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28 dezembro 2009

LITURGIA DE ANO NOVO PARA O ANO DE 2010


      PAROQUIA EVANGÉLICA LUTERANA JESUS SENHOR
          LITURGIA DE ANO NOVO PARA O ANO DE 2010

             01. Saudação:
             Novamente mais um ano terminou. E aqui está o povo de Deus para louvar e agradecer por mais um ano concedido. Penso para trás e para frente, onde a graça de Deus nos guardou e nos cuidou, a Jesus Cristo a nossa gratidão e ao Espírito Santo pela fé e vida cristã pelo ano de 2009 que passou.
 Também lembramos que o destaque da IELB para o ano 2009 foi acompanhados por Deus com a força que Cristo nos dá em qualquer situação. E, por este motivo as famílias sempre se reuniram como filhos de Deus, para pela graça de Deus, usufruírem das misericórdias divinas. E esta graça de Deus também se manifestou quando Jesus foi levado para o templo no oitavo dia para cumprir a lei de Deus ao ser circuncidado.

02. Invocação:
     O. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Quando a nós, confiamos em ti, Senhor. Tu és o nosso Deus. Nas tuas mãos estão os nossos dias. Até aqui nos ajudou o Senhor
03. Hino: 307

04. Exortação:
      Estimados irmãos em Cristo: Iniciando este Novo Ano; pensamos e olhamos para trás e percebemos o quanto temos falhado com a nossa missão da igreja. Mesmo que acompanhados por Deus em toda e qualquer situação, nós falhamos na obra da missão de evangelização. No entanto, para recebermos as bênçãos de Deus neste culto de Ano Novo, devemos ter um verdadeiro arrependimento e querer corrigir nossas vidas pecaminosas. Portanto, vamos reconhecer todas estas falhas e tropeços cometidos por pensamentos e atitudes. Que Deus nos conceda humildade em nossa confissão de pecados!

05. Confissão de pecados:
      Amado Pai: Terminou mais um ano. É tempo Senhor de confessar e agradecer. E isto faz parte da minha vida. Isto faz parte de teu amor. Muitas oportunidades de alegrias e de adoração me foram dadas durante o ano que terminou. Penso para trás e para frente. Atrás de mim uma corrente de bênçãos incontáveis, como: A tua Palavra, a Santa Ceia, o pão nosso de cada dia e presentes imerecidos. Sou-te muito agradecido por tudo, ó Deus. Pois és um Deus gracioso.
Olho para trás e vejo: São os meus muitos pecados, maus pensamentos, desejos impuros, atitudes escandalosas. Ó Deus, não quero levar esta bagagem comigo, quero que morra e desapareça com o velho ano.
Senhor perdoa-me, pelo sangue de Cristo, por ti perdoado sou bem-aventurado. Teu perdão me dá otimismo, coragem e segurança que tanto necessito e preciso para este Novo Ano e todos os dias de minha vida. Senhor o Novo Ano chegou! Como será? Que me espera? Tu sabes tudo, Senhor. Tu és o meu Bom Pastor, nada me faltará. Tu me guias pelas veredas da justiça. Teus caminhos são perfeitos. Deus Pai! Seja feita a tua vontade. Entrego o meu caminho ao Senhor, confio nele, e o mais ele fará. Amém!


06. Absolvição:
      Irmãos em Cristo Jesus: Com estas palavras de confissão, agora como servo de Deus e ministro da Igreja, chamado e ordenado, anuncio-vos a graça do Deus misericordioso; e em seu nome e por sua ordem perdôo todos os vossos pecados em nome do Pai e do Filho e do espírito Santo. Amém!

07. Leitura do salmo do dia:
     Glória Patri:
     Canto: Glória ao Pai e ao filho e ao Santo Espírito, como era no princípio, agora é e por todo o sempre há de ser! Amém.
Senhor tem piedade de nós. Cristo tem piedade de nós. Senhor tem piedade de nós.

      O. O Senhor seja convosco.         C. E com o teu espírito.
08. Oração do dia:
     Onipotente Deus e Pai, tua misericórdia se renova todas as manhãs. Mesmo não merecendo, providencias sempre o necessário para o nosso corpo e nossa alma. Continue renovando a tua misericórdia sobre nós e sobre este Novo Ano. Dá-nos o teu Santo Espírito, a fim de que, reconhecendo de coração a tua bondade e que o nome do teu Filho seja adorado e glorificado como o verdadeiro Deus. Agradecemos os muitos benefícios e te servimos com voluntária obediência até ao fim. Por Cristo, teu Filho, nosso Senhor e Salvador. Amém.

