato especial de louvor.

Martin trata neste livro alguma revelação do Deus vivo para salvar o seu povo. Martin revela que Deus é Deus de amor, único, paciente, Todo-Poderoso e misericordioso. Martin diz que adoração cristã é a mistura feliz de oferecer à Deus, nosso criador e redentor mediante Jesus Cristo, não somente aquilo que lhe devemos, mas também aquilo que desejamos dar-lhe.

Jesus Cristo mostra uma atitude diferente aos costumes judaicos. Revela que a construção de um templo é plano secundário e a mensagem do Evangelho supera qualquer lei referente aos costumes de purificação, tais como o jejum, sábados, etc., ou seja, costumes judaicos.

Costumes de adoração na igreja primitiva

As orações eram feitas individual e coletivas, ou seja, orava-se pela igreja e pessoas como também para si próprio. Jesus deixou orações registradas nos evangelhos que servem como modelo. Há registro no uso de palavras usadas nas orações, tais como maranatha que é parecido com o nosso atual amém.

Os cânticos não eram uma novidade naquela época, pois o povo do Antigo Testamento louvavam a Deus com hinos, e a igreja primitiva herdou esta forma de louvor. Assim temos vários registros de hinos, por exemplos os salmos, Lucas 1.68-79 que é chamado o Benedictus. É importante notar que o tema que soava nos hinos do Novo Testamento é a certeza de que Cristo é vencedor de todos os inimigos do homem e é adorado, com toda a razão, como a imagem de Deus que está acima de tudo.

As confissões são um resultado da fé que surgiu mediante a pregação do evangelho. Confessar que Jesus é o Senhor é crer na salvação que recebemos do Senhor, com isso muitos foram martirizados. Nem sempre a palavra de Deus foi aceita, mas entre os judeus era dedicado o tempo nobre para ouvir a mensagem divina.

Paulo deixa claro que a coleta era para manter a igreja. Cada um podia dar o que fosse de livre vontade para contribuir na edificação da igreja. A dádiva é santificada e a adoração é concretizada à medida que o fruto do nosso trabalho é trazido e oferecido. Paulo diz que a oferta deve ser feita de coração para que ninguém se glorie. A oferta entregue com motivos de glória pessoal era um ameaça contra o Deus Eterno.

Martin trata também sobre a importância do batismo para o cristão, pois é uma forma visível de fé para a igreja e para ser reconhecido como filho regenerado diante de Deus. O batismo não nem um rito humano, mas baseia-se na autoridade do próprio Jesus Cristo. Desta forma, deve-se batizar em nome de Jesus Cristo, pois só Nele é que se deve depositar a fé.

A morte e a ressurreição de Jesus Cristo é o cumprimento da obra divina de salvar o homem dos seus pecados. Podemos perceber em relatos bíblicos que houve muita preparação antes desse acontecimento. A celebração da páscoa e todo o cenário têm referencia ao Êxodo no Antigo Testamento, sendo Jesus o cordeiro que tira o pecado do mundo. A Ceia do Senhor foi um momento especial, o fermento que está ausente no pão significa o mal. Assim devemos lembra de Jesus Cristo que teve sua vida pura e nos chama para fazermos parte dela.

O pão e o vinho instituídos para Paulo, são os portadores da presença de Cristo, portanto, a Ceia deve ser feita em nome de Jesus Cristo.

ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA

clip_image002 Ulbra Faculdade de Teologia

Disciplina: Culto e Música no Contexto Cristão

Professor: Paulo G. Pietzsch

Aluno: Leocir Maderi Dalman

Data: 17/ 06/ 2005

RECENSÃO ADORAÇÃO NA IGREJA PRIMITIVA

O autor inicia colocando que, nós pertencemos a Deus, para, e somente a Ele render culto, e por Ele ser reconhecido como filhos dEle, desde que o mundo existe Deus nos reconhece como propriedade dEle e assim ser santificado, pertencer a sua glória.

A definição de adoração segundo o autor é atribuir a Deus uma autoridade suprema que igual ninguém pode alcançar. Porque somente Ele é digno de recebê-lo e nós somos dEle, afinal quem nos criou foi ninguém mais que Ele próprio, como prova concreta temos os textos bíblicos e isso podem ser contradito mais jamais provado a não veracidade da mesma. E esta adoração vem do próprio Deus, Ele é quem decide a forma que o devemos adorá-lo. Todos os nossos atos passa pela mão de Deus, mesmo quando praticamos o mal, não que Deus aceita o mal, mas o permite, para de certa forma que acheguemos a Ele.

