História da Igreja Antiga e Medieval
Módulo 2
1. Qual a extensão do império romano quando apareceu o cristianismo? Qual a natureza do seu governo?
R: Pela altura de 50 a .C, o império romano abrangia a Europa ao sul de Roma do Danúbio a maior parte da Inglaterra, o Egito e toda costa ao norte da África, como também grande parte da Ásia desde o mediterrâneo a mesopotâmia. Não é só pela força que os romanos dominavam, mas com objetivo e inteligência, levando uma civilização incomparavelmente superior e anteriormente existente naquela região.
2. Quais as três maneiras pelas quais o governo romano preparou o mundo para o advento do cristianismo?
R: O povo unificado, paz romana, estradas romanas de real acesso (vias rápidas).
3. Qual a extensão da influencia grega quando surgiu o cristianismo? Que efeito teve tal influencia sobre os povos?
R: Sua influencia devido ao comércio, foi mais acentuada nas cidades e países que continuam os mais importantes centros do mundo de então. O efeito foi que a mentalidade dos povos desse império tinham sido moldados pelos gregos, estando mais dispostos em receber as novas religiões.
4. Que fizeram os gregos, com sua língua, a favor do cristianismo?
R: Disseminaram a língua dialeto grego conhecido por “KOINE” usada para todos os fins no intercambio popular no seu domínio.
5. Qual foi a missão divina do povo de Deus?
R: Receber de Deus uma revelação especial a respeito do próprio Deus e da sua vontade e preservarem tais ensinos na sua pureza e integridade.
6. Quais as três contribuições dos judeus na preparação do mundo para o advento do cristianismo?
Ø Preparar a vida religiosa em que foram instruídas no SENHOR JESUS mesmo e todos os cristãos primitivos, inclusive os apóstolos e primeiro missionários;
Ø Aguardavam a vinda de um salvador;
Ø Os judeus deram ao cristianismo o AT.
7. Como os judeus da dispersão contribuíram para a vinda do messias?
R: Conservando sua religião e mantendo as suas sinagogas. Em muitos lugares realizaram trabalhos missionários ativos, devido cativeiros que os judeus sofreram.
8. Qual a situação das velhas religiões da Grécia e de Roma quando apareceu o cristianismo?
R: A velha religião dos deuses e das deusas da Grécia tinha perdido quase toda a sua vitalidade e influencia ao tempo do advento do cristianismo.
9. Qual a religião oficial romana e de que consistia?
R: Era a religião do estado, que constituía de venerações de imagens e estátuas dos imperadores como símbolo do poder de Roma, estabelecida por Algusto.
10. Quais as religiões mais influentes no mundo greco-romano quando apareceu o cristianismo?
Ø Mistérios helênicos: Eram cerimônias secretas e dramáticas que realçavam certas idéias concernentes a perpetuação da vida;
Ø Orfismo: Antigo movimento grego que ensinava: doutrinas de salvação e vida depois da morte;
Ø Da Frigia: O culto da mãe dos deuses e o culto a ATTIS;
Ø Do Egito: do culto a ÍSIS com SERAPIS ou OSÍRIS;
Ø A deusa Mitras: veio do leste da Ásia Menor.
11. Qual o caráter geral da época do ponto de vista religioso?
R: Nesse tempo havia muito interesse no conhecimento das várias religiões e muita ansiedade por idéias e crenças que trouxeram mais satisfação alma. Busca religiosa.
12. Por que o judaísmo não podia ser a religião universal?
R: Porque se desenvolvia um estreito preconceito racial com objetivo de limitar a religião judaica exclusivamente ao povo judeu e por isso aprendiam a obra entre os gentios.
13. Qual a condição intelectual do mundo greco-romano quando apareceu o cristianismo?
R: Predominavam duas filosofias gregas: O epicurismo e o estoicismo, mas nenhuma satisfazia a mente dos homens. Entre os homens de raciocínio, havia um forte sentimento de insatisfação e um desejo ardente de encontrar solução para os problemas cruciais da vida.
14. Qual a condição moral do mundo de então?
R: A época era decadente. Os homens tinham seus espíritos perturbados e insatisfeitos. As religiões e filosofias existentes exerceram pouca influencia sobre a vida. Como resultado disso, o nível moral era baixo.
15. Os evangelhos apresentam uma biografia de Jesus? (comente a posição de Walker).
R: Não. Falta-nos material para compor uma biografia de Jesus, comparável ao que se poderia escrever de alguém que tinha vivido nos tempos modernos.
16. Em que ano Jesus nasceu?
R: Entre os anos 7 a 4 a .C. O calendário oficial da época era romano.
17. Apresente um breve resumo da vida e atividade de Jesus com base nos relatos dos evangelhos.
R: Nascimento, infância, batismo, escolha dos discípulos, seu ministério (começa a trabalhar na Judéia), morte, ressurreição e ascensão.
18. Que evidencias temos da ressurreição de Jesus?
R: Túmulo vazio, aparição de Jesus a Maria e aos discípulos.
19. Quais são os principais argumentos dos que negam a ressurreição e como podemos desfazê-los?
R: Segundo a teoria da alucinação, seres humanos não podem ressurgir. Também dizem que o corpo de Cristo foi roubado pelos discípulos. Podemos desfazê-los através da confissão de fé, embasando-a nos relatos bíblicos (1 Rs 17.22, 2 Rs 4.35 e 13.21, teoria da alucinação) e oração.
20. Qual é a importância do fato da ressurreição de Jesus para a igreja crista?
R: A nossa salvação. (se precisar completar)
21. Queria Jesus fundar uma Igreja? Justifique sua resposta.
R: Não. Jesus queria oferecer ao mundo o evangelho e ministrar os ensinos que o Espírito Santo lhes dera. O objetivo era propagar o Reino de Deus.
22. O que Jesus não deu a igreja? (veja Nichols)
R: Ele não modelou qualquer organização ou planos de governo para esta sociedade. Não indicou oficiais para exercerem autoridade sobre os membros de tal organização. Nenhum código de regras lhe fora posta. Não prescreveu ordens ou formas, nem credo ou liturgia cristã.
Modulo 3
Parte 1 cristianismo judaico e gentílico (Gerson e Mateus)
1- Em que aspectos os cristão da comunidade de Jerusalém se assemelhavam às seitas judaicas? No que se distinguiam nas mesmas nas questões de fé e de pratica?
-os primeiros cristãos não acreditavam que pertenciam a uma nova religião, pois seguiam os mesmos costumes da religião Judaica. Porem, acreditavam que em Jesus Cristo havia se compridos as profecias dos profetas, seguiam o costume de jejuar duas vezes por semana, porem não nos mesmos dias enquanto os judeus jejuavam segundas e quintas os cristão jejuavam quartas e sextas, provavelmente em memória a traição de Judas e a crucificação de Jesus.
2- Quem exercia a liderança na congregação cristã de Jerusalém (nomes)?
- Pedro e João, porem Pedro exercia maior poder, Pedro era considerado o primeiro pilar da igreja, João o segundo, e Tiago (irmão do SENHOR mesmo não sendo um dos doze discípulos gozava também de grande autoridade, a ponto de Paulo o considerar o terceiro pilar da igreja de Jerusalém, também foi considerado primeiro bispo da igreja).morte de Tiago no ano 62 por iniciativa dos sumos sacerdotes. A chefia passou a Simeão que pertencia a mesma linhagem de Tiago irmão de Jesus.
3- Como aconteceu a primeira expansão do cristianismo para alem dos limites de Jerusalém (cf. At. 8.1; 11.19-20)?
A primeira perseguição contra os cristãos, foi o inicio da expansão do cristianismo fora do âmbito de Jerusalém, que através dos judeus gregos que se converteram ao cristianismo, foram obrigados a fugir de Jerusalém, passaram a formar, pequenas congregações cristãs fora de Jerusalém, como a congregação formada por Felipe em Samaria. Primeiramente as pessoas convertidas eram somente judeus, mas através dos feitos de Felipe o cristianismo foi alem da cultura judaica, logo após de ter convertido o mago Simeão e o eunuco etíope, e também mais tarde com o batismo de Cornélio por Pedro, que explicou ao povo que o batizou porque tinha tido uma visão do Senhor que o havia o ordenado. A partir de então foram aceitos gentios no cristianismo.
4- Em que consistiu a perseguição movida aos cristãos em 44 AD? Esta perseguição foi iniciada por Herodes Agripa I,. Primeiramente a perseguição voltou-se mais contra os cristãos gregos do que com os cristão hebreus. O cristianismo era visto dentro do judaísmo como uma seita que trazia com sigo uma heresia, e mais tarde o judeus temeram que o cristianismo pudesse provocar a ira de Deus, por isso os judeus perseguiram os cristãos, que conseguiam refugio nas leis dos romanos, os quais não queriam se meter, e achavam que isso era problema dos judeus. Mas quando estes conflitos ameaçavam a ordem do império os romanos entreviam, para restaurar a ordem,, mas quando os judeus ficaram contra as leis de Roma, o que acarretou na destruição de Jerusalém, os cristão deixaram bem claro que não tinham nada a ver com isso. Foi a partir de então que Roma viu o cristianismo como uma religião aparte do judaísmo, e a partir daí iniciou-se a perseguição aos cristãos. Pedro foi preso, mas escapou da morte, e o apostolo Tiago foi decapitado.
5- Descreva o fim da primeira congregação cristã?
A catástrofe que pôs fim a rebelião judaica no ano 70 foi fatal. No entanto para toda a comunidade cristã da palestina, embora a de Jerusalém, fugindo para Peta tivesse evitado os perigos. O cristianismo Palestinense ficou reduzido a um frágil remanescente depois do aniquilamento ainda maior, infligindo por Adriano as esperança judaicas na guerra de 132 a 135
6- Apresente um breve relato da vida do Apostolo Paulo do inicio ate a sua primeira viagem missionária?
Paulo nasceu em Tarso, de Cillícia em 10d.c, sua descendência era farisaica (fariseu, membro de um dos principais grupos religiosos dos judeus), seu pai tinha cidadania romana, criado e educado no lar com severos ensinamentos judaicos, não foi educado com princípios helenistas, mas como um jovem inteligente estava por dentro da atmosfera política e religiosa do mundo, porem educou-se na tradição rabínica, como futuro escriba ele foi estudar sob a orientação do famoso Gamaliel, não se sabe até que ponto Paulo acompanhou o ministério de Jesus. Com uma grande percepção religiosa, ele sentia uma grande insatisfação interior com a conquista do seu próprio caráter, e para ele a lei não era o bastante para dar um sentido de retidão interior, e então se fez perguntas sobre o que aconteceu com o Senhor e com os apóstolos, a grande transformação da sua vida ocorreu em sua viagem a Damasco, em missão de perseguição, teve uma visão de Jesus que o convocara para seus serviços, e a partir daí passou a acreditar em Cristo, e também transmitir a palavra de Cristo, foi primeiro para a Arábia não muito ao sul de Damasco onde pregou nesta cidade. Três anos após sua conversão foi para Jerusalém e falou com Pedro, e com Thiago, durante anos trabalhou na Síria e na Cilícia, sofreu muito, tanto perseguição como dores físicas, pregou aos gentios, foi procurado por Barnabé , que foi enviado a Jerusalém, trouxe-o d Tarso para a Antioquia, no ano 46ou 47, Antioquia tornou-se a sede do cristianismo, e daí Paulo juntamente com Barnabé, saíram para a primeira viagem de Paulo.
7- Relate os principais acontecimentos da viagem missionária de Paulo (prepare um mapa do império romano e indique o mesmo o roteiro daquela viagem)?
Em sua primeira viagem Paulo juntamente com Barnabé, passaram por Chipre, Perga, Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. Enviados pela igreja de Antioquia(At 13 1-3) Este foi o esforço evangelístico mais frutífero na historia da igreja, criou um grupo de congregação ao sul da Ásia Menor, onde mais tarde deu o nome, Igreja da Galácia, e a partir congregação mista em Chipre, o problema de relação entre judeus e gentios, Paulo lutava contra a desigualdade entre os povos, os principais problemas eram que todos os cristãos deveriam ser circuncidados, mas Paulo usando o exemplo de Tito, um gentil convertido ao cristianismo, e juntamente com Barnabé foram a Jerusalém para falar com os liderem da Igreja, a acabaram aceitando, e considerando o trabalho de Paulo entre os gentios genuíno, mais tarde levanto-se uma questão de que se judeus e gentios pudessem sentar na mesma mesa, para tanto foi feito um concílio chamado de concilio de Jerusalém, que criou certas regras para as refeições em conjunto, e Paulo achou inadmissível tais regras, e assim Pedro e Barnabé aprovaram tais regras, e assim Paulo passou a se separar de ambos. Paulo lutou sozinho contra essas regras, ao que parece a igreja de Antioquia uniu-se a Jerusalém.
8- Idem em relação à segunda Viagem missionária de Paulo (indique o roteiro no mesmo mapa)?
Após a divergência entre os lideres da igreja, Paulo juntamente com Silas, de Jerusalém mas cidadão romano. Durante uma viagem para Galácia, junto-se a eles Timóteo, na passagem por Listra. Como foram impedidos de trabalharem na região da Ásia Menor, entraram na Mesopotâmia, Acaia, atual Grécia. Fundaram igrejas em Filipos e Tessalônica, foram recebidos com frieza em Atenas. Após Atenas passaram 18 meses em Corinto onde tiveram grande sucesso (provavelmente entre 51 e 53), durante todo este período Paulo escreveu suas cartas, aos Tessalonicenses.
9- Idem em relação a terceira viagem de Paulo?
Paulo visitou a Galácia pela terceira vez e então permaneceu em Éfeso por aproximadamente por mais de três anos, ao deixar Éfeso, Paulo viajou novamente para Macedônia e Acaia, permanecendo ali três meses. Retornou a Ásia, indo pela Macedônia. Nesta terceira viajem Paulo escreveu 1Corintios, na Macedônia, e a carta aos Romanos em Corinto.
Parte 2 perseguições romanas aos cristãos (Isaías e Everaldo)
1. Cite e comente as principais causas das perseguições romanas aos cristãos.
R Os cristãos eram acusados de imoralidade, canibalismo, eram considerados anti-nacionais por aceitarem uma lei superior a do império. Eram acusados de odiarem a raça humana. E também de praticas mágicas. Os cristãos, especialmente os gentios, tentaram demonstrar que eles não tinham nada a ver com o nacionalismo dos judeus, mas infelizmente, os cristãos foram alvo das perseguições romanas iniciando com Nero. Pessoas cultas pagãs diziam que os cristãos eram ignorante, gentalhas, desprezíveis, as idéias que os cristãos pregavam eram contraditórias e que o cristianismo era uma religião de bárbaros, achavam que o Deus cristão era ridículo. Os cristãos foram acusados de ateus e proibiram-se as reuniões secretas e uma nova religião e os romanos também proibiram o trabalho brasal.
2.Relate e respeito da perseguição sob Nero: Datas, principais acontecimentos e mártires. No ano de 64 d.C. Nero acusou os cristãos de serem responsáveis pelo incêndio em Roma. Devido a dois bairros que eram judeus e cristãos não haverem sido queimados. Com isso muitos foram mortos e serviam de diversão para o povo. Todos que eram contrários a ele, ou morriam misteriosamente, ou eram obrigados a suicidar-se. Com relação ao incêndio da cidade Nero aproveitou a chance para colocar a culpa nos cristãos porque eles eram odiados por muitos. Com relação a mártires a indícios que Pedro e Paulo estavam na lista do imperador.
3. Proceda da mesma maneira em relação as perseguições movidas pelos seguintes imperadores: Domiciano, Trajano, Adriano, Antonio Pio e Marco Aurélio. Domiciano tornou-se imperador no ano de 81 d.C. e seu objetivo era restaurar a velha religião romana. Como o templo de Jerusalém havia sido destruído, o dinheiro que os Judeus mandavam para o templo deveria ir para os cofres romanos, mas os judeus não a enviaram, e deixaram bem claro que Roma não ocupou o lugar de Jerusalém. Outro acontecimento importante também é o da perseguição da Ásia Menor, que sabemos através do apocalipse de João. São os mártires, Flavio clemente e Flavia Domicila. Mas temos que lembrar que muitas das perseguições eram locais. Tudo dependia do local e da circunstancia.
Trajano: tornou-se imperador no ano de 98 até 117 d.C. Fez uma lei que proibia a perseguição aos cristãos, contando que ninguém tivesse algo contra eles, pois se tivessem seriam julgados pelo tribunal, onde deveriam negar a sua fé e adorar outros deuses. Os cristãos também eram perseguidos porque iam contra o estado e não adoravam o imperador. Um exemplo de mártir dessa época é Inácio de Antioquia e Simeão.
Adriano (117-138) e Antonio Pio (138-161): mantiveram a mesma política geral de Trajano, embora não favorecessem os motins feitos com intuito de acusar os cristãos. O cristianismo palestinense ficou reduzido a um frágil remanescente depois do aniquilamento, ainda maior, infligido por Adriano às esperanças judaicas, na guerra de 132 a 135. O mártir desse período é Policarpo de Esmirna (Walker).
Marco Aurélio: Tornou-se imperador no ano de 161 d.C. Nos primeiros anos de seu reinado houve vários acontecimentos, como: epidemias, inundações, invasões e outros. Segundo ele a causa disso é que os cristãos levaram a ira dos deuses. Os mártires são: a viúva Felicidade e seus sete filhos, Justino e Blandina.
4. Qual era a situação do império no período entre Marco Aurélio e Sétimo Severo?
Durante o império de Marco Aurélio houve exaustivas perseguições aos cristãos. No império de Cômodo houve uma guerra civil e nesse período os cristãos tiveram uma relativa paz até Sétimo Severo assumir o poder. Por assim dizer, os “governadores fracos” nem se preocupavam com os cristãos, como é o caso de Cômodo.
5. Relate sobre a perseguição sob Sétimo Severo.
Sétimo Severo assumiu o poder no ano de 193 d.C. No inicio de seu governo houve uma relativa paz, mas Severo cometeu várias perseguições adotando uma política sincretista. Esse imperador propôs a deter o avanço do cristianismo e do Judaísmo, proibindo sob pena de morte a conversão de qualquer pessoa a essas duas religiões. Sua perseguição se deu em 202.
6. Idem sob Décio.
No ano de 249 Décio tornou-se imperador. Seu objetivo era restaurar a velha gloria de Roma e retornar aos antigos cultos aos deuses. Assim começou a seguir os cristãos, pois achava que terminando com o cristianismo, ascenderia os antigos cultos aos deuses. Essa era sua principal razão política religiosa. Segundo ele o estado estava em decadência por culpa dos cristãos. Por isso deveria retornar aos antigos cultos aos deuses para que houvesse um restabelecimento do estado, e ele começou então a fazer perseguições severas ao cristianismo. Obs: Lembrando que um ano antes de Décio assumir o poder, Roma comemorava 1000 anos de vida e tiveram como objetivo olhar para o grande passado romano. Como no presente esta cidade estava em decadência, e segundo o imperador os culpados eram os cristãos, o imperador queria retornar aos antigos cultos aos deuses e impôs aos cristão que abandonassem sua fé e passassem a adorar os deuses dos romanos.
7. Como a igreja tratava os “caídos”, isto é, os que negavam sua fé nas perseguições?
Cipriano convocou o sínodo que decidiu: que os cristãos que haviam comprado e obtido certificado sem ter oferecido sacrifício aos deuses, esses poderiam ser restabelecidos mediante arrependimento. Os que haviam sacrificado, não seriam admitidos senão no seu leito de morte, ou quando em uma nova perseguição tivessem a oportunidade de mostrar sinceridade em seu arrependimento. Já os que haviam oferecido sacrifícios aos deuses e não se arrependeram, não seriam admitidos jamais de volta a igreja, nem sequer no seu leito de morte. Obs: na verdade ouve uma divisão na igreja. Havia os LAPSOS(os que tinham oferecida sacrifícios) e receberam um certificado e os ACTA FACIENTES(que arrumaram um jeito).
8. Como foi à perseguição sob Valeriano? E sob Diocleciano?
Valeriano governou de 253 a 260, foi duro nas suas perseguições visando a apostasia da fé no mesmo estilo de Décio. A principio deixou os cristãos em paz, mas em 257 e 258 voltou ao ataque de perseguição com redobro de veracidade, proibiu as assembléias cristas, confiscaram as igrejas e os cemitérios. Muitos bispos, presbíteros e diáconos foram condenados à morte. Os cristãos de posições de destaques foram desterrados e tiveram seus bens confiscados. O mártir desse período é Cipriano. Após esse imperador seguem-se 40 anos de paz.