09. Hino:
10. Leituras da Palavra:
11. Confissão da fé:
12. Hino:
13. Mensagem de Novo Ano
      Ofertório:
      Cria em mim...
14. Hino e ofertas:

15. Oração Geral da Igreja:
       Deus Eterno! Por tua graça encerramos mais um ano de nossa existência e de nossa caminhada na terra. Senhor, quantas são as bênçãos que nos concedeste no ano que passou!  Por causa dos nossos pecados, mereceríamos apenas ira e castigo. No entanto, mantiveste e deste atua igreja a tua palavra e os sacramentos.
Deste-nos grande abundância de bens para o corpo e alma. Guardaste, a tua igreja de ensinamentos falsos e perseguições da fé. Protegeste; nossa casa, família e nossa vida de toda desgraça fatal. Como encontrar palavras para te agradecer o suficiente? Como demonstrar, por tudo, a devida gratidão? Eis que te oferecemos, Senhor, ao encerrar o velho ano, o louvor de nossos lábiops e celebramos tua graça e misericórdia com todas as nossas forças.
Reconhecemos, no entanto, nossos muitos pecados. Por isso confessamos nossas culpas e arrependemo-nos das mesmas.  Bondoso Pai, não leves em conta estes nossos pecados para a nossa condenação, nem penses com ira nas nossas maldades cometidas. Antes perdoa e esquece, em tua graça, por amor do sofrimento de teu amado Filho. Ó Jesus, amado Salvador, tem compaixão de nós, pecadores. Apaga, mediante o teu merecimento, todas as nossas transgressões.

Ó Deus Espírito Santo, renova nosso homem interior, a fim de que não levemos para o novo ano nenhum pecado ou impureza, mas comecemos vida nova e nos tornemos participantes de tua garça. Faze a tua graça renovar-se em nós a cada manhã. Torna a operar o bem em todos quantos, neste novo ano, se refugiam em ti e confiam em tua benignidade. Ouve-nos, em nome de Jesus Cristo, nosso Salvador. Amém!

16. Hino de preparação:

17. Liturgia da Santa Ceia:
O. O Senhor seja convosco.                         C. E com o teu Espírito.
O. Levantai os vossos corações.                   C. Levantemo-lo ao Senhor.
O. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.     C. Assim fazê-lo é digno e justo.

Santa Ceia:
           Com certeza, com a Santa Ceia, Deus nos dá o perdão dos nossos pecados, nos fortalece contra as tentações, nos consola na dor, nos anima com a esperança da vida eterna e fortalece a nossa comunhão com o Deus Pai. Nessa certeza e cumprimento à ordem de nosso Senhor Jesus Cristo consagramos o pão e o vinho e recebemos o corpo e o sangue de Cristo para nosso perdão, vida e salvação.

Oremos ao nosso Deus:
           Ó Deus e Pai, graças te damos porque, através de Jesus Cristo, fizeste nova aliança conosco: Tu és nosso Pai e nós somos teus filhos. Por tua graça e teu amável convite, ó Senhor Jesus, é que participamos da tua Santa Ceia e recebemos o teu corpo e sangue, em, com e sob o pão e o vinho consagrados. Suplicamos que nos concedas sempre um coração arrependido e uma fé sincera, para que nunca participemos do sacramento para a nossa própria condenação.
Fortalece-nos a fé, aumenta-nos o amor para com o próximo a fim de que te esperemos com fidelidade. Dá-nos, depois desta vida, a alegria de podermos nos assentar à tua mesa celestial e receber o pão eterno. Por Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém!

Todos: Pai Nosso.

Palavras da Instituição:
          Nós recordamos o amor de Jesus por nós. Ele deixou-se sacrificar na cruz por nossos pecados. Porque Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
"Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo na noite em que foi traído e preso, com grande saudade, reuniu-se com os seus discípulos para a última refeição; e sabendo tudo o que ainda estava por acontecer, olhando com amor para os discípulos, tomou o pão que estava sobre a mesa, orou ao amado Deus em agradecimento. Então tomou o pão, o repartiu e deu aos discípulos, dizendo: Tomem e comam isto é o meu corpo que dado a vocês para remissão dos pecados".
E da mesma maneira tomou um cálice de vinho e após ter dado graças a Deus, repartiu, dizendo: "Tomem e bebam isto é o meu verdadeiro sangue, sangue da nova e terna aliança, que foi derramado por todos vocês na cruz para perdão dos pecados e fortalecimento da fé".
E fazei sempre isto em minha memória. Amém!

Canto: Cordeiro divino morto pelo pecador, se compassivo.