A primeira comunidade cristã em Jerusalém começou sua existência como grupo dentro do arcabouço da fé judaica ancestral. Pelo menos é o que o autor relata.

A adoração de Jesus na sinagoga era em ar livre, e também onde várias vezes pregou ao público, e era habito dEle orar e adorar ali nos sábados.

O autor menciona dois tipos de oração que eram exercidas como ensino, e como exemplo para a Igreja do Novo Testamento, segundo ele existia a adoração particular, a qual a pessoa falava diretamente com Deus. Como exemplo cita ele o sermão do monte, as parábolas de Jesus sobre orações, etc.

E a outra é a oração do próprio Jesus, que são testemunho convincente à realidade e ao poder da oração, e igualmente um guia e inspiração para nós hoje em nossa vida de oração. Mas também há a oração coletiva em que a comunidade, expressa vocalmente, seja em forma de louvor ou de súplica.

Nos hinos de ações de graças da comunidade de Cunrã, a linguagem é a gratidão de um indivíduo a Deus por suas misericórdias, por isso que a maioria dos hinos começavam com palavras do tipo: graças te dou, dou graças a ti Senhor, e assim por diante. No século II, o historiador romano Plínio nos conta acerca dos cristãos na Bitínia que cantavam um hino a Cristo como Deus. Com base nisso, pode se dizer que reconstruía a Igreja do novo Testamento. Nos tempos do Novo Testamento, um corpo de doutrina distintiva era conservado como depósito sagrado da parte de Deus.

O elemento principal na adoração praticada na Sinagoga era a leitura e a exposição da lei. A lei era lida inicialmente no original hebraico, e em seguidas em paráfrases aramaicas, denominadas Targuns, que seguia uma homilia.

Nos capítulos finais do livro, o autor nos mostra de maneira clara e objetiva, que a morte de Cristo foi o Sacrifício perfeito. Através de sua obra, Ele cumpriu com todas as exigências de culto no tabernáculo. Contudo, Jesus Cristo é o redentor prometido no Antigo Testamento.

Cristo é a Vítima Perfeita, sem nenhum pecado. Assim como o animal sem defeito que era oferecido em sacrifício, holocausto.

De uma forma geral, esta obra nos mostra a revelação da graça de Deus a Israel. Deus ensina ao povo, como este deve lhe render culto e como receber perdão pelos seus pecados.

Também é mostrada a ação completa de Deus para nossa salvação. Foi Ele que estabeleceu a forma de culto, a expiação e a redenção.

Toda a forma de culto estabelecida em Levítico apontava para Cristo, no qual também se cumpriu todos os deveres, de ofertas, holocaustos e sacrifícios. Com isso, Cristo trouxe a remissão de todos os nossos pecados.

ESBOÇOS

TIAGO.

Nome, autor e data.

O nome da carta é o nome de seu autor, um dentre os diversos "Tiagos" do NT. Este era, Possivelmente, irmão de Jesus (Mc 6.3) e líder da Igreja em Jerusalém (At 15.13;GI 2.9). Tiago morreu em 62 A.D, data limite para a escrita da carta. Alguns estudiosos consideram-na como um dos primeiros escritos do NT, escrita antes de 50 A.D

Esboço

I. Saudação - Tg 1.1

2. Características da verdadeira religião - Tg 1.2-27

3. Características da verdadeira fé - Tg 2.1-3.12

4. Características da verdadeira sabedoria - Tg 3.13-5.11

5. Juramento, oração e a busca dos que erraram - Tg 5.12-20

Conteúdo

Tiago mostra a fé em ação. É um escrito essencialmente prático. Parece ter sido escrito para corrigir determinadas tendências erradas no comportamento dos cristãos (referentes à atitude diante da riqueza material, à maneira de falar, juramentos, oração,. etc.). Tiago pode ser vista como "um manual de conduta cristã, o qual pressupõe um alicerce de fé por parte de seus leitores" (R.H. Gundry).

Um dos pontos que tem gerado maiores controvérsias quanto a Tiago é sua maneira de expressar o valor das boas obras, especialmente em 2.14-26. À primeira vista, parece haver uma contradição em relação às constantes afirmações de Paulo, de que é só a fé que salva, e não as obras. Na verdade, não há nenhuma contradição. Paulo mostra como se dá a justificação do pecador diante de Deus, isto é, através da fé em Jesus. Tiago fala das boas obras como sendo a evidência externa, perante os homens, de que a justificação é verdadeira. Mesmo Paulo, em muitos locais, deixou claro que a fé sempre é acompanhada de boas obras (senão não é fé verdadeira); mas é somente a fé em Cristo (e não as obras) que justifica o pecador.

