Freud e o Desenvolvimento Psicossexual
Tabela 1.
ESTÁGIO | IDADE | ZONA ERÓGENA | PRINCIPAL TAREFA DESENVOLVIMENTAL | ALGUMAS CARACTERÍSTICAS ADULTAS DAS CRIANÇAS QUE TIVERAM FIXAÇÃO NESSE ESTÁGIO |
ORAL | 0-1 | Boca, lábios, língua | desmame | Comportamento oral, como fumar, reagir exageradamente; passividade e credulidade. |
ANAL | 2-3 | ânus | Treinamento de controle da urina e fezes | Ordem, obstinação ou o oposto |
FÁLICA | 4-5 | Genitais | Édipo | Vaidade, inquietação ou oposto |
LATÊNCIA | 6-12 | Nenhuma área específica | Desenvolvimento dos mecanismos de defesa | Nenhuma: a fixação não ocorre nesta fase |
GENITAL | 13-18 | genitais | Intimidade sexual madura | Adultos que integraram com sucesso, os estágios anteriores devem emergir com um interesse sincero pelos outros, e sexualidade amadurecida |
Sigmund Freud (1905, 1920/1965). Tentou explicar o comportamento dos indivíduos, compreendendo os processos subjacentes da psique. Foi o iniciador do método psicanalítico, e sua terminologia.
Sua teoria
O comportamento não é governado por processos conscientes, mas inconscientes. O mais elementar desses é a pulsão sexual instintiva, no qual ele denominou libido , presente no nascimento, e formadora de da força motivadora de todo comportamento humano.
Freud também defendeu que a personalidade possui uma estrutura em três partes: id, em que a libido está centrada, o ego, elemento mais consciente que funciona como executivo da personalidade e o superego, centro da consciência e da moral que incorpora as normas e limites da família e da sociedade.
Na Tabela 1, temos os estágios psicossexuais expostos por Freud. Estes estágios a criança passa em direção a sua maturação. Em cada fase, a libido se direciona para uma parte do corpo mais sensível naquela idade. Assim no recém nascido a boca é a parte mais sensível do corpo. Trata-se do estágio oral, seguido pelo estágio anal, e posteriormente passa ao estado genital.
O estágio que mais chama a atenção é o fálico onde ocorre o Complexo de Édipo. Por volta dos quatro ou cinco anos de idade, a criança começa a ter um apego sexual com a mãe, passando a encarar o pai como um rival, pois este tem acesso ao corpo da mãe como ele não tem. Ele também vê o pai como uma figura poderosa e ameaçadora que possui o poder de castração.[1]
Estes sentimentos são inconscientes, pois ele não possui sentimentos sexuais explícitos em relação à mãe. Mas o resultado disso é a ansiedade. E para lidar com ela, o menino reage com um processo chamado identificação: ele incorpora sua imagem do pai, combinando seu comportamento com aquela imagem, diminuindo a chance de um ataque contra o pai e tendo um pouco do poder dele. Ainda o ”pai interior” funciona com os valores morais que funciona como o centro do superego da criança. Acredita-se que o paralelo aconteça com a menina.
Um bom desenvolvimento da criança necessita de um ambiente onde o pai esteja presente, a mãe não seja tão sedutora. Os problemas não resolvidos são levados aos estágios subseqüentes[2].
[1] BEE, Helen. O Ciclo Vital. Artmed. Porto Alegre. 1997. P. 60.
[2] Idem, p.62.
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