Diocleciano governou de 284 a 305, tentou reerguer o império. O seu Império era organizado em uma tetrarquia. Em 303 fez-se três grandes editos de perseguição aos cristãos, como destruição as igrejas, às retiradas dos livros sagrados, o aprisionamento do clero, que era forçado a oferecer sacrifícios mediante torturas. Um pouco mais tarde em 304 fez-se o quarto edito(que foi geral) que obrigava todos os cristãos a oferecerem sacrifícios aos deuses. Em 296 mandou queimar todos os livros cristãos. Cresceu muito o n° de mártires. (Walker pg. 149). Segundo Gonzalez Galério convenceu Diocleciano de expulsar os cristãos do exército, pois seria que em algum momento critico os cristãos que estavam no exercito poderiam negar obediência as ordens do imperador. O edito de Diocleciano a esse respeito não decretava a pena de morte, nem outro castigo senão a mera expulsão do exercito. Em 303, levado por Galério ele lançou um novo edito contra os cristãos, mas ainda se negava a derramar sangue deles. O que se ordenava era que todos os livros e edifícios cristãos fossem destruídos, e aos crentes que se lhes privasse todas as suas dignidades e direitos civis.
9. Qual era a situação do império romano após a aposentadoria de Diocleciano até o ano 324?
Diocleciano aposentou, Galério subiu e afastou o imperador do Oriente, então todo mundo queria ser César. Em 306 morreu o “César” do ocidente, que era Constancio Cloro, então o exército dá um golpe e coloca Constantino como imperador. A morte de Galério, em 311, deixou quatro concorrentes ao trono imperial: Constantino, Licínio, Maximino Daia e Maxêncio. Em 312 Constantino derrotou Maxêncio e o Ocidente ficou sobre o seu poder, pois ele afirmou ter tido uma visão de que Cristo mandou pintar este símbolo nos escudos e então ele ganhou a luta e ficou ao lado dos cristãos. Em 313, o edito de Milão assinado por Constantino e Licínio deu liberdade de religião para os cristãos, e acabou com as perseguições e concedeu tolerância aos cristãos (não que tenha tornado o cristianismo uma religião oficial). Constantino em 323 derrotou Licínio e tornou-se o único imperador do Oriente e Ocidente.
Módulo 4 - Constantino e a Igreja (Assis e Fernando)
1. Quais foram os principais benefícios concedidos à igreja por Constantino?
Constantino trouxe muitos benefícios. Unidade da Igreja; procurou eliminar heresias. No ano 313 isenção de Impostos; 315 proibiu a crucificação; em 319 são proibidos os sacrifícios pagãos. Em 321 deu a Igreja Católica o direito de receber doações (terras) e nesse mesmo ano proibiu-se o trabalho nas cidades, aos domingos, ou bem, oficializou o “Domingo” como dia de descanso. Em 325-30 Constantinopla se torna a nova capital do Império.
2. Qual foi o tratamento que Constantino deu aos donatistas?
R: Foi entregar a escritura, por esta razão à consagração não era válida, pois não entregou a Bíblia verdadeira para os romanos, para ser destruída. Os donatistas surgiram no norte da África, que são seguidores do Bispo Donato. Os donatistas consideraram nula a sagração de Ceciliano, bispo de Cartago no ano 311, por ter sido feita por um homem que havia entregado uma cópia das Escrituras para ser queimadas. Considerando tal erro, escolheram um novo bispo, Majorino. Porém, com sua morte lhe sucede Donato. Em 313 Constantino deu subversão aos clérigos da África, sendo que os donatistas pediram a sua parte nesta subversão, porém lhes foi negada. No Concilio de Arles, no sul da Gália no ano 314 convocado por Constantino, todos os bispos do Ocidente condenaram-se as pretensões donatistas. Os donatistas recorreram novamente ao Imperador, o qual uma vez mais negou-lhes razão em 316.
3. Quais foram os principais problemas trazidos à igreja devido ao novo tipo de relacionamento com o império?
R: Tudo girava em torno ao Estado, o Estado promulgou leis. A divisão do Império dividiu a Igreja. Apenas 10% do Império eram Cristãos, O imperador e seus assessores eram cristãos. Então todos os habitantes passaram a ser cristãos. A igreja estava estruturada para Evangelizar toda a massa. A Igreja preocupa-se em discutir doutrinas que foram problemas políticos. Por não serem Evangelizados, isto é, conhecedores das Doutrinas, os novos cristãos trazem a Idolatria.
4. Quem eram os filhos de Constantino e de que maneira o império ficou dividido entre eles?
R: À morte de Constantino, depois de um breve interregno, lhe sucederam seus três filhos Constantino II, Constante e Constâncio.
- A Constantino II coube: Grã-Bretanha, Gália, Espanha e Marrocos. 337-40, esse morre e Constante assume sua parte.
- A Constancio coube a maior parte do Oriente: Ásia menor, Síria e Egito. 337-61.
- A Constante coube: A parte Intermediaria entre as duas regiões, Itália e África. 337-50.
Porém, não podemos deixar de mencionar seu filho e herdeiro mais velho, Crispo, que estivera no comando da sua esquadra na campanha contra Licínio. Crispo foi acusado de conspiração contra o imperador, seu pai Constantino, e, portanto foi executado.
5. Qual foi a atitude dos filhos de Constantino para com a igreja?
R: Eles legislavam em favor do Cristianismo e iam colocando cada vez mais obstáculos ao culto pagão; proibindo os sacrifícios aos deuses sob pena de morte .
6. Como foi o governo de Juliano e sua relação com a igreja?
R: Juliano começou uma reforma total do paganismo e suas primeiras providencias foram ordenar que todos os objetos e propriedades que tinham sido tomados dos templos e que fossem devolvidos, ele passou a organizar o sacerdócio pagão em uma hierarquia semelhante a da igreja Crista. Nessa hierarquia os sacerdotes deveriam levar uma vida exemplar, não só se ocupando do culto, mas também das obras de caridade; e boa parte da reforma pagã de Juliano era inspirada no exemplo da igreja Cristã. Enquanto promulgava estas leis, Juliano estava empenhado em restaurar o culto pagão de maneira mais direta. Ele se considerava eleitos pelos deuses para esta obra e por isso enquanto esperava que todo Império regressasse a sua antiga fé, ele se sentia obrigado a prestar aos deuses o culto que os outros não lhe prestavam, em que eram oferecidos centenas de touros e outros animais aos deuses ele não só promoveu o paganismo mas também atacou o cristianismo e também ele nunca decretou a perseguição direta a Igreja .
7. Qual foi a atitude de Teodósio em relação à igreja?
R: Piedoso, mantenedor da fé Nicena em 380, com Grassiano promulgou uma ordem que ordenava que todos guardassem a fé no Apóstolo Pedro. Em 381 conheceu um sínodo Oriental em Constantinopla que foi conhecido como 2o Concilio Geral da Igreja. Teodósio (378-395) transforma o Cristianismo como religião do Estado.
8.Que medida Teodósio tomou contra os pagãos?
R: No ano 392 proibiu o culto pagão, em 381 proibiu a hepatoscopia, em 382 Graciano deixou usar o título de Pontífice Maximus; em 386 fecha o templo pagão. Em 389 o senado rejeita o paganismo. Em 392 o sacrifício é considerado crime e em 394 a última olimpíada por ser homenagem ao deus Olimpo.
O início da conversão dos povos germânicos
1. Quando e de que maneira os visigodos entraram em contato com o cristianismo?
Cada vez maior tornou-se o numero de soldados germanos nas fileiras dos exercito de Roma. Comerciantes romanos palmilhavam caminhos muito além das fronteiras do império. Os germanos estabeleciam-se nas províncias fronteiriças e adotavam costumes romanos. Prisioneiros de guerra, provavelmente capturados na incursão de 264, provenientes da Capadócia, haviam introduzido a semente do Cristianismo entre os visigodos, antes do fim do século III, chegando mesmo a estabelecer uma organização eclesiástica rudimentar em certos lugares. Devido com o contato com os Romanos ouve assimilação do Cristianismo.
Tem contato com o Cristianismo quando chegam próximos ao império Romano. Eles não são convertidos, mas aceitam a religião já existente. E tornam-se semi-arianos
2. Quem foi Úlfilas e qual foi o seu papel na conversão dos visigodos?
R: Nascido em 310 de família originária dentre os cativos acima mencionados, era de cepa cristã tornando-se leitor do pequeno grupo cristão gótico. Em 341 foi consagrado bispo pelo ariano Eusébio de Nicomédia, então bispo de Constantinopla. Durante sete anos trabalhou na terra natal até que a perseguição o forçou a buscar refugio em solo Romano. Sua maior obra foi tradução das escrituras ou ao menos o Novo Testamento, na língua Gótica. Veio falecer em 383 durante uma visita que fez a Constantinopla.
Era um missionário proveniente da parte oriental do Império Romano. Tinha inventado uma maneira de escrever a língua gótica, e traduzido às escrituras para ela. Descendente de Gôdo, como prisioneiro cristão, não é cristão atanasiano e a religião que ele adota é o semi-arianismo. Considerado o maior missionário, pois criou um alfabeto para poder evangelizar a população da época.
3. Relate resumidamente sobre o fim do Império Romano ocidental (principais causas, fatos e nomes envolvidos).
.R: Principais causas:
- O Império havia abandonado seus velhos deuses.
- Roma caiu por ter-se convertido ao Cristianismo.
- O Império caiu por causa dos vícios dos Romanos.
- Porque de um lado o Reino e do Danúbio era mais fácil viver do que do outro lado.
Fatos e nomes envolvidos:
- Os bárbaros começaram atravessar as fronteiras e por alguma razão o Império não estava pronto para a defesa. Os bárbaros foram liberados a passar a fronteira do Império e viver lá, com o nome de “federados” para que em troca protegessem o Reino de Invasores. Boa parte dos Bárbaros causou grandes prejuízos. Por exemplo: o gôdo Alarico; em 410 saquearam Roma.
- Por volta do ano 370 os Hunos caíram sobre os ostrogodos que dominavam a costa norte do Mar Negro e destruíram seu Império.
- Em 395 os godos estavam novamente passeando sobre a Grécia saqueando seus campos e as pequenas povoações.
Em resumem, no fim do século V a parte ocidental do Império estava dividido entre uma série de reinos bárbaros.
- Vândalos no norte da África,
-Visigodos na Espanha.
- Sete reinos dos anglos e dos Saxões na Grã-Bretanha.
-Francos na Gália.
Ostrogodos na Itália.
- Os Romanos deixaram os bárbaros trabalharem um pouco, porém eles foram crescendo até tomarem o poder. Em 476 a queda do Império Romano marca o fim da idade antiga. Odoacro (hérulos) general bárbaro depôs Rômulo Augusto, ele envia as insígnias imperiais ocidentais ao governo oriental, a Zenão, e disse que o povo estava unido, mas o terreno fica para os bárbaros.
Desenvolvimento da Organização da igreja cristã
1. Qual era a organização da igreja no final do primeiro século?
R: havia somente igrejas locais, não havia uma igreja sede que comandava as outras, havia também pregadores que andavam de uma igreja para a outra, como por exemplo o apóstolo Paulo. Somente maus tarde é que surgiram os bispos, presbíteros e diáconos, só que cada local tinha a sua organização.
2. Cite e comente os motivos para o surgimento do episcopado monárquico.
R: os hereges concentrava-se na questão da autoridade da igreja, isto se devia não somente ao fato de que havia necessidade de alguém que decidisse quem tinha razão, mais principalmente por que o próprio caráter do que se debatia estava centrado na autoridade da igreja.
3. O que contribuiu para aumentar a separação entre clero e leigos?
R.: Esta separação veio aparecendo gradualmente. Os leigos e os cleros eram separados, ocupavam posições separadas na igreja. O principal motivo que contribuiu par isso foi o crescimento da igreja, onde o bispo passou a ficar mais distante do povo.
4. Como surgiu o cargo de arcebispo?
R.: Os bispos das capitais das províncias se tornavam cada vez mais importantes que os outros, os quais ficaram conhecidos como bispos metropolitanos e assim cada um exercia mais poder sobre os demais. Esquema: 1º arcebispo, 2º bispo e 3º presbítero.
5. Quem eram os patriarcas e quais eram os patriarcados existentes na igreja antiga?
R.: Com a centralização de poder nas dioceses, cinco bispos se levantaram acima dos demais, e foram considerados os patriarcas, e que eram: o bispo de Roma, o de Constantinopla, o de Alexandria, o de Antioquia e o de Jerusalém. Esses pais se chamavam de irmãos. Foi sancionado por Justiniano século VI. Foi ele que criou o chamado patriarcado. Esquema: 1º patriarca, 2º arcebispo, 3º bispo e 4º presbítero.
6. Qual era a finalidade dos Concílios?
R.: Reunir os bispos das dioceses para resolver problemas que surgiam na igreja, por exemplo as heresias.
7. Comente os fatores que confirmem ao bispo de Roma um destaque especial na igreja dos três primeiros séculos?
R: No momento em que a igreja passou a ser organizar conforme os padrões que iam sendo estabelecidos pelo estado ela ia crescendo, com isso o poder dos bispos iam sendo aumentado e dessa maneira tornaram a igreja de Roma forte e poderosa. Desde muito cedo, Roma tornou-se a congregação maior, pelo fato de ser bem numerosa em mais ou menos 100 D.C.
8. Comente o envolvimento de Vitor I (189-198) como os bispos da Ásia Menor.
R.: A disputa entre Ásia Menor e Roma foi ocasionada pela discussão a respeito da data da páscoa, os roamos (que venceu) diziam que devia ser sempre no domingo; A Ásia Menor dizia que tinha de ser em 14 de Nizan, e é lógico que podia cair em qualquer dia da semana. No ano 190, mais ou menos, o problema tornara-se tão agudo que em Roma, na Palestina e outros lugares reuniam-se sínodos, os quais decidiram em favor do costume romano. Liderados por Policrates, bispo de Éfeso, as igrejas da Ásia Menor negaram-se a concordar. Diante disso, Vitor, bispo de Roma (189-198), excomungou as congregações rebeldes. Esse ato prepotente levantou muitos protestos, notadamente de Irineu de Lião, mas foi uma afirmação marcante da autoridade de Roma. Causando muitos danos à Ásia Menor.
9. Que atitude de Calixto I (221-227) demonstra que ele julgava ter poderes sobre toda a igreja?
R.: Anunciou “Urbi et Orbe” para todos, que os pecados de impureza seriam perdoados; Calixto talvez tenha sido o primeiro a ter usado Mt 16.18. Urbi et Orbe (Anunciou para a cidade (Roma) e para o mundo).
Não se limitava em ter poder somente sobre a sua localidade. Assassinato, apostasia e impureza eram os três pecados imperdoáveis, e então Calixto diz que a impureza era perdoável, que escândalo! Aplica para ele próprio Mt 16.18, foi o primeiro que se utilizou desta passagem.
10. Qual foi a posição de Estevão I (254-257) contestada por Cipriano?
R.: Dizia que o batismo praticado por herege era válido. Novamente os teólogos protestam, a posição vencedora é a de Roma. Os bispos de Roma sempre ganham. Esses dois provavelmente foram martirizados por Valério.
11. Que fato aumentou a projeção do bispo de Roma no Ocidente logo após o final das perseguições?
R – Quando o império começou a aceitar a fé cristã (romana) e a igreja começou a se organizar conforme os padrões estabelecidos pelo estado. Mudou a capital de Roma para Constantinopla. Isso foi importante para aumentar o poder do papa de Roma.
12. Comente os principais feitos de Inocêncio I e suas tentativas de aumentar o poder do bispo de Roma?
R.: Se meteu em questões pelagianas ao norte da Ásia, Itália e a igreja também achou que ele tinha mais poder, e ele também achava isto.
Sucessor de Símaco e fundador do cristianismo Ocidental;
Defendeu a autoridade de Pedro e a tradução apostólica;
Defendia a autoridade universal do bispado de Roma;
Enfrentou com grande lucidez às heresias de Pelágio;
13. Idem em relação a Leão I (440-461).
R – Tinha muita habilidade política. Segundo muitos ele foi o primeiro papa após Pedro. Agora é ele que tem o poder e é ele que julga. Ele focalizava-se fortemente em Pedro. Vivia em tempo de monarquia. A Itália tinha sido invadida pelos hunos, e a cidade de Áquila foi tomada por Átila. O papa Leão I foi falar com Átila. Conta a lenda que quando Leão I, chegou para falar com Átila, estavam ao lado do Papa São Paulo e São Pedro, que ameaçaram o invasor com espadas; e assim, Átila fugiu, evitando que Roma fosse atacada.
Quando os vândalos em 455 invadiram Roma, Leão não conseguiu evitar a invasão, mas negociou com o chefe Niserino, para que não ocorressem assassinatos e incêndios na cidade. Desta forma, Leão ficou com poder aumentado.
Não baseava sua autoridade somente na política, mas em Deus.Falta completar!
14. Idem em relação a Gelásio (492-496).
R.: Enviou Império do Ocidente Anastácio uma carta que declarava que há dois poderes por quem principalmente este mundo é governado, o Sagrado poder dos pontífices. Também decretou que o mundo é governado pelo imperador e sarcedote. Depois do papa o sarcedote era o mais importante.
15. Qual é a origem do título “papa” aplicado ao bispo romano?
R - Papa significa Papai. Atualmente, no ocidente é empregado para o bispo romano. No oriente, o termo papa não era relativo somente ao bispo de Roma, mas também aos de catargo (Cipriano) Alexandria (Atanásio). Esquema: 1º papa 2º patriarcas, 3º arcebispos, 4º bispos e 5º presbíteros.
ATÉ AQUI COLATINA!
Módulo 5 - Disciplina Cristã (precisa de reajuste)
1. Que pecados eram considerados imperdoáveis por volta do final do primeiro século da era cristã?
R De acordo com Cipriano, a igreja deveria ser um lugar de santos, e os idólatras não tinham lugar nela. Outros pecados imperdoáveis eram oferecer sacrifícios aos deuses e aos imperadores.
2. Quem podia determinar a suficiência da penitência (dar absolvição) na igreja antiga?
R: Os Bispos da Igreja.
3. Que fatores diminuíram o rigor da disciplina eclesiástica, levando a igreja a redescobrir a graça divina?
4. Walker afirma na pág. 141 (139) que a igreja, em certo momento, deixou de ser “comunhão de santos” para considerar-se “instrumento de salvação”. Quando aconteceu isso? O que significa essa mudança? Existe essa tensão ainda hoje?
5. Qual foi o procedimento dos cristãos mais sérios quando o mundanismo se espalhou na igreja?
6. Que significa a distinção entre conselhos e exigências do evangelho? Exemplifique.
O Monasticismo
1. Cite as principais causas do surgimento do monasticismo.
2. Qual é a origem do celibato sarcedotal na igreja?
3. Quem é considerado o fundador do monasticismo cristão e o que sabe sobre ele?
4. O que se sabe sob Pacômio: vida e obra?
5. Para que outros locais do Oriente, além do Egito, se expandiu o monasticismo?
6. Quem foi Basílio e qual foi a novidade por ele introduzida no monasticismo?
7. Quem foram os primeiros defensores do monasticismo no Ocidente?
8. Onde foram estabelecidos os primeiros mosteiros ocidentais?
9. Relate sobre a vida e atividade de Bento de Núrsia.
10. O que prescrevia a regra Beneditina para a organização de um mosteiro?
11. Onde se desenvolveu o monasticismo celta e o que o caracterizava?
O Batismo na Igreja Antiga
1. De que constava a preparação para o batismo na igreja?
2. Que ritos eram observados por ocasião do batismo?
3. Quem administrava o batismo?
4. Compare a posição dos autores sobre a prática do batismo infantil na igreja antiga. A que conclusão você chegou?
O Culto Público na Igreja Antiga
1. Descreva a primeira parte do culto público no IV século.
2. O que são, e quando foram elaborados os primeiros lecionários?
3. Quem popularizou o uso de hinos cristãos no Ocidente e em que época?
4. Como era a pregação na igreja antiga? Cite alguns pregadores de destaque.
5. Em que consistia a segundo parte do culto? Quem podia participar dela e quem era dispensado?
6. O que é epíclese (ou epiklesis)?
7. Em que divergiam os ocidentais e orientais acerca da Santa Ceia?
8. O que era o iconostasis e qual o seu significado?
9. Por que razão os cristão se reuniam no primeiro dia da semana? Esse dia ainda conserva o mesmo significado para a igreja atual?
O Cristianismo Popular
1. Quando iniciou o culto aos mártires e que acontecimentos contribuíram para o seu crescimento?
2. Quais foram as causas do surgimento deste culto?
3. Relate sobre o desenvolvimento do culto a Maria.
4. O que é a veneração das relíquias?
5. Como se desenvolveu o culto aos anjos?
6. Como surgiu a veneração as imagens e como se procurava justifica-la?
7. As práticas do cristianismo popular facilitaram a difusão do cristianismo?Explique sua resposta.
Disciplina Cristã (copia emprestada)!
2. 1. Que pecados eram considerados imperdoáveis por volta do final do primeiro século da era cristã?
R.: Os pecados chamados apostasia, os pecados da imoralidade e do assassinato.
