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01 julho 2011

DANIEL

ESTUDO NO LIVRO DE DANIEL

Introdução (Baseada em Hernandes Dias Lopes pp. 13-16)

“Hoje, no início do século 21, o mundo diz à igreja que enfrente os seus próprios pecados. A igreja evangélica cresce em número, mas não em vida; toma de assalto a nação, mas não produz transformação moral; tem os meios de comunicação nas mãos, mas tem pouca mensagem de Deus para pregar ao povo; parece que está mais interessada em granjear as riquezas do mundo que em oferecer ao mundo as riquezas do céu. Estamos no fragor de uma crise avassaladora, a crise de integridade... na família, nas instituições públicas, na educação, no comércio, na política” (p.13s.)

Estes problemas não são apenas periféricos, mas sintomas de abalo nos critérios da própria verdade e seus absolutos.

A mensagem de Daniel é necessária para nossos dias, embora soe desagradável, devido à perda dos critérios morais e espirituais.

Daniel viveu num tempo em que a verdade estava sendo pisada e a religião tinha perdido a sua integridade, pois neste tempo o rei Jeoaquim queimou o rolo da Palavra de Deus que continha as mensagens do profeta Jeremias e mandou prender o mensageiro (Jr 36.20-26). Jeoaquim era também assassino. Porque as mensagens do profeta Urias eram contrárias aos seus interesses, ele mandou matá-lo. Urias fugiu para o Egito, mas Jeoaquim mandou seqüestrá-lo. Ele foi trazido à sua presença e morto à espada (Jr 26.20-23)

Cenário Político

As maiores potências na época eram Egito e Assíria.

O Rei do Egito subira para batalhar contra a Assíria. Josias, rei de Judá, resolveu atacá-lo no caminho, mas morreu na batalha de Carquemis (608aC), então o rei do Egito impôs pesado tributo sobre Judá e constituiu a Jeoacaz em seu lugar (2 Rs 23.31-35)

Conteúdo do Livro

Trata da soberania de Deus na história e o cuidado que ele tem daqueles que o temem.

É um livro histórico e profético (descreve a história antes de acontecer. É a antecipação do futuro) – Olha para o passado, interpreta o presente e descobre o futuro. Revela-nos como podemos ser íntegros na adversidade ou na prosperidade e que devemos confiar em Deus não apenas pelo que ele faz, mas, sobretudo, pelo que ele é. Mostra que em vez de correr atrás de milagres, deveríamos buscar avidamente a integridade; em vez de buscar as bênçãos deveríamos buscar o Deus das bênçãos. O Doador é mais importante que a dádiva. Aqueles que conhecem este Deus jamais se inclinam diante dos homens.

Este livro também tem grande Evangelho. Ele mostra como Deus está governando a sua igreja para um final vitorioso mesmo através de vales escuros, estradas com espinhos, prisões, etc. Sua igreja, embora pequena, será vitoriosa.

Este livro é chamado de Apocalipse (Revelação) do Antigo Testamento. Seu conteúdo aponta para a vitória final de Cristo e de sua igreja.

Do Prefácio ao Livro de São Daniel (Martinho Lutero. OL Vol 8, pp 61-98)

Alguns anos antes da destruição de Jerusalém, Daniel chegou à Babilônia, sob o rei Joaquim, o qual o rei Nabucodonozor mandara prender; levou também alguns dos melhores homens e vasos do templo (Dn 1.1s.) (Cf 2 Rs 24.1-17 e 2 Cr 36.5-8).

Dn 1.1s.

O capítulo 1 fala da integridade de Daniel como homem santo, temente a Deus, de grande e corajosa fé em Deus em meio ao depravado ambiente pagão na Babilônia. Ele manteve-se fiel. Por isso Deus lhe demonstra grande graça e o exalta em termos espirituais, dotando-o de sabedoria e entendimento acima de todas as pessoas, e também o eleva em termos profanos, realizando por seu intermédio, grandiosos prodígios e obras.