Distribuição dos elementos. Canto


O. O pão que partimos é a comunhão no corpo e no sangue de Cristo. O vinho que bebemos é o verdadeiro sangue de Cristo.

Oração de graças:
        Bendito Deus e Pai celestial, nós te agradecemos pelo nascimento, morte e ressurreição de teu Filho por nossos pecados. Agradecemos pela bênção da Santa Ceia. Pelo teu grande amor por todos nós. Pelo ano que terminou e pelo Novo Ano de 2009, que hoje inicia e que tudo de bom possas nos dar por teu amor e sem o nosso merecimento. Dê-nos muita fé e amor para contigo e para com o nosso próximo. Que a sua presença em nós nos torne cada vez mais semelhante a Cristo e que possamos crescer na fé verdadeira para ser uma luz para aqueles que estarão conosco e ao nosso lado em todos os dias de 2009. Em nome de Cristo: Amém

 A Bênção do Senhor:
          Irmãos e irmãs em Cristo:
Que o Senhor esteja à tua frente, para te mostrar o caminho certo;
          Que o Senhor esteja ao teu lado, para te abraçar e te proteger;
          Que o Senhor esteja atrás de ti, para evitar que homens maus te armem ciladas;
          Que o senhor esteja junto de ti, para te amparar quando caíres;
          Que o Senhor esteja dentro de ti, para te consolar, quando estiveres triste;
          Que o Senhor esteja acima de ti, para abençoar-te.
          Assim te abençoe e te proteja o misericordioso Deus Pai, Filho e Espírito Santo.
Amém. Amém. Amém! 


Canto: Amém, Amém, Amém!

DIÁLOGO INTERLUTERANO

Diálogo Interluterano (IELB e IECLB) sobre a Celebração da Santa Ceia

I. A razão deste documento de estudo

"Que o Deus Todo-Poderoso e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo nos conceda a graça de seu Espírito Santo, para que todos sejamos unidos nele e constantemente permaneçamos nessa unidade cristã que lhe é agradável. Amém." (Fórmula de Concórdia - Epítome, XI, 23, Livro de Concórdia, p. 536).
Nesta oração, luteranos reconhecem a importância da união daqueles que crêem a mesma doutrina e confessam que, para tanto, a ação de Deus se faz necessária. A união na Igreja não é obra humana, mas dádiva divina, realizada pela palavra do próprio Deus.
As duas maiores igrejas luteranas no Brasil (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil [IECLB] e Igreja Evangélica Luterana do Brasil [IELB]) estiveram reunidas para uma Conferência Nacional (Rodeio 12, SC - de 29 de outubro a 1º de novembro de 1998), sob o tema "Unidade e Missão." A partir daquele encontro, as duas diretorias foram solicitadas a realizar estudos sobre a Santa Ceia, envolvendo as comissões de teologia das igrejas (Unidade e Missão, Comissão Interluterana de Literatura, 1999, p. 55). As duas comissões de teologia passaram a se encontrar, a partir de 18 de setembro de 1999. Estava em estudo a questão da "hospitalidade eucarística" - membros de uma igreja participarem da Santa Ceia celebrada na outra igreja luterana, em ocasiões especiais (Confirmação, etc.). Em razão da seriedade do assunto, as comissões de teologia decidiram empreender um estudo mais amplo da doutrina e prática da Santa Ceia. Após 4 reuniões, a partir de estudos redigidos por representantes de ambas igrejas, as Comissões submetem às Igrejas o presente documento para estudo.
É importante ressaltar que o assunto tratado, dada sua importância, tem sido estudado a partir de um exame da Escritura Sagrada e das Confissões Luteranas. Não se pretende um acordo político-eclesiástico, mas um testemunho claro da fé que cremos, ensinamos e confessamos. Destaca-se também, neste momento, o espírito de respeito mútuo entre as comissões de teologia. Pontos de consenso têm sido identificados, mas questões em estudo, onde não há concordância, também são reconhecidas.
O presente documento aponta, a seguir, aqueles pontos de consenso mais significativos identificados nos encontros e estudos das comissões de teologia. Observa, também, aquelas questões em que as comissões de teologia reconhecem a necessidade de estudos mais aprofundados, visto ainda não terem alcançado consenso.
O objetivo maior do presente documento é fomentar nas Igrejas o estudo de assunto tão fundamental quanto a Santa Ceia, esclarecer o posicionamento das Igrejas e convidar congregações e pastores à reflexão e reação diante do que se coloca.

II. Pontos de consenso

1. A instituição da Santa Ceia por Jesus como sacramento para a Igreja.

O texto bíblico é claro em mostrar que a Santa Ceia não é invenção humana, mas instituição do próprio Jesus (Mt 26.26-30 e paralelos; 1 Co 11.23-25). As duas Igrejas luteranas crêem, confessam e ensinam, com Lutero, que a Santa Ceia "é o verdadeiro corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, sob o pão e o vinho, dado a nós cristãos para comer e beber, instituído pelo próprio Cristo" (Catecismo Menor de Lutero, Livro de Concórdia, p. 378). Como instituição do Senhor, a Ceia é recebida pela Igreja, não inventada por ela. É instituição feita no âmbito do evangelho; é sacramento; é dádiva de Cristo para sua Igreja. Não é obra humana ou mera cerimônia piedosa. É ato que tem a autoridade do próprio Cristo, que se manifesta em poder, mas sobretudo em graça e misericórdia para com seu povo.