7. Quem podia determinar a suficiência da penitência (dar absolvição) na igreja antiga?
R.: Os oficiais da igreja e os confessores, com o tempo surgiram as escolas de perdão e surgiram aí as penitências.
3. Que fatores diminuíram o rigor da disciplina eclesiástica, levando a igreja a redescobrir a graça divina?
R.: Perseguição a Décio que abrangeu a todo o império.
4. Walker afirma na página 141 (139) que a igreja, em certo momento, deixou de ser “comunhão de santos” para considerar-se “instrumento de salvação”. Quando aconteceu isso? O que significa essa mudança?
R.: Início do século III, quando Calisto era bispo de Roma, entre os cristãos havia muitos que embora participassem dos atos de adoração pública da igreja, só eram cristãos de nome. O número deles era tão grande que a igreja se via própria concepção.
5. Qual foi o procedimento dos cristãos mais sérios quando o mundanismo se espalhou na igreja?
R.: Formaram-se cada vez mais acéticos - quanto mais coisas boas faziam mais eles cresciam.
6. Que significava a distinção entre conselhos e exigências do evangelho? Exemplifique.
R.: As exigências era para todos os cristãos. O conselho era para os cristãos mais perfeitos, vender sua propriedade, celibato e obdiência.
O Monasticismo
1. Cite as principais causas do surgimento do manasticismo.
R.: Rebaixamento moral
legalismo
carne mais matéria são más
fuga do mundo
2. Qual é a origem do celibato sacerdotal na igreja?
R.: Surgiu com base nas palavras de Paulo no sentido de que não se casavam, podiam servir ao Senhor com mais liberdade.
Da expectativa da volta de Cristo
Da filosofia clássica
3. Quem é considerado o fundador do monasticismo cristão e o que sabe sobre ele?
R.: Uns falam que Paulo o helenista seria o fundador, outros falam que era Antonio.
Paulo - meados 3º século fugiu para o deserto e viveu por um século, sem receber visita, comia quase que exclusivamente Tãmaras.
Antonio - recebeu herança de seu pai, vendeu tudo inspirado no relato do jovem rico Mt 19, foi morar com um ancião onde iria aprender coisas do monasticismo, depois foi para o deserto, viveu numa gruta, onde foi tentado pelo diabo. Depois foi para Alexandria para ser martirizado onde não conseguiu, morreu em 356.
4. O que se sabe sobre Pacômio: vida e obra?
R.: Vida - Nasceu em 286 aD ao Sul do Egito. Filho de pais ateus, foi forçado a sair do povoado para o serviço militar obrigatório, quando foi liberado decidiu-se pelo monasticismo.
Obra - Fundou o primeiro comunitário, porém expulsou seus seguidores porque zombavam da sua humildade e exemplo de vida. Mais tarde seu irmão se juntou a ele e fundaram vários mosteiros com disciplinas mais rígidas e transformaram-se num exemplo de vida monástica.
5. Para que outros locais do Oriente, além do Egito, se expandiu o monasticismo?
R.: Síria, Ásia Menor e Mesopotâmia.
6. Quem foi Basílio e qual foi a novidade por ele introduzida no monasticismo?
R.: Estudou em Atenas e Constantinopla, abandonou sua carreira promissora para ser monge. Em 370 foi nomeado bispo de uma enorme região da Capadócia. Introduziu um sentido mais social ao monasticismo, pregando o estudo da Bíblia, oração e práticas de Boas Obras.
7. Quem foram os primeiros defensores do monasticismo no Ocidente?
R.: Martinho de Tours, Gerônimo, Agostinho e Ambrósio.
8. Onde foram estabelecidos os primeiros mosteiros ocidentais?
R.: França e Itália.
9. Relate sobre a vida e atividade de Bento de Núrsia.
R.: Nasceu por volta de 480, estudou algum tempo em Roma. Desolado com a maldade que havia na cidade, foi viver desolado numa caverna nas montanhas de Subiáco (500), leste de Roma. A fama de sua santidade, trouxe discípulos que juntaram-se a ele. Rejeitou o convite de direção de mosteiros, nas regiões vizinhas, por causa que os monges eram indisciplinados. Fundou então a casa-mãe da ordem benedicana, no monte Casino (529). Nesse mosteiro Bento de Núrsia produziu a sua regra. E nesse mosteiro ficou até a morte (547). O último acontecimento de sua vida, que se sabe por concreto é o encontro com o rei gogo, do Oriente, Totila (542).
10. O que prescrevia a Regra Beneditina para a organização de um mosteiro?
R.: Revelou seu profundo conhecimento da natureza humana. A sua concepção de um mosteiro foi que devia ser uma fortaleza permanente, soberana, de sustento próprio para os soldados de Cristo. O chefe era um abade (cargo superior do mosteiro), a quem se prestava obediência implícita, e era obrigatório em erros graves, a consultar todos os irmãos, em coisas de menos importância, consultar os monges mais velhos. Ninguém podia ser monge sem experimentar a vida no mosteiro por um ano. Benedito entendia que o culto era o primeiro dever do monge. Dava grande ênfase ao trabalho. “A ociosidade é a inimiga da alma”. Ele prescreveu logo o trabalho nos campos e a leitura. E para tudo havia horas marcadas.
11. Onde se desenvolveu o monasticismo celta e o que o caracterizava?
R.: Na Irlanda, na Escócia e na Inglaterra. Caracterizava-se na adaptação ao sistema de clãs, e a conseqüente hereditariedade do cargo de abade. A base da organização eclesiástica do cristianismo Celta era mais monástico do que diocesano. O bispo ocupava posição inferior a do abade.
O Batismo na igreja antiga
1. De que constava a preparação para o batismo na igreja antiga?
R.: Justino: mesmo como seu pendor filosófico, diz que o batismo efetua a regeneração e a iluminação. Tertuliano: transmite a própria vida eterna. Hermes: o batismo purifica todos os pecados anteriores.
Estudo de três anos do catecúmeno se não pertencia ao meio judaico, caso fosse do meio judaico não era necessário estes três anos de instrução.
2. Que ritos eram observados por ocasião do batismo?
R.: Em geral o batismo era ministrado uma vez ao ano, no domingo da ressurreição. No começo do terceiro século se jejuava na sexta-feira e no sábado, e somente na madrugada de domingo era feito o batismo, como na ressurreição de Cristo. O Batismo era por imersão, desnudados, sendo que os homens ficavam separados das mulheres. Ao sair da água era dado ao neófito uma vestidura branca, em sinal de sua nova vida em Cristo.
Dava-se água para beber em sinal de que se havia tornado límpido não só externamente mas internamente.
Simbolizava a entrada em Canaã. Toda cerimônia vem enfocar a nova vida.
3. Quem administrava o batismo?
R.: Em geral os sumo-sacerdotes. Mas era administrado não só pelos apóstolos e outros líderes como também pelos que eram eminentes na igreja em razão de seus dons carismáticos.
Quem reconhecia o batismo era o bispo, mas com crescimento da igreja, o bispo demorava para passar pelas igrejas, aí começou-se a se batizar sem a presença do bispo e mais tarde quando o bispo passasse novamente por ali então ele só fazia uma imposição de mãos sobre o batizado.
4. Compare a posição dos autores sobre a prática do batismo infantil na igreja antiga. A que conclusão você chegou?
R.: Ganzález: A indício de que os filhos de pais cristãos eram batizados desde a meninice.
Walker: Cipriano era favorável a que fosse administrado tão cedo quanto possível, por causa do pecado original e a opinião mais generalizada entre os antigos parece ter sido a da inocência da criança.
“Os pais cristãos não queriam que seus filhos deixassem de entrar no reino de Deus.” Percebe-se uma grande preocupação de que as crianças também fossem batizadas. Esta preocupação parece bem visível entre os pais Apostólicos como também na mensagem de Cristo de “trazer discípulos de todas as nações”. Mt 28.19.
No início o batismo infantil não era generalizado pela concepção de que o batismo perdoava somente os pecados cometidos ante o batismo, então se adiava quanto mais possível fosse. Mas foi desenvolvida juntamente com a doutrina do pecado original.
O Culto público na igreja antiga
1. Descreva a primeira parte do culto público no IV século
R.: Foram introduzidos coros nas igrejas, cantigas e antífonas. Surgiram hinos, entre os quais o TE DEUM. Os tempos tornavam-se maiores e cheios de decorações. Os cultos se tornaram mais solenes e impressionantes.
A primeira parte era mais aberta havia várias leituras, orações, hinos (salmos) e homilia (pregação).
2. O que são, e quando foram elaborados os primeiros lecionários?
R.: São seleções apropriadas de textos bíblicos conforme as estações especiais e abreviações de curtas passagens. Foram elaborados fins do IV século.
3. Quem popularizou o uso de hinos cristãos no Ocidente e em que época?
R.: Ambrósio de Milão, cantava-se esses hinos com base doutrinária contra os arianos, durante a luta ariana, eram cantados pelo coro e pelos bispos (clero), isso foi no IV século.
4. Como era a pregação na igreja antiga? Cite alguns pregadores de destaque.
R.: A pregação era de um caráter mais expositivo acrescida de aplicações simples aos problemas da vida diária. A pregação era de um caráter bem retórico e os ouvintes manifestavam sua aprovação através de aplausos. Nas áreas rurais e em cidades de considerável importância, haviam poucos sermões. Podemos destacar os seguintes pregadores: Gregório de Naziano e Cirilo de Alexandria e Crisóstomo (boca de ouro) era o mais importante no Oriente e Ambrósio, Agostinho e Leão I, no Ocidente.
5. Em que consistia a segunda parte do culto? Quem podia participar dela e quem era dispensado?
R.: Gonzáles a chama de Festa do Amor ou Fraternidade. Seu início era marcado pelo beijo da paz, durante as refeições o dirigente dava graças pelos alimentos e posteriormente consagrava-se os elementos da Ceia. Seu ápice era a Santa Ceia, da qual só podiam participar os batizados, os restantes eram dispensados. Ao final o dirigente fazia a despedida com a bênção.
6. O que é epiclese (ou epiklesis)?
R.: Epiclese é uma oração de invocação que se fazia antes da Ceia, onde pedia-se ao Espírito Santo que viesse e efetuasse a mudança nos elementos consagrados.
7. Em que divergem os ocidentais e orientais acerca da Santa Ceia?
R.: Eles divergiam quanto ao momento em que acontecia a presença real de Cristo na Ceia. O Oriente afirmava que era durante a Epiclese. No Oriente realçava-se o aspecto da comunhão, a Ceia era considerada um mistério vivificador. Quem a recebia tornava-se participante da natureza divina, ficando imortal e sem pecado, visto ter recebido o corpo e o sangue de Cristo. No Oriente o sentido da Ceia tinha a tendência a se tornar um drama de mistério, no qual o divino e eterno manifestava-se com poder vivificador. Já o Ocidente dava maior ênfase nas palavras históricas de Cristo, cuja presença sacramental era atestada e efetuada pelas palavras da instituição. Para o Ocidente a Ceia era tanto comunhão como sacrifício, no entanto realçavam o aspecto de sacrifício da Ceia, que inclinava Deus a ser gracioso para com aqueles em cujo favor se oferecia a “Vítima Divina”. O Ocidente não era tão místico como o Oriente.
OCIDENTE: mais prático; estamos em dívida com Deus, então nós (o sacerdote) oferece o sacrifício para colocarmo-nos em dia com Deus.
ORIENTE: mais especulativo; comunhão com divindade de Cristo, alimentado do corpo e sangue de Cristo fica imortal. É a semente para a ressurreição, é a união com Cristo.
8. O que era o iconostasis e qual o seu significado?
R.: Peça característica da igreja bizantina. Anteparo que ocultava o santuário, local onde era realizado a Santa Ceia.
9. Por que razão os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana? Esse dia ainda conserva o mesmo significado para a igreja atual?
R.: Porque o Estado estabeleceu que o domingo seria um dia especial de culto cívico e religioso. Hoje, os cristãos reúnem-se neste dia, porque é um dia estabelecido por Deus.
O principal aspecto é que lembra a ressurreição de Cristo. Desde o início da igreja já acontecia isto, sendo assim, Constantino oficializa o domingo como sendo, cada domingo uma páscoa.
O Cristianismo popular
1. Quando iniciou o culto aos mártires e que acontecimentos contribuíram para o seu crescimento?
R.: Nesta época não eram adorados, mas lembrava-se o dia de seu nascimento celestial ou morte. Depois surge o culto às estes mártires. O que constituía é a entrada de vários pagãos.
2. Quais foram as causas do surgimento desse culto?
R.: Vem do paganismo, dentro do império romano, não dos bárbaros. A idéia dos santos vem dos confessores se eles tem poder aqui na terra, no céu, por serem mortos por sua fé. As perseguições são um dos fatores que levou à adoração dos santos (mártires).
3. Relate sobre o desenvolvimento do culto a Maria.
R.: Desde o início gozou privilégios, a igreja tinha o conceito de ser ela a segunda Eva. Dava-se bastante a virgindade, virgem Maria, no concílio de Éfeso e Calcedônia foi chamada “Mãe de Deus”. Maria ocupa a posição de Cristo na terra (mediadora). Essa idéia do monofisitismo – Alexandria. Muitos lugares se cultuava deusas foi transformado a culto a Maria.
4. O que é a veneração das relíquias?
R.: É um culto, um profundo respeito não somente aos restos mortais de mártires e santos, mas também toda sorte de objetos que se cria estarem relacionados com Cristo, os apóstolos e os heróis da igreja. Osso, dente, pedaço do corpo, pedaço da cruz de Cristo.
5. Como se desenvolveu o culto aos anjos?
R.: O culto aos anjos se desenvolveu nos tempos apostólicos, onde alguns sistemas gnósticos davam ênfase a este tipo de culto, mas somente no fim do século IV que os anjos se tornaram claramente objetos de reverência cristã, juntamente com o culto aos santos; recebem grande incremento na obra mística cristã neoplatônica no final do século V.
6. Como surgiu a veneração às imagens e como se procurava justificá-la?
R.: A veneração às imagens surgiu devido a influência dos bárbaros e o crescimento do poder episcopal e muitos líderes eclesiásticos entenderam ser necessário ceder um pouco a esta influência para tornar Deus mais acessível a estes fiéis.
Isto tem a ver mais com Roma, havia o culto ao imperador, sendo assim transita para a fé cristã; havia a idéia de que quando se está idolatrando o santo, na verdade se está adorando a Deus, que fez o milagre pelo santo, em última análise, quem recebe a adoração é Deus.
7. As práticas do cristianismo popular facilitaram a difusão do cristianismo? Explique sua resposta?
R.: Até certo ponto a prática deste cristianismo popular facilitou a difusão do cristianismo, ajudou por um lado quando muitos pagãos foram convertidos pelo cristianismo, mas por outro a influência destes pagãos trouxe muita desordem e desleixo por parte dos próprios líderes da igreja correndo o risco de paganizar a própria igreja.
Vai-se ao encontro do pagão, adaptando-se à mentalidade deles, acaba-se paganizando a igreja. É preciso adaptar a língua e costumes.
As Origens da arte cristã
1. Quando surgiram as primeiras igrejas (templos) cristão? Onde eram realizados os cultos anteriormente?
R.: O mais antigo edifício conhecido como templo é uma antiga casa-igreja em Dura-Europos datada de 232 aproximadamente. Ao final do período os cristão começaram construir igrejas modeladas à partir da Basílica Romana. {Os cristãos reuniam-se nas catacumbas em Roma, onde realizavam seus cultos a Deus} esta é uma opinião popular, não se sabe até que ponto é histórica. Se utilizavam de “casas dos membros”. Em 200 a 250 apartir desta época surgem templos [pequenos e humildes].
2. O que eram as catacumbas?
R.: As catacumbas eram cemitérios usados para enterrar os heróis da fé, e os cristãos criam que a comunhão os unia, não só entre si e com Jesus Cristo, mas também com seus antepassados na fé. Reuniam-se lá no mesmo dia do mártir, enterrado naquele local.
3. Onde surgiram os primeiros símbolos cristãos e quais eram?
R.: Os primeiros símbolos cristãos surgiram nos afrescos das catacumbas, igrejas e nos sarcófagos; foram: peixes, pombas e quadros relativos ao cristianismo, árvore, âncora e palma.
4. Quando e onde surgiram as primeiras basílicas?
R.: No final do período (ano 232 aproximadamente) em Roma surgiram as primeiras basílicas. Na época de Constantino, em Roma, Jerusalém e Constantinopla; seguiam o modelo pagão.
5. O que caracterizava as basílicas orientais do V e VI séculos?
R.: O que caracterizava as basílicas era a luxuosidade, riquezas e tinha excesso de mármore.
O início do calendário eclesiástico
1. Quais eram as festas observadas na igreja cristã dos primeiros séculos?
R.: As festas dos primeiros séculos foram: a) a Páscoa foi a primeira; b) Pentecostes.
2. Relate acerca da celebração do período da Páscoa na igreja antiga.
R.: A páscoa era precedida de jejum; foi precedida para duas semanas e mais tarde 40 dias que o período da quaresma e também não comer carne.
3. Como era comemorado o período do Pentecostes na igreja antiga?
R.: Era um período de 50 dias depois da Páscoa em que se praticava a extravagância na alimentação.
4. Que significados estão ligados à Epifania na sua origem? E posteriormente?
R.: A visita dos Magos a Cristo a todos os povos. Inicialmente celebra a manifestação de Cristo ao mundo, sua encarnação, dia do batismo (Oriente) posteriormente.
5. Quando se começou a celebrar a Ascensão?
R.: Meados do século IV, se generalizou a ascensão.
6. Relate sobre a origem da celebração do Natal em 25 de dezembro e os costumes e ela relacionados.
R.: O natal tornou-se uma prática regular em meados do século IV, adotando-se a data de dezembro anteriormente usada pelos adoradores de Mitra (Lv.8.9) Inscrição: Santidade ao Senhor.
Era a festa pagã, 25 de dezembro, era a festa do sol. Celebra-se neste dia, uma duração maior do dia.
7. Comente acerca da influência pagã sobre algumas das festas cristãs.
R.: A união entre igreja e estado com Constantino e seus sucessores provocou a secularização da Igreja. A vinda dos pagãos para a igreja através dos movimentos de conversão em massa contribuiu para a paganização do culto, quando a igreja procurou se adaptar à nova realidade, visando deixar a vontade estes bárbaros convertidos.
Igreja entrou no mundo pagão e adotou festividade cristã, pegou-se as festas pagãs e colocou conteúdo cristão.
O início da separação entre oriente e ocidente
1. Quais foram os principais fatores políticos que contribuíram para a separação entre Ocidente e Oriente?
R.: Ao transferir sua capital para Constantinopla em 330, Constantino pavimentou a rodovia da separação política e, depois, eclesiástica da igreja em duas grandes seções. Teodósio deu a administração das porções Oriental e Ocidental do império a diferentes chefes em 395. Com o debate do império romano no Ocidente na última parte do século V, esta divisão se realizou completamente. A igreja no Ocidente estava sobre a jurisdição do imperador, mas o papa em Roma estava longe de ser submetido ao seu controle. Na ausência do controle político efetivo no Ocidente, o papa tornou-se o líder temporal e espiritual em tempos de crise . Isto deu às duas igrejas uma perspectiva inteiramente diferente em relação ao poder temporal acelerando sua divisão.
2. Comente a separação Ocidente-Oriente no que diz respeito ao aspecto cultural.
R.: A visão intelectual do Ocidente é diferente da do Oriente. O Ocidente latino era mais inclinado a consideração de assuntos práticos na administração e tinha poucos problemas na formulação de uma teologia ortodoxa. A mente grega do Oriente, se interessava mais pela solução de problemas teológicos em términos filosóficos.
3. De que maneira a separação cultural é ilustrada no contraste entre Ambrósio e Agostinho?
R.: Por um lado Ambrósio de Milão era um homem prático e ortodoxo em contraste com Agostinho tão influenciado pelo pensamento grego que era teórico-dualista e filosófico.
Ambrósio usa o grego intensamente, está mais ligado a cultura grega. Agostinho usava latim e usa pouco grego. Diz-se que ele é formador de uma cultura latina. Isto simboliza, do ponto de vista cultural, esta discusão.
4. Quais foram os principais conflitos eclesiásticos entre Ocidente no V século?
R.: 1) LITURGIA: celebração da páscoa, não concordava com a data da celebração entre Oriente e Ocidente, até o concílio de Nicéia.
2) NO USO DE IMAGENS: No Ocidente em contraste ao uso de pinturas (iconografia) no Oriente. As igrejas do Ocidente eram opostas as imagens.
3) NO ASPECTO TEOLÓGICO: Muitas igrejas no Oriente se tornaram monofisítas (Egito, Etiópia e muitas da Síria) também Armênia teriam estas tendências.
4) A crescente tensão em Roma (império romano Ocidente) e Constantinopla (Oriente) pelo domínio de suas províncias também chegou as igrejas.