Com isso Deus demonstra a todos nós o quanto ele ama e aprecia os que o temem e nele confiam, estimulando-nos, com esse grande exemplo e com muita amabilidade, ao temor e à fé para com Deus.

vv. 1-21 = apresenta os personagens que vão protagonizar os episódios relatados nos capítulos seguintes e os propõe como modelo de fidelidade ao Deus de Israel. A corte real da Babilônia tem um ambiente completamente pagão. Daniel e os seus companheiros de exílio decidem não se contaminar comento alimentos que a lei de Moisés declara impuros, e Deus, em recompensa lhe concede uma saúde excelente (v.15) e uma sabedoria superior a dos magos e encantadores do rei (v.17, 20). O relato mostra como o Senhor protege aqueles que se mantêm fiéis a ele, mesmo em circunstâncias adversas (Cfme. 3.19-30).

v.1 = ano de 606 aC (cfme. 2 Rs 23.36-24.6). Nesta época Nabopolasar, pai de Nabucodonozor, ainda reinava na Babilônia, mas visto que estava muito velho e doente, o filho já assumia o comando visto ser o príncipe herdeiro e chefe supremo do exército. Ele assumiu ganhou o título de rei no ano 605 aC quando houve a batalha de Carquemis que assegurou aos babilônios do domínio sobre a Síria e a Palestina (Jr 46.2), onde ele é aclamado rei antes que o fosse plenamente.

v.2 = “O Senhor lhe entregou nas mãos... utensílios da Casa do Senhor Deus... levou-os para a terra de Sinar (= Babilônia, cfme. Gn 11.2, o mesmo nome que há no relato da torre de Babel), para a casa do seu deus”. Isto prepara o relato odo banquete de Belsazar (Dn 5.2-3).

v.3 = “chefe dos eunucos”. Chefes do serviço do palácio. Cfme. Jr 29.1-2: “Oficiais”; inicialmente eram designados com este nome os servos que haviam sido castrados. A sua função era atender e cuidar do harém. Mas os eunucos chegaram a ter tanta importância nas cortes dos reis, que o termo deixou de ser usado exclusivamente no seu sentido literal e passou a designar também os funcionários de máxima confiança do rei. No texto de Gn 39.1, assim era chamado Potifar, que era casado.

v.3-4 = “a cultura e a língua”. Os jovens deviam receber uma educação especial que os capacitaria para exercer as funções de magos e encantadores do rei (Dn 2.2-4). Para isto tinham de conhecer a cultura e a língua (aramaico 2.4), isto é, a literatura dos caldeus, especialmente os textos antigos relativos à magia, astrologia e adivinhação.

“caldeus”. Este vocábulo designava originalmente uma tribo do sul da Babilônia, que chegou a dominar todo o país, e dela procedia a dinastia de Nabucodonozor (Gn 11.28; cfme. Dn 5.30 e 9.1). Mas mais tarde quando os astrólogos e adivinhos da Babilônia se tornaram famosos por toda parte, o termo foi usado para designar também os magos e as pessoas iniciadas nas ciências ocultas (Dn 2.4; 4.7; 5.7-11).

v.7 = A mudança de nome era interpretada no Antigo Oriente como uma afirmação de domínio (Gn2.19-20; 41.45; 2 Rs 23.34; 24.17).

Beltessazar (Daniel), parece ser a transcrição de um nome babilônico que significa “ele protege a sua vida”, subentendendo-se que o sugeito da frase é um deus como Bel ou Marduque.

Abede Nabu, que significa “servo de Nabu”.

O significado dos nomes Sadraque e Mesaque ainda não se pode determinar.

A respeito dos deuses:

Marduque era o principal deus da cidade e do império babilônico O mais famoso dos mitos da Babilônia se baseia em Gn 1.21 [“Criou, pois Deus os grandes animais marinhos”]. Segundo o mito babilônico, a criação do mundo fora precedida pelo nascimento de várias gerações de deuses e pela vitória do deus Marduque sobre o monstro marinho, que era a personificação do caos original. Gênesis, ao contrário, fala de um único Deus, que existe desde sempre e que, por si mesmo, cria o universo pelo poder da sua palavra. Como tudo que existe foi criado por Deus, já não há mais lugar para a adoração de fenômenos da natureza ou de qualquer outro ser animado ou inanimado.