2. A presença real do corpo e sangue de Cristo em, com e sob os elementos do pão e do vinho.

Com os confessores em Augsburgo, IECLB e IELB testificam que "o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue de Cristo estão verdadeiramente presentes na ceia sob a espécie do pão e do vinho e são nela distribuídos e recebidos. Por isso também se rejeita a doutrina contrária" (Confissão de Augsburgo; Livro de Concórdia, p. 32). A esta confissão somos movidos pelas palavras do próprio Cristo, presentes na instituição da Ceia ("Isto é o meu corpo ... isto é o meu sangue" - Mc 14.22,24).
A presença de Cristo, portanto, não pode ser interpretada de maneira simbólica, como Zwínglio o fazia. Se fosse isso, a comunhão seria por demais subjetiva e dependente do significado que o indivíduo lhe daria. A presença real também não pode ser interpretada de maneira transubstancial, como se na hora da consagração mudassem a substância e a essência dos elementos, como a doutrina católica romana tradicionalmente o tem afirmado e, por conseguinte, justifica a não-distribuição do cálice e a presença de Cristo na hóstia, mesmo depois da missa. Enquanto a interpretação simbólica tende à espiritualização e faz perder a concreticidade, a interpretação transubstancial tende a conduzir a uma materialização perigosa por induzir à compreensão mágica. Ambas as interpretações tentam explicar o mistério da presença real que não pode ser explicado adequada e suficientemente, mas é acolhido na fé.

3. A Santa Ceia dá expressão à comunhão criada por Deus e a fortalece.

Um dos termos pelos quais a Santa Ceia é conhecida é "comunhão". De fato, há uma tríplice comunhão (como Paulo o mostra em 1Co 10.16-18): 1) aquela entre os elementos, pão e corpo de Cristo, vinho e sangue de Cristo; 2) comunhão entre Cristo e aquele que comunga; 3) comunhão entre os comungantes. Falando especialmente das duas últimas, a Santa Ceia não apenas expressa esta comunhão operada pelo próprio Deus, mas é meio pelo qual tal comunhão é sustentada e fortalecida.

4. Os benefícios da Santa Ceia - perdão, vida e salvação; a dimensão escatológica da Ceia.

As palavras de Jesus, por ocasião da instituição da Ceia, declaram seu benefício maior: "Isto é o meu corpo oferecido por vós ... Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós" (Lc 22.19,20); "derramado em favor de muitos, para remissão de pecados" (Mt 26.28). Por isso, confessamos que "Deus verdadeiramente nos perdoa por causa de Cristo quando somos batizados, quando comemos o corpo de Cristo, quando somos absolvidos" (Apologia da Confissão de Augsburgo XIII 4; Livro de Concórdia, p. 223). Com Lutero declaramos "que por essas palavras nos são dadas no sacramento remissão dos pecados, vida e salvação. Pois onde há remissão dos pecados, há também vida e salvação" (Catecismo Menor VI 6; Livro de Concórdia, p. 379).
A Santa Ceia é meio da graça, instrumento de Deus para trazer seu perdão para seus filhos. Assim, ela traz fortalecimento na fé, alimentando o crente para a vida diária e a luta contra Diabo, mundo e carne, que o querem levar ao desespero e descrença. Como meio da graça, a Ceia alude ao Cordeiro pascal e nos torna participantes da história dos maravilhosos feitos de Deus, desde a criação e a libertação de Israel do cativeiro até a consumação do seu Reino de justiça, paz e bem-aventurança.
A Ceia do Senhor é alimento para a fé, enquanto estamos neste mundo, e, ao mesmo tempo, proclamação da promessa da comunhão perfeita no céu. É, por isso, graciosa antecipação da ceia celeste. O apóstolo Paulo lembra que "todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (1Co 11.26). As duas igrejas luteranas (IECLB e IELB) confessam os benefícios da Ceia para a vida neste mundo e o caráter escatológico da mesma.

5. O lugar do arrependimento e fé para a participação na Santa Ceia.

O apóstolo Paulo alerta: "Aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor" (1Co 11.27). Preparações exteriores não tornam alguém digno do sacramento. De fato, nada do que possamos fazer nos torna dignos perante o santo e justo Deus. É preciso reconhecer nossa carência natural de sermos o que Deus exige em sua santa lei. Ao chegarmos diante da Ceia do Senhor fazemo-lo na confiança de seu convite gracioso, não em uma dignidade que nós próprios tenhamos construído. Por isso, quanto ao preparo para a Ceia do Senhor, confessamos, com Lutero: "Verdadeiramente digno e bem preparado é aquele que tem fé nestas palavras: 'dado em favor de vós' e 'derramado para remissão dos pecados.' Aquele, porém, que não crê nessas palavras ou delas duvida é indigno e não está preparado, pois as palavras 'por vós' exigem corações verdadeiramente crentes." (Catecismo Menor VI 10; Livro de Concórdia, p. 379). Nas palavras de Jesus, "arrependei-vos e crede no evangelho" (Mc 1.15), está seu convite ao pecador a que se chegue a Deus, reconhecido de seu pecado e natural indignidade, mas sobretudo crente nas palavras de perdão e vida oferecidos pelo próprio Cristo.
As igrejas luteranas (IELB e IECLB) entendem arrependimento e fé como obra que Deus, através do Espírito Santo, realiza em nós.