IV. Textos para lembrar

Tg 1.2-4 - o valor das provações da fé.

Tg 1.17.18 - a origem de todo o bem.

Tg 1.21.22 - como receber a Palavra de Deus.

Tg 2.1 - não pode haver acepção de pessoas na Igreja. Tg 2.14-18 - fé e obras.

Tg 3.1-12 - como falar (o uso da língua).

Tg 5.13-16 - atitude com os doentes.

Tg 5.19.20 - tratando com o irmão que pecou.

1 PEDRO

Nome, autor e data.

A Epístola traz o nome de seu escritor, o discípulo Pedro. Escreveu a cristãos espalhados pelo mundo inteiro (1. 1). por volta de 63 A.D. (visto que Pedro foi morto em 64 AD, por ordem do imperador romano Nero).

Esboço

Saudação - I Pe 1. 1,2

A herança celeste e as responsabilidades decorrentes - I Pe 1.3-2.10

Os relacionamentos dos cristãos - I Pe 2.11-3.12

O sofrimento e serviço do cristão - I Pe 3.13-4.19

Exortação à humildade - I Pe 5.1-11

Conclusão I Pe 5.12-14

Conteúdo

Os leitores de Pedro estavam passando por perseguições devido à fé em Cristo. Tais perseguições aconteciam na forma de acusações caluniosas, desprezo e levantes populares contra os cristãos. Esta carta mostra, antes de mais nada, que os sofrimentos por causa da fé devem ser esperados, visto o cristão viver em um mundo que não compartilha da mesma confiança em Cristo: Por outro lado. Pedro exorta aos seus leitores a que aproveitem este tempo de perseguição para darem um bom testemunho, em palavras e atos.

I Pedro enfatiza o consolo que podemos ter mesmo em momentos de aflição, por podermos ter a certeza do amor de Deus e da salvação, que não é obra nossa, mas é realização de Deus, em sua graça. Isto nos dá forças para que não nos desesperemos, mas aproveitemos as oportunidades para viver cristãmente. Com nossos atos podemos abrir portas para um testemunho com palavras. Por isso mesmo, é importante sempre estarmos preparados para dizer o porquê da nossa esperança.

IV. Textos para lembrar

I Pe 1.5 - nossa salvação não depende de nós, mas é mantida por Deus.

I Pe 1.18.19 - nosso resgate, pelo mais alto preço pago.

I Pe 2.9 - somos povo de Deus e proclamamos Suas virtudes.

I Pe 3.15 - sempre preparados para falar sobre a nossa esperança.

I Pe 3.18.19 - Cristo desceu ao inferno.

I Pe 3.21 - o valor do Batismo.

I Pe 5.6.7 - humilhação e confiança em Deus.

2 PEDRO

1. Nome, autor e data.

O apóstolo Pedro escreveu esta carta aos mesmos leitores de sua primeira carta (2Pe 3.1), provavelmente pouco depois da primeira (entre 63 e 64 A.D.).

Esboço

1. Saudação - 2 Pe 1.1,2

2. O verdadeiro conhecimento - 2 Pe 1.3-21

3. O conhecimento falso (os falsos mestres) 2 Pe 2.1-22 .

4. A volta de Cristo e o fim do mundo - 2 Pe 3.1-13

5. Exortação final - 2 Pe 3.14 -18

Conteúdo

A Segunda Epístola de Pedro mostra que a fé cristã é o verdadeiro conhecimento, em contraste com o falso conhecimento, propagado pelos falsos mestres. Havia o problema na Igreja de que falsos mestres estavam se introduzindo, não somente com o ensino de doutrina errada, mas com um modo de vida desregrado, desconsiderando a ética - O principal problema era que estes falsos mestres negavam a obra redentora de Cristo. Negavam também a volta de Cristo para o juízo, zombando da esperança cristã.

Pedro enfatiza a verdade da fé cristã, com base no testemunho ocular daqueles que estavam com Cristo e no fato de que as Escrituras não são palavras humanas, mas fruto da inspiração de Deus. Os falsos mestres, em contraste, baseavam seu ensino na malícia e na perversão dos Escritos bíblicos. Dois temas são particularmente importantes em 2 Pedro:

I) o testemunho sobre a Escritura Sagrada, que foi inspirada pelo Espírito Santo nas controvérsias com falsos mestres, ela são a base e fonte do verdadeiro conhecimento;

2) o retorno de Cristo e a conseqüente destruição do mundo presente e a criação de novos céus e nova terra – motivo de zombaria para os descrentes, mas de exortação a uma vida pura para os cristãos.