Bel é o mesmo que Baal em Is 46.1, significa Senhor ou dono. Na Babilônia esse título era dado a vários deuses;

Nebo em Is 46.1 é o nome hebraico de Nabu, outro dos deuses babilônicos. Considerado filho e intérprete de Marduque, era venerado como deus da escrita e da sabedoria. A dinastia reinante na Babilônia o cultuava de forma especial, como o testemunha, entre outras coisas, no próprio nome do rei Nabucodonozor.

v.8 = “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei”. Esta decisão se deve ao fato de que as iguarias que eram servidas na mesa do rei podiam estar preparadas com a carne de animais impuros (Cfme. Lv 11; Dt 14.3-21) ou de que não se tirara o sangue conforme as prescrições rituais (Dt 12.23-24). Além do mais, os jovens não queriam se expor ao perigo de comer alimentos ou beber vinho que, talvez, pudessem ter sido antes oferecidos aos ídolos (Dt 32.38; 1 Co 10.21).

v.16 = O escritor bíblico não usa os nomes pagãos, mas retoma os nomes originais dos filhos de Judá.

v.17 = A interpretação de sonhos tinha grande importância no Antigo Oriente, porque eram considerados um meio para entrar em contato com a divindade. A Bíblia, por sua vez, mostra que Deus pode se utilizar deles ocasionalmente, para revelar a sua vontade e os seus desígnios (Nm 12.6; 1 Rs 3.5; Jl 2.28; Mt 1.20; 2.12) mas não deixa de advertir contra os sonhos enganosos e puramente ilusórios (Jr 23.25, nota; Zc 10.2).

v.21 = “primeiro ano do rei Ciro”, isto é, o ano 538 aC (Ed 1.1). Isso não significa que Daniel tenha morrido nessa data, já que no terceiro ano de Ciro está ainda em plena atividade (Dn 10.1). O texto dá a entender, melhor, que ele ainda estava na corte real da Babilônia, quando esse império passou para as mãos dos persas (Is 41.2, nota), o que equivale a 68 anos de atividade na Babilônia.

O capítulo 2 inicia com a glória de Daniel originada pelo sonho do rei, o qual Daniel interpreta por meio de revelação divina. Isto torna Daniel um potentado, bispo e superior de todos os clérigos e eruditos. Isto também serve para consolo do povo judeu, para que não desespere ou se impaciente no exílio, como se Deus o tivesse repudiado, anulando sua promessa de Cristo. O governo da Babilônia está a cargo de um judeu cativo, não cabendo esta glória a um babilônico. Tão espantosa é a maneira de como Deus conduz os seus crentes, proporcionando muito mais do que a pessoa pode desejar!

O sonho e a imagem estão retratados no próprio texto e tratam dos quatro reinos, que são: 1º assírios ou babilônicos; 2º dos medos e persas; 3º Alexandre Magno e dos gregos, e, 4º romanos – isto tudo é demonstrado pelo desenrolar da história. O 4º é como as coxas de ferro que começam a se dividir nos dedos dos pés como três aspectos referentes ao império romano. A saber: 1) os artelhos estão divididos como a origem do pé de ferro, assim também o império romano está dividido em Espanha, França e Inglaterra. Aí foi a origem, tendo sido transplantado desde os gregos até os alemães, preservando, mesmo assim, a natureza férrea, embora venha a ser um reino dividido, ele terá raiz, planta ou estirpe de ferro. 2) Esses artelhos divididos são desiguais, parte de ferro, parte de barro, o que ele próprio interpreta no sentido de que será um reino dividido, em parte poderoso, em parte fraco. 3) Esses reinos estarão divididos, desiguais e confundidos uns com os outros, de modo que será um império tão fraco que ficará continuamente buscando alianças, só que não encontrará fidelidade. Ou seja, terá que ter a sua força e vitória exclusivamente pela providência de Deus.