5. Cite as principais heresias do V e VI séculos e verifique em que região elas se manifestaram.
R.: As principais heresias deste período estão restritas a cada um destes dois meios culturais, Oriente, Ocidente. Os problemas cristológicos, as heresias ocasionadas, apolinarismo, nestorianismo, monofisitismo, serão assuntos especificamente orientais; o pelagianismo por contraste aparece como a primeira heresia ocidental, os gregos não se colocaram jamais de maneira real o problema que opõe Santo Agostinho a Pelágio, este problema que há de atormentar e quase que modelar a psycvhé ocidental.
O maior número de heresias surge no Ocidente. No Ocidente, o pelagianismo é a grande heresia. As heresias são diferentes, isto se vê pela preocupação diferente no aspecto teológico.
6. Walker afirma que o Ocidente encarava o cristianismo do aspecto jurídico e o Oriente do filosófico. Explique e exemplifique esta diferença.
R.: Havia considerável diferença entre os interesses teológicos em cada uma das questões do império. Nenhum líder realmente importante saiu do Ocidente entre Cipriano e Ambrósio. No entanto, a influência de Tertuliano continuou a ser sentida através de Cipriano, tido em alta conta.
Para a porção ocidental do império o Evangelho era primordialmente uma nova lei. O conceito de salvação encarado no Oriente (transformação de nossa mortalidade pecaminosa em imortalidade divina) era demasiadamente abstrata para ser aprendido com facilidade por uma mente ocidental (retificar as relações com Deus). A religião do Ocidente relacionava-se mais com os fatos da vida cotidiana, e menos a uma transformação abstrata da natureza, conforme se cria no Oriente. Por influência do ensino de Tertuliano, Cipriano e Ambrósio o pecado era no Ocidente atribuído a um vício da natureza humana. Essa ênfase ocidental no pecado e na graça emprestou à Igreja a possibilidade de um controle muito mais severo da vida cotidiana do povo do que no Ocidente.
QUESTIONÁRIO DA IGREJA MEDIEVAL
O Cristianismo Oriental de 500 a 1500
A IGREJA E O IMPÉRIO ORIENTAL
1. Como era o relacionamento entre Igreja e Estado no Oriente, na época de Justiniano?
R.: A igreja tornou-se praticamente um departamento do Estado. O paganismo foi proibido e perseguido. Justiniano conseguiu transformar-se em senhor da igreja. Sendo ele mesmo um dos teólogos mais capazes desta época, procurou seguir uma política eclesiástica que interpretasse o credo de calcedônia, de tal forma que, embora tecnicamente ou “nestoriana”, harmonizando plenamente assim o seu significado com a teologia de Cirilo de Alexandria. Com a conquista do território da Itália, o papa ficou praticamente submisso a Justiniano e não se opôs às suas idéias embora fosse contra algumas delas.
2. Cite as principais realizações de Justiniano.
R.: Reafirmou a autoridade do Concílio de Calcedônia; por seu sucesso no campo militar, resistiu ao império o controle da África do Norte e das Itália; tentou estabelecer uma ortodoxia cirilo-calcedoniana para agradar os monofistas e os ortodoxos; em 553, convocou o Quinto Concílio Geral que se reuniu em Constantinopla para resolver a controvérsia dos “três capítulos”.
3. O que foi a controvérsia dos “três capítulos?”
R.: Justiniano queria promover a sua política teológica e, resolvendo as questões sobre a natureza de Cristo por sua própria autoridade, condenou a pessoa e os escritos de Teodoro de Mopsuéstia; os escritos de Teodoreto de Ciro que criticavam a Cirilo e uma carta da Ibas de Edessa a Máris, o Persa. Esta atitude excluía a possibilidade de qualquer outra interpretação do credo de Calcedônia a não ser a de sentido ciriliano; condenava a escola de Antioquia e diminuia a autoridade do Concílio de Calcedônia. Justiniano estava defendendo a fórmula “teopásquica” isto é, “Deus sofredor” ou “um da Trindade sofreu na carne”, que era defendida pelos monges da Cítia. O Quinto Concílio Geral aprovou todas as idéias de Justiniano sendo que o próprio papa (Papa Virgílio, 537-555) recusou-se a participar do mesmo. O Papa era contra as decisões de Justiniano mas estava subordinado a ele devido à reconquista da Itália.
O ISLÃ
1. Como iniciou a atividade religiosa de Maomé e qual foi a reação em Meca?
R.: Maomé (570-632) era um morador de Meca, membro da tribo Koreichita, que ganhava a vida como condutor de camelos. Numa viagem à Síria e à Palestina entrou em contato com o cristianismo e o judaísmo. Casou-se então com uma rica viúva chamada Khadijah, através da qual pôde ficar livre para suas meditações religiosas. Em 610, sentiu-se divinamente chamado para proclamar o monoteísmo conseguindo fazer 12 convertidos em três anos, a maioria da sua própria família. Por ser conta a pregação da idolatria, foi forçado a fugir de Meca para Medina em 622. Esta fuga, conhecida como Hérgira, tornou-se o primeiro ano do calendário muçulmano. Em 630, o movimento crescera tanto que fora capaz de conquistar Meca. Como líder da religião, Maomé adotou a guerra como meio de propagá-la.
2. Cite as conquistas árabes do primeiro século após a morte de Maomé.
R.: Damasco caiu em 635, Jerusalém e Antioquia em 638, Alexandria em 641. Em 651 o reino persa foi extinto. Por volta de 711, os maometanos haviam cruzado o estreito de Gilbraltar e avançado na Espanha, pondo fim à monarquia visigoda. Avançaram também na França mas foram detidos pelos francos, sob o comando de Carlos Martel, na grande batalha de 732 entre Tours e Poitiers. No Oriente, Constantinopla conseguiu resistir aos maometanos. A Síria, o Egito e a África do Norte foram definitivamente tomadas pelos maometanos. Comparando-se a distância de Tours a Constantinopla vê-se o pouco que restava do Ocidente para ser conquistado pelos árabes. O cristianismo esteve em perigo.
3. O que facilitou a rápida expansão do Islã?
R.: A pregação do Corão que incentiva à guerra e impulsionava seus adeptos a conquistar o mundo. As pessoas que recusavam a converção poderiam ser mortas. Ao mesmo tempo, os adeptos do islã que morriam na guerra tinham a certeza de herdar o paraíso. Além disso, nos territórios conquistados, somente os convertidos ao islã não pregavam impostos o que fez muitos fracos na fé mudarem de religião.
4. Que significado tiveram as conquistas árabes para o cristianismo?
R.: Perdas pessoais e territoriais nas partes ocidental e oriental da igreja. A sólida igreja do norte da África desapareceu e a Terra Santa deixou de pertencer ao cristianismo. A atividade missionária exercida principalmente pela igreja ocidental, teve de centralizar-se no noroeste da Europa. A igreja oriental teve que enfrentar ainda o problema do uso ou não de imagens na igreja. O enfraquecimento da igreja ocidental também serviu para fortalecer a posição do bispo de Roma (papa). Os muçulmanos, tendo conquistado o Mediterrâneo desde a Antioquia até Narbonnes, no sul da França, limitaram o comércio cristão que passou a ser feito pelo Nordeste do Mediterrâneo e pelo Mar Negro. O papiro que vinha do Oriente e era utilizado para as cópias dos manuscritos teve que ser substituído pelo pergaminho. Além disso, alguns dos principais centros de difusão do pensamento cristão estavam tomados: Jerusalém, Antioquia e Cartágo.
5. Quem foi João de Damasco e qual a sua importância para a igreja Ocidental?
R.: Último grande teólogo (700-750). Oriente estragou nos seus estudos teológicos. Tinha pensamento lógico e sua obra chama-se FONTE DE CONHECIMENTO essa obra tornou-se livro base de doutrinas aos povos. Sua obra teve influência sobre Tomás de Aquino.
A CONTROVÉRSIA ICONOCLASTA
1. Em que consistiu a controvérsia iconoclasta?
R.: Consistiu em proibir o uso de imagens na igreja e determinou sua destruição, de acordo com os decretos de Leão III em 726-730.
2. Por que Leão III era contra a veneração de imagens?
R.: Porque não há dúvidas de que Leão III era homem de fé sincera, logo era contra a adoração de imagens. Essa adoração ele considerava como idolatria e se baseava nas passagens bíblicas que proíbem a idolatria, especialmente o Êx 20.4-5. (González).
3. Quem se opôs à proibição do uso das imagens? Por quê?
R.: Carlos Magno se opôs à proibição, chegando a fazer uma declaração em favor do uso das imagens. Tudo isso porque ele queria reunir as áreas do Velho Império Romano, numa só coroa com sede no Ocidente. Para que isso fosse possível, propôs casamento à imperatriz do império oriental, Irene. Entretanto, Irene recusou suas propostas, bem como a divisão do Império. (Cairns)
4. Qual foi a posição do Concílio de Nicéia de 787 em relação à controvérsia iconoclasta?
R.: O segundo concílio de Nicéia, datado de 787, permitiu sim a veneração, e não a adoração. (Cairns). Este concílio restaurou o uso das imagens nas igrejas, ao mesmo tempo que estabeleceu que elas não eram dignas da adoração, devida só a Deus (em grego, LATRIA), mas somente de uma adoração ou veneração inferior (em grego, DULIA). (González)
5. Como o Ocidente recebeu as decisões do 2º Concílio de Nicéia?
R.: Os reis do Ocidente se negavam em aceitar as conclusões deste concílio, não porque se opuseram às imagens, mas porque em latim só havia um termo para traduzir as palavras gregas “latria” e “dulia”, e os francos receavam que este concílio tinha dito que as imagens devem ser adoradas. (González)
MISSÃO ENTRE ESLAVOS
1. Relate sobre Cirilo e Metódio e seu trabalho entre os moravianos.
R.: Eram irmãos e foram enviados para Morávia, ali se dedicaram ao ensino, à pregação e à organização da igreja. Colocaram o idioma eslavo em forma escrita. Traduziram a Bíblia e liturgias para o eslavo.
2. Descreva a cristianização da Bulgária.
R.: O cristianismo foi introduzido na região no reinado de Bóris (852-884). Este foi betizado em 864. Primeiramente indeciso entre Constantinopla e Roma. Resolveu pela primeira, já que o patriarca de Constantinopla se dispunha a reconhecer oficialmente uma igreja búlgara admistrativamente autônoma. Essa adesão teve grande conseqüência para o futuro do crescimento da igreja ocidental. Os mais céleres missionários entre os eslavos foram os irmãos Cirilo e Metódio. Por vários anos travousse uma luta entre o papado e Constantinopla pela posse do território recém-conquistado, cabendo a Roma a vitória final.
3. Descreva a cristianização da Rússia.
R.: Deu-se por meio de missões bizantinas. Os povos candinavos conquistaram toda a Europa Ocidental, e se fizeram donos de toda a Rússia. Estabeleceram como capital, Novgorod e depois Kiev.
- se deu mais ou menos 950, com a conversão da rainha Olga.
- seu neto, Vladimir mandou vir missionários do império bizantino e o povo resolveu seguir a Vladimir.
- o filho de Vladimir, Iaroslau, estabeleceu laços com Constantinopla, onde houve uma conversão em massa.
O GRANDE CISMA DE 1054
1. Destaque as principais causas que levaram ao Grande Cisma de 1054.
R.: basicamente foram as diferenças e separação do Ocidente e Oriente: A) divisão intelectual; B) divisão em matérias teológicas; C) discussões sobre a data da celebração da Páscoa; D) a diferença na questão do celibato e do uso da barba; E) controvérsia iconoclasta.
2. Destaque os principais acontecimentos envolvidos na disputa entre o papa Nicolau e o patriarca Fócio.
R.: Fócio tornou-se patriarca através de um golpe no palácio, tirando o poder de Inácio. Fócio era um homem estudioso, devotado e sincero, mas não tinha o apoio do povo. Os dois (Fócio e Inácio) pediram apoio de Nicolau, e ele interviu ao assunto, e se declarou a favor de Inácio, negando que Fócio fora colocado no cargo de forma ilegal. Por outro lado, Fácio declarou o papa como herege e todos os ocidentais, por terem acrescentado ao credo niceno a palavra FILIOQUE.
3. Destaque os principais acontecimentos da disputa entre Cerulário e Leão IX.
R.: O arcebispo búlgaro Leão de Acrida, escreveu uma carta atacando os cristãos latinos por usarem pão sem fermento na comunhão e por fazer do celibato eclesiástico uma lei universal, o que provocou a disputa, que o Papa IV enviou uma embaixada a Constantinopla.
- comem carne com sangue;
- jejuavam no sábado;
- um segue a igreja do outro no seu território.
IDADE MÉDIA OCIDENTAL
A Ascensão do papado, 590-1073
GREGÓRIO I, O GRANDE
1. Relate os principais fatos da vida de Gregório até sua eleição ao papado.
R.: Gregório foi o intérprete de Agostinho para a idade média. Nasceu em Roma por volta do ano 540, e de família cristã. Antes de 573 já fora nomeado prefeito, ou governador da cidade pelo imperador Justino II. Atraido pela vida monástica, abandonou a carreira política. Por volta de 574, já havia destinado sua fortuna à fundação de mosteiros e aos pobres, tornando-se membro do mosteiro de Santo Andé. Em 579, o papa Pelágio II enviou-o como embaixador papal à corte de Constantinopla. Jamais aprendeu a língua grega. Em 586, voltou para Roma para ser abade do mosteiro de Santo André. Em 590, foi eleito papa, o primeiro monge a ocupar este cargo.
2. Qual era a situação do Ocidente na época de Gregório?
R.: Após atingir a grande estrutura com Inocêncio I (402-417), e Leão (440-461), o papado havia decresciso em poder após a conquista dos ostrogordos e a restauração da autoridade imperial na Itália por parte de Justiniano. Desde 568 o domínio dos imperadores na Itália desvanecera-se cada vez mais diante dos lombardos, os quais ameaçavam a própria Roma. Embora nominalmente sujeito ao imperador, Greório foi verdadeiro líder da luta contra a agressão dos lombarda. Levantou exército, defendeu Roma pela força e por meio de atributos, chegou mesmo a celebrar um tratado de paz com os limbardos estribados em sua própria autoridade e conseguiu, após imenso esforço e lutas confusas, tanto contra os lombardos como contra os representantes do imperador, manter Roma intacta no correr de todo o seu pontificado.
3. Descreva a situação de Gregório no trono papal.
R.: Gregório estava convencido de que “a todos os que conhecem o Evangelho é evidente que, pela voz do Senhor, o cuidado da igreja toda foi confiado ao santo apóstolo e príncipe de todos os apóstolos, Pedro”. Cabia-lhe exercer a jurisdição sobre a igreja, na qualidade de sucessor de Pedro. Assim sendo, protestou contra a certos atos de disciplina eclesiástica impostos pelo patriarca de Constantinopla, João, o Jejuador.
Exerceu autoridade judicial, com sucesso maior ou menor, nos negócios das igrejas de Renva i Ilíria. Tentou interferir na vida quase independente da igreja da França, voltando a estabelecer o vicário papal em Arles, 595, entrando em relações amistosas com a corte franca e buscando estirpar os abusos existentes na administração eclesiástica francesa. Nesse sentido, seus esforços não foram bem sucedidos. Afirmou a autoridade papal na Espanha, cujo soberano visigodo, Recaredo, abjurara o arianismo em 587.
A grande campanha missionária com vistas à conversão da Inglaterra, iniciada em 596. Tal campanha não somente propiciou grande avanço na causa do cristianismo, mas também marcou o início de uma relação mais íntima da Inglaterra e, posteriormente, da Alemanha com o papado. Iniciou movimento, que acabou por ser vitorioso, no sentido de converter os lombardos arianos à fé católica, especialmente com a ajuda de Teodolinda, que foi sucessivamente esposa dos reis Austaris (584-591) e Agilulfo (592-615).
4. Destaque alguns dos principais ensinos de Gregório e comente acerca sua influência sobre a teologia medieval.
R.: Expandiu todas as tendências eclesiásticas de Agostinho e o material escolhido do cristianismo popular que o bispo de Hipona havia aditado ao seu sistema. Milagres, anjos e diabo ocupam no sistema de Gregório um lugar de muito maior destaque do lhes coube no de Agostinho. Não raro mencionava a predestinação em termos de mero conhecimento prévio da parte de Deus. Tinha interesse maior no lado prático. O homem é presa do pecado original, do que prova o fato de nascer através da concupiscência. É resgatado dessa condição pela obra de Cristo, recebida no batismo, mas os pecados superiores ao batismo têm de ser satisfeitos. A satisfação é efetivamente pelas obras meritórias feitas com a ajuda da graça de Deus. “O bem que fazemos é tanto de Deus como nosso: de Deus pela graça preveniente, nosso pela boa vontade que segue”. A penitência é o meio adequado de fazer reparação dos pecados cometidos após o batismo, e compreende o reconhecimento do mal do pecado, a contrição e a satisfação. Deles o maior é a Ceia do Senhor, que Gregório considerava uma repetição do sacrifício de Cristo, útil para os vivos e para os mortos. Há também o auxílio dos santos. “Os que não confiam em obra alguma de sua própria feitura deveriam buscar a proteção dos santos mártires”. O fogo purificador do purgatório resta para aqueles que, embora sejam verdadeiros discípulos de Cristo, não fazem bastante uso desses oportunidades de realizar obras meritórias, não fazem penitência, ou não se servem de modo adequado dos auxílios oferecidos pelas igrejas.
O pontificado de Gregório é, sem dúvidas um marco fundamental na transição da história da igreja antiga para a medieval. Ao criarem o sistema hierárquico sacramental da Igreja institucionalizada da Igreja Média, seus sucessores edificaram sobre os seus fundamentos que ele deixou. Ele sistematizou a doutrina e faz a igreja uma potência na área política.
A CRISTIANIZAÇÃO DAS ILHAS BRITÂNICAS
1. Relate sobre Patrício e sua atividade evangelística na Irlanda.
R.: Culturalmente, a igreja Irlandesa, fundada por Patrício, brilhou muito no Norte da Europa entre 590 e 800. Os monges irlandeses já estavam empenhados na obra de preservar, copiar e ornar os manuscritos. A igreja irlandesa foi também indiretamente responsável pela evangelização do Norte da Inglaterra. A igreja fundada por Patrício tinha várias características que distinguiam do cristianismo no restante da Europa. Destas, a mais notável, era que em vez de ser governada por bispos, quem tinha eram os abades dos conventos.(Cairns e González)
2. Descreva a atividade de Columba na Escócia.
R.: Columba - Apóstolo da Escócia. Nasceu em 521 de uma nobre família Irlandesa. Fundou dois mosteiros em Dumow e em Londonderry quando em 563 cruzou os estreitos mares com doze companheiros de onde fundou um novo mosteiro na ilha de Iona. A partir de Iona fundou vários mosteiros com os quais aprofundaria o trabalho de Iona na Escócia onde trabalhará até sua morte em 597, deixando uma tradição de Santidade verdadeira e simples.
3. Como iniciou o cristianismo na Inglaterra?
R.: Sabemos da existência de igrejas cristãs na ilha, no séc. III. Mas este antigo criastiansimo fora derrubado dois séc. mais tarde pelas invasões dos anglos e saxões. O cristainismo se refugiou em Gales de onde viverá uma vida difícil e afstada. A Inglaterra volta à história européia quando o papa Gregório o Grande inicia a missão na Inglaterra, e em 596, envia a Agostinho e um grupo de monges à Cautuasia.
4. Como ocorreu a submissão do cristianismo inglês a Roma?
R.: Foi no sínodo de Whitby, em 663 até 664. Depois de escutar ambas as partes, o rei de Northumbria decidiu a favor de Roma. Ainda que foi decidido a favor de Roma reinava uma forte tensão entre a igreja dos celtas e a romana entre as que se contam, organização, costumes, liturgias, etc.
5. Relate sobre a vida e atividade de Willibrord.
R.: Monge da fundação de Wilfrid em Ripon, tornou-se apóstolo dos frisios, no que hoje é a Holanda e parte da Bélgica. Fundou quatro mosteiros. Foi consagrado bispo mas recebeu as homrarias de arcebispo para tornar-se independente dos bispos francos.
6. Relate sobre a pessoa e atividade de Bonifácio, o “apóstolo da Alemanha”.
R.: Até os 40 anos Bonifácio fora monge, vivendo nos mosteiros de Exetes e Nursling. Trabalhou na Frísia; como bispo da fronteira germânica 722; trabalhou entre os pagãos em Deimas, em Hasse, depois no ano 738 organizou as igrejas da Baviera e mais distantes. Fundou o mosteiro de Fulda. Em 741 retornou à Francia a executar uma reforma que não conseguiu. Em 5 de junho de 755 morreu em Doiakum a mando de um grupo de pagãos furiosos.
