WARTH, Martim Carlos. A Ética de Cada Dia. Canoas: editora da ULBRA. 2002.
O livro apresenta basicamente duas partes pincipais: a primeira com o título Fundamentos da ética, onde o autor apresenta os fundamentos da ética cristã. A vida humana foi dada para ser vivida, isto requer de nós ação, dedicação na busca da satisfação e da perfeição.
A liberdade para decidir os atos necessários para a vida neste mundo permanece e é básica para a ética. O homem perdeu sua liberdade espiritual por ocasião da queda em pecado, mas Deus porém não lhe tirou a liberdade e capacidade de decisão ética neste mundo. Por isso todo ato ético neste mundo tem a finalidade do bem próprio da pessoa, do próximo, mas nunca restaurar a relação perfeita com Deus. Os atos éticos que o cristão faz são apenas exercícios da fé.
Deus age por meio de dois reinos, um espiritual onde somente Deus age, lidera, efetua, e o outro onde o homem possui até certo ponto uma liberdade. Todo o ser humano se encontra sob os dois regimes ao mesmo tempo. No reino da esquerda, o cristão realiza seus atos como frutos do Espírito, motivados por sua fé em Jesus Cristo ao contrário das ações do não cristão onde suas ações são obras da lei, sem fé.
A lei se encontra no ser humano desde o seu nascimento, mesmo que não esteja sempre explícita por causa do pecado. Esta lei não é perceptível pelo ser humano, por isso Deus deu a lei escrita , o Decálogo onde Deus ensina como quer ver interpretada toda a lei natural invariável. O Decálogo é básico para todas as decisões: além de dar as oportunidades, ele revela também os limites.
A lei pode ser distinguida por três usos: o primeiro é o uso político, serve para evitar o caos, é comparável a um freio; o segundo, ou uso próprio é o de acusar o homem do seu estado, da sua rebeldia, do seu pecado, este uso da lei serve para conduzir o homem para Deus, de preparar o caminho para que ele deposite sua confiança em Jesus Cristo que lhe da salvação anunciada através do evangelho. O terceiro uso, ou didático, onde o cristão passa a viver na lei do amor, disposto a levar as cargas do próximo.
A segunda parte do livro com o título Aplicação prática, o autor faz uma relação entre os Dez mandamentos e o Pai Nosso. Esta é a parte mais interessante do livro, pois apresenta uma perspectiva nova, que os livros de ética teológica não abordam. Este capítulo é extremamente prático, aborda questões da vida do dia a dia do ser humano, questões que exigem decisões éticas.
A avaliação que faço da obra é da que ela é a meu ver singular no seu enfoque. O autor conseguiu apresentar o assunto de uma maneira criativa, uma linguagem acessível, interessante e prática.
A Segunda parte do livro, onde o seu título tem a razão do nome, é muito interessante a abordagem que o autor fez, a relação entre o Decálogo e o Pai Nosso, entre cada Mandamento e cada petição do Pai Nosso e tudo o que está relacionado a vida do ser humano no seu dia a dia dentro de cada Mandamento.
A mensagem que o autor transmitiu é extremamente relevante e atual para os cristãos de hoje. O cristão tem uma ética que é orientada pelo espírito de Cristo. Uma ética que está voltada para o seu próprio bem, e o do seu próximo. Um ética que age pelo amor.
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