6. O envio para servir.

Por ser evangelho, a Santa Ceia traz vida renovada pelo perdão aos que dela participam na fé em Cristo. Nesta nova vida, reconhecemos o chamado de Deus, de servi-lo com nosso culto diário, e de servir ao próximo em amor verdadeiro. Perdoados por Cristo, somos libertos para anunciar o evangelho, perdoar uns aos outros, repartir o pão com as pessoas famintas e atender o próximo em todas as suas necessidades.

III. Questões em estudo

1. Os elementos visíveis utilizados na Santa Ceia

A respeito dos elementos, diversas questões encontram diferentes posicionamentos. Perguntas que se fazem são, por exemplo:
·        Deve o pão usado na Ceia ser necessariamente pão sem fermento, ou poderá ser usado indistintamente o pão levedado?
·        Que reflexão deveria ser feita em relação ao uso da hóstia? Seria apropriado utilizar pão inteiro, partido apenas na ocasião da celebração?
·        Jesus utilizou vinho por ocasião da instituição da Santa Ceia. O tipo de vinho (tinto, branco, rosê, suave, seco, ou diluído) a ser usado é uma questão secundária. No entanto, poderíamos, por razões de ordem pastoral, admitir a utilização de suco de uva?
·        Que dizer do cálice individual? É ele uma possibilidade tão aceitável quanto o cálice coletivo, mais tradicional?
Algumas destas questões encontram diferentes respostas da parte das duas igrejas. Outras têm sido discutidas mesmo no âmbito interno de cada igreja.

2. Os participantes da Santa Ceia

Também sob este ponto há perguntas a serem respondidas:
·        Quem é convidado a participar da Santa Ceia?
·        O que dizer da extensão do convite a membros de outras igrejas?
·        Deve-se entender a Santa Ceia como sendo uma comunhão aberta ou fechada? (Por comunhão aberta entende-se que pessoas de outras igrejas cristãs também são admitidas para participarem da Santa Ceia. Por comunhão fechada entende-se a prática em que exclusivamente membros da mesma denominação religiosa [e, em alguns casos, apenas membros da mesma congregação] são convidados a participar da Ceia.) Práticas diferentes têm sido adotadas nas duas Igrejas.
·        No caso específico do relacionamento entre a IECLB e IELB, a prática do acolhimento mútuo afetaria a compreensão da comunhão fechada?

3. Celebrante da Santa Ceia

Algumas questões necessitam maior análise no que se refere a quem administra o sacramento:
·        Que dizer da celebração realizada por leigos, homens e mulheres, não-clérigos? Entende-se aí a administração da Ceia, com consagração dos elementos e distribuição dos mesmos.
·        E a participação apenas na distribuição, como auxiliar?
·        Tendo em vista que não há consenso entre as igrejas luteranas sobre a ordenação de mulheres para o ofício pastoral, entra também em questão o ministério feminino.

IV. Convite ao estudo, reflexão e reação diante deste documento

As Igrejas luteranas IECLB e IELB são convidadas, através deste breve estudo, a refletirem sobre a Santa Ceia de Cristo. As comissões de teologia julgam apropriado levantar algumas perguntas gerais diante dos consensos alcançados e os pontos que continuam em estudo:
·        No que se refere aos pontos de consenso, são eles realmente encontrados na prática das igrejas, em suas comunidades locais? Ou há diferentes posicionamentos, adotados por pastores e comunidades?
·        Sendo pontos de consenso, podem ser considerados como não apenas necessários, mas já suficientes para a adoção da hospitalidade mútua na Ceia entre as igrejas? Ou os consensos seriam de tal monta, que, inclusive, recomendam este acolhimento?
·        Quanto aos pontos em estudo, qual deve ser a prática daqui para a frente? São eles impeditivos da participação de membros de uma igreja luterana na Santa Ceia celebrada na outra igreja?
·        Deve-se também nos pontos em estudo, ou mesmo em outras questões não abordadas por este documento, alcançar consenso, antes de aprovar a hospitalidade mútua na Ceia?  Ou será que a prática da hospitalidade na Ceia nos poderia servir de fonte de bênção para a continuação do diálogo?
Por fim, torna-se também importante a reflexão sobre a função e o impacto de um documento a ser enviado pelas duas igrejas às comunidades:
·        Deveríamos adotar uma orientação geral, havendo, no entanto, respeito às condições locais? Ou seja, o que dizer da liberdade de cada comunidade, frente a uma orientação geral, tendo em vista as peculiaridades de sua região?
·        Parece às comissões de teologia que qualquer orientação geral não deverá vir com o peso de lei, mas como orientação fraternal. Reações a este ponto são importantes e serão muito bem acolhidas pelas comissões.
Entendem as comissões de teologia que o estudo e a  reflexão a serem empreendidos nas duas igrejas são importantes para qualquer passo a ser tomado no futuro. Esperam as reações das comunidades, a partir dos pontos levantados ou de quaisquer outros que não tenham sido abordados no presente estudo, mas que sejam relevantes no que se refere à doutrina e prática da Ceia do Senhor.