A montanha da qual a rocha é arrancada sem auxílio de mãos humanas, alguns interpretam como sendo a virgem Maria, da qual nasceu Cristo, sem participação humana, o que não deixa de ser uma formulação cristã. Mas a montanha bem poderia ser todo o reino judaico, do qual veio Cristo, sendo sua carne e sangue, mas que foi arrancado do seio deles, vindo a ter com os gentios, onde se tornou Senhor em todo o mundo, em todos esses quatro reinos, e também continuará sendo.

O capítulo 3 descreve mais uma vez, um grande e prodigioso sinal de fé: os três homens sendo preservados na fornalha ardente. Dessa forma, Deus se tornou conhecido e exaltado pelo rei em todo o reino, inclusive por meio de mensagens escritas. Isso sucede mais uma vez para conforto dos judeus cativos,, os quais, juntamente com seu Deus, eram totalmente desprezados na Babilônia e nada representavam entre os tiranos e falsos deuses. Mas aqui seu Deus é sumamente exaltado, acima de todos os deuses. Isto para que não deixem de crer firmemente que ele pode e quer resgatá-los a seu tempo e, enquanto isso, se confortem atendo-se a essa sua glória e prodígio.

O Capítulo 4 aponta para o excelente exemplo contra os desatinados e tiranos. A ânsia pelo poder o fez enlouquecer. Deus o castiça levando-o a loucura, mas lhe devolve a razão quando ele levanta os olhos ao céu em sinal de submissão à soberania do Deus único (v.34).

Deus derrubou do seu trono os poderosos e acatou os humildes (Lc. 1.52).

v.10 = Ezequiel também compara Faraó com um imenso cedro do Líbano, abatido por Deus por causa da sua soberba (Ez 31.2-12; cf Is 1’4.4-20; Ez 29.1-19).

v.16 = “Coração” não são os sentimentos, mas significa o uso da razão

“Sete tempos”, significa períodos ou anos.

v.30 = A ciência moderna conhece uma forma de paranóia crônica que apresenta os sintomas aqui descritos, chamada de cinantropia e licantropia.. O atacado desta enfermidade costuma vagar de noite, bramindo como animal. Este fenômeno é descrito por Eusébio de Cesaréia sobre “Patologia Grega”.

v.34 = é a prática do que disse em 2.21: “E Deus quem remove e estabelece reis”.

Capítulo 5. Aqui o tirano empedernido e impenitente, seguro e contente em sua maldade, é punido sem qualquer misericórdia

O Capítulo 7. Iniciam as profecias sobre os reinos futuros, principalmente sobre o reino de Cristo. É idêntico ao de 2.31-43, só que agora com 4 animais

Animal 1: Leão com duas asas de águia = império da Assíria e Babilônia. As duas asas são as duas partes do reino (Assíria e Babilônia). Tinha mente de homem, quer dizer um coração bom.

Animal 2: Urso = reino na Pérsia e na Média, que destruiu o da Babilônia, arrancando-lhe as asas. Entre os dentes havia 3 costelas, i. é., três grandes e longos dentes, que são os 3 grandes reis: Ciro, Dario e Xerxes, que comeram muita carne, i. é., conquistaram muitas nações.

Animal 3: Leopardo, de 4 asas e 4 cabeças = reino de Alexandre Magno na Grécia, deste surgiram 4 reinos conforme o capítulo 8.

Animal 4: com dentes de ferro = império romano com o qual o mundo chegará ao fim, pois aqui Daniel fala sobre o juízo final e os santos que sucedem este reino.

Os 10 chifres são 10 reinos: Síria Egito, Ásia, Grécia, África, Espanha, Gália, Itália, Germânia e Inglaterra.