IV. Textos para lembrar

2 Pe 1.5-7 - o que acompanha a fé.

2 Pe 1.16-18 - a manifestação da glória de Cristo na Transfiguração.

2 Pe 1.20.21 - As Escrituras não são fruto de interpretação humana.

2 Pe 2.1 - os falsos profetas

2 Pe 3.8.9 - Por que demora a "chegada" de Cristo?

2 Pe 3.18 - uma exortação importante e sempre atual.

1 JOÃO

Nome, autor e data.

Esta é a primeira das três Epístolas (cartas) que o apóstolo João (o mesmo que escreveu o Evangelho e Apocalipse) escreveu. A data é provavelmente por volta de 95 A.D. João escreveu estas cartas quando já era bastante idoso. Morava na cidade de Éfeso, na Ásia Menor, onde servia como um "supervisor" do trabalho pastoral nas diversas Congregações.

Esboço.

I. Prólogo: Comunhão na fé em Cristo - I Jo 1.1-4

2. O caminhar na luz da conduta cristã, no amor e na fé - I Jo 1.5-2.29

3. O habitar no amor - I Jo 3.1-4.21

4. O exercício da fé - I Jo 5.1-12

5. Conclusão: A certeza da vida eterna em Cristo - I Jo 5.13-21

Conteúdo.

Na época em que João escreveu esta carta, a Igreja estava sendo ameaça da por um movimento religioso chamado Gnosticismo. Era uma doutrina com alguns elementos do cristianismo, mas principalmente dirigida pelo pensamento grego. O Gnosticismo dizia que a matéria é má. Assim um dos pontos que o separou da fé cristã era o fato que os gnósticos negavam a encarnação de Jesus e a ressurreição. Diziam que Cristo apenas pareceu ser humano.

João escreve para alertar seus leitores contra a heresia gnóstica, mostrando a eles alguns critérios para verificar quem eram os falsos mestres. Estes critérios também servem para mostrar a manifestação da fé verdadeira: vida reta, amor fraternal e a confissão de que Jesus é o Filho de Deus que se encarnou para nos salvar. João, em sua carta, quer fortalecer os seus leitores no conhecimento, na alegria e na certeza da fé cristã, para que não se deixem levar pela pregação dos falsos profetas ("anticristos") e para que vivam uma vida cristã genuína.

Textos para lembrar.

I Jo 1.1-3 - A nossa comunhão em Cristo.

1 Jo 1.7b - "O sangue de Jesus. Seu Filho. nos purifica de todo o pecado".

I Jo 1.9 - “Se confessarmos os nossos pecados. Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”.

1 Jo 2.1.2 - Cristo, o nosso Advogado junto ao Pai, cobre os pecados do mundo

1J 2.18.19 - os anticristos, que saíram do meio da Igreja - estavam lá, mas não faziam parte.

1 J 3.15 "Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino".

1 J 4.1 Ponhamos à prova os que ensinam a palavra, para verificar se não são falsos profetas.

1 J 4.7-21- o amor de Deus por nós, refletido em nosso amor, uns pelos outros.

1 Jo 5.20 - "Jesus Cristo - este é o verdadeiro Deus e a vida eterna."

2 e 3 JOÃO.

I. Nome, autor e data.

O apóstolo João é considerado o escritor de ambas as cartas, apesar de que ele não se identifica pelo nome, mas se autodenomina "o presbítero", possivelmente uma referência à sua idade (presbítero = ancião) e função como apóstolo. Foram escritas, ao que parece, por volta de 95 A.D.

Esboço.

2 João.

I. Saudação - 2 Jo 1-3

2. O andar na verdade, pelo amor - 2 Jo 4-6

3. Como tratar os falsos mestres - 2 Jo 7-11

4 Conclusão - 2 Jo 12.13

3 João.

1. Saudação - 3 Jo 1

2. Elogio a Gaio pela sua hospitalidade - 3 Jo 2-8

3. Admoestação a Diótrefes, pela arrogância e falta de amor. 3 J 9-11.

4. Elogio a Demétrio - 3 Jo 12

5. Conclusão - 3 Jo 13-15

Conteúdo.