Nota: Participaram da preparação e revisão deste documento, da parte da IECLB: Eberhard Frank, Gottfried Brakemeier, Günter K. F. Wehrmann, Helmut Fertsch, Huberto Kirchheim, Margarete E. Engelbrecht, Ottokar Fertsch (in memoriam), Verner Hoefelmann, Wanda Deifelt, Walter Altmann; da parte da IELB: Carlos Walter Winterle, Edgar Züge, Erni Krebs, Gerson Luís Linden, Nivaldo Schneider, Paulo P. Weirich, Paulo Udo Kunstmann, Rudi Zimmer e Ursula Ana Neumann.

Revisado em reunião conjunta
Em 11 de setembro de 2001
Porto Alegre, RS

25 dezembro 2009

LITURGIA DE NATAL

Liturgia Culto de Natal – 2009

SAUDAÇÃO
HINO: SERVAS – EU VOU SEGUINDO UMA ESTRELA
INVOCAÇÃO
P – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
C – Amém.

P - Levante-se, e que o seu rosto brilhe de alegria,
     C - pois já chegou a sua luz; a glória do SENHOR está brilhando sobre você.
P -A terra está coberta de escuridão, os povos vivem nas trevas,
C - mas a luz do SENHOR está brilhando    
     sobre você;
P -sobre você aparece a glória de Deus.
C - Atraídos pela sua luz, os povos do
     mundo  virão;
P -o brilho do seu novo dia fará que os reis cheguem até você.
     C - O povo que andava na escuridão viu uma forte luz; a luz brilhou sobre os que viviam nas trevas.
P - Pois já nasceu uma criança, Deus nos mandou um menino que será o nosso rei.
     C - Ele será chamado de Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz.
P -Ele será descendente do rei Davi; o seu poder como rei crescerá e haverá paz em todo o seu reino.
     C - As bases do seu governo serão a justiça e o direito, desde o começo e para sempre.
P -A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós.
     C - Vimos a sua glória, cheia de amor e de verdade; foi essa a glória que ele recebeu como Filho único do Pai.
TODOS: Glória a Deus nas maiores alturas! E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!
 HINO: 565
2 - O SEU NOME SERÁ: MARAVILHOSO! (CONFISSÃO E ABSOLVIÇÃO)