O pequeno chifre que expulsará 3 dos 10, é Maomé ou o turco que dominará o Egito, Ásia e a Grécia.

“Ancião de Dias”, aqui se refere a Deus.

O Capítulo 8. Esta visão refere-se somente aos judeus.

V14. Os 1.150 dias que durou a profanação do templo de Antioco IV em Jerusalém entre 168 e 165 aC. Este homem foi também interpretado como o anticristo. Ele morreu de desgosto quando foi buscar dinheiro na Pérsia e Judas Macabeu derrotou os judeus nesse período. Morreu em terra estranha sem o auxílio de mãos humanas.

LITURGIA PENTECOSTES

IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL

PENTECOSTES

LOUVOR:

PRELÚDIO: Entrada dos Pastores

SAUDAÇÃO:

HINO: 133 HL

INVOCAÇÃO:

O: Em nome de Deus PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO. C: Amém.

CONFISSÃO DOS PECADOS

Oficiante - O Senhor misericordioso nos aconselha através do profeta Jeremias: “Examinemos seriamente o que temos feito e voltemos para o Senhor”. O Apóstolo João diz: “Se dissermos que não temos pecados, enganamos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é justo: “perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda a maldade.” Abramos os nossos corações a Deus que está no céu e confessemos nossos pecados cantando o hino “Tal como estou tão pecador”

Todos: 347 HL (estrofes 1,2,3 e 4) (DE PÉ)

ABSOLVIÇÃO

O: Deus tem sempre uma boa notícia para todos os que estão arrependidos e desejam corrigir suas vidas: Ele nos amou e mandou o seu Filho Jesus Cristo justamente por sermos pecadores. O seu sofrimento e morte cobriram todos os nossos pecados e pagaram a nossa culpa. Crendo em Jesus receberemos o perdão e somos revestidos por sua justiça. Por isso, fundamentados na Palavra de Deus, como ministro da Palavra digo: A paz de Deus esteja em vossos corações. Estão perdoados todos os vossos pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém

Todos: 347 HL (estrofe 5) (DE PÉ)

CORAL:

SALMO 25.1-15

GLÓRIA PATRI - Glória ao Pai...

KYRIE: Senhor, tem piedade de nós

ORAÇÃO: Todos: Ó Deus, neste dia mais uma vez ensinaste os corações de teu povo fiel ao enviar-lhe a luz de teu Espírito Santo. Concede-nos, em nossos dias, o mesmo Espírito, para termos a correta compreensão de todas as coisas e sempre nos alegrarmos na sua santa consolação; através do mesmo Jesus Cristo,teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre, amém.

LOUVOR DAS CRIANÇAS

GRUPO DE LOUVOR:

LEITURAS BÍBLICAS:

1ª LEITURA: Atos 2.1-21

EVANGELHO: João 7.37-39

CONFISSÃO DA FÉ: Credo Apostólico.

HINO: 140 HL

MENSAGEM

OFERTAS

ORAÇÃO GERAL

PAI NOSSO:

HINO: 33 LS

A SANTA CEIA

Nosso Senhor Jesus Cristo, na noite em que foi traído, tomou o pão, e, tendo dado graças, o partiu e o deu aos seus discípulos, dizendo: Tomai, comei, isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória minha.

E semelhantemente também, depois da ceia, tomou o cálice, e, tendo graças, lho entregou, dizendo: Bebei todos deste, este cálice é o Novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós para a remissão dos pecados. Fazei isto, quantas vezes o berberes, em memória minha.

O: A Paz do Senhor seja convosco para sempre!

CORDEIRO DIVINO:

DISTRIBUIÇÃO:

AÇÃO DE GRAÇAS

Todos: Agora despedes...

O: Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice:

C - Anunciais a morte do Senhor até que venha.

O - Demos graças ao Senhor e oremos:

Todos: Onipotente Deus, nós te rendemos graças, porque nos reconfortaste por este dom da salvação. Suplicamos-te que concedas por tua graça que o mesmo nos fortaleça a fé em ti e nos dê ardente AMOR para com o nosso próximo, mediante Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor. Amém.