Estas duas epístolas, os dois menores livros da Bíblia, trazem em comum, além do autor, a preocupação com um tema prático, mas com implicações teológicas sérias. Ambas falam de hospitalidade. Em 2 João, o apóstolo se dirige "à senhora eleita" (provavelmente uma referência a uma Congregação local), exortando ao amor fraternal mas alertando contra o receber falsos profetas em casa. Recebê-Ios seria abrir-lhes a porta para a mensagem falsa que traziam. É um alerta sério para os cristãos em todos os tempos, para que não se deixem levar por doutrinas anticristãs.

Em 3 João o caso se inverte. João elogia a Gaio, para quem a carta é dirigida, por ele acolher os "irmãos". Estes eram, ao que parece, pregadores da palavra, enviados por João. O apóstolo também critica a atitude de um líder da Igreja local que, em uma atitude de prepotência e falta de amor, recusava-se a aceitar que tais irmãos fossem recebidos. A hospitalidade para com os que vêm na mesma fé, particularmente para proclamar esta fé, é marca do amor cristão.

JUDAS.

Nome, autor e data.

Judas era irmão de Tiago (v. I), ao que tudo indica irmão de Jesus (Me 6.3), escrito provavelmente por volta de 65 A.D.

Esboço:

Saudação - J d 1.2

Falsos mestres na Igreja - Jd 3-16

Conselho aos crentes - Jd 17-23

Benção final J 24-25.

Conteúdo.

Judas pretendia escrever um tratado doutrinário (v. 3), mas viu-se na necessidade de tratar da questão dos falsos mestres, que estavam se introduzindo na Igreja. Sua carta é um aviso importante sobre como estes falsos mestres têm-se manifestado na história, como Deus lhes têm prometido juízo. É também uma exortação para que a Igreja não se deixe enredar pelos falsos ensinos.

Uma curiosidade nesta carta é o uso de escritos apócrifos (I Enoque e Assunção de Moisés). Isso não implica que estes escritos sejam inspirados, mas que trazem alguma verdade, que pode ser citada pelo autor bíblico.

APOCALIPSE.

Nome, autor e data.

O apóstolo João escreveu Apocalipse (que significa: Revelação, desvendamento) por volta do ano 95 A.D, quando estava exilado na ilha de Patmos, perto da Ásia Menor.

Esboço.

1. Introdução - Ap 1.1-5.14

2. A profecia - As coisas que hão de acontecer antes do fim - Ap 6.1-16.21

3. O fim - a vitória gloriosa de Cristo e o julgamento do mal - Ap 17.1-22.21

Conteúdo.

O Apocalipse é o livro que mostra a vitória final de Cristo contra as forças do mal. Popularmente o Apocalipse é considerado um livro que trata do fim do mundo. De fato, este é um tema importante no livro. Mas não é o único. É um "desvendamento'" (revelação) das coisas que acontecerão, na história da Igreja cristã, na volta de Cristo para o Julgamento Final e na vida gloriosa nos céus. A história relatada pelo Apocalipse vai desde a vitória de Cristo, com Sua missão no mundo e sua Ascensão, até os novos Céus e nova Terra (a eternidade).

As pessoas muitas vezes reagem com espírito especulativo (curiosidade) ou com terror diante da mensagem do Apocalipse. Nenhuma destas deveria ser a reação do cristão. Este livro traz o consolo mais seguro para a Igreja que vive neste mundo, em meio a perseguições, tentações e pecado. O objetivo do Apocalipse não é levar-nos a satisfazer a nossa curiosidade quanto ao fim do mundo, nem nos conduzir ao medo. Seu propósito é assegurar-nos da vitória final que temos em Cristo.

Um dos fatores que dificultam o entendimento do Apocalipse é que o livro usa de uma linguagem simbólica. Cores, figuras e números não devem ser interpretados literalmente, mas representam algo. O significado destes deve ser buscado tendo em vista o uso dos símbolos no restante da Escritura, especialmente nos profetas do Antigo Testamento.

Textos para lembrar.

Ap 2.10 - "Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida".

Ap 3.10 - a promessa de Cristo de guarda-nos firmes na hora da provação.

Ap 3.19 - a repreensão de Deus visa o arrependimento.

Ap 5 - "Digno és, ó Cordeiro ..." - Jesus abre o livro selado, o livro dos destinos do mundo.

Ap 21.1 - o "novo céu e nova terra".

Ap 21. -t. - não haverá mais morte, nem dor, nem nenhuma lamentação.

Ap 22.20 - "Certamente venho sem demora. Amém. Vem. Senhor Jesus.”.