P - Ó amado Senhor e Salvador Jesus Cristo — que vieste ao mundo naquela inesquecível noite do primeiro Natal para trazer paz, perdão, vida e salvação — a ti confesso os meus pecados e peço perdão, dizendo:
TODOS: Ó maravilhoso Senhor e Salvador, sou mesmo um rebelde pecador. Os meus pecados não permitiram que fosses Senhor da minha vida, pois inúmeras e repetidas vezes pequei contra ti, em meus pensamentos, pelo que falei, pelas minhas ações e também quando não agi para cumprir a tua vontade. Quantas vezes desprezei o verdadeiro significado do Natal, deixando de viver guiado pelo teu amor. Perdoa todos os meus pecados, ó Salvador vindo ao mundo naquela noite feliz. Faze-me viver motivado pelo teu amor, para que assim possa cumprir a tua vontade e a cada dia me alegrar com a tua vinda ao mundo. Em teu nome, amém.
P - A todos os que estão assim arrependidos, reconhecendo seus pecados, crendo no Maravilhoso Deus-Menino e buscando a força do Espírito Santo para corrigir sua vida, o Senhor Jesus manda dizer: "Vá em paz, os seus pecados, todos eles, estão perdoados", em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
C - Esta é a maravilhosa bênção e notícia que o Salvador nascido no Natal ainda hoje nos traz. Por isso, cremos e confiamos no seu maravilhoso nome.  Amém.
HINO: 552
            3 - E O SEU NOME SERÁ: CONSELHEIRO! (SALMO 2)
P - Por que as nações pagãs planejam revoltas? Por que os povos fazem planos tão tolos?
C - Os seus reis se preparam, e os seus governantes fazem planos contra Deus, o SENHOR, e o rei que ele escolheu.
P - Esses rebeldes dizem: "Vamos nos livrar do domínio deles; acabemos com o poder que eles têm sobre nós."
C - Do seu trono lá no céu o Senhor ri e zomba deles.
P - Então, muito irado, ele os ameaça e os assusta com o seu furor.
C - Ele diz: "Já coloquei o meu rei no trono lá em Sião, o meu monte santo."
P - O rei diz: "Anunciarei o que o SENHOR afirmou. O SENHOR me disse: 'Você é meu filho; hoje eu me tornei seu pai.
C - Peça, e eu lhe darei todas as nações; o mundo inteiro será seu.
P - Com uma barra de ferro, você as quebrará e as fará em pedaços como se fossem potes de barro.'"
C - Agora escutem, ó reis; prestem atenção, autoridades!
P - Adorem o SENHOR com temor. Tremam e se ajoelhem diante dele;
TODOS -  se não, ele ficará irado logo, e vocês morrerão. Felizes são aqueles que buscam a proteção de Deus!
HINO: 553
LEITURAS: Is 52.7-10; Hb 1.1-6;
CORAL: QUEM É O MENINO; NO CÉU IMENSO BRILHAM
EVANGELHO: Jo 1.1-14
4 - E O SEU NOME SERÁ: DEUS  FORTE!  (Confissão de fé)
P - Cremos e confessamos que o menino nascido em Belém é o nosso Deus Forte.
C -Sim, ele é o Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os mundos, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus do verdadeiro Deus, gerado, não criado, de uma só substância com o Pai, por quem todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e pela nossa salvação desceu do céu e se encarnou pelo Espírito Santo na virgem Maria e foi feito homem.
P - Ele é o nosso Salvador e o nosso Deus Forte;
C - ele tem todo o poder e força, e governa a tudo e a todos.
P - Ele diz: Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim;
C - o SENHOR Deus, aquele que é, que era e que há de vir.
TODOS: Jesus é, de fato e verdadeiramente, nosso Deus Forte, em quem cremos e confiamos juntamente com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus que vive e reina, hoje e para todo o sempre. Amém.
HINO: 555
MENSAGEM: "FEITOS FILHOS DE DEUS"  Jo 1.12
RECOLHIMENTO DAS OFERTAS
HINO: 550
5 - E O SEU NOME SERÁ: PAI DA ETERNIDADE! (oração geral)
... faz-se a oração e segue sugere
P - Àquele que é, que era e que há de ser, sempre e eternamente, ao Deus eterno Jesus Cristo, dirigimos a nossa oração:
C - Senhor Jesus Cristo, tu que és o Pai da Eternidade e, por isso, nunca mudas: continua a ser fiel e ouve a nossa oração, e por teu amor aceita as nossas súplicas. Amém.
PAI NOSSO E INSTITUIÇÃO DA SANTA CEIA
DISTRIBUIÇÃO: HINOS 556, 557, 561
ORACAO DE AGRADECIMENTO
DANÇA LITURGICA
6 -  E O SEU NOME SERÁ: PRÍNCIPE DA PAZ (final e benção)
P - Glória a Deus nas maiores alturas do céu!
C - E paz na terra para as pessoas a quem ele quer bem!
P - Nasceu o Príncipe da Paz.
C - Sim, nasceu o SENHOR que a salvação nos traz.
P - Grande alegria reina na terra e nos céus,
C - nasceu o Messias, o Salvador enviado por Deus.
P - É ele quem nos diz:
C - Deixo com vocês a minha paz; a minha paz lhes dou, não como o mundo costuma dar. Não se preocupem nem tenham medo.
P - Ele é o Príncipe da Paz, que nos dá paz conosco mesmo,
C - pois ele perdoa os nossos pecados e limpa os nossos corações.
P -Ele é o Príncipe da Paz, que nos dá paz com todas as pessoas,
     C - pois nos faz novas criaturas que vivem motivadas pelo seu amor maior.
P -Ele é o Príncipe da Paz, que nos dá paz com Deus,
C - pois pelo seu sangue fomos comprados para Deus.
TODOS: Reine a paz do Deus-Menino, Jesus Cristo, em nossos corações, em todos os dias de nossa vida, pois ele é o Príncipe da Paz.





PAPAI NOEL - A VERDADEIRA HISTÓRIA?!

Saint Nicholas–
The Real Story

Modern marketing may have morphed him from a devout and caring Christian church bishop into the ubiquitous, seasonal pitchman, but the real Saint Nicholas is worth knowing.