Bênção: Amém, amém, amém

Hino Final: 135 HL

SANTA CEIA

Estudo Bíblico

Santa Ceia

1. O que é ceia do Senhor?

Santa ceia outra coisa não é que a celebração da Páscoa, ou seja, relembrar a morte e a ressurreição de Cristo. Êxodo do povo de Israel do Egito – Libertação (Êx 12). Esta ceia somente os Cristãos celebram, onde ao lado do pão e vinho, os cristãos comem e bebem o corpo e o sangue de Cristo. Isto é assim porque Cristo mesmo afirmou ser desta forma. (Mt 26.26-28)

Outros nomes: Santa Comunhão – união do crente com o seu Senhor At 2.42; Mesa do Senhor – temos o alimento celestial 1º Co 10.21; Sacramento do altar – é normalmente celebrada num altar na casa de Deus; Partir do pão – lembramos que o pão foi partido por Cristo At 2.42; 1º Co 10.16 e 17.

Instituição Divina e perene – A Ceia do Senhor foi instituída por Cristo e por isso ela é permanente. Pelas palavras de Cristo nesta instituição serem claras, Devemos tomar o sentido da palavra como Cristo diz, embora não as consigamos entender (Ef 3.20).

Sustentamos que esta instituição é permanente e deve ser observada na igreja até os fins dos tempos em memória de Cristo (Lc 22.19). Fazemos isso até a sua volta (1º Co 11.26).

2. O que está presente na mesa do Senhor?

Os elementos visíveis – Pão. Usamos o pão Asmo porque a Santa Ceia foi instituída na Festa dos Pães Asmos (Lc 22.7). Também se tem uma conexão com o Êxodo (Êx 12)

O vinho. O cálice era o fruto da videira (Mt 26.29). A festa da Páscoa era celebrada com vinho e por isso Jesus usou vinho ao instituir a Santa Ceia. Assim procederam os cristãos primitivos (1º Co 11.21).

Os elementos celestes – São o corpo e o sangue de Cristo que estão presentes verdadeira e essencialmente. Entre esses elementos existe uma união ímpar.

Doutrinas dos elementos da Ceia do Senhor:

Transubstanciação – Doutrina ensinada pela igreja Católica. Na Missa o padre tem o poder de transformar o pão em corpo de Cristo e o vinho em sangue de Cristo. Isso também é chamado de Corpus Cristis. Essa doutrina tornou-se oficial na Igreja Católica no concílio Lateranense de 1215 e foi reafirmada no Concílio de Trento de 1545-1563. Para rebater essa doutrina usamos 1º Co 10.16 e 11.26-28.

Representação – Doutrina ensinada pelos Reformados (Zuinglianos ou Calvinistas) => Presbiterianismo, Quadrangular, Congregacionais. O pão e o vinho simplesmente significam ou representam o corpo e o sangue de Cristo. Têm os elementos da Santa Ceia como um simbolismo. Se realmente fosse assim não teria validade o que Paulo diz em 1º Co 11.27. Ler também: 1º Co 10.15-16; 1º Co 11.26-28.

Doutrina Bíblica – Na Santa Ceia, quando comemos o pão recebemos o corpo de Cristo; quando tomamos o cálice recebemos o seu sangue (presença real). Os discípulos tomaram as palavras de Cristo no seu sentido simples e natural, a saber, que comeram pão e também o corpo de Cristo, beberam o vinho e também o sangue de Cristo. Isso é afirmado por Paulo em 1º Co 10.16. Não poderia haver comunhão entre o pão e o corpo se o corpo de Cristo não estivesse essencialmente presente. (Lc 22.19-20)

3. O que é necessário para uma instituição ser realmente sacramento?

Quatro coisas são necessárias para ser sacramento:

A) Um ato Sagrado instituído por Deus;

B) Meios externos (Pão e vinho);

D) Devem estar unidos a palavra;

E) Dar perdão de pecados ou outras bênçãos adquiridas por Cristo na cruz. (Mt 26.28)

4. Quais são os objetivos da Ceia do Senhor?

A) Certeza de que os nossos pecados são perdoados pela fé em Cristo Jesus;

B) Dar força e encorajamento para vivermos aqui neste mundo;

C) Lembrar-nos sempre da sua morte que nos deus vida e perdão de pecados;

D) O corpo e o sangue de Cristo foram expiação pelos nosso pecados;

E) Proclamar que somos um em Cristo e um em todos.