OS FRANCOS E O PAPADO
1. Como iniciou a aliança entre o papado e os reis francos e quais são as implicações dessa aliança?
R.: Os próprios papas tiveram sujeitos a pressões que ameaçavam suas insistentes pretensões de poder feitas por eles a partir de 590. Os imperadores em Constantinopla, que achavam que a igreja devia se subordinar ao soberano do estado, constantemente ultrapassavam aquilo que o bispo de Roma julgava serem suas prerrogativas e propriedades. Os lombardos que passaram ao arianismo para o cristisnismo investiram contra Roma várias vezes neste período. Estas dificuldades levaram o papa a procurar um aliado poderoso que apoiasse suas reivindicações de poder espirtual e posses temporais na Itália. Os reis francos pareciam ser promissores aliados e com eles os papas fizeram aliança que influenciaria os negócios eclesiásticos e políticos da Idade Média. O novo império político do ocidente, ao que o papa deu sua bênção em 800, reviveu a idéia imperial do Império Romano. A glória de reviver o Império Romano passou aos reis francos.
2. Descreva o governo de Carlos Magno, destacando a expansão do seu império.
R.: Carlos Magno foi efetivo senhor de todas as coisas de sua época. Quando de sua morte, seu domínio estendia sobre todo o território da atual França, Bélgica, Holanda, quase metade da moderna Alemanha e Áustria-Hungria, mais da metade da Itália e mais um pedaço do noroeste da Espanha. Sua obra não se restringiu `a conquista de novos territórios. Seus exércitos, alargando as fronteiras, trouxeram paz e deram tempo para que se consolidassem as porções centrais de seu território. Tornou-se patrono do estudo, mestre benevolente da igreja, preservador da ordem.
3. Como foi o relacionamento de Carlos Magno com a Igreja? Descreva e comente.
R.: Era um relacionamento mais no estilo de um senhorio efetivo do que no tempo de seu pai. Carlos Magno deu mais poder e importância para o papado e não interferia/ nomeava novos papas
4. O que fez Carlos Magno para elevar o nível intelectual em seu império?
R.: Procurou sábios da igreja na Inglaterra e persuadiu a Alcuino vir de York para a corte e assumir a liderança na escola palaciana de Aachen, para educar os nobres. Também solicitou ajuda de outras pessoas para o ajudar Paulo, o diácono (França), Einhard (França), Teodulfo (Visigodo) procurou as melhores cabeças para fazer esta reformulação. Recomendou aos abades abrirem as escolas no mosteiro para os interpretes da Bíblia para melhor compreenderem a escritura. Com isso trouxe várias controvérsias doutrinárias (teológicas).
5. Qual foi a controvérsia originada por Elipando de Toledo? Comente a mesma.
R.: A controvérsia adopcionista dizia que Deus escolheu o homem Jesus para ser seu filho, e o homem Jesus se uniu ao Filho de Deus de tal maneira que poderia ser chamado filho adotivo. Com isso Elipando disse que Cristo podia ser um de nós. Seu principal adversário foi Aquino de York. Ele passava para o povo a idéia de existência de dois filhos de Deus. Um seria o lógos e o outro Jesus que foi adotado como filho. O assunto já havia sido discutido e condenado nos concílios, sendo que no concílio de Calcedônia foi retomada.
6. Relate sobre Gottschalk e a controvérsia predestinária.
R.: Gottschalk foi forçado para o mosteiro em Fulda devido a um voto feito por seus pais. No mosteiro se dedica a estudar Agostinho sobre predestinação e defende a dupla predestinação foi condenado como herege. A controvérsia representava o recomeço de uma velha luta entre agostinianismo radical e o agostinianismo modificado, que se tornara a teoria concretamente adotada por grande parte da igreja. E então quando morre é enterrado em solo profano.
7. Qual foi o ensino de Pascásio Radberto sobre a Santa Ceia?
R.: Até aí não havia uma grande discussão sobre a Santa Ceia. Este sujeito fez o primeiro tratado do assunto, ressaltando também a virtude da Santa Ceia. Falava que a Santa Ceia era para a vida eterna. Chega a falar em transformação do pão em corpo. Outro monge reagiu, não negando a presença real, mas dizendo que esta presença é misteriosa e que este corpo e sangue não é aquele mesmo que morreu.
8. Descreva o império Franco da época dos netos de Carlos Magno.
R.: Luis, o Piedoso, 814-840
Tratado de Verdum, 843
Lotário 843-855 - Itália - imperador
Luis 843-875 - Alemanha
Carlos, o calvo 843-877 - França - imperador
Luias Piedoso não administra bem seu território por ser ele muito fraco, e o tratado de Verdun dividiu o território em três partes: Lotário o mais velho pega a parte ocidental, em 55 ele morre, então seu território vai para Carlos, o calvo e começa a luta com Luis, isso dura até hoje.
O período nesta época é muito conturbado, século IX. Do sul vem os muçulmanos e do leste vem os húngaros, a vida torna-se insegura e seus governos fracos não conseguem manter a paz então o povo deixa as cidades e vai para o interior e lá surge o feudalismo, e os principais ataques são nos celeiros dos mosteiros. A cultura dessa época continuou da época de Carlos Magno e João Scotus, Erígena se destaca no movimento cultural também Rabano Mauro, na França Hincmaro. Fortaleceu o poder do arcebispado.
AUMENTO DO PODER PAPAL
1. Quando e por quê surgiu a “Doação de Constantino”? Em que consistia?
R.: Na forma de um título de privilégio e no estilo de um credo e de uma narrativa imaginária de sua conversão e batismo, Constantino ordenava a todos os dignitários eclesiásticos que se submetessem ao Papa Silvestre e aos ocupantes sucessivos da sé de Roma, transferindo-lhes a cidade de Roma e todas as províncias, distritos e cidades da Itália e das regiões ocidentais. Isso significava a soberania sobre a metade ocidental do império, ou, ao menos, o senhorio. Com todo esse poder nas mãos o papa se aproveitou para aumentar seu poder. Embora alguns dos homens mais eruditos da idade média não lhe dessem crédito, a “Doação” foi geralmente aceita como autêntica até que sua falsidade fosse provada por Nicolau de Cusa em 1433 e Lorenço Vala em 1440.
2. O que eram as decretais pseudo-isidorianas e quais eram os seus objetivos?
R.: O notável documento incluía a doação de Constantino, decretos os dcretais autênticos ou mesmo forjados dos papas de Roma desde o tempo de Clemente de Roma, além de alguns cânones dos grandes concílios da Igreja. A coleção foi relacionada ao nome de Isidoro de Sevilha, chefe da igreja espanhola na primeira parte do séc. VII. Não se pode ser categórico sobre as autorias das decretais, mas é certo que a partir dos meados do séc IX elas exerceram um importante papel nas reivindicações do bispo romano de supremacia na Igreja.
Seus objetivos: * (as decretais) foram usadas para aumentar a força do papa dentro da própria igreja; * estabeleciam a supremacia do papa sobre todos os líderes eclesiásticos da igreja e concediam a qualquer bispo o direito de acelerar diretamente ao papa, ultrapassando o chefe de seu arcebispo; * pretendia também o direito da igreja de ser livre do controle secular.
3. Qual era a concepção de papado defendida por Nicolau I (858-867)?
R.: Nicolau tentou efetivar os ideais da Cidade de Deus de Agostinho. No seu entender, a Igreja sobrepunha-se a todo e qualquer poder terreno. O governante da Igreja inteira é o papa, e os bispos são seus agentes.
4. Comente sobre o envolvimento de Nicolau I com o rei Lotário II e o arcebispo Hincmaro.
R.: Nicolau I demostrou seu poder sobre bispos e governantes temporais no caso de Lotário II de Lorraine. Lotário tinha se casado com Teutberga por razões basicamente políticas. Ao se enamorar por Waldrada, abandonou a sua esposa legal. Através de um sínodo que ele mesmo convocou, conseguiu se divorciar dela. As facções em litígio apelaram para Nicolau e, neste ínterim, Lotário se casou com Waldrada. Determinado a subjugar os bispos que tinham agido à revelia de seu controle e a disciplinar Lotário por imoralidade, o papa obrigou Lotário abandonar Waldrada e restaurar Teutberga ao seu palácio como legítima esposa.
Nicolau conseguiu ainda manter o direito de um bispo apelar diretamente ao papa. Quando Hincmar, arcebispo de Rheims, transferiu Rothad, bispo de Soissons, Nicolau reverteu a decisão de Rincmar, obrigando a restaurar Rothad ao seu arcebispado.
Triunfou sobre o rei sob ameaça de excomunhão ( o problema é que a população não queria um rei excomungado, e não iriam obedecê-lo por isso) ,assim o papa apela para a excomunhão para “levar o rei nas rédias”.
O RENASCIMENTO DO IMPÉRIO
1. Como era a situação do papado 25 anos após a morte de Nicolau I?
R.: Chegou ao máximo da degradação. A razão encontrava-se na crescente anarquia de que foi presa essa época. Até certo ponto a derrocada do império contribuiu para o desenvolvimento da autoridade papal. Passado isso, o papado tornou-se passatempo dos nobres italianos e, por fim, da facção que por acaso detivesse o controle de Roma, já que o papa era escolhido pelo clero e o povo da cidade. O papado não podia mais contar com a ajuda de um poder político forte, como acontecera com Zacarias, auxiliado por Pepino no combate dos Lombardos (Walker).
2. Qual era a situação da Alemanha após a desintegração do Império Carolíngio?
R.: Este fato ameaçava fracionar a Alemanha segundo suas divisões tribais: Bavieira, Suábia, Saxônia, Fancônia e Lorena. Os homens mais poderosos eram os duques tribais. A necessidade de prover a defesa contra os nórdicos e húngaros forçou-os a adotar certo grau de unidade, tendência que foi fomentada pelo ciúme dos bispos em relação ao crescente poderio da nobreza secular. Em conseqüência, em 911 os nobres e o alto clero alemães elegeram Conrado, duque da Francônia como rei. (Walker).
3. Comente sobre a atuação de Henrique da Saxônia no trono alemão (919-936).
R.: diante do fracasso de Conrado em 919 Henrique, duque da Saxônia, foi eleito sucessor. Este dispunha de capacidade bastante para enfrentar a situação. Embora desfrutasse de pouco poder, exceto na Saxônia, logrou estabelecer um regime de paz com os demais duques, fortaleceu seus próprios territórios, expulsou os dinamarqueses, subjugou os eslavos a leste do Elba, e por fim em 933 derrotou os invasores húngaros. Lançavam-se os fundamentos de uma monarquia forte na Alemanha. (Walker).
4. Qual foi o método usado por Oto I na administração do império?
R.: Transformou em vassalos os duques anteriormente semi-independentes. Para isso lançou mão, acima de tudo, do auxílio dos bispos e grandes abades, que controlavam enormes áreas territoriais na Alemanha. Nomeando para os cargos episcopais e abaciais homens que lhe eram fiéis. Oto conseguiria fazer face a quaisquer alianças hostis da parte da nobreza liga, já que às suas forças se juntavam as dos prelados por lel nomeados. Os bispos e abades assim escolhidos se tornaram, sob o governo de Oto, governantes leigos tanto quanto prelados espirituais. (Walker).
5. Descreva e comente o envolvimento de Oto I com a política italiana e papal.
R.: A atração italiana sobre ele se deu em estabelecer relações que tiveram a máxima importância histórica, estando fadadas, porém, a minar o poderio da Alemanha durante muitos séc. Em 1961 invadiu novamente a Itália, incitado pelo papa João XII. Em fevereiro de 962, Oto foi coroado imperador em Roma, por João XII. Este acontecimento marcou a inauguração dos sacro império romano, que se manteria, ao menos nominalmente, até 1806. Teoricamente o imperador era o chefe da cristandade secular, assim constituído com a aprovação da igreja, expressa mediante a coroação por mão do papa. Na prática ele era um governante alemão com maior ou menor poderio.(Walker)
6. Descreva a atuação do papado na época de Oto II e Oto III.
R.: O papado novamente caíra sob o domínio dos nobres romanos. Mas em 996, Oto II entrou em Roma, derrotou os nobres e fez com que seu primo Bruno fosse eleito papa, sob o nome de Gregório V. Morto Gregório, Oto colocou no trono papal seu tutor, Gerbert, arcepispo de Rheims com o nome de Silvestre II. Foi o primeiro papa francês e o homem mais erudito da sua época. Oto II seguiu em linhas gerais a mesma política do pai, tanto em questões internas como nas relações com o papado, embora com menos violência.(Walker)
7. Como foi o governo de Conrado II o qual era a situação do papado no seu tempo?
R.: Sobre este reinado o império adquiriu grande poder. Sua mentalidade, porém, era política, e as nomeações eclesiásticas por ela feitas eram condicionadas por fatores desta ordem. Não interferiu com Roma, onde o partido tusculano conseguiu que o ofício papal fosse entregue a João XIX e, depois da morte deste, era seu sobrinho Bento IX. Ambos eram homens indignos do cargo. Este último foi um dos piores ocupantes do trono papal. Surgiu em Roma uma situação intolerável que foi resolvida pelo filho de Conrado, Henrique III.(Walker)
8. Quais foram ao problemas em Roma que exigiram a intervenção de Henrique III e que medidas ele tomou?
R.: Bento IX, elevado ao sólio papal por obra do partido tusculano, se mostrara tão indigno do cargo, que seus rivais, os nobres das facções dos Crescênzio, conseguiram expulsá-lo de Roma, em 1044, e substituí-lo por Silvestre II, representante desta última facção. Bento logo conseguiu reaver a posse papal da cidade. Logo após cansado do exercício do alto cargo que tivera, vendeu em 1045 a parte da cidade sob sua possessão pela quantia de uma ou duas mil libras de prata. Em breve o escândalo se tronou de conhecimento público. Bento IX recusou-se a deixar o papado. Havia então tres papas em Roma, cada um de posse de uma das igrejas principais, todos a denunciar-se mutuamente. Num sínodo, convocado por Henrique III, em Sutre, Silvestre III foi deposto e Gregório VI obrigado a renunciar e desterrado para a Alemanha. Poucos dias depois, o sínodo reunido em Roma, sob supervisão imperial, depôs Bento IX. Henrique III imediatamente indicou para o posto um alemão, Suitger, bispo de Banberg, que foi eleito pelo clero e povo assustadíssimos da cidade, tomando o nome de Clemente II.(Walker)
AS REFORMAS DE CLUNY E DO PAPADO
1. Como surgiu o mosteiro de Cluny e qual era o seu programa de reformas?
R.: Em 910 o duque William de Aquitaine “para o bem” de sua alma, autorizou a
Berno , que já fora abade de outro mosteiro, fundar um novo mosteiro em Cluny na França oriental. Esta autorização estabelecia que o mosteiro seria isento de controle secular ou episcopal e exerceria a autogestão sob a proteção do Papa. O programa de reformas monásticas cluniacenses visavam a supremacia do papado, e demandavam reformas na vida clerical, valorizando o celibato e combatendo a Simonia (compra e venda de cargos eclesiásticos).
Berno , que já fora abade de outro mosteiro, fundar um novo mosteiro em Cluny na França oriental. Esta autorização estabelecia que o mosteiro seria isento de controle secular ou episcopal e exerceria a autogestão sob a proteção do Papa. O programa de reformas monásticas cluniacenses visavam a supremacia do papado, e demandavam reformas na vida clerical, valorizando o celibato e combatendo a Simonia (compra e venda de cargos eclesiásticos).
2. Descreva o crescimento do mosteiro de Cluny.
R.: O mosteiro de Cluny sob a direção dos abades Berno e Odo cresceu de tal forma que outros mosteiros tais como o de monte Cassino, se organizavam o sua semelhança. A ascensão de Cluny chegou a tanto que fundava mosteiros e recebia submissão de outros, dos quais Cluny escolhia os seus abades. Esta inovação criou uma ordem centralizada no abade de Cluny, que trabalhava em harmonia com o papado. Em meados do Século 10, havia perto de 70 mosteiros sob a liderança do abade de Cluny. (Cairns 162-164).
3. Qual foi a influência de Cluny sobre a igreja e a sociedade?
R.: Os homens de Cluny criaram boas escolas monásticas, as quais ajudaram a tornar o latim a língua comum na idade média. O movimento que resultou nas cruzadas arremessadas contra os muçulmanos na Terra Santa deve muito aos monges dos mosteiros cluniacenses. (Cairns 163).
4. Descreva e comente as principais medidas de reforma adotadas por Leão IX.
R.: A reforma consistia em abolir a Simonia e generalizar o celibato eclesiástico. Estes pontos principais, entretanto, traziam consigo um a série de conseqüências importantes. Em meio à sociedade feudal, a igreja era um a das poucas instituições que ainda existia certa mobilidade social. Esta mobilidade social estava ameaçada pela prática da Simonia (acessível através de dinheiro). E o celibato favorecia a igreja, pois o casamento geralmente traz herdeiros e com a generalização do celibato a única herdeira de todo o clero seria a igreja. (Gonzales IV 17-46).
5. O que era a questão das investiduras?
R.: O direito de investidura religiosa dos soberanos (terras da igreja) era um dos mais valiosos instrumentos contra o excessivo poder dos nobres. As terras e demais riquezas eclesiásticas, por sua vez, precisamente por não serem hereditárias, freqüentemente estavam a disposição do soberano, que então podia ter certeza que , oposta aos grandes senhores leigos, quase sempre rebeldes, se erguia uma igreja rica, poderosa, e fiel ao rei. (Gonzalez IV 31,32).
6. Descreva a mudança na escolha papal estabelecida em 1059.
R.: No Concílio de Latrão, em 1059, Nicolau, aconselhado por Humberto, mudou o método de eleição de papas, a fim de que a influência aristocrática ou imperial pudesse ser eliminada. Morto o Papa, os bispos, cardeais se reuniriam para escolher seu sucessor. Deveriam então consultar os sacerdotes cardeais e os diáconos cardeais. Só então o povo do arcebispado de Roma tinha permissão para votar nos nomes indicados pelos cardeais. Em termos práticos esto colocava a eleição do Papa sob o controle do Colégio dos Cardeais. (Cairns 171).
7. Destaque os principais acontecimentos ligados ao pontificado de Alexandre II.
R.: Alexandre II colocou a reforma papal sobre bases firmes. Em diversas regiões da Europa foram tomadas medidas contra a simonia. Muitos prelados que compraram o cargo foram depostos. Outros se viam obrigados a jurar que não eram simoníacos. Sobre o celibato eclesiástico ficou sendo algo popular. Para aqueles reformadores e para o povo que os seguia, não havia diferença alguma entre matrimônio dos cléricos e o concubinato. As esposas dos sacerdotes eram chamadas de prostitutas, e tratadas como tais. O movimento de “patares” cobrou novas forças. (González IV, 24).
8. Qual era a concepção acerca do papado defendida por Gregório VII?
R.: Para Gregório VII ou Hildebrando o papado significava soberania universal, divinamente instituída, à qual todos devim obediência, e todos os soberanos terrenos deviam responder, não só no que dizia respeito ao seu bem-estar espiritual, mas também no referente ao bom governo temporal. (Walker 295).
9. Analise o relacionamento entre o papado e o império durante o pontificado de Gregório VII.
R.: Ele não queria o poder civil dominando a igreja romana; ao contrário, era a igreja que deveria controlar o poder civil. Por isto, dedicou-se à abolição da investidura laica, a prática segundo o qual os líderes clericais recebiam os símbolos de seus oficiais do seu senhor feudal, geralmente um leigo. Interpretou-se também pela abolição da simonia e pela obrigatoriedade do celibato clerical como a melhor forma de reformar a igreja romana. (Cairns, 171). O cardeal Deus-dedit com o pensamento de Hildebrando diz que a igreja romana foi fundada exclusivamente por Deus. Que só o pontífice de Roma pode, de direito, ser chamado universal. Que só ele pode depor ou restaurar bispos. Que só ele pode usar a insígnia imperial. Que lhe é permitido depor imperadores. Que ele não pode ser julgado por ninguém. Que ele pode absolver homens maus, súditos de sua vassalagem. Tratava-se nada mais, nada menos, de um edital de governo mundial. (Walker, 295).
10. Analise o relacionamento entre o papado e o império durante o pontificado de Urbano II e Pascoal II (1088-1118).
R.: Henrique V, com a mesma insistência de seu pai, afirmou o direito de investidura. Em 1110, avançou sobre Roma com um exército. Pascal II, o papa, não tinha nenhuma possibilidade de defesa. O papa e Henrique, então entraram a um acordo, mediante o qual o rei abdicaria do seu direito de investidura, e os bispos da Alemanha lhe entregariam todo o senhorio temporal. O resultado de tal acordo teria sido uma revolução que reduziria a igreja alemã a um estado de pobreza total, e o protesto levantado quando a sua promulgação em Roma, em fevereiro de 1111, demonstrou a impossibilidade dele ser cumprido. Ato contínuo, Henrique V aprisionou o papa e os cardeais. Pascal então, cedeu e, em abril de 1111, resignou-se com o direito de investidura com báculo e anel, reclamado por Henrique, e coroou-lhe imperador. O partido fiel a Hildebrando levantou violento protesto. No sínodo romano de março de 1112, Pascal denunciou o acordo, que podia ele alegar-lhe havia sido exigido `a força. Em setembro, um sínodo reunido em Viena excomungou Henrique e proibiu a investidura leiga, com plena aprovação do papa. (Walker, 300).