by Julie Stiegemeyer
Several years ago, when our son was still very small, my husband and I had the "Official Santa Claus Discussion." What would we teach our child about Santa? Most families go through it with their
first child, and we did too.
We wondered, should Christians tell their kids that Santa Claus would make gifts for them, fly on a magical sleigh, pop down the chimney, and leave the gifts? About the same time as our Official Discussion, a pastor on the radio recommended that Christian parents avoid telling their children about Santa. How can we justify acting like this myth about Santa is true when we're also telling our children about the Son of God who truly did come to earth to save them? Wouldn't it follow that once your child discovers that Santa is a myth, he or she might also question the truth of Jesus?
That argument seemed compelling to me, particularly because I happened to know a little bit about the real Santa Claus—Saint Nicholas.
So what would we tell our son? We could have started with the Santa Claus legends. Santa, it is told, is a rotund, magical person who lives in a toy factory at the North Pole. All year long, he and the elves build their toys until finally, on Christmas Eve, they load up the sleigh, Santa hops aboard, and reindeer, led by Rudolph, fly around the world. Santa deposits gifts under the Christmas trees of good children; the bad kids, however, miss out on gifts.
I admit that, as a child, I loved this story. My brothers and I would watch the weather report on Christmas Eve and see the weather forecaster in mock surprise say that he saw some unidentified object that looked like a flying sleigh on the radar. I'd go to sleep wondering if Santa would really come to my house. And of course, he always did.
But if we don't tell our son this story, what else could we say? We could have indulged in other lesserknown legends about Saint Nicholas. These legends tell us that Nicholas was a believer in Christ. But they go on to exalt the man Nicholas to an almost god-like status in which he performs miracles of healing, raising the dead, and transporting himself through time and space to rescue sailors in distress.
Or, my husband and I decided, we could tell our son the true story of Saint Nicholas.
What we know to be true is that a man named Nicholas lived in Lycia (modern-day Turkey) in the fourth century. He was orphaned as a teen and inherited a great deal of money from his wealthy parents. However, he did not use this wealth for himself; instead, he gave much of his money to others.
The most famous story of Nicholas' generosity is generally considered to be factual. There was an impoverished father who had three daughters. Being so poor, the father did not have money to pay the dowries of his three girls, so the girls could not get married. In those days, a young woman could not simply go out and get a job. One of her few opportunities for "employment" was prostitution.
So, in order to save the girls from that terrible fate, Nicholas secretly donated enough gold to the family so that the girls would have money for their dowries and could get married.
Scholars do not agree on how or when Nicholas became a bishop. In one version of the story, he was ordained as a young man and became bishop simply because he had the right name. As the church authorities were attempting to choose a new bishop for Myra, one of them had a dream in which God told him that the man who comes to the door named Nicholas should be the next bishop. When Nicholas came to the door and told them his name, he suddenly was a bishop.
Or it could be that his acts of generosity as a young man earned him respect of the church, so he rose to the rank of bishop.
However he got to that position, what is undeniable in terms of historical fact is that, as bishop, he attended the Council of Nicea called by Constantine in 325. At this gathering, church leaders produced the important Nicene Creed.
A colorful tale of Nicholas took place during the Council of Nicea. Bishop Arius of Alexandria was asserting falsely that Jesus, the second Person of the Trinity, was not equally divine with the Father. In the face of this falsehood, Nicholas could not restrain himself. He got up and punched Arius in the nose. How's that for a nasty church-council fight? No matter what, you could definitely say that Nicholas was not afraid to defend the truth of the Gospel. He was put in jail for the incident, but later the bishops decided he should be released.
Teaching kids about the real Nicholas is helpful because it can give them insight into this very real man of faith who served the church and was generous to his neighbor. It may also help younger kids understand how old Christianity is. Christians have been sharing the Good News of our Lord for many hundreds of years.
The story of Nicholas is also intriguing because his homeland of Turkey and the surrounding area today is thoroughly non-Christian. It was not always so.
Occasionally, around Christmastime, I see figurines of Santa kneeling before the Christ child in the manger. In some ways, this image is jarring. Why would Santa, this secular image for Christmas, be paired with the real meaning of the holiday? But knowing the back-ground of the Nicholas' story helps us realize that this image is completely appropriate. It's silly, in some ways, to show a chubby red-suited elf worshipping Christ. But in actuality, a pious Christian bishop named Nicholas who lived in the fourth century really did worship the Babe in the manger.
The Santa Claus myth focuses on whether children are "naughty or nice." While it's important for parents to discipline and instruct their children in proper behavior, being good or being bad is not the central idea of Christmas. And it certainly is not the main message of Christianity.
Christmas is about God's gifts—a baby, a Savior, a miracle, and how God forgives our sins. Understanding the true story of Nicholas can support this. He was a devout believer in Christ who, because of the undeserved mercy of God, gave to those around him.
So, instead of teaching our children that a rotund supernatural person will reward them for being good and punish them for bad behavior, our family turns toward Christ at Christmas and all year long. We focus on the kindness and mercy of God that prompted Him to send His only Son to earth as a baby for our sakes. Jesus became one of us so that He could die for us. He became incarnate specifically to go to the cross. And, like the real St. Nicholas, we find that the real joy of Christmas is Jesus.

Julie Stiegemeyer is a member of Redeemer Lutheran Church,
Fort Wayne, Ind. For more information about Julie's books, see


Revista The Lutheran Witness, Dezembro de 2006. pp 12-14