“OS DEZ MANDAMENTOS SÃO NA VERDADE
AS DEZ GRANDES LIBERDADES DO SER HUMANO”1º Mandamento:
Eu sou o Senhor, teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim.
O que é isso?
Devemos temer e amar a Deus e confiar nele acima de todas as coisas.
O que este Mandamento faz por nós?
Protege-nos da vontade de muitas vezes aceitarmos forças e ídolos que nos conduzem à escravidão.
Protege-nos do medo de outras forças e divindades.
Protege-nos do perigo de sermos completamente anulados por tudo que tenta se colocar na frente do verdadeiro Deus.
Protege-nos do perigo de que Deus seja, para nós, apenas um meio para um fim e não de fato Deus da nossa vida. Quando Deus for realmente o nosso Deus poderá desenvolver o seu poder na nossa vida.
Protege-nos de adorarmos alguma coisa, que no final das contas é menor do que nós.
Protege-nos de sermos enganados pelas nossas próprias projeções e caricaturas de Deus, o que na verdade não prejudica a Deus, mas a nós mesmos.
Protege-nos de termos imagens amedrontadoras de Deus que tirariam a nossa alegria e destruiriam a nossa confiança em Deus.
Protege-nos preservando não só a verdadeira imagem de Deus, mas também a nossa verdadeira imagem como seres humanos.
Protege-nos firmando as nossas reflexões e o nosso pensamento em Deus e na Sua Palavra, na qual Ele mesmo se apresenta a nós.
Perguntas que me ajudam a descobrir a minha falta de liberdade:
Será que Deus é de fato Deus na minha vida? Será que Deus é tão importante para mim que não existem concorrentes para a Sua primazia na minha vida? Será que é minha preocupação única e primeira viver uma vida de acordo com sua vontade, que honre o seu nome?
Estou satisfeito com o meu relacionamento com Deus?
Que função tem o meu relacionamento com Deus no meu dia-a-dia, nas minhas decisões, no meu comportamento diário?
Qual é o sentido e o objetivo da minha vida? Para que uso o meu tempo? Que desejo ou que questão está em primeiro lugar na minha vida?
A quem pertence o meu coração? A um vício? A uma ideologia? Ao meu trabalho? Ao sucesso? À família? Ao dinheiro? E se Deus me tomar tudo isso, o que aconteceria?
Quem ou o que temo mais do que a Deus?
Em que confio na minha vida? Na minha força para o trabalho? No meu dinheiro? Nas minhas capacidades intelectuais? No meu bom comportamento e espiritualidade? Na minha religiosidade?
Será que reconheço que Deus é maior do que os pensamentos, imaginações e conceitos que tenho sobre Ele? Reconheço que Deus não permite que eu O enquadre nos meus conceitos? Será que tento fixar Deus em imagens que fiz dEle? Duvido de Deus quando Ele não corresponde às minhas concepções de como ele deveria ser e agir? Quando eu falo e penso sobre Deus (e quando eu ajo baseado nas minhas convicções) estou orientado pela Palavra de Deus ou estou me orientando pelos meus pensamentos?
Será que eu preferiria definir por mim mesmo que, o que e como Deus deveria ser? Eu creio que todas as religiões propõem a mesma coisa? Para mim tanto faz o que as pessoas crêem? Que influência as religiões não cristãs têm sobre a minha fé? Será que sou supersticioso?
2º Mandamento:
Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
O que é isso?
Devemos temer e amar a Deus e, portanto, em seu nome não amaldiçoar, jurar, praticar a feitiçaria, mentir ou enganar; mas devemos invocá-lo em todas as necessidades, orar, louvar e agradecer.
O que este Mandamento faz por nós?
Proibindo-nos de usar o nome de Deus em situações negativas e sem sentido ele nos ensina que só devemos pensar e dizer coisas boas e grandes de Deus.
Protege-nos do perigo de escondermos objetivos egoístas com disfarces cristãos.
Protege-nos de usarmos uma linguagem falsamente religiosa.
Protege-nos impedindo que usemos o nome de Deus em práticas supersticiosas e magia e que, assim, entremos em um campo muito perigoso.
Incentiva-nos a orar com confiança.