11. Relate sobre a Concordata de Worms: seu significado e resultados.
R.: A Concordata de Worms foi celebrada entre Henrique V e o papa Calixto II (1119-1124). Por acordo mútuo a eleição de bispos e abades na Alemanha seria livre e feita na forma canônica, mas seria permitida a presença do imperador no ato de escolha, e , no caso de contestação da eleição, este consultaria os metropolitas e outros bispos da província. Nas outras regiões do império, na Borgonha e na Itália não se mencionava a presença do imperador. Este também renunciava à investidura com anel e báculo, isto é, com os símbolos da autoridade espiritual. O papa por sua vez concedia-lhe o direito de investidura na posse temporal do cargo mediante o toque do centro imperial, sem exig6encia do pagamento do candidato. O resultado disso foi que, ao menos na Alemanha, os bispos e abades teriam de ser aceitáveis tanto à igreja como ao imperador. Na Itália o poder imperial, que se baseia no controle das nomeações eclesiásticas, ficou grandemente enfraquecido.
O apogeu do papado (1073-1303)
AS CRUZADAS
Leia: Walker, 310-317; González IV, 47-84; Cairns , 178-181; Nichols, 92-96.
1. Quais foram as principais causas das Cruzadas?
RESP.: O motivo primeiro das cruzadas era religioso os turcos seljúcidas que tinham expulsos os árabes, eram os mais fanáticos e violentos do que aqueles a quem substituíram; eles perseguiam os peregrinos europeus que chegassem à Palestina. Aleixo o imperador de Constantinopla, solicitara ajuda dos cristãos da Europa Ocidental contra esses invasores asiáticos muçulmanos que estavam pondo em risco a segurança do seu reino. Foi essa motivação religiosa que deu às cruzadas o sentido de uma peregrinação em massa para a Palestina. O movimento constituiu-se, ainda, numa tentativa de resolver o problema perene de quem devia controlar o Oriente Próximo, problemas este que tem sido uma preocupação constante para a Europa. A paixão pela aventura militar santificada pela igreja romana, também levou muitos nobres e cavaleiros feudais aos exércitos das cruzadas. Outros empunharam a cruz para fugir da rotina da vida ou de penas de crimes. (Cairns, 178-179).
2. Defina as Cruzadas.
RESP.: É o fenômeno mais notável da Idade Média. Foi uma expedição militar que, na Idade Média, se fazia contar hereges e infiéis. Campanha de propaganda. Expedições militares organizadas no século XI ao XII pelas nações cristãs da Europa, com o fim principal de libertar a Terra Santa (a Palestina) do domínio dos infiéis.
3. Destaque os principais acontecimentos de cada uma das Cruzadas.
RESP.: Realizaram-se ao todo oito cruzadas em direção à Terra Santa. A primeira cruzada, convocada pelo papa Urbano II, no Concílio de Clermont, atingiu plenamente seu objetivo com a tomada de Jerusalém. A situação dos cristãos no reino de Jerusalém, no principado de Antioquia e nos Condados de Edessa e de Trípoli não era estável.
A queda de Edessa provocou a organização da Segunda Cruzada, que não atingiu seu objetivo. A queda de Jerusalém nas mãos do Sultão Saladino deu origem à terceira cruzada, da qual participaram Ricardo Coração de Leão, Felipe Augusto e Frederico Barbaruiva. Ricardo fez um acordo com Saladino, pelo o qual os cristãos os cristãos poderiam peregrinar livremente em Jerusalém.
O papa Inocêncio III convocou a queda cruzada, que deveria atacar o Egito, os venezianos ficaram com a incumbência de providenciar o transporte. Seguimos os seus interesses comerciais, o doze veneziano Dandolo levou as cruzadas para Constatinopla, que foi saqueada.
A quinta cruzada, conduzida por João de Briene, não chegou a atingir o seu objetivo, a conquista do Egito. Dela participaram André II, rei da Hungria, e Leopoldo VI, duque da Áustria.
Na sexta cruzada, o imperador alemão Frederico II, conseguiu o título de rei de Jerusalém, por meios diplomáticos.
O rei da França Luís IX confiou a sétima cruzada, mas foi aprisionado no Egito. Em seguida conduziu a oitava cruzada, mas morreu ao chegar a Túnis, na África.
4. Descreva a Cruzada das Crianças.
RESP.: Em 1212 foi organizada a chamada Cruzada das Crianças. Ela consistiu em um exército formado por jovens que deveria reconquistar Jerusalém. Acreditavam os cristãos que os jovens, inocentes e sem pecados, conseguiriam vencer os muçulmanos e recuperar Jerusalém. Embarcados em Marselha, os jovens aportaram em Alexandria, onde acabaram vencidos como escravos.
5. Comente o resultado das Cruzadas.
RESP.: Em 1291, São João D Acre, última fortaleza cristã, caiu nas mãos dos turcos muçulmanos. Os cristãos abandonaram também Birute, Tiro e Sidon. A ilha de Chipre ainda permaneceu sob controle cristão até 1489. A colonização cristã no Oriente Médio tinha chegado ao fim.
As razões desse insucesso se devem em primeiro lugar ao caráter superficial da ocupação. A presença cristã no Oriente Médio limitou-se aos quadros administrativos, não criando raízes entre as populações locais. Outra razão foi a anarquia feudal, que enfraquecia as colônias militares estabelecidas em território inimigo. A luta fraticida foi uma constante entre as ordens religiosas e as cruzadas latinas, principalmente entre os genoveses e venezianos.
O fracasso foi uma conseqüência da rivalidade nacional entra as potências ocidentais e da incapacidade do papado em organizar uma força que soubesse superar essas dimensões. Em toda parte, a obra das cruzadas foi destruída pelos seus próprios organizadores.
6. O que eram as ordens monásticas militares?
RESP.: Uma das conseqüências mais notáveis das cruzadas foi a formação das ordens militares. Esta eram ordens monásticas, com os votos tradicionais de pobreza, obediência e castidade. Mas sua característica peculiar era que, seguindo o espírito das cruzadas, dedicavam-se à guerra.
7. Quem eram os templários?
RESP.: Ordens militares dos templários foi fundada por Hugo de Paijens, em 1119, e o rei Balduíno II (1118-1131) lhe indicou como quartel um local próximo ao lugar do templo. Por intermédio de Bernardo de Claraval a ordem recebeu aprovação papal em 1128, e logo ganhou muita popularidade no Ocidente. Seus membros fizeram restos manásticos, acrescentando o de defenderem a Terra Santa e o de protegeremos peregrinos. Eram, leigos, não clérigos. Em pouco tempo os templários se tornaram grandes propriedades do Ocidente. Enquanto duraram as cruzadas, foram os templários um dos baluartes do reino de Jerusalém.
8. Quem eram os hospitalares?
RESP.: Fundada no começo do século XII, a ordem dos Cavaleiros hospitalares pretendia defender os peregrinos e cuidar dos doentes. Os monges faziam o voto monástico mas não deixaram a ocupação das armas. Desse modo se tornou mais tarde uma organização militar para defender a terra santa dos não cristãos, manter a segurança, socorrer os peregrinos e combater os muçulmanos.
9. Quem eram os cavaleiros teutônicos?
RESP.: Os cavaleiros Teutônicos, foram uma terceira ordem de Cavaleiros, fundada pelos alemães, em 1190, e foram pioneiros da civilização e da cristianização na Prússia Oriental.
10. Verifique num mapa o território das principais cruzadas.
RESP.: MAPA.
AS ORDENS RELIGIOSAS
Leia: Walker, 318-319; González IV, 12-15; Cairns, 181-182; Nichols, 101-103; 113-115.
1. O que aconteceu à ordem de Cluny no decorrer do século XI?
RESP.: Cluny perdeu a sua força, seu êxito tinha o levado a uma vida luxuriosa, Em pouco tempo, a abadia de Cluny se transformou num dos mais suntuosos templos da Europa. Com o decorrer dos anos perdeu-se a simplicidade de vida que era o ideal monástico, e outros movimentos mais pobres e mais recentes tomaram o seu lugar. Apareceram novas organizações religiosas, como a dos cistercienses, ordem que dominou o século seguinte (duodécimo).
2. Comente a origem e os objetivos do mosteiro de Citeaux.
RESP.: Desde o começo, o propósito de Citeaux era cultivar vida de rigor e abnegação. Seus edifícios, móveis e mesmo o ambiente de culto eram de simplicidade extrema. Observavam a regra de Bento, prosperaram muito, se espalharam rapidamente por todo Ocidente, e chegaram a 671 casas cistercienses. Muita atenção foi dada a agricultura, mas relativamente pouca ao trabalho docente ou pastoral. Os ideais eram afastamento do mundo, contemplação e a imitação da “pobreza apostólica”.
3. Quem foi Estêvão Harding?
RESP.: Inglês, sucessor de Alberico, foi o terceiro abade de Citeaux.
4. Como era a organização dos mosteiros ligados a Citeaux?
RESP.: Observavam a regra de Bento enfatizando o rigor e a abnegação. Tinham grande autonomia, usavam a mesma liturgia, reuniam-se anualmente. O abade do mosteiro de Citeaux exercia autoridade sobre os demais abades, assistido por uma assembléia anual dos cabeças dos mosteiros filiados. (Walker 318).
5. Relate sobre a vida e a atividade de Bernardo de Clairvaux.
RESP.: Viveu de 1090-1153. Muito do êxito inicial dos cistercienes se deve a influência de Bernardo, a maior força religiosa do seu século e no congresso geral, tido como um dos principais santos medievais. Provavelmente em 1112 ingressou no ministério de Citeaux, levando consigo cerca de trinta companheiros, fruto de sua persuasão. De lá saiu em 1125 para fundar o mosteiro cisterciense de Claraval, do qual foi abade até a morte. (Walker 319).
MOVIMENTOS POPULARES
Leia: Walker 322-327; González IV, 109-112; 81-83; Cairns, 184-186; Nichols, 106-107; 131-132
1. Relate sobre a origem e o desenvolvimento dos Valdenses.
RESP.: Pedro Valdo foi convertido ao monasticismo em 1176 ao ler a passagem de Mt 19: “Se queres ser salvo vende tudo o que tens dá aos pobres”. Então vendeu o que possuía e começou a seguir os costumes da ordem (roupas nobres, esmolas) e em 1177 muitas pessoas começaram a ajuntar-se a ele. (Walker 322).
2. Comente sobre o relacionamento dos Valdenses com a hierarquia romana.
RESP.: Em 1179 dirigiram-se ao Concílio Lateranense pedindo permissão para poderem pregar. O Concílio não considerou heréticos, porém julgou-os como “leigos ignorantes”. O papa Alexandre III não deu consentimento para que eles pregassem. Mas isso não os intimidou e continuaram pregando e foram excomungados pelo papa Lúcio III em 1184 sendo considerados desobedientes. (Walker 324).
3. Quem eram os Albigenses, ou Cártaros?
RESP.: Um novo tipo de maniqueísmo que surgiu no Sul da França (Albi). Seu aparecimento se deu por ocasião da chagada de paulicianos e bogomiles no Ocidente, estes vinham do Oriente (expulsos pelos imperadores). Outro fator que ajudou foi o acetismo e e o entusiasmo que acompanharam as Cruzadas. Os adeptos de tal maniqueísmo foram chamados Cátaros, que significa puros. Criticavam a igreja e cresceram asssustadoramente após o fracasso da 2a. Cruzada conquistando a opinião popular e a proteção dos príncipes. (Walker 322).
4. Quais eram as principais idéias dos Albigenses?
RESP.: Eram dualistas. Achavam que o mundo espiritual era a criação do Deus bom e o material criação do Deus mal. Afirmavam que Deus tinha dois filhos: Cristo e Satanael. O mais velho se rebelou tornando-se o príncipe do mal. Os Albigeneses rejeitaram parte do AT. Apegavam-se especialmente ao Evangelho de João. Rejeitavam as leis, ordens e sacramentos da igreja romana (os sacramentos, as doutrinas do purgatório e da ressurreição). O maior pecado (o pecado original de Adão e Eva) é o da reprodução por que esse pecado reproduz os corpos, que são prisões da alma, por isso evitam os frutos da carne. Não comiam carne, ovos e leite. Eram vegetarianos e celibatários. (Cronologia da História Eclesiástica).
5. Como reagiu a igreja na tentativa de conter ou exterminar os movimentos populares heréticos?
RESP.: Os frades dominicanos fizeram pela pregação todo esforço para trazer os católicos novamente à fé. Com as Cruzadas foi extremada a seita do Sul da França. Convocou-se o povo. Desse modo foram evitadas comparações entre a igreja do NT e a igreja católica romana. Foi criada a inquisição: (corte eclesiástica secreta que usava a tortura e entregava os hereges ao Estado para o confisco de bens e queima de estaca). No início estava nas mãos dos episcopais, mas o número de hereges aumentou e mais tarde em1233 o papado assumiu o controle e Gregório IX comissionou os dominicanos para punir as heresias. (Cairns 186).
O SURGIMENTO DOS FRADES
Leia: Walker, 328-334; González IV, 112-125; Cairns, 183-184; Nichols, 115-119.
1. Descreva o caráter da obra de Domingos.
RESP.: Domingos, em 1203 sai juntamente com o bispo Diego de Osma e passam pelo sul da França, onde era forte a heresias dos cátaros ou Albigenses e como tentava-se convertê-los a força, domingos viu que este não era o melhor método. Os principais argumentos desta heresia era o ascetismo de seus líderes que contrastava com a vida desregrada de muitos prelados e sacerdotes ortodoxos. Convicto de que a força não era a melhor forma de combater a heresia, pregou a ortodoxia, juntamente com uma vida disciplinada, fez uso dos melhores recursos intelectuais que estavam ao seu alcance. Seu êxito foi tamanho que logo o arcebispo de Toubouse lhe deu uma igreja, onde pudessem (ele e seus seguidores) pregar com o apoio do arcebispo, Domingos foi a Roma para solicitar a Inocêncio III a aprovação de sua regra. O papa negou, pois preocupava-se com o surgimento demasiado de regras e sugeriu a Domingos que adaptasse a alguma regra. Escolheu a de Santo Agostinho, adaptando-se às necessidades. (Gonzáles)
2. Cite as principais características da ordem dominicana.
RESP.: è Assim como os outros monásticos de sua época os frades observavam certas regras, a diferença é que ficavam entre a população e não recolhidos nos mosteiros.
è adotaram o princípio de pobreza, por influência do Fransciscanismo nascente. Entretanto diferentemente deste, para os dominicanos a pobreza não representava algo essencial.,
è adotaram o princípio de pobreza, por influência do Fransciscanismo nascente. Entretanto diferentemente deste, para os dominicanos a pobreza não representava algo essencial.,
è O estudo era estimado, afinal precisava-se de um grande intelectualismo para defender-se das heresias. Os seus maiores teólogos foram Tomás de Aquino e Alberto Magno. (Gonzáles e Cairns).
3. Como Cresceu a ordem de Domingos?
RESP.: Logo que conseguiu a autorização para fundar sua ordem, Domingos saiu por toda a parte convocando candidatos e pregando a palavra. Dentro de seu plano tinha preferências por candidatos mais capacitados, especialmente os estudantes universitários. Outro fator que contribuiu para o crescimento da ordem foi que a pobreza não passava de um instrumento de testemunho, assim quando foi necessário os dominicanos podiam ter propriedades. Outro fator é que logo os dominicanos se instalaram nas universidades, como professores. Nesta época Oxford e Paris eram os centros de estudos teológicos e os dominicanos tinham professores nelas. Outro ponto é que os dominicanos eram missionários, pregando entre muçulmanos e judeus, conseguindo certo sucesso. (Gonzáles e Cairns).
4.Descreva a experiência religiosa de Francisco de Assis.
RESP.: Francisco, cujo nome era Giovanni, após voltar de uma expedição militar do sul da Itália, passou por enfermidades que quase lhe custaram a vida. Após isto, apreciava retirar-se para uma gruta, onde passava por longas horas meditando e lutando consigo mesmo, e destas lutas optou pelo voto de pobreza, como Pedro Valdo e muitos outros eremitas ascetas. Após negar a herança e os bens de seu pai vagou por um tempo em um bosque perto de Assis. Em 1209 em uma leitura dos evangelhos decidiu deixar o monasticismo e pregar às outras pessoas. Logo foi seguido por algumas pessoas, até que juntamente com 10 ou até 12 pessoas foi até o papa pedir autorização para fundar uma nova ordem. Voltou para Assis com esta autorização do papa e continuou a pregação, aumentando sempre o número de seguidores.
5. Como Francisco fundou sua fraternidade?
RESP.: Quando Francisco saiu a pregar, em pouco tempo dois homens da cidade de Assis, tornaram-se seus companheiros, isto sugeriu-lhe a criação de uma fraternidade que vivesse como eles viviam, a serviço do próximo, no espírito de Cristo (esta foi a ordem que mais profundamente procurou seguir o exemplo de vida de Cristo) e ainda havia a questão da pobreza, que era o fator principal enfatizado por Francisco. Diante disto, com o ingresso de novas pessoas, foi organizada a fraternidade.
6. Relate as principais atividades de Francisco de Assis.
RESP.: è fundou a ordem dos franciscanos e ajudou Clara a fundar uma segunda ordem para as mulheres, que ficou conhecida como Clarissas;
è Em 1209-10 fez missão na região da Úmbria;
è Pregou na Espanha (há dúvidas) e no Egito;
è Conseguiu uma capela para ser sede da fraternidade, uma capela, em torno das quais foram construídos rudes abrigos.
è Pregou no campo, nas cidades, auxiliando aos necessitados, especialmente os leprosos.
7. Como cresceu a ordem dos franciscanos?
RESP.: A fraternidade desenvolveu-se rapidamente para além das fronteiras do país. Quando se reuniu o segundo capítulo geral, em 1217, havia franciscanos na Alemanha, Hungria e Espanha e já iniciado, missões em outras terras pagãs. Alcançou muitos adeptos entre os exércitos das cruzadas. Um fator que pode ter colaborado é que, os franciscanos tem professores nas universidades européias (assim como os dominicanos), contririando inclusive os ideias de Francisco.
A ESCOLÁSTICA
Leia: Walker, 335-340; González IV, 127-138; Hägglund, 139-150; Cairns, 187-194.
1. Apresente uma definição da escolástica.
RESP.: Consistia no uso da razão, não para compor ou negar a fé, e sim, para torná-la clara. O caráter distintivo da escolástica foi seu emprego do método filosófico. Muitos problemas teológicos foram habilmente estudados com ela (González, 133; Hägglund, 139).
2. Qual foi a origem da escolástica?
RESP.: O termo refere-se à teologia que tomou forma nas universidades ocidentais. Deriva do sistema dialético herdado da antigüidade, aliada a filosofia ensinada nas escolas e universidades. Esta teologia teve seu início em meados do século XI, alcançando seu apogeu no século XIII, e deteriorando-se na Baixa Idade Média, sendo destruída pelo humanismo e pela Reforma (Hägglund, 139).
3. Descreva resumidamente a controvérsia entre Realismo e Nominalismo.
RESP.: Os realistas moderados, levados por Aristóteles ensinavam que os universais existiam somente em conexão com os objetos individuais. Os realistas extremados, afirmavam que existiam antes e à parte dos objetos individuais, isto é, o gênero humano era anterior ao indivíduo homem, e o determinavam.
Os nominalistas, seguindo precedentes estóicos, sustentavam que os universais eram apenas nomes abstratos para semelhança dos indivíduos e que não existiam fora do pensamento. A única existência real para eles era a do objeto individual (Walker, 333).
4. Quem foi Anselmo da Cantuária?
RESP.: Anselmo de Cantuária (+1109). É lembrado como renovador da tradição agostiniana e como fundador da escolástica. Nasceu em Piemonte, Itália. Descendente de família nobre. Seu pai se opôs a sua carreira monástica. Mas insistiu em sua vocação e em 1060, ingressou no mosteiro de Bec, na Normândia. Em 1078 foi eleito abade de Bec, 1093, foi eleito arcebispo de Cantuáris pelo rei Guilherme II. Morreu em 1109 em Cantuária (González, 128).
5. Quais são as principais obras de Anselmo e de que tratam?
RESP.: Proslógico: trata da existência de Deus. A obra está escrita em forma de oração à Deus.
Por que Deus se fez homem: trata do propósito de Deus na encarnação (González, 130, 131).