Cristo nos deu o seu corpo e derramou o seu sangue para fazer expiação pelos nossos pecados e para proclamar que somos um em Cristo e um em todos. (Lc 22.19-20; 1º Co 11.26; 1º Co 10.17)

5. Todos os que vão a esta Ceia recebem estas bênçãos automaticamente?

Por natureza ninguém é digno da Ceia do Senhor, a dignidade é um dom da graça de Deus. Esta dignidade se concretiza na fé nas palavras “por vós”.

Os que não crêem na presença real, não crêem no perdão dado na Santa Ceia, não confiam em Jesus Cristo como Salvador, esses recebem o sacramento para a sua condenação, pois as palavras “por vós” exigem corações verdadeiramente crentes.

(1º Co 11.27,29,30; Hb 11.6)

6. Quem não deve comer e beber na Santa Ceia?

Aqueles que não podem examinar-se por ignorância; quem não tem nenhuma intenção de abandonar o seu pecado para servir a Deus; aqueles que não são um na doutrina e na comunhão cristã; e aqueles que estão zangados com outros, aqueles que ensinam ou seguem doutrinas falsas. (1º Co 10.21; At 2.42; Mt 5.23-24; Rm 16.17)

7. O que deve ser feito antes de participar desta Ceia? (1ºCo 11.28,29,31)

a) Examinar os nossos corações com muito cuidado;

Na liturgia temos uma breve forma de nos examinarmos:

I. Estai verdadeiramente arrependidos de vossos pecados?

II. Credes em Jesus Cristo?

III. Queres corrigir a vossa vida pecaminosa com o auxílio do Espírito Santo?

b) Nós reconhecemos que o corpo e sangue de Cristo então no pão e no vinho?

c) Nós temos um coração contrito e quebrantado por causa dos nossos pecados e fraquezas?

d) Desejamos nos arrepender dos nossos pecados favoritos?

e) Cremos na vitória de Cristo sobre o pecado?

f) Queremos participar junto com os nossos semelhantes? (Sl 51.17; Mc 1.15)

8. Devemos participar da santa ceia se pecamos ou temos uma fé fraca?

Podemos nós sempre virmos a Jesus: a) Manchados de pecados; b) desanimados; c) deprimidos. Tanto mais razão temos de vir à ceia do Senhor. Jesus irá sempre, com amor, nos receber, perdoar e fortalecer. (Mc 9.23, 24; Jo 6.37)

9. Porque devemos receber a ceia do Senhor com freqüência?

a) Jesus nos disse que assim o fizéssemos, em sua memória;

b) Renovamos a certeza de que todos os nossos pecados estão perdoados;

c) Podemos obter paz e força espiritual;

d) O exemplo dos primeiros cristãos que em todos os cultos celebravam a ceia;

e) Fortalece a nossa comunhão com Cristo e com os irmãos;

f) Testemunhamos a morte salvadora de Jesus.

(1º Co 11.25-26; Lc 22 19-20)

10. O que dizer para uma pessoa que não deseja participar da Santa Ceia?

A) Meter a mão no peito e verificar se ainda tem carne e sangue (Rm 7.18; Gl 5.19-21);

B) Verificar se ainda está no mundo. No mundo não há falta de pecado (Jo 15.18,19; 1ºJo 2.15,16; 5.19)

C) Tem o diabo ao seu redor a todo o momento. (1ºPe 5.8,9; Ef 6.11,12)