Perguntas que me ajudam a descobrir a minha falta de liberdade:
O que significa para mim o nome “Deus”? Será que eu o uso impensadamente?
Tenho medo de me identificar com Deus diante dos outros? Honro o nome de “cristão” com a minha vida? Tento parecer mais espiritual do que sou?
Denomino a minha conduta, meu comportamento e minhas opiniões de “cristãs”? A realidade das minhas prioridades são o discipulado de Jesus?
Por que oro? Por costume? Por obrigação? Para ter uma experiência religiosa? Para impor a minha vontade a Deus? Quando oro? Eu oro?
3º Mandamento:
Santificarás o dia do descanso.
O que é isso?
Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não desprezar a pregação e a sua palavra; mas devemos considerá-la santa, gostar de a ouvir e estudar.
O que este Mandamento faz por nós:
Protege-nos de sermos engolidos totalmente pela correria do dia-a-dia.
Proporciona-nos um momento de calma no qual podemos nos encontrar com Deus.
Dá-nos o tempo para sempre nos concentrarmos de novo no que deve estar em primeiro lugar na nossa vida: Deus.
Dá-nos a oportunidade de celebrarmos o nosso Deus na companhia de outros cristãos e de experimentarmos a fé como alegria e fortalecimento e não como obrigação.
Perguntas que podem me ajudar a descobrir a minha falta de liberdade:
Eu consigo me acalmar e me aquietar, ou estou sempre me refugiando no trabalho?
Como é o meu domingo? Procuro diversão e agitação, ou procuro o fortalecimento para o corpo e para a alma, procuro paz e alegria?
Procuro a comunhão com cristãos ou sou indiferente a esta comunhão? O que procuro na Igreja? A honra de Deus ou a minha edificação? A adoração ou uma atmosfera solene? A Palavra de Deus ou um pregador empolgante?
De que forma sirvo à minha Igreja? De que forma o domingo se manifesta durante a semana? Dou ouvidos à Palavra no dia-a-dia? Que valor a Palavra tem na minha vida? Que formas de vida espiritual desenvolvi para dar lugar a Deus no meu dia-a-dia?4º Mandamento:Honrarás a teu pai e a tua mãe, para que vás bem e vivas muito tempo sobre a terra.O que é isso?Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não desprezar, nem irritar nossos pais e superiores; mas devemos honra-los, servi-los, obedecer-lhes, amá-los e querer-lhes bem.
O que este Mandamento faz por nós
Protege os pais da arbitrariedade dos filhos e vice-versa.
Ensina o respeito – e não uma simples submissão – pela ordem e pelas tradições desenvolvidas ao longo do tempo.
Ajuda no conflito entre gerações: não precisamos seguir os nossos pais em tudo e nem amá-los apaixonadamente, mas precisamos respeita-los e valorizar o seu ponto de vista. Podemos esperar o mesmo dos nosso filhos.
Aponta o nosso olhar para o que recebemos dos nossos pais (em vez de sempre olharmos para o que deixaram de fazer ou até para aquilo em que erraram conosco).
Faz-nos envelhecer de forma digna.
Perguntas que podem me ajudar a descobrir a minha falta de liberdade:
Que valor os meus pais tem para mim? Eu sou grato a eles por aquilo que fizeram? Tento entende-los? Para os filos mais jovens: dou ouvidos a eles? Para os filhos mais velhos: cuido deles?
O quarto mandamento trata não só dos pais, mas também de toda a estrutura e ordem social em que vivo. Como me posiciono em relação ao meu superior no trabalho e na escola? Eu o engano? Crio obstáculos para ele? O que faço quando ele erra? Que responsabilidades correspondentes aos meus dons assumi na vida pública? Dou ao Estado o que lhe pertence por direito?
Quem tem poder de influenciar os meus filhos? Tenho tempo suficiente para eles? Vivo de forma tal que eles podem me tomar como exemplo? Respeito os meus filhos como pessoas com livre-arbítrio, ou tento formá-los segundo os meus desejos e concepções? Será que os estou levando à tentação de mais tarde desobedecerem a este mandamento?