6. Relate sobre a vida e obra de Pedro Abelardo.
RESP.: Nasceu na Bretanha em 1079, e dedicou boa parte de seu tempo a estudar com os melhores mestres de seu tempo. Aos 22 anos ensinava grande números de discípulos em Melun, Paris. Por volta de 115 era Cônego de Notre Dame. Casou-se secretamente com Heloísa, sobrinha do Cônego Fulberto. Este não satisfeito com isso, mandou contar os órgãos genitais de Alberto. Após isso, Eloísa tornou-se monja. Abelardo fundou uma escola que chamou de Parsakletos, após ter sido condenado pelo concílio reunido em Soissons. Em 1141 foi condenado como herege. Então retirou-se para o mosteiro de Cluny.
A obra de Abelardo foi extensa. É conhecido sobretudo por sua doutrina da expiação, segundo a qual o que Jesus Cristo fez por nós não foi vender o diabo, nem pregar nossos pecados, mas nos dar um exemplo e um estímulo; para que pudéssemos cumprir a vontade de Deus. Sua doutrina ética também foi importante, que dava importância especial à intenção de uma ação, e não tanto à ação em si (González, 134, 135).
7. Relate sobre a vida e obra de Pedro Lombardo.
RESP.: Vida: pensador do século XII que mais teve influência sobre o século XIII, não foi um gênio como Aberlado e Hugo, mas homem de grande serviços intelectuais prestados ao seu tempo, que durou até a reforma. Nascido em circunstâncias humilde, no Norte da Itália, Pedro estudou em Bolonha e Paris, auxiliado pelo menos em teologia, na escola de Notre Dame, e no da vida foi bispo da sé parisiense, em 1159, morrendo no ano seguinte.
Obra: “Quatro livros da sentenças” comumente chamados de sentenças (1147-1150), conforme costume de então, reuniu citações dos credos e dos Pais sobre diversas doutrinas cristãs. Esta obra se resumia a um compendio: Deus, seres criados, Salvação, Sacramentos e Últimas coisas, que resultou como manual tão completo e adequado às necessidades da época que permaneceu como base do ensino teológico até a Reforma. (Walker 337-338, González 137-138).
O SURGIMENTO DAS UNIVERSIDADES
Leia: Walker, 341-342; González IV, 138-141; Cairns, 194-196.
1. O que motivou o surgimento das universidades?
RESP.: Com o auge das cidades, os estudos teológicos passaram a se concentrar nos centros urbanos, e não mais nos mosteiros, como antigamente. A partir de então surgiram primeiro as escolas catedralícias, a cargo do bispo e do capítulo da catedral. No entanto foram surgindo outras escolas, que mais tarde se unificaram em cada cidade passando a ser chamado “estudo geral”. Com o florescimento dessas escolas, houve acréscimo no número dos professores e alunos que vinham de várias localidades da Europa. (Walker 339, González 138-139).
2. Qual era o currículo das universidades medievais?
RESP.: Preparatória a (artes) na qual era enviado o Trivium (gramáitica, retórica e dielética ou lógica) e o quadrivium (astronomia, aritmética, geometria e música); e as três superiores: teologia, lei canônica e medicina. (Walker 339).
3. Cite as universidades medievais mais famosas.
RESP.: Montpelier ou a Salermo (medicina); Ravena, Pavia e Bolonha (direito civil e -----------); Paris e Oxford (teologia); Na Espanha a mais famosa foi a de Salamanca, fundada no século XII por Afonso X, o Sábio. (Walker 339, González 139).
A ALTA ESCOLÁSTICA
Leia: Walker, 343-353; Hägglund, 151-173; González IV, 141-150; González V, 66-68; 129-133.
1. Relate sobre a vida e obra de Alberto Magno.
RESP.: 1193-1280, dominicano alemão, estudou em Paris e lecionou em vários lugares de seu país, principalmente em colônias. Serviu com prior provincial em sua ordem e foi, durante alguns anos, bispos de Ratisbona. Era o homem mais culto de seu tempo, seus conhecimentos científicos eram realmente notáveis. No campo da teologia, teve ousadia de se dedicar a estudar o sistema filosófico que a maioria dos teólogos do seu tempo considerava incompatível com o cristianismo. Tinha conhecimento não só de Aristóteles mas também dos comentários dos árabes eruditos era mais profundo do que o de Alexandre de Hales. Sua obra não chegou a se cristalizar em uma síntese coerente, no entanto foi apresentado com mais clareza por ser aluno Tomás de Aquino (Walker 340, González 145).
2. Relate sobre a vida e obra de Tomás de Aquino.
RESP.: 1125-1274 era filho de ---------, conde de Aquino, cidadezinha situada a meio caminho entre Roma e Nápolis. Todos os seus irmãos e irmãs chegaram a ocupar altas posições na sociedade italiana na época. Para Tomás o mais jovem os pais escolheram a carreira eclesiástica, esperando que ele um dia ocupasse algum cargo de poder e prestígio, como o de abade de Montecassino. Tinha cinco anos de idade quando foi colocado neste mosteiro, mesmo nunca tomando o hábito dos beneditinos. Em 1243 ingressam na ordem dominicana contra a vontade de seus pais. Viram então sua capacidade e enviaram-no para que estudasse com Alberto Magno, o Grande, que levou a Paris. Ao receber o bacharelado de teologia, regressou a colônia em 1248 passou a ensinar como assistente de Alberto Magno. Foram anos de rápido crescimento intelectual. Em 1261 e alguns anos, ensinou na Itália, depois novamente em Paris e, por fim, desde 1272, em Nápolis. A mais importante de sua obras e volumosas é “Suma Theologioe em 1265 só que não terminou, morreu antes de conclui-la. Pessoalmente era uma pessoa simples, profundamente religiosa - homem de oração. Sua obra é a base atual da instrução teológica pela declaração, em 1879, do papa Leão XIII (1878-1903). (Walker 342, González 146-147).
3. Qual era o pensamento de Tomás de Aquino sobre a) Graça, b) Redenção, c) Eucaristia, d) Penitência?
RESP.: a) GRAÇA: acreditava-se que fosse, em parte, a vontade eterna amorosa de Deus, ou graça incriada, e também aquela graça que vem do homem como dádiva e, por conseguinte, prepara o caminho para a salvação humana, ou graça criada. Esta consiste especialmente na assim chamada graça infusa, que realiza a justificação e produz boas obras.
b) REDENÇÃO: é pura e simplesmente obra sobrenatural, que só pode ser alcançada em virtude da graça infusa. Quando o homem chega a participar do HABITUS da graça é justificado.
c) EUCARISTIA: era considerada o mais importante dos sacramentos, uma vez que se relacionava mais intimamente com o sofrimento de Cristo. A doutrina da transubstanciação foi por ele interpretada como significando que a substância do pão e do vinho é transformada, pela consagração, no corpo e sangue de Cristo. Por outro lado, os elementos retêm seus acidentes, sua forma, cheiro, gosto. Também não se devia dizer que as substâncias dos elementos são destruídas, mas antes que sejam transformadas na substância do corpo e sangue de Cristo.
d) PENITÊNCIA: considerava-se a penitência simplesmente em termos de confissão auricular a um sacerdote, incluindo as três ações que forneciam a proposta MATERIA deste sacramento: a contrição do coração, a confissão feita pela boca e a satisfação prescrita pelo sacerdote. Esta consistia de orações, jejuns e esmolas (Hägglund).
4. Relate sobre a vida e o pensamento de Deus Scotus.
RESP.: Duns Scatus era franciscano, e prosseguiu na antiga oposição franciscana à solução sugerida por Tomás ao problema de teologia e ciência. Duns Scatus era considerado o mais astuto dos escolásticos, e foi ele quem levou a análise filosófica de questões teológicas ao extremo. Ao mesmo tempo, Duns fez surgir novas correntes de pensamento que prenunciaram a dissolução da escolástica e a relação harmoniosa entre teologia e filosofia. Duns, tal como Tomás, era mais empírico que Tomás. Quando Scatus voltou-se contra o intelectualismo tomista, e até certo ponto minou a harmonia entre teologia e ciência à qual Tomás dera expressão, isto não significava que Scatus se recusou a usar a filosofia a serviço da teologia. Pelo contrário, levou o método escolástico mesmo mais longe do que seus predecessores. Mas, em princípio, Scatus considerou a filosofia meramente como auxílio para explicar melhor as doutrinas da igreja e refutar as doutrinas falsas (Hägglund).
5. Relate sobre a vida e o pensamento de Guilherme de Occam.
RESP.: Guilherme de Occam foi professor em Oxfrod; acusado de heresia e citado a Avignon, onde foi mantido em custódia por quatro anos; mais tarde ensinou em Munique, onde foi protegido pelo imperador Luís da Bavária; faleceu em 1349.
Occam reexaminou o problema dos universais que tinha sido tema importante de debate para os primeiros escolásticos. Rejeitou o realismo de Tomás de Aquino e fez reviver a posição nominalista, que afirmava que apenas o individual possui realidade. Desenvolveu a epistemologia principalmente para tratar do problema do conhecimento teológico. Occam concedia que a doutrina da Trindade pressupõe uma posição realista, pois fala de relações que existem independentemente de nossa maneira de pensar. No tocante ao conteúdo teológico, Occam, na maioria dos casos, aceitava a tradição mais antiga. Também a alterou em vários pontos e formulou críticas que enfraqueceram seus fundamentos (Hägglund).
MISTICISMO MEDIEVAL
Leia: Walker, 354-357; Hägglund, 175-178; González V, 28-32; 50-56; 123-128; Cairns, 202-204
1. Apresente uma definição de misticismo.
RESP.: - Crença religiosa ou filosófica dos místicos, que admitem comunicações ocultas entre os homens e a divindade;
- Aptidão ou tendência para crer no sobrenatural;
- Devoção religiosa; vida contemplativa; (Dicionário Folha da Tarde).
2. Qual é a origem do misticismo medieval?
RESP.: O misticismo medieval tinha suas origens na teologia agostiniana e na piedade monacal. Bernardo de Claraval foi a primeira personalidade medieval a desenvolver o misticismo como posição teológica original.
3. Comente acerca do relacionamento entre o misticismo e o escolasticismo.
RESP.: O misticismo não era estranho à teologia escolástica, nem tampouco esta era estranha ao misticismo. Houve alguns escolásticos que eram dialéticos extremados (como, por exemplo, Abelardo e Duns Scatus), enquanto outros fundam teologia escolástica e misticismo em seus escritos como os teólogos de S. Vitor. Tomás de Aquino é outro exemplo disto. Seus livros no campo da teologia expressam experiência e sentimentos místicos. Há elementos no pensamento escolástico relacionados com o misticismo. Tomás de Aquino considerava a visão beatífica a perfeição da teologia e julgava ser o conhecimento preliminar a essa visão. A contemplação mística freqüentemente formava a base da atividade escolástica. Tomás de Aquino uma vez disse que aprendera mais de suas meditações diante da cruz de Cristo do que do estudo de livros eruditos. Um teólogo franciscano que combinou misticismo e escolástica em alto grau foi Boaventura (Hägglund).
4. Quem foi Meister Eckhart e quais foram suas idéias principais?
RESP.: Meiter Eckhart (1260 - 1327) foi o principal místico da Baixa Idade Média. A ele é atribuído o papel de fundador do misticismo germânico, centralizada na ordem dominicana, da qual também pertencia Eckhart. Ao mesmo tempo que desenvolveu idéias místicas teologicamente, foi também pregador e conferencista. Alguma idéias que desenvolveu é que só o divino era real, pelo que o objetivo do cristão deveria ser a união espiritual com Deus pela fusão da essência humana na essência divina do momento da experiência de êxtase. Ele afirma que: Deus pode tornar-se em mim e eu posso me tornar em Deus”. Vemos ai que as idéias de Eckhart estão próximas do Neoplatonismo - idéias panteístas. Pensa, também, o homem é salvo morrendo para o mundo e recolhendo-se dentro de si mesmo a ponto de poder unir-se com o divino, acontecendo este processo em três etapas: Purificação à consiste de arrependimento, um morrer para a busca do pecado e o conflito contra a sensualidade; Iluminação à consiste na imitação dos sofrimentos e da obendiência de Cristo; União à é a união da alma com Deus, isto ocorre quando o homem se torna inteiramente livre das coisas criadas e suas seduções, bem como de si mesmo. Afirma ainda que Deus é Um, a única realidade. Mas se Deus é a única realidade, isso significa que as coisas criadas são nada!!? Eckhart e os místicos afirmam que as coisas do mundo não possuem realidade fora de Deus, são como os raios de luz não podem existir sem a lâmpada. Portando pode se dizer que a criação originou-se de Deus e que, apesar disso, é nada.
5. Destaque as principais características místicas de: Tauler, Suso, Catarina de Siena, e Joana D’Arc.
RESP.: Tauler è Este foi mais evangélico que seu mestre Eckhart, por pregar o evangelho, dizem que “foi protestante antes do protestantismo”. Ativo pregador, proferiu sermões falando sobre a experiência enterior de Deus como mais vitar para o bem-estar da alma do que as cerimônias e externas.
Suso è Foi o poeta do grupo e expressou idéias místicas semelhantes às de seu mestre em forma poética.
Catarina de Siena è Esta representou bem o misticismo latino. Ela cria firmemente que Deus lhe falava em visões, visões estas que sempre usou para propósitos dignos. Ela também denunciou os abusos clericais.
Joana D’Arc è não foi encontrada em nenhum livro pesquisado.
6. Quem foi John Ruysbroeck e que atividades o ligam à história do misticismo?
RESP.: John Ruysbroeck (1293 - 1381) leu muitos dos escritos de Eckhart e tinha amizade com alguns dos “amigos de Deus”. Assim sendo, espalhou o movimento místico nos Países Baixos. Foi o grande pilar deste movimento nos Países Baixos influenciando muitas pessoas que continuaram divulgando o misticismo e formando um grupo similar aos “Amigos de Deus”.
7. Descreva a origem, características e realizações dos “Irmãos de Vida Comum”.
RESP.: Após a morte de Groot, amigo de Ruybroeck e divulgador do misticismo, um discípulo seu, Florêncio Radewyn (1350 - 1400) fundou uma associação, os “Irmãos da Vida Comum”. Este grupo, cuja a primeira casa foi estabelecida em Deventer, surgiu da união dos convetidos de Groot para uma vida religiosoa mais ardente. Agrupavam-se em casas de irmãos vivendo de modo tipicamente monástico, sob regras comuns, porém sem votos permanentes. Entre as suas realizações podemos citar: copia de livros edificantes e o ensino. Assim, dedicavam suas vidas a serviços práticos mais do que à experiência passiva de Deus, como ensinou Neister Eckhart, foi mais prático e menos panteístico que o movimento dos “Amigos de Deus”.
A Decadência do papado (1303-1517)
APOGEU E DECLÍNIO DO PODER PAPAL
Leia: Walker, 360-364; González IV, 171-185; Cairns , 173-176; Nichols, 90-91.
1. Relate sobre o relacionamento entre papa Alexandre III e o imperador Frederico Barba-Roxa.
RESP.: Frederico “Barba Ruiva” (1152 - 1190) foi um dos mais hábeis imperadores do Santo Império Romano. O seu modelo foi Carlos Magno, politicamente e também o que diz respeito à Igreja: aspirava controle idêntico ao que Carlos teve sobre os assuntos da Igreja. A respeito da Concordata de Worms, ele praticamente determinava a indicação dos bispos alemães. Mas, com respeito ao Papa Alexandre III a coisa muda de Cituação: Assumindo o trono papal, foi o inimigo mais capaz de Frederico. Com Alexandre no papado, dividiram-se os cardeais na eleição papal, e uma minoria favorável ao império elegeu um papa rival, Vítor IV. Este recebeu apoio de Frederico e dos bispos alemães, assim, durante longo tempo, foi difícil a posição de Alexandre. Mas, em 1176, Frederico foi derrotado em 1176 pela Liga Lombarda das cidades italianas e forçado a reconhecer Alexandre.
2. Como foi o relacionamento entre Alexandre III e o rei Henrique II?
RESP.: Também com Henrique II Alexandre alcançou vitoria, ao menos aparente. Este rei, visando aumentar seu domínio sobre a Igreja inglesa, conseguiu a eleição de Thomas Becket, seu chanceler, em 1162. Eleito, Beckt se revelou obstinado defensor dos direitos eclesiásticos. Mas, em 1164, Henrique conseguiu a aprovação das Constituições de Clarendon, limitando o direito de apelar para Roma em assuntos eclesiásticos, restringindo o poder de excomunhão, sujeitando o clero às cortes civis e colocando a eleição de bispos sob o controle do rei. Becket rompeu abertamente com o rei. Este, sendo assassinado em 1170, Alexandre com habilidade serviu-se deste crime, canonizando-o em 1172 sendo até a Reforma um dos santos ingleses mais populares. Henrique foi forçado a abandonar as Constituições de Clarendon, e a fazer penitência sobre o túmulo de Becket. Entretanto, mesmo com a aparente vitória do papa Alexandre, Henrique continuou controlando os assuntos eclesiásticos ingleses tanto como anteriormente.
3. Comente o envolvimento do papa Inocêncio III com: a) a política alemã; b) a França; c) a Inglaterra.
RESP.: Na França a causa do conflito foi com o rei Filipe que repudiou sua mulher a princesa dinamarquesa Ingeborg por tomar como esposa Agnes de Meran. Inocêncio repreendeu o rei, e quando isso não bastou ele interditou todo o país.
Na Inglaterra (1205-1213) a luta foi por causa do Arcebispado de Cantuária, onde havia dois arcebispos rivais, estes apelaram a Roma. O papa simplesmente declarou que nenhum dos pretendentes era o legítimo primaz da Inglaterra e nomeou Estevão Langton. João negou-se a aceitar a decisão do papa. O papa primeiro o excomungou, depois declarou deposto, convocando uma cruzada contra ele. Liderada pelo seu maior rival Filipe Augusto. Vendo que estava sendo cercado, rapidamente fez as pazes com o papa, submetendo-se às suas ordens e fazendo de seu reino um feudo do papado.
Na Alemanha quem tinha o poder para ser imperador seria o filho de Henrique, Frederico, mas era muito jovem. Por isso os partidários Hohenstaufen elegeram Felipe, irmão de Henrique. Mas seus opositores nomearam Oto, que logo contou com o apoio de Inocêncio. Sem dúvida a eleição de Felipe para o cargo era mais correta, mas o papa argumentou ao contrário, declarando que de acordo com a bíblia, Deus visita o pecado dos pais nos filhos, e que Felipe procedia da casa corrompida e excomungada dos Hohenstaufen. Além disso, Inocêncio dizia que o papa tem autoridade sobre o imperador. (Nichols 90; Gonzales 179-81, Walker 360,361)
4. Qual foi a política de Inocêncio III em relação à igreja?
RESP.: Nos assuntos internos da igreja a política de Inocêncio foi fortemente centralizadora. Exigia ele para o papado direto de decisão em todas as eleições episcopais. Afirmou a sua exclusiva autoridade de sancionar a transferência de bispos de uma sé para outra. Participou da cruzada contra os cátaros. Também foi um triunfo papal o grande Quarto Concílio Lateranense de 1215, no qual a transubstanciação foi declarada artigo de fé e se exigiu confissão e comunhão pelo menos uma vez por ano. A conquista de Constantinopla pela Quarta Cruzada, mesmo não aprovada por Inocêncio, parecia prometer a sujeição da Igreja Grega à autoridade papal. (Walker 360
5. Comente sobre o relacionamento de Frederico II e de seus sucessores com o papado. Qual foi a conseqüência desse relacionamento para a Alemanha?
RESP.: Frederico II era homem de notável habilidade política, mas de escassa piedade, este ocupava grande parte do trono devido a Inocêncio III, mas logo passou a ser o principal oponente às pretensões políticas do papado. Sendo que com Gregório IX(1227-41) e Inocêncio III(1243-54) a luta papal foi atirada contra Frederico II. Frederico foi excomungado e a influência papal instigou rivais contra ele, na Alemanha. O papado tinha a certeza de que com a destruição dos Hohenstaufen, asseguraria a vitória. Depois da morte de Frederico, seu filho Conrado IV(1250-54) é obrigado a dar sua herança do sul da Itália e na Sicília a Edmundo da Inglaterra, filho do rei Henrique III. Todos os outros reinos aliados ao papado, como França e Inglaterra, dominaram os territórios da Alemanha, sufocando todo o poder do grande império, porque estes países tinham o apoio do papa que tinha nas suas mãos o poder de mandar. Sendo que ainda o filho de Conrado, Conradino, tenta por meio de seu pontificado reconquistar por meio armas suas pretensões hereditárias sobre o sul da Itália e a Sicília. Lógico, foi excomungado pelo papa Clemente IV e decapitado a mando de Carlos de Anjou, em 68. Com Conradino é totalmente sufocado, exterminando a dinastia de Hohenstaufen. Isto resultou no enfraquecimento do poder do santo Império Romano. Não podia portanto resistir a qualquer exigência papal. Mas após a morte de Inocêncio III novas forças foram surgindo, tornando impossível a soberania papal.( Walker ).
6. Que forças novas prejudicam o papado após o enfraquecimento do império alemão?
RESP.: Uma delas foi o novo sentido de nacionalidade , o qual fez os homens sentirem que , como franceses ou ingleses , tinham interesses comuns contra todos os estrangeiros , inclusive o próprio papa. Segunda causa foi o despertamento intelectual, o aumento da riqueza e da influência política da classe média, mormente nas cidades. Também existia, entre os que pensavam e os religiosos, a crescente convicção de que os objetivos mundanos perseguidos pelo papado nos dias que corriam eram incompatíveis com os veros interesses da Igreja. A fraqueza do papado, do ponto de vista temporal, era que não tinha adequadas forças materiais ao seu dispor.
BONIFÁCIO VIII
Leia: Walker, 364-366; González V, 35-43; Cairns, 176-177; Nichols, 132-133.
1. Descreva o caráter de Bonifácio VIII.
RESP.: Era um papa que alimentava altas aspirações de governar o mundo, como os seus antecessores. Tinha vasta experiência diplomática como o legado pontifício, e tinha tratado com reis e poderosos em diversos países da Europa. Nesta atividade ele tinha desenvolvido um conhecimento profundo das intrigas que eram tramadas nas cortes européias. As idéias ambiciosas que tinha sobre as prerrogativas papais, fizeram dele um dos papas mais altivos que a história conheceu. (Gonzalez 35,36)
2. Comente sobre as circunstâncias da eleição de Bonifácio para o papado.
RESP.: Nesta ocasião as poderosas famílias dos Colonna e dos Orsini disputavam o papado; nenhuma estava disposta a eleger um membro do grupo oposto. Durante os dez dias que durou o conclave Bonifácio foi trabalhando para ser eleito, e conta-se que ele o conseguiu persuadindo os dois grupos que o deixassem apresentar um candidato imparcial. Depois de conseguir de ambos a promessa de que aceitariam o seu candidato, Bonifácio apresentou a si mesmo. Restava saber se o rei Carlos aceitaria este novo papa, pois o rei tinha dado mostras de querer um instrumento dócil ocupando a Santa Sé, e todos sabiam que Bonifácio tinha um temperamento altaneiro e independente. Todavia como diplomata hábil, convenceu Carlos que não lhe convinha ter em Roma um fantoche, mas um papa poderoso que fosse seu aliado. (Gonzalez 36)
3. Fale sobre a política de Bonifácio na Itália e no império alemão.
RESP.: Ele achava que cabia e ele pacificar a Itália que vivia em constante guerras internas. Sua política italiana só fracassou quando quis por o rei de Nápole no trono da Sicília. Ele tirou quase todas as posses dos seus inimigos, os colonos, e estes se viram obrigados a partir para o exílio. Bonifácio conseguiu isto convocando uma cruzada que, com os recursos dos Orsini, tomou todos os castelos e lajaus fortificados dos colonos.
No mínimo ele fez valer sua autoridade, sua principal política foi a reconciliação entre a França e Inglaterra. E também a promulgação da bula Clericis Laicos.
4. Resuma o conteúdo da bula Clericis Laicos e explique o contexto e a finalidade de sua promulgação.
RESP.: Bonifácio VIII era papa que alimentava altas aspirações de governar o mundo, como os antepassados seus. Para ajudar no custeio de uma guerra entre Filipe da França e Bonifácio, o primeiro e Eduardo I da Inglaterra cobraram impostos do clero. Bonifácio, em 1296 promulga a bula Clericis Laicos, que proibia o sacerdote de pagar impostos a um soberano temporal sob pena de excomunhão da Igreja Romana. Fez isso com a finalidade de proteger as propriedades da igreja, ganhar a simpatia do clero, e pôr obstáculos à política bélica de Eduardo e Felipe.(Cairns e Walker)
5. Quais foram os efeitos da bula Clericis Laicos na Inglaterra?
RESP.: Eduardo I disse aos clérigos: Vocês não terão mais a proteção da lei nem acesso aos tribunais de justiça senão pagarem os tributos. E ordenou que tirassem dos clérigos seus melhores cavalos e que os tribunais não aceitassem as suas queixas. Mais que depressa os clérigos decidiram enviar a quantia que lhe exigiam. A guerra prosseguiu sem vantagens para nenhum lado. Por falta de recursos foi feito uma trégua, e os oficiais do papa ficaram provisoriamente de posse dos territórios que estavam em disputa.
6. Qual foi a reação de Felipe IV diante da bula papal e como isso afetou sua reação com a papa?
RESP.: Felipe replicou proibindo a saída de dinheiro da França, dando assim um golpe nas rendas do papa e dos banqueiros italianos. O caso levou Bonifácio a modificar sua atitude, tanto que o clero passou a poder fazer contribuições voluntárias. E permitiu mais, que em caso de extrema necessidade o rei lançasse tributos. Esta foi uma vitória real.
7. Que circunstâncias levaram Bonifácio a promulgar a bula Unam Sanctam?
RESP.: A convocação de Felipe aos estados gerais – o parlamento francês ao representarem ao lado do “estado” que era a nobreza e o clero, o “terceiro estado”, a burguesia. Estes estados gerais enviavam diversos comunicados para Roma em defesa do rei. A resposta de Bonifácio foi a famosa bula “Unam Sanctam” em que ele expunha a autoridade papal em termos sem precedentes.
8. Cite as principais afirmações sobre a autoridade papal expostas na bula Unam Sanctam.
RESP.: Uma espada deve estar sob a outra, e a autoridade temporal deve estar sujeita à potestade espiritual; por isso, se a potestade terrena se aparta do caminho reto será julgado pela espiritual e, assim, somente pode ser julgada por Deus e não pelos humanos. Por outro lado, declaramos, dizemos e definimos que é absolutamente necessário para a salvação de todas as criaturas humanas que estejam sob o pontífice romano.
9. Comente sobre o relacionamento entre Felipe e Bonifácio após a publicação da bula Unam Sanctam.
RESP.: Felipe como nova assembléia na qual foi o papa acusado de absurda série de crimes, inclusive heresia e depravação moral, e na qual ainda se apelou para um conflito geral da Igreja para que julgasse o papa. Felipe estava resolvido que isso não ficasse só em ameaça, e procurou fazer com que o papa se submetesse.
10. Destaque os principais acontecimentos do pontificado de Benedito IX.
RESP.: Os cardeais escolheram a Bertrando de Gouth, um francês que tomou o nome de Clemente. Homem de caráter fraco e graves defeitos morais, caiu totalmente sob a influência do rei da França, Felipe IV. E o papa declarou este inocente na luta com Bonifácio VIII, cancelou os interditos e as excomunhões, modificando a bula Unam Sanctam segundo os desejos do rei. Evidência do domínio francês, e que foi muito clara a toda gente, foi a transferência da sé pontifícia, em 1309, para Avinhão, às margens do Ródano, pequena cidade de fato não pertencente ao reino francês, mas na opinião popular significando o estabelecimento do papado na França. Sem dúvida o confuso estado da política italiana teve algo a ver nesta transferência. Em Avinhão permaneceu a sede do papado até 1377.
O PAPADO EM AVINHÃO
Leia: Walker, 368-371; González V, 44-56; Cairns , 201; Nichols, 133-134.
1. Por que a sede papal foi transferida para Avinhão?
RESP.: Clemente V, um francês escolhido papa pelos cardeais em 1305, era fraco e de moral duvidosa. Influenciado pelo rei francês, mudou o papado, de Roma para Avignon, nos sul da França, em 1309. Aos olhos do povo da Europa, isto colocava o papa sob controle francês, embora Avignon não fosse tecnicamente território francês.
2. Em que período a sede do papado ficou em Avinhão e por que esse período é conhecido como o Cativeiro Babilônico do Papado?
RESP.: Com exceção de um período entre 1367 e 1370, a residência papal continuou sendo Avignon até 1337, com domínio absoluto dos reis franceses. Durante esse tempo o rei da França perdeu o prestígio no pensamento e na consciência da Europa. O simples fato de mudar-se de Roma constituiu uma queda irreparável de autoridade. Até mesmo os mais ignorantes sentiram isto. O domínio francês rebaixou o papado aos olhos de todos os povos. Grande perda da sua influência moral resultou da notória imoralidade da corte papal em que alguns dos papas foram os primeiros a dar os piores exemplos. Perda maior ainda resultou da avareza insaciável, da ambição desmedida desses papas de Avinhão. A Europa gemeu debaixo das contínuas extersões e explorações de toda a sorte. O papa estabeleceu, portanto, seu cativeiro babilônico qaundo fixou seu trono em Avinhão, no Reno, onde permaneceu então por sessenta e oito anos.
3. Relate sobre o envolvimento do papa João XXII com a política alemã.
RESP.: Com a morte do imperador alemão, houve uma dupla eleição imperial, e o país se dividiu entre os favoráveis a Luiz de Baviera e Frederico da Austria. O papa vendo nisto um bom jeito de aumentar o seu poder, não apoiou nem um dos dois e afirmou que o papa tinha o direito de governar o império durante a vacância. Luiz da Baviera interferiu em assuntos italianos e o papa o excomungou e começou uma luta que só terminou quando o papa morreu. Os eleitores alemães fizeram a famosa declaração, que o chefe do império não precisava da aprovação papal para assumir o cargo ou continuar no exercício dos seus deveres do ofício.
4. Comente sobre o aspecto econômico do papado em Avinhão.
RESP.: Os anos em Vinhão foram conhecidos pelo lucro da corte papal e o aumento de formas variadas de impostos. Foram erigidos palácios residenciais para os papas e cardeais. Estes e o modo de vida dentro dos mesmos motivaram grandes gastos, assim como também a burocracia papal e as aventuras políticas.
5. Quais foram as principais críticas ao papado feitas por: a) Dante Alighieri; b) Marcílio de Pádua; c) Guilherme de Occam.
RESP.: Dante Alighieri: Dizia que tanto o poder imperial quanto o papal são provenientes de Deus e que cada qual não deve interferir no terreno do outro. Com cuidado refutou a interpretação papal de textos bíblicos e os casos históricos sobre os quais o papado baseava sua aspiração de controlar o Estado.
Marcílio de Pádua: O NT ensina que bispos e presbíteros são termos equivalentes, mas que no entanto convém, como organização meramente humana, nomear alguns clérigos que supervisionem outros. Essa nomeação, porém, não confere autoridade espiritual superior; Pedro não tinha terrenos por parte dos clérigos, ou o ato de fabricar leis.
Guilherme de Occam: Pensava como Dante. A igreja tem puramente funções religiosas.
O CISMA PAPAL E OS CONCÍLIOS DE REFORMA
Leia: Walker I, 372-373; 382-389; González V, 57-79; Cairns, 201; 207-210; Nichols, 134; 137-139.
1. O que deu início ao Grande Cisma Papal do século XIV?
RESP.: Clemente V, um francês escolhido papa pelos cardeais em 1305, era fraco e de moral duvidosa. Influenciado pelo rei francês, mudou o papado de Roma para Avignon, no sul da França, 1309. Aos olhos do povo da Europa, isto coloca o papa sob controle francês, embora Avignon não fosse tecnicamente território francês.
Quando Gregório XI morreu, no ano seguinte, os cardeais, dominados por uma maioria francesa, foram obrigados pelo povo de Roma, que não queria perder o papado novamente, a eleger o homem que tomaria o nome de Urbano VI. A falta de tato de Urbano para com os cardeais tornou-os inimigos e eles elegeram pela segunda vez. E os dois, eleitos pelo mesmo colégio de cardeais, alegaram ser o papa legítimo e o autêntico sucessor de São Pedro. Isto levou o povo da Europa a decidir a que papa prestaria obediência. O norte da Itália, grande parte da Vermânia, a Escandinávia e a Inglaterra seguiram o papa romano; a França, a Espanha, a Escócia e o Sul da Itália preferiram se submeter ao papa de Avignon. O cisma continuou até ser resolvido no século seguinte pelos concílios reformadores.
2. O que afirmava a teoria conciliarista? Quem foram os principais defensores dessas idéias?
RESP.: Afirma que os concílios universais que representassem os fiéis de toda a cristandade deveria ter mais autoridade que o papa. Guilherme de Occam e seus seguidores, chegaram a conclusão de que, a igreja não era uma realidade celestial ou ideal, representada na terra pelo papa e a hierarquia derivada dele, mas era o conjunto dos fiéis. Os fiéis constituem a igreja, e não vice-versa. Portanto, se isto é verdade, conclui-se que a autoridade eclesiástica não está arraigada infrisecadamente no papa, mas nos fiéis, de quem o pontífice deriva sua posição.
3. Qual foi o principal resultado do Concílio de Pisa?
RESP.: O concílio, convocado pelos cardeais, estabeleceu de início que os cardeais tinham autoridade para colocá-lo e que o concílio tinha competência para chamar os papas à responsabilidade pelo grande cisma. O concílio depôs Benedito XIII e Gregório XII e indicou o homem que se chamaria Alexandre V como papa legítimo. Os dois papas se recusaram, porém, a reconhecer a decisão do concílio e excomungaram seus membros. Havia agora, então, três papas em vez de dois.
4. O Concílio de Constança solucionou o problema do cisma papal? Como?
RESP.: Sim. O concílio tirava do colégio os cardeais o privilégio de eleger o papa. Frustando a tentativa de João de controlar o concílio através do voto majoritário, que permitiria a seus seguidores italianos controlar as decisões do concílio, os membros concordaram em votar em grupos nacionais de clérigos. Cada grupo teria um voto, pelo que o voto unânime das cinco nações representantes era necessário para validar qualquer decisão do concílio. O concílio declarou-se legal e afirmou seu direito de autoridade suprema da igreja romana.
5. De que maneira o papado triunfou sobre as idéias conciliaristas após o Concílio de Constança?
RESP.: Um acontecimento inesperado veio fortalecer o prestígio papal. Constantinopla estava fortemente assediada pelos turcos. Estavam precisando de uma ajuda dos irmãos orientais. Mas esta ajuda estava difícil de se conseguir, pois as igrejas do oriente e do ocidente estavam separadas a séculos. Desesperado o imperador de Constantinopla e o patriarca desta cidade decidiram que era necessário acabar com o cisma. Então recorreram ao papa, e se dispuseram a participar do concílio de Basiléia se este fosse realizado mais próximo a cidade de Constantinopla. O concílio de Basiléia negou-se a se transferir, e o papa proclamou um decreto transferindo-o para Ferrara. A maior parte da assembléia fez caso omisso da ordem pontífica e permaneceu em Basiléia. Mas outros vendo a oportunidade de reunir as igrejas do Oriente e do Ocidente, acudiram para Ferrara. Esse concílio, mais tarde foi transferido para Florença. Contava com poucos cristãos. Enquanto isso, não restava ao concílio, outra alternativa senão tomar medidas mais extremas contra o papa. Pouco a pouco, diversos reinos e senhorios da Europa foram tirando seu apoio ao concílio de Basiléia. Eugênio IV, foi deposto e Félix V nomeado. Assim, não só havia dois concílios, mas o movimento conciliar ressuscitara o cisma papal. Quando Félix V por fim renunciou, em 1449, o papado romano saíra vencedor sobre as idéias conciliares.
OS PRÉ-REFORMADOS
Leia: Walker I, 374-382; González V, 81-108; Cairns, 204-207; Nichols, 134-137.
1. Cite as principais críticas de João Wyclif à igreja católica romana.
RESP.: Sua primeira investidura foi contra o suposto direito do papado de cobrar impostos ou taxas na Inglaterra. O cisma papal muito contribuiu para espalhar os pontos de vista de Wyclif. Denunciou o papado e toda a organização clerical, sustentando a tese de que não deveria haver distinções de classe dentro do clero. Chegou a negar fundamento bíblico à doutrina da religião medieval, a transubstanciação (Nichols 135).
2. Qual foi a repercussão das idéias de Wyclif?
RESP.: Por causa desses ensinos, Wyclif foi condenado por um concílio eclesiástico. Diante disto fez o seu grande apelo ao povo inglês, beneficiando-os com a tradução da Bíblia, da vulgata (versão latina) para o inglês. Junto com seus auxiliares, abriram a Bíblia e os seus ensinos através da Inglaterra pela primeira vez. Espalhou entre o povo a Bíblia e os seus ensinos através da organização chamada a ordem dos “sacerdotes nobres” (conhecido como os irmãos Lollardos), percorrendo toda a Inglaterra. Estes conduziam manuscritos dos tratados de Wyclif, sermões e porções bíblicas pregando por toda a parte. Cresceram de modo extraordinário e se constituíram uma força poderosa na disseminação da religião evangélica.
3. Quem foi João Hus?
RESP.: Devido a sua origem, Huss era um homem muito respeitado pelo povo. Era muito culto e exercia poderosa influência na universidade de Praga, além de sacerdote, pelo que foi escolhido para um lugar de destaque. Era o grande pregador daquela cidade, onde se tornou o porta-voz nacional dos anseios políticos e religiosos do seu povo. Conhecedor profundo da sua gente e por ela respeitado e estimado, em virtude da sua vida de pureza e caráter sincero, possuidor de uma eloqüência incomum, tornou-se um poderoso líder nacional (Nichols 136).
4. Cite, em resumo, as razões que levaram a igreja romana a condenar João Hus?
RESP.: Por adotar os livros de Wyclif, foi chamado de herege, entrando em conflito com os chefes da igreja papal, defendendo assim seu direito de pregar as verdades a respeito de Cristo como sentia e entendia. Desafiou assim o papa João XXIII, sendo excomungado. Huss afirmava que o NT era o guia suficiente para a igreja, e que o papa só podia ser obedecido até onde suas ordens coincidissem com esta lei divina. Protestando sua fidelidade a Cristo e desprezando a liberdade que lhe ofereciam em troca do abandono dos seus princípios, foi condenado à fogueira, em Constança, onde sofreu martírio.
5. Como e por quem os ideais de Hus foram levados avante?
RESP.: Os boêmios ficaram revoltados com a morte de seu herói nacional, Huss. Declararam que não estavam dispostos a obedecer a um papa indigno, levantando assim um grande partido que deu início a guerra da independência. Derrotaram o imperador alemão, devastaram parte da Alemanha e perturbaram grandemente os negócios da Europa em geral. Depois então aparece os “Irmãos Boêmios”, uma poderosa organização fora da igreja, cuja atividade empolgou toda a Boêmia e a Morávia, e partes da Alemanha, com o cristianismo evangélico.
6. Em que sentido se justifica o título de Pré-Reformados aplicado a Wyclif e Hus?
RESP.: Se justifica quando se leva em conta seu protesto contra a corrupção da igreja, sua exaltação da Bíblia, sua contribuição à soma total de agitação que finalmente se resultou na reforma. Seu zelo religioso leva-nos a profundamente admirá-los. Mas ainda que Lutero tenha tomado muitos pontos de vista de Huss, a reforma, em si, pouco deve a seus esforços (Walker 379-370).
OS PAPAS DA RENASCENÇA
Leia: Walker I, 390-396; Gonzáles V, 135-152; Cairns, 213.
1. Quais são as principais características do Renascimento italiano?
RESP.: Em meados do XV século dominava a classe culta dos italianos. No geral, sua atitude para com a igreja era de indiferença. Revivia amplamente o ponto de vista pagão e procurava reproduzir vida da antigüidade tanto em seus vícios como em suas virtudes. Poucos períodos da história da humanidade foram tão arrogante pagãos como o da renascença italiana.
2. Quais foram os papas da Renascença? Cite os principais traços comuns que os caracterizam.
RESP.: Martinho V (1417-1431): papa eleito no concílio de Constança, conseguiu, de algum modo, restaurar a autoridade papal em Roma. Eugênio IV (1431-1447): Não foi tão feliz e esteve durante grande parte de seu pontificado em Florença. Nicolau V (1447-1455): controlou Roma e fortaleceu a autoridade papal. Política que foi ordenada por Calixto III (1455-1458), Pio II (1458-1464) e Paulo (1464-1471). Sisto IV (1471-1484): com ele a ambição política dominou quase que por completo o papado. Guerreou com a França, cuidou de enriquecer seus parentes e almejou ampliar os estados da igreja. Inocêncio VIII (1484-1492): da natureza fraca e volúvel, fez-se conhecido pelo modo escandaloso de aumentar a riqueza de seus filhos. Alexandre VI (1484-1492) alcançou o papado por meio de subornos. Depois veio Júlio II e Leão X (1513-1521).
Entre os principais traços que os caracterizam é que seu anelo era consolidar e ampliar os estados da igreja e manter sua dependência política. Suas ambições e seus alvos eram idênticos aos dos demais governantes italianos. Estes papas representaram a renascença italiana. No entanto, sob nenhum aspecto, representaram também o espírito real de uma igreja que, para milhões, era a fonte de conforto nesta vida e a esperança na que há de vir.
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