5º MandamentoNão matarás.O que é isso?Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não causar dano ou mal algum ao nosso próximo em seu corpo; mas devemos ajudar-lhes e favorecê-lo em todas as necessidades corporais.O que este Mandamento faz por nós:
Protege a nossa própria vida da arbitrariedade dos outros e vice-versa.
Define um limite – ordenado por Deus – ao poder do ser humano.
Ensina-nos o respeito pela nossa própria vida e pela vida dos outros.
Protege não somente a vida, mas também a qualidade de vida do ser humano.
Aponta para um dos objetivos principais da vida: desenvolvê-la e não destruí-la.
Perguntas que podem me ajudar a descobrir a minha falta de liberdade:
Estou tornando a vida difícil para alguém? Quem está sofrendo por minha causa? Estou consciente da realidade destes sentimentos em meu coração: raiva, satisfação com o sofrimento ou a derrota alheia, inveja, indiferença, dureza e ressentimento? A quem desprezo? Limito a liberdade de alguém? Aproveito-me de alguém? Que pessoa eu não estou tentando entender?
Como resolvo conflitos? Vejo no meu próximo a imagem de Deus, ou vejo nele alguém atrapalhando o meu caminho? Em que pontos não me importo com os outros? Aproveito-me de alguém? Que pessoa eu não estou tentando entender?
Como resolvo conflitos? Vejo no meu próximo a imagem de Deus, ou vejo nele alguém atrapalhando o meu caminho? Em que pontos não me importo com os outros? Sou justo inclusive com os meus oponentes? Estou disposto a perdoar a todos?
Em que situação evitei um necessitado que precisava da minha ajuda? Para mim não importa que os outros morram de fome desde que eu possa manter o meu padrão de vida? Vivo à custa de gerações futuras? Assumo responsabilidade consciente pelo futuro deste mundo? Participo da destruição do meio ambiente por indiferença ou por conforto, ou contribuo para que o habitat do ser humano seja mantido? E como me comporto no trânsito?
Estou destruindo a minha saúde? Tiro pouco tempo para dormir? Sou viciado em alguma coisa? Estou lutando com idéias de desespero e suicídio? Com que pensamentos acordo de manhã e vou dormir à noite?
Sou bênção para as pessoas à minha volta?
6º Mandamento: Não cometerás adultério.
O que é isso?
Devemos temer e amar a Deus e, portanto, viver uma vida casta e decente em palavras e ações, e cada qual ame e honre seu consorte.
O que este Mandamento faz por nós:- Protege o nosso cônjuge e os nossos filhos.- Protege a família da outra pessoa.- Impede que fantasias sejam colocadas acima de pessoas de carne e osso.- Protege-nos de tensões e dúvidas interiores.- Faz com que os nossos relacionamentos sejam confiáveis.
Perguntas que podem me ajudar a descobrir a minha falta de liberdade:- Como está o meu casamento? Fujo dele me enfiando no trabalho, no lazer ou nos braços de um (a) amante? Tomo tempo suficiente para o meu cônjuge? Existe uma outra pessoa entre mim e o meu cônjuge? Sou fiel ao meu cônjuge em pensamentos, palavras e atos? Estou induzindo o meu cônjuge ao adultério por evitá-lo?- Que pensamentos em relação ao sexo oposto estão ocupando a minha mente? O meu cônjuge é para mim somente um objeto para minha satisfação? Sou ciumento? Ainda amo o meu cônjuge? Em que circunstâncias eu o menosprezo? No casamento eu sou aquele que exige direitos ou aquele que dá?- Estou à procura de estímulos que desviam as minhas fantasias sexuais do meu cônjuge? (Tv, pornografia, prostituição, sexo na Internet, etc.)- O casamento dos outros é intocável para mim?- Aceito o celibato, se este for o caso, das mãos de Deus?
7º Mandamento: Não furtarás.
O que é isso? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não tirar ao nosso próximo o dinheiro ou os bens, nem nos apoderar deles por meio de mercadorias falsificadas ou negócios fraudulentos; mas devemos ajudá-lo a melhorar e conservar os seus bens e o seu meio de vida.O que este Mandamento faz por nós:
Protege a nossa propriedade e a dos outros da apropriação indébita.
Protege o nosso respeito próprio em face dos nossos bens.
Impede que sacrifiquemos os nossos princípios em favor dos bens.
Incentiva-nos a dar em vez de pegar.
Desafia-nos a nos empenharmos por uma distribuição justa dos bens.
Perguntas que podem me ajudar a descobrir a minha falta de liberdade
Eu respeito os bens dos outros? Tenho coisas comigo que não me pertencem? Enriqueci à custa dos outros (incluindo instituições como o governo ou companhias de seguro)? A quem preciso restituir?
Estou roubando por meio de um trabalho malfeito? De que forma consigo dinheiro: por meio de trabalho digno ou por meios ilícitos, negócios duvidosos, jogos de azar? Estou sempre à espera do dinheiro fácil, rápido? Estou roubando tempo dos outros? Estou dependendo de outros?
Os meus bens estão servindo de alegria e de ajuda aos outros? Estou carregando a minha parte no peso geral? Administro com cuidado e parcimônia os bens que não são meus mas me foram confiados? Estou empenhado na distribuição justa dos bens entre as pessoas? Estou sacrificando e partilhando o que tenho com os outros? Estou devolvendo a minha oferta a Deus?
8º Mandamento: Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
O que é isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não mentir com falsidade, trair, caluniar ou difamar o próximo; mas devemos desculpa-lo, falar bem dele e interpretar tudo da melhor maneira.O que este mandamento faz por nós:
Protege um elemento fundamental da convivência humana, a comunicação, do abuso e de mal-entendidos.
Protege-nos e os outros de falatórios maldosos e destruidores.
Protege-nos de mentiras, nas quais muitas vezes acabamos acreditando, e que, por isto, nos tiram a liberdade de viver.
Protege-nos do stress de termos que nos lembrar sempre das mentiras que falamos.
Produz e mantém confiança.
Perguntas que podem me ajudar a descobrir a minha falta de liberdade
Falo freqüentemente sobre os erros dos outros? Conto muito as minhas vantagens? Onde falei mal ou mentiras sobre os outros? Sou rápido em julgar os outros e lento em defende-los? O que passa mais pela minha boca, elogio ou crítica? Espalhei coisas por aí que deveria ter guardado para mim?
O que eu digo é o que eu penso e, digo o que penso se necessário? Faço de tudo para que a verdade triunfe sobre a mentira? Sou fiel na intercessão?
Sou franco e honesto no relacionamento com os outros ou faço um jogo de esconde-esconde sobre o meu verdadeiro eu? Dou liberdade para que os outros se aproximem de mim? Tento me mostrar diante dos outros melhor do que sou na verdade?
A quem menti? Quando irei pedir perdão a esta pessoa? Sou honesto comigo mesmo enxergando-me no espelho da Palavra de Deus como de fato sou? Estou me esforçando para falar mais o bem das pessoas e para as pessoas? Será que não exagero com minhas palavras?
9º Mandamento:Não cobiçarás a casa do teu próximo.
O que é isto?Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não pretender adquirir, com astúcia, a herança ou casa do próximo nem nos apoderar dela sob aparência de direito; mas devemos ajudar-lhe e servi-lo para conserva-la.10º Mandamento:Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença.O que é isto?Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não apartar, desviar ou aliciar a mulher do próximo, os seus empregados ou o seu gado; mas devemos aconselhá-los para que fiquem e cumpram o seu dever.
O que estes Mandamentos fazem por nósProtege o nosso próximo de pensamentos de cobiça que tão rapidamente se transformam em atos concretos.Protege-nos da inveja destruidora.Protege-nos de insatisfação e irritação.Faz com que olhemos mais para o que temos em vez de olharmos para o que não temos.Protege a nossa gratidão.
Perguntas que podem me ajudar a descobrir a minha falta de liberdade.Estou satisfeito com o que tenho, ou quero sempre mais? O que me ocupa mais, o que tenho ou o que não tenho? Com quais pessoas eu me comparo? De quem tenho inveja? Que palavras e atos resultaram nesta inveja?Como se manifestam na minha vida os seguintes sentimentos e atitudes: inveja, satisfação, ser exigente, comparação constante com outros?Sou grato a Deus? Como isso se expressa? Aceito o fato de que Deus colocou limites que não posso ultrapassar aos meus dons, à minha influência, às minhas posses e à minha